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Globo de Ouro 2022: conheça os indicados

por: Cinevitor
Benedict Cumberbatch em Ataque dos Cães, de Jane Campion.

Foram revelados na manhã desta segunda-feira, 13/12, os indicados ao 79º Globo de Ouro, um dos prêmios mais conhecidos do cinema e da TV. O anúncio foi realizado virtualmente pelo rapper americano Snoop Dogg e pela presidente da HFPA, Hollywood Foreign Press Association, Helen Hoehne.

Neste ano, os longas Ataque dos Cães, de Jane Campion, e Belfast, de Kenneth Branagh, lideram a lista com sete indicações cada. Filmes de Denis Villeneuve, Steven Spielberg, Paul Thomas Anderson, Maggie Gyllenhaal, entre outros, também estão na disputa. Além disso, mais de 80 longas, de diversos países, foram considerados elegíveis para a categoria de melhor filme estrangeiro; o Brasil estava representado com Deserto Particular, de Aly Muritiba.

No começo deste ano, a premiação enfrentou polêmicas envolvendo acusações de corrupção entre os votantes. E mais: a emissora americana NBC anunciou que não transmitiria mais a próxima cerimônia do Globo de Ouro por conta da falta de representatividade entre os membros da HFPA; o boicote também foi adotado por outros grandes nomes da indústria. Depois disso, os membros aprovaram um novo Código de Conduta Profissional e Ética estabelecendo os valores, expectativas e padrões da Hollywood Foreign Press Association.

Nos últimos oito meses, a HFPA reformulou completamente seu estatuto, implementando mudanças radicais sobre diversidade, equidade, inclusão e muito mais. Recentemente, 21 novos membros, todos eleitores pela primeira vez no Globo de Ouro, foram anunciados. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 9 de janeiro de 2022.

Conheça os indicados ao Globo de Ouro 2022 nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | DRAMA
Ataque dos Cães, de Jane Campion
Belfast, de Kenneth Branagh
Duna, de Denis Villeneuve
King Richard: Criando Campeãs, de Reinaldo Marcus Green
No Ritmo do Coração, de Sian Heder

MELHOR FILME | COMÉDIA/MUSICAL
Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg
Cyrano, de Joe Wright
Licorice Pizza, de Paul Thomas Anderson
Não Olhe para Cima, de Adam McKay
tick, tick… Boom!, de Lin-Manuel Miranda

MELHOR ATOR | DRAMA
Benedict Cumberbatch, por Ataque dos Cães
Denzel Washington, por The Tragedy of Macbeth
Javier Bardem, por Being the Ricardos
Mahershala Ali, por Swan Song
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ | DRAMA
Jessica Chastain, por Os Olhos de Tammy Faye
Kristen Stewart, por Spencer
Lady Gaga, por Casa Gucci
Nicole Kidman, por Being the Ricardos
Olivia Colman, por A Filha Perdida

MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL
Andrew Garfield, por tick, tick… Boom!
Anthony Ramos, por Em um Bairro de Nova York
Cooper Hoffman, por Licorice Pizza
Leonardo DiCaprio, por Não Olhe para Cima
Peter Dinklage, por Cyrano

MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL
Alana Haim, por Licorice Pizza
Emma Stone, por Cruella
Jennifer Lawrence, por Não Olhe para Cima
Marion Cotillard, por Annette
Rachel Zegler, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ben Affleck, por The Tender Bar
Ciarán Hinds, por Belfast
Jamie Dornan, por Belfast
Kodi Smit-McPhee, por Ataque dos Cães
Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor
Aunjanue Ellis, por King Richard: Criando Campeãs
Caitriona Balfe, por Belfast
Kirsten Dunst, por Ataque dos Cães
Ruth Negga, por Identidade

MELHOR DIREÇÃO
Denis Villeneuve, por Duna
Jane Campion, por Ataque dos Cães
Kenneth Branagh, por Belfast
Maggie Gyllenhaal, por A Filha Perdida
Steven Spielberg, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ROTEIRO
Ataque dos Cães, escrito por Jane Campion
Being the Ricardos, escrito por Aaron Sorkin
Belfast, escrito por Kenneth Branagh
Licorice Pizza, escrito por Paul Thomas Anderson
Não Olhe para Cima, escrito por Adam McKay

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino (Itália)
Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen (Finlândia)
Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi (Japão)
Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar (Espanha)
Um Herói, de Asghar Farhadi (Irã)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto, de Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro Smith
Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
Luca, de Enrico Casarosa
My Sunny Maad, de Michaela Pavlátová
Raya e o Último Dragão, de Don Hall, Carlos López Estrada e Paul Briggs

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
A Crônica Francesa, por Alexandre Desplat
Ataque dos Cães, por Jonny Greenwood
Duna, por Hans Zimmer
Encanto, por Germaine Franco
Madres Paralelas, por Alberto Iglesias

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Be Alive, por Beyoncé Knowles-Carter e Dixson (King Richard: Criando Campeãs)
Dos Oruguitas, por Sebastián Yatra (Encanto)
Down to Joy, por Van Morrison (Belfast)
Here I Am (Singing My Way Home), por Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson e Carole King (Respect: A História de Aretha Franklin)
No Time to Die, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo para Morrer)

Foto: Divulgação/Netflix.

A Felicidade das Coisas: Thais Fujinaga fala sobre o filme exibido no 16º Fest Aruanda

por: Cinevitor
A diretora durante a apresentação do filme.

Escrito e dirigido por Thais Fujinaga, A Felicidade das Coisas, seu primeiro longa-metragem como diretora, começou sua carreira no Festival Internacional de Cinema de Roterdã deste ano. Depois disso, foi premiado na Mostra de São Paulo, Mostra de Cinema de Gostoso e Panorama Internacional Coisa de Cinema.

Nesta sexta-feira, 10/12, o filme abriu a mostra competitiva nacional de longas-metragens da 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa. No palco do evento, Thais disse: “É um prazer imenso estar aqui hoje. É a quarta sessão presencial do filme. É uma honra mesmo participar deste festival que tem uma parceria com uma universidade pública. Acho que todo evento cultural, nos tempos de hoje, é um ato de resistência. Essa parceria é sobre continuar pensando em um futuro melhor”.

Na trama, Paula, de 40 anos, está esperando o terceiro filho enquanto passa o tempo entre uma praia feia e uma recém-adquirida e modesta casa de veraneio, no litoral paulista, onde pretende construir uma piscina para os filhos. Quando seus planos se desfazem por conta de problemas financeiros, ela se torna cada vez mais sufocada pelo peso das responsabilidades. Deixada sozinha pelo marido e lidando com as constantes demandas do filho adolescente, que está conhecendo um novo mundo, Paula precisa confrontar suas próprias expectativas e frustrações, o que nos revela uma associação profunda entre amor e perda.

Produzido pela Filmes de Plástico, com distribuição da Embaúba Filmes, o elenco conta com Patricia Saravy, Magali Biff, Messias Barros Góis e Lavínia Castelari. A fotografia é assinada por André Luiz de Luiz e a montagem por Alexandre Taira. Rubén Valdés, Vitor Moraes e Gustavo Nascimento assinam o desenho de som; a música é de Dudinha Lima e o design de produção de Dicezar Leandro.

Para falar mais sobre A Felicidade das Coisas, conversamos com a diretora no dia seguinte à exibição. No bate-papo, ela falou sobre a trajetória do filme em festivais, exibição presencial, preparação e entrosamento do elenco, bastidores, montagem e expectativa para o lançamento.

Aperte o play e confira:

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Fotos: Mano de Carvalho.

42º Festival de Havana: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
Cassia Gil em Pacificado: prêmio de melhor atriz.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 10/12, os vencedores da 42ª edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, realizado pelo ICAIC (Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos).

