Cristina Amaral é homenageada no 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
A homenageada recebe o troféu no Fest Aruanda.

Com uma programação diversificada de curtas e longas, a 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro também destaca a carreira de importantes nomes do cinema nacional. Na noite de terça-feira, 14/12, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, a montadora Cristina Amaral foi homenageada por sua importante trajetória no audiovisual brasileiro.

Nascida em São Paulo, Cristina formou-se na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) na década de 1980. No mesmo período, assinou a montagem do curta-metragem Nós de valor, nós de fato (1985), de Denoy de Oliveira. Em 1991, foi premiada, ao lado de Idê Lacreta, pela montagem do longa-metragem Sua Excelência, o Candidato, de Ricardo Pinto e Silva, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; nesta mesma edição, também ganhou um prêmio pelo curta-metragem O Inventor, de Mirella Martinelli

Ainda em Brasília, em 1993 recebeu o prêmio de melhor montagem pelo longa Alma Corsária, de Carlos Reichenbach, que tornou-se um grande amigo e parceiro de trabalho. A partir de 1997, Cristina passou a coordenar ao lado de Andrea Tonacci, cineasta italiano radicado no Brasil, a Extrema Produção Artística. Na sua trajetória, a montadora paulista também recebeu prêmios em Gramado, pelos filmes Ma che, Bambina! e Wholes, de Cecílio Neto; no Festival de Vitória com o curta Amassa que Elas Gostam, de Fernando Coster; entre outros. Além disso, também foi homenageada em Brasília, Ouro Preto, Tiradentes e Anápolis.

Ao longo de sua carreira, assinou a montagem de mais de sessenta títulos, entre longas e curtas-metragens. Alguma das obras em que esteve à frente da montagem são: Dois Córregos (1998), Garotas do ABC (2003), Bens Confiscados (2004) e Falsa Loura (2007), de Carlos Reichenbach; Serras da Desordem (2004) e Já Visto, Jamais Visto (2013), de Andrea Tonacci; O Homem que Não Dormia (2012) e Abaixo a Gravidade (2016), de Edgard Navarro.

E mais: O Velho (1996), de Toni Venturi; O Cego que Gritava Luz (1996), de João Batista de Andrade; A Hora Mágica (1997), de Guilherme de Almeida Prado; Sonhos Tropicais (2001), de André Sturm; Person (2008), de Marina Person; Eu sei que você sabe (1995) e São Silvestre (2011), de Lina Chamie; A Ira (2000), de Joel Yamaji; O Encontro (2002), de Marcos Jorge; Um Filme de Verão (2018), de Jô Serfaty; Sem Asas (2019), de Renata Martins; entre outros. Recentemente, assinou a montagem do curta-metragem A Máquina Infernal, de Francis Vogner dos Reis, que foi exibido no Festival de Locarno.

No palco do Fest Aruanda, Cristina Amaral recebeu o troféu de homenageada das mãos da professora Marília Franco, da ECA-USP, e de José Maria Lopes, especialista em restauração cinematográfica. Ovacionada pelo público presente, ela discursou: “Eu não posso receber essa homenagem sozinha. É o cinema brasileiro que merece ser homenageado”. Cristina também dedicou o prêmio ao montador paraibano Ely Marques, que morreu em abril deste ano, e também foi homenageado no festival. 

Aperte o play e assista ao vídeo da homenagem na íntegra:

*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do 16º Fest Aruanda por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Mano de Carvalho.

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