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Cannes 2025: curta-metragem Samba Infinito, de Leonardo Martinelli, é selecionado para a Semana da Crítica

por: Cinevitor
Camila Pitanga no curta brasileiro Samba Infinito

Foram anunciados nesta quinta-feira, 17/04, os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2025 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo. 

Em sua 64ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; vale lembrar que no ano passado ele assumiria esse mesmo cargo, mas precisou se afastar por motivos pessoais. O jornalista marroquino Jihane Bougrine, o diretor de fotografia Josée Deshaies, a produtora indonésia Yulia Evina Bhara e o ator britânico Daniel Kaluuya completam o time de jurados.

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o curta-metragem Samba Infinito, dirigido por Leonardo Martinelli. A trama se passa durante o Carnaval do Rio de Janeiro enquanto um gari luta contra a perda da irmã e suas obrigações profissionais. Em meio às comemorações, ele encontra uma criança perdida e decide ajudá-la.

Com Alexandre Amador, Miguel Leonardo, Gilberto Gil e Camila Pitanga no elenco, que também assina como produtora associada, o roteiro é assinado pelo próprio diretor, que já venceu o Leopardo de Ouro, no Festival de Locarno, com o curta Fantasma Neon. A fotografia é de João Atala e a montagem é de Lobo Mauro; Fabio Carnèiro e Victor Tigronez foram os responsáveis pelo som. A música é de André Mendonça e Fabio Carnèiro; a direção de arte é assinada por Ananias de Caldas e Brian Thurler.

Em comunicado oficial nas redes sociais, Leonardo Martinelli falou sobre a seleção: “É de coração cheio que venho anunciar que Samba Infinito terá sua estreia mundial na competição de curtas da 64ª Semana da Crítica. É um sonho se realizando. Esse filme só foi possível graças a parceria de uma equipe incrível que fez acontecer o impossível”. Produzido pela Baraúna Filmes, Les Valseurs e Pseudo Filmes, o curta conta também com Dida Camero e João Fontenele como elenco de apoio.

A equipe segue com Pedro Henrique França na produção de elenco e colaboração de Felipe M. Bragança no roteiro; Sávio Fernandes assina os efeitos visuais. O figurino é de Ana Avelar e a maquiagem de Julia Roberta. A produção é assinada por Renan Barbosa Brandão, Rafael Teixeira, Leonardo Martinelli, Clara Marquardt, Justin Pechberty, Damien Megherbi e Lucas H. Rossi

Conheça os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2025:

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM

Alișveriș, de Vasile Todinca (Romênia)
An-Gyeong (Glasses), de Yumi Joung (Coreia do Sul)
Dieu est timide (God is shy), de Jocelyn Charles (França)
Donne Batterie (Free Drum Kit), de Carmen Leroi (França)
Erogenesis, de Xandra Popescu (Alemanha)
L’mina, de Randa Maroufi (Marrocos/França/Itália/Qatar)
Samba Infinito, de Leonardo Martinelli (Brasil/França)
Wonderwall, de Róisín Burns (França/Reino Unido)
КРИТИЧНЕ СТАНОВИЩЕ (Critical Condition), de Mila Zhluktenko (Alemanha)
கத்து! (Bleat!), de Ananth Subramaniam (Malásia/Filipinas/França)

SESSÃO ESPECIAL

Eraserhead in a Knitted Shopping Bag, de Lili Koss (Bulgária)
No skate!, de Guil Sela (França)
Une Fugue (To the Woods), de Agnès Patron (França)

CONVIDADOS | Festival International du Film de Morelia

Aguacuario, de Jose Eduardo Castilla Ponce (México)
Buscando un burro, de Juan Vincente Manrique (México/Venezuela)
Ser Semilla, de Julia Granillo Tostado (México)
Spiritum, de Adolfo Margulis (México)

*Clique aqui e conheça os longas-metragens selecionados

Foto: Sofia Leão.

Cannes 2025: conheça os filmes selecionados para a Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
Paula Beer em Miroirs No.3, de Christian Petzold

Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), desde 1969, a Quinzena de Cineastas (Quinzaine des Cinéastes), antes chamada de Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.

Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.

Neste ano, em sua 57ª edição, que acontecerá entre os dias 14 e 24 de maio, o comunicado oficial sobre a seleção diz: “Num mundo em convulsão, atingido por uma reação em todos os níveis, em que valores republicanos e universalistas são combatidos, onde a função subversiva da arte é ameaçada e certas grandes obras são canceladas, cineastas de todos os continentes se mantêm firmes. A riqueza e o dinamismo da jovem criação cinematográfica estão intactos. Às vezes vindos de países em guerra ou de regiões onde reinam o obscurantismo e o populismo, os filmes frustram grandes discursos e mostram outra realidade. Como sempre, o cinema está um passo à frente da sociedade. Em vez de julgar, complica. Em vez de denunciar, ele questiona. Em vez de fazer generalizações, ele está interessado nas pequenas histórias, aquelas de indivíduos que vivenciam eventos. Com raiva ou com humor, sempre com uma boa dose de poesia”.

O comunicado segue: “A 57ª edição da Quinzena é diversa, mista e rica em descobertas. Celebra uma vivacidade cinematográfica inestimável que é mais crucial do que nunca, mesmo que cineastas e produtores achem cada vez mais difícil financiar seus projetos. Ela está ao lado de diretores do mundo todo na luta contra a padronização, a comercialização e, portanto, a neutralização do cinema. Temos o prazer de compartilhar com vocês uma seleção que celebra a arte de encenar, bem como o desejo e a generosidade dos autores”.

O pôster deste ano é assinado pelo cineasta estadunidense Harmony Korine, um dos grandes agitadores do cinema independente americano, que passou 30 anos subvertendo a cultura pop e seus clichês em uma carreira que abrange cinema, pintura e obras multimídia. Ele defende uma arte do erro que chama de Mistakist Art, mergulhando o espectador em um universo hipnótico e decadente, privilegiando a imperfeição técnica, o acidente e as mudanças tonais. Em comunicado, o artista disse: “Os personagens da pintura são chamados de Twitchys. Eles estão sempre à espreita e brincando. Eles estão muito felizes por estarem em Cannes”.

Além disso, o cineasta Todd Haynes, de Segredos de um Escândalo e Carol, será homenageado com o Carrosse d’Or. Neste ano, a Quinzena criou um novo prêmio que destaca cineastas que ousam romper convenções e abrir novos caminhos no cinema francês e internacional: o diretor e roteirista Thomas Cailley será o primeiro a receber o Prix Alpine

Nesta 57ª edição, o cinema brasileiro não marca presença nas mostras competitivas. Porém, quatro curtas-metragens cearenses, realizados no projeto La Factory des Cinéastes Ceará Brasil, que teve o cineasta Karim Aïnouz como padrinho, serão exibidos na noite de abertura. Clique aqui e saiba mais.

Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena de Cineastas 2025:

LONGA-METRAGEM

Brand New Landscape (見はらし世代), de Yuiga Danzuka (Japão)
Classe moyenne (The Party’s Over!), de Antony Cordier (França/Bélgica)
Dangerous Animals, de Sean Byrne (Austrália)
Enzo, de Robin Campillo (França) (filme de abertura)
Girl on Edge (Hua yang shao nv sha ren shi jian), de Jinghao Zhou (China)
Indomptables, de Thomas Ngijol (Camarões/França)
Kokuho, de Lee Sang-il (Japão)
L’engloutie (The Girl in the Snow), de Louise Hémon (França)
La Danse des Renards (Wild Foxes), de Valéry Carnoy (França/Bélgica)
La mort n’existe pas (Death Does Not Exist), de Félix Dufour-Laperrière (Canadá)
Les filles désir (The Girls We Want), de Prïncia Car (França)
Lucky Lu, de Lloyd Lee Choi (Canadá)
Militantropos, de Yelizaveta Smith, Alina Gorlova e Simon Mozgovyi (Ucrânia/França/Áustria)
Miroirs No.3 (Mirrors No. 3), de Christian Petzold (Alemanha)
Peak Everything (Amour Apocalypse), de Anne Émond (Canadá)
Que ma volonté soit faite (Her Will Be Done), de Julia Kowalski (França)
Sorry, Baby, de Eva Victor (EUA/Espanha/França) (filme de encerramento)
The President’s Cake (Mamlaket al-Qasab), de Hasan Hadi (Iraque)

CURTA ou MÉDIA-METRAGEM

+10K, de Gala Hernández López (França/Espanha)
Before the Sea Forgets, de Ngọc Duy Lê (Vietnã)
Bread Will Walk (Le pain se lève), de Alex Boya (Canadá)
Cœur Bleu (Blue Heart), de Samuel Suffren (Haiti)
Karmash (کرمش), de Aleem Bukhari (Paquistão)
La Mort du poisson (Death of the Fish), de Eva Lusbaronian (França)
Loynes, de Dorian Jespers (Bélgica)
Nervous Energy, de Eve Liu (EUA)
The Body, de Louris van de Geer (Austrália)
When the Geese Flew, de Arthur Gay (EUA)

Foto: Divulgação.

