47ª Mostra de São Paulo: conheça os filmes selecionados e destaques da programação

por: Cinevitor
Sandra Hüller e Swann Arlaud em Anatomia de uma Queda: filme de abertura

A 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro com 362 filmes, de 96 países, na programação. As exibições serão realizadas em 24 salas de cinemas, espaços culturais e CEUs espalhados pela capital paulista, incluindo sessões gratuitas e ao ar livre. Além disso, as plataformas Itaú Cultural Play, Sesc Digital e Spcine Play disponibilizarão acesso gratuito a títulos selecionados pela curadoria do evento.

O vencedor da Palma de Ouro deste ano no Festival de Cannes, Anatomia de uma Queda, no original Anatomie d’une chute, dirigido por Justine Triet, será o filme de abertura da 47ª edição e será exibido em uma sessão especial na Cinemateca Brasileira. A cerimônia, marcada para quarta-feira, 18/10, será apresentada por Renata de Almeida e Serginho Groisman.

Como de costume, a Mostra de São Paulo traz títulos de cineastas consagrados e exibidos recentemente em importantes festivais internacionais, como: Zona de Interesse (The Zone of Interest), de Jonathan Glazer, vencedor do Grand Prix e também do Prêmio FIPRESCI no Festival de Cannes; O Espectro do Boko Haram (Le spectre de Boko Haram), de Cyrielle Raingou, vencedor do prêmio de melhor filme da Tiger Competition do Festival de Roterdã; A Teoria Universal (Die Theorie von Allem), de Timm Kröger, premiado pela crítica como melhor direção em Veneza; Ervas Secas (Kuru Otlar Üstüne), de Nuri Bilge Ceylan, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Merve Dizdar no Festival de Cannes deste ano.

E mais: Maestro, de Bradley Cooper, que disputou o Leão de Ouro em Veneza; Bom Dia à Linguagem (Bonjour la langue), de Paul Vecchiali, que faleceu em janeiro deste ano; Fallen Leaves, de Aki Kaurismäki, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes; A Besta (La bête), de Bertrand Bonello, com Léa Seydoux, exibido em Veneza; Na Água (Mul-an-e-seo), de Hong Sang-soo, exibido na mostra Encounters do Festival de Berlim; Mulher de… (Kobieta z…), de Malgorzata Szumowska e Michal Englert, exibido em Veneza; O Livro das Soluções (Le Livre des solutions), de Michel Gondry, destaque da Quinzena dos Realizadores em Cannes;

A lista continua com: Juventude (Primavera) (Qingchun), de Wang Bing, que disputou a Palma de Ouro em Cannes; O Mal Não Existe (Aku wa sonzai shinai), de Ryûsuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri e do Prêmio FIPRESCI no Festival de Veneza; La Chimera, de Alice Rohrwacher, que disputou a Palma de Ouro este ano e conta com a atriz brasileira Carol Duarte no elenco; Anselm: 3D (Anselm: Das Rauschen der Zeit), de Wim Wenders, exibido em Cannes fora de competição; Fechar os Olhos (Cerrar los ojos), de Victor Erice, uma coprodução entre Espanha e Argentina, exibida em Cannes e Toronto; entre outros.

Léa Seydoux e George MacKay em A Besta, de Bertrand Bonello

Do Festival de Veneza, além dos já citados, a seleção traz também: Paraíso em Chamas (Paradiset brinner), de Mika Gustafson, vencedor da Mostra Orizzonti de melhor direção; Comandante, de Edoardo De Angelis, com Pierfrancesco Favino, que abriu o evento; El Paraíso, de Enrico Maria Artale, que ganhou o  prêmio de melhor roteiro na Mostra Orizzonti e que rendeu para Margarita Rosa de Francisco o prêmio de melhor atriz; O Amor é uma Arma (Ai shi yi ba qiang), de Lee Hong-chi, vencedor do Leão do Futuro de melhor filme de estreia; Vampira Humanista Procura Suicida Voluntário (Vampire humaniste cherche suicidaire consentant), de Ariane Louis Seize, grande vencedor da mostra paralela Giornate degli Autori; e Malqueridas, de Tana Gilbert, premiado pela crítica.