O festival, que acontece desde 1979, surgiu com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.

Neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, o evento foi realizado em duas etapas: no ano passado com filmes exibidos fora de competição; e em dezembro deste ano com as produções selecionadas para as mostras competitivas em sessões presenciais em Havana, Cuba.

Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, ou Premios Coral no original, são divididos em categorias: ficção, documentário e animação. O cinema brasileiro, que marcou presença com diversos títulos, ganhou destaque na premiação. Pacificado, dirigido por Paxton Winters e produzido por Darren Aronofsky, Paula Linhares, Lisa Muskat e Marcos Tellechea, foi consagrado em três categorias, entre elas, melhor longa-metragem de ficção. A história se passa no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, na época dos Jogos Olímpicos, em 2016, enquanto as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocupam os morros para manter o controle durante o evento.

Tati, interpretada por Cassia Gil, é uma garota introvertida de 13 anos, que mantém uma relação problemática com a mãe dependente de drogas, papel de Débora Nascimento, e sonha em conhecer seu pai, Jaca, ex-chefe do tráfico local, vivido por Bukassa Kabengele, que está prestes a sair da prisão. Ao voltar para casa, Jaca sonha em começar uma nova vida, longe do tráfico. Quer encontrar um novo lugar para ele e sua família num morro agora comandado por Nelson, papel de José Loreto, um jovem traficante. Mas, encontrar a paz num mundo dominado pela violência não será tarefa fácil, pois a realidade se mostra mais dura do que ele imaginava.

O júri deste ano foi formado por: Gonzalo Maza, Carla Guimarães, Arturo Arango, Franco Lolli e Enrique Gabriel na mostra de ficção; Sofía Carrillo, Ivette Ávila e Tomás Pichardo na mostra de animação; Iana Cossoy Paro, Carlos Alberto Abbate e Joel del Río Fuentes para os filmes de estreia; Alvaro Buela, Belkis Vega e Lina C. Echeverri nos documentários; e Javier Corcuera, Inti Cordera e Magda González na mostra de curtas.

Conheça os vencedores da 42ª edição do Festival de Havana:

FICÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: Pacificado, de Paxton Winters (Brasil/EUA)
Prêmio Especial do Júri: Nova Ordem, de Michel Franco (México/França)
Melhor Atriz: Cassia Gil, por Pacificado
Melhor Ator: Fabrício Boliveira, por Breve Miragem de Sol
Melhor Direção: Paxton Winters, por Pacificado
Melhor Roteiro: Nova Ordem, escrito por Michel Franco
Melhor Fotografia: Selva Trágica, por Sofía Oggioni
Melhor Edição: Nova Ordem, por Oscar Figueroa Jara e Michel Franco
Melhor Som: Breve Miragem de Sol, por Edson Secco
Melhor Trilha Sonora Original: Selva Trágica, por Alejandro Otaola
Melhor Direção de Arte: Nova Ordem, por Claudio Ramírez Castelli

DOCUMENTÁRIO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: Antena da Raça, de Paloma Rocha e Luís Abramo (Brasil)
Prêmio Especial do Júri: Once Upon a Time in Venezuela (Érase una vez en Venezuela, Congo Mirador), de Anabel Rodríguez (Venezuela/Reino Unido/Áustria/Brasil)

CURTAS-METRAGENS | PRÊMIO CORAL

Melhor Curta-metragem | Ficção: El triste, de Manuel del Valle (México/EUA)
Prêmio Especial do Júri | Ficção: Las polacas, de Carlos Barba (EUA/Cuba)
Melhor Curta-metragem | Documentário: Los puros, de Carla Valdés León (Cuba)
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Carbón, de Davide Tisato (Suíça/França/Cuba)

PRIMEIRO FILME | PRÊMIO CORAL

Melhor Primeiro Filme: Sin señas particulares, de Fernanda Valadez (México/Espanha)
Prêmio Especial do Júri: Los conductos, de Camilo Restrepo (Colômbia/França/Brasil)
Prêmio Contribuição Artística: Cidade Pássaro, de Matias Mariani (Brasil/França)

ANIMAÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor longa: Homeless, de Jorge Campusano, José Ignacio Navarro e Santiago O´Ryan (Chile/Argentina)
Melhor curta: El Intronauta, de José Arboleda (Colômbia)
Prêmio Especial do Júri: Cucaracha, de Agustín Touriño (Argentina)

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Coral de pós-produção: La Caravana, de Núria Clavero e Aitor Palacios (Espanha/México)
Prêmio SIGNIS: La Verónica, de Leonardo Medel (Chile)
Prêmio FIPRESCI: La Verónica, de Leonardo Medel (Chile)
Júri da Universidad de Habana: Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria (Brasil/França)
Prêmio Caminos | Júri Centro Memorial Dr. Martin Luther King Jr.: Ana. Sem Título, de Lucia Murat (Brasil)

Foto: Divulgação.

A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky, abre o 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
Rita Wainer e Laís Bodanzky na abertura do festival.

A 16ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro começou nesta quinta-feira, 09/12, em João Pessoa, no Cinépolis do Manaíra Shopping. Em formato híbrido, o evento conta com sessões presenciais e exibições virtuais na plataforma Aruanda Play.

Além da presença de autoridades, a cerimônia de abertura foi marcada por diversas homenagens. O primeiro nome destacado foi o do maestro, regente e compositor paraibano José Siqueira (in memorian). Na sequência, o ator e escritor W. J. Solha, uma referência do cinema paraibano, também foi honrado.

Em comemoração aos 20 anos do premiado curta-metragem A Canga, dirigido por Marcus Vilar e protagonizado por W.J. Solha, a produção ganhou uma sessão especial na abertura com a presença do diretor e alguns integrantes da equipe, entre eles, a atriz Zezita Matos: “Eu estou com a sensação de estar exibindo o curta pela primeira vez. Ainda tenho uma força muito grande quando eu revejo esse filme. Aproveito para lançar aqui, em primeira mão, a ideia de fazer um longa-metragem de A Canga com o romance todo”, disse Vilar.

Depois do curta, foi a vez do longa de abertura: A Viagem de Pedro, da cineasta Laís Bodanzky, que apresentou o filme ao lado da atriz e artista plástica Rita Wainer: “É a primeira vez que estou no festival e é uma honra. Dezesseis anos depois que ele começou, fiquei fazendo a conta de como que eu não estive aqui antes. Que bom que agora deu certo e tenho um filme para justificar minha presença”, disse a diretora.

Ainda no palco, Laís comentou: “Estamos vivendo a retomada do presencial e a tomada de consciência que a cultura nos pertence; quem faz somos nós. O que é público, é nosso. Então, vamos cuidar, pois a cultura está sobrevivendo e o audiovisual também. É uma indústria que não pode parar. Eu fiquei muito feliz de ouvir que a produção da Paraíba está viajando o mundo. Eu acredito nisso. Nosso país é grande, até um pouco por conta desse personagem que vamos ver daqui a pouco, esse tal de Dom Pedro I e sua mania de grandeza. Se tem uma vantagem nisso é porque somos muitos com muitas histórias e nomes. Essa diversidade é a nossa grande beleza e nossa grande força. O audiovisual precisa colocar essa diversidade na tela”.

Protagonizado por Cauã Reymond, A Viagem de Pedro é o primeiro longa histórico da diretora dos premiados Bicho de Sete Cabeças e Como Nossos Pais. A produção, exibida na Mostra de São Paulo, aborda a vida privada de Dom Pedro I, responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época. O filme compreende o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.

Em cena: Cauã Reymond vive Dom Pedro I.

