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FESTin 2024: filmes brasileiros são premiados no Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

por: Cinevitor
Cintia Rosa: melhor atriz por A Festa de Léo

Foram anunciados neste domingo, 12/05, os vencedores da 15ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu no Cine Turim, no Auditório Liceu Camões, no Cine Incrível e no Fórum Lisboa.

Neste ano, o Prêmio Pessoa de melhor longa de ficção foi para o brasileiro Mais Pesado é o Céu, dirigido pelo cineasta cearense Petrus Cariry. Rodada no sertão nordestino, a trama acompanha o encontro de Antônio, vivido por Matheus Nachtergaele, e Teresa, interpretada por Ana Luiza Rios, que, por motivos diferentes, pegam a estrada em busca de reconstruir a vida. Diante de um Brasil devastado pela crise moral e política, os dois acolhem um bebê abandonado e formam uma família improvável sob o sol escaldante do interior do Ceará.

Para esta 15ª edição, o júri foi formado por: Cesar Meneghetti, Dulce Fernandes e Eric Santos nos longas de ficção; Jorge Pais, Ilana Oliveira e Paula Sousa nos documentários; e Alexei Waichenberg, João Carlos e Pedro Henriques nos curtas.

Nesta edição comemorativa dos seus 15 anos, o festival celebrou a língua portuguesa com uma programação repleta de estreias exclusivas para o público lisboeta, incluindo títulos ainda não disponíveis nas plataformas de streaming em Portugal. Além das mostras competitivas, a programação contou também com exibições paralelas, como a Mostra Cinema Brasileiro.

A abertura do evento exibiu Mamonas Assassinas: O Filme, de Edson Spinello; já o encerramento contou com Mussum, o Filmis, dirigido por Silvio Guindane. Para celebrar seus 15 anos de existência, o FESTin 2024 realizou uma retrospectiva das edições anteriores, apresentando alguns dos filmes que marcaram sua história.

Conheça os vencedores do FESTin 2024:

MELHOR FILME | FICÇÃO | PRÊMIO PESSOA
Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | FICÇÃO
A Festa de Léo, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo (Brasil)

MELHOR FILME | VOTO DO PÚBLICO
Na Mata dos Medos, de António Borges Correia (Portugal)

MELHOR DIREÇÃO
Petrus Cariry, por Mais Pesado é o Céu

MELHOR ATOR
Caco Ciocler, por As Polacas

MELHOR ATRIZ
Cintia Rosa, por A Festa de Léo

MELHOR DOCUMENTÁRIO
De Longe Toda Serra é Azul, de Neto Borges (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | DOCUMENTÁRIO
Rua Aurora: Refúgio de Todos os Mundos, de Camilo Cavalcante (Brasil)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | VOTO DO PÚBLICO
Lindo, de Margarida Gramaxo (Portugal)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Joia, de Jonathan Samukange (Angola)

MENÇÃO HONROSA | CURTA-METRAGEM
Bodas de Ouro, de Liza Gomes (Brasil)

MELHOR CURTA-METRAGEM | VOTO DO PÚBLICO
Joia, de Jonathan Samukange (Angola)

MELHOR FILME INFANTIL | VOTO DO PÚBLICO
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (Brasil)

MELHOR FILME | MOSTRA OS DIFERENTES SOTAQUES DA LUSOFONIA
O Afinador de Silêncios, de Mário Patrocínio (Portugal)

Foto: Mariana Vianna.

Prêmio ABC 2024: Associação Brasileira de Cinematografia anuncia finalistas

por: Cinevitor
Vera Holtz e Arlete Salles em Tia Virgínia, de Fabio Meira

A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.

Hoje são mais de 440 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC, Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.

A ABC ainda atua na área do direito autoral, seguindo a tendência de reconhecimento dos direitos legais de coautoria nas obras audiovisuais nos moldes que já vêm ocorrendo em alguns países europeus. Aperfeiçoando-se no dia a dia da convivência entre os colegas, a Associação, hoje a maior do gênero no país, planeja um crescimento orgânico, com ênfase na qualidade dos seus quadros, para proporcionar uma melhor qualificação técnica, artística e ética para os profissionais da produção audiovisual brasileira.

O Prêmio ABC de Cinematografia, que encerra a programação da Semana ABC, teve sua primeira edição em 2001. Os vencedores deste ano serão anunciados no sábado, 18/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Karine Teles. Os trabalhos premiados nas 13 categorias são escolhidos por meio de votação dos sócios e sócias da ABC, o que transforma o Prêmio ABC em uma das principais premiações brasileiras, em que o reconhecimento vem dos próprios pares, neste caso, profissionais da cinematografia.

