A oitava edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim acontecerá entre os dias 14 e 19 de outubro em formato híbrido. A programação contará com 69 títulos entre longas e curtas, divididos em mostras competitivas e paralelas.
As exibições acontecerão em três polos: Cine Teatro Cultura, com sessões nos turnos da manhã, tarde e noite com filmes em competição; Parque Janelas para o Rio, com exibições ao ar livre (no antigo Parque do Bambu) dos filmes da Mostra Rotas de Migração; e nas plataformas digitais, incluindo o site do Cine Jardim e a plataforma Cardume. Os filmes estarão disponíveis com recursos de acessibilidade comunicacional.
A proposta curatorial do festival é exibir títulos que estimulem a reflexão e a experiência do público com o compromisso com a inclusão sociocultural. Os filmes selecionados valorizam a memória e a diversidade cultural brasileira, contemplando temas relevantes das sociedades contemporâneas e explorando novas linguagens cinematográficas.
Neste ano, o filme de abertura será o longa-metragem em animação O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho. A trama conta a história de uma menina extremamente criativa que passa pelo processo de superação da perda de sua mãe. Fala de amizade, companheirismo e sobre as tantas belezas que nos cercam cotidianamente que muitas vezes nem percebemos. O Sonho de Clarice é o primeiro longa de animação do Distrito Federal e será exibido fora de competição em uma sessão especial.
O festival também realizará uma série de atividades paralelas gratuitas, sempre comprometido com o debate e a formação de público em relação à produção audiovisual contemporânea. Neste ano, a programação contará com as oficinas: Documentando Realidades, com o cineasta Marlom Meirelles; Crítica de Cinema, com o jornalista e crítico de cinema Diego Benevides; e Prática de Interpretação, com o renomado ator Tuca Andrada.
Além da Mostra Competitiva de curtas-metragens latino-americanos e da Mostra Competitiva de longas-metragens brasileiros, que serão avaliadas por um júri especial formado por profissionais da sétima arte, o Cine Jardim exibirá também as mostras paralelas: Revoada, Voo Livre e Rotas de Migração, com abordagens variadas para o público jovem; e Passarinho, formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações.
A seleção foi montada a partir de 887 filmes inscritos, entre ficções, documentários e animações de todas as regiões do Brasil, além de produções estrangeiras. Para Leo Tabosa, cineasta e produtor do festival: “O Cine Jardim é uma importante janela para exibição e formação de público no Agreste de Pernambuco, cumprindo sua missão de levar o cinema a lugares onde ainda não há cinema. Reconhecemos o cinema como uma eficaz ferramenta de transformação social, e é por isso que nossa essência está em promover o cinema em sintonia com a educação. A cada edição, o número de filmes apresentados cresce, o que reforça o respeito e a admiração que o festival conquistou entre cineastas, produtores e público”.
O festival, de caráter competitivo, visa premiar filmes das mostras competitivas de curtas latinos e longas brasileiros. Além do Júri Oficial e Popular, a premiação contará também com o Júri Jovem, formado por participantes da oficina de crítica de cinema; este júri será responsável por escolher o melhor curta-metragem da mostra competitiva latino-americana. O festival também conta com prêmios de parceiros em serviços, entre eles, Prêmio Edina Fujii e Prêmio Mistika.
O Cine Jardim, realizado no agreste pernambucano na cidade de Belo Jardim, teve início em 2015. Atualmente, faz parte do calendário de eventos da cidade e da programação das escolas públicas. O festival atende, também, algumas das cidades da microrregião do Vale do Ipojuca, como: Alagoinha, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Capoeiras, Pesqueira, Riacho das Almas, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano e Tacaimbó. É um festival de formação que tem como público-alvo alunos das escolas públicas de Belo Jardim.
Belo Jardim, localizada no Agreste Central de Pernambuco, tem população aproximada de 76.687 habitantes (Censo 2020), sendo a urbana com 59.934 habitantes e a rural com 16.753 habitantes. Vale destacar que mesmo sendo a terra do cineasta Cleto Mergulhão, Belo Jardim não possui salas de cinema ou qualquer outra possibilidade democrática de exibição dos filmes.
