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18º Curta Taquary: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta Javyju: Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães

Foram anunciados neste sábado, 22/03, Dia Mundial da Água, em Taquaritinga do Norte, os vencedores da 18ª edição do Curta Taquary. A culminância, com cinema, música e educação, concretizou o objetivo do festival de promover a cultura no Agreste de Pernambuco, atingindo um número cada vez maior de pessoas plantando sementes para gerar frutos para o futuro.

A edição deste ano teve início em 16 de março, Dia Nacional da Conscientização Sobre as Mudanças Climáticas. As datas foram mais uma vez escolhidas para reforçar o compromisso do festival com a preservação do meio ambiente. Este ano, foram plantadas várias mudas de plantas nativas da região, buscando o reflorestamento, assim como a recuperação das margens do Rio Capibaribe.

Além de Taquaritinga do Norte, onde o festival nasceu, outras cinco cidades da bacia do Alto Capibaribe receberam ações do Curta Taquary: Poção, Jataúba, Santa Cruz do Capibaribe, Brejo da Madre de Deus e Toritama. Ao longo do festival, foram exibidos 87 curtas-metragens, de 16 estados, contemplando todas as regiões do país. Neste ano, a atriz paraibana Soia Lira foi a grande homenageada.

No dia do encerramento, também houve a realização do 8º Encontro de Cinema e Educação, em Taquaritinga do Norte. A atividade é dedicada a profissionais da educação, estudantes, produtores culturais, cineastas, cineclubistas e qualquer pessoa com interesse nos temas. Entre as mesas, estiveram os debates com temas O Cinema como Semente Socioambiental em Pernambuco e Letramento Geográfico e os Números do Lugar: Notas da Geografia da Infância por uma Educação Melhor.

Conheça os vencedores do Curta Taquary 2025:

MOSTRA BRASIL
*Júri: Silvana Delácio e Silva, Eric Laurence e Marcelo Marão

Melhor Filme: Guia, de Tarcísio Ferreira (AL)
Melhor Direção: Alan Schvarsberg, por A Chuva do Caju
Melhor Roteiro: À Noite Todos os Gatos são Pardos, escrito por Matheus Moura
Melhor Atriz: Rejane Faria, por À Noite Todos os Gatos são Pardos
Melhor Ator: Matheus Smith, por À Noite Todos os Gatos são Pardos
Melhor Fotografia: Fenda, por Petrus Cariry
Melhor Direção de Arte: Hoje Eu Só Volto Amanhã, por Diego Lacerda, Luan Hilton, Chia Beloto, Marila Cantuária, Juliette Perrey, Marcelo Vaz, Yuri Shmakov, Raul Souza, Gio Guimarães, Gabriel De Moura, Bruno Luna e Rubens Caetano
Melhor Figurino: Hoje Eu Só Volto Amanhã
Melhor Edição: Guia, por Tarcísio Ferreira
Melhor Trilha Sonora: Envelhecer com as Árvores, por Loic Ronsse
Melhor Som: Hoje Eu Só Volto Amanhã, por Nicolau Domingues e Rafael Travassos
Melhor Cartaz: Samuel Foi Trabalhar

MOSTRA PERNAMBUCANA 
*Júri: Bianca Joy Porte, Kátia Klock e Aristóteles Toth

Melhor Filme: Mergulhão, de Rogi Silva e Juliana Soares
Melhor Direção: Enock Carvalho e Matheus Farias, por Queimando por Dentro
Melhor Roteiro: Mergulhão, por Juliana Soares
Melhor Atriz: Nataly Sousa, por Carol
Menção Honrosa | Atriz: Divina Valéria, por Cavalo Marinho
Melhor Ator: Pedro Lucas, por Queimando por Dentro
Melhor Fotografia: Cavalo Marinho, por Petrus Cariry
Melhor Direção de Arte: Mergulhão, por Rogi Silva
Melhor Figurino: Festa Infinita, por Aura do Nascimento e Xutra
Melhor Edição: Mergulhão, por Felipe César de Almeida
Melhor Trilha Sonora: Sustenta a Pisada!, por Lula Moreira e Noé da Ciranda, por Noé da Ciranda
Melhor Som: Mergulhão, por Nicolau Domingues e Rafael Travassos
Melhor Cartaz: Emocionado, por Cristxine

MOSTRA AGRESTE
*Júri: Moema Vilar, Vitória Vasconcellos e Kleyton Canuto

Melhor Filme: Costureiras no Online, de Mayara Bezerra e Rafa Monteiro (PE) e O Carnaval é de Pelé, de Daniele Leite e Lucas Santos (PE)
Melhor Direção: Narriman Kauane, por Wadja
Melhor Roteiro: Umbilina e Sua Grande Rival, escrito por Emerson do Nascimento e Marlom Meirelles
Menção Honrosa | Roteiro: A História e o Brilho das Bandas Marciais de Toritama
Melhor Atriz: Marcélia Cartaxo, por Umbilina e Sua Grande Rival
Menção Honrosa | Atriz: Ana Nunes, por Facção
Melhor Ator: Beto Aragão, por Todas as Memórias que Você Fez para Mim
Melhor Fotografia: Costureiras no Online, por Virgínia Guimarães e Joze Laurentino
Melhor Direção de Arte: Todas as Memórias que Você Fez para Mim, por Thais Souza
Melhor Figurino: Umbilina e Sua Grande Rival, por Carlota Pereira
Melhor Edição: O Carnaval é de Pelé, por Cesar Caos
Melhor Trilha Sonora: Wadja
Melhor Som: Outro Lado da Gente, por Igor José
Melhor Cartaz: Facção

MOSTRA CRIANCINE
*Júri: Fernanda Cordel, Giselle Tigre e Dhiones do Congo

Melhor Filme: O Barco, de Rodolpho Pinotti (SP)
Melhor Direção: Jane Carmen Oliveira, por Eu e o Boi, O Boi e Eu
Melhor Roteiro: Mundinho, escrito por Gui Oller e Ricky Godoy
Melhor Ator: Tião Hughes, por Buraco de Minhoca
Melhor Fotografia: O Barco, por Marcelo Magano
Melhor Direção de Arte: O Barco, por Diana Gerbelli
Melhor Figurino: O Barco, por Natalia Vaz
Melhor Edição: Receita de Vó, por Carlon Hardt
Melhor Trilha Sonora: Receita de Vó, por Renan Inquérito e Liah Vitória
Melhor Som: Lagrimar, por Luiz Gadelha e Rafael Telles
Melhor Cartaz: Buraco de Minhoca

MOSTRA CURTAS FANTÁSTICOS
*Júri: Arly Arnaud, Pedro Nercessian e Marcos Buccini

Melhor Filme: Javyju: Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (SP)
Melhor Direção: Durval Cristóvão, por Gabiru
Melhor Roteiro: Javyju: Bom Dia, escrito por Carlos Eduardo Magalhães
Melhor Atriz: Sâmmia Gonçalves, por Gabiru
Melhor Ator: Kleber de Oliveira, por Gabiru
Melhor Fotografia: Javyju: Bom Dia, por Priscila Tapajowara
Melhor Direção de Arte: Visagens e Visões, por Helô Rodrigues, Gabs Fernandes, AD Gomes, Eliezer França e Everton Leão
Melhor Figurino: Javyju: Bom Dia, por Diego Rodrigues e Luan Karai Jeguaka
Melhor Edição: Rheum, por Rebeca Vieira
Melhor Trilha Sonora: Gabiru, por DJ Vlayck e Afonso Santti
Melhor Som: Jupiter, por Paul Guilloteau
Melhor Cartaz: Reciclos
Menção Honrosa | Melhor Técnica: Reciclos

MOSTRA DIVERSIDADE
*Júri: Anna Andrade e Alexandre Figueirôa

Melhor Filme: A Volta, de Anny Stone (PE)
Menção Honrosa: A Pisada é Delas: Mulheres do Coração Nazareno, de Patricia Yara Rocha (PE)
Melhor Direção: Duda Gambogi, por Babilônia
Melhor Roteiro: Carpina, 11 de Setembro, escrito por Mery Lemos
Melhor Atriz: Sharlene Esse, por A Volta
Melhor Ator: Caeu Fidelis, por A Volta
Melhor Fotografia: Babilônia, por Isaac Rodríguez e Luiza Calagian
Melhor Direção de Arte: Babilônia
Melhor Figurino: A Pisada é Delas: Mulheres do Coração Nazareno
Melhor Edição: Carpina, 11 de Setembro, por Caio Sales
Melhor Trilha Sonora: A Pisada é Delas: Mulheres do Coração Nazareno, por Maracatu Rural Coração Nazareno
Melhor Som: Nua, por Ester Rosendo
Melhor Cartaz: Carpina, 11 de Setembro

MOSTRA POR UM MUNDO MELHOR
*Júri: Anna Andrade e Alexandre Figueirôa

Melhor Filme: Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz, de Lucas Assunção (MG)
Melhor Direção: Lucas Assunção, por Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz
Melhor Roteiro: Ameaças Climáticas no Recife: Desafio para as Áreas Centrais e Periféricas da Capital Pernambucana, escrito por Íris Samandhi
Melhor Fotografia: Ameaças Climáticas no Recife: Desafio para as Áreas Centrais e Periféricas da Capital Pernambucana, por Tágory Nascimento
Melhor Direção de Arte: Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz, por Rafael Campos
Melhor Edição: Amazônia Chama, por Zefel Coff
Melhor Trilha Sonora: Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz, por Mateus Bahiense
Melhor Som: Caminhando com Onças, por Larissa Corino e Rodrigo Rangel
Melhor Cartaz: Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz

