FESTin 2022: Vermelho Monet, de Halder Gomes, é o grande vencedor

por: Cinevitor
Halder Gomes, Maria Fernanda Cândido e Chico Diaz, de Vermelho Monet, no festival

Foram anunciados nesta quinta-feira, 15/12, os vencedores da 13ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu no Cinema São Jorge, no Museu das Comunicações, no Auditório Liceu Camões e no Espaço Talante.

Além das já tradicionais mostras competitivas de longas e curtas de ficção e documentário, o festival realizou homenagens ao Centenário de José Saramago e ao Bicentenário da Independência do Brasil; a programação contou também com lançamento de livro e debates. E mais: a cidade do Porto recebeu uma itinerância do evento, na Casa Comum da Universidade do Porto, com a exibição de documentários que abordam questões relacionadas à Amazônia, como: Eu Nativo, de Ulisses Rocha; Mata, de Ingrid Fadnes e Fabio Nascimento; e Sou Moderno, Sou Índio, de Carlos Eduardo Magalhães

O cinema brasileiro, que marcou presença com diversas obras, conquistou os principais prêmios. Dirigido por Halder Gomes, Vermelho Monet foi consagrado em três categorias, entre elas, melhor filme. A justificativa do júri diz: “Filme impactante que nos apura os sentidos, fazendo da arte o condutor da vida. Tempo cinematográfico exato”. Na categoria de melhor direção, vencida por Halder Gomes, o júri disse: “Usa todos os recursos cinematográficos com maestria”. Sobre Chico Diaz, eleito o melhor ator, a justificativa foi: “Brilhante!”.

O Segundo Homem, de Thiago Luciano, recebeu Menção Honrosa: “O filme nos faz pensar o quão perigoso é armarmo-nos para nos defender. Violência não se combate com violência”, disse o júri. Sobre Adriana Sottomaior, premiada na categoria de melhor atriz por Ursa, de William de Oliveira, o júri comentou: “A alma está lá!”.

Na categoria de documentário, O Voo da Borboleta Amarela: Rubem Braga, o Cronista do Brasil, de Jorge Oliveira, foi eleito o melhor filme: “Obra profissional, realizada com muita sensibilidade artística, permitindo uma leitura suave, porém intensa. O documentário revela-nos a universalidade da obra de Rubem Braga enquanto cronista”, disse a justificativa do júri. Sobre Belchior – Apenas um Coração Selvagem, que recebeu Menção Honrosa, o comentário foi: “Uma narrativa vibrante, com uma estética extremamente fidedigna da época e de uma personalidade maior que a vida”.

O curta-metragem brasileiro Sobre Elas, de Bruna Arcangelo, recebeu Menção Honrosa do júri, que disse: “Pela importância do tema da superação e pela excelente edição”. Outros filmes brasileiros marcaram presença na mostra competitiva, como: os longas Sol, de Lô Politi, Através dos Seus Olhos, de Sonia Guggisberg, e Os Ossos da Saudade, de Marcos Pimentel; e os curtas Bola da Vez, de Elder Patrick, Curta Diferenças, de Lisandro Santos, Yasmin, de Ludmila Curi, e Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal, na mostra FESTinha.

Neste ano, em sua 13ª edição, o júri foi formado por: Cléo Malulo, Paula Guedes e Thais Campos nos longas de ficção; Alice Medina, Mário Máximo e João Micael nos longas documentais; e Miguel Pessoa, Regina Nadaes Marques e Silvia Milonga nos curtas.

Além disso, a programação contou com a Mostra Cinema Brasileiro com a exibição de diversos títulos, entre eles: os longas O Debate, de Caio Blat, e O Melhor Lugar do Mundo é Agora, de Caco Ciocler; e os curtas A Primeira Perda da Minha Vida, de Inês Peixoto, Muros da Vida, de Zoran Djordjevic, Nunca Estarei Lá, de Rodrigo Campos, e Você me Toca, de Rafael Castro Lopes.

O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa é um evento internacional que busca fomentar a difusão, a interculturalidade, a inclusão social e o intercâmbio cultural, através da realização de um evento comprometido com a divulgação de diferentes culturas e práticas de respeito à diversidade presente na matriz da língua portuguesa.

Centrado na divulgação de uma realidade com raízes históricas comuns, é um festival de cinema que permite, pelo seu caráter itinerante, uma intensa interação, partilha de vivências e criação de uma produção cinematográfica baseada no reconhecimento de diferenças e semelhanças dos povos que constituem a CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Conheça os vencedores do FESTin 2022:

MELHOR FILME
Vermelho Monet, de Halder Gomes

MELHOR FILME | MENÇÃO HONROSA
O Segundo Homem, de Thiago Luciano (Brasil)

MELHOR DIREÇÃO
Halder Gomes, por Vermelho Monet

MELHOR ATOR
Chico Diaz, por Vermelho Monet

MELHOR ATRIZ
Adriana Sottomaior, por Ursa

MELHOR DOCUMENTÁRIO
O Voo da Borboleta Amarela: Rubem Braga, o Cronista do Brasil, de Jorge Oliveira (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | MELHOR DOCUMENTÁRIO
Belchior – Apenas um Coração Selvagem, de Natália Dias e Camilo Cavalcanti (Brasil)

MELHOR FILME INFANTIL
Amoreiras, de Pedro Augusto Almeida (Portugal)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Nada nas Mãos, de Paolo Marinou-Blanco (Portugal)

MELHOR CURTA-METRAGEM | MENÇÃO HONROSA
Um Sopro no Quintal, de Gretel Marin (Angola)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (Brasil)

Foto: Divulgação.

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