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Cine PE 2024 abre com Grande Sertão, de Guel Arraes, e homenagem para Tania Alves

por: Cinevitor
Tania Alves: carreira consagrada

A 28ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual começou nesta quinta-feira, 06/06, no Teatro do Parque, no Recife. A cerimônia, apresentada pela atriz pernambucana Nínive Caldas, contou com uma emocionante homenagem às trilhas sonoras de filmes brasileiros.

A Orquestra Bravo, sob a batuta do maestro Dierson Torres, executou as músicas Mulher Rendeira, do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto; O Que Será?, de Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto; Bye Bye Brasil, do longa de mesmo título de Cacá Diegues; Esperando na Janela, de Eu Tu Eles, de Andrucha Waddington; Bicho de Sete Cabeças, do filme homônimo de Laís Bodanzky; O Tempo Não Pára, de Cazuza: O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho; e Tempo Perdido, de Somos Tão Jovens, de Antonio Carlos da Fontoura.

Nos momentos finais do concerto, a orquestra recebeu convidados especiais que abrilhantaram a apresentação com seus vocais: o cantor e compositor Silvério Pessoa, que cantou Você Não Me Ensinou a Te Esquecer, de Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes; Carlos Filho, ex-participante do The Voice Brasil, que cantou Beatriz, de O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; e Mariana Rocha, do The Voice Kids, que deu voz a Como Nossos Pais, de Ainda Somos os Mesmos, de Paulo Nascimento, filme de abertura do Cine PE do ano passado. Enquanto a música preenchia a sala, cenas dos filmes homenageados foram projetadas na tela.

A noite também foi marcada por uma homenagem à atriz e cantora Tania Alves, por sua inestimável contribuição ao cinema e à música brasileira. Ela recebeu a Calunga de Ouro das mãos do Maestro Spok, do prefeito do Recife, João Campos, e da governadora do estado de Pernambuco, Raquel Lyra.

Ovacionada pelo público, fez um discurso emocionante e agradeceu pelo reconhecimento citando alguns dos pernambucanos que marcaram sua carreira artística, começando pelo seu pai, recifense de Casa Amarela: “Eu sou atriz graças a um pernambucano que me ensinou a pisar no palco de forma visceral e despudoradamente brasileira. Seu nome é Luiz Mendonça”, declarou, relembrando ainda Robertinho do Recife, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Carlos Fernando e Dominguinhos, além dos paraibanos Elba Ramalho e Zé Ramalho. Entre risos e lágrimas, a homenageada contou que sua primeira vez no carnaval de Recife e Olinda foi a convite de Spok, para cantar com sua orquestra.

Ainda no palco, relembrou sucessos de sua carreira nas telonas, como os filmes: Cabaret Mineiro, de Carlos Alberto Prates Correia, que lhe rendeu o kikito de melhor atriz coadjuvante em Gramado; O Olho Mágico do Amor, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins, vencedora do Prêmio APCA; Parahyba Mulher Macho, de Tizuka Yamasaki, no qual foi consagrada no Festival de Havana e no Festival de Cartagena; e O Mágico e o Delegado, de Fernando Coni Campos, exibido no Festival de Brasília. Lembrou também alguns trabalhos na TV, entre eles, a minissérie Lampião e Maria Bonita e o especial Morte e Vida Severina, da Rede Globo.

Aplaudida, finalizou o discurso: “Ser ator, que missão sagrada é a nossa! Tenho certeza que teremos momentos inesquecíveis. Contem comigo! Estarei por inteira recebendo essa graça por todos os poros. Minha gratidão eterna”.

Equipe de Grande Sertão no Cineteatro do Parque

O prefeito João Campos aproveitou a ocasião para comentar a recente desapropriação dos edifícios Trianon e do Art Palácio, extintos cinemas de rua localizados na Avenida Guararapes, para a construção de um Instituto Federal: “Vamos fazer as salas de aula no Trianon e uma sala de audiovisual, que será usada como auditório do Instituto Federal e também um cinema aberto à população do Recife, no Art Palácio”. E brincou: “É uma alegria receber a 28ª edição do Cine PE. Fui dar uma entrevista antes e a repórter comentou que o festival é da minha idade. É quase isso. Eu tenho 30 e o Cine PE tem 28. Quase empatamos, mas estamos diante de um grande patrimônio recifense”.

Raquel Lyra comentou sobre a importância de fomentar a arte, a cultura e a economia criativa: “A gente não quer artista pedindo esmola. A gente quer artista que possa viver da sua arte o ano inteiro”, pontuou a governadora de Pernambuco.