O elenco conta também com Luise Heyer, Francis Magee, Welket Bungué, Victória Guerra, Luísa Cruz, João Lagarto, Isac Graça, Isabél Zuaa, Celso Frateschi, Gustavo Machado, Luisa Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome e Sergio Laurentino. O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez foram os responsáveis pelo trabalho de reconstrução de época.

No dia seguinte à exibição, realizadores participaram de um debate que foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do festival. Sobre A Viagem de Pedro, Laís Bodanzky comentou: “Eu tinha a intenção de fazer uma viagem no tempo, como se a gente caísse naquele barco de repente, naquela noite. O que será que enxergaríamos? O filme não tinha a pretensão de contar todos os fatos históricos, mas simplesmente mergulhar em um recorte específico. Para isso, eu tinha que falar dos escravizados porque eram pessoas que viviam onde o próprio D. Pedro gostaria de estar. Mas de que forma ele gostava? Até onde?”.

A artista plástica Rita Wainer, que fez sua estreia como atriz no filme, falou sobre o convite: “Eu estava na dúvida se aceitava e logo me apaixonei pela Laís e pelo jeito que ela convence as pessoas. Depois disso, eu quis muito fazer. Quando eu aceitei eu já era a Domitila e queria fazer a Domitila que estava na cabeça dela”.

A historiadora Mary Del Priore também participou do debate e falou sobre o longa de abertura: “O que eu acho interessante no filme da Laís é que ela mostra essa diversidade de negros; livres e escravos. Ela mostra uma questão muito importante que é o letramento dessas pessoas. Eu achei o filme maravilhoso”.

A cineasta finalizou: “Estamos construindo e revisando nossa história. Escrevendo as próximas linhas dos livros ao vivo. De quatro anos para cá, o Brasil mudou em vários aspectos. E mudou em algo muito interessante, que é a tomada de consciência das pessoas pretas. O audiovisual talvez antecipe essa postura, esse questionamento, essa forma indignada. E não começou agora. Eu não sou uma pessoa preta, então, como falar e, ao mesmo tempo, sem impor o que é o meu imaginário? Para ter a consciência de como contar essa história, esse pé atrás foi importante. Como avançar? Com leituras, tanto contemporâneas ou históricas, buscando também registros da época”.

*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do 16º Fest Aruanda por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Mano de Carvalho (festival) e Fabio Braga (filme).

Festival Sundance de Cinema 2022: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Zélia Duncan e Bruna Linzmeyer no curta Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui.

A 44ª edição do Festival Sundance de Cinema, um dos eventos mais importantes do cinema independente, que acontecerá entre os dias 20 e 30 de janeiro de 2022, anunciou nesta quinta-feira, 09/12, sua seleção oficial. Por conta da pandemia de Covid-19, o festival será em formato híbrido: presencial e on-line.

Neste ano, foram inscritos 14.849 títulos, entre eles, 3.762 longas-metragens (1.652 dos Estados Unidos e 2.110 internacionais). Dos 82 longas selecionados, de 28 países, 42% são de cineastas estreantes.

O cinema brasileiro marca presença nesta edição com três títulos, entre eles: Marte Um, de Gabriel Martins, na Competição Internacional Drama de ficção. O filme retrata uma família negra de classe média baixa, que vive às margens de uma grande cidade brasileira após a decepcionante posse de um presidente de extrema direita. O elenco conta com Rejane Faria, Carlos Francisco, Camilla Damião e Cícero Lucas.

Outro destaque brasileiro é o curta-metragem Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet, com Zélia Duncan, Bruna Linzmeyer, Camila Rocha, Clarissa Ribeiro e Lorre Motta no elenco. Na trama, cansada da solidão, uma motoqueira de meia-idade decide participar de uma festa lésbica pela primeira vez. Lá, ela conhece quatro jovens queers que compartilham sua casa e afeto.

Na Competição Internacional de Documentário, destaque para The Territory, de Alex Pritz, uma coprodução entre Brasil, Dinamarca e Estados Unidos. O filme mostra o povo indígena Uru-eu-wau-wau, que viu sua população diminuir e sua cultura ser ameaçada desde que entrou em contato com não-índios brasileiros. Apesar da promessa de domínio sobre seu próprio território de floresta tropical, eles enfrentaram incursões ilegais de extração e mineração ambientalmente destrutivas e, mais recentemente, invasões de grilagem de terras estimuladas por políticos de direita como o presidente Jair Bolsonaro. Sem o apoio do governo em parar tal invasão descarada, o povo Uru-eu-wau-wau montou sua própria equipe de mídia, usando a tecnologia para expor a verdade e lutar.

Em comunicado oficial, Robert Redford, presidente do Sundance Institute, disse: “Este ano, esperamos comemorar os contadores de histórias mais inovadores desta geração, à medida que compartilham seu trabalho em uma ampla gama de gêneros e formas. Esses artistas forneceram uma luz durante os tempos mais sombrios e estamos ansiosos para dar as boas-vindas para suas visões únicas do mundo e vivenciá-las juntos”.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Sundance 2022:

COMPETIÇÃO AMERICANA | DRAMA

892, de Abi Damaris Corbin
Alice, de Krystin Ver Linden
Blood, de Bradley Rust Gray
Cha Cha Real Smooth, de Cooper Raiff
Dual, de Riley Stearns
Emergency, de Carey Williams
Master, de Mariama Diallo
Nanny, de Nikyatu Jusu
Palm Trees and Power Lines, de Jamie Dack
Watcher, de Chloe Okuno

COMPETIÇÃO AMERICANA | DOCUMENTÁRIO

Aftershock, de Paula Eiselt
Descendant, de Margaret Brown
Fire of Love, de Sara Dosa
Free Chol Soo Lee, de Julie Ha
I Didn’t See You There, de Reid Davenport
Jihad Rehab, de Meg Smaker
The Exiles, de Ben Klein e Violet Columbus
The Janes, de Tia Lessin e Emma Pildes
TikTok, Boom., de Shalini Kantayya

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DRAMA

Brian and Charles, de Jim Archer (Reino Unido)
Dos Estaciones, de Juan Pablo González (México)
Gentle, de Anna Eszter Nemes e László Csuja (Hungria)
Girl Picture, de Alli Haapasalo (Finlândia)
KLONDIKE, de Maryna Er Gorbach (Ucrânia/Turquia)
Leonor Will Never Die, de Martika Ramirez Escobar (Filipinas)
Marte Um (Mars One), de Gabriel Martins (Brasil)
The Cow Who Sang a Song Into The Future, de Francisca Alegría (Chile/França/EUA/Alemanha)
Utama, de Alejandro Loayza Grisi (Bolívia/Uruguai/França)
You Won’t Be Alone, de Goran Stolevski (Austrália)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DOCUMENTÁRIO

A House Made of Splinters, de Simon Lereng Wilmont (Dinamarca)
All That Breathes, de Shaunak Sen (Índia/Reino Unido)
Calendar Girls, de Maria Loohufvud e Love Martinsen (Suécia)
Midwives, de Snow Hnin Ei Hlaing (Myanmar)
Nothing Compares, de Kathryn Ferguson (Irlanda/Reino Unido)
Sirens, de Rita Baghdadi (EUA/Líbano)
Tantura, de Alon Schwarz (Israel)
The Mission, de Tania Anderson (Finlândia)
The Territory, de Alex Pritz (Brasil/Dinamarca/EUA)
We Met in Virtual Reality, de Joe Hunting (Reino Unido)

