Dirigido por Marcelo Sebá, em seu primeiro longa-metragem como diretor, Fédro foi exibido pela primeira vez na 45ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo neste domingo, 24/10, no Espaço Itaú Frei Caneca.
O documentário, codirigido por Camila Mota e que faz parte da Mostra Brasil e da Competição Novos Diretores, marca o reencontro entre o ator Reynaldo Gianecchini, após ter deixado o Teatro Oficina há 20 anos, e o diretor José Celso Martinez Corrêa. Uma primeira leitura de Fedro, de Platão, é o gancho para o início do longa.
No filme, rodado em São Paulo, os dois passam o texto adaptado pelo diretor teatral em que as reflexões filosóficas do diálogo entre Sócrates e o jovem Fédro acerca do amor, da beleza e do desejo nele contidas servem de disparadores para uma verdadeira aula.
Nesse reencontro, o afeto e a coragem ressurgem como lembranças, aprendizados e revisões da existência individual e coletiva. Zé Celso é Sócrates e Gianecchini é Fédro, ou vice-versa, não há separação, há fusão dos corpos e das almas. Ao contrário do que prega a religião da psicanálise, que busca separar os corpos/individualidades pelas neuroses, negando o amor como estado de exceção, como fusão, o diretor e o ator, aos seus modos, negam essa cultura, essa política da neurose, do esquecimento da arte pelo amor.
Para falar mais sobre o filme, conversamos com o ator Reynaldo Gianecchini e com o diretor antes da primeira sessão do filme na Mostra.
Aperte o play e confira:
*O filme terá mais duas exibições na Mostra: segunda-feira (25/10), às 15h45, no Espaço Itaú Frei Caneca; e na terça-feira (26/10), às 19h, no CCSP.
Foto: Charles Naseh.