Na sequência da homenagem, a equipe do longa-metragem Grande Sertão, de Guel Arraes, subiu ao palco para apresentar o filme de abertura do Cine PE 2024: “É uma honra, uma alegria e uma emoção muito grande mostrar esse filme aqui. Queria saudar dois grandes homens pernambucanos da minha família: meu pai Miguel Arraes e meu sobrinho Eduardo Campos”. E continuou: “O filme Grande Sertão transpõe a história contada por Guimarães Rosa, esse monumento da literatura brasileira, para a guerra da favela, entre polícia e bandidos, essa guerra que até hoje a gente tem dificuldade de entender. Eu não vejo solução nem à direita nem à esquerda. A direita tem uma solução ruim a curto prazo, a esquerda tem uma solução boa a longo prazo demais. E a arte não tem uma solução prática pra vida, como a política, mas a arte pode dar uma visão mais profunda, mais humana de uma realidade”.

A adaptação cinematográfica do clássico literário Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, atraiu uma audiência ansiosa, que lotou o Cineteatro do Parque. Além do cineasta pernambucano, o evento contou com a presença ilustre do elenco principal, incluindo Luisa Arraes, Caio Blat, Eduardo Sterblitch, Rodrigo Lombardi e Luis Miranda, que fizeram questão de prestigiar a première.

Estrelado por Caio Blat (Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim), o filme transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, um dos bandidos.

Grande Sertão, produzido por Manoel Rangel, Egisto Betti e Heitor Dhalia, já foi exibido na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, em novembro de 2023, e recebeu o prêmio de melhor direção na categoria Critic’s Picks. Uma das grandes apostas do cinema brasileiro deste ano, o filme é produzido pela Paranoïd Filmes em coprodução com a Globo Filmes e distribuição da Paris Filmes.

A 28ª edição do Cine PE segue até 11 de junho com exibições de filmes e diversas atividades paralelas na capital pernambucana.

*Clique aqui e confira as entrevistas com o elenco de Grande Sertão

*O CINEVITOR está no Cine PE e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Felipe Souto Maior.

O Cara da Piscina

por: Cinevitor

Poolman

Direção: Chris Pine

Elenco: Chris Pine, Jennifer Jason Leigh, Danny DeVito, Annette Bening, DeWanda Wise, Aflamu Johnson, Stephen Tobolowsky, John Ortiz, Armie Hicks Jr., Hollis W. Chambers, Christopher Chen, Laurent Schwaar, Michael Dunn, Robert Pine, Lakshmi Singh, Will Greenberg, Clancy Brown, Ray Wise, Drew Droege, Jackie Beat, Sam Pancake, Amanda Walsh, Mauricio Andara, Jesse Schelle, Juliet Mills, Robert Baker, Fred Specktor, Evan Shafran.

Ano: 2023

Sinopse: A comédia acompanha Darren Barrenman, um homem que passa seus dias cuidando da piscina do conjunto residencial Tahitian Tiki, em Los Angeles. Quando descobre uma conspiração para roubar a água da cidade, Darren fará o impossível para salvar sua preciosa Los Angeles.

Nota do CINEVITOR:

Lázaro Ramos será homenageado no 31º Festival de Cinema de Vitória

por: Cinevitor
Artista consagrado: homenagem em Vitória

O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos será o Homenageado Nacional da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, que acontecerá entre os dias 20 e 25 de julho no Sesc Glória.

Como parte da homenagem, o artista receberá o Troféu Vitória e o Caderno do Homenageado, publicação inédita e biográfica, assinada pelos jornalistas Leonardo Vais e Paulo Gois Bastos, que trata da sua vida e trajetória profissional.

“Eu fico muito feliz, muito grato de verdade em ser homenageado neste festival que eu acompanho de longe já faz muito tempo, ou por amigos que me contam, como Elisa Lucinda, que sempre falou com muito carinho do evento, ou pelas notícias que chegam até mim. Eu acho que nesse momento em que o audiovisual está se revendo, nunca foi tão importante manter vivo os festivais de cinema. Que são espaços de troca, de fortalecimento, de mostrar filmes que não encontram seu espaço de projeção em outros lugares e de reafirmar a força do cinema brasileiro”, disse Lázaro.

Nascido em Salvador, Bahia, Lázaro Ramos começou a atuar na década de 1990, no Bando de Teatro Olodum. No coletivo teatral, interpretou inúmeros clássicos como Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare; Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht; e Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Além de textos autorais como o sucesso Ó Paí, Ó, que foi adaptado para o cinema, em 2007, com grande sucesso.

Ao realizar projetos fora do grupo, ele esteve em espetáculos como A Máquina (2000), de João Falcão, ao lado de Wagner Moura e Vladimir Brichta. Em 2007, atuou em O Método Gronholm, texto que ele retoma como diretor, em 2020. Desde 2015 dirige, atua e produz o espetáculo O Topo da Montanha, que, ao lado de Taís Araujo, interpreta o reverendo Martin Luther King, e que já levou mais de 300 mil espectadores ao teatro.