CURTAS-METRAGENS | FICÇÃO | INTERNACIONAL

Au revoir Jérôme! (Goodbye Jerome!), de Gabrielle Selnet, Adam Sillard e Chloé Farr (França)
Bump, de Maziyar Khatam (Canadá)
Egúngún (Masquerade), de Olive Nwosu (Nigéria)
Love Stories on the Move, de Carina Gabriela Dașoveanu (Romênia)
Maidenhood, de Xóchitl Enríquez Mendoza (México)
Makassar is a City for Football Fans, de Khozy Rizal (Indonésia/França)
Motorcyclist’s Happiness Won’t Fit Into His Suit, de Gabriel Herrera (México)
Orthodontics, de Mohammadreza Mayghani (Irã)
Precious Hair & Beauty, de John Ogunmuyiwa (Reino Unido)
Reckless, de Pella Kågerman (Suécia)
Sandstorm/Mulaqat, de Seemab Gul (Paquistão)
Shark, de Nash Edgerton (Austrália)
Sweet Nothing, de Joana Fischer e Marie-Christine Kenov (Suíça)
The Headhunter’s Daughter, de Don Josephus Raphael Eblahan (Filipinas)
THE RIGHT WORDS, de Adrian Moyse Dullin (França)
Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet (Brasil)
Warsha, de Dania Bdeir (França/Líbano)

CURTAS-METRAGENS | FICÇÃO

Champ, de Hannah Peterson (EUA)
Close Ties to Home Country, de Akanksha Cruczynski (EUA)
Daddy’s Girl, de Lena Hudson (EUA)
F^¢K ’€M R!GHT B@¢K, de Harris Doran (EUA)
Hallelujah, de Victor Gabriel (EUA)
Huella, de Gabriela Ortega (EUA)
IF I GO WILL THEY MISS ME, de Walter Thompson-Hernández (EUA)
Starfuckers, de Antonio Marziale (EUA)
Stranger Than Rotterdam with Sara Driver, de Lewie Kloster e Noah Kloster (EUA)
Training Wheels, de Alison Rich (EUA)
Work, de April Maxey (EUA)
You Go Girl!, de Shariffa Ali (EUA)
ᎤᏕᏲᏅ (Udeyonv) (What They’ve Been Taught), de Brit Hensel (EUA)

CURTAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO

$75,000, de Moïse Togo (França/Mali)
Chilly and Milly, de William David Caballero (EUA)
Deerwoods Deathtrap, de James P Gannon (EUA)
Displaced, de Samir Karahoda (Kosovo)
Kicking the Clouds, de Sky Hopinka (EUA)
Listen To the Beat of Our Images, de Audrey Jean-Baptiste (Guiana Francesa/França)
Long Line of Ladies, de Rayka Zehtabchi e Shaandiin Tome (EUA)
Prayers for Sweet Waters, de Elijah Ndoumbe (África do Sul/Reino Unido)
Sub Eleven Seconds, de Bafic (EUA)
The Martha Mitchell Effect, de Anne Alvergue e Debra McClutchy (EUA)
The Panola Project, de Rachael DeCruz e Jeremy S. Levine (EUA)
What Travelers Are Saying About Jornada del Muerto, de Hope Tucker (EUA)
You’ve Never Been Completely Honest, de Joey Izzo (EUA)

CURTAS-METRAGENS | ANIMAÇÃO

Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile)
Meal on the Plate, de Chenglin Xie (EUA/China)
Night Bus, de Joe Hsieh (Taiwan)
Soft Animals, de Renee Zhan (EUA/Reino Unido)
Swallow the Universe, de Nieto (França)
THE FOURTH WALL, de Mahboobeh Kalaee (Irã)
the HORK, de Nicole Elizabeth Stafford (EUA)
We Are Here, de Doménica Castro e Constanza Castro (EUA)
Zoon, de Jonatan Schwenk (Alemanha)

CURTAS-METRAGENS | MIDNIGHT

Appendage, de Anna Zlokovic (EUA)
Breathe, de Stephen Kang (Nova Zelândia)
Chaperone, de Sam Max (EUA)
Rendang of Death, de Percolate Galactic e Andri “Yujin Sick” (Indonésia)
Socrates’ Adventures in the Under Ground, de Aria Covamonas (México)
Tundra, de José Luis Aparicio (Cuba)
While Mortals Sleep, de Alex Fofonoff (EUA)

NEXT

A Love Song, de Max Walker-Silverman (EUA)
Every Day In Kaimukī, de Alika Tengan (EUA)
Framing Agnes, de Chase Joynt (Canadá/EUA)
Mija, de Isabel Castro (EUA)
RIOTSVILLE, USA, de Sierra Pettengill (EUA)
Something In The Dirt, de Justin Benson e Aaron Moorhead (EUA)
The Cathedral, de Ricky D’Ambrose (EUA)

PREMIERES

2nd Chance, de Ramin Bahrani (EUA)
AM I OK?, de Stephanie Allynne e Tig Notaro (EUA)
Brainwashed: Sex-Camera-Power, de Nina Menkes (EUA)
Call Jane, de Phyllis Nagy (EUA)
DOWNFALL: The Case Against Boeing, de Rory Kennedy (EUA)
Emily the Criminal, de John Patton Ford (EUA)
Final Cut, de Michel Hazanavicius (França)
God’s Country, de Julian Higgins (EUA)
Good Luck to You, Leo Grande, de Sophie Hyde (Reino Unido)
Honk For Jesus. Save Your Soul., de Adamma Ebo (EUA)
jeen-yuhs: A Kanye Trilogy, de Clarence “Coodie” Simmons e Chike Ozah (EUA)
La Guerra Civil, de Eva Longoria Bastón (Reino Unido)
Living, de Oliver Hermanus (Reino Unido)
Lucy and Desi, de Amy Poehler (EUA)
My Old School, de Jono McLeod (Reino Unido)
Resurrection, de Andrew Semans (EUA)
Sharp Stick, de Lena Dunham (EUA)
The Princess, de Ed Perkins (Reino Unido)
To the End, de Rachel Lears (EUA)
We Need To Talk About Cosby, de W. Kamau Bell (EUA)
When You Finish Saving the World, de Jesse Eisenberg (EUA)

SPOTLIGHT

After Yang, de Kogonada (EUA)
Happening, de Audrey Diwan (França)
Neptune Frost, de Anisia Uzeyman e Saul Williams (EUA/Ruanda)
The Worst Person in the World, de Joachim Trier (Noruega)
Three Minutes – A Lengthening, de Bianca Stigter (Holanda)

MIDNIGHT

Babysitter, de Monia Chokri (Canadá/França)
FRESH, de Mimi Cave (EUA)
Hatching, de Hanna Bergholm (Finlândia)
Meet Me in The Bathroom, de Dylan Southern e Will Lovelace (Reino Unido)
PIGGY, de Carlota Pereda (Espanha)
Speak No Evil, de Christian Tafdrup (Dinamarca)

KIDS

Maika, de Ham Tran (Vietnã)
Summering, de James Ponsoldt (EUA)

SPECIAL SCREENINGS

Last Flight Home, de Ondi Timoner (EUA)

NEW FRONTIER PERFORMANCES

32 Sounds, de Sam Green (EUA)
Cosmogony, de Gilles Jobin, Susana Panadés Diaz, Camilo de Martino e Tristan Siodlak (Suíça)

Foto: Divulgação.

