Festival Guarnicê de Cinema 2024 anuncia títulos selecionados para as mostras paralelas

por: Cinevitor
Cena do curta-metragem potiguar Yby Katu: selecionado

Depois de divulgar os títulos em competição, a 47ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, o mais longevo festival de cinema do Norte e Nordeste e um dos mais relevantes do Brasil, anunciou os 116 filmes que compõem as tradicionais mostras paralelas do evento, realizadas desde a primeira edição do festival, em 1977.

Sempre com o objetivo de apresentar um panorama da produção audiovisual brasileira e estimular discussões sobre temas importantes para a sociedade, o festival traz pela primeira vez no catálogo as mostras Para Não Esquecer, composta por filmes que fazem referência aos 60 anos do golpe militar de 1964; e Medo de Quê?, formada por obras dos gêneros drama, suspense e terror.

A programação segue com as mostras: Guarnicezinho, voltada ao público infantil com sessões destinadas às escolas de São Luís; Mostra Jovem, destinada ao público juvenil e composta por filmes que retratam a realidade e o universo desse coletivo com sessões destinadas a alunos da rede estadual de ensino; Cinema Não Tem Idade, na qual todos os públicos são contemplados; Cenário BR, que traz um panorama diverso, em forma e conteúdo, da produção audiovisual brasileira; Cenário MA, que apresenta um panorama da produção audiovisual maranhense que abrange diversos gêneros, formatos e narrativas; (Re)existência, com filmes documentais sobre resistir para continuar existindo e histórias da persistência de indígenas, de mulheres, de agentes do Estado, de ONGs e de comunidades inteiras desalojadas e desapropriadas. São filmes que retratam os desafios que o Brasil, de ontem e hoje, nos impõe. Falam de uma existência que incomoda e que é, por si só, uma manifestação de resistência.

E mais: a mostra Afroperspectivas, que reúne diferentes narrativas que convergem para um ponto em comum: a afirmação positiva da negritude. São filmes que trazem pontos de vista, estratégias, sistemas e modos de pensar e viver, afrocentrados. Histórias que falam de ancestralidade, do reconhecimento integral da cidadania da pessoa negra, da afirmação identitária e da luta antirracista. A programação segue com as mostras: Elas por Elas, que reúne filmes com diferentes narrativas sobre mulheres, todas contadas sob a perspectiva plural do olhar feminino; Faz Escuro Mas Eu Canto, com título inspirado no poema do amazonense Thiago de Mello, traz filmes que buscam um grito de liberdade, por meio da música, revelando lutas particulares e coletivas.

Além disso, a programação conta também com as seguintes mostras: Feito de Coisas Lembradas e Esquecidas, com título parafraseando o poeta maranhense Ferreira Gullar, reúne filmes que apresentam pessoas, festas e costumes em um mergulho em diferentes tradições populares; e a mostra Em Colapso o Planeta Gira, com título que faz referência ao rapper paulistano Emicida, composta por filmes que discutem a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da vida na terra, de si e do povo.

O comitê de longas foi composto por Marcus Túlio (MA), Erika Cândido (RJ) e Flávia Abtibol (AM). Já o time de avaliadores dos curtas foi formado por Arthur Gadelha (CE), Taciano Brito (MA) e Flávia Cândida (RJ). As duas equipes foram coordenadas por Stella Lindoso (MA), responsável pela definição do cronograma de trabalho da curadoria e pela seleção dos videoclipes maranhenses, além da contribuição com a análise dos filmes.

Todas as mostras paralelas ficam disponíveis na plataforma de streaming do Guarnicê durante todo o festival. Algumas mostras, como a Guarnicezinho e Mostra Jovem, contam com exibições presenciais. Nos próximos dias, o festival divulgará os filmes selecionados para a Mostra Universitária, as ações formativas, a programação da mostra acessível Faz Todo Sentido, os homenageados desta edição, além de outras novidades.

O Festival Guarnicê de Cinema 2024 será realizado entre os dias 7 e 14 de junho em formato híbrido, com mostras presenciais em São Luís e programação on-line acessível em todo o Brasil.

Conheça os filmes selecionados para as mostras paralelas do 47º Festival Guarnicê de Cinema:

GUARNICEZINHO

Apenas uma Sacola de Plástico, de Luan Oliveira (CE)
As Aventuras de Tracajaré: O Filme, de Joaquim Haickel e Sergio Martinelli (MA)
Bênhëkié, de Jaiane Luna Kariú e Layo Amõkanewy Kariú (MA)
Causos de Domingos: O Corpo-Seco, de João Pedro Theodoro (MG)
De Dentro do Quarto, de Paula M. Urbinati (SP)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Ester: O Sonho de uma Ginasta, de Waldemar Castro (MA)
Kwat Jai, de Clarice Cardell (DF)
Lucinéia, de Luah Garcia (RJ)
Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP)
Os Maluvidos, de Gislandia Barros e Josenildo Nascimento (CE)
Placa-Mãe, de Igor Bastos (MG)

MOSTRA JOVEM

Ana e as Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (GO)
As Melhores, de Renata Mizrahi (RJ)
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (SP)
Caboclo Manauara, de George Augusto (AM)
Dakobo, de Felipe dos Santos (PE)
Eu Queria Ter um Vans, de Caio de Paula Albuquerque (PA)
Fora da Caixa, de Giovana Padovani (MG)
O Último é Mulher do Padre, de Yasser Socarrás (SC)
Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG)
Vovô Joel, de Douglas Gomes (RJ)