No cinema, esteve em mais de 40 produções, que transitam por diversos gêneros audiovisuais. Na lista de trabalhos estão o cultuado longa-metragem Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, que o fez figurar na lista de melhores atores do jornal The New York Times e lhe rendeu mais de 30 prêmios. Com Jorge Furtado, parceiro constante, fez O Homem que Copiava (2003), Meu Tio Matou um Cara (2004) e Saneamento Básico, o Filme (2007). Outro destaque da sua extensa filmografia é Cidade Baixa (2006), de Sérgio Machado, em que divide a cena com Wagner Moura e Alice Braga.

Em 2018, protagonizou O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício, adaptação cinematográfica do clássico de Nelson Rodrigues. Seus trabalhos mais recentes são: As Verdades (2019), de José Eduardo Belmonte; Papai é Pop (2021), de Caito Ortiz; e Ó Paí, Ó 2 (2023), de Viviane Ferreira. Em 2022, lançou o longa-metragem Medida Provisória, que marcou sua estreia como diretor e foi premiado em diversos festivais internacionais de cinema.

Com mais de 30 participações em programas na TV, Lázaro atuou em novelas e séries, além de ser apresentador de programas. Com vários personagens memoráveis na televisão, estreou na telinha na série Sexo Frágil, em 2003. Nas novelas, sua primeira aparição foi em Cobras & Lagartos (2006), quando deu vida a Foguinho, papel que ganhou o imaginário popular e pelo qual foi indicado ao Emmy de melhor ator. Ele também interpretou papéis marcantes em novelas como Duas Caras (2007), Insensato Coração (2011) e Lado a Lado (2012).

Entre 2015 e 2018, protagonizou quatro temporadas da série Mister Brau, que se firmou como um dos marcos do empoderamento negro no Brasil. Seu trabalho mais recente em novelas foi o remake de Elas por Elas (2023/24), em que deu vida ao icônico Mário Fofoca. 

Ainda na televisão, idealizou, dirigiu e apresentou o programa Espelho, do Canal Brasil, que esteve no ar por 16 anos. Após uma carreira de 17 anos na TV Globo, em 2021, Lázaro Ramos assinou com a Prime Video, onde assumiu o cargo de showrunner, profissional responsável por gerenciar da pré à pós-produção de obras para TV, streaming e mídias digitais. Essa parceria rendeu seu trabalho mais recente como diretor, o longa Um Ano Inesquecível: Outono (2023), romance musical adaptado do conto de Babi Dewet, e protagonizado por Gabz e Lucas Leto.

Além do teatro, cinema e televisão, nos últimos anos, Lázaro Ramos tem se dedicado também à literatura. Seu livro infantil de estreia foi A Velha Sentada, de 2010. Em 2015 e 2018 lançou, respectivamente, Caderno de Rimas de João e Caderno Sem Rimas da Maria, inspirados em seus filhos. Em 2019, publicou Sinto o que Sinto: e a Incrível História de Asta e Jase, em parceria com o Mundo Bita, e O Pulo do Coelho (2021). Em 2017, chegou às livrarias o best-seller Na Minha Pele, livro que marca sua estreia na literatura adulta e o consagrou como um dos escritores negros mais vendidos do país. Em 2022, publicou o livro Medida Provisória: Diário do Diretor, que conta os bastidores da direção de seu primeiro filme; e Você não é Invisível, em que escreve pela primeira vez para os jovens.

O 31º Festival de Cinema de Vitória, que terá também a artista Suely Bispo como a Homenageada Capixaba, apresentará a safra atual e inédita do cinema brasileiro. Além das exibições nas mostras competitivas, o evento contará com sessões especiais, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro. Toda programação é gratuita.

Foto: Divulgação.

Sob as Águas do Sena

por: Cinevitor

Sous la Seine

Direção: Xavier Gens

Elenco: Bérénice Bejo, Nassim Lyes, Léa Léviant, Sandra Parfait, Aksel Ustun, Aurélia Petit, Marvin Dubart, Daouda Keita, Ibrahima Ba, Anne Marivin, Stéphane Jacquot, Jean-Marc Bellu, Nagisa Morimoto, Yannick Choirat, Iñaki Lartigue, Victor Pontecorvo, Thomas Espinera, Anaïs Parello, Iván González, Patrick Ligardes, Maud Forget, Sandra Tabarés, Jonas Dinal, Marina Yerles, Karina Testa, Mahily Dement Elismar, Hugo Trophardy, Yves Calvi, Ricky Tribord, Balthazar Boncza, Monsieur Poulpe, Kareem Tristan Alleyne, Ellis Arch, Tod Fennell, Alain Goulem, Tristan D. Lalla, Chimwemwe Miller, Paul Zinno, Julien Jakout, José Antonio Pedrosa Moreno.

Ano: 2024

Sinopse: Um tubarão gigante apareceu no rio Sena, em Paris. Para evitar a catástrofe, uma cientista vai ter que encarar as tragédias do próprio passado.