Amor, Sublime Amor

por: Cinevitor

West Side Story

Direção: Steven Spielberg

Elenco: Rachel Zegler, Ansel Elgort, Ariana DeBose, David Alvarez, Rita Moreno, Brian d’Arcy James, Corey Stoll, Mike Faist, Josh Andrés Rivera, Iris Menas, David Aviles Morales, Sebastian Serra, Ricardo Zayas, Carlos E. Gonzalez, Ricky Ubeda, Andrei Chagas, Adriel Flete, Jacob Guzman, Kelvin Delgado, Carlos Sanchez Falu, Julius Rubio, Yurel Echezarreta, David Guzman, Sean Harrison Jones, Jess LeProtto, Patrick Higgins, Kyle Allen, John Michael Fiumara, Kevin Csolak, Kyle Coffman, Daniel Patrick Russell, Ben Cook, Harrison Coll, Garett Hawe, Myles Erlick, Julian Elia, Tanairi Sade Vazquez, Yesenia Ayala, Gabriela Soto, Juliette Feliciano Ortiz, Jeanette Delgado, Maria Alexis Rodriguez, Edriz E. Rosa Pérez, Ilda Mason, Jennifer Florentino, Melody Marti, Ana Isabelle, Gaby Diaz, Isabella Ward, Eloise Kropp, Paloma Garcia-Lee, Leigh-Ann Esty, Lauren Leach, Brittany Pollack, Kellie Drobnick, Skye Mattox, Adriana Pierce, Jonalyn Saxer, Brianna Abruzzo, Halli Toland, Sara Esty, Talia Ryder, Maddie Ziegler, Andrea Burns, Mike Iveson, Jamila Velazquez, Annelise Cepero, Yassmin Alers, Jamie Harris, Curtiss Cook, Nadia Quinn, Arianna Rosario, Natalie Toro, Maria Alejandra Castillo, David Granados, Victor Cruz, Dave Nolan, Chryssie Whitehead, Mike Massimino, Ryan Woodle, Bert Michaels, Joe Lanza, Savannah Renée Rodriguez, Andy Powers, Reginald L. Barnes, Patrick Noonan, Jeff Ward, Pablo Thomas, Paul Niebanck, Ricky Garcia, Oscar Antonio Rodriguez, José Ramón Rosario, Doreen Montalvo, Johnny Castro, Ava Bodnar, Iván Amaro Bullón, Jamaal Burcher, Dj Nino Carta, Carla Carvalho, Rita Duran, Keith LeCreed Harris, Atif Lanier, Jessica Marza, Jonathan Sienkiewicz.

Ano: 2021

Sinopse: Uma adaptação do clássico musical de 1957 que explora o amor proibido e a rivalidade entre os Jets e os Sharks, duas gangues de rua de adolescentes, em Nova York, de diferentes origens étnicas.

Nota do CINEVITOR:

Morre, aos 93 anos, a cineasta italiana Lina Wertmüller

por: Cinevitor
Lina Wertmüller foi a primeira mulher indicada ao Oscar de melhor direção.

Morreu nesta quinta-feira, 09/12, aos 93 anos, a cineasta italiana Lina Wertmüller, que foi a primeira mulher indicada ao Oscar de melhor direção. Segundo informações divulgadas pela imprensa internacional, ela faleceu pacificamente em sua casa, próxima a entes queridos; a causa da morte ainda não foi revelada.

Nascida Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich, em 14 de agosto de 1928, em Roma, na Itália, Lina começou a se interessar por cinema na década de 1950 quando se inscreveu no curso de direção da Accademia Pietro Scharoff. Depois disso, foi trabalhar em teatro e assumiu sua primeira função em um set ao lado de Giorgio De Lullo como assistente de direção.

Entre trabalhos no rádio e na TV, Lina também colaborou com diversos nomes da sétima arte, entre eles, Federico Fellini no filme , no qual assinou a função de assistente de direção. Sua estreia como diretora aconteceu em 1963 com o longa-metragem I basilischi, que lhe rendeu um prêmio no Festival de Locarno.

Em 1972, disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes com a comédia dramática Mimi, o Metalúrgico. No ano seguinte, voltou ao festival com Amor e Anarquia, que rendeu o prêmio de melhor ator para Giancarlo Giannini. Com o drama Dois Perdidos numa Noite de Chuva, Lina disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Ainda na Berlinale, em 1986 exibiu Camorra, protagonizado por Ángela Molina; o filme recebeu dois prêmios especiais.

A consagração mundial aconteceu em 1977 com a comédia dramática Pasqualino Sete Belezas, indicada em quatro categorias no Oscar: melhor filme estrangeiro, melhor ator para Giancarlo Giannini, melhor roteiro e melhor direção, tornando-se a primeira mulher indicada nesta categoria. O filme também ganhou destaque em outras diversas premiações, como Directors Guild of America e Globo de Ouro.

Entre tantos trabalhos, destacam-se também: Sábado, Domingo e Segunda (1990), exibido no Chicago International Film Festival; Ferdinando e Carolina (1999), indicado ao prêmio David di Donatello; Scherzo del destino in agguato dietro l’angolo come un brigante da strada (1983), exibido no Festival de Moscou; Por um Destino Insólito (1975), que foi um dos destaques da lista da National Board of Review; Em Noite de Lua Cheia (1989), que disputou o Leão de Ouro no Festival de Veneza; entre outros.

Seu último trabalho como diretora foi o curta-metragem documental Roma, Napoli, Venezia… in un crescendo rossiniano, lançado em 2014. Em 2019, a cineasta ganhou uma estrela na Calçada da Fama, em Los Angeles. No ano seguinte, Lina Wertmüller recebeu o Oscar honorário da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, destinado às pessoas de destaque na indústria do cinema.

Foto: Emanuele Ruiz.

Madalena

por: Cinevitor

Direção: Madiano Marcheti

Elenco: Natália Mazarim, Rafael de Bona, Pamella Yule, Chloe Milan, Mariane Cáceres, Nádja Mitidiero, Joana Castro, Edilton Ramos, Maria Leite, Antonio Salvador, Lucas Miralles.

Ano: 2021

Sinopse: Entre as vidas de Luziane, Cristiano e Bianca há pouca coisa em comum além do fato de viverem em uma pequena cidade cercada de plantações de soja no interior do Brasil. Embora não se conheçam, os três são afetados pelo desaparecimento de Madalena. Em regiões diferentes da cidade, cada um deles encontra seu modo de responder a essa ausência.

*Filme visto na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nota do CINEVITOR:

Conheça os vencedores do XVII Panorama Internacional Coisa de Cinema

por: Cinevitor
Os vencedores na cerimônia de premiação.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 08/12, no Cine Metha-Glauber Rocha, em Salvador, os vencedores do XVII Panorama Internacional Coisa de Cinema. Edna, de Eryk Rocha, foi o longa-metragem premiado na Competitiva Nacional. O documentário apresenta a personagem homônima, uma testemunha do arruinamento das terras em torno da rodovia Transbrasiliana, na Amazônia brasileira.

O Júri Oficial elegeu Terra Nova, de Diego Bauer, como o melhor curta, também escolhido pelo Júri Jovem. Na Competitiva Baiana, Açucena, de Isaac Donato e Marília Vin, foi o longa premiado pelos júris oficial e APC, Associação de Produtores e Cineastas. Já o prêmio de melhor curta do Júri Oficial ficou com Um transe de dez milésimos de segundos, de Jamile Cazumbá.

Com uma edição em formato híbrido, o festival novamente convidou o público das sessões on-line para votar nos seus filmes preferidos. O Júri Popular elegeu a produção baiana Receba!, de Pedro Perazzo e Rodrigo Luna como melhor longa nacional; e o também baiano Memórias Perdidas, de Sabrina Andrade, como melhor curta.

O tradicional Júri Jovem, formado por participantes da oficina de Crítica oferecida pelo festival, premiou Genocídio e Movimentos, de Andreia Beatriz, Hamilton Borges dos Santos e Luis Carlos de Alencar como melhor longa da Competitiva Baiana. A produção também foi a escolhida do Júri Popular e recebeu Menção Honrosa do júri APC.

