Uma presença ilustre marcou presença na 27ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes: Margareth Menezes, ministra da Cultura, que participou neste sábado, 20/01, da abertura do 2º Fórum de Tiradentes – Encontros do Audiovisual Brasileiro.
A ministra foi ovacionada pela público presente no Cine Teatro Aymoré, que contou com integrantes de diversas áreas do setor que vieram a Tiradentes para acompanhar as discussões de Fórum no desenvolvimento de políticas públicas a serem apresentadas ao governo federal: “Devemos ter a tranquilidade de defender o que somos. A diversidade cultural brasileira não é um problema, é uma solução. São saídas”, disse a ministra, em referência à reconstrução do Ministério da Cultura desde 2023, após mais de seis anos que a pasta fora extinta por governos anteriores.
Outro assunto abordado por Margareth Menezes foi o parque de exibição do cinema brasileiro: “Uma das coisas que eu venho pedindo muito dentro do Ministério ao setor audiovisual é pra abrir novas telas. O presidente da Ancine [Alex Braga] me deu uma notícia… vou dar um spoiler aqui. Nós estamos com 118 novas telas de cinema sendo abertas no Brasil com financiamento do FSA em onze diferentes estados e 27 municípios. E para esse ano serão ainda anunciados novos financiamentos para salas em novos municípios do interior. Queremos expandir o parque de exibição do cinema brasileiro”.
A ministra também falou da Lei Paulo Gustavo e da Política Nacional Aldir Blanc. Além disso, anunciou duas chamadas públicas para o setor audiovisual: uma para projetos de coprodução internacional para filmes e outra para investimentos em longas-metragens com alto potencial de público no valor de 320 milhões de reais.
Novidades anunciadas para o audiovisual brasileiro em 2024
A secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, também presente no encontro, relembrou várias ações no último ano. A mais recente foi a sanção da cota de tela, anunciada pelo governo federal na segunda-feira, 15 de janeiro. Animada pela vitória de uma política costurada há meses, a secretária disse que a batalha legislativa continua, agora nas negociações para regulamentação do VoD (video on demand): “Estou praticamente fazendo um doutorado em política legislativa”, brincou Joelma, que espera a conclusão desse trabalho com o VoD ainda no primeiro semestre de 2024.
A representante da SAv concluiu: “Estão aqui muitos elos da cadeia audiovisual, representada em sua pluralidade e diversidade. Em nome de cada um de vocês aqui representados, quero reafirmar meu compromisso com as políticas para a democratização do audiovisual tanto em sua direção artística e criativa, quanto em seu potencial econômico e produtivo”.
A mesa contou ainda com a presença de Jarbas Soares Júnior, procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, que fez uma defesa irrestrita da cultura como patrimônio cultural brasileiro segundo a Constituição: “O audiovisual conta a nossa história nas suas formas de expressão, nas obras documentais, ele pode imortalizar imagens do passado, costumes, povos aniquilados, coletivos”.
A mesa teve também participação e depoimentos de Eliane Parreiras, secretária municipal de Cultura de Belo Horizonte e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados; Emmanuel Lenain, embaixador da França no Brasil; Fabrício Noronha, secretário de Estado de Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura; e Pablo Soares Pires, assessor do audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
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Fotos: Leo Fontes/Universo Produção.