Nota do CINEVITOR:

Conheça os vencedores do 7º Prêmio ABRA de Roteiro

por: Cinevitor
Cícero Lucas no longa mineiro Marte Um, de Gabriel Martins

O Prêmio ABRA de Roteiro é produzido pela Abra, Associação Brasileira de Autores Roteiristas, e tem a finalidade de valorizar os autores-roteiristas e ressaltar a importância do roteiro na cadeia de produção da indústria audiovisual do país.

A votação que determina indicados e vencedores é realizada pelas próprias pessoas associadas da Abra em dois turnos; podem concorrer ao prêmio as produções cujos roteiros são de autoria ou coautoria de roteiristas brasileiros, associados à Abra ou não.

Neste ano, a escolha dos vencedores foi anunciada no dia 4 de junho dentro da programação do Rio2C. O Prêmio da Crítica foi realizado em parceria com a Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema.

Confira a lista completa com os vencedores do 7º Prêmio Abra de Roteiro

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Marte Um, escrito por Gabriel Martins

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
O Sequestro do Voo 375, escrito por Lusa Silvestre e Mikael de Albuquerque

MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO
Retratos Fantasmas, escrito por Kleber Mendonça Filho

MELHOR ROTEIRO | CURTA-METRAGEM
Infantaria, escrito por Laís Santos Araújo

MELHOR ROTEIRO DE COMÉDIA | PRÊMIO PAULO GUSTAVO
O Clube dos Anjos, escrito por Angelo Defanti

MELHOR ROTEIRO | PRÊMIO DA CRÍTICA
Marte Um, escrito por Gabriel Martins

MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE | DRAMA
Cangaço Novo, escrito por Mariana Bardan, Eduardo Melo, Fernando Garrido e Erez Milgrom

MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE | COMÉDIA
Encantado’s, escrito por Renata Andrade, Thaís Pontes, Chico Mattoso e Antônio Prata

MELHOR ROTEIRO DE SÉRIE | DOCUMENTÁRIO
Vale o Escrito: A Guerra do Jogo do Bicho, escrito por Felipe Awi e Ricardo Calil

MELHOR ROTEIRO | OBRA INFANTIL E INFANTOJUVENIL
A Magia de Aruna, escrito por Maíra Oliveira, Ana Pacheco, Bruna Trindade, Rodrigo de Vasconcellos, Leandro Matos, Clara Meirelles, Indigo, Henrique Breia e Szolnky, Bruna Trindade e Raysner de Paula

MELHOR ROTEIRO | TELENOVELA
Vai na Fé, escrito por Rosane Svartman, Renata Corrêa, Renata Sofia, Pedro Alvarenga, Fabricio Santiago, Mario Viana e Sabrina Rosa

MELHOR ROTEIRO | REALITY
Ilhados com a Sogra, escrito por Rico Perez, Sarah Rodrigues, Vivian Alano, Daniella Fernandes, Jéssica Reis, Aline Furlanetto, Juan Gutierres e Mayara Barros

MELHOR ROTEIRO | VARIEDADES
Avisa Lá que Eu Vou, escrito por Luiza Yabrudi, Pedro Alvarenga, Paulo Vieira e Daniela Ocampo

PRÊMIO ABRAÇO | EXCELÊNCIA EM ROTEIRO
Nathália Cruz

PRÊMIO ROTEIRISTA DO ANO | PRÊMIO PARADISO
Renata Andrade e Thaís Pontes

Foto: Divulgação/Embaúba Filmes.

A Festa de Léo

por: Cinevitor

Direção: Luciana Bezerra, Gustavo Melo

Elenco: Cintia Rosa, Arthur Ferreira, Jonathan Haagensen, Mary Sheyla, Neusa Borges, Babu Santana, Jonathan Azevedo, Luciano Vidigal, Márcio Vito, Roberta Rodrigues, Thiago Martins, Rose Haagensen, Diego Francisco, Thaiza Barcellos, Luiz Otavio Fernandes, Kizi Vaz, Marcos Junqueira, Marcello Melo, Fatima Domingues, Numa Ciro, Sabrina Rosa, Juan Paiva, Lucio Andrey, Micael Borges, Adriano de Jesus, Melissa Arievo, Nino Batista, Maria Vitória Leonardo, Renan Cruz, Thawan Lucas, Maria Luysa, Guti Fraga, Gabbi Oliveira, Danilo Martins, Cauã Antunes, Arthur França, Axel Folley, Gabriel Garrana, Jesus Lino, Marcello Mello Júnior, Pierre dos Santos, Leandra Miranda, Zé Mario Farias, Wanderson Petão, Francisca Damião, Paulo Cypa, Erica Matos, Edson José de Oliveira, Iohanna Carvalho, Marwin Melo, Rafael Nascimento Barbosa.