MOSTRA PRIMEIROS PASSOS
*Júri: Arly Arnaud, Pedro Nercessian e Marcos Buccini

Melhor Filme: Travessia, de Karol Felicio (ES)
Melhor Direção: Rafael Ribeiro Gontijo, por Inflamável
Melhor Roteiro: Travessia, escrito por Karol Felicio
Melhor Atriz: Madu Melo e Clara Falcão, por Quatro Pontes
Melhor Ator: Eduardo Gorck, por Inflamável
Melhor Fotografia: Quatro Pontes, por Breno César
Melhor Direção de Arte: Veredas, por Beatriz Xavier Ribeiro
Melhor Figurino: Mira, por Jefferson de Souza
Melhor Edição: Inflamável, por Marisa Mendonça
Melhor Trilha Sonora: Veredas
Melhor Som: Travessia, por Karol Felicio e Isadora Carneiro
Melhor Cartaz: Inflamável
Menção Honrosa: Gaivota Naves, por Inflamável

MOSTRA UNIVERSITÁRIA
*Júri: Mariana Jacob, Virginia Gualberto e Marcos Santos

Melhor Filme: Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Melhor Direção: Emilly Alves e Nahiara Baddini, por Raízes da Ilha
Melhor Roteiro: Como Chorar Sem Derreter, escrito por Giulia Butler
Melhor Atriz: Nina Dahmer, por Como Chorar Sem Derreter
Melhor Ator: Mestre Naldinho, por Baião de Dois: Mestre Naldinho e Mestra Tina na UFPB
Melhor Fotografia: Como Chorar Sem Derreter, por Gabriel Guimarães
Melhor Direção de Arte: Como Chorar Sem Derreter, por Lucas Maia e Paloma Tavarone
Melhor Figurino: Como Chorar Sem Derreter, por Yohanna Oliveira
Melhor Edição: Conexão, por Letícia Monteiro e Julie Ketlem
Melhor Trilha Sonora: Como Chorar Sem Derreter, por Gabi Martins
Melhor Som: A Cachoeira dos Pássaros, por Corina Santiago e Maysa
Melhor Cartaz: A Cachoeira dos Pássaros

MOSTRA DÁLIA DA SERRA
*Júri: Fernanda Cordel, Giselle Tigre e Dhiones do Congo

Melhor Filme: Yadedwa Seetô, de Marcos Carvalho (PE)
Melhor Direção: Marcos Carvalho, por Yadedwa Seetô
Melhor Roteiro: Lar Doce Lar, escrito por Pedro Henrique Moreira da Silva
Melhor Fotografia: Yby Katu, por Rodrigo Sena, Vandré Arcanjo, Kaylany Cordeiro e Débora Carvalho
Melhor Direção de Arte: Yadedwa Seetô, por Cleiton Rodrigues Souza, Kauã De Melo, Fabrício José, Antônio Maciano e Jonas dos Santos
Melhor Figurino: Yadedwa Seetô
Melhor Edição: Opará: Imaginários do São Francisco, por Erna Barros
Melhor Trilha Sonora: Opará: Imaginários do São Francisco, por Laira Paloma e Gilberto Alfredo Neto
Melhor Som: Queimatório
Melhor Cartaz: Nihy M’ atôô Fulni-ô
Menção Honrosa: Nihy M’ atôô Fulni-ô, de Coletivo Cinema no Interior: Comunidade Indigena Funi-ô (PE)

CONCURSO DE VÍDEO RIO DE IMAGENS

1º lugar: O Rio Capibaribe Visto Pelos Olhos da Arte, de Enzo Rafel da Silva, Luis Otávio Brito Melo, Yohanna Sophia Silva Costa, Rodrigo Caio da Silva Constantino, Ewerton Pereira da Silva, Luis Arthur Alves Ribeiro, Keyrrison Yan Lima Araújo, Milenna Fátima Paiva Marques, José Gabriel Freitas, Nicollas Filipe da Silva Souza, Lawanny Beatriz Clementino Sousa, Talles Gabriel Ferreira Amaral, Maria Sofia de Oliveira, Fernanda Adrielly Alves Silva, Valdir José Melo Neto, Jackson Arthur Pereira do Nascimento, Leonardo Sousa Gomes, Anitta Cecilia da Silva Santos, Heric Luiz de Almeida de Alves e Elloá Kamilly de Araújo e Sousa (Jataúba)

2º lugar: Morte do Capibaribe, de Ailton Filho, Arthur da Silva, Lívia Vitória Ferreira, Luan Henrique Alves, Mikhael Roberto Soares, Pedro Rafael Torres, Raylma Martins, Luanderson Aparecido, Marcos José e Erivaldo Nascimento (Brejo da Madre de Deus)

3º lugar: Quero Gritar um Poema, de José Nicolas Marcelino Souza e Weliton Santiago Bezerra da Silva (Taquaritinga do Norte)

Menção Honrosa: O Cruzeiro da Esperança, de Madalena Freitas, Gilvânia Alves, Josiane Bezerra, Carla Costa, Felipe Beserra, Maria Renata, Gregory Rafael de Medeiros, Maria José de Farias e Kelly Silva (Poção)

Menção Honrosa: O Rio Agoniza, de Evellyn Silva Cerqueira, Ítaly Kauane de Lima Lins, Thalita Soares Campos, Washington Kenuy Pereira, Eliane Severo Alves, José Roberto da Silva e Adriana Maria Gomes (Toritama)

Menção Honrosa: Um Poema, de Wilma Torres de Alícia Lima Nunes, Erick Gustavo dos Santos Araújo, Juan Vinícius Bernardo dos Santos e Marilha Gabrielly dos Santos (Santa Cruz do Capibaribe)

CONCURSO DE VÍDEO RIO DE IMAGENS | VOTAÇÃO ON-LINE

O Rio Agoniza, de Evellyn Silva Cerqueira, Ítaly Kauane de Lima Lins, Thalita Soares Campos, Washington Kenuy Pereira, Eliane Severo Alves, José Roberto da Silva e Adriana Maria Gomes (Toritama)

Foto: Divulgação.

Curta Taquary 2025: atriz Soia Lira é homenageada

por: Cinevitor
Soia Lira: trajetória consagrada

Com uma celebrada carreira no cinema, no teatro e na televisão, a atriz paraibana Soia Lira, de Central do Brasil e Pacarrete, foi a grande homenageada da 18ª edição do Curta Taquary.

Soia, nome artístico de Maria Auxiliadora Lira de Souza, nasceu em 1962, em Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, onde deu os primeiros passos na vida artística. O amor pela arte e a cultura, inclusive, está no DNA da família, com outros três irmãos envolvidos com a área: Buda e Nanego como atores e Bertrand como diretor de cinema.

Foi em Cajazeiras que Soia começou a atuar e fundou, ao lado de amigos, entre eles, a atriz Marcélia Cartaxo, o Grupo Mickey, que posteriormente mudou o nome para Grupo Terra, com o qual fez várias peças. Estudou Educação Artística em João Pessoa, onde atuou em diversos espetáculos, entre eles, Os Pirralhos (1980), já no Grupo Piollin. Em 1984, participou do Projeto Mambembão, dirigido por Eliezer Rolim. Com o espetáculo Vau da Sarapalha (1992), recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de São José do Rio Preto; dirigida por Luiz Carlos Vasconcelos, a peça marcou a cena da Paraíba e circulou por vários estados e países, como Espanha, Portugal, Inglaterra e Alemanha.

Além da carreira no teatro e na televisão (com participações em projetos como Terça Livre, Uma Mulher Vestida de Sol, A Pedra do Reino e Porto dos Milagres, na Rede Globo; e Alice, na HBO), Soia também dedicou-se ao cinema, com participações marcantes em filmes como Central do Brasil (1998), de Walter Salles, no qual interpretou Ana, mãe do personagem Josué, papel de Vinícius de Oliveira; do mesmo diretor, também esteve em Abril Despedaçado (2001). Soia participou de longas-metragens como O Quinze, de Jurandir de Oliveira, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Cine Ceará; Tatuagem, de Hilton Lacerda (2013); e Pacarrete (2019), de Allan Deberton, pelo qual recebeu o kikito de melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado e foi indicada ao Prêmio Grande Otelo.

Soia Lira com Walter Salles nos bastidores de Central do Brasil

Sua trajetória nas telonas seguiu com os curtas O Vendedor de Coisas, de Deleon Souto; O Hóspede, de Anacã Agra e Ramon Porto Mota; Doce de Coco, de Allan Deberton; O Brilho Cega, de Carlos Mosca; entre outros. Em breve, poderá ser vista na série Maria e o Cangaço, do Disney+, com direção de Sérgio Machado. Em 2023, foi homenageada na 18ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, em João Pessoa, na Paraíba.

No 18º Curta Taquary, foram exibidos dois curtas-metragens com a participação da atriz: Nua, de Fabi Melo, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no 19º Fest Aruanda; e Cavalo Marinho, de Leo Tabosa. O festival celebrou a força do trabalho de Soia, que inspirou e inspira várias gerações, e sua contribuição para o audiovisual e o teatro brasileiro.

A homenagem aconteceu na sexta-feira, 21/03, no Cine Aurélio, em Toritama. Ovacionada pelo público presente, fez um discurso emocionante: “É com muito orgulho e alegria que recebo esta homenagem desse festival que eu já participo há um tempo. Foi uma surpresa quando me convidaram. O Curta Taquary é tão grandioso, que ensina tanta coisa boa aos estudantes. É maravilhoso!”.

E finalizou: “É um imenso prazer ter feito todos esses trabalhos com tanto orgulho, coragem e força. Vim de uma família de Cajazeiras e eu fazia teatro no quintal da casa do diretor Eliezer Rolim. Éramos muito pequenos e fazíamos muitas peças infantis, levávamos para as escolas. E eu achava que nunca ia chegar onde eu cheguei. Eu tô muito orgulhosa. Muito mesmo”. Soia recebeu o Troféu O Cangaceiro que Filma, criado pelo artista Luiz Carlos Santos.

Fotos: Tarciso Augusto/Divulgação.

CINEVITOR #477: Entrevista com Marco Pigossi | Maré Alta

por: Cinevitor
Marco Pigossi: protagonista e produtor executivo

Dirigido por Marco Calvani, o longa Maré Alta, no original High Tide, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 20/03, marca o primeiro protagonismo do ator brasileiro Marco Pigossi em um filme estrangeiro

A sinopse diz: depois de se mudar com o namorado para Provincetown, cidade americana considerada uma meca LGBTQIAP+, o brasileiro Lourenço vê todo o cenário idealizado desmoronar. Abandonado pelo parceiro, trabalhando ilegalmente como faxineiro e com o visto prestes a expirar, o imigrante passa a lidar com diversas incertezas sobre seu lugar no mundo. Com a chegada do envolvente Maurice, interpretado por James Bland, Lourenço recomeça uma busca interna por pertencimento. 

O filme, selecionado para diversos festivais internacionais, como SXSW Film Festival, FilmOut San Diego LGBT Film Festival e BFI Flare: London LGBTQIA+ Film Festival, foi indicado recentemente ao GLAAD Media Awards. No Brasil, foi exibido no Festival do Rio e premiado no Mix Brasil.

Considerado um dos atores mais talentosos e requisitados de sua geração no Brasil, Marco Pigossi, que começou carreira internacional recentemente, já se destacou em Gen V, sucesso da Amazon e spin-off da série de grande sucesso The Boys. Para a Netflix, estrelou três produções: Tidelands, Alto Mar e Cidade Invisível, criada por Carlos Saldanha, que recentemente retornou para sua segunda temporada. No Brasil, Pigossi estrelou várias séries e novelas para a Rede Globo, além de filmes como O Nome da Morte. Entre seus próximos projetos nacionais estão Privadas da Minha Vida, de Gustavo Vinagre e o remake de O Quarto do Pânico, da diretora Gabriela Amaral Almeida.

Em 2022, Pigossi produziu o documentário Corpolítica, dirigido por Pedro Henrique França, que acompanha quatro candidatos queers nas eleições municipais de 2020. Os próximos projetos americanos de Marco incluem o filme de comédia e terror Bone Lake: Jogo de Mentiras, dirigido por Mercedes Bryce-Morgan, e You’re Dating a Narcissist!, que marca a estreia de Ann Marie Allison em longas-metragens.

Para falar mais sobre Maré Alta, conversamos com o protagonista, que também assina a produção executiva. No bate-papo, Pigossi falou do trabalho com o marido Marco Calvani, diretor do filme, e com seus colegas de elenco Bill Irwin, Marisa Tomei e James Bland. E mais: destacou o sucesso do cinema brasileiro, revelou como foi sua preparação para o papel, contou suas experiências internacionais, debateu sobre cinema independente e revelou as expectativas para o lançamento do filme no Brasil.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Retrato Filmes.

XX Panorama Internacional Coisa de Cinema: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Brunu Kunk no longa cearense Centro Ilusão, de Pedro Diogenes

O Panorama Internacional Coisa de Cinema chega à 20ª edição com novidades, retomadas e uma seleção de mais de 110 filmes que serão exibidos entre os dias 2 e 9 de abril no Cine Glauber Rocha e na Sala Walter da Silveira, em Salvador.

Além disso, neste ano, o mais antigo festival cinematográfico da Bahia volta a Cachoeira (entre os dias 2 e 6 de abril) e expande suas fronteiras com uma itinerância na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Anunciados em coletiva de imprensa, os 62 filmes selecionados para as competitivas Nacional, Baiana e Internacional refletem uma curadoria sintonizada com a diversidade de gêneros, estilos e linguagens no Brasil e em todo o mundo. As produções foram escolhidas entre os 1.203 longas e curtas inscritos para esta edição do Panorama. A curadoria foi realizada por Cláudio Marques, Marília Hughes, Adolfo Gomes, Gênesis Nascimento, Rafael Saraiva, Rafael Carvalho, João Paulo Barreto e Juh Almeida.

Nas competitivas Nacional e Baiana, a tradição é reunir diretores e representantes dos filmes para um debate com o público após a exibição. Com oito longas-metragens, a Competitiva Nacional traz apenas filmes inéditos na Bahia, sendo uma coprodução brasileira com França e Itália, e representantes do cinema produzido no Espírito Santos, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco e São Paulo. A produção baiana marca presença com três dos 15 curtas selecionados

Pela primeira vez, as premiações de longa-metragem Nacional e Baiana terão as categorias de melhor direção, roteiro, montagem, atuação, direção de arte, fotografia e som, além da tradicional escolha de melhor longa e melhor curta. O júri oficial da mostra Nacional será formado por Ana Souza, gerente do departamento de programação do Sundance Festival; o roteirista e diretor Erico Rassi; e o ator Wilson Rabelo. Um júri especial do Canal Brasil também elegerá o melhor curta.

Na Competitiva Baiana, o público poderá conferir 21 filmes realizados em Salvador e outras cidades do estado; são cinco longas e 16 curtas. A cineasta Émilie B. Guérette; a curadora, cineasta e produtora Flavia Candida; e o realizador audiovisual Lucas Coelho compõem o júri oficial. Em Cachoeira, a mostra terá ainda um júri popular, com votação do público.

Desde a edição passada, os filmes da Competitiva Baiana também concorrem ao Prêmio Flavia Abubakir, oferecido pelo instituto homônimo: R$ 50 mil para o melhor longa e R$ 10 mil para o melhor curta.

A Competitiva Internacional traz seis longas e 12 curtas produzidos em 20 países, incluindo filmes de cinematografias pouco conhecidas no Brasil, como do Haiti, Líbano, Filipinas, Ucrânia e Senegal. O júri será formado por Rubian Melo, coordenadora do NordesteLAB; o jornalista Carlos Roberto; e a crítica e doutora em comunicação Enoe Lopes Pontes.

Nesta edição, o Panorama celebra sua trajetória de resistência e crescimento, apresentando um retrato da produção brasileira recente, com filmes que inovam em narrativas e temáticas, mas sem deixar de olhar para obras atemporais e clássicas. Um exemplo é a exibição de Bye, Bye Brasil, de Cacá Diegues, em cópia restaurada, integrando uma mostra com outras obras brasileiras que passaram por restauro recentemente. 

O cineasta baiano Sérgio Machado ganha uma retrospectiva da sua produção documental, com destaque para 3 Obás de Xangô, que resgata a amizade entre três grandes ícones da nossa cultura: Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé; o documentário estreia no circuito comercial no final de abril. A mostra apresenta também A Bahia me Fez Assim, A Luta do Século e Onde a Terra Acaba.

O incentivo à reflexão sobre a arte cinematográfica vai além dos debates ao final das sessões, incluindo atividades formativas como a oficina de crítica com Adolfo Gomes. As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 18 de março, no site oficial do evento (clique aqui). A partir desta oficina será formado o Júri Jovem, que elege os melhores longas e curtas das competitivas Nacional e Baiana. Há ainda as oficinas de Direção para Cinema, com Juh Almeida, e de Narrativas Sonoras, com Lucas Coelho, ambas com inscrições até o dia 18. Para os PanLabs de Montagem e de Roteiro, as obras já foram selecionadas. 

Conheça os filmes selecionados para o 20º Panorama Internacional Coisa de Cinema:

COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS

A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (RR/SP)
Ainda Não é Amanhã, de Milena Times (PE)
Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE)
Mambembe, de Fabio Meira (GO)
O Deserto de Akin, de Bernard Lessa (ES)
O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG)
Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges (MG)
Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos (GO)

COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS

Amarela, de André Hayato Saito (SP)
Cavalo Marinho, de Leo Tabosa (PE)
Como Nasce um Rio, de Luma Flôres (BA)
Da Pele Prata, de Safira Moreira (BA)
E o Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
Fenda, de Lis Paim (CE)
Júpiter, de Carlos Segundo (MG)
Linda do Rosário, de Vladimir Seixas (RJ)
Maputo, de Lucas Abrahão (SP)
Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
O Mediador, de Marcus Curvelo (BA)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
Queimando por Dentro, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)
Vollúpya, de Eri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)
Zoya, de Larissa Dardania (RJ)

COMPETITIVA BAIANA | LONGAS

Catadoras, de Dayse Porto 
Jamex e o Fim do Medo, de Ramon Coutinho
O Samba Antes do Samba, de Paulo Alcoforado 
Quem é essa Mulher?, de Mariana Jaspe 
WR Discos: Uma Invenção Musical, de Nuno Penna e Maira Cristina

COMPETITIVA BAIANA | CURTAS

A Ligação, de Marcelo Levandoski 
Ataques Psicotrônicos, de Calebe Lopes 
Através do Som, de PH Silva 
Bárbara, de Vilma Carlas Martins 
Borderô, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Desconstruindo Lene, de Guilherme Maia 
Marcos, O Errante, de Thiago Brandão 
Menina Espoleta e os Super-heróis Secretos, de Paula Lice, Pedro Perazzo e Tais Bichara 
Meu Pai e a Praia, de Marcos Alexandre 
Na Volta eu te Encontro, de Urânia Munzanzu
O Amor não Cabe na Sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira 
Palavra, de DF Fuiza 
Tigrezza, de Vinicius Eliziário 
Volta ao Mundo, Kamará, de Eduardo Tosta e Karol Azevedo 
Vovó Foi para o Céu, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Ymburana, de Mamirawá

COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS

A Savana e a Montanha, de Paulo Carneiro (Portugal/Uruguai)
Agárrame Fuerte (Agarre-me forte), de Ana Guevara e Leticia Jorge (Uruguai)
Ánimu, de Miguel Kohan (Argentina)
Intercepted (Interceptado), de Oksana Karpovych (Canadá/França/Ucrânia)
Les Âmes Bossales (As almas bossais), de François Perlier (França/Haiti)
Marching in the Dark (Caminhando no escuro), de Kinshuk Surjan (Índia/Holanda/Bélgica)

COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS

A Move (Um movimento), de Elahe Esmaili (Irã/Reino Unido)
Across The Waters (Através das águas), de Viv Li (França)
Aferrado, de Esteban Azuela (México)
Ce Qui Appartient À Cesar (O que pertence a César), de Violette Gitton (França)
City Of Poets (Cidade dos Poetas), de Sara Rajaei (Holanda)
Cross my Heart and Hope to Die (Juro de coração), de Sam Manacsa (Filipinas)
Deus-e-Meio, de Margarida Assis (Portugal)
Lees Waxul (Os segredos não falam), de Yoro Mbaye (Senegal/França/Bélgica)
Loveboard (Quadro de amor), de Felipe Casanova (Bélgica/Suíça)
Mango (Manga), de Randa Ali (Egito)
Sea Salt (Sal Marinho), de Leila Basma (Líbano/Qatar)
Sparare Alle Angurie (Atirar em melancias), de Antonio Donato (Reino Unido/Itália)

Foto: Divulgação/Marrevolto Filmes.

