![](https://www.cinevitor.com.br/wp-content/uploads/2025/02/aindaestouaquivenceGoya2025-1024x512.jpg)
Foram anunciados neste sábado, 08/02, em Madri, os vencedores do Prêmio Goya, ou Premios Goya, no original, evento realizado pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol.
O drama biográfico El 47, dirigido por Marcel Barrena, que liderava a lista com 14 indicações, se destacou com cinco prêmios, entre eles, o de melhor filme, que foi dividido com La infiltrada, de Arantxa Echevarría, em um empate.
Neste ano, o Brasil se destacou com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, eleito o melhor filme ibero-americano; é a primeira vez que um filme brasileiro é premiado no Goya. O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, que trabalhou com Salles em Diários de Motocicleta e ganhou o Oscar de melhor canção original por Al otro lado del río, recebeu o prêmio em nome da equipe. Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família.
No palco, Drexler leu uma mensagem de Walter Salles: “Estou profundamente agradecido porque este prêmio é muito especial para nós. Não só por ser a primeira vez que um filme brasileiro é indicado, mas é uma grande honra por toda a admiração que eu tenho pela cultura ibero-americana como um todo, pela admiração que tenho pela cinematografia espanhola desde Buñuel, assim como por tantos outros cineastas que influenciaram minha formação. Dedico este prêmio ao cinema brasileiro, para Eunice Paiva e toda sua família, para Fernanda Montenegro e Fernanda Torres”.
A cerimônia, apresentada por Maribel Verdú e Leonor Watling, contou também com homenagens: a atriz espanhola Aitana Sánchez-Gijón recebeu o Goya de Honor; e o ator americano Richard Gere foi honrado com o Goya Internacional, que foi entregue pelo amigo Antonio Banderas. Em seu discurso, disse: “Nós, atores, somos muito loucos. Essa é a coisa boa que temos, que ainda somos meninos e meninas. Gostamos de histórias”. A noite também lembrou a trajetória da consagrada atriz Marisa Paredes, que morreu em dezembro do ano passado.
Outro momento marcante foi a celebração dos 20 anos da estreia do longa Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, que ganhou o Oscar de melhor filme internacional em 2005. O diretor e integrantes do elenco, como Javier Bardem, Lola Dueñas, Tamar Novas e Belén Rueda, se reencontraram no palco: “Sua maior recompensa foi fazer com que as pessoas começassem a falar sobre o direito de morrer com dignidade”, disse Amenábar. Com 14 prêmios no Goya, é o filme mais premiado da história da premiação espanhola.
Conheça os vencedores do Prêmio Goya 2025:
MELHOR FILME
El 47 e La infiltrada
MELHOR DIREÇÃO
Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, por Segundo premio
MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE
Javier Macipe, por La estrella azul
MELHOR ATOR
Eduard Fernández, por Marco
MELHOR ATRIZ
Carolina Yuste, por La infiltrada
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Salva Reina, por El 47
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Clara Segura, por El 47
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Casa en flames, escrito por Eduard Sola
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
O Quarto ao Lado, escrito por Pedro Almodóvar
ATOR REVELAÇÃO
Pepe Lorente, por La estrella azul
ATRIZ REVELAÇÃO
Laura Weissmahr, por Salve Maria
MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
El 47, por Carlos Apolinario
MELHOR FOTOGRAFIA
O Quarto ao Lado, por Edu Grau
MELHOR MONTAGEM
Segundo premio, por Javi Frutos
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Virgem Vermelha, por Javier Alvariño
MELHOR FIGURINO
A Virgem Vermelha, por Arantxa Ezquerro
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
Marco, por Karmele Soler, Sergio Pérez Berbel e Nacho Díaz
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Los Almendros, por Antón Álvarez e Yerai Cortés (La guitarra flamenca de Yerai Cortés)
MELHOR SOM
Segundo premio, por Diana Sagrista, Eva Valiño, Alejandro Castillo e Antonin Dalmasso
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
El 47, por Laura Canals e Iván López Hernández
MELHOR ANIMAÇÃO
Mariposas Negras, de David Baute
MELHOR DOCUMENTÁRIO
La guitarra flamenca de Yerai Cortés, de C. Tangana
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
MELHOR FILME EUROPEU
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
La gran obra, de Àlex Lora
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Semillas de Kivu, de Carlos Valle e Néstor López
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Cafunè, de Carlos Fernández de Vigo e Lorena Ares
Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.