Ano: 2024

Sinopse: Moradora do morro do Vidigal, uma das favelas mais famosas do Rio de Janeiro, Rita é uma vendedora ambulante que trabalha na praia e há meses vem economizando dinheiro para dar ao seu filho Léo uma festa de aniversário. Até que descobre que todo o dinheiro foi roubado pelo seu próprio marido, Dudu, que contraiu uma dívida perigosa com os moradores locais e precisa pagar de maneira urgente para preservar sua vida. A partir dessa desilusão, Rita precisa correr contra o tempo para descobrir formas de viabilizar o dinheiro para salvar a vida do pai de seu filho e finalmente poder comemorar o aniversário de Léo.

*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevista com Cintia Rosa e Jonathan Haagensen

Nota do CINEVITOR:

CINEVITOR #464: Entrevista com Pedro Diogenes | A Filha do Palhaço

por: Cinevitor
Démick Lopes e Lis Sutter em cena: protagonistas

Dirigido por Pedro Diogenes, de Pajeú e Inferninho, e protagonizado por Démick Lopes, o longa A Filha do Palhaço chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 30/05, com distribuição da Embaúba Filmes

A trama traz como personagem principal, Joana, interpretada por Lis Sutter, uma adolescente que vai passar uma semana com seu pai, Renato, papel de Démick Lopes, um humorista que interpreta uma personagem chamada Silvanelly. Esse tempo juntos será a oportunidade para se conhecerem melhor, enquanto a vida de ambos passa por grandes transformações. 

Renato não conhece bem sua filha, que cresceu longe do pai. Joana tem muitas perguntas, e Renato não está preparado para responder a todas elas. Ele vive o dilema de ter que subir num palco e fazer os outros rirem, enquanto passa por diversos conflitos internos com relação à paternidade e como revelar sua sexualidade para a filha adolescente. Na construção desse personagem, Démick Lopes trabalhou com as preparadoras de elenco Samya de Lavor e Elisa Porto para chegar a esses dois lados quase que como duas personagens diferentes: Renato e Silvanelly.

Com produção da Marrevolto Filmes, em associação com a Pique-Bandeira Filmes, o longa conta também com Jesuíta Barbosa, Jupyra Carvalho, Ana Luiza Rios, Valéria Vitoriano, Patrícia Dawson, Luiza Nobel, David Santos, Rafael Martins, Mateus Honori, Vic Servente, Jenniffer Joingley, Pipa e Patricia Nassi no elenco.

Vencedor do prêmio de melhor filme pelo júri popular e pela crítica na Mostra de Cinema de Gostoso, A Filha do Palhaço também foi premiado na Mostra Tiradentes. No For Rainbow, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, levou três prêmios; e no Cine Ceará rendeu o troféu de melhor ator para Démick Lopes, que interpreta Silvanelly, inspirada na personagem do humor cearense Raimundinha, criação de Paulo Diógenes que, infelizmente, faleceu este ano.

Com roteiro de Amanda Pontes, Michelline Helena e Pedro Diogenes, o filme traz Victor de Melo como diretor de fotografia; a direção de arte é de Thaís de Campos e o figurino de Lia Damasceno; Victor Costa Lopes assina a montagem e a trilha sonora é de Cozilos Vitor e João Victor Barroso. A produção executiva é de Amanda Pontes e Caroline Louise.

Para falar mais sobre A Filha do Palhaço, conversamos com o diretor Pedro Diogenes. No bate-papo, ele falou sobre a recepção do público em festivais, humor cearense, a inspiração em Raimundinha, elenco, roteiro, paternidade, ascensão do cinema cearense, entre outros assuntos.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Embaúba Filmes.

CINEVITOR #463: Entrevista com Cintia Rosa e Jonathan Haagensen | A Festa de Léo

por: Cinevitor
Cintia Rosa: protagonista em cena

Primeiro longa produzido pelo núcleo de cinema do Nós do Morro, A Festa de Léo, dirigido por Luciana Bezerra e Gustavo Melo, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 30/05, com um elenco formado pela comunidade vidigalense.

Ressaltando a força feminina, o filme narra a história de Rita, interpretada por Cintia Rosa, moradora do Morro do Vidigal, uma das favelas mais famosas do Rio de Janeiro, e mãe dedicada que deseja dar para o filho Léo, papel de Arthur Ferreira, uma festa de aniversário pelos seus doze anos. Porém, com a chegada da data, descobre que todo o dinheiro que havia juntado para a festa foi roubado por Dudu, seu marido, vivido por Jonathan Haagensen, para pagar uma dívida perigosa com os moradores locais. A trama gira em torno da corrida contra o tempo da busca de Rita por formas de conseguir o dinheiro para salvar a vida do pai de seu filho e poder comemorar com ele o aniversário.