Conheça os finalistas ao Prêmio ABC 2024:

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta!, por Gustavo Hadba
Luz nos Trópicos, por Pedro Urano e Paula Gaitán
Meu Nome é Gal, por Pedro Sotero
O Espaço Infinito, por Pedro Maffei
Rio do Desejo, por Adrian Teijido
Tinnitus, por Rui Poças

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Chic Show, por Léo Bittencourt
Nada Sobre Meu Pai, por Rafael Mazza
Quando Falta o Ar, por Léo Bittencourt
Quantos Dias Quantas Noites, por Vitor Amati
Vento na Fronteira, por Alziro Barbosa
Visions in The Dark, por Pedro Rocha

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta!, por Mariela Rípodas
O Sequestro do Voo 375, por Rafael Ronconi
Pedágio, por Vicente Saldanha
Tia Virgínia, por Ana Mara Abreu
Tinnitus, por Carol Ozzi

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta!, por Sabrina Wilkins e Fernando Epstein
Mussum, o Filmis, por André Simões
O Homem Cordial, por Nina Galanternick
O Rio do Desejo, por Ricardo Farias, Marcelo Junqueira e Felipe Duarte Ferpa
Pedágio, por Ricardo Saraiva e Lautaro Colace

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, por João Wainer
Memória Sufocada, por Gabriel Di Giacomo Rocha
Quando Falta o Ar, por Paulo Celestino Mendes Campos
Retratos Fantasmas, por Matheus Farias
Um Tiro no Escuro, por Tasso Lapa Dourado

MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Mato Seco em Chamas, por Francisco Craesmeyer, Daniel Turini, Fernando Henna e Henrique Chiurciu
Mussum, o Filmis, por Evandro Lima, Rodrigo Noronha, Gustavo Loureiro, Acácia Lima e Tomás Alem
Noites Alienígenas, por Pedro Sá Earp e Bernardo Gebara
Nosso Sonho, por Pedro Saldanha, Ariel Henrique, Tomás Alem e Bernardo Uzeda
O Sequestro do Voo 375, por Sérgio Scliar, Ricardo Reis e Miriam Biderman

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM
Pássaro Memória, por Guilherme Tostes
Píer, por Tiago Pinheiro
Pra Te Ver de Novo, por Anderson Sérgio
Sem Fantasia, por Fernando Duarte
Vão das Almas, por David Alves Mattos e Cled Pereira
Yãmî Yah-Pá, por Bento Marzo

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV
Anderson Spider Silva (episódio 1), por Adrian Teijido
Betinho: No Fio da Navalha (episódio 1), por Pedro Sotero
Cangaço Novo (episódio 3), por Azul Serra
Fim (episódio 7), por Fernando Young e Lula Cerri
João Sem Deus: A Queda de Abadiânia (episódio 1), por Janice D’Avila

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV
Além do Guarda-Roupa (episódio 1), por Claudia Calabi
Amar é para os Fortes (episódio 4), por Joana Mureb
Histórias (Im)Possíveis (episódio 1), por Juliana Lobo
João Sem Deus: A Queda de Abadiânia (episódio 1), por Fernanda Carlucci
Marcelo, Marmelo, Martelo (episódio 2), por Marghe Pennacchi e Rafael Blas
Rio Connection (episódio 4), por Valéria Costa

MELHOR SOM | SÉRIE DE TV
Amar é para os Fortes (episódio 1), por Frederico Massine, Armando Torres Jr., Caio Guerin, Bernardo Uzeda e Tomás Alem
Anderson Spider Silva (episódio 1), por Jorge Rezende, Armando Torres Jr., Caio Guerin, Tomás Alem e Bernardo Uzeda
Cangaço Novo (episódio 3), por George Saldanha, Anderson Ferreira, Alessadro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond
Fim (episódio 1), por Jorge Saldanha, Gabriela Bervian, Pedro Saldanha, Alessandro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond
Sintonia (episódio 8), por Leandro Lima, Guilherme Marinho, Alessandro Laroca e Eduardo Virmond

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE
Fallen Leaf, de Vintage Culture feat. Fideles e Be No Rain; por Pepe Mendes
Fé nas Maluca, de IZA e MC Carol; por Victor Alencar
Layla & Nadja, de Unknown Mortal Orchestra; por Yuri Maranhão
Quem Bate Esquece, de Ravi Lobo; por Rafael Mattar
S.E.X.O., de Hodari; por Renato Hojda

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO
Allos, por Kairo Lenz
Ashe: US Open, por Yuri Maranhão
Gatorade: Clássicos (Derby), por Lucas Oliveira
Não Existem Atalhos: Rio Games, por Pepe Mendes
Ninho: Aprendendo Juntos, por Lícia Arosteguy

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL
Kila & Mauna, por Naya Oliveira e Sunny Maia (Vila das Artes)
No Fim da Noite, por Charles dos Santos (USP)
Noite de Cinzas, por Luzia Saraiva (Unisinos)
Nosso Tipo Inesquecível, por Letícia Rocha (USP)
Os Peixes Mais Lindos do Mundo, por Gabriel Saraiva e Gabriela Pazini (ESPM Rio)

Foto: Divulgação/Elo Studios.

