Conheça os filmes selecionados para o 26º Festival de Cinema de Vitória

por: Cinevitor

pacarretevitoriafilmeMarcélia Cartaxo em cena de Pacarrete, de Allan Deberton.

O maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo chega à sua 26ª edição em setembro, contemplando uma seleção de mais de 100 filmes dos mais diversos gêneros cinematográficos e de todas as regiões do Brasil. O Festival de Cinema de Vitória deste ano acontecerá entre os dias 24 e 29 de setembro, no Centro Cultural Sesc Glória, Cine Metrópolis e Hotel Senac Ilha do Boi, com estimativa de público de 30 mil pessoas ao longo dos seis dias de evento.

Após recorde de inscrições, com 1162 filmes recebidos, o festival selecionou 105 produções para 12 mostras competitivas: 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas (17 filmes), 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas (6 filmes), 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória (5 filmes), 9ª Mostra Quatro Estações (6 filmes), 8ª Mostra Foco Capixaba (6 filmes), 8ª Mostra Corsária (13 filmes), 6ª Mostra Outros Olhares (19 filmes), 4ª Mostra Cinema e Negritude (5 filmes), 4ª Mostra Mulheres no Cinema (4 filmes), 3ª Mostra Nacional de Videoclipes (12 filmes), 2ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental (6 filmes), 1ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror (6 filmes).

Os selecionados concorrem ao Troféu Vitória em 22 categorias, além de diversos prêmios extras para os realizadores. Segundo Lucia Caus, diretora do FCV, a seleção recebe um olhar apurado para a representatividade. “Prezamos por fazer uma curadoria que abrange os diversos gêneros da produção cinematográfica brasileira. É um desafio e um prazer receber mais de mil filmes e ver de perto todo esse potencial”, pontua.

A escolha dos vencedores é feita pelas comissões de júri do Festival, compostas por especialistas e profissionais do cinema. Uma das novidades deste ano é a 1ª Mostra Do Outro Lado, com uma seleção especial representando o Cinema Fantástico e de Horror. A programação do 26° Festival de Cinema de Vitória contempla ainda sessões especiais hors concours, shows, debates e oficinas do mercado audiovisual.

Conheça os filmes selecionados e os detalhes de cada mostra e dos prêmios para realizadores:

23ªMOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS:
Uma seleção com o melhor da mais recente produção brasileira de curtas. Neste ano, a mostra conta com cinco filmes capixabas e nove produções dirigidas por mulheres.

Arquitetura dos que Habitam, de Daiana Rocha (ES)
Os Mais Amados, de Rodrigo de Oliveira (ES)
Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR (SP)
Dôniara, de Kaco Olímpio (GO)
Perpétuo, de Lorran Dias (RJ)
Refúgio, de Shay Peled e Gabriela Alves (ES)
A Praga do Cinema Brasileiro, de William Alves e Zefel Coff (DF)
NEGRUM3, de Diego Paulino (SP)
O Órfão, de Carolina Markowicz (SP)
Guaxuma, de Nara Normande (PE)
Riscadas, de Karol Mendes (ES)
Fartura, de Yasmin Thayná (RJ)
Tempestade, de Fellipe Fernandes (PE)
Quando Elas Cantam, de Maria Franchin (SP)
Sobrado, de Renato Sircilli (SP)
O Pássaro Sem Plumas, de Tati Rabelo e Rodrigo Linhales (ES)
Cor de Pele, de Lívia Perini (PE)

9ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS:
Com seis filmes de longa-metragem nacionais recentemente lançados, a seleção da mostra busca representar os quatro cantos do Brasil. A curadoria foi feita pela produtora cultural e jornalista Leila Bourdoukan e pelo professor e pesquisador de cinema e audiovisual Gilberto Alexandre Sobrinho.