VI Curta na Serra: conheça os títulos selecionados

por: Cinevitor
Ruby Nox em Quando Você Vem me Visitar, de Henrique Arruda

A sexta edição do Curta na Serra – Festival de Cinema ao Ar Livre acontecerá entre os dias 28 e 30 de março no Anfiteatro de Serra Negra, em Bezerros, Pernambuco. O evento contará com uma programação gratuita com exibições de filmes e videoclipes, debates e atividades de formação, reunindo realizadores e apreciadores do audiovisual.

O Curta na Serra se diferencia por sua capacidade de agregar produções que exploram diferentes gêneros e formatos, trazendo narrativas e olhares de todo o Brasil. Neste ano, o festival recebeu 660 inscrições de 25 estados brasileiros e do Distrito Federal, refletindo sua crescente relevância no cenário cinematográfico nacional.

Nesta edição, a seleção está organizada em quatro seções: Panorama Pernambuco, Panorama Nacional, Videoclipe e Sessão Especial. A curadoria do 6º Curta na Serra foi realizada por Vitor Búrigo, membro da Abraccine e editor-chefe do CINEVITOR, que buscou reunir filmes que dialogassem com a cultura regional e nacional, promovendo a reflexão e a integração dos indivíduos com suas identidades culturais. 

O Panorama Pernambuco destaca a produção audiovisual do Estado; o Panorama Nacional traz obras de várias regiões do Brasil; a mostra Videoclipe amplia a experiência audiovisual; e a Sessão Especial conta com títulos que dialogam com diferentes estéticas e narrativas do cinema brasileiro contemporâneo.

Com uma programação composta por curtas-metragens e videoclipes dos mais diversos gêneros e formatos, o festival convida o público a mergulhar em diferentes olhares e experiências. A seleção de filmes destaca a pluralidade de narrativas, estéticas e temáticas, reforçando o compromisso do Curta na Serra com a valorização da diversidade cinematográfica. Em formato híbrido, além das sessões presenciais, o festival promoverá também a exibição on-line de alguns filmes em seu site

Neste ano, o Curta na Serra tem a honra de prestar uma merecida homenagem a dois grandes nomes do cinema pernambucano: Cláudio Assis e Edvaldo Mendonça. Cláudio Assis, um dos cineastas mais provocadores e expressivos do Brasil, será celebrado com a Sessão Homenagem, que trará a exibição de seu curta-metragem Soneto do Desmantelo Blue, de 1993, que foi premiado no Festival de Brasília. Com obras como Amarelo Manga (2002) e Baixio das Bestas (2007), Cláudio consolidou-se como uma voz irreverente e intensa, capaz de questionar padrões e provocar reflexões profundas sobre a sociedade. Sua contribuição para o cinema brasileiro é imensa e, neste festival, celebramos sua trajetória de resistência e criatividade.

Além de Assis, o festival homenageia também Edvaldo Mendonça, um apaixonado colecionador e restaurador de filmes. Com um acervo de mais de 100 rolos em Super 8 e 16mm, e a restauração do documentário mais antigo de Bezerros, filmado em 1938, Edvaldo se dedica à preservação da memória audiovisual e cultural. Sua contribuição para o resgate e valorização do patrimônio cinematográfico pernambucano é incomparável, e sua presença no Curta na Serra nos lembra da importância da memória e da resistência que o cinema oferece para manter vivas as histórias e as memórias de nossa cultura.

O Curta na Serra 2025 segue fortalecendo o circuito audiovisual independente, promovendo encontros entre realizadores e ampliando o acesso ao cinema em suas múltiplas formas. Nesta edição, além das sessões de exibição e premiação de filmes, a programação do festival contará com Rodas de Diálogo, debates e oficinas; reafirmando seu compromisso com a formação de novos profissionais e o fortalecimento da cadeia produtiva do audiovisual, consolidando-se, assim, como um espaço de encontros entre realizadores e produtores de festivais do interior do Brasil. O festival é, sem dúvida, um marco na valorização do cinema independente, proporcionando uma plataforma significativa para cineastas emergentes e experientes de todo o Brasil.

Conheça os filmes selecionados para o VI Curta na Serra:

PANORAMA NACIONAL

Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Jardim Tropical, de Luiza Garcia e Breno Alvarenga (MG)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
Pequenas Insurreições, de William de Oliveira (PR)
Resistência, de Juraci Júnior (RO)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)

PANORAMA PERNAMBUCO

Carol, de Bruna Tavares
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Mastins Rêgo
Dente, de Rita Luna
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan
Facção, de Henrique Corrêa de Araujo Cavalcante
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda
Onde Cabe em Nós, de Ana Carolina Barbosa
Quando Você Vem me Visitar, de Henrique Arruda

VIDEOCLIPE

A Poeira Vai Subir, de Renan Vieira (PE)
A Serra Negra, de Zé Barreto de Assis e Convidados (PE)
D’Áfrika, de Chico Rasta (PI)
Vídeoração #1: Oração 1, de Luiza Brina (MG)

SESSÃO ESPECIAL

A Chuva Não Me Viu Passar, de Leonardo Gatti (SC)
A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN)
Amaná, de Antonio Fargoni (CE)
Capturar o Fantasma, de Davi Mello (SP)
Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Depois do Fim, de Pedro Maciel (SP)
Diálogos Indígenas do Nosso Tempo, de Gustavo Guedes (RN)
Emocionado, de Pedro Melo (PE)
Expresso São Valentim, de Guilherme Ayres e Luiza Torres (SP)
No Batente, de Humberto Bassanello e Badu Morais (PE/SP)
Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes e Klaus Hastenreiter (BA)
Visagens e Visões, de Rod Rodrigues (PA)

Foto: Domar/Filmes de Marte.

É Tudo Verdade 2025 – 30º Festival Internacional de Documentários: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Ritas, de Oswaldo Santana: filme sobre Rita Lee na abertura

Foram anunciados neste sábado, 15/03, em uma coletiva de imprensa realizada no IMS Paulista, em São Paulo, os filmes selecionados para a 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.

Entre longas, médias e curtas-metragens, a edição de 2025 exibirá 85 produções de 30 países. A programação, com entrada gratuita, inclui ainda conferências, debates e sessões em streaming. O festival acontecerá entre os dias 3 e 13 de abril, simultaneamente em cinco salas em São Paulo e em três salas no Rio de Janeiro.

Documentários brasileiros que narram a trajetória de duas estrelas da cultura nacional, Rita Lee e Marília Pêra, terão pré-estreia mundial nas sessões de abertura. Ritas, de Oswaldo Santana, será exibido aos convidados no dia 2 de abril, às 20h30, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A abertura para convidados no Rio exibirá Viva Marília, de Zelito Viana, no dia 03/04, às 20h30, no Estação Net Botafogo. A cerimônia de premiação será realizada no sábado, 12 de abril, às 19h30, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. As produções premiadas pelos júris oficiais terão reapresentações especiais em ambas as cidades no dia 13 de abril.

Com o honroso reconhecimento do É Tudo Verdade como um qualifying festival pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, os quatro filmes vencedores dos prêmios dos júris oficiais das competitivas brasileiras e internacionais de longas ou médias-metragens e de curtas-metragens são automaticamente classificados para apreciação à disputa do Oscar 2026 em ambas as categorias.

“O fato deste festival alcançar neste ano sua 30ª edição confirma antes de tudo nossa confiança inicial: o documentário estava a exigir uma janela anual específica no país que propiciasse o acesso do público das salas à excelência e à originalidade da produção não ficcional brasileira e internacional”, avalia Amir Labaki, diretor-fundador do festival.

O programa do É Tudo Verdade estrutura-se em mostras competitivas de longas ou médias-metragens brasileiros, longas ou médias-metragens internacionais, curtas-metragens brasileiros e curtas-metragens internacionais, e em mostras não competitivas: Programas Especiais, O Estado das Coisas, Foco Latino-Americano e Clássicos É Tudo Verdade.

Cena do documentário Rua do Pescador, nº6, de Bárbara Paz

Comprometido desde a sua criação com a apresentação e revisita de autores fundamentais no desenvolvimento da arte do documentário, o festival homenageia em 2025 a obra de Vladimir Carvalho (1935-2024), um dos cineastas mais marcantes na história do É Tudo Verdade, com a exibição dos nove longas-metragens por ele realizados em mais de meio século. A retrospectiva internacional destaca, por sua vez, a obra do diretor britânico Humphrey Jennings (1907-1950), considerado o primeiro poeta da produção não ficcional inglesa. O ciclo apresenta oito de seus clássicos e um documentário sobre a sua obra, dirigido por Kevin Macdonald.