Lumen: inscrições abertas para a primeira edição do Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro

por: Cinevitor
Inscrições abertas até 31 de agosto

A primeira edição do Lumen – Festival de Cinema Independente do Rio de Janeiro, que acontecerá entre os dias 8 e 15 de novembro, está com inscrições abertas para longas, médias e curtas-metragens até o dia 31 de agosto

Idealizado por Gabriel Papaléo, Pedro Tavares e Waleska Antunes, o festival será totalmente gratuito e acontecerá no Rio de Janeiro em salas como a Cinemateca do MAM e o Centro Cultural Banco do Brasil. Haverá ainda uma itinerância em Brasília, entre os dias 5 e 7 de dezembro, no Cine Brasília. Além das mostras competitivas, nacional e internacional, a programação contará com exibições especiais e retrospectiva.

Quando Gabriel Papaléo, Pedro Tavares e Waleska Antunes resolveram criar o Lumen, tinham em mente a dificuldade enfrentada por produções independentes para chegar ao público brasileiro. Pedro Tavares explica: “O cinema independente luta diretamente por qualquer espaço, incluindo festivais. Hoje vemos realizadores do mundo inteiro em busca de uma solução quando falamos de alcance”. Segundo ele, chegar até o público é tão desafiador quanto fazer um filme e o Lumen seria um espaço para cineastas que, por diversos motivos, não alcançam ao grande circuito ou aos cinemas de modo geral.

Tavares continua: “Nossa proposta é levar filmes independentes para todo tipo de público, dos espaços em que eles já têm alguma abertura até os multiplex e afins, onde sabemos que é necessária uma lógica de ações de mobilização de público”. Para Pedro, o objetivo do Lumen é ampliar o acesso a esse cinema e, consequentemente, renovar a cultura da ida ao cinema e da descoberta de realizadores.

Gabriel Papaléo destaca a ausência de distribuição de filmes independentes internacionais no Brasil: “O Lumen também é resposta às nossas conversas sobre os filmes ao redor do mundo que não chegam nos cinemas brasileiros. Desde curtas experimentais de realizadores e realizadoras com décadas de carreira até os longas de jovens iniciantes, o cinema independente abarca filmes que chegam aqui sem oportunidade da distribuição, sem acordos fechados com distribuidoras pelo mundo, e que acabam passando batidos mesmo em outros festivais de cinema brasileiro”. Papaléo garante que é nesta lacuna que o festival vai navegar.

Waleska Antunes ressalta a ausência de filmes independentes mesmo nos festivais: “Por mais que o cenário de festivais seja profícuo e que, graças a difusão da internet, esses eventos tenham aumentado significativamente, há uma produção massiva de cineastas independentes que não chega às salas por inúmeros motivos: a precariedade de distribuição, poucos circuitos que os absorvam ou curadorias que não estão interessadas nesse tipo de cinema. Festivais como o Lumen querem subverter essa lógica, trazer esses cinemas para mais próximo e, não só isso, mostrar que há uma produção crescente e interessante sendo feita com recursos possíveis”, afirma a curadora e também coordenadora do festival.

Para realizar o projeto, Papaléo, Tavares e Antunes se juntam a produtores de grandes eventos e empresas mundiais como: Rio2C, Frapa, Bienal do Livro, IndieLisboa, TV Globo e Cine Brasília. O resultado oficial com a seleção completa será anunciado no final de setembro. Clique aqui e saiba mais sobre as inscrições.

Foto: Divulgação.

Cine PE 2025: Julio Andrade será homenageado com a Calunga de Ouro

por: Cinevitor
Julio Andrade: carreira consagrada no audiovisual brasileiro

A 29ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de junho, no Recife, Pernambuco, acaba de anunciar seu primeiro homenageado: o ator e diretor Julio Andrade. A entrega do troféu Calunga de Ouro, tradicional reconhecimento concedido pelo festival a grandes nomes do cinema brasileiro, acontecerá durante a programação deste ano, que contará com sessões gratuitas e abertas ao público.

Com uma trajetória marcada por personagens intensos e atuações premiadas, Julio Andrade consolidou-se como um dos nomes mais respeitados da dramaturgia brasileira. No cinema, brilhou em títulos como Gonzaga: De Pai pra Filho, de Breno Silveira, no qual interpretou o filho do Rei do Baião, o também cantor Gonzaguinha; em Serra Pelada, de Heitor Dhalia; Cão Sem Dono, de Renato Ciasca e Beto Brant; e Sob Pressão, filme que deu origem à aclamada série homônima da TV Globo.

De 2017 até 2022, protagonizou as cinco temporadas e um especial da série Sob Pressão, ao lado de Marjorie Estiano, interpretando o médico Dr. Evandro. Além de atuar, Julio também dirigiu episódios da terceira até a quinta temporada, demonstrando sua versatilidade e domínio artístico também por trás das câmeras.

Entre o fim de 2022 e abril de 2023, gravou Betinho: No Fio da Navalha, série em que vive o protagonista Herbert de Souza, o Betinho, sociólogo que enfrentou a epidemia da fome e da AIDS no Brasil e foi responsável por criar um dos maiores movimentos sociais do país, a Ação da Cidadania. A produção, dirigida por Lipe Binder e pelo próprio Julio Andrade, foi criada por José Júnior. Recentemente, deu vida a Lampião na série Maria e o Cangaço, lançada no Star+, e protagonizada por Isis Valverde no papel-título. Atualmente está no ar no remake de Vale Tudo, na Rede Globo.

Ao longo da carreira, Julio já recebeu inúmeros prêmios: dois troféus Grande Otelo, três prêmios APCA, um Prêmio Guarani e um kikito no Festival de Gramado. Também foi indicado ao Prêmio Qualidade Brasil, ao Prêmio Platino e ao Emmy Internacional em três ocasiões: duas por sua atuação na série 1 Contra Todos e uma por sua performance em Betinho: No Fio da Navalha, do Globoplay. No Cine Ceará, em 2016, foi eleito o melhor ator por Maresia; no Festival do Rio foi consagrado por Sob Pressão e Entre Nós

Sua trajetória nas telonas conta também com a animação Arca de Noé, Aos Olhos de Ernesto, Paraíso Perdido, Malasartes e o Duelo com a Morte, Redemoinho, Elis, Reza a Lenda, Trash: A Esperança Vem do Lixo, Obra, Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho, A Estrada 47, A Hora e a Vez de Augusto Matraga, Hotel Atlântico, Meu Tio Matou um Cara, O Homem que Copiava, Tolerância, entre muitos outros.

Sandra Bertini, diretora do Cine PE, explica que Julio foi escolhido como homenageado deste ano como forma de reconhecimento à sua carreira, que transita com naturalidade entre atuação e direção: “Resolvemos celebrar Julio como forma de reconhecimento do seu talento, além, claro, da entrega emocional e da intensidade que imprime em cada projeto”. O artista receberá a Calunga de Ouro no dia 13 de junho.

Além das exibições no Cine Teatro do Parque, o Cine PE também ocupará o Cinema São Luiz, que este ano será palco da mostra paralela Sessão Matinê. A programação especial reunirá filmes que não estão em competição, oferecendo ao público uma oportunidade de conhecer outras narrativas do audiovisual brasileiro em sessões gratuitas.

Foto: Bruno de Lima.

Cannes 2025: conheça os filmes selecionados para a 64ª Semana da Crítica

por: Cinevitor
Théodore Pellerin em Nino, de Pauline Loquès

Foram anunciados nesta segunda-feira, 14/04, os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2025 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo em suas primeiras obras.

Em sua 64ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; vale lembrar que no ano passado ele assumiria esse mesmo cargo, mas precisou se afastar por motivos pessoais. O jornalista marroquino Jihane Bougrine, o diretor de fotografia Josée Deshaies, a produtora indonésia Yulia Evina Bhara e o ator britânico Daniel Kaluuya completam o time de jurados.

A curadoria deste ano teve coordenação geral de Ava Cahen, que trabalhou com comitês formados por críticos e jornalistas. Para a seleção de curtas-metragens, o grupo foi formado por Esther Brejon, Grégory Contaut e Raphaëlle Pireyre, sob coordenação de Léo Ortuno. Entre os longas, Chloé Caye, Laurent Hérin, Damien Leblanc, Olivier Pélisson e Perrine Quennesson completaram o time.

O pôster desta 64ª edição destaca uma das personagens do musical Les reines du drame, de Alexis Langlois, que foi exibido no ano passado fora de competição. Os curtas-metragens serão anunciados em breve.