Alice Júnior, de Gil Baroni (PR)
Selvagem, de Diego da Costa (SP)
Mirante, de Rodrigo John (RS)
Pacarrete, de Allan Deberton (CE)
Casa, de Letícia Simões (PE)
O Seu Amor de Volta, de Bertrand Lira (PB)

*O filme Espero Tua (Re)volta, de Eliza Capai, sai da competitiva de longas devido à incompatibilidade de agenda de lançamento e estratégias de exibição. O longa ainda será exibido no 26º Festival de Cinema de Vitória, em sessão especial de lançamento, no dia 27 de setembro, às 14h. O filme Casa, de Letícia Simões, passa a integrar a competitiva de longas. [ATUALIZADO: 03/07 – 14h29]

20º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA:
Desde 2000, o Festivalzinho de Cinema de Vitória ajuda a formar plateias e a desenvolver a sensibilidade para as artes, muitas vezes promovendo o primeiro contato com o cinema. O Festivalzinho é uma oportunidade para os estudantes terem contato com filmes de diversas partes do Brasil, o que contribui para ampliar o repertório desse público.

Lily’s Hair, de Raphael Gustavo da Silva (GO)
Arani Tempo Furioso, de Roobertchay Domingues Rocha (ES)
Na Casa da Bisa, de Realização coletiva (RJ)
O Malabarista, de Iuri Moreno (GO)
Guri, de Adriano Monteiro (ES)

9ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES:
Mostra que tem a diversidade sexual como temática e visa potencializar discursos afirmativos em torno das questões da população LGBTQI+. São selecionadas produções que expressam as múltiplas identidades sexuais existentes, que competem pelo prêmio de melhor filme com avaliação de júri técnico, premiando o vencedor com o Troféu Vitória.

Selma Depois da Chuva, de Loli Menezes (SC)
Vigia, de João Victor Borges (RJ)
Tea for Two, de Julia Katharine (SP)
Superpoderosa Mathilda, de João Giry (ES)
Reforma, de Fábio Leal (PE)
Peixe, de Yasmin Guimarães (MG)

8ª MOSTRA FOCO CAPIXABA:
Na opinião de críticos e especialistas da área do audiovisual, o cinema do Espírito Santo se destaca mais a cada ano e se apresenta atualmente como um dos mais diversos e interessantes do país. A Mostra Foco Capixaba visa incentivar e valorizar a produção audiovisual do Espírito Santo, sendo janela exclusiva para produções desenvolvidas por realizadores locais tendo como pano de fundo a paisagem capixaba.

Minhas Mães, de Gustavo Guilherme da Conceição
Pescadores Urbanos, de Yolanda Faustini
Guri, de Adriano Monteiro
Práticas do Absurdo, de Alexander S. Buck
Casa de Vó, de André Ehrlich Lucas
Jardim Secreto, de Shay Peled

8ª MOSTRA CORSÁRIA:
Reconhecida janela de exibição dedicada à experimentação de linguagens e estéticas, atraindo estudiosos do audiovisual, a Mostra Corsária exibe uma seleção de filmes que apostam na expansão artística do cinema de curta-metragem. Inspirada no filme Alma Corsária, de Carlos Reichenbach, a Mostra exibe filmes que buscam evidenciar as influências do diretor na nova geração de cineastas brasileiros. A Mostra Corsária é de caráter competitivo com avaliação de júri técnico que premia dois filmes, sem ordem de classificação, com o Troféu Vitória.

Teoria Sobre um Planeta Estranho, de Marco Antônio Pereira (MG)
Escafandro, de Carolena Moraes (CE)
Unreal, de Luiz Will Gama (ES)
Obeso Mórbido, de Diego Bauer e Ricardo Manjaro (AM)
Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno, de Leon Reis (CE)
Umas & Outras, de Samuel Lobo (RJ)
Seiva, de Ramon Batista (PB)
A Rotina Terá Seu Enquanto, de Carlos Adriano (SP)
Espavento, de Ana Francelino (CE)
Estranho Animal, de Arthur B. Senra (DF/MG)
Plano-Controle, de Juliana Antunes (MG)
A Profundidade da Areia, de Hugo Reis (ES)
Chiclete, de Philippe Noguchi (RJ)

6ª MOSTRA OUTROS OLHARES:
A Mostra propõe a observação da construção de novos mundos a partir de experiências particulares. Todos os anos esta mostra ganha uma temática diferente e em 2019 a curadoria definiu três: Narrativas, Afetos LGBTQI+ e Musicalidades.