Planeta dos Macacos: O Reinado

por: Cinevitor

Kingdom of the Planet of the Apes

Direção: Wes Ball

Elenco: Owen Teague, Freya Allan, Kevin Durand, Peter Macon, William H. Macy, Eka Darville, Travis Jeffery, Lydia Peckham, Neil Sandilands, Ras-Samuel, Sara Wiseman, Kaden Hartcher, Andy McPhee, Karin Konoval, Nina Gallas, Samuel Falé, Dichen Lachman, Virginie Laverdure, Markus Hamilton, Benjamin Scott, Nirish Bhat Surambadka, Frances Berry, Peter Hayes, Sheree da Costa, Souleymane Diasse, Olga Miller, Dmitriy Miller, Anastasia Miller, Michael Spudic, Nathan Bates.

Ano: 2024

Sinopse: O filme se passa em várias gerações no futuro, após o reinado de César, em que os macacos são a espécie dominante, vivendo harmoniosamente e os humanos foram reduzidos a viver nas sombras. À medida que um novo líder símio tirânico constrói o seu império, um jovem macaco empreende uma jornada angustiante que o levará a questionar tudo o que sabia sobre o passado e a fazer escolhas que definirão um futuro tanto para os macacos como para os humanos.

Nota do CINEVITOR:

Isabelle Huppert presidirá o júri do Festival de Cinema de Veneza 2024

por: Cinevitor
A consagrada atriz francesa já foi premiada em Veneza

A 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, acaba de anunciar que a atriz francesa Isabelle Huppert presidirá o Júri Internacional da Competição, que designará o Leão de Ouro e outros prêmios oficiais; a decisão foi tomada pela diretoria da Biennale di Venezia por recomendação de Alberto Barbera, diretor do festival.

Em comunicado oficial, Huppert disse: “Há uma longa e bela história entre o festival e eu. Tornar-se uma espectadora privilegiada é uma honra. Mais do que nunca, o cinema é uma promessa. A promessa de fugir, de perturbar, de surpreender, de olhar bem para o mundo, unidos nas diferenças dos nossos gostos e ideias”.

Alberto Barbera também comentou a escolha: “Isabelle Huppert é uma atriz imensa, exigente, curiosa e de grande generosidade. Musa de inúmeros grandes cineastas, nunca escapou ao convite de realizadores jovens ou não tão famosos que viram nela a intérprete ideal das suas histórias. A sua enorme vontade de se colocar constantemente em risco, sinal da sua inteligência incomum, aliada à sua capacidade de olhar o cinema para além das fronteiras geográficas e mentais, fazem dela uma Presidente do Júri ideal num festival aberto ao mundo inteiro como o Festival de Cinema de Veneza. Estamos muito gratos a ela por ter aceitado o cargo, cientes dos muitos compromissos no cinema e no teatro que enfrentará nos próximos meses”.

Considerada uma das maiores atrizes do cinema mundial, Isabelle Huppert desenvolveu interesse em atuar quando era adolescente e ingressou no Conservatoire de Versailles. Em 1978, ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por Violette, de Claude Chabrol. Trabalhou com Chabrol em outros sete filmes e ganhou duas vezes a Coppa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza com Um Assunto de Mulheres, em 1988, e Mulheres Diabólicas, em 1995, pelo qual também recebeu seu primeiro Prêmio César.

Em 2001, ganhou seu segundo prêmio de melhor atriz em Cannes por A Professora de Piano, de Michael Haneke. Em 2005, foi homenageado pelo Festival de Veneza com um Leão de Ouro Especial pela obra geral em Gabrielle, de Patrice Chéreau. Em 2017, recebeu sua primeira indicação ao Oscar por Elle, de Paul Verhoeven, pelo qual também ganhou o Globo de Ouro e o Spirit Awards. Em 2022, foi homenageada com o Urso de Ouro Honorário no Festival de Berlim.

Foto: Maria Moratti/Getty Images.

13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Mayra Lucas no longa Greice, de Leonardo Mouramateus

Foram anunciados nesta terça-feira, 07/05, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados para a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de junho. A programação conta com títulos das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas.

O evento, que já havia divulgado algumas de suas mostras pelas redes sociais, agora anuncia os longas e curtas-metragens que disputam diversos prêmios pelo Júri Oficial. O público ainda tem parte essencial nas premiações, uma vez que definirá os vencedores por meio de votação popular.

A Mostra Competitiva Brasileira é composta por 16 produções inéditas, sendo oito curtas e oito longas-metragens. Já a Mostra Competitiva Internacional é composta por 14 produções de diferentes nacionalidades, como Suíça, Alemanha, Haiti, Palestina, Hungria, França, entre outros.

Em comunicado oficial, Antonio Gonçalves Junior, diretor do festival, disse: “O Olhar de Cinema de 2024 contará com estreias mundiais, reunindo produções vindas de diferentes países, além de filmes brasileiros que chegam às telonas pela primeira vez, e abordam diferentes temas, propondo um novo olhar direcionado à sétima arte”.