Conheça os filmes selecionados para o VIII Cine Jardim:
MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE)
Frevo Michiles, de Helder Lopes (PE)
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten (PR)
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS
A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
Capturar o Fantasma, de Davi Mello (SP)
Circuito, de Leão Neto e Alan Sousa (CE)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Fenda, de Lis Paim (CE)
Fossilização, de João Folharini (RJ)
Galega, de Anna Lu Machado e Noan Arouche (PE)
Jupiter, de Carlos Segundo (RN)
Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Sem Fantasia, de Pedro Murad e Daniel Herz (SP)
Trinidad, de Jos Azuela (México)
MOSTRA PASSARINHO
A Concha me Contou, de Instituto Marlin Azul (ES)
A Romantic Snack, de Rafael Lima (GO)
Alguma Coisa com Plutônio, de Raoni Assis (PE)
Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Apenas uma Sacola de Plástico, de Luan Oliveira (CE)
Bolinha de Gude, de Ricardo Rodrigues (SP)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
Entre Estrelas, de Kelrylly Sabriny (GO)
Experiência, de Maria Petrassi (SC)
Flores da Macambira, de Instituto Marlin Azul (RN/ES)
Kwat e Jaí: Os Bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell (DF)
MA/GO, de Lucas Montes Silva (GO)
Memórias de Infância, de Instituto Marlin Azul (MG/ES)
O Barco, de Rodolpho Pinotti (SP)
O Bombeiro, de Mozart Albuquerque (PE)
O Chapéu do Zezéu, de Instituto Marlin Azul (RN/ES)
O Gato da Minha Irmã, de Instituto Marlin Azul (ES)
Penca no Parque, de Bruno De Souza (MG)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG)
Só Rezando…, de Instituto Marlin Azul (RN/ES)
Super-herói do Clipe no Meio da Praça, de Felipe Aufiero (PR)
Super-heróis, de Rafael de Andrade (DF)
Três Marias, de Ricardo Rodrigues (SP)
MOSTRA REVOADA
As Melhores, de Renata Mizrahi (RJ)
Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Menina Semente, de Túlio Beat (PE)
O Cemitério do Parque da Luz, de Marko Martinz (SC)
O Mistério da Cohab 23, de Rogério Sagui (BA)
Trinca-Ferro, de Maria Fabíola (ES)
Visagens e Visões, de Rod Rodrigues (PA)
MOSTRA VOO LIVRE
A Casa Amarela, de Adriel Nizer (PR)
A Lenda dos Cavaleiros da Água, de Helen Quintans (SP)
Bicicleta Envenenada, de Luciene Crepalde (MG)
Holerite, de Ademir de Sena Moreira (MG)
Jardim da Imagem, de Guilherme Amado (RS)
Vão das Almas, de Edileuza Souza e Santiago Dellape (DF)
MOSTRA ROTAS DE MIGRAÇÃO
152 AB, de Daniel Jaber e Jelton Oliveira (MG)
2 Brasis, de Carol Aó e Helder Fruteira (SP)
Aracati, de Veruza Guedes (PB)
Baile da Curva, de Bruno Autran (SP)
Carol, de Bruna Tavares (PE)
Casulo, de Aline Flores (SP)
Eu Disse Sem Usar Palavras, de Braulio Rezende Barbosa (RJ)
Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Habitar, de Antonio Fargoni (SP)
Margem, de Domingos Antônio e Flávio Ermirio (SP)
O Nome da Vida, de Amanda Pomar (MG)
Papelada, de Arthur Henrique Oliveira (GO)
Paradiso de Aníbal, de Diego Baraldi (MT)
Quem me Quer?, de Tiago Pinheiro (PE)
Umbilina e Sua Grande Rival, de Marlom Meirelles (PE)
Foto: Divulgação/Marrevolto Filmes.