Eu, Minha Mãe e Wallace, de Irmãos Carvalho (RJ)
Rocha, de Luiz Matoso (RN)
Os que Esperam, de PH Martins (ES)
Crua, de Diego Lima (PB)
Mesmo Com Tanta Agonia, de Alice Andrade Drummond (SP)
O Quadro, de Melina Leal Galante (ES)
Aulas que Matei, de Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia (DF)
Tomar o Tempo – Poesia Inútil, de Amanda Brommonschenkel, Carol Covre, Juane Vaillant, Marcéu Rosário Nogueira e Thaís Rodrigues (ES)
Kris Bronze, de Larry Machado (GO)
Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cris Araújo e Pedro Maia de Brito (MG/PE)
Deusa Olímpica, de Emília Schramm, Jéssika Barbosa, Pedro Luis Viana e Rafael Brasileiro (CE)
Em Reforma, de Diana Coelho (RN)
Riscados pela Memória, de Alex Vidigal (DF)
Do Outro Lado, de Bob Yang e Frederico Evaristo (SP)
Marie, de Leo Tabosa (PE)
Quando as Pedras Dilatam, de Diego Amorim (RJ)
Poesia Azeviche, de Ailton Pinheiro Junior (BA)
Diz que é Verdade, de Claryssa Almeida e Pedro Estrada (MG)
Tetê, de Clara Lazarim (SP)

4ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE:
Com foco na importância de disseminar a memória e a cultura afro-brasileiras, o 26º Festival de Cinema de Vitória consolida uma janela exclusiva para filmes que abordam questões do povo negro: a Mostra Cinema e Negritude. São filmes com temática de negritude que proporcionam debates étnico-raciais. A mostra se firma como espaço destinado à representatividade e ao discurso de combate ao racismo.

Santos Imigrantes, de Thiago Amepreta (SP)
Kairo, de Fabio Rodrigo (SP)
Do Dia em que Mudamos a Rota, de Diego Nunes (ES)
Sem Asas, de Renata Martins (SP)
Motriz, de Tais Amordivino (BA)

4ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA:
Consolidando-se na programação, a Mostra Mulheres no Cinema chega à sua quarta edição no 26º aniversário do Festival de Cinema de Vitória. A mostra, que abre espaço exclusivo para mulheres realizadoras, intenciona dar destaque ao trabalho de mulheres no mercado cinematográfico brasileiro, propiciando o debate sobre questões de gênero e evidenciando discursos de empoderamento e questionamentos sobre a igualdade de direitos no contexto social contemporâneo, através de suas produções.

Deus te dê Boa Sorte, de Jaqueline Farias (PE)
Fosfeno, de Clara Vilas Boas e Emanuele Sales (MG)
Poder, de Sabrina Rosa (RJ)
Afeto, de Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina (RJ)

3ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES:
Desde as vanguardas dos anos 20 do século passado, cineastas articulam a imagem ao som para criar uma narrativa livre do cânone do teatro e da literatura. Filmes de curta-metragem realizados com narrativa não-linear, montagem fragmentada e acelerada, com planos curtos e misturados, acabaram por dar origem ao videoclipe como conhecemos hoje. Esse gênero audiovisual desenvolveu-se amplamente nas décadas de 80 e 90, retroalimentando o campo de influências artísticas, tornando-se inspiração para cineastas tanto em seus filmes de curta quanto de longa-metragem. A Mostra Nacional de Videoclipes funciona também para promover a fusão entre áreas culturais, atraindo o público da música para o cinema.

