Crimson Peak
Diretor: Guillermo del Toro
Elenco: Mia Wasikowska, Jessica Chastain, Tom Hiddleston, Charlie Hunnam, Jim Beaver, Burn Gorman, Leslie Hope, Doug Jones, Jonathan Hyde, Bruce Gray, Emily Coutts, Alec Stockwell, Brigitte Robinson, Gillian Ferrier, Tamara Hope, Kimberly-Sue Murray, Sofia Wells, Joanna Douglas, Bill Lake, Jim Watson, Javier Botet, Peter Spence, William Healy, Matia Jackett, Karen Glave, Brian Kaulback, Stephen K. Donnelly, Daryn Pancer, Amanda Smith, Laura Waddell.
Ano: 2015
Sinopse: Edith Cushing é uma aspirante a escritora, que desde pequena convive com fantasmas. Na escrita, encontrou uma forma de fugir de seus traumas de infância. Quando seu coração é roubado pelo sedutor Thomas Sharpe, Edith é arrastada para o topo de uma casa sombria que esconde obscuros segredos. Mas eles não estão sozinhos. A imensa casa gótica também é o lar de Lucille, a irmã de Thomas, uma mulher misteriosa e enfeitiçante. À medida que o amor se torna loucura e os pesadelos, realidade, todos que colocarem os pés na Colina Escarlate estão em sério perigo.
Crítica do CINEVITOR: Guillermo del Toro é daqueles diretores que realmente sabem o que querem mostrar nas telonas e conseguem fazer isso muito bem. Com uma carreira elogiada, ele volta a aterrorizar seus espectadores com A Colina Escarlate, que não é seu melhor filme, mas não quer dizer que seja ruim e/ou descartável. Longe disso. Em seu novo trabalho, del Toro traz suas características já conhecidas do público com força total: criaturas assustadoras, cenários sombrios e um clima amedrontador. Mas é no roteiro que se concentram algumas falhas. Com acontecimentos previsíveis, a história não traz grandes reviravoltas e nem se compromete em impressionar o espectador com grandes descobertas. Com o desenrolar da trama, os fatos são antecipados sem causar surpresa no final. Mas, A Colina Escarlate também merece muitos elogios. Seu design de produção é formidável e se destaca por apresentar uma concepção artística visual impecável, com cenários sombrios e admiráveis. A mansão mal-assombrada, principal cenário do filme, foi inteiramente construída para as filmagens e seus detalhes arquitetônicos, muito bem elaborados, como por exemplo, as rachaduras e as paredes que sangram, ajudam a compor o clima assustador do longa. O figurino, a direção de arte e a fotografia também surpreendem e fazem de A Colina Escarlate um filme esteticamente magnificente. Em meio a essa arte que manifesta ostentação (no bom sentido da palavra), o filme mistura fantasmas com personagens melancólicos e apresenta um romance gótico que contrapõe com sentimentos soturnos que rondam a história. A Colina Escarlate pode até não ser o melhor filme de Guillermo del Toro, mas não deixa a desejar no quesito artístico e surge como uma obra grandiosa, de um brilhante diretor. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: