A Travessia

por: Cinevitor

atravessiaposterThe Walk

Diretor: Robert Zemeckis

Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Ben Kingsley, Charlotte Le Bon, Guillaume Baillargeon, Clément Sibony, Steve Valentine, James Badge Dale, Ben Schwartz, Benedict Samuel, Mizinga Mwinga, Sergio Di Zio, Inka Malovic, Jean-Robert Bourdage, Soleyman Pierini, Catherine Lemieux, Larry Day, Vlad Stokanic, César Domboy, Joel Rinzler, Mark Camacho, Yanik Ethier, Daniel Harroch, Jason Deline, Kwasi Songui, Adam Bernett, Karl Graboshas, Jason Blicker, Karl Werleman, Leif Anderson, Trevor Botkin, Rebecca Croll, Gara Nlandu, Melantha Blackthorne, Momo Casablanca, Julien Heron, Christina Kelly, Nathaly Thibault.

Ano: 2015

Sinopse: A Travessia é a história real de um jovem sonhador, Philippe Petit, e um grupo de recrutas improváveis que, juntos, alcançam o impossível: uma travessia ilegal sobre um cabo no imenso vazio entre as torres do World Trade Center. Com pouco mais de coragem e ambição cega, Petit e sua desorganizada equipe superam obstáculos assustadores, traições, inúmeras situações arriscadas e todas as adversidades para vencer o sistema e executar seu plano maluco.

Crítica do CINEVITOR: A Travessia é um filme que você já sabe o final, pois é baseado em uma história real que já foi retratada no documentário O Equilibrista. Para levar novamente às telonas as aventuras do francês Philippe Petit, só que dessa vez como ficção, o diretor Robert Zemeckis escalou o ator Joseph Gordon-Levitt para protagonizar o longa. Não que a escolha tenha sido equivocada, mas a atuação de Joseph fica em segundo plano diante de tantos outros elementos que se destacam. Com o desenrolar da trama, o roteiro se mostra um pouco monótono e fabuloso demais ao focar o lado biográfico da história, destacando os bastidores da façanha do protagonista: conseguir atravessar as Torres Gêmeas, em Nova York, em um cabo, sem proteção. Mas não são só coisas negativas que rondam o longa. A Travessia tem vários elementos que salvam a produção. A começar pela direção experiente de Zemeckis. Com filmes como De Volta para o Futuro, Forrest Gump e Náufrago no currículo, o cineasta consegue transmitir emoção através de suas imagens, conduzindo a trama para o lugar certo, mesmo que apresentando alguns exageros ao longo da história. Mas quem brilha mesmo em A Travessia são os efeitos visuais. Recriar as Torres Gêmeas em computação gráfica poderia se tornar arriscado e resultar em algo visivelmente falso. Mas o efeito é contrário. As cenas do alto do World Trade Center são impecáveis em termos de efeitos, trazendo para o espectador a sensação de realmente estar naquele lugar. O 3D é essencial nesse filme. Através dos óculos, sentimos ainda mais o tremor de nossas pernas, muita aflição e claro, vertigem. Levar o espectador para dentro da telona com tanta veracidade é tarefa difícil no cinema, mas A Travessia consegue fazer isso muito bem através de diversas sensações (e efeitos). O roteiro, que até então seguia sem fortes emoções, ganha força na última parte do filme, quando começam os preparativos para a performance até chegar ao seu grand finale. O trajeto percorrido por Philippe Petit é eletrizante e traz para o longa o ritmo que estava faltando na história. É nesse momento que o suspense toma conta e as imagens se tornam um espetáculo para os olhos, proporcionando ao espectador fortes emoções. Mas, o cinema não vive só de efeitos e se não fosse por eles, A Travessia talvez não chamasse tanta atenção, mesmo com uma boa história a ser contada. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

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