Conheça os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2025:

COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM

Ciudad Sin Sueño, de Guillermo Galoe (Espanha/França)
Imago, de Déni Oumar Pitsaev (França/Bélgica)
Kika, de Alexe Poukine (Bélgica/França)
Left-Handed Girl, de Shih-Ching Tsou (Taiwan/França/EUA/Reino Unido)
Nino, de Pauline Loquès (França)
Pee Chai Dai Ka, de Ratchapoom Boonbunchachoke (Tailândia/França/Singapura/Alemanha)
Rietland, de Sven Bresser (Holanda/Bélgica)

SESSÕES ESPECIAIS | LONGAS

Baise-en-ville, de Martin Jauvat (França)
Des preuves d’amour, de Alice Douard (França)
L’intérêt d’Adam, de Laura Wandel (Bélgica/França) (filme de abertura)
Planètes, de Momoko Seto (França/Bélgica) (filme de encerramento)

*Clique aqui e conheça os curtas-metragens selecionados

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do 30º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Cena do filme Copan, de Carine Wallauer: vencedor

Foram anunciados neste sábado, 12/04, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, os vencedores da 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado ao audiovisual não ficcional na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

Nesta edição comemorativa de 30 anos, Copan, dirigido por Carine Wallauer, foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de longas ou médias-metragens e recebe como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri, formado por Debora Ivanov, Paulo Sacramento e Roberto Berliner, diz: “Pela ousadia formal aliada a um vigoroso rigor estético, por sua originalidade, precisão e delicadeza, pelo equilíbrio das cenas e pelas nuances que revelam os conflitos contemporâneos, alcançando uma singular síntese poética dos contrastes de nosso país”.

O melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal, que recebe como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pela extraordinária força, precisão e impacto de suas imagens, pela urgência de seu discurso, pela apresentação sensível em contraponto à devastação gerada pelo Agronegócio e pela distância a qualquer gesto redutor na apresentação de sua tragédia”. O filme leva também o Prêmio Mistika com R$ 8.000 em serviços de pós-produção digital.

Foram outorgadas duas menções honrosas na Competição Brasileira. Entre os longas, o escolhido foi Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel. A justificativa diz: “Por sua vasta pesquisa, pela contundente leitura da história de nossa arquitetura, política, arte e educação, pela clareza de sua interpretação e pela busca do ponto de inflexão onde um projeto de excelência sucumbe aos descaminhos históricos”. Já entre os curtas, o escolhido foi Palavra, de DF Fiuza, com a seguinte justificativa: “Pela atenção aos detalhes, pela construção poética e coesão na observação da atividade humana em plena harmonia com a natureza e pela delicada valorização dos saberes e tradições brasileiros e suas matrizes”.

O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias-metragens foi Escrevendo Hawa, de Najiba Noori; o longa recebe R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri, formado por Andrés Di Tella, Bill Nichols e Eliza Capai, diz: “Poucos filmes contam a história de uma nação por meio do amor e da compaixão que definem uma família imersa em uma cultura patriarcal; mas não limitada por ela. A cineasta narra a luta excepcional de sua mãe por independência no Afeganistão, onde conquistas como essa raramente são celebradas”.

O canadense Eu sou a pessoa mais magra que você já viu?, dirigido por Eisha Marjara, foi eleito o melhor curta-metragem internacional e recebe R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pelo tratamento poderoso e poético da experiência da anorexia, expresso com toda a emoção bruta e a confusão de crescer em uma família imigrante”.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas ou médias-metragens e de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa pela estatueta dourada.

Na cerimônia, também foram anunciados alguns prêmios paralelos, entre eles, o Prêmio Maria Rita Galvão (ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual; PAVIC, Pesquisadores de Audiovisual Iconografia e Conteúdo; e REPIA, Rede de Pesquisa de Imagens de Arquivo para a melhor pesquisa da Competição Brasileira. O escolhido foi Bruscky: Um Autorretrato, de Eryk Rocha, com pesquisa de Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky; o filme recebe R$ 6.000 (PAVIC/Abrolhos Filmes), serviços de digitalização (Lupa/UFF) e gravação em LTO (ABPA/REPIA).

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2025:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Copan, de Carine Wallauer

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal 

MENÇÃO HONROSA | LONGA ou MÉDIA
Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel

MENÇÃO HONROSA | CURTA
Palavra, de DF Fiuza

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Escrevendo Hawa (Writing Hawa), de Najiba Noori (França/Holanda/Qatar/Afeganistão)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Eu sou a pessoa mais magra que você já viu? (Am I the Skinniest Person You’ve Ever Seen?), de Eisha Marjara (Canadá)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Bruscky: Um Autorretrato, por Caio Lazaneo e Lorena Duarte
Melhor Montagem | Curta: Palavra, por DF Fiuza
Menção Honrosa: Sukande Kasáká | Terra Doente, por Paula Mercedes e Fred Rahal

PRÊMIO MARIA RITA GALVÃO | ABPA | PAVIC | REPIA
Melhor Pesquisa: Bruscky: Um Autorretrato, por Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky

Foto: Divulgação.

Cannes 2025 e La Factory des Cinéastes Ceará Brasil: curtas-metragens brasileiros serão exibidos na Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
Cineastas confirmados no Festival de Cannes 2025

A 57ª edição da Quinzena de Cineastas, mostra paralela ao Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 14 e 24 de maio, exibirá em sua noite de abertura quatro curtas-metragens cearenses que foram realizados no projeto Directors’ Factory Ceará Brasil, La Factory des Cinéastes, que teve como padrinho o consagrado cineasta brasileiro Karim Aïnouz

O programa, que volta à América Latina após dez anos, enfatiza a formação profissional de jovens realizadores em uma perspectiva de internacionalização da produção audiovisual regional. Os quatro filmes formam um rico caleidoscópio multicultural, ancorado nas experiências das jovens duplas de realizadores que roteirizaram e dirigiram as obras, integrando o Norte e Nordeste do Brasil com Cuba, Portugal, França e Israel.

As obras são: A Fera do Mangue, de Wara (Ceará) e Sivan Noam Shimon (Israel); A Vaqueira, a Dançarina e o Porco, de Stella Carneiro (Alagoas) e Ary Zara (Portugal); Ponto Cego, de Luciana Vieira (Ceará) e Marcel Beltrán (Cuba); e Como Ler o Vento, de Bernardo Ale Abinader (Amazonas) e Sharon Hakim (França). Além da exibição dos filmes na abertura da Quinzena de Cineastas, os diretores ainda participam de um evento de pitching e de reuniões de coprodução apresentando seus projetos de longas-metragens na Plage de la Quinzaine.

Os filmes foram todos realizados em Fortaleza, Ceará, envolvendo diretamente mais de 100 profissionais cearenses de audiovisual, entre roteiristas, diretores, diretores de arte, produtores, fotógrafos, montadores, técnicos, motoristas, diversos fornecedores, além de grande elenco.

Com uma tradição construída desde 2013 em países como Dinamarca, Chile, Taiwan, Portugal, África do Sul, Filipinas e Finlândia, o Directors’ Factory chega ao Brasil a partir do Ceará, tendo como padrinho o cineasta cearense Karim Aïnouz, que, mais uma vez, leva o Brasil às telas de Cannes. Em 2024, o diretor disputou a Palma de Ouro com Motel Destino, filme realizado no Ceará, com equipe majoritariamente cearense e egressa do Porto Iracema das Artes, escola pública do Governo do Ceará, com a qual o cineasta vem contribuindo há 12 anos na condição de tutor e mentor de jovens roteiristas.

Com proposta inovadora e inédita, o Directors’ Factory é dedicado a descobrir talentos emergentes em todo mundo, a partir de um forte programa de promoção à coprodução internacional. Os quatro curtas-metragens produzidos nos últimos dois meses no Ceará apresentarão ao mundo novas histórias de realizadores do Nordeste e do Norte, construídas em parcerias com jovens realizadores de outros países do mundo.

O projeto La Factory des Cinéastes Ceará Brasil integra esforços da Secretaria da Cultura do Ceará, do Instituto Mirante de Cultura e Arte e do Instituto Dragão do Mar, com apoio do Projeto Paradiso (Brasil) e da TITRAFILM (França), no sentido de fortalecimento do campo audiovisual do Ceará, a partir de conexões com novos mercados e negócios para a região. A produção é encabeçada pela empresa Cinema Inflamável, através da produtora Janaina Bernardes ao lado da produtora francesa Dominique Welinski

O Directors’ Factory Ceará Brasil, que faz parte da programação oficial do Ano Cultural Brasil-França 2025, insere-se no âmbito dos esforços das políticas públicas de desenvolvimento do audiovisual do Ceará, implementadas nos últimos anos pelo Governo do Ceará, através da Secretaria da Cultura.