A celebração dos 30 anos ininterruptos do É Tudo Verdade traz o Especial 30!, com projeções e encontros. Serão exibidos três documentários marcantes da história do evento: O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes, de Toni Venturi e Noel Field: A Lenda de um Espião, do suíço Werner Schweizer, foram os primeiros vencedores das mostras competitivas da segunda edição, em 1997. Não houve premiação no evento inaugural, em 1996. Ganha também nova sessão especial o clássico Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho, que inspira a capa do catálogo da 30ª edição.

Ainda como parte do Especial 30!, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP sediará, nos dias 10 e 11 de abril, um seminário com quatro cineastas brasileiros que venceram a mostra competitiva do É Tudo Verdade: Eliza Capai, Joel Zito Araújo, Paulo Sacramento e Roberto Berliner. Nos dias 8 e 9 de abril acontecerá a 22ª edição da Conferência Internacional do Documentário, em correalização com a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, cuja programação será posteriormente anunciada. Entre as demais atividades paralelas, destacam-se ainda os encontros da Formação Spcine Convida.

Em 2025, o circuito de exibição em São Paulo será formado pelo CineSesc, Cinemateca Brasileira (salas Grande Otelo e Oscarito), o IMS Paulista (Instituto Moreira Salles) e o Centro Cultural São Paulo. No Rio de Janeiro, as sessões acontecem no Estação NET Botafogo e Estação NET Rio e na Sala José Wilker, do recém-inaugurado CineCarioca.

Ampliando o acesso ao público, a programação em streaming apresentará no Itaú Cultural Play, entre 14 e 30 de abril, seis curtas-metragens da competição brasileira deste ano e quatro curtas do homenageado Vladimir Carvalho.

Conheça os filmes selecionados para o É Tudo Verdade 2025:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | LONGAS ou MÉDIAS-METRAGENS

Bruscky: Um Autorretrato, de Eryk Rocha
Copan, de Carine Wallauer
Lan: O Caricaturista, de Pedro Vinícius
Mundurukuyü: A Floresta das Mulheres Peixe, de Aldira Akay, Beka Munduruku e Rylcélia Akay
Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel
Rua do Pescador, nº6, de Bárbara Paz
Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky, de Liliane Maia e Jorge Bodanzky

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | CURTAS-METRAGENS

A Bolha, de Caio Baú
Cartas pela Paz, de Mariana Reade, Thays Acaibe e Patrick Zeiger
Chibo, de Gabriela Poester e Henrique Lahude
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro
Mergulho no Escuro, de Anna Costa e Silva e Isis Mello
Palavra, de DF Fiuza
Sem título # 10: Ao Redor do Amor, de Carlos Adriano
Sobre Ruínas, de Carol Benjamin

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGAS ou MÉDIAS-METRAGENS

A 2000 Metros de Andriivka (2000 Meters to Andriivka), de Mstyslav Chernov (Ucrânia)
A Invasão (The Invasion), de Sergei Loznitsa (França/Holanda/EUA)
A Liberdade de Fierro (La Libertad de Fierro), de Santiago Esteinou (México)
Crônicas do Absurdo (Crónicas del Absurdo), de Miguel Coyula (Cuba)
Culpar (Blame), de Christian Frei (Suíça)
Em Busca de Amani (Searching for Amani), de Nicole Gormley e Debra Aroko (EUA/Quênia)
Escrevendo Hawa (Writing Hawa), de Najiba Noori (França/Holanda/Qatar/Afeganistão)
Estrada Azul: A História de Edna O’Brien (Blue Road: The Edna O’Brien Story), de Sinéad O’Shea (Irlanda/Reino Unido)
Meus Fantasmas Armênios (Mes Fantômes Arméniens), de Tamara Stepanyan (França/Armênia/Qatar)
O Jardineiro, o Budista e o Espião (The Gardener, the Buddhist & the Spy), de Håvard Bustnes (Noruega)
O Propagandista (De Propagandist), de Luuk Bouwman (Holanda)
Sob as Bandeiras, o Sol (Bajos las banderas, el sol), de Juanjo Pereira (Paraguai/Argentina/EUA/França/Alemanha)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | CURTAS-METRAGENS

A Avó & Peixes (Poorzal), de Maria Mavati e Ehsan Farokhi Fard (Irã)
Através da Janela (Okienko), de Daniel Stopa (Polônia)
Batida do Coração (Heartbeat), de Jay Rosenblatt e Stephanie Rapp (EUA)
Corrija-me Se Eu Estiver Errado (Ru ni suo yuan), de Hao Zhou (China/Alemanha)
Eu sou a pessoa mais magra que você já viu? (Am I the Skinniest Person You’ve Ever Seen?), de Eisha Marjara (Canadá)
Fazenda de Frutas (Guochang), de Nana Xu (China/Alemanha)
Miren Felder, de Malen Otaño (Argentina)
O Oásis que Eu Mereço (The Oasis I Deserve), de Inès Sieulle (França)
Quimera (Chimera), de Martín André e Gael Jara (Chile)

FOCO LATINO-AMERICANO

Karuara, o Povo do Rio (Karuara, la gente del río), de Stephanie Boyd e Miguel Araoz Cartagena (Peru)
Nossa Coisa Perdida (Nuestra Cosa Perdida), de Martina Cruz (Argentina)
Toroboro: A Consulta Popular (Toroboro: La consulta popular), de Manolo Sarmiento (Equador/Brasil)
Uma Sombra Oscilante, de Celeste Rojas Mugica (Chile/Argentina/França)

PROGRAMAS ESPECIAIS

Hora do Recreio, de Lucia Murat (Brasil)
Minha Terra Estrangeira, de Coletivo Lakapoy, Louise Botkay e João Moreira Salles (Brasil)

O ESTADO DAS COISAS

Esperando por Liat (Holding Liat), de Brandon Kramer (EUA)
Eu Sou Sua Vênus (I’m Your Venus), de Kimberly Reed (EUA)
Histórias do Marco Zero (From Ground Zero), de Aws Al-Banna, Ahmed Al-Danf, Basil Al-Maqousi, Mustafa Al-Nabih, Muhammad Alshareef, Ala Ayob, Bashar Al Balbisi, Alaa Damo, Awad Hana, Ahmad Hassunah, Mustafa Kallab, Satoum Kareem, Mahdi Karera, Rabab Khamees, Khamees Masharawi, Wissam Moussa, Tamer Najm, Abu Hasna Nidaa, Damo Nidal, Mahmoud Reema, Etimad Weshah e Islam Al Zrieai (Palestina/França/Qatar/Jordânia)
Pau D’Arco, de Ana Aranha (Brasil)
Petra Kelly: Aja Agora! (Petra Kelly: Act Now!), de Doris Metz (Alemanha)
Reconhecidos, de Fernanda Amim e Micael Hocherman (Brasil)
Sobre um Herói (About a Hero), de Piotr Winiewicz (Dinamarca/Alemanha/EUA)
Sra. Presidente (Prezidentka), de Marek Sulik (Eslováquia/República Tcheca)

CLÁSSICOS É TUDO VERDADE

Acaba de Chegar ao Brasil o Bello Poeta Francez Blaise Cendrars, de Carlos Augusto Calil (Brasil)
Chaplin: O Espírito do Vagabundo (Chaplin: Spirit of The Tramp), de Carmen Chaplin (Reino Unido/França/Espanha/Holanda)
Liza: Uma História Verdadeiramente Incrível e Absolutamente Verídica (Liza: A Truly Terrific Absolutely True Story), de Bruce David Klein (EUA)
Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Cordeiro de Mello (Brasil)
Quem Não Conhece o Silva?, de Carlos Augusto Calil (Brasil)
Retrato de Classe: A Vida, A Pessoa e as Coisas, de Gregório Bacic e Thiago Iacocca (Brasil)

RETROSPECTIVA INTERNACIONAL: HUMPHREY JENNINGS

A Vila Silenciosa (The Silent Village), de Humphrey Jennings (1943) (Reino Unido)
Começaram Incêndios (Fires Were Started), de Humphrey Jennings (1943) (Reino Unido)
Humphrey Jennings: O Homem que Ouvia a Grã-Bretanha (Humphrey Jennings: The Man Who Listen to Britain), de Kevin Macdonald (2000) (Reino Unido)
Londres Resiste! (London Can Take It!), de Humphrey Jennings e Harry Watt (1940) (Reino Unido)
Ouça a Grã-Bretanha (Listen to Britain), de Humphrey Jennings e Stewart McAllister (1941) (Reino Unido)
Palavras para Batalha (Words for Battle), de Humphrey Jennings (1941) (Reino Unido)
Retrato de Família (Family Portrait), de Humphrey Jennings (1950) (Reino Unido)
Tempo Livre (Spare Time), de Humphrey Jennings (1939) (Reino Unido)
Um Diário de Timothy (A Diary for Timothy), de Humphrey Jennings (1946) (Reino Unido)

RETROSPECTIVA BRASILEIRA: VLADIMIR CARVALHO

Barra 68: Sem Perder a Ternura, de Vladimir Carvalho (2000)
Cícero Dias, O Compadre de Picasso, de Vladimir Carvalho (2016)
Conterrâneos Velhos de Guerra, de Vladimir Carvalho (1991)
Giocondo Dias: O Ilustre Clandestino, de Vladimir Carvalho (2019)
O Engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho (2007)
O Evangelho Segundo Teotônio, de Vladimir Carvalho (1984)
O Homem de Areia, de Vladimir Carvalho (1981)
O País de São Saruê, de Vladimir Carvalho (1971)
Rock Brasília: Era de Ouro, de Vladimir Carvalho (2011)

ESPECIAL 30!

Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1984)
Noel Field, A Lenda de um Espião (Noel Field, Der Erfundene Spion), de Werner Schweizer (1996) (Suíça/Alemanha)
O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes, de Toni Venturi (1997)

SESSÃO DE ABERTURA | SÃO PAULO
Ritas, de Oswaldo Santana (Brasil)

SESSÃO DE ABERTURA | RIO DE JANEIRO
Viva Marília, de Zelito Viana (Brasil)

SESSÃO DE ENCERRAMENTO
Trens (Pociągi), de Maciej J. Drygas (Polônia/Lituânia)

Fotos: Divulgação.