Enquanto isso, do Festival de Cannes, outros filmes ganham destaque: Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu, grande vencedor da Semana da Crítica; o brasileiro A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora, vencedor do Prix d’Ensemble na mostra Un Certain Regard; Dentro do Casulo Amarelo (Bên trong vỏ kén vàng), de Pham Thien An, que recebeu a Câmera de Ouro; Está  Chovendo em Casa (Il pleut dans la maison), de Paloma Sermon-Daï, que recebeu o Prêmio do Júri na Semana da Crítica; e Criatura (Creatura), de Elena Martín, e Um Príncipe (Un Prince), de Pierre Creton, ambos premiados na Quinzena dos Realizadores.

Já do Festival de Berlim, estão confirmados nesta edição da Mostra: No Adamant (Sur l’Adamant), de Nicolas Philibert, vencedor do Urso de Ouro de melhor filme; Afire (Roter Himmel), de Christian Petzold, vencedor do Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri; Samsara: A Jornada da Alma, de Lois Patiño, que recebeu o Prêmio Especial do Júri na mostra Encounters; e Névoa Prateada (Silver Haze), de Sacha Polak, que rendeu o Prêmio do Júri no Teddy Award para a atriz Vicky Knight.

A 47ª Mostra de São Paulo traz também títulos do Festival de San Sebastián, como: Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat, coprodução brasileira que levou o prêmio de melhor roteiro e melhor ator para Marcelo Subiotto; O Castelo (El castillo), de Martín Benchimol, eleito o melhor filme da mostra Horizontes; O Auge do Humano 3 (El auge del humano 3), de Eduardo Williams, que recebeu o prêmio Zabaltegi Tabakalera e tem o Brasil como coprodutor; The Royal Hotel, de Kitty Green, que levou o Prêmio RTVE; e Na Ponta dos Dedos (Fingernails), de Christos Nikou, vencedor do Prêmio FIPRESCI.

Carey Mulligan e Bradley Cooper em Maestro: exibido em Veneza

Do Festival de Locarno, a programação exibe: Zona Crítica (Mantagheye bohrani), de Ali Ahmadzadeh, vencedor do Leopardo de Ouro de melhor filme; Não Espere Muito do Fim do Mundo (Nu aștepta prea mult de la sfârșitul lumii), dirigido por Radu Jude e que venceu o Prêmio Especial do Júri; Stepne, de Maryna Vroda, vencedor dos prêmios de melhor direção e FIPRESCI; Bons Sonhos (Sweet Dreams), de Ena Sendijarević, que rendeu o prêmio de melhor interpretação para Renée Soutendijk; Sonhando e Morrendo (Hao jiu bu jian), de Nelson Yeo, vencedor dos prêmios de melhor filme de estreia e do Leopardo de Ouro da mostra Cineasti del presente; Camping do Lago (Camping du Lac), de Eléonore Saintagnan, que recebeu o Prêmio Especial do Júri da mostra Cineasti del presente; e Excursão (Ekskurzija), de Una Gunjak, que recebeu Menção Especial na mostra Cineasti del presente.

O Festival de Sundance também ganha destaque na 47ª Mostra de São Paulo com diversos títulos, entre eles: o australiano Shayda, de Noora Niasari, vencedor do Prêmio do Público da Competição Internacional; 20 Dias em Mariupol (20 Days in Mariupol), de Mstyslav Chernov, que foi eleito o melhor documentário da Competição Internacional pelo público; Devagar (Slow), de Marija Kavtaradze, prêmio de melhor direção na Competição Internacional; The Persian Version, de Maryam Keshavarz, que recebeu os prêmios de melhor roteiro e melhor filme segundo o público na Competição Americana; A Memória Infinita (The Eternal Memory), de Maite Alberdi, consagrado com o Grande Prêmio do Júri na Competição Internacional de documentário.

E mais títulos de Sundance: Irmandade da Sauna a Vapor (Smoke Sauna Sisterhood), de Anna Hints, que levou o prêmio de melhor direção de documentário da Competição Internacional; E o Rei Disse, que Máquina Fantástica (Fantastic Machine), de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck, consgrado com o Prêmio Especial do Júri na Competição Internacional de documentário; Animalia, de Sofia Alaoui, vencedor do Prêmio Especial do Júri da Competição Internacional; e Quando Derreter (When It Melts), de Veerle Baetens, que rendeu para a atriz Rosa Marchant o Prêmio Especial do Júri.