Como funciona o projeto? A cada ano, com o apoio de um novo país parceiro, a Factory seleciona oito cineastas emergentes com projetos ambiciosos de primeiro ou segundo longa-metragem para coescrever e codirigir, em duplas, um total de quatro curtas-metragens que são exibidos na abertura da Quinzena de Cineastas durante o Festival de Cannes.

Após a chamada no início de julho de 2024, direcionada a cineastas do Norte e Nordeste do Brasil, foram recebidas mais de 60 inscrições. A Quinzena de Cineastas e a equipe da Directors’ Factory, juntamente com o júri local composto pela produtora Claudia Gonçalves e o diretor Carlos Segundo, selecionaram quatro realizadores brasileiros com projetos de longa-metragem em desenvolvimento (dois do Ceará, um de Alagoas e outro do Amazonas), que foram pareados com quatro diretores de outros países. Entre o início de outubro e o final de dezembro, eles escreveram o roteiro. As filmagens e pós-produção aconteceram entre fevereiro e abril, em Fortaleza.

Os oito diretores também terão a oportunidade de participar do Marché du Film, apresentando seus projetos de longa-metragem a um painel de profissionais como produtores, agentes de vendas, laboratórios e festivais, com vistas à viabilização de seus projetos.

Karim Aïnouz, premiado no festival francês em 2019 com A Vida Invisível na mostra Un Certain Regard, destaca a relevância de participar de uma vitrine mundial como Cannes: “É maravilhoso um jovem realizador ou realizadora estar em um lugar central do mercado audiovisual, como Cannes, para poder confrontar, trocar e apresentar um projeto de longa-metragem, entendendo o potencial desse filme comercialmente no mundo inteiro. No Brasil, a gente é pouco confrontado ao mundo, por ter um sistema de produção audiovisual mais ou menos autossuficiente e ser o único país que fala português na América Latina. É importante a gente ter participação não apenas nos festivais, mas comercialmente no mundo inteiro”

Foto: Divulgação/Secult CE.

Festival de Cannes 2025: O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, está na disputa pela Palma de Ouro

por: Cinevitor
Wagner Moura em O Agente Secreto: na disputa pela Palma de Ouro

O Festival de Cannes 2025, que acontecerá entre os dias 13 e 24 de maio, anunciou nesta quinta-feira, 10/04, em uma coletiva apresentada por Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, diretor geral, os filmes selecionados para sua 78ª edição.

Neste ano, o cinema brasileiro ganha destaque com O Agente Secreto, sexto longa de Kleber Mendonça Filho, que retorna à Competição Oficial depois de Aquarius e Bacurau, que foi premiado em 2019. O filme, que disputará a Palma de Ouro, é um thriller ambientado no Brasil de 1977. Na trama, Marcelo, interpretado por Wagner Moura, é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife, Pernambuco, em busca de paz. Ele logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura. Estrelado por Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Udo Kier, Hermila Guedes, Thomás Aquino, Alice Carvalho e grande elenco, é uma coprodução entre Brasil (CinemaScópio Produções), França (MK Productions), Holanda (Lemming) e Alemanha (One Two Films) e terá distribuição no Brasil pela Vitrine Filmes

O elenco completa-se com Isabél Zuaa, Edilson Silva, Suzy Lopes, Buda Lira, Carlos Francisco, Wilson Rabelo, Roney Villela, Rubens Santos, Albert Tenório, Ítalo Martins, Joalisson Cunha, Aline Marta, Enzo Nunes, Erivaldo Oliveira, Fabiana Pirro, Fafá Dantas, Geane Albuquerque, Gregorio Graziosi, Igor de Araújo, Isadora Ruppert, João Vitor Silva, Kaiony Venancio, Laura Lufési, Licínio Januário, Luciano Chirolli, Marcelo Valle, Márcio de Paula, Nivaldo Nascimento, Robério Diógenes, Robson Andrade e Tânia Maria.

Em comunicado oficial, o diretor celebra o convite para estrear o novo longa-metragem no Festival de Cannes: “É a combinação perfeita: encerra a realização do filme e inaugura a sua trajetória. Estou feliz com O Agente Secreto, honrado com o convite e quero que as pessoas vejam o filme no exterior e no Brasil. É uma história muito brasileira e, por isso mesmo, é um filme do mundo todo”.

A produtora do filme, Emilie Lesclaux, completou: “Começamos a pré-produção em janeiro do ano passado e fomos até o mês de maio. Iniciamos as filmagens em junho, com duração de dez semanas, seguidas por muitos meses de montagem. Agora estamos na pós-produção de som e imagem, feita em Berlim e Paris. Estrear no Festival de Cannes é muito importante na nossa trajetória e mal posso esperar para ver o filme recém finalizado na tela do Grand Theâtre Lumière e poder dividir essa alegria com a nossa equipe e elenco”.

“Esse filme é resultado de um desejo grande de continuar filmando o Brasil e o Recife, desta vez no contexto histórico do mundo de 50 anos atrás, de um Brasil do passado. Eu também tinha vontade de fazer um filme de mistério e de suspense, em que o Recife fosse o cenário principal. Eu era criança nos anos 1970, mas me lembro com alguma clareza do ano de 1977, quando eu tinha nove anos. Creio que 77 foi o primeiro ano que me marcou ainda como criança. Naquela época, o Brasil era muito diferente, mas, de certa forma, também muito parecido com o de hoje”, destacou Kleber Mendonça Filho.

Além disso, o longa-metragem marca a primeira colaboração de Kleber e Wagner Moura. O ator comemora a parceria e destaca a experiência de ter trabalhado com o realizador: “Filmar O Agente Secreto foi uma das melhores experiências que tive em sentidos diversos. Trabalhar com Kleber era quase uma obsessão desde que vi O Som ao Redor. Estar em Recife, 25 anos depois de estrear ali A Máquina, a peça de João Falcão, e viver essa cidade incrível com Kleber, Emilie e seus amigos, que agora também são meus, sobretudo saber que para além da alegria de estar no Nordeste falando minha língua, eu estava fazendo um filmaço. E Cannes é a minha primeira memória de ter conversado com Kleber, no ano de 2003, quando estive lá com o filme Cidade Baixa, dirigido por Sergio Machado, e ele estava cobrindo o festival como crítico de cinema. Tudo fazendo um sentido lindo danado”, ressalta Wagner Moura, que está atualmente em Londres, rodando um novo projeto.

“Este filme foi criado especialmente para Wagner depois de anos tentando ajustar os ponteiros para trabalharmos juntos. O roteiro foi escrito ao longo de três anos até que chegou a hora de enviá-lo e ver se ele se interessaria. A reação dele foi sensacional. Além de ser um grande ator, eu passei a conhecer a grande pessoa e hoje o amigo Wagner. Os três meses que ele ficou no Recife trabalhando em O Agente Secreto foram excelentes, um grande trabalho de criação e colaboração”, disse Kleber.

As filmagens ocorreram em junho, julho e agosto de 2024 no Recife, Brasília e em São Paulo. O trabalho de montagem foi realizado durante oito meses por Eduardo Serrano e Matheus Farias. A direção de arte é de Thales Junqueira; o figurino é assinado por Rita Azevedo. A direção de fotografia é de Evgenia Alexandrova.

O Agente Secreto é o quinto filme de Kleber Mendonça Filho no Festival de Cannes. Há 20 anos, em maio de 2005, o curta-metragem Vinil Verde foi selecionado para a mostra paralela Quinzena dos Realizadores, atualmente chamada Quinzena de Cineastas. Naquela época, Kleber ainda frequentava Cannes mais como crítico de cinema do que cineasta. Kleber teve mais quatro filmes em Cannes: estreou na competição em 2016 com o longa-metragem Aquarius, voltou à competição em 2019 com Bacurau, codirigido por Juliano Dornelles, e há dois anos apresentou Retratos Fantasmas em Sessão Especial.

Além disso, em fevereiro foi anunciado que o Brasil será o País de Honra do Marché du Film, o mercado de filmes do festival. O reconhecimento destacará a dinâmica da indústria audiovisual brasileira, seus talentos criativos e seu compromisso de longa data com a colaboração internacional. Por meio de várias ações, o país pretende mostrar a diversidade e a força da indústria cinematográfica e audiovisual, fomentando o diálogo para aprimorar as coproduções e expandir o alcance global da narrativa brasileira.

E mais: neste ano, o consagrado ator, diretor e produtor Robert De Niro será homenageado com a Palma de Ouro honorária. A 78ª edição do Festival de Cannes, que terá a atriz francesa Juliette Binoche como presidente do júri, anunciará novos títulos na programação em breve.