Os escolhidos pelo Júri Oficial nas competitivas Baiana e Nacional e o curta nacional contemplado pelo Júri Jovem receberam prêmios em serviços da Mistika, Naymar CiaRio, Griot, Ateliê Bucareste, Marcelo Benedicts e Napoleão Cunha.

Conheça os vencedores do XVII Panorama Internacional Coisa de Cinema:

JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA NACIONAL | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: Edna, de Eryk Rocha
Menção Especial: Mata, de Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes

JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA NACIONAL | CURTA-METRAGEM

Melhor Filme: Terra Nova, de Diego Bauer
Menção Especial: Sideral, de Carlos Segundo

JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA BAIANA

Melhor Longa: Açucena, de Isaac Donato e Marília Vin
Melhor Curta: Um Transe de Dez Milésimos de Segundo, de Jamile Cazumbá
Menção Honrosa: Via Láctea, de Thiago Almasy

JÚRI OFICIAL | COMPETITIVA INTERNACIONAL

Melhor Longa: O Outro Lado do Rio, de Antonia Kilian (Alemanha)
Menção Honrosa: Creche Noturna, de Moumouni Sanou (Burquina Fasso/França/Alemanha)

Melhor Curta: Ensaio, de Michael Omonua (Nigéria)
Menção Honrosa: Fera, de Hugo Covarrubias (Chile)
Destaque: Nomawonga Khumalo, pela direção de Five Tiger (África do Sul)

JÚRI JOVEM | COMPETITIVA NACIONAL

Melhor Longa: 5 Casas, de Bruno Gularte Barreto
Melhor Curta: Terra Nova, de Diego Bauer
Prêmio Especial: Edvana Carvalho, pela atuação em Receba!

JÚRI JOVEM | COMPETITIVA BAIANA

Melhor Longa: Genocídio e Movimentos, de Andreia Beatriz, Hamilton Borges dos Santos e Luis Carlos de Alencar
Melhor Curta: In-passe, de Claudio Machado e Henrique Filho

JÚRI APC | COMPETITIVA NACIONAL

Melhor Longa: A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga
Menção Honrosa: Mata, de Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes

Melhor Curta: Memórias Perdidas, de Sabrina Andrade
Menção Honrosa: Matança Popular Brasileira, de Bianca Rêgo

JÚRI APC | COMPETITIVA BAIANA

Melhor Longa: Açucena, de Isaac Donato e Marília Vin
Menções Honrosas: Genocídio e Movimentos, de Andreia Beatriz, Hamilton Borges dos Santos e Luis Carlos de Alencar; e Àkàrà no fogo da intolerância, de Claudia Chávez

Melhor Curta: Mamãe, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Menções Honrosas: Mãe Solo, de Camila de Moraes; e Quantos mais?, de Lucas de Jesus

JÚRI INDIE LISBOA

Melhor Filme: Sideral, de Carlos Segundo

JÚRI BRADA DE DIREÇÃO DE ARTE | COMPETITIVA NACIONAL

Longa: A Felicidade das Coisas, por Dicezar Leandro
Curta: Estio_rito em Lapso, por Alana Falcão

JÚRI BRADA DE DIREÇÃO DE ARTE | COMPETITIVA BAIANA

Longa: Àkàrà no fogo da intolerância, por Bruno Biano
Curta: Iauaraete, por Xan Marçall

JÚRI POPULAR | COMPETITIVA NACIONAL

Melhor Longa: Receba!, de Pedro Perazzo e Rodrigo Luna
Melhor Curta: Memórias Perdidas, de Sabrina Andrade

JÚRI POPULAR | COMPETITIVA BAIANA

Melhor Longa: Genocídio e Movimentos, de Andreia Beatriz, Hamilton Borges dos Santos e Luis Carlos de Alencar
Melhor Curta: Voyá, de Fanny Oliveira

JÚRI POPULAR | COMPETITIVA INTERNACIONAL

Melhor Longa: Libório, de Nino Martínez Sosa (República Dominicana/Porto Rico/Qatar)
Melhor Curta: Tenho Medo de Esquecer Seu Rosto, de Sameh Alaa (Egito/ França/Qatar/Bélgica)

Foto: Milena Palladino.

16º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena de Desterro, de Maria Clara Escobar.

A 16ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo acontecerá entre os dias 10 e 17 de dezembro, em formato híbrido e gratuito com parte da programação disponibilizada on-line e outra parte presencialmente no Circuito Spcine em São Paulo.

Com um total de 38 filmes, entre longas e curtas de 12 países, o festival se firma como uma das mais importantes vitrines destas cinematografias junto ao público brasileiro. Este ano, o evento celebra o protagonismo feminino na indústria cinematográfica da América Latina e Caribe, em suas mais diversas vertentes: direção, atuação, produção, fotografia, com filmes inéditos, debates, masterclass e uma homenagem à diretora argentina Liliana Romero.

A tradicional mostra Contemporâneos reúne as mais recentes produções cinematográficas latino-americanas e caribenhas, sendo a maioria inéditas no circuito comercial. A cinematografia emergente, mais uma vez, está presente no festival com várias pré-estreias de longas-metragens também com foco no protagonismo feminino. Os filmes brasileiros trazem um olhar diferente que visibilizam a pluralidade do cinema nacional.

A diretora argentina Liliana Romero é a grande homenageada desta edição e ganha uma programação especial voltada ao reconhecimento de suas obras, entre longas e curtas premiados em importantes festivais internacionais, incluindo o seu mais recente trabalho, o longa de  animação, O Gigante Egoísta. A diretora, que trabalha em cinema de animação desde os anos 1990 e transita por diversas técnicas em cada um dos seus trabalhos, participa do encontro virtual A Arte da Animação, Técnicas e Adaptações, na plataforma do Sesc Digital e no YouTube do festival.

A sessão Contemporâneas no Curta lança um olhar para a realização nos últimos anos de cineastas brasileiras com obras potentes, ousadas e questionadoras. A programação traz uma novidade: o Foco Cinema Afro-Colombiano, com 4 títulos produzidos, realizados e protagonizados por pessoas afrocolombianas trazendo histórias que propõem vias de acesso a outras realidades sócio-históricas e culturais como as dos afrodescendentes na América Latina.

Para finalizar, o festival preparou a Coleção Marcelo Sampaio com uma seleção de 7 títulos entre longas e curtas assinados pelo diretor. Além disso, a 16ª edição promove uma série de encontros virtuais com nomes expressivos ligados à realização, produção e circulação de produtos audiovisuais latino-americanos.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo 2021:

MOSTRA CONTEMPORÂNEOS

A Grande Viagem ao País Pequeno, de Mariana Viñoles (Uruguai)
A Opção Zero, de Marcel Beltrán (Cuba/Brasil/Colômbia)
Abajures, de Paz Encina (Paraguai)
Alianças Profanas, de Wellington Darwin (Brasil)
Anos Curtos, Dias Eternos, de Silvina Estevez (Argentina)
As Almas que Dançam no Escuro, de Marcos DeBrito (Brasil)
Carro Rei, de Renata Pinheiro (Brasil)
Clarice Lispector – A Descoberta do Mundo, de Taciana Oliveira (Brasil)
Desterro, de Maria Clara Escobar (Brasil)
Distopia, de Michel La Torre (Equador)
Êxtase, de Moara Passoni (Brasil)
Hope, Soledad, de Yolanda Cruz (México)
LXI (61), de Rodrigo Moreno del Valle (Peru)
Matar a la Bestia, de Agustina San Martín (Argentina/Brasil/Chile)
Ninho, de Josefina Pérez-García e Felipe Sigala (Chile)
O Sonho da Montanha, de Ailén Herradón (Argentina)
Ossos da Saudade, de Marcos Pimentel (Brasil)
Porto Escondido, de Gabriela Paz Ybarnegaray (Bolívia)
Um Lampejo Interior, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez (Venezuela)