Exibido no Festival do Rio, na Mostra de São Paulo e na Mostra de Cinema de Tiradentes, o longa rendeu o prêmio de melhor atriz para Cintia Rosa no FESTin, Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, em Portugal. Produzido pela Coqueirão Pictures, em coprodução com a Globo Filmes, Nós do Morro e RioFilme, e os produtores associados Rosane Svartman, Jorge Furtado e Favela dos Filmes, o título será distribuído pela Bretz Filmes.

O elenco conta também com Mary Sheyla, Neusa Borges, Babu Santana, Jonathan Azevedo, Luciano Vidigal, Márcio Vito, Roberta Rodrigues, Thiago Martins, Juan Paiva, entre outros. Produzido por Diogo Dahl, a fotografia é de Renato Falcão e a direção de arte de Wendel Barros; Maria Gorette assina o figurino e Wesley Pachu a maquiagem. A trilha sonora é de Jarbas Bittencourt e a montagem de Quito Ribeiro e Alessio Slossel.

Para falar mais sobre A Festa de Léo, conversamos com a protagonista Cintia Rosa e com o ator Jonathan Haagensen.

Aperte o play e confira:

Foto: Mariana Vianna.

CINEVITOR #462: Entrevistas com Sidney Magal, Filipe Bragança, Giovana Cordeiro e  Paulo Machline | Meu Sangue Ferve por Você

por: Cinevitor
Filipe Bragança interpreta Sidney Magal em cinebiografia

Protagonizado por Filipe Bragança, a comédia romântica musical Meu Sangue Ferve por Você, dirigida por Paulo Machline, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 30/05, com a história de amor entre Sidney Magal, um astro em ascensão no final dos anos de 1970, e seu grande amor, Magali West.

A trama se passa em 1979, quando Magal, um dos artistas mais populares e celebrados do país, segue a rotina de shows e compromissos em Salvador, na Bahia. Durante um programa de TV, conhece a deslumbrante Magali, interpretada por Giovana Cordeiro, e é acometido por uma paixão inédita e avassaladora.

Para conquistá-la, precisará vencer a resistência de Jean Pierre, papel de Caco Ciocler, seu empresário passional, além da desconfiança da família, amigos e da própria Magali. Embalado por grandes sucessos, o filme narra os encontros e desencontros dessa explosão de amor que mudará para sempre a vida do casal Magal e Magali.

Com distribuição da Manequim Filmes e produção assinada pela Mar Filmes e Amaia Produções, o longa conta também com Emanuelle Araujo, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes, Pablo Morais e Tânia Toko. Na equipe artística, traz profissionais como: o diretor de fotografia Marcelo Durst; a diretora de arte Marinês Mencio; e a figurinista Masta Ariane. As coreografias são de Lili de Grammont e a preparação vocal é de Marcello Boffat; o elenco foi preparado por Christian Duurvoort.

O roteiro de Meu Sangue Ferve por Você, que foi exibido na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio, é assinado por Roberto Vitorino e teve participação de Homero Olivetto, Thiago Dottori e do próprio diretor Paulo Machline, que conta que o filme traz elementos da época, mas também outros que são atemporais. A produção é de Diane Maia, Joana Mariani, Dan Klabin e Paulo Machline.

Para falar mais sobre o filme, fizemos dois programas especiais. Na primeira parte, conversamos com o icônico Sidney Magal e com o protagonista Filipe Bragança. Na segunda parte, o bate-papo traz a atriz Giovana Cordeiro e o diretor Paulo Machline.

Aperte o play e confira:

PARTE 1 | Entrevista com Filipe Bragança e Sidney Magal:

PARTE 2 | Entrevista com Giovana Cordeiro e Paulo Machline:

Foto: Divulgação/Manequim Filmes.

Festival de Cannes 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Karla Sofía Gascón: atriz premiada por Emilia Perez

Foram anunciados neste sábado, 25/05, os vencedores da 77ª edição do Festival de Cannes, que este ano contou com a cineasta, roteirista e atriz americana Greta Gerwig na presidência do júri. Ebru Ceylan, Lily Gladstone, Eva Green, Nadine Labaki, Juan Antonio Bayona, Pierfrancesco Favino, Hirokazu Koreeda e Omar Sy completavam o time responsável por avaliar e premiar os filmes da Competição.

Neste ano, a comédia dramática Anora, dirigida por Sean Baker e protagonizado por Mikey Madison, recebeu a Palma de Ouro, prêmio máximo do evento. A cerimônia contou ainda com a homenagem a George Lucas, que recebeu a Palma de Ouro honorária das mãos do amigo, o também consagrado cineasta Francis Ford Coppola.