A Mostra também exibe dois filmes que foram premiados no Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy: Frango para Linda! (Linda veut du poulet!), de Chiara Malta e Sébastien Laudenbach, que levou o prêmio de melhor filme; e Robot Dreams, de Pablo Berger, vencedor do Prêmio Contrechamp. Além disso, do Festival de Roterdã, também será exibido La Palisiada, de Philip Sotnychenko, vencedor do Prêmio FIPRESCI.

Cena do longa O Mal Não Existe, de Ryûsuke Hamaguchi: premiado em Veneza

Já do Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, na República Checa, a 47ª Mostra de São Paulo traz: Lições de Blaga (Urotcite na Blaga), de Stephan Komandarev, que recebeu três prêmios, entre eles, o Crystal Globe de melhor filme e melhor atriz para Eli Skorcheva; Fremont, de Babak Jalali, que levou o Prêmio do Júri; e Cidadão Santo (Citizen Saint), de Tinatin Kajrishvili, que recebeu Menção Especial do Júri Ecumênico.

Como de costume, a seleção da Mostra traz títulos já indicados por seus respectivos países que disputarão uma vaga na categoria de melhor filme internacional do Oscar. Até agora já estão confirmados: Shayda, de Noora Niasari, representante da Austrália; Excursão, de Una Gunjak, da Bósnia e Herzegovina; Lições de Blaga, de Stephan Komandarev, da Bulgária; o chileno Los Colonos, de Felipe Gálvez Haberle; da Eslováquia, Fotofobia (Photophobia), de Ivan Ostrochovský e Pavol Pekarcík; Irmandade da Sauna a Vapor, de Anna Hints, representante da Estônia; da Finlândia, Fallen Leaves, de Aki Kaurismaki; da Geórgia, Cidadão Santo, de Tinatin Kajrishvili; da Lituânia, Devagar, de Marija Kavtaradze; Bons Sonhos, de Ena Sendijarevic, representante da Holanda; A Ereção de Toribio Bardelli (La erección de Toribio Bardelli), de Adrián Saba, do Peru; da Romênia, Não Espere Muito do Fim do Mundo, de Radu Jude; da Suécia, Oponente, de Milad Alami; da Turquia, Ervas Secas, de Nuri Bilge Ceylan; Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu, representante da Malásia; e da Ucrânia, 20 Dias em Mariupol, de Mstyslav Chernov.

E mais: a 47ª Mostra vai exibir cerca de 60 longas brasileiros na Mostra Brasil; os títulos integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Os filmes que estão na  Perspectiva Internacional são inéditos em São Paulo, assim como os da Competição Novos Diretores, que exibe filmes de cineastas que contam com até dois longas no currículo. As obras da competição concorrem ao Troféu Bandeira Paulista de melhor filme, entregue pelo Júri Internacional da Mostra de São Paulo. Além disso, todos os brasileiros da Perspectiva Internacional e da Competição Novos Diretores concorrem ao Prêmio do Público, que inclui o Troféu Bandeira Paulista de melhor filme brasileiro.

A lista nacional traz filmes, como: Sem Coração, de Nara Normande e Tião, exibido na mostra Orizzonti do Festival de Veneza; A Paixão Segundo G.H., de Luiz Fernando Carvalho, com Maria Fernanda Cândido; A Alegria é a Prova dos Nove, de Helena Ignez, com Ney Matogrosso no elenco, que foi exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes; o cearense Estranho Caminho, de Guto Parente, grande vencedor do Festival de Cinema de Tribeca e premiado no Festival do Rio; Meu Casulo de Drywall, de Caroline Fioratti, exibido no SXSW Film Festival; O Diabo da Rua no Meio do Redemunho, de Bia Lessa; Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry, premiado no Festival de Gramado; o catarinense Porto Príncipe, de Maria Emília Azevedo, grande vencedor do Cine PE 2023; Até que a Música Pare, de Cristiane Oliveira; Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena, exibido no FAM e premiado no Olhar de Cinema.