Neste ano, o filme de abertura, que será exibido na Ópera de Arame, será Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes, que fez parte da programação do Festival de Roterdã. No longa, dois irmãos católicos, Emilie e Emir, em 1949 partem de um Líbano na iminência da guerra em busca de uma nova vida em território estrangeiro, numa viagem rumo a um Brasil desconhecido. Quando Emilie se apaixona por Omar, um comerciante muçulmano residente em Manaus, o ciúme do irmão terá graves consequências. Neste épico íntimo, baseado em romance de Milton Hatoum, o encontro entre culturas distantes entrelaça questões coletivas de memória, tradição e pertencimento, num relato ao rés da pele que lança um olhar cuidadoso às histórias fundacionais de imigrantes no país.

Já o encerramento contará com Salão de Baile, de Juru e Vitã. No clima ballroom, este vibrante documentário apresenta a cultura das Houses fluminenses, que se apropriam de influências estrangeiras e de elementos reconhecidamente brasileiros para construir um universo que mistura dança, música, moda e performance a partir das experiências queer periféricas e racializadas. Um mosaico de vozes, corpos, movimentos, poses e presenças nos mostra que, entre o baile e as vidas íntimas de algumas de suas importantes figuras.

A Mostra Foco do Olhar de Cinema 2024 se dedica pela primeira vez a um conceito norteador, ao invés de apresentar filmes de realizadores ou regiões de origem em específico. Sob o título Cinema de Luta, a seleção traz quatro longas brasileiros recentes que, através de uma relação imediata e frontal com a atuação de pessoas envolvidas em movimentos sociais, fazem de suas práticas audiovisuais partes integrantes de uma luta para produzir mudanças efetivas no seu entorno. Esta é uma mostra que diz respeito, portanto, ao que é representado nos filmes, mas também à maneira como representam: por uma forma de ação direta, tanto da parte de quem está na frente mas também de quem está atrás das câmeras, num movimento que se complementa e às vezes se confunde.

Sobre a mostra Olhar Retrospectivo desta edição: em outubro de 2023, a família de Hou Hsiao-Hsien confirmou a notícia de que o cineasta estava se afastando da direção cinematográfica aos 76 anos de idade devido ao avanço de sua condição com o Alzheimer. Com isso, foi interrompida ainda em vida a trajetória de um dos mais influentes cineastas que o mundo viu nos últimos 40 anos. Nascido na China continental em 1947, mas mudando com sua família para Taiwan já no ano seguinte, Hou Hsiao-Hsien é uma das principais vozes daquele que se convencionou chamar o Novo Cinema Taiwanês, movimento que tomou o cenário internacional dos festivais de cinema a partir dos anos 80.

Dentre os cineastas oriundos daquele momento, ele foi o que teve a carreira mais longeva e reconhecida, tendo todos os seus filmes a partir do final daquela década sido exibidos em algum dos principais festivais do mundo, e reconhecidos por prêmios como o Leão de Ouro em Veneza, melhor direção em Cannes, entre outros. O Olhar de Cinema aproveita essa oportunidade de celebrar, ainda em vida, a trajetória artística finalizada de um dos grandes mestres do cinema contemporâneo, e exibirá oito de seus dezoito longas, passando por três fases distintas de sua carreira: o estabelecimento de sua visão de mundo e cinema nos anos 1980, a consolidação de seu estilo e o reconhecimento mundial nos anos 1990, e algumas de suas “obras de maturidade”, já no século XXI.

Conheça os filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2024:

FILME DE ABERTURA
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil)

FILME DE ENCERRAMENTO
Salão de Baile, de Juru e Vitã (Brasil)

COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS

A Mensageira, de Cláudio Marques
Greice, de Leonardo Mouramateus
O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada Fácil, Fácil Não é a Vida, de Guilherme Martins
O Sol das Mariposas, de Fábio Allon
Praia Formosa, de Julia De Simone
Quem É Essa Mulher?, de Mariana Jaspe
Tijolo por Tijolo, de Victoria Alvares e Quentin Delaroche
Um Dia Antes de Todos os Outros, de Fernanda Bond e Valentina Homem

COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS

Capturar o Fantasma, de Davi Mello
Caravana da Coragem, de Pedro B. Garcia
Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa
Povo do Coração da Terra (Ava Yvy Pyte Ygua), de Coletivo Guahu’i Guyra
Rinha, de Rita M. Pestana
Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro
Viventes, de Fabrício Basílio

COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS

As Noites Ainda Cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa (Moçambique/França/Alemanha/Portugal)
Caminhos Cruzados (Crossing), de Levan Akin (Suécia/Dinamarca/França)
Eu Não Sou Tudo Aquilo que Quero Ser (Ještě Nejsem, Kým Chci Být), de Klára Tasovská (República Tcheca/Eslováquia/Áustria)
Ivo, de Eva Trobisch (Alemanha)
Os Paraísos de Diane (Les Paradis de Diane), de Carmen Jaquier e Jan Gassmann (Suíça)
Pepe, de Nelson Carlo De Los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/Alemanha/França)

COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS

Caindo (Falling), de Anna Gyimesi (Hungria/Bélgica/Portugal)
Contrações (Contractions), de Lynne Sachs (EUA)
Desde Então, Estou Voando (O Gün Bu Gündür, Uçuyorum), de Aylin Gökmen (Suíça)
Mamántula, de Ion de Sosa (Espanha/Alemanha)
Minha Pátria (Mawtini), de Tabarak Abbas (Suíça)
Nossas Ilhas (Nos Îles), de Aliha Thalien (França/Martinica)
Sonhos como Barcos de Papel (Des Rêves en Bateaux Papiers), de Samuel Suffren (Haiti)
Uma Pedra Atirada (رجح†ىمرم†ىلع†), de Razan AlSalah (Palestina/Líbano/Canadá)

NOVOS OLHARES

Caixa de Areia (Bac A Sable), de Lucas Azémar (França)
Entre Vênus e Marte, de Cris Ventura (Brasil)
Geração Ciborgue (Cyborg Generation), de Miguel Morillo Vega (Espanha)
Idade da Pedra, de Renan Rovida (Brasil)
Jean Genet Agora (Jean Genet Ahora), de Miguel Zeballos (Argentina)
Perdendo a Fé (Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin), de Martha Mechow (Áustria/Alemanha)

EXIBIÇÕES ESPECIAIS

A Transformação de Canuto, de Ariel Ortega e Ernesto de Carvalho (Brasil)
Do Tempo que Eu Comia Pipoca, de Heloísa Passos e Catherine Agniez (2001) (Brasil)
Lista de Desejos para Superagüi, de Pedro Giongo (Brasil)
Mário, de Billy Woodberry (Portugal/França)
Mário de Andrade, O Turista Aprendiz, de Murilo Salles (Brasil)
O Patinador, a Vida, a Luta (The Roller, The Life, The Fight), de Elettra Bisogno e Hazem Alqaddi (Bélgica)
Osório, de Heloísa Passos e Tina Hardy (2008) (Brasil)
Viva Volta, de Heloísa Passos (2005) (Brasil)

MIRADA PARANAENSE | LONGA

A Cápsula, de Ribamar Nascimento

MIRADA PARANAENSE | CURTAS

Adam, de Ana Catarina
Baobab, de Bea Gerolin
Esse Navio Vai Afundar, de Luc da Silveira
Jacu Herói, de Pedro Carregã
Nada Ficou no Lugar, de Stefano Lopes
Prontuário Nº415361, de Vino Carvalho
Quarto Vazio, de Julia Vidal
Terra Incógnita, de Waleska Antunes

OLHAR RETROSPECTIVO

A Assassina (Cike Nie Yin Niang), de Hou Hsiao-Hsien (2015) (Taiwan)
Adeus, Ao Sul (Nan Guo Zai Jian, Nan Guo), de Hou Hsiao-Hsien (1996) (Taiwan)
Café Lumière (Kôhî Jikô), de Hou Hsiao-Hsien (2003) (Japão)
Cidade das Tristezas (Bei Qing Cheng Shi), de Hou Hsiao-Hsien (1989) (Taiwan)
Millennium Mambo (Qian Xi Man Bo), de Hou Hsiao-Hsien (2001) (Taiwan)
O Mestre das Marionetes (Xi Meng Ren Sheng), de Hou Hsiao-Hsien (1993) (Taiwan)
Poeira ao Vento (Liàn Liàn Fengchén), de Hou Hsiao-Hsien (1986) (Taiwan)
Tempo de Viver e Tempo de Morrer (Tóngnián Wangshì), de Hou Hsiao-Hsien (1985) (Taiwan)

OLHARES CLÁSSICOS

A Guerra do Pente, de Nivaldo Lopes (1986) (Brasil)
As Mulheres Palestinas (Les Femmes Palestiniennes), de Jocelyne Saab (1974) (Líbano)
Era Uma Vez Beirute (Kanya Ya Ma Kan, Beyrouth), de Jocelyne Saab (1994) (Líbano)
O Comboio do Medo (Sorcerer), de William Friedkin (1977) (EUA)
Sem Chão (Losing Ground), de Kathleen Collins (1982) (EUA)
Sherlock Jr., de Buster Keaton (1924) (EUA)
Um é Pouco, Dois é Bom, de Odilon Lopez (1970) (Brasil)

FOCO

Lagoa do Nado: A Festa de um Parque, de Arthur B. Senra (Brasil)
Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (Brasil)
O Canto das Margaridas, de Mulheres no Audiovisual PE (Brasil)
Ouvidor, de Matias Borgström (Brasil)

PEQUENOS OLHARES | LONGA

O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho (Brasil)

PEQUENOS OLHARES | CURTAS

Almadia, de Mariana Medina (Brasil)
Ana e As Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (Brasil)
Ária, de Arthur P. Motta (Brasil)
Camille, de Denise Roldán (México)
Casa na Árvore, de Guilherme Lepca (Brasil)
Lagrimar, de Paula Vanina (Brasil)
Os Defensores de Típota, de Caio Guerra (Brasil)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (Brasil)

Foto: Divulgação.