Prêmio Platino 2025: conheça os indicados; brasileiros estão na disputa

por: Cinevitor
Fernanda Torres em Ainda Estou Aqui: filme brasileiro com três indicações

Foram revelados nesta sexta-feira, 14/03, os indicados ao XII Prêmio Platino (ou Premios Platino del Cine y el Audiovisual Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países. O anúncio foi realizado por Adriana Barraza, Amaury Nolasco, Candela Márquez e Danilo Carrera.

Em sua 12ª edição, que acontecerá no Palácio Municipal IFEMA, em Madrid, na Espanha, no dia 27 de abril, 35 filmes e 9 séries completam a lista de finalistas, sendo produções de 16 países latino-americanos. Entre os longas-metragens, o suspense La infiltrada, dirigido por Arantxa Echevarría, lidera a lista com onze indicações; a série Cem Anos de Solidão se destaca com oito indicações.

Neste ano, o audiovisual brasileiro se destaca com diversas produções, entre elas, o consagrado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, recentemente vencedor do Oscar de melhor filme internacional, que aparece em três categorias: melhor filme ibero-americano de ficção, melhor direção e melhor atriz para Fernanda Torres.

E mais: Arca de Noé, de Alois Di Leo e Sergio Machado, concorre na categoria de melhor animação; Dalia e o Livro Vermelho, de David Bisbano, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Espanha e Peru, também concorre. Entre as séries, Cidade de Deus: A Luta Não Para disputa em três categorias e Senna se destaca com quatro indicações

Conheça os indicados ao 12º Prêmio Platino de Cinema e Audiovisual Ibero-Americano:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
El 47, de Marcel Barrena (Espanha)
El jockey, de Luis Ortega (Argentina/Espanha/México)
Grand Tour, de Miguel Gomes (Portugal)
La infiltrada, de Arantxa Echevarría (Espanha)

MELHOR COMÉDIA IBERO-AMERICANA DE FICÇÃO
Acampamento com a Mamãe, de Martino Zaidelis (Argentina)
Buscando a Coque, de Teresa Bellón e César F. Calvillo (Espanha)
El candidato honesto, de Luis Felipe Ybarra (México)
Padre no hay más que uno 4, de Santiago Segura (Espanha)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
A Menina e o Dragão, de Jianping Li e Salvador Simó (Espanha)
Arca de Noé, de Alois Di Leo e Sergio Machado (Brasil)
Capitán Avispa, de Jean Gabriel Guerra e Jonnathan Melendez (República Dominicana)
Dalia e o Livro Vermelho, de David Bisbano (Argentina/Brasil/Colômbia/Equador/Espanha/Peru)
Mariposas Negras, de David Baute (Espanha/Panamá)

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO DE ESTREIA | FICÇÃO
Alemanha, de María Zanetti (Argentina/Espanha)
El ladrón de perros, de Vinko Tomicic (Bolívia/Chile/Equador/México)
La estrella azul, de Javier Macipe (Argentina/Espanha)
Simón de la montaña, de Federico Luis (Argentina/Chile/Uruguai)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
As Crianças Perdidas, de Orlando von Einsiedel, Jorge Duran e Lali Houghton (Colômbia)
El eco, de Tatiana Huezo (México)
La guitarra flamenca de Yerai Cortés, de C. Tangana (Espanha)
Reas, de Lola Arias (Argentina)

MELHOR DIREÇÃO
Arantxa Echevarría, por La infiltrada
Luis Ortega, por El jockey
Pedro Almodóvar, por O Quarto ao Lado
Walter Salles, por Ainda Estou Aqui

MELHOR ROTEIRO
Casa en flames, escrito por Eduard Sola
El jockey, escrito por Fabian Casas, Luis Ortega e Rodolfo Palacios
La infiltrada, escrito por Amèlia Mora e Arantxa Echevarría
Memorias de un cuerpo que arde, escrito por Antonella Sudasassi
Rita, escrito por Jayro Bustamante

MELHOR ATRIZ
Carolina Yuste, por La infiltrada
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui
Sol Carballo, por Memorias de un cuerpo que arde
Úrsula Corberó, por El jockey

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Clara Segura, por El 47
Francisca Lewin, por No Lugar da Outra
Ilse Salas, por Pedro Páramo
Liliana Biamonte, por Memorias de un cuerpo que arde

MELHOR ATOR
Eduard Fernández, por Marco
Luis Tosar, por La infiltrada
Manuel García-Rulfo, por Pedro Páramo
Nahuel Pérez Biscayart, por El jockey

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Fanego, por El jockey
Darío Grandinetti, por Nina
Diego Anido, por La infiltrada
Héctor Kotsifakis, por Pedro Páramo

MELHOR FOTOGRAFIA
La infiltrada, por Javier Salmones
O Quarto ao Lado, por Eduard Grau
Pedro Páramo, por Rodrigo Prieto e Nico Aguilar
Rita, por Inti Briones

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Virgem Vermelha, por Javier Alvariño
El jockey, por Julia Freid e Germán Naglieri
La infiltrada, por Eduardo Hidalgo
Pedro Páramo, por Eugenio Caballero e Carlos Y. Jacques

MELHOR MONTAGEM
El eco, por Lucrecia Gutierrez e Tatiana Huezo
El jockey, por Yibran Asuad e Rosario Suárez
La infiltrada, por Victoria Lammers 
Rita, por Jayro Bustamante e Gustavo Matheu

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
La infiltrada, por Fernando Velázquez
La Invención de las Especies, por Ulises Hernández
O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias
Pedro Páramo, por Gustavo Santaolalla

MELHOR SOM
El jockey, por Guido Berenblum
La infiltrada, por Jorge Castillo, Fabio Huete, Mayte Cabrera e Miriam Lisón
Segundo premio, por Diana Sagrista, Alejandro Castillo, Eva Valiño e Antonin Dalmasso
Una Noche con los Rolling Stones, por Angie Hernández

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
Alemanha, de María Zanetti (Argentina/Espanha)
El ladrón de perros, de Vinko Tomicic (Bolívia/Chile/Equador/México)
Memorias de un cuerpo que arde, de Antonella Sudasassi (Costa Rica/Espanha)
Soy Nevenka, de Icíar Bollaín (Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU SÉRIE IBERO-AMERICANA
Cidade de Deus: A Luta Não Para (Brasil) (Max)
Cem Anos de Solidão (Colômbia) (Netflix)
Como Água para Chocolate (México) (Max)
Senna (Brasil) (Netflix)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Alberto San Juan, por Cristóbal Balenciaga
Alexandre Rodrigues, por Cidade de Deus: A Luta Não Para
Claudio Cataño, por Cem Anos de Solidão
Gabriel Leone, por Senna

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Andréia Horta, por Cidade de Deus: A Luta Não Para
Azul Guaita, por Como Água para Chocolate
Candela Peña, por O Caso Asunta
Marleyda Soto, por Cem Anos de Solidão

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Benjamín Vicuña, por Invejosa
Hugo Bonemer, por Senna
Jairo Camargo, por Cem Anos de Solidão
Janer Villarreal, por Cem Anos de Solidão

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Carmen Maura, por Terra de Mulheres
Frida Sofía Cruz Salinas, por O Segredo do Rio
Loren Sofía, por Cem Anos de Solidão
Viña Machado, por Cem Anos de Solidão

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Alberto Barrera, por O Segredo do Rio (México)
Curro Royo, por Como Água para Chocolate (México)
José Rivera e Natalia Santa, por Cem Anos de Solidão (Colômbia)
Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi e Patrícia Andrade, por Senna (Brasil)

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

7º Lanterna Mágica: conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Animação

por: Cinevitor
Cena do curta In the Shadow of the Cypress: vencedor do Oscar deste ano

A sétima edição do Lanterna Mágica – Festival Internacional de Animação acontecerá entre os dias 18 e 23 de março em Goiânia, com entrada gratuita, no CineX, localizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer

Já consolidado no calendário anual de festivais audiovisuais, a programação deste ano está ainda mais robusta, com atividades de formação, integração de mercado para profissionais da área, além da exibição de mais de 70 filmes de animação nacionais e internacionais, em mostras competitivas e não competitivas.

A seleção do Lanterna Mágica traz animações de vários cantos do mundo, elevando o catálogo do festival como um dos mais diversos do segmento. As mostras são divididas em: Mostra Competitiva Nacional, com animações produzidas no Brasil; Mostra Competitiva Internacional, incluindo trabalhos de fora do país; Mostra Gondwana, que reúne filmes dos países de África e Américas realizados por pessoas racializadas; Mostra Nyama, movimento que surge da necessidade de mapear e reunir a cena de animação afrodiaspórica e do continente africano; Mostra Escola Infantil, com animações voltadas para as crianças e famílias; e Mostra de Longas, com curadoria especial.

Atualmente realizado por Camila Nunes, o evento é dividido em três eixos principais: exibição, que inclui as mostras competitivas e não competitivas; mercado, contemplado pelo Lanterna Film Market, que promove diversas atividades, como estudos de caso, palestras, debates, e encontros entre produtoras, distribuidoras e animadores; e formação, centrado no Lanterna Educa, que compreende atividades de formação, como oficinas e debates, para o público em geral, além das exibições de filmes em escolas públicas.

O Mercado no Lanterna: Seminário de Desenvolvimento da Animação Brasileira é uma das principais novidades deste edição. Realizado em parceria com a ABRANIMA, Associação Brasileira de Empresas Produtoras de Animação, o seminário acontecerá entre os dias 10 e 14 de março, com transmissão on-line pelo canal do Lanterna Mágica no YouTube.