E mais: o documentário Adriana Varejão: Entre Carnes e Mares, de Andrucha Waddington e Pedro Buarque de Hollanda; Pedágio, de Carolina Markowicz, com Maeve Jinkings, exibido em diversos festivais, entre eles, Toronto e San Sebastián; As Polacas, de João Jardim; O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, exibido na mostra Forum do Festival de Berlim; o documentário Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos, grande vencedor do Festival do Rio; a ficção Atmosfera, de Paulo Caldas, com João Miguel, Milhem Cortaz e Zezita Matos no elenco; os documentários Peréio, Eu Te Odeio, de Allan Sieber e Tasso Dourado, Partido, de César Charlone, Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite, Helô, de Lula Buarque de Hollanda, Lô Borges – Toda Essa Água, de Rodrigo de Oliveira e Línguas da nossa Língua, de Estêvão Ciavatta.

Filipe Bragança na cinebiografia Meu Sangue Ferve por Você

A lista de brasileiros segue com: O Dia que te Conheci, de André Novais de Oliveira, premiado no Festival do Rio; Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline, cinebiografia de Sidney Magal; Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte, e O Barulho da Noite, de Eva Pereira, exibidos em Gramado; a ficção On Off, de Lírio Ferreira, com Caio Blat; o documentário A Planta, de Beto Brant, sobre a cannabis medicinal; O Mensageiro, de Lucia Murat; Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane, grande vencedor do Festival de Gramado deste ano; Nelson Pereira dos Santos: Vida de Cinema, de Aida Marques e Ivelise Ferreira, documentário exibido no Festival de Cannes; O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini; o cearense Represa, de Diego Hoefel, grande vencedor do Festival de Vitória; Tia Virgínia, de Fabio Meira, que rendeu o kikito de melhor atriz para Vera Holtz; Invisíveis, de Heitor Dhalia, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, com Andréa Beltrão; o documentário Telas, de Leandro Goddínho; entre outros.

Neste ano, a arte do cartaz da 47ª Mostra é assinada pelo italiano Michelangelo Antonioni, que recebe uma tripla homenagem. O festival faz uma retrospectiva que conta com 23 títulos do cineasta. Serão exibidos curtas e longas, documentários e ficções, realizados entre 1947 e 2004. Além disso, entre os dias 23 de outubro e 17 de novembro, 24 pinturas de Antonioni ganham exposição com entrada franca no Instituto Italiano de Cultura de São Paulo. E ainda, para completar a homenagem ao mestre, seu roteiro Tecnicamente Doce terá uma leitura feita por grandes atores e dirigida pelo cineasta André Ristum.

A Petrobras inaugura uma nova ação de patrocínio com a construção de um espaço temporário na Cinemateca Brasileira. Chamado Espaço Petrobras, o local vai abrigar, além de sessões tradicionais na área externa, o Domingo Musical, no dia 22, com a exibição do filme Saudosa Maloca, de Pedro Serrano, que será precedido por uma roda de samba com Everson Pessoa, que fez a trilha do filme, e convidados; Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline, encerra a noite com uma canja de Sidney Magal. O Espaço Petrobras vai exibir no dia 19 o filme De Longe Toda Serra é Azul, de Neto Borges, seguido de show de Zeca Baleiro, autor da trilha sonora. No dia 26 é a vez da sessão de Mussum, O Filmis, de Silvio Guindane, que contará com apresentação de uma roda de samba na sequência.

A Mostra de São Paulo 2023 também exibe o marco do cinema de vanguarda soviético Um Homem com uma Câmera (1929), de Dziga Vertov, com nova trilha composta pelo compositor, flautista e professor Luiz Henrique Xavier. Além disso, em homenagem ao dramaturgo, diretor, ator e encenador José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, morto em julho, o festival faz uma sessão especial de 25, filme dirigido por ele e Celso Luccas, que registra as transformações provocadas pela Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique. O longa foi apresentado na primeira edição da Mostra Internacional de Cinema, em 1977, sem a presença dos diretores, exilados pela ditadura militar.

Também ganham exibição as cópias restauradas dos clássicos Amor Louco (1969), de Jacques Rivette; Vale Abraão (1993), de Manoel de Oliveira; O Retorno à Razão (1923), de Man Ray; Corisco & Dadá (1996), de Rosemberg Cariry; O Sangue (1989), de Pedro Costa; e Underground: Mentiras de Guerra (1995), de Emir Kusturica.