Confira a lista com os filmes selecionados para o Festival de Cannes 2025:

COMPETIÇÃO OFICIAL

Alpha, de Julia Ducournau (França/Bélgica)
Dossier 137, de Dominik Moll (França)
Eagles of the Republic, de Tarik Saleh (França/Suécia/Dinamarca)
Eddington, de Ari Aster (EUA/Finlândia)
Fuori, de Mario Martone (Itália/França)
Jeunes mères, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica/França)
La Petite Dernière, de Hafsia Herzi (França/Alemanha)
Nouvelle Vague, de Richard Linklater (França/EUA)
O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
O Esquema Fenício (The Phoenician Scheme), de Wes Anderson (EUA/Alemanha)
Renoir, de Chie Hayakawa (Japão/França)
Romería, de Carla Simón (Espanha)
Sentimental Value, de Joachim Trier (Noruega/Alemanha/Dinamarca/França/Suécia)
Sirat, de Oliver Laxe (França/Espanha)
Sound of Falling, de Mascha Schilinski (Alemanha)
The History of Sound, de Oliver Hermanus (EUA)
The Mastermind, de Kelly Reichardt (EUA)
Two Prosecutors, de Sergei Loznitsa (França/Alemanha/Holanda/Letônia/Romênia)
Un simple accident, de Jafar Panahi (Irã)

UN CERTAIN REGARD

A Pale View of the Hills (Tôi Yamanamino Hikari), de Kei Ishikawa (Japão)
Aisha Can’t Fly Away, de Morad Mostafa (Tunísia/Qatar/Egito)
Eleanor the Great, de Scarlett Johansson (EUA)
Homebound, de Neeraj Ghaywan (Índia)
Karavan, de Zuzana Kirchnerová (República Checa/Itália/Eslováquia)
La misteriosa mirada del flamenco, de Diego Céspedes (Chile/França/Alemanha/Bélgica/Espanha)
L’inconnu de la Grande Arche, de Stephane Demoustier (França)
Le città di pianura, de Francesco Sossai (Itália)
Météors, de Hubert Charuel (França)
My Father’s Shadow, de Akinola Davies Jr. (Reino Unido)
Once Upon a Time in Gaza, de Tarzan e Arab Nasser (Palestina)
Pillion, de Harry Lighton (EUA)
Promis le ciel, de Erige Sehiri (França/Tunísia/Qatar)
Testa o croce?, de Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis (Itália)
The Plague, de Charlie Polinger (EUA)
Urchin, de Harris Dickinson (Reino Unido)

FORA DE COMPETIÇÃO

Highest 2 Lowest, de Spike Lee (EUA/Japão)
La Femme la plus riche du Monde, de Thierry Klifa (França/Bélgica)
La venue de l’avenir, de Cedric Klapisch (França)
Missão: Impossível – O Acerto Final, de Christopher McQuarrie (EUA/Reino Unido)
Vie Privée, de Rebecca Zlotowski (França)

CANNES PREMIÈRE

Amrum, de Fatih Akin (Alemanha)
Connemara, de Alex Lutz (França)
La Ola, de Sebastián Lelio (Chile/EUA)
Orwell: 2+2=5, de Raoul Peck (França/EUA)
Splitsville, de Michael Angelo Covino (EUA)
The Disappearance of Josef Mengele (Das Verschwinden Des Josef Mengele), de Kirill Serebrennikov (França/México/Alemanha/Reino Unido/Espanha)

SESSÕES ESPECIAIS

Bono: Stories of Surrender, de Andrew Dominik (EUA)
Dites-lui que je l’aime, de Romane Bohringer (França)
The Magnificent Life of Marcel Pagnol, de Sylvain Chomet (França/Bélgica/EUA/Luxemburgo)

SESSÃO DA MEIA-NOITE

8-ban deguchi, de Genki Kawamura (Japão)
Dalloway, de Yann Gozlan (França)
Sons of the Neon Night (Feng Lin Huo Shan), de Juno Mak (Hong Kong)

FILME DE ABERTURA
Partir un jour, de Amélie Bonnin (França) (fora de competição)

Foto: Victor Jucá.

XX Panorama Internacional Coisa de Cinema: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Edvana Carvalho e Noélia Montanhas: atrizes do curta cearense Fenda

Foram anunciados nesta quarta-feira, 09/04, no Cine Glauber Rocha, em Salvador, os vencedores da 20ª edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, que contou com mostras competitivas, atividades paralelas e diversos convidados.

Na Competitiva Nacional, um documentário sobre a tentativa de fazer um filme, Mambembe, de Fabio Meira, foi o longa vencedor. O Júri Oficial justificou a escolha “pela forma original em que usa o encadeamento de duas narrativas paralelas, transitando entre a ficção e o documentário com fluidez”. A produção goiana ganhou ainda o prêmio de melhor montagem para Affonso Uchoa, Fabio Meira e Juliano Castro. O trio do júri elegeu também Como Nasce um Rio, de Luma Flôres, como melhor curta-metragem “pela maneira lúdica que o filme aborda a sensualidade feminina com delicadeza e lirismo”; o filme também foi o escolhido pelo júri das associações.

Com emoções que transbordam da tela, o documentário WR Discos: Uma invenção Cultural, de Nuno Penna e Maira Cristina, venceu a categoria principal da Competitiva Baiana: “Ao afirmar a potência do seu lugar e dos seus, e insistir, um estúdio de gravação em Salvador criou as condições para a invenção de uma música baiana que conquistou o mundo e deixou um legado inestimável para a cultura musical de todo um povo”, justificou o júri, afirmando que os diretores “reconstroem essa história desde dentro, dos bastidores”

O documentário Quem é Essa Mulher?, de Mariana Jaspe, que resgata a história da baiana que foi a primeira médica negra do Brasil, foi o longa baiano escolhido pelo Júri das Associações (APAN, APC e Autorais) e pelo voto popular em Cachoeira: “Pela direção precisa e inventiva que transforma uma investigação histórica em uma jornada cinematográfica de descobertas e revelações”, afirmou o júri. O filme ganhou ainda como melhor roteiro, escrito por Mariana Jaspe e Muriel Alves com a colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira

Entre os curtas-metragens da Competitiva Baiana, os destaques foram Ymburana, dirigido por Mamirawá em codireção com Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã, escolhido pelo Júri Oficial; e Tigrezza, de Vinicius Eliziário, vencedor da categoria pelo júri das associações e pelo voto popular em Cachoeira

Além disso, WR Discos e Ymburana receberam um prêmio em dinheiro concedido pelo Instituto Flávia Abubakir, no valor de R$ 50 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Os demais vencedores escolhidos pelos júris oficiais das competitivas Nacional e Baiana ganharam prêmios em serviços oferecidos pelas empresas Mistika, Naymovie, Griot e MD Filmes, além do troféu do Panorama Internacional Coisa de Cinema.

O Júri Oficial deste ano foi formado por: Ana Souza, Érico Rassi e Wilson Rabelo na Competitiva Nacional; Émilie B. Guérette, Flávia Cândida e Lucas Coelho na Competitiva Baiana; e Carlos Roberto, Enoe Lopes e Rubian Melo na Competitiva Internacional. O Júri Associações contou com: Natan Fox, da APAN, Associação de Profissionais do Audiovisual Negro, Priscilla Andreata, da APC Bahia, Associação de Produtores e Cineastas da Bahia e Rogério Cathalá, da AUTORAIS, Associação de Autores Roteiristas da Bahia na Competitiva Baiana; e Carol Tanajura, da BRADA, Juliane Almeida, da API, Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro e Leonardo Silva, da GAMA, Associação de Empresas de Games e Animação na Competitiva Nacional

No Prêmio Canal Brasil de Curtas, entregue pela primeira vez no Panorama, o júri, composto por Amanda Aouad Almeida, Bianca Moreira Silva Carneiro e Roberto Harfush Midlej, escolheu o filme cearense Fenda, de Lis Paim, com Edvana Carvalho, Noélia Montanhas e Monique Cardoso no elenco. A produção recebeu o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil, além de ir para a grade do canal, que exibe curtas-metragens diariamente em sua programação.