FOCO CINEMA AFRO-COLOMBIANO

Fullhd, de Catalina Navas e Carolina Torres
Marímbula (Marimbula), de Diana Kuéllar
O Homem Universal, de Andrés Morales
O Mal dos Sete Dias, de Alfonso González Urrutía

HOMENAGEM LILIANA ROMERO

Anida e o Circo Flutuante, de Liliana Romero
Contos da Floresta, de Liliana Romero
Martín Fierro O Filme, de Liliana Romero
O Gigante Egoísta, de Liliana Romero

CONTEMPORÂNEAS NO CURTA

Barbie & Bob, de Raissa Gregori
Carne, de Camila Kater
Igual/Diferente/Ambas/Nenhuma, de Adriana Barbosa e Fernanda Pessoa
Menarca, de Lillah Halla
, de Ana Flávia Cavalcanti e Julia Zakia

COLEÇÃO MARCELO SAMPAIO | LONGAS-METRAGENS

Eldorado – Mengele Vivo ou Morto?, de Marcelo Sampaio
La Plata Yvyguy – Enterros e Guardados, de Marcelo Sampaio e Paulo Alvarenga
Trilha dos Ratos – A Fuga de Nazistas para América, de Marcelo Sampaio

COLEÇÃO MARCELO SAMPAIO | CURTAS-METRAGENS

A Menina da Estrada, de Marcelo Sampaio
O Escritor das Ruas, de Marcelo Sampaio e Tote Sutino
O Guardado, de Marcelo Sampaio
Pixote 30 Anos Depois, de Marcelo Sampaio

A direção do 16º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é assinada por João Batista de Andrade, Jurandir Müller, Maria Tereza Urias e Vicky Romano.

Foto: Divulgação.

Festival Curta Brasília 2021 terá filmes em realidade virtual e programação on-line

por: Cinevitor
Cena do brasileiro Na Pele, de João Inada.

O Festival Curta Brasília, consolidado como um dos principais festivais brasileiros de curta-metragem, comemora, neste ano, uma década. Para iniciar a celebração, preparou uma programação on-line e totalmente gratuita, entre os dias 8 e 12 de dezembro, com mostras em realidade virtual com curtas nacionais e internacionais, em sua maioria inéditos no Brasil até o momento.

Assim como em 2020, a edição será virtual e acontecerá no próprio metaverso do festival, que permite não apenas o acesso aos filmes em 360º e 2D gratuitamente pelo computador, como também a criação e interação entre avatares escolhidos pelo público com passeio imersivo em ambiente com estética retrofuturista, criada pela VP Events.

“Esse será nosso segundo ano com este modelo de festival, com uma plataforma de realidade virtual, onde recebemos um público de 11 países, somando mais de 5.400 visualizações durante quatro dias em 2020. Enxergamos que esta nova forma de interação social após o contexto da pandemia é de grande valia e nos possibilita alcançar um grande público sem as barreiras que o ambiente físico nos limita. A programação traz esse conceito de retrofuturismo, mas de uma forma que coloca em destaque os direitos humanos, as mudanças climáticas e as desigualdades sociais que avançam mesmo com tecnologias mais presentes a cada dia”, explica Ana Arruda, diretora do festival.

Desde 2016, e sendo o primeiro festival da América Latina com programação de cinema de 360˚, o Curta Brasília apresenta uma área exclusiva de cinema de realidade virtual. Com um histórico de parcerias internacionais, workshops e laboratórios voltados para as narrativas imersivas, criando uma ponte entre o público e as novas tecnologias.

Em 2021, o Curta Brasília retornou com suas atividades presenciais no Festival Hors Pistes do Centre Pompidou de Paris, realizado pela Aliança Francesa de Brasília, com a CVR, mostra de realidade virtual, no contexto do Novembre Numérique, em parceria com a Embaixada da França: “O intuito é seguir em 2022 com essas atividades que realizamos neste ano, para comemorar os 10 anos do nosso Festival e expandir para todos os públicos, tanto para os brasileiros quanto para os estrangeiros”, antecipa Ana

A Holanda, referência em políticas em prol da economia criativa, direitos humanos e inovação, segue parceria com o festival, trazendo reflexões ao grande público por meio do cinema e da realidade virtual. A programação dos curtas holandeses vai abordar a diversidade, explorando narrativas tradicionais e imersivas para falar sobre identidade.

O festival, desde sua segunda edição, conta com a parceria da Embaixada da França que, neste ano, vai promover um debate sobre metaverso, realidade virtual e especulações do futuro. Com os especialistas franceses Damien Gires e Guillaume Lucas da Hervé de Paris, grupo que é referência em realidade virtual, com histórico de atuação com o Brasil. A mediação será feita por Mariana Brecht, roteirista e narrative designer de experiências imersivas premiadas, como A Linha e YUKI.

O destaque brasileiro da programação fica por conta do filme Na Pele, de João Inada, exibido em festivais como IDFACompetition for Digital Storytelling 2020, South by Southwest (SXSW) e Luxembourg City Film Festival.

Conheça os filmes selecionados para o Festival Curta Brasília 2021:

Bacchus, de Rikke Alma Krogshave Planeta (Dinamarca)
I Gotta Look Good for the Apocalypse, de Ayce Kartal (França)
Jacco’s film, de Daan Bakker (Holanda)
Jordy in Transitland, de Willem Timmers (Holanda)
Less than Human, de Steffen Bang Lindholm (Dinamarca)
M.O.M, de Patrícia Huguet (Espanha)
Meet the Soldier, de Teddy Cherim (Holanda/Uganda)
Munya in mij, de Mascha Halberstad (Holanda)
Na Pele, de João Inada (Brasil/Luxemburgo/China/Alemanha)
Odyssey 1.4.9, de François Vautier (França)
Symphony, de Igor Cortadellas (Espanha)
The Real Thing, de Benoit Felici e Mathias Chelebourg (França)

Foto: Divulgação.

Oscar 2022: 93 países disputam o prêmio de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Pedro Fasanaro em Deserto Particular: representante brasileiro.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou nesta segunda-feira, 06/12, a lista oficial com os filmes elegíveis que estão na disputa pela estatueta dourada de melhor filme internacional no Oscar 2022, categoria antes chamada de melhor filme estrangeiro.

Para esta 94ª edição, 93 países foram classificados, entre eles, Somália, candidato pela primeira vez. Alguns dos filmes ainda não tiveram seu lançamento de qualificação exigido, por isso, devem cumprir esse requisito e cumprir todas as outras regras de qualificação da categoria para avançar no processo de votação.

Os membros da Academia, de todos os ramos, são convidados a participar da rodada preliminar de votação e devem atender a um requisito mínimo de visualização para serem elegíveis para votar na categoria. A lista com os 15 filmes escolhidos será anunciada no dia 21 de dezembro. Desse grupo saem os cinco finalistas, que serão revelados no dia 8 de fevereiro de 2022.

A cerimônia acontecerá no dia 27 de março, no Dolby Theatre, em Hollywood. O Brasil está na disputa com Deserto Particular, de Aly Muritiba. O filme é protagonizado por Antonio Saboia, que interpreta Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor. 

Recentemente, o longa recebeu o Prêmio do Público na Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, além de ter ficado entre os três finalistas segundo o Júri Oficial. Com Pedro Fasanaro, Zezita Matos, Thomás Aquino, Laila Garin e Cynthia Senek no elenco, o roteiro é assinado por Henrique dos Santos e pelo diretor Aly Muritiba, que se consagrou com obras como Para Minha Amada Morta e Ferrugem, e a série documental O caso Evandro.