Cine PE 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa pernambucano No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni

A organização do Cine PE – Festival do Audiovisual anunciou, nesta quinta-feira, 02/05 a lista completa dos filmes que farão parte da programação de sua 28ª edição, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho; serão exibidos 38 títulos.

Com o tema Ver, Ouvir, Sentir, o festival, que acontece no Recife, faz uma homenagem à conexão profunda e multifacetada entre a música e o cinema. Na noite de 6 de junho, abertura do evento, o palco do Teatro do Parque receberá um concerto sinfônico da Orquestra Bravo, trazendo releituras de músicas famosas da sétima arte sob a batuta do maestro Dierson Torres.

Neste ano, o Cine PE, que é uma das maiores vitrines do audiovisual brasileiro, recebeu um número recorde de inscrições: foram 982 produções submetidas, superando a edição de 2023, que recebeu 752 propostas, entre curtas e longas-metragens. Dos quase mil inscritos, 5 foram selecionados para a Mostra Competitiva de longas-metragens, 8 filmes integram a Mostra Competitiva de curtas-metragens pernambucanos e 15 produções compõem a Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais.

Fora da competição, a Mostra Hors-Concours exibe, na noite de abertura do Cine PE 2024, o filme Grande Sertão, de Guel Arraes. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o longa transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, interpretado por Caio Blat, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, papel de Luisa Arraes, uma das integrantes do grupo.

Também fora da competição, a Mostra Inquietações, programação paralela dentro do festival, ocupa o Cinema do Porto/Cinema da Fundação, no Bairro do Recife, nos dias 8 e 9 de junho. Ao longo dos dois dias serão exibidos 9 curtas-metragens; as sessões são gratuitas e começam às 14h.

Realizado por Sandra e Alfredo Bertini, o 28º Cine PE traz na curadoria dos filmes três profissionais ligados ao audiovisual: a crítica de cinema, jornalista, criadora e editora-chefe do site Nervos, Nayara Reynaud; o crítico e programador do circuito Cine Materna, Edu Fernandes; e, em sua primeira participação como curadora do Cine PE, a professora, consultora de roteiro e crítica de cinema Carissa Vieira, colunista do site Cinem(ação). De acordo com os curadores, dos 28 títulos selecionados para as mostras competitivas, 15 são inéditos no Brasil.

O Júri Oficial de cada categoria da competição será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga. Além das categorias premiadas pelo Júri Oficial, cabe ao público selecionar os vencedores do Júri Popular. Ao final de cada noite de exibição, os espectadores poderão entrar no site oficial do festival para votar em seus favoritos. A plataforma servirá como um agregador de informações sobre o evento e contará com a ficha técnica de todos os filmes.

O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A Calunga é a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade, expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores com a Calunga de Prata.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no qual um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição. O vencedor recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio de R$ 15 mil, além de ser exibido na grade de programação.

Seguindo a tradição desses 28 anos de jornada, o Cine PE rende homenagem a grandes nomes do audiovisual, que serão divulgados em breve. No âmbito educacional, como de costume, o festival reunirá alunos de escolas públicas municipais e estaduais para duas sessões especiais dentro da programação do evento. A Mostra Infantil, fora da competição, acontecerá entre os dias 13 e 14 de maio, no cinema do Teatro do Parque.

O educador e economista Cristovam Buarque traz para o Recife seu livro Conversa com Edmar Bacha. Em 2022, Buarque e Bacha participaram do seminário Cenários Econômicos, Políticos e Sociais para 2023: O que Será do Brasil?, que integrou a programação do 26º Cine PE; um dos resultados desse encontro foi a decisão de escrever este livro. Nesta edição, os dois economistas se reencontram para debater sobre a obra e os desafios e oportunidades para o desenvolvimento do país.

Por mais um ano, a entrada em todas as sessões será gratuita. Em comum acordo com a Prefeitura do Recife, gestora do Cinema do Teatro do Parque, a realizadora Sandra Bertini optou mais uma vez pela gratuidade, para “demarcar o cinema como um espaço de todos e para todos”. Durante o festival, a bilheteria do cinema estará aberta diariamente, a partir das 17h, para retirada dos ingressos. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala.

Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2024:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Cordel do Amor Sem Fim, de Daniel Alvim (SP)
Geografia Afetiva, de Mari Moraga (SP)
Invisível, de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen (RJ)
Memórias de um Esclerosado, de Thaís Fernandes e Rafael Corrêa (RS)
No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni (PE)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Chuva Não Me Viu Passar, de Leonardo Gatti (SC)
Cacica: A Força da Mulher Xavante, de Jade Rainho e Carolina Rewaptu (MT)
Dentro de Mim, de Dayane Teles (AL)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Flores de Macambira, de Crianças Adolescentes da Comunidade de Macambira (ES)
Guaracy, de Eliete Della Violla e Daniel Bruson (SP)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda, Luan Hilton, Chia Beloto, Marila Cantuária, Juliette Perrey, Marcelo Vaz, Yuri Shmakov, Raul Souza, Gio Guimarães, Gabriel de Moura e Rubens Caetano (PE)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
Resistência, de Juraci Júnior (RO)
Sempre o Mesmo, de João Folharini (SP)
Sertão América, de Marcela Ilha Bordin (ES/RS/PI)
Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes e Klaus Hastenreiter (BA)
Vermelho-oliva, de Nina Tedesco (RJ)
Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Chão, de Philippe Wollney
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Mastins Rêgo
Descarrego, de Joana Claude
Emocionado, de Pedro Melo
Mãe, de Natália Tavares
Moagem, de Odília Nunes
Náufrago, de Vitória Vasconcellos
Nova Aurora, de Victor Jiménez

MOSTRA PARALELA | INQUIETAÇÕES

Adam, de Ana Catarina (PR)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovana Castellari (SP)
Destino Brasília, de Kalyne Almeida, Leandro Cunha e Sandro Alves de França (PB)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Estação Janga-Lua (O Segundo Mundo do Rádio), de Rui Mendonça (PE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)
Utopia Muda, de Júlio Matos (SP)

MOSTRA INFANTIL DE CINEMA
A Fada do Dente, de Caroline Origer
Coração de Fogo, de Laurent Zeitoun e Theodore Ty

MOSTRA HORS-CONCOURS
Grande Sertão, de Guel Arraes (SP)

Foto: Divulgação.

O Auto da Compadecida 2, com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, ganha primeiro teaser

por: Cinevitor
Um dos filmes brasileiros mais esperados do ano

Protagonizado por Matheus Nachtergaele e Selton Mello, com direção de Guel Arraes e Flavia Lacerda, o aguardado filme O Auto da Compadecida 2 acaba de ganhar seu primeiro teaser.

Na continuação de um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, João Grilo (Matheus) e Chicó (Selton) se reencontram 20 anos depois do primeiro longa, na mítica cidade de Taperoá. Juntos, os personagens embarcam em novas aventuras, enquanto a trama é conduzida pela amizade entre os dois. Virginia Cavendish retorna como Rosinha e Enrique Diaz como Joaquim Brejeiro, e alguns dos novos personagens que movimentam a história são interpretados por Taís Araujo, Humberto Martins, Luis Miranda, Eduardo Sterblitch e Fabiula Nascimento.

O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 25 de dezembro. O roteiro original é de Guel Arraes e João Falcão, com colaboração de Adriana Falcão e de Jorge Furtado. Com aprovação da família de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida 2 tem produção da Conspiração, Guel Produções e H2O Films, que também assina a distribuição. A coprodução é da Claro, com patrocínios master do Instituto Cultural Vale e da Brahma, e patrocínios da Santa Helena, do Itaú Cultural e do TikTok.

O lançamento do teaser com as primeiras imagens do filme O Auto da Compadecida 2 é o pontapé inicial da gigantesca campanha planejada pela distribuidora H2O Films, que terá ações durante todos os meses até dezembro. O público poderá acompanhar João Grilo e Chicó em diferentes plataformas, inclusive em campanhas publicitárias dos seus patrocinadores, além de outras ativações ao longo do ano.

Para entrar no clima do novo filme, assista também (clique aqui) ao nosso programa especial gravado em Cabaceiras, na Paraíba, cidade que serviu de locação para O Auto da Compadecida, em 2000.

Confira o teaser de O Auto da Compadecida 2:

Foto: Laura Campanella.

CINEVITOR #459: Entrevista com Johnny Massaro, Luisa Arraes e Ravel Andrade + diretoras | Filme: TRANSE

por: Cinevitor
Protagonistas em cena: estreia nas telonas

Protagonizado por Johnny Massaro, Luisa Arraes e Ravel Andrade, Transe, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 02/05, conta uma vertiginosa história de amor em uma mistura de ficção e documentário que registra a polarização política às vésperas das eleições presidenciais de 2018.

Dirigido por Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, o filme, exibido no Festival do Rio, na Mostra de São Paulo e no Mix Brasil, tem cenas rodadas entre as manifestações do #EleNão e o resultado das eleições de 2018. Transe usa o contexto nacional como engrenagem para os encontros e desencontros da personagem de Luisa, que se depara com a possibilidade de um candidato de extrema direita chegar ao poder. Em meio às reivindicações pelos direitos das mulheres e à liberdade do amor, a jovem percebe que vive numa bolha e que a realidade é mais complexa e, por vezes, mais assustadora.

O longa é definido pelas diretoras como um coming of age da política, ao retratar o cenário social brasileiro de seis anos atrás, do ponto de vista de uma nova geração de jovens brasileiros. Na trama, Luisa é uma jovem atriz que vive com seu namorado músico, Ravel. Ela conhece Johnny, um espírito livre, e os três vivem um relacionamento baseado no amor livre, quando um perigo iminente ameaça colocar o futuro de todos em risco.