O evento busca oferecer um panorama detalhado sobre o desenvolvimento da animação no Brasil, discutindo temas como o mercado de animação feminino e fora do eixo, políticas públicas de animação e primeiros passos fundamentais para quem está começando. A partir do seminário, será feita uma cartilha sobre o setor de animação brasileiro, que ficará disponível para produtores e gestores públicos. A atividade integra o Lanterna Film Market, um dos eixos da programação geral, lançado no ano passado com o intuito de impulsionar a cena de animação brasileira e trazer um olhar mercadológico, estabelecendo conexões e catalisando oportunidades de negócios.

O LAMP, Laboratório de Projetos, também faz parte do eixo de mercado. Este ano, a atividade passou ainda mais por um processo de internacionalização, selecionando 13 projetos nacionais e estrangeiros, entre curtas, longas, séries e projetos universitários. Os participantes irão mergulhar em uma experiência intensiva focada em desenvolvimento de narrativas e networking para facilitar a execução de seus trabalhos.

Essa internacionalização também se reflete na diversidade de tutores do LAMP. São quatro profissionais, cada um de um país diferente: Laryssa Moreira Prado (Brasil), cofundadora do projeto Brazilian Animation e integrante do Movimento Mulher Anima; João Apolinário Mendes (Portugal), diretor do OLHO Festival de Cinema de Animação e do Fórum de Animação; Paola Becco (Argentina), diretora e programadora do Festival Internacional de Animação em Stop Motion da Argentina; e Reinel Garcia (Cuba), diretor, distribuidor e consultor de projetos.

No eixo de formação, as oficinas se apresentam como um dos principais pilares da programação do Lanterna. Nesta edição, serão quatro oficinas, de curta e longa duração, com inscrições abertas ao público geral e temas diversos: técnicas de animação, produção executiva e uso de ferramentas de IA enquanto suporte criativo.

Conheça os filmes selecionados para as mostras competitivas do Lanterna Mágica 2025:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL

A Festa, de Mônica Moura (SP)
A Viagem de Tetê, de Betânia Furtado (RJ)
A Rede, de Beatriz Lima (RJ)
Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Balada para Raposo Tenório, de Samuel Peregrino (GO)
Casé, de Marcel Pires (SP)
Cherry, Passion Fruit, de Renato José Duque (SP)
Déia e Dete, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
Eu e o Boi, o Boi e Eu, de Jane Carmem (MG)
Guaracy, de Eliete Della Violla e Daniel Bruson (SP)
Mergulhão, de Rogi Silva e Juliana Soares (PE)
O Nome da Vida, de Amanda Pomar (MG)
Pária, de Daniel Bruson (SP)
Pressure, de Chê Marcheti (SP)

MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL

A little beetle returns, de Elene Sebiskveradze (Geórgia)
El Sanguche de Salame, de Clarisa Silvia Lea Place (Argentina)
Estimada Ángela, de José Luis Quirós e Paco Sáez (Espanha)
Foam Memory, de Mingwei Ma e Jiayi Christina Fu (China)
Fragile, de Amelia Herbert e Chloe Capes (EUA)
In the Shadow of the Cypress, de Hossein Molayemi e Shirin Sohani (Irã)
It Shouldn’t Rain Tomorrow, de Maria Trigo Teixeira (Alemanha)
Lilli + Camille, de Iris Birke (Alemanha)
Maleza, de Carina Pierro (Portugal)
Papillon, de Florence Miailhe (França)
Pasos para Volar, de Nicolas Conte e Rosario Carlino (Argentina)
Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves (França)
Pietra, de Cynthia Levitan (Portugal)
T-Zero, de Vicente Nirō (Portugal)
The Car that came back from the Sea, de Jadwiga Kowalska (Suíça)
Yo Voy Conmigo, de Chelo Loureiro (Espanha)

Foto: Divulgação.

Mostra Tiradentes | SP 2025: programação exibirá 27 filmes brasileiros

por: Cinevitor
Gilda Nomacce no terror Prédio Vazio, de Rodrigo Aragão

A 13ª edição da Mostra Tiradentes | SP acontecerá entre os dias 13 e 19 de março no CineSesc, em São Paulo, e no Circuito Spcine (no CCSP, na sala Paulo Emílio) com a exibição de 27 filmes, inéditos e em pré-estreia na cidade, e que fizeram parte da programação da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada em janeiro.

A Universo Produção realiza uma edição personalizada e antecipa para o público paulista os destaques do cinema brasileiro contemporâneo de 2025. Esta iniciativa representa um diálogo a favor do cinema nacional, uma realização que possibilita vislumbrar novos horizontes do qual possam emergir formas de articulação, visibilidade e exibição do que é produzido no Brasil.

A programação conta com 14 longas e 13 curtas em 17 sessões. São filmes das mostras competitivas da edição mineira de 2025, filmes de diretores brasileiros e paulistas em destaque na cena contemporânea que integram a Mostra Aurora, Mostra Olhos Livres, Sessão Autorias e a Mostra Foco (dedicada à recente safra da produção de curtas-metragens). A 13ª Mostra Tiradentes | SP será norteada pela temática Que cinema é esse?, uma indagação que ganha novas vozes, discussões e perspectivas na capital paulista.

“A força do cinema brasileiro contemporâneo pode ser conhecida nas edições anuais da Mostra Tiradentes | SP que, em 2025, celebra 13 anos na capital paulista com o propósito de ampliar novos olhares, vozes e exibir um panorama múltiplo da produção audiovisual no Brasil. Sessões contam com debates após a exibição dos filmes com a presença de realizadores, provocando reflexão sobre as imagens e histórias do cinema como resposta ao seu tempo histórico. Graças à parceria com o Sesc São Paulo e, em 2025 com o apoio do Circuito Spcine, o cinema brasileiro ganha mais espaço e dimensão na cidade, e o público, a oportunidade de conhecer filmes que muitas vezes não chegam ao circuito comercial”, conta Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes | SP.

Entre os destaques da edição paulistana estão quatro filmes premiados da edição mineira: Deuses da Peste, da dupla Tiago Mata Machado e Gabriela Luíza, que foi o vencedor do Prêmio Carlos Reichenbach, concedido pelo Júri Oficial da Mostra Olhos Livres, e que será exibido na abertura do evento, no dia 13, às 20h, com entrada gratuita; o Júri Jovem escolheu como melhor longa da Mostra Aurora o filme Um Minuto é uma Eternidade para Quem Está Sofrendo, de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro, uma produção de Sergipe; o Prêmio Helena Ignez, dedicado ao destaque feminino da Mostra e dado pelo Júri Oficial, foi entregue à atriz Ticiane Simões, por sua atuação em Entre Corpos; pela Mostra Foco, o Júri Oficial premiou o curta Entre Corpos, de Mayra Costa, por ser “sensualmente prosaico, numa colagem obsessivamente erótica dos corpos masculinos”; já o Prêmio Canal Brasil de Curtas foi para Marmita, de Guilherme Peraro.

Cena do premiado Deuses da Peste, de Tiago Mata Machado e Gabriela Luíza

Avaliadas pelo Júri Oficial, as mostras Olhos Livres (longas) e Foco (curtas) serão exibidas integralmente na programação da itinerância paulista, sendo sete longas da Olhos Livres (entre eles, Prédio Vazio, de Rodrigo Aragão, Batguano Returns: Roben na Estrada, de Tavinho Teixeira e Frederico Benevides e A Vida Secreta de Meus Três Homens, de Letícia Simões) e 13 curtas da Mostra Foco, bem como os 6 filmes que integram a Mostra Aurora, de cineastas que estão estreando na carreira de longas, avaliados pelo Júri Jovem. Além dos vencedores, destaca-se a presença em pré-estreia nacional da produção paulista Uma Montanha em Movimento, de Caetano Gotardo.

Além da exibição de curtas e longas, a Mostra contará também com bate-papos com a presença de diretores, equipes e curadoria após as sessões, garantindo maior interatividade com o público e ampliação da experiência cinematográfica. Ao todo, serão 13 bate-papos com realizadores das Mostra Aurora e Olhos Livres e um debate especial com o tema Que cinema é esse?, que busca discutir sobre como realizadores e realizadoras veem o tempo como elemento de criação e pensamento sobre as imagens e quais os critérios que se deve levar em consideração para construir uma política pública para o audiovisual que não implique em uma padronização dos tempos de produção e das formas audiovisuais. A conversa acontecerá na segunda-feira, 18 de março, às 19h, no hall do CineSesc e contará com a participação dos cineastas paulistas Caetano Gotardo, Helena Ignez e Julia Katharine com mediação do curador Francis Vogner dos Reis.

A 28ª Mostra Tiradentes realizou a terceira edição do Fórum de Tiradentes – Encontros pelo Audiovisual Brasileiro oferecendo um espaço de reflexões e buscando revisitar a complexidade atual do audiovisual, com a participação de mais de 90 profissionais de diversos segmentos do audiovisual do país. O trabalho coletivo e as colaborações dos GTs resultaram num conjunto de diretrizes e recomendações que a Universo Produção reuniu numa publicação que será apresentada em primeira mão em São Paulo, em um encontro com participação de profissionais do setor audiovisual e entidades de classe no dia 18 de março, terça-feira, às 10h, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, no Sesc 14 Bis, juntamente com a Carta de Tiradentes 2025.

Esta publicação será entregue também aos órgãos competentes dos poderes judiciário, legislativo e executivo nas esferas federal, estadual e municipal, entidades de classe, instituições de ensino, de guarda, financeiras, empresas, imprensa, profissionais do setor. 

Fotos: Divulgação.

Festival de Gramado 2025: inscrições abertas para as mostras competitivas brasileiras

por: Cinevitor
Fernanda Vianna e Camila Morgado na premiação do ano passado

A 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de agosto, está com inscrições abertas para as mostras competitivas brasileiras. Este ano, com edição 100% presencial, serão selecionados até oito longas-metragens brasileiros, até cinco longas documentais e doze curtas-metragens brasileiros.