Alguém na Janela, de Gustavo Rosseb (Aksa Lima, SP)
Toasted, de Danos (Cintia Nakashima, SP)
Fausto de Gueto, de Pelos (Arthur B. Senra e Robert Frank, MG)
19, de LaBaq (codireção LaBaq e Laís Catalano Aranha, SP)
Ninguém Perguntou Por Você, de Letrux (Pedro Henrique França, RJ)
Ok Ok Ok, de Gilberto Gil (Victor Hugo Fiuza, RJ)
Brisa, de Silva (MAGUMarina Abranches e Gustavo Martins, BA)
Meu Carnaval, de Gabriela Brown (Gabriela Brown e Tati Rabelo, ES)
Tempos Loucos, de The Outs (Fabrício Koltermann, RS)
Pedrinho, de Tulipa Ruiz (Pedro Henrique França, Fabio Lamounier e Rodrigo Ladeira, SP)
Space Woods, de My Magical Glowing Lens (Gustavo Senna Martins de Almeida, ES)
Vazio, de Pxrtela (Maurício Coutinho, DF)

2ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL:
Com 26 anos de história, o Festival de Cinema de Vitória está em constante renovação. A criação de novas mostras que abordam temáticas relevantes no contexto social contemporâneo, como a Mostra Mulheres no Cinema e Mostra Cinema e Negritude, é parte dessa contínua atualização. Considerando a importância de abrir espaço para o debate sobre sustentabilidade e questões ambientais, sobre a coexistência entre pessoas e meio ambiente, em 2018 o Festival trouxe a primeira Mostra Nacional de Cinema Ambiental. Neste ano, em sua segunda edição, serão exibidos filmes de curta-metragem nos gêneros animação, documentário e ficção com temática ambiental que concorrerão ao Troféu Vitória de Melhor Filme pelo júri técnico.

Poética do Barro, de Giuliana Danza (MG)
Menino Pássaro, de Diogo Leite (SP)
S/N, de Renata Malta (PE)
Glória, de Yaminaah Abayomi e Nádia Oliveira (RJ)
Quarto de Cura, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES)
KA’A ZAR WKYZE WA – Os Donos da Floresta em Perigo, de Flay Guajajara, Edvan dos Santos Guajajara e Erivan Bone Guajajara (SP)

1ª MOSTRA DO OUTRO LADO – CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR:
Uma das novidades deste ano, a mostra é uma seleção especial que representa o Cinema Fantástico e de Horror, sendo um recorte das diversas vertentes do cinema nacional desse gênero, que está sempre se renovando e tendo boas safras.

Para Minha Gata Mieze, de Wesley Gondim (DF)
Papa-Figo, de Alex Reis (SP)
Broto, de Antonio Teicher (RJ)
Guará, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista (GO)
Carne Infinita, de Isadora Cavalcanti (RJ)
Caranguejo Rei, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)

Prêmios extras para realizadores:

Prêmio Mistika: serviço de Encode de DCP de até 15 minutos, com validade de 1 ano, para o melhor filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas escolhido pelo Júri Técnico do Festival; e serviço de Encode de DCP de até 15 minutos, com validade de 1 ano, para o melhor filme da 4ª Mostra Cinema e Negritude, escolhido pelo Júri Técnico do Festival.

Prêmio Edina Fujii – CiaRio: R$8 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria através da empresa Naymar, com validade de 1 ano, para o melhor filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas escolhido pelo Júri Popular; R$8 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria através da empresa Naymar, com validade de 1 ano, para o melhor filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas escolhido pelo Júri Técnico; R$6 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria através da empresa Naymar, com validade de 1 ano, para o melhor filme da 4ª Mostra Cinema e Negritude, escolhido pelo Júri Técnico do Festival.

Prêmio CTAv: empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o melhor filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Técnico do Festival; empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o melhor filme da 4ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival.

Prêmio Link Digital: 4 horas de correção de cor e encode para DCP de curta de até 15 minutos para o melhor filme da 4ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival.

Foto: Divulgação.

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