Conheça os vencedores do XX Panorama Internacional Coisa de Cinema:

COMPETITIVA NACIONAL | LONGA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL

Melhor Filme: Mambembe, de Fabio Meira (GO)
Melhor Direção: Milena Times, por Ainda Não é Amanhã
Melhor Roteiro: O Deserto de Akin, escrito por Bernard Lessa
Melhor Atuação: Mayara Santos, por Ainda Não é Amanhã
Melhor Fotografia: O Silêncio das Ostras, por Petrus Cariry
Melhor Direção de Arte: O Silêncio das Ostras, por Juliana Lobo
Melhor Montagem: Mambembe, por Affonso Uchoa, Fabio Meira e Juliano Castro
Melhor Som: A Queda do Céu, por Marcos Lopes

COMPETITIVA NACIONAL | CURTA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL

Melhor Filme: Como Nasce um Rio, de Luma Flôres (BA)

COMPETITIVA BAIANA | JÚRI OFICIAL

Melhor longa: WR Discos: Uma Invenção Musical, de Nuno Penna e Maira Cristina
Melhor curta: Ymburana, de Mamirawá
Melhor Direção: DF Fiuza, por Palavra
Melhor Roteiro: Quem é Essa Mulher?, escrito por Mariana Jaspe e Muriel Alves
Melhor Fotografia: Na Volta eu te Encontro, por Gabriel Teixeira
Melhor Atuação: Gilson Ferreira e Durval Braga, por O Amor Não Cabe na Sala
Melhor Montagem: Catadoras, por Igor Caiê Amaral
Melhor Direção de Arte: Meu Pai e a Praia, por Alice Braz
Melhor Som: Na Volta eu te Encontro, por Dudoo Caribe e Danilo Duarte

COMPETITIVA INTERNACIONAL

Melhor Longa: Caminhando no Escuro (Marching in the Dark), de Kinshuk Surjan (Índia/Holanda/Bélgica)
Melhor Curta: Sal Marinho (Sea Salt), de Leila Basma (Líbano/Qatar)

COMPETITIVA NACIONAL | JÚRI JOVEM

Melhor longa: Ainda Não é Amanhã, de Milena Times (PE)
Melhor curta: Vollúpya, de Eri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)

COMPETITIVA BAIANA | JÚRI JOVEM

Melhor longa: Catadoras, de Dayse Porto 
Melhor curta: Bárbara, de Vilma Carlas Martins 

OUTROS PRÊMIOS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Fenda, de Lis Paim (CE)

JÚRI DAS ASSOCIAÇÕES | APAN, APC, AUTORAIS | COMPETITIVA NACIONAL
Melhor longa: O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG)
Melhor curta: Como Nasce um Rio, de Luma Flôres (BA)

JÚRI DAS ASSOCIAÇÕES | APAN, APC, AUTORAIS | COMPETITIVA BAIANA
Melhor longa: Quem é essa Mulher?, de Mariana Jaspe 
Melhor curta: Tigrezza, de Vinicius Eliziário 

JÚRI POPULAR CACHOEIRA
Melhor Longa Baiano: Quem é essa Mulher?, de Mariana Jaspe 
Melhor Curta Baiano: Tigrezza, de Vinicius Eliziário 

PRÊMIO IGUALE | PanLab de Montagem
Ama Mba’é Taba Ama, montado por Maurizio Morelli e dirigido por Gal Solaris e Nádia Akawã Tupinambá: ganhou recurso de acessibilidade (legendagem descritiva ou Libras)

PRÊMIO ATELIER RURAL | PanLab de Montagem
Ópera dos Sapos, montado por Daniel Correia e Higor Gomes, e dirigido por Ulisses Arthur Bomfim Macedo: ganhou uma semana de pós-produção com hospedagem no local

PRÊMIO PARADISO MULTIPLICA | PanLab de Roteiro
O longa Colmeias, de Bruna Laboissière, e os curtas Dois Reais e um Sonho, de Isadora Lis, e Pra Quando Ela Chegar, de Antonio Victor Simas: ganharam uma consultoria pela Rede Paradiso Multiplica de Talentos

PRÊMIO AEXIB | Seminário de Exibição
O Último Azul, de Gabriel Mascaro: exibição garantida em pelo menos 40 salas de cinema

PRÊMIO PROJETO PARADISO
O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel: ganhou R$ 10 mil para investimento em distribuição

Foto: Patricia Almeida.

1º Festival de Cinema Europeu Imovision exibirá 14 produções inéditas

por: Cinevitor
Noémie Merlant em Emanuelle, de Audrey Diwan

A primeira edição do Festival de Cinema Europeu Imovision, apresentado pela distribuidora que já lançou no país mais de 600 títulos e se consolidou como uma forte defensora da diversidade e profundidade da cinematografia internacional, acontecerá entre os dias 24 e 30 de abril em diversas cidades.

O evento exibirá 14 produções inéditas e prestigiadas nos principais festivais internacionais, com títulos da Alemanha, França, Grécia, Islândia, Itália, Noruega, Suíça e Ucrânia. Para aumentar ainda mais a imersão do público, a Imovision confirmou sessões especiais com a presença de alguns dos realizadores. A programação com cidades, salas e horários do festival será divulgada em breve.

Entre os filmes, vale destacar o vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano: Dreams (Drømmer), do norueguês Dag Johan Haugerud. Um drama sobre amadurecimento e descobertas sexuais que faz parte da premiada trilogia Sex, Love & Dreams. Filme de abertura do Festival de San Sebastián do ano passado, Emanuelle, dirigido pela francesa Audrey Diwan, é uma releitura do clássico erótico de 1974 e traz um elenco de peso, que inclui Noémie Merlant, Naomi Watts, Will Sharpe e Jamie Campbell Bower. Em 2021, Diwan foi premiada com o Leão de Ouro no Festival de Veneza pelo filme O Acontecimento.  

Conhecido por títulos de sucesso como Corra, Lola, Corra e Perfume: A História de um Assassino, o alemão Tom Tykwer apresenta A Luz (Das Licht), que terá sua segunda exibição mundial no Festival de Cinema Europeu Imovision, após sua estreia no Festival de Berlim deste ano. Representando a Grécia, Síndrome da Apatia (Quiet Life), vencedor do Prêmio Interfilm no Festival de Veneza, é dirigido por Alexandros Avranas, cineasta premiado por Miss Violence.

O cinema italiano marca presença no festival com Ópera!: Canção para um Eclipse (The Opera!), de Paolo Gep Cucco e Davide Livermore, uma versão moderna do mito de Orfeu e Eurídice com figurino assinado por Dolce & Gabbana e participações de Rossy de Palma e Vincent Cassel no elenco. Outro representante da Itália é Em Qualquer Lugar, A Qualquer Hora (Anywhere Anytime), drama social de Milad Tangshir, exibido em Toronto e Veneza, que homenageia o clássico Ladrões de Bicicleta, de Vittorio De Sica.

Vincent Lindon em Brincando com Fogo: melhor ator em Veneza

Em tributo ao icônico Charles Aznavour, Monsieur Aznavour, indicado em quatro categorias no César, é um drama biográfico dirigido por Mehdi Idir e Grand Corps Malade, com Tahar Rahim no papel principal. Também da França, Entre Nós, o Amor (Une vie rêvée), dirigido por Morgan Simon, é um drama familiar estrelado por Valeria Bruni-Tedeschi e Félix Lefebvre. Outro drama francês que integra a seleção do Festival de Cinema Europeu Imovision é Brincando com Fogo (Jouer avec le feu), dirigido pelas irmãs Delphine e Muriel Coulin e estrelado por Vincent Lindon, que lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Festival de Veneza do ano passado.

A Suíça está representada no festival com Misty: A História de Errol Garner (Misty: The Erroll Garner Story), uma cinebiografia sobre a lenda do jazz, dirigida por Georges Gachot, de Onde Está Você, João Gilberto?. Já a Alemanha traz A Arte do Caos (Verbrannte Erde), suspense noir de Thomas Arslan, selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim.

Selecionado para o Festival de Toronto, o ucraniano Você é o Universo (U Are the Universe), de Pavlo Ostrikov, aborda uma história de amor ambientada no fim da humanidade. O cinema islandês marca presença no evento com Quando a Luz Arrebenta (Ljósbrot), de Rúnar Rúnarsson, um drama sobre luto que foi exibido na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes no ano passado. Encerrando a lista, vem O Último Moicano (Le Mohican), de Frédéric Farrucci, um thriller sobre resistência estrelado por Alexis Manenti e selecionado para Veneza.

A abertura oficial do Festival de Cinema Europeu Imovision acontecerá no dia 23 de abril, em Niterói, com uma noite de gala no Reserva Cultural, complexo cultural à beira-mar projetado por Oscar Niemeyer.

Fotos: Divulgação/Imovision.

Festival Curta Cinema 2025: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Recife Tem um Coração, de Rodrigo Sena: em competição

Foram anunciados nesta quinta-feira, 03/04, os filmes selecionados para a 34ª edição do Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, que acontecerá entre os dias 23 e 30 de abril no Estação NET Botafogo e NET Rio com entrada gratuita, além de aulas com cineastas no Instituto Cervantes.