Os filmes para essas categorias já podem ser inscritos no site (clique aqui) e as fichas devem ser enviadas até 30 de março de 2025. O regulamento completo desta edição está disponível no site oficial do festival (clique aqui). A curadoria da 53ª edição do Festival de Gramado é composta pelo jornalista, professor e crítico de cinema Marcos Santuario, pelo ator e diretor de cinema Caio Blat e pela atriz Camila Morgado, que passa a integrar o time.

Serão aceitos na competição: longas-metragens de ficção, longas documentais e curtas brasileiros produzidos por empresas produtoras nacionais independentes e finalizados a partir de maio de 2024. Os longas e os documentários não podem ter sido exibidos comercialmente ou publicamente no Brasil e os curtas devem ser inéditos no Rio Grande do Sul. As inscrições para as mostras de longas e curtas gaúchos serão em abril, com data a ser divulgada em breve; as produções gaúchas também podem ser inscritas nas mostras brasileiras.

São 14 categorias premiadas com o cobiçado kikito para longas-metragens brasileiros (LMB), 12 para curtas-metragens brasileiros (CMB) e uma, de melhor filme, para longa-metragem documental (LMD).

Os vencedores da 53ª edição do mais tradicional festival de cinema do Brasil recebem ainda premiação em dinheiro, além dos troféus e prêmios do Troféu Assembleia Legislativa – Mostra Gaúcha de Curtas, que são concedidos pelo festival e pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, e da mostra de longas gaúchos, que têm regulamento próprio. O festival promove ainda mostras paralelas fora de competição, cuja programação é definida pela organização.

Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

Oscar 2025: conheça os vencedores; Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é premiado

por: Cinevitor
Walter Salles e Ainda Estou Aqui: primeiro Oscar para o Brasil

Foram anunciados neste domingo, 02/03, os vencedores da 97ª edição do Oscar. A cerimônia de premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, realizada no Dolby Theatre, em Hollywood, foi apresentada por Conan O’Brien, que assumiu a função pela primeira vez.

Dirigido por Sean Baker, Anora, que estava indicado em seis categorias, foi consagrado com cinco estatuetas douradas, entre elas, a de melhor filme; o musical francês Emilia Pérez, de Jacques Audiard, que liderava a lista com 13 indicações, levou dois prêmios.

Em 97 anos de premiação, Baker torna-se o primeiro nome a levar quatro estatuetas na mesma cerimônia pelo mesmo título (melhor filme como produtor, melhor direção, melhor roteiro e melhor edição). Em seu discurso, destacou a força do cinema independente: “Quero agradecer à Academia por reconhecer um filme verdadeiramente independente. Este filme é feito de sangue, suor e lágrimas de incríveis artistas independentes. Vida longa ao cinema independente!”.

Em um momento histórico, o cinema brasileiro foi premiado na categoria de melhor filme internacional com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, sendo a primeira vez que o Brasil leva uma estatueta dourada. O longa, que já alcançou mais de cinco milhões de espectadores nos cinemas, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice Paiva é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil, que foi indicado ao Oscar em 1999.

Ovacionado pelo público, Walter Salles subiu ao palco, recebeu o prêmio das mãos de Penélope Cruz e fez um discurso emocionante: “Primeiramente, obrigado em nome do cinema brasileiro. Estou muito honrado em receber este prêmio em um grupo tão extraordinário de cineastas. Isso vai para uma mulher que, após uma perda sofrida durante um regime autoritário, decidiu não se curvar. E resistir. Então, este prêmio vai para ela e seu nome é Eunice Paiva. E vai para as duas mulheres extraordinárias que lhe deram vida: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Muito obrigado!”.

Walter Salles e Fernanda Torres no anúncio do prêmio: emoção!

Da plateia, Fernanda Torres, que estava indicada na categoria de melhor atriz, mas infelizmente perdeu para Mikey Madison, de Anora, aplaudiu seu diretor com muita emoção. Vale lembrar que Ainda Estou Aqui também estava indicado a melhor filme, sendo um fato inédito e histórico para o Brasil.

Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza do ano passado e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, Ainda Estou Aqui é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

Vale lembrar que, até então, a última vez que o cinema brasileiro concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil, também de Walter Salles e com Fernanda Montenegro; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

A noite também foi marcada por outros discursos emocionantes: Zoe Saldaña, melhor atriz coadjuvante por Emilia Pérez, honrou sua família ao reforçar ser a primeira atriz americana com descendência dominicana a ganhar o Oscar; Paul Tazewell, premiado pelo figurino de Wicked, tornou-se o primeiro homem negro a vencer nesta categoria; e Gints Zilbalodis, diretor de Flow, animação premiada, disse ser a primeira vez que a Letônia foi indicada ao Oscar.

Além do momento in memoriam, apresentado por Morgan Freeman, que homenageou, entre tantos nomes, seu amigo Gene Hackman, que faleceu recentemente, a cerimônia contou com apresentações de Ariana Grande e Cynthia Erivo; e Margaret Qualley, LiSA, Doja Cat e Raye em um especial sobre a franquia 007. Oprah Winfrey e Whoopi Goldberg homenagearam Quincy Jones no palco. 

Confira a lista completa com os vencedores do Oscar 2025:

MELHOR FILME
Anora

MELHOR DIREÇÃO
Sean Baker, por Anora

MELHOR ATRIZ
Mikey Madison, por Anora

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR ATOR
Adrien Brody, por O Brutalista

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Anora, escrito por Sean Baker

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Conclave, escrito por Peter Straughan

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)

MELHOR ANIMAÇÃO
Flow, de Gints Zilbalodis

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Sem Chão (No Other Land), de Yuval Abraham, Basel Adra, Rachel Szor e Hamdan Ballal

MELHOR FOTOGRAFIA
O Brutalista, por Lol Crawley

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Wicked, por Nathan Crowley e Lee Sandales

MELHOR FIGURINO
Wicked, por Paul Tazewell

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Substância, por Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon e Marilyne Scarselli

MELHOR EDIÇÃO
Anora, por Sean Baker

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
O Brutalista, por Daniel Blumberg

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
El Mal, por Clément Ducol, Camille e Jacques Audiard (Emilia Pérez)

MELHOR SOM
Duna: Parte 2, por Gareth John, Richard King, Ron Bartlett e Doug Hemphill

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Duna: Parte 2, por Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
I’m Not a Robot, de Victoria Warmerdam

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Única Mulher na Orquestra, de Molly O’Brie

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
In the Shadow of the Cypress, de Hossein Molayemi e Shirin Sohani

Foto: Phil McCarten/The Academy.

César 2025: Emilia Pérez é o grande vencedor do Oscar francês

por: Cinevitor
Karla Sofía Gascón e Zoe Saldaña em Emilia Pérez: filme premiado

A Academia de Artes e Técnicas do Cinema, Académie des Arts et Techniques du Cinéma, que conta com quase cinco mil membros, revelou nesta sexta-feira, 28/02, os vencedores do prêmio César 2025, conhecido como o Oscar francês.

Nesta 50ª edição, o musical Emilia Pérez, de Jacques Audiard, foi consagrado com sete prêmios, entre eles, melhor filme e melhor direção; O Conde de Monte Cristo, de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, que liderava a lista com quatorze indicações, foi premiado em duas categorias. A atriz espanhola Karla Sofía Gascón, protagonista de Emilia Pérez e que estava indicada, fez sua primeira aparição pública depois das polêmicas envolvendo seu nome.

Além disso, a cerimônia, realizada no Olympia, em Paris, que foi apresentada por Jean-Pascal Zadi e presidida pela renomada atriz francesa Catherine Deneuve, homenageou o cineasta grego-francês Costa-Gavras e a consagrada atriz Julia Roberts com o César Honorário. No palco, Roberts, que recebeu tal honraria das mãos do colega Clive Owen, com quem trabalhou em Closer: Perto Demais e Duplicidade, discursou: “Foram muitos anos em que tive a oportunidade, todos os dias, de vivenciar meu sonho. Sou grata às pessoas que me permitiram viver esse sonho. E as pessoas pelas quais sou mais grata, a quem mais devo, são: meu marido e meus três lindos filhos”

Conheça os vencedores do César 2025:

MELHOR FILME
Emilia Pérez

MELHOR DIREÇÃO
Jacques Audiard, por Emilia Pérez

MELHOR ATRIZ
Hafsia Herzi, por Borgo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Nina Meurisse, por L’Histoire de Souleymane

MELHOR ATOR
Karim Leklou, por Le Roman de Jim

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Alain Chabat, por L’Amour Ouf

REVELAÇÃO FEMININA
Maïwène Barthelemy, por Vingt dieux

REVELAÇÃO MASCULINA
Abou Sangare, por L’Histoire de Souleymane

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
L’Histoire de Souleymane, escrito por Boris Lojkine e Delphine Agut

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Emilia Pérez, escrito por Jacques Audiard

MELHOR DOCUMENTÁRIO
La ferme des Bertrand, de Gilles Perret

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Flow, de Gints Zilbalodis

MELHOR FILME DE ESTREIA
Vingt dieux, de Louise Courvoisier

MELHOR FOTOGRAFIA
Emilia Pérez, por Paul Guilhaume

MELHOR MONTAGEM
L’Histoire de Souleymane, por Xavier Sirven

MELHOR FIGURINO
O Conde de Monte Cristo, por Thierry Delettre

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
O Conde de Monte Cristo, por Stéphane Taillasson

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Emilia Pérez, por Camille e Clément Ducol

MELHOR SOM
Emilia Pérez, por Erwan Kerzanet, Aymeric Devoldère, Cyril Holtz e Niels Barletta

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Emilia Pérez, por Cédric Fayolle

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
L’homme qui ne se taisait pas, de Nebojša Slijepčević

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Beurk!, de Loïc Espuche

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Les Fiancées du sud, de Elena López Riera

Foto: Divulgação/Paris Filmes.