Além de integrar o júri desta edição da Mostra, Kusturica vai receber o Prêmio Leon Cakoff, que também será entregue a Júlio Bressane, na abertura do evento. Integram a programação os dois filmes mais recentes do cineasta carioca, o documentário A Longa Viagem do Ônibus Amarelo e a ficção Leme do Destino. Já o Prêmio Humanidade, concedido a personalidades que demonstram questões humanistas, sociais e políticas pertinentes ao seu tempo de forma corajosa e sensível, será entregue a dois documentaristas: o cineasta francês Sylvain George e o diretor americano Errol Morris. George é homenageado com a exibição dos sete documentários dirigidos por ele. Também ganha sessão o filme mais recente do premiado diretor americano, The Pigeon Tunnel.

Cena do clássico brasileiro Corisco & Dadá, com Chico Diaz e Dira Paes

Três longas de Lenny Abrahamson, que integra o júri com Kusturica, Bárbara Paz, Enrica Fico Antonioni, Mariette Rissenback e Welket Bunguê, serão revisitados na Mostra: Adam e Paul, Garage e O que Richard Fez.

A programação da 47ª Mostra conta também com a exposição O Filme Perdido, com desenhos originais da graphic novel homônima de Cesar Gananian e Chico França. As obras ficarão expostas no foyer do CineSesc a partir do dia 18 de outubro; o livro também será lançado durante a Mostra. Além dele, também serão lançados durante o festival dois livros que celebram os trabalhos de dois grandes nomes da crítica brasileira: Inácio Araújo: Olhos Livres, organizado por Sérgio Alpendre e Laura Loguercio Cánepa; e A Arte da Crítica, de Luiz Zanin Oricchio.

Pela primeira vez, a Mostra Internacional de Cinema vai levar parte da seleção de sua 47ª edição ao Norte do Brasil. Uma parceria com o Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI), em Manaus, vai contemplar a população manauara com a exibição de títulos brasileiros e internacionais em três locais do centro da cidade. As sessões ocorrem entre os dias 27 e 29 de outubro, na rua e em salas de cinema.

Também integram a programação da 47ª Mostra obras em realidade virtual, que serão exibidas na Cinemateca Brasileira e no CineSesc. Foram selecionados cerca de 10 títulos premiados em festivais internacionais. E mais: pelo terceiro ano consecutivo, a Mostra realiza o Encontro de Ideias Audiovisuais, que  inclui o VII Fórum Mostra, o VII Da Palavra à Imagem e o II Mercado. A Cinemateca Brasileira também abriga durante o III Encontro de Ideias uma exposição com releituras de 25 cartazes de filmes brasileiros feitos por 25 artistas diferentes; as obras celebram os 25 anos da Globo Filmes.

Depois de anos de parceria com a Mostra, exibindo tanto filmes internacionais como nacionais, a Netflix pela primeira vez entregará um prêmio no festival. Este prêmio será concedido a um filme brasileiro participante da Mostra deste ano que ainda não tenha contrato com um serviço de streaming, a partir da escolha de uma comissão julgadora liderada pela Netflix. O filme vencedor do Prêmio Netflix, a ser anunciado no dia 1º de  novembro, data de encerramento da Mostra, será adquirido pela Netflix e exibido em mais de 190 países.

Em 2023, pela primeira vez, o Projeto Paradiso vai oferecer o Prêmio Paradiso de apoio à distribuição nos cinemas a um dos filmes selecionados para a seção Mostra Brasil. O aporte de R$ 25 mil deverá complementar a distribuição da obra nas salas de cinema brasileiras. O objetivo é apoiar seu lançamento comercial e estimular a conexão do longa com o público nas telonas. Uma comissão externa vai escolher o filme entre os títulos mais bem votados pelo público; também será entregue o 2º Prêmio Brada de Direção de Arte.

Além deles, a 47ª Mostra concede o Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake, aos filmes da seção Competição Novos Diretores. Após serem exibidos, os longas desta seção mais votados pelo público são submetidos ao júri, que escolherá os vencedores nas categorias de melhor filme de ficção, melhor documentário e outros prêmios que os jurados desejarem.

Vale destacar que, pela primeira vez neste ano, cerca de 20 filmes da programação terão recursos de  acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva ou visual por meio do aplicativo Mobiload. E mais: a Central da Mostra retorna com um balcão de informações no Conjunto Nacional, que funcionará também para venda de produtos ligados ao evento. O aplicativo da Mostra traz toda a programação do evento e notícias.

Fotos: Divulgação/Jason McDonald/Netflix/Tibico Brasil.

Comentários