Neste ano, serão exibidos 158 títulos na programação. A seleção conta com curtas de 25 países e foca no melhor do cinema independente e experimental produzido pelo mundo nos últimos oito meses. Entre as obras, estão filmes inéditos no Brasil e consagrados em grandes festivais europeus como Roterdã, Berlim, Oberhausen e Visions du Réel. Além disso, o número de inscrições bateu recorde: foram cerca de 4.600 produções de mais de 160 países

Neste ano, a grande novidade é a Mostra Primeiros Quadros, que será competitiva pela primeira vez. Dedicada aos primeiros filmes de jovens realizadores, contará com um júri exclusivo. As tradicionais mostras competitivas Nacional e Internacional continuam na programação com um panorama dos filmes mais significativos da temporada, muitos já consagrados ao redor do mundo e outros totalmente inéditos. Os dois grandes prêmios destas mostras qualificam os curtas vencedores a concorrerem a uma vaga na categoria de melhor curta-metragem do Oscar.

Além dos programas competitivos, o festival retoma seus panoramas que dão destaque às produções brasileiras e latino-americanas: Panorama Carioca, Panorama Brasil e Panorama Latino. Também continuam: as mostras Interzona, com filmes nacionais de terror e de ficção científica; Memória Revelação, que traz curtas documentais focados na preservação e no resgate da memória cultural brasileira; e Infantojuvenil, com produções do gênero e dedicada a alunos da rede pública de ensino no Rio de Janeiro. O festival ainda oferece uma masterclass de Direção com Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata em Berlim com O Último Azul, e uma Oficina de Documentário com o cineasta Victor Lopes.

A seleção foi feita pela turma de curadores do festival: Gustavo Duarte, Júlia Couto, Ailton Franco Jr., Marina Pessanha, Lucas Murari, Cris Giustino, Duda Leite, Sérgio Alpendre, Rossine Freitas, Laís Ribeiro, Luana Pachoal, Carolina Alves e Yasmine Evaristo, sob coordenação de Paulo Roberto Jr.

Conheça os filmes selecionados para o 34º Curta Cinema:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL

Animais Noturnos, de Indigo Braga e Paulo Abrão (RJ)
Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho (SP)
Atentado ao Monegasco, de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud (RJ)
Boca Dura, de Alexandre Dal Farra (SP)
Bons Vizinhos, de Cesar Nery e André Hayato Saito (SP)
E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
Enxofre, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes (RJ)
Esconde Esconde, de Vitória Vasconcellos (PE)
Estrela Brava, de Jorge Polo (RJ)
Fale a Ela o que me Aconteceu, de Pethrus Tibúrcio (PE)
Festa Infinita, de Ander Beça (PE)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda (PE)
Inflamável, de Rafael Ribeiro Gontijo (DF)
Javyju: Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (SP)
Kabuki, de Tiago Minamisawa (SC/SP)
Mãe da Manhã, de Clara Trevisan (RS)
Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
Maremoto, de Cristina Lima e Juliana Bezerra (RN)
Menos do que a Gente quer Levar, de Matheus Parizi (SP)
Moti, de André Okuma (SP)
O Amor Não Cabe na Sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira (BA)
O Primo Holandês, de Nuno Lindoso (AL)
Punhal, de Clementino Junior (RJ)
Recife Tem um Coração, de Rodrigo Sena (PE)
Ri, Bola, de Diego Bauer (AM)
Rixa, de FeGus (SP)
Santo Graal, de Giselle Gonçalves e João Oliveira (PE)
Silvio Modesto, Confidências de um Sambista, de Lucas Fazzio (SP)
Stella do Patrocínio e a Gênese da Poesia, de Milena Manfredini (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA PRIMEIROS QUADROS

A Dita Filha de Claudia Wonder, de Wallie Ruy (SP)
À Flor da Pele, de Danielle Villanova (RJ)
A Rede, de Beatriz Lima (RJ)
Amores de Bernardo, de Lucas Saadallah (RJ)
Ao Eu Passado, A Mim Presente, de Erica Dafon (SP)
CheckMates, de Cler Reizale (SP)
Depois do Fim, de Pedro Maciel (SP)
Do Coração, de Gabriel Possignolo e Eduardo Wilborn (RS)
É Fundamental Te Ter por Perto, de Mia Lima Rocha (RJ)
Gigóia: Desbravando um Legado, de Pedro Patrício (RJ)
Mania, de Malu Alves (SP)
Mexeu Comigo, de Joao Hiago Oliveira, Danilo Rodrigues e Sara Maylyne (PE)
Nosso Tipo Inesquecível, de Victor Stoll (SP)
O Agiota, de Gustav von Fürstenberg (SP)
O Colecionador de Cheiros de Nucas Femininas, de Natalia Damião e Ana Clara Vidal de Negreiros (PB)
Quem Ficou Fui Eu, de Maria Garé e Luiza Pace (SP)

MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL

400 Cassettes, de Thelyia Petraki (Grécia)
A Dónde Van Los Pájaros Cuando Llueve, de Juan Sebastian Sisa Archila (Colômbia)
A River Stifled, de Jingwei BU (China)
Anngeerdardardor, de Christoffer Rizvanovic Stenbakken (Groenlândia/Dinamarca)
Collection Title: Turtle, de Ehsan Majouni (Irã)
CompraVenta, de Tomás Murphy (Argentina)
Debris, de Xifeng (China)
Dieci Secondi, de Roberta Palmieri (Itália)
Droomadom, de Luzia Johow (Áustria)
Free Ride in C, de Edmunds Jansons (Letônia)
Green Gray Black Brown, de Yuyan Wang (China/França/Coreia do Sul)
Inflatable Bear, Hourly, de Elisabeth Werchosin (Alemanha)
It’s Easier To Dream of Her Alive, de Anne Thieme (Alemanha)
James, de Andrés Rodríguez (Guatemala/México)
Kavalyé O Dam, de Sacha Teboul (França)
Los Carpinchos, de Alfredo Soderguit (França/Uruguai)
Manal Issa, 2024, de Elisabeth Subrin (EUA)
Maze of Joy, de Liam LoPinto (México)
Mercenaire, de Pier-Philippe Chevigny (Canadá)
Mother’s Child, de Naomi Noir (Holanda)
Pack Rat, de Lucy Suess (Nova Zelândia)
Past The Hill of Napoleon’s Hat, de Arnas Balčiūnas (Lituânia)
Proplakat će kiša, de Damir Čučić (Croácia) 
Razeh-del, de Maryam Tafakory (Irã)
Sunny 16: Helsinki, de Eve Le Fessant Coussonneau (França)
T-ZERO, de Vicente Nirō (Portugal)
The Mould, de Mohammad Reza Nourmandipour (Irã)
The Poison Cat, de Tian Guan (China)
Things Hidden Since the Foundation of The World, de Kevin Walker e Irene Zahariadis (EUA)
Through Your Eyes, de Nelson Yeo (Singapura)
Vox Humana, de Don Josephus Raphael Eblahan (Filipinas)
Wassupkaylee, de Pepi Ginsberg (França)

PANORAMA BRASIL

A Menina e o Pote, de Valentina Homem e Tati Bond (PE)
A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio, de Silvino Mendonça (DF)
Absorta, de Luiza Pugliesi Villaça (SP)
Amarela, de André Hayato Saito (SP)
Baile da Curva, de Bruno Autran (SP)
Casulo, de Aline Flores (SP)
Cavalo Marinho, de Leo Tabosa (PE)
Eletricidade, de Gustavo de Carvalho (SP)
Entre Corpos, de Mayra Costa Pires (AL)
Entrega, de Luiz Azambuja e Pedro Presser (RS)
Eu Sou um Pastor Alemão, de Angelo Defanti (RJ)
Noite Neon, de Pedro Estrada e Claryssa Almeida (MG)
O Céu Não Sabe Meu Nome, de Carol AÓ (BA)
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG)
O Nome da Vida, de Amanda Pomar (MG)
Osmo, de Allison Machado (DF)
Posso Contar nos Dedos, de Victória Kaminski (RS)
Procura-se uma Rosa, de Júlia Moraes (RJ)
Zoya, de Larissa Dardania (RJ)

PANORAMA CARIOCA

Chá, de Shay Esterian
Doença é Vida, de Rogério Cavalcante de Castro 
Ed. Poesia, de João Müller Moura
Em Branco, de João Maia Peixoto
Ilha do Sol, de Daniela Moreira
Linda do Rosário, de Vladimir Seixas
Mandinga de Gorila, de Luzé e Juliana Gonçalves
Nossa Querida Jabebiracica, de Elder Gomes Barbosa
O Cruzamento, de Marcos Arzua
Pavilhão, de Victoria Fiore
Rita Longe do Chão, de Bernardo Tavares e Silva Costa
Viventes, de Fabrício Basílio