Vale lembrar que um longa-metragem internacional é definido como um longa-metragem (mais de 40 minutos) produzido fora dos Estados Unidos com uma faixa de diálogo predominantemente (mais de 50%) não falada em inglês.

Confira a lista completa com os 93 filmes internacionais candidatos ao Oscar 2022:

ÁFRICA DO SUL: Barakat, de Amy Jephta
ALBÂNIA: Two Lions to Venice, de Jonid Jorgji
ALEMANHA: I’m Your Man (Ich bin dein Mensch), de Maria Schrader
ARGÉLIA: Héliopolis, de Djaffar Gacem
ARÁBIA SAUDITA: The Tambour of Retribution (Had Al Tar), de Abdulaziz Alshlahei
ARGENTINA: El Prófugo, de Natalia Meta
ARMÊNIA: Si le vent tombe (Should the Wind Drop), de Nora Martirosyan
AUSTRÁLIA
: O Uivo das Romãs (When Pomegranates Howl), de Granaz Moussavi
ÁUSTRIA: Great Freedom, de Sebastian Meise
AZERBAIJÃO
: The Island Within (Daxildäki Ada), de Ru Hasanov
BANGLADESH: Rehana Maryam Noor, de Abdullah Mohammad Saad
BÉLGICA: Playground (Un monde), de Laura Wandel
BOLÍVIA: El Gran Movimiento, de Kiro Russo
BÓSNIA E HERZEGOVINA: Tabija (The White Fortress), de Igor Drljaca
BRASIL: Deserto Particular, de Aly Muritiba
BULGÁRIA: Medo (Strah), de Ivaylo Hristov
BUTÃO
: Lunana: A Yak in the Classroom, de Pawo Choyning Dorji
CAMARÕES: Hidden Dreams, de Ngang Romanus
CAMBOJA: White Building (Bodeng sar), de Kavich Neang
CANADÁ: Les oiseaux ivres (Drunken Birds), de Ivan Grbovic
CAZAQUISTÃO: Yellow Cat (Sary mysyq), de Adilkhan Yerzhanov
CHADE
: Lingui, de Mahamat-Saleh Haroun
CHILE: Branco no Branco (Blanco en blanco), de Theo Court
CHINA: Cliff Walkers (Xuan ya zhi shang), de Yimou Zhang
COLÔMBIA: Memoria, de Apichatpong Weerasethakul
COREIA DO SUL: Escape from Mogadishu, de Ryoo Seung-wan
COSTA RICA: Clara Sola, de Nathalie Álvarez Mesén
CROÁCIA: Tereza37, de Danilo Šerbedžija
DINAMARCA: Fuga (Flee), de Jonas Poher Rasmussen
EQUADOR: Sumergible, de Alfredo León León
EGITO: Souad, de Ayten Amin
ESLOVÁQUIA: Cenzorka (107 Mothers), de Péter Kerekes
ESLOVÊNIA: Sanremo, de Miroslav Mandić
ESPANHA: El buen patrón, de Fernando León de Aranoa
ESTÔNIA: On the Water (Vee peal), de Peeter Simm
FINLÂNDIA: Compartment Nº 6, de Juho Kuosmanen
FRANÇA: Titane, de Julia Ducournau
GEÓRGIA: Brighton 4th, de Levan Koguashvili
GRÉCIA: Digger, de Georgis Grigorakis
HAITI: Freda, de Gessica Geneus
HONG KONG: Retrato de um Campeão (Zero to Hero), de Jimmy Wan
HOLANDA: Do Not Hesitate, de Shariff Korver
HUNGRIA: Post Mortem, de Péter Bergendy
ÍNDIA: Pedregulhos (Koozhangal), de P.S. Vinothraj
INDONÉSIA: Yuni, de Kamila Andini
IRÃ: Um Herói (Ghahreman), de Asghar Farhadi
IRAQUE
: Europa, de Haider Rashid
IRLANDA: Foscadh (Shelter), de Seán Breathnach
ISLÂNDIA: Lamb, de Valdimar Jóhannsson
ISRAEL: Deixe Amanhecer (Vayehi Boker), de Eran Kolirin
ITÁLIA: A Mão de Deus, de Paolo Sorrentino
JAPÃO: Drive My Car, de Ryusuke Hamaguchi
JORDÂNIA: Amira, de Mohamed Diab
KOSOVO: Colmeia (Zgjoi), de Blerta Basholli
LETÔNIA: Bedre (The Pit), de Dace Pūce
LÍBANO: Costa Brava, Lebanon, de Mounia Akl
LITUÂNIA: Izaokas, de Jurgis Matulevicius
LUXEMBURGO: Io sto bene, de Donato Rotunno
MACEDÔNIA DO NORTE: Irmandade (Sestra), de Dina Duma
MALÁSIA: Prebet Sapu (Hail, Driver!), de Muzzamer Rahman
MALAWI: Fatsani: A Tale of Survival, de Gift Sukez Sukali
MALTA: Entre Águas (Luzzu), de Alex Camilleri
MARROCOS: Casablanca Beats, de Nabil Ayouch
MÉXICO: A Noite do Fogo (Noche de Fuego), de Tatiana Huenzo
MONTENEGRO: After the Winter (Poslije zime), de Ivan Bakrac
NORUEGA: The Worst Person in the World (Verdens verste menneske), de Joachim Trier
PALESTINA: The Stranger (Al Garib), de Ameer Fakher Eldin
PANAMÁ: Plaza Catedral, de Abner Benaim
PARAGUAI: Apenas o Sol (Apenas el Sol), de Arami Ullón
PERU: Manco Cápac (Powerful Chief), de Henry Vallejo
POLÔNIA: Sem Deixar Rastros (Żeby Nie Było śladów), de Jan P. Matuszyński
PORTUGAL: A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos
QUÊNIA: Mission to Rescue, de Gilbert Lukalia
QUIRGUISTÃO: Shambala, de Artykpai Suyundukov
REINO UNIDO
: Dying to Divorce, de Chloe Fairweather
REPÚBLICA CHECA: Zátopek, de David Ondříček
REPÚBLICA DOMINICANA: Holy Beasts, de Israel Cárdenas e Laura Amelia Guzmán
ROMÊNIA: Má Sorte no Sexo ou Pornô Acidental (Babardeală Cu Bucluc Sau Porno Balamuc), de Radu Jude
RÚSSIA: Unclenching the Fists (Razzhimaya kulaki), de Kira Kovalenko
SÉRVIA: Oasis, de Ivan Ikić
SINGAPURA: Precious is the Night, de Wayne Peng
SOMÁLIA
: The Gravedigger’s Wife, de Khadar Ayderus Ahmed
SUÉCIA: Tigers (Tigrar), de Ronnie Sandahl
SUÍÇA: Olga, de Elie Grappe
TAIWAN: The Falls, de Chung Mong-hong
TAILÂNDIA: The Medium (Rang Song), de Banjong Pisanthanakun
TUNÍSIA: Golden Butterfly (Papillon d’Or), de Abdelhamid Bouchnak
TURQUIA: O Compromisso de Hasan (Baglilik Hasan), de Semih Kaplanoğlu
UCRÂNIA: Bad Roads, de Nataliia Vorozhbyt
URUGUAI: A Teoria dos Vidros Quebrados (La teoría de los vidrios rotos), de Diego Fernández
UZBEQUISTÃO
: 2000 Songs of Farida, de Yalkin Tuychiev
VENEZUELA: Un destello interior, de Andrés Eduardo Rodríguez e Luis Alejandro Rodríguez
VIETNÃ: Dad, I’m Sorry, de Tran Thanh e Vu Ngoc Dang

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.