Um dos momentos mais emocionantes da noite foi a entregue do prêmio de melhor atriz para o elenco feminino de Emilia Perez, do diretor Jacques Audiard. Karla Sofía Gascón, primeira mulher trans a vencer nesta categoria, subiu ao palco para representar também suas colegas de cena que foram premiadas, Selena Gomez, Adriana Paz e Zoe Saldana. Em seu discurso, disse: “Dedico para todas as pessoas trans que estão sofrendo todos os dias. Isso é para todas nós. Obrigada!”. E finalizou: “Amanhã, essa notícia estará cheia de comentários de gente terrível dizendo as mesmas coisas de sempre para todas nós. Apenas quero mandar uma mensagem de esperança. Todos temos a oportunidade de mudar para melhor, de sermos pessoas melhores. Então, vamos ver se vocês mudam, cabrones!”.

O cineasta iraniano Mohammad Rasoulof, que fugiu de seu país depois de ter sido condenado a oito anos de prisão e açoitamento, recebeu o Prêmio Especial do Júri por The Seed of the Sacred Fig. O português Miguel Gomes foi consagrado com o prêmio de melhor direção por Grand Tour, que conta com o brasileiro Thales Junqueira na equipe como diretor de arte.

O cinema brasileiro se destacou em Cannes nesta edição com seis títulos, entre eles, Motel Destino, de Karim Aïnouz, que disputava a Palma de Ouro; e o curta-metragem Amarela, de André Hayato Saito, que também estava em competição.

Além disso, nas premiações paralelas, o crítico de cinema brasileiro Marcelo Janot participou do Prêmio FIPRESCI, realizado pela Federação Internacional de Críticos de Cinema, que destacou o iraniano The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof, entre outros. E mais: a cineasta brasileira Juliana Rojas participou do júri da Queer Palm, que foi presidido pelo diretor Lukas Dhont e que elege os melhores filmes com temáticas LGBT.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cannes 2024:

COMPETIÇÃO

PALMA DE OURO
Anora, de Sean Baker (EUA)

GRAND PRIX
All We Imagine as Light, de Payal Kapadia (França/Índia/Holanda/Luxemburgo)

PRÊMIO DO JÚRI
Emilia Perez, de Jacques Audiard (México/EUA/França)

MELHOR DIREÇÃO
Miguel Gomes, por Grand Tour

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Irã)

MELHOR ROTEIRO
The Substance, escrito por Coralie Fargeat

MELHOR ATRIZ
Selena Gomez, Karla Sofía Gascón, Adriana Paz e Zoe Saldaña, por Emilia Perez

MELHOR ATOR
Jesse Plemons, por Kinds of Kindness

PALMA DE OURO | CURTA-METRAGEM
The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojša Slijepčević (Croácia)

MENÇÃO ESPECIAL | CURTA-METRAGEM
Mau por um Momento, de Daniel Soares (Portugal)

OUTROS PRÊMIOS

CÂMERA DE OURO | Caméra d’Or
Armand, de Halfdan Ullmann Tøndel (Noruega/Holanda/Suécia/Alemanha)
Menção Especial: Mongrel (白衣蒼狗), de Chiang Wei Liang e You Qiao Yin (Taiwan)

PRÊMIOS FIPRESCI | Federação Internacional de Críticos de Cinema
Competição Oficial: The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Irã)
Un Certain Regard: L’Histoire de Souleymane, de Boris Lojkine (França)
Semana da Crítica/Quinzena de Cineastas: Namibia no sabaku, de Yôko Yamanaka (Japão)

L’Œil d’or (Olho de Ouro) | MELHOR DOCUMENTÁRIO
Ernest Cole, photographe (Ernest Cole: Lost and Found), de Raoul Peck (EUA/França)
Rafaat einy ll sama (The Brink of Dreams), de Nada Riyadh e Ayman El Amir (Egito/França/Dinamarca/Qatar/Arábia Saudita)

QUEER PALM
Melhor longa-metragem: Trei kilometri până la capătul lumii, de Emanuel Parvu (Romênia)
Melhor curta-metragem: Las novias del sur, de Elena López Riera (Suíça/Espanha)

PALM DOG
Kodi, em Le Procès du chien (Who Let The Dog Bite?), de Lætitia Dosch (França)

*Clique aqui e conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard e La Cinef

*Clique aqui e conheça os vencedores da Quinzena de Cineastas

*Clique aqui e conheça os vencedores da Semana da Crítica

Foto: Stephane Cardinale/Getty Images.

Festival de Cannes 2024: conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard

por: Cinevitor
Black Dog: equipe do filme chinês premiado

Foram anunciados nesta sexta-feira, 24/05, os vencedores da mostra Un Certain Regard, também conhecida como Um Certo Olhar, que coloca em evidência filmes artísticos e artisticamente ousados dirigidos por novos cineastas, porém mais atípicos aos que disputam a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Neste ano, o chinês Gou Zhen (Black Dog), de Guan Hu, foi o grande vencedor do prêmio principal. O filme narra a história de Lang, que depois de ser libertado da prisão retorna à sua cidade natal, no noroeste da China, na orla do Deserto de Gobi. Como parte de uma patrulha canina encarregada de eliminar cães vadios antes das Olimpíadas de 2008, ele estabelece uma estranha relação com um deles. Essas duas almas solitárias embarcam em uma nova jornada juntas.