PANORAMA LATINO

¡salsa!, de Antonina Kerguelén Román (Colômbia)
Babilônia, de Duda Gambogi (Cuba)
Chibo, de Gabriela Poester e Henrique Lahude (Brasil/Argentina)
Crisantemo, de Kane Kwik e Yuri Masotoko (Brasil/México)
El Recuerdo de Los Últimos, de Simone Cardona (Colômbia)
La Voluntad de Los Cuerpos Ciegos, de Diego Morán Vera (Argentina)
Marahoro, de Sofía Rodríguez Pizero (Chile)
Memory of a Displaced body, de Mariana Mendivil (México)
Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (Brasil)
Mukunã: Aprendiz de Pajé, de Rodrigo Sena (Brasil)
Nido de Cocodrilo, de Jazmin Rojas Forero (Colômbia/Alemanha)
Resonancia, de James Choi (México)
Será Inmortal Quien Merezca Serlo, de Nay Mendl (Brasil/Cuba)
Todo Lo Demás se Borra, de Julia Cohen Ribeiro e Sofian Lanaro (Argentina)
Un día de mayo, de Camilo Escobar Henao (Colômbia)
Vípuxovoku: Aldeia, de Dannon Lacerda (Brasil)

MOSTRA INTERZONA

Ataques Psicotrônicos, de Calebe Lopes (BA)
Benedita, de Lane Lopes e Cadu Azevedo (RJ)
Cordão de Prata, de Getúlio Ribeiro (RJ)
Esta Noite Minha Alma Partirá, de Igor Vasco (SP)
Hellhound, de Lincoln Barela (PR)
Mímicos, de Felipe Pitta e Bruno Pires (PR)
Siso, de Bartholomeu Ceccim (RS)
Transmutação, de Natan Ribeiro da Silva (SP)

MOSTRA MEMÓRIA REVELAÇÃO

Antônio e Manuel, de Zeca Ferreira (RJ)
Confluências, de Dácia Ibiapina (DF)
Congá, de Daniel Pires (SP)
Helio Melo, de Leticia Rheingantz (SP)
O Canto de Acauã, de Jaya Pereira (RN)
Praça Amazonas, de Ramiro Quaresma (PA)
Sombras de Magia na Luz da Memória, de Felipe Santana (RJ)
Verde, de Bruna Schelb Corrêa e Luis Bocchino (MG)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

A Festa, de Mônica Moura (SP)
A Viagem de Tetê, de Betânia Furtado (RJ)
Home Sweet Home, de Eliane Posadas, Helena Gomes, Sophia Lopes e Vanessa Kimura (SP)
Mecha Meraki, de Babi Astolfi (SP)
Os Quase Adultos, de Rafaella Buzzi (RJ)
Para Onde Vão os Animais, de Rogério Borges (SP)
PiOinc, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto (DF)
Pitica e o Sanduíche Perfeito, de Babi Astolfi (SP)
Pororoca, de Francisco Franco e Fernanda Roque (MG)
Receita de Vó, de Carlon Hardt (PR)
Yby Katu, de Kaylany Cordeiro, Jessé Carlos, Ladivan Soares, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)

NOITE DE ABERTURA

A Última Tentativa de um Cineasta Antes de se Tornar um Batedor de Carteiras, de Gabriel Troncoso Neves (SP)
Gazela, de Evandro Manchini (RJ)
Jupiter, de Carlos Segundo (Brasil/França)
Tempos da Maré, de Cavi Borges (RJ)
Zizi, ou Oração da Jaca Fabulosa, de Felipe M. Bragança (RJ)

Foto: Wallace Santos.

Prêmio ABC 2025: Associação Brasileira de Cinematografia anuncia finalistas

por: Cinevitor
Paloma Pitt em Filhas da Noite, de Henrique Arruda e Sylara Silvério

A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.

Hoje são mais de 450 associados e uma série de atividades realizadas, como um fórum exclusivo para associados, Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC, entre outras. A ABC ainda atua na área do direito autoral, seguindo a tendência de reconhecimento dos direitos legais de coautoria nas obras audiovisuais nos moldes que já vêm ocorrendo em alguns países europeus. Aperfeiçoando-se no dia a dia da convivência entre os colegas, a Associação, hoje a maior do gênero no país, planeja um crescimento orgânico, com ênfase na qualidade dos seus quadros, para proporcionar uma melhor qualificação técnica, artística e ética para os profissionais da produção audiovisual brasileira.

O Prêmio ABC de Cinematografia, que encerra a programação da Semana ABC, teve sua primeira edição em 2001. Os vencedores deste ano serão anunciados no sábado, 17/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Leandra Leal.

Os finalistas desta edição foram selecionados por comissões formadas por profissionais das categorias concorrentes. A próxima etapa, que acontecerá entre os dias 01 e 10 de maio, contará com a votação das sócias e dos sócios da ABC, das categorias efetiva, ativa, aspirante, emérita e professora, que selecionarão os trabalhos vencedores de cada categoria. A única exceção é a categoria para filme estudantil, na qual os trabalhos finalistas e o vencedor são selecionados pela diretoria da ABC.

Conheça os finalistas ao Prêmio ABC 2025:

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Ainda Estou Aqui, por Adrian Teijido
Baby, por Joana Luz e Pedro Sotero
Continente, por Luciana Baseggio
Levante, por Wilssa Esser
O Barulho da Noite, por Fabricio Tadeu
Oeste Outra Vez, por André Carvalheira
Retrato de um Certo Oriente, por Pierre de Kerchove

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
171, por João Atala
A Queda do Céu, por Eryk Rocha e Bernard Machado
Corpo Presente, por Vagner Jabour
Filhas da Noite, por Sylara Silvério
Salão de Baile, por Suelen Menezes e Paula Monte 

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
A Mulher que Chora, por Isabelle Bittencourt
Baby, por Thales Junqueira
Malu, por Elsa Romero 
Motel Destino, por Marcos Pedroso
Oeste Outra Vez, por Carol Tanajura 

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Baby, por Fabian Remy
Estômago 2: O Poderoso Chef, por Luca Alverdi, Marcos Jorge e Sérgio Pedro 
Grande Sertão, por Fábio Jordão
Oeste Outra Vez, por Leopoldo Nakata e Erico Rassi
Retrato de um Certo Oriente, por Karen Harley

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Queda do Céu, por Renato Valone
Dorival Caymmi: Um Homem de Afetos, por Jordana Berg
Morcego Negro, por Léa Van Steen
Ouvidor, por Oswaldo Santana
Verissimo, por Eduardo Aquino 

MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Betânia, por Raoni Gruber
Kasa Branca, por Fernando Aranha e Bernardo Adeodato
Meu Casulo de Drywall, por Fred França
Retrato de um Certo Oriente, por Moabe Filho, Pedrinho Moreira, Giacomo Vitiello e Antonio Casparriello
Silvio, por Marcelo Raposo

MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Queda do Céu, por Marcos Lopes
Anhangabaú, por Gustavo Foppa
Apocalipse nos Trópicos, por Olivier Goinard
Ouvidor, por Matias Borgström e Lana Scott
Terra de Ciganos, por Olivia Hernández Fernández, Pedro Martins e Daniel Souza

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM
Amarela, por Hélcio Alemão Nagamine
Até o Caroço, por Maria Navarro
Chrysalis
Pedro, por Luiz Maximiano
Redenção

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV
Cidade de Deus: A Luta Não Para (episódio 1, temporada 1), por Cristiano Conceição
Cidade de Deus: A Luta Não Para (episódio 5, temporada 1), por Cristiano Conceição
Os Outros (episódio 3, temporada 2), por Henrique Vale
Sutura (episódio 8, temporada 1), por Julia Equi e Eduardo Piagge
Senna (episódio 3, temporada 1), por Azul Serra e Kauê Zilli 

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV
Carniceiros (episódio 5, temporada 1), por Carol Tanajura
Desejos S.A. (episódio 2, temporada 1), por Daniel Flaksman e Thais Almeida Prado
Luz (episódio 1, temporada 1), por Marghe Pennacchi e Mariana Falvo
Os Quatro das Candelária (episódio 1, temporada 1), por Tiago Marques Teixeira 
Senna (episódio 2, temporada 1), por Frederico Pinto

MELHOR SOM | SÉRIE DE TV
Bob Burnquist: A Lenda do Skate (episódio 1, temporada 1)
Cidade de Deus: A Luta Não Para (episódio 1, temporada 1)
Impuros (episódio 10, temporada 5)
Um Dia Qualquer (episódio 3, temporada 2)
Vidas Bandidas (episódio 1, temporada 1)

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE
Acrônico, de Jean Tassy; por Daniel Klajmic
Bêbada Favorita, de Luísa Sonza, Maiara & Maraisa; por Riva
Esperança, de Criolo, Dino D’Santiago e Amaro Freitas; por Luiz Maximiano
La Noche/Inofensiva/Jejum, de Yago Oproprio; por Juliano Lopes
Meu Karma, de Jovem MK; por Lucas Oliveira

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO
High Tommy Jeans
Malbec: Beyond The Ilusion
Sprite Limelight: Xamã
Tormenta: O Boticário
Vivo

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL
(serão divulgados até 4 de abril)

Foto: Sylara Silvério/Filmes de Marte.