CENÁRIO BR

A Trilha Sonora de um Bairro, de Betinho Celanex e Danilo Custódio (PR)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Eu Não Vim aqui para Correr Trecho, de Felippy Damian (MT)
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
Noke Koi, de Arthur Ribeiro (AC)
O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO)
O Último Livro, de Isadora Clemente (PE)
Onde as Ondas Quebram, de Inara Chayamiti (SP)
Tiranossaurus, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher (SP)
Yãmî Yah-Pá, de Vladimir Seixas (RJ)
Yby Katu, de Jessé Carlos, Ladivan Soares, Kaylany Cordeiro, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)

CENÁRIO MA

Carroceiro, de Euclides Moreira Neto (MA)
Cazumbando, de Ingrid Barros (MA)
Chuva: Este Filme Não é Meu, de Antônio Fabrício (MA/GO)
Digital Originário, de Jesús Pérez (MA)
Divinéia: Tempo e Espaço, de Maycon Douglas (MA)
Dona Taquariana: Uma Cabocla Brasileira, de Abimaelson Santos (MA)
Fora do Ar, de Igor Nascimento (MA)
Itaperai, de Iagor Peres e Gê Viana (MA)
Kub, de Marcelo Cunha (MA)
Os Warao de Upaon-Açu, de Priscila Tapajowara (MA/SP)

CINEMA NÃO TEM IDADE

A Próxima Estação de Tabajara Ruas, de Boca Migotto (RS)
As Marias, de Dannon Lacerda (MS)
Café Quente: Dona Ângela, de Heron Condor e Sophia Cabral (RN)
Dalva da Rua Sete, de Gab Lourenzato e Nanda Ferreira (SP)
daVIDAntônia, de Tassio Soares (TO)
Desiré, de Catarina Calungueira (RN)
Dona Irene, de Gustavo Campos (SP)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (SC)
Seu Cavalcanti, de Leonardo Lacca (PE)

(RE)EXISTÊNCIA

A Estética da Luta, de Guillermo Planel (RJ)
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (AM)
Kunhã Karai e as Narrativas da Terra, de Paola Mallmann (RS/SC/PR/SP/DF/AC)
Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE)
Notas de Yakecan, de André Moura Lopes (CE)
Os 7 Campos, de Flávio Alves (CE)
Retomada, de Ricardo Martensen (SP)
Sede de Rio, de Marcelo Abreu Góis (BA)
Sociedade de Ferro: A Estrutura das Coisas, de Eduardo Rajabally (SP)

AFROPERSPECTIVAS

A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza (CE)
À Noite Todos os Gatos São Pardos, de Matheus Moura (MG)
Afrofuturismo, de Antonio Filho e Jefferson Soares (PI)
Baobab, de Bea Gerolin (PR)
Black Rio! Black Power!, de Emilio Domingos (RJ)
Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ)
Dessa Arte eu Sei um Pouco, de Cled Pereira (DF)
Hábito, de Fernando Santos (AL)
Matria Amada Kalunga, de Lak Shamra e Thassio Freire (GO)
Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa (RJ)

ELAS POR ELAS

Casulo, de Aline Flores (SP)
Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ)
Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES)
Uma Mulher Comum, de Debora Diniz (DF)

EM COLAPSO O PLANETA GIRA

Amar a Ilha, de Isabela Alves (SP)
Aves Coloridas, de Angelo Pignaton (DF)
Cores Queimam, de Felippy Damian (MT)
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE)
De Onde Nasce o Sol, de Gabriele Stein (ES)
Eco das Pedra, de Pedro Célio Oliveira Nunes (CE)
Hélio Melo, de Leticia Rheingantz (SP)
Menina Semente, de Tulio Beat (PE)
Nosso Território, de Josenildo Nascimento (CE)
Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)

FAZ ESCURO MAS EU CANTO

Canção ao Longe, de Clarissa Campolina (MG)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
Meu Amigo Lorenzo, de André Luiz de Oliveira (DF)
Miguel Damus, de Beto Matuck e Celso Borges (MA)
Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria (RJ)
Terruá-Pará, de Jorane Castro (PA)
Todo Mundo Morre Tentando, de Gustavo Von Ha (SP)

FEITO DE COISAS LEMBRADAS E ESQUECIDAS

A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (GO)
Alumbrado, de Catarina Calungueira (RN)
Dulce, de Lucélia Benvinda (MG)
Micelial: Raízes em Conexão, de Sylvia Sanchez (SP)
O Canto, de Izabella Vitório e Isa Magalhães (AL)
Ògún, o Ferreiro do Mundo, de Marcia Salgueiro (RJ)
Pisa na Tradição, de Coraci Ruiz (SP)
Poetas do Tambor, de Ricardo Pereira e Roberto Pereira (PI)
Rei da Ciranda Pesada, de Cíntia Lima (PE)
Um Lugar Chamado Zumbi, de Carolina de Cássia (RN)

MEDO DE QUÊ?

A Sombra da Terra, de Marcelo Domingues (SP)
Atena, de Caco Souza (RS)
Caído, de Alexandre Estevanato (SP)
Cáustico, de Wesley Gondim (DF)
Eles Não São Estrangeiros, de Pedro Bughay Aceti (SC)
O Poético Fim das Mulheres que Amei, de Renan Amaral (RJ)
Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)

PARA NÃO ESQUECER

A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (SP)
Depois Deste Desterro, de Renan Amaral (ES)
Entrelinhas, de Guto Pasko (PR)
, de Rafael Conde (MG)

Foto: Rodrigo Sena.

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