Neste ano, o júri foi presidido pelo ator e cineasta canadense Xavier Dolan, e contou também com: Maïmouna Doucouré, cineasta e roteirista francesa; Asmae El Moudir, diretora marroquina; Vicky Krieps, atriz luxemburguesa; e Todd McCarthy, crítico de cinema e cineasta americano.

Além disso, na quinta-feira, 23/05, também foram revelados os vencedores da 27ª edição da mostra La Cinef, que traz títulos inscritos por escolas e universidades de cinema do mundo todo. Os premiados foram: Sunflowers Were The First Ones To Know…, de Chidananda S Naik (Índia) (FTII, Pune), em primeiro lugar; Out The Window Through The Wall, de Asya Segalovich (EUA) (Columbia University) e The Chaos She Left Behind, de Nikos Kolioukos (Grécia) (Aristotle University of Thessaloniki), em segundo lugar; e Bunnyhood, de Mansi Maheshwari (Reino Unido) (NFTS), em terceiro lugar.

O júri de curtas-metragens deste ano foi presidido por Lubna Azabal e contou também com: Marie-Castille Mention-Schaar, Paolo Moretti, Claudine Nougaret e Vladimir Perišić.

Conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard 2024:

PRÊMIO UN CERTAIN REGARD
Gou Zhen (Black Dog), de Guan Hu (China)

PRÊMIO DO JÚRI
L’Histoire de Souleymane, de Boris Lojkine (França)

MENÇÃO ESPECIAL
Norah, de Tawfik Alzaidi (Arábia Saudita)

MELHOR ATOR
Abou Sangaré, por L’Histoire de Souleymane

MELHOR ATRIZ
Anasuya Sengupta, por The Shameless

PRIX DE LA JEUNESSE
Vingt Dieux!, de Louise Courvoisier (França)

MELHOR DIREÇÃO
Roberto Minervini, por Les Damnés (The Damned)
Rungano Nyoni, por On Becoming a Guinea Fowl

Foto: Joachim Tournebize/FDC.

Cannes 2024: conheça os vencedores da Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
Equipe do filme canadense Une langue universelle, de Matthew Rankin

Foram anunciados nesta quinta-feira, 23/05, os vencedores da Quinzena de Cineastas, Quinzaine des Cinéastes, antes chamada de Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF) desde 1969 e que destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular.

Neste ano, pela primeira vez, um prêmio do público foi concedido. Em parceria com a Fondation Chantal Akerman, o longa canadense Une langue universelle, de Matthew Rankin, foi o mais votado pelos espectadores e recebeu 7.500 euros

Sobre o voto popular, nunca antes vista na história do Festival de Cannes, a organização da mostra disse: “Não vemos o Choix du Public como um prêmio para o melhor filme da seleção, mas como uma afirmação de uma proposta cinematográfica única que abrange a individualidade e a liberdade de expressão cinematográfica. A escolha do público é uma marca de conquista destinada a ajudar este cineasta e o seu filme a encontrar mais públicos, dando assim um impulso a um filme surpreendente que tem cativado particularmente os espectadores do festival”.

Além disso, a cineasta britânica Andrea Arnold, que disputa a Palma de Ouro com Bird, foi a grande homenageada com o Carrosse d’Or na cerimônia de abertura. Grande exploradora das margens, dinamitadora de códigos sociais do cinema, a diretora e roteirista sonda o poder dos corpos e das mentes com maestria. O encerramento da 56ª edição contou com a exibição do francês Les Pistolets en plastique, de Jean-Christophe Meurisse.

Entre outros prêmios paralelos, o SACD, entregue pela Société des Auteurs et Compositeurs Dramatiques, escolheu Ma vie Ma gueule, o último longa-metragem da diretora Sophie Fillières, que faleceu em julho do ano passado. Protagonizado por Agnès Jaoui, o filme foi concluído postumamente pelos filhos de Fillières.

Nesta 56ª edição, o cinema brasileiro estava representado com o longa A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha.

Conheça os vencedores da Quinzena de Cineastas 2024:

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME
Une langue universelle, de Matthew Rankin (Canadá)

PRÊMIO SACD (Société des Auteurs et Compositeurs Dramatiques)
Ma vie Ma gueule, de Sophie Fillières (França)

LABEL CINEMA EUROPA | MELHOR FILME EUROPEU
Volveréis, de Jonás Trueba (Espanha)

CARROSSE D’OR
Andrea Arnold

Foto: Guillaume Lutz.