Com roteiro de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, o longa conta também com participações especiais de Ana Flavia Cavalcanti, Bella Camero, Célio Junior, Cláudio Prado, Dudu Rios, Maria Clara Drummond, Matheus Macena, Matheus Torreão, Pastor Henrique Vieira e Priscila Lima. A fotografia é de Daniel Venosa, produção da Cosmocine e Conspiração; com distribuição da ArtHouse e Filmes do Estação.

Para falar mais sobre Transe, conversamos com os protagonistas Johnny Massaro, Luisa Arraes e Ravel Andrade; e também com as diretoras Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor. No bate-papo, falaram sobre a ideia do projeto, bastidores, filmagens nas manifestações, o atual momento do cinema brasileiro, entre outros assuntos.

Aperte o play e confira:

Foto: Pedro Perdigão.

Festival de Cannes 2024: conheça os integrantes do júri

por: Cinevitor
Lily Gladstone no tapete vermelho da edição passada

Presidido pela cineasta, roteirista e atriz americana Greta Gerwig, do sucesso mundial Barbie, o júri da 77ª edição do Festival de Cannes agora está completo. Foram anunciados nesta segunda-feira, 29/04, os nomes das personalidades da sétima arte que terão a missão de avaliar e premiar os longas-metragens em competição.

O time que escolherá o grande vencedor da Palma de Ouro, entre 22 filmes selecionados, conta com: Ebru Ceylan, atriz, diretora, roteirista e fotógrafa turca, que passou pelo festival em 1998 com o curta-metragem Kiyida, além de assinar os roteiros de Ervas Secas e A Árvore dos Frutos Selvagens; Lily Gladstone, de Assassinos da Lua das Flores, a primeira atriz de origem indígena a ser indicada ao Oscar; Eva Green, atriz francesa que se destacou em diversos filmes, entre eles, Os Sonhadores.

E mais: Nadine Labaki, atriz e cineasta libanesa, que venceu o Prêmio do Júri em Cannes com Cafarnaum; o cineasta espanhol Juan Antonio Bayona, dos sucessos A Sociedade da Neve e O Impossível; o ator italiano Pierfrancesco Favino, que já passou por Cannes com O Traidor e Nostalgia; o consagrado cineasta japonês Hirokazu Koreeda, vencedor da Palma de Ouro com Assunto de Família e premiado também por Pais e Filhos, Broker: Uma Nova Chance e Monster; e o ator e produtor francês Omar Sy, do sucesso Os Intocáveis e da série Lupin.

Além disso, anteriormente o Festival de Cannes também anunciou os integrantes do júri da mostra Un Certain Regard, que será presidido pelo ator e cineasta canadense Xavier Dolan e contará com: Maïmouna Doucouré, cineasta e roteirista francesa; Asmae El Moudir, diretora marroquina; Vicky Krieps, atriz luxemburguesa; e Todd McCarthy, crítico de cinema e cineasta americano.

Em uma premiação paralela, a Queer Palm escolhe o melhor filme LGBTQ+ do Festival de Cannes. Neste ano, o júri será presidido pelo cineasta belga Lukas Dhont e contará com: Juliana Rojas, cineasta brasileira; Sophie Letourneur, diretora francesa; Paloma Hugo Bardin, drag performer francesa; e o jornalista Jad Salfiti.

Vale lembrar que entre os longas-metragens selecionados em competição, o cinema brasileiro está na disputa pela Palma de Ouro com Motel Destino, do cineasta cearense Karim Aïnouz. O Festival de Cannes 2024 acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio.

Foto: Patricia de Melo Moreira/Getty Images.

Festival Guarnicê de Cinema 2024 anuncia títulos selecionados para as mostras paralelas

por: Cinevitor
Cena do curta-metragem potiguar Yby Katu: selecionado

Depois de divulgar os títulos em competição, a 47ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, o mais longevo festival de cinema do Norte e Nordeste e um dos mais relevantes do Brasil, anunciou os 116 filmes que compõem as tradicionais mostras paralelas do evento, realizadas desde a primeira edição do festival, em 1977.

Sempre com o objetivo de apresentar um panorama da produção audiovisual brasileira e estimular discussões sobre temas importantes para a sociedade, o festival traz pela primeira vez no catálogo as mostras Para Não Esquecer, composta por filmes que fazem referência aos 60 anos do golpe militar de 1964; e Medo de Quê?, formada por obras dos gêneros drama, suspense e terror.

A programação segue com as mostras: Guarnicezinho, voltada ao público infantil com sessões destinadas às escolas de São Luís; Mostra Jovem, destinada ao público juvenil e composta por filmes que retratam a realidade e o universo desse coletivo com sessões destinadas a alunos da rede estadual de ensino; Cinema Não Tem Idade, na qual todos os públicos são contemplados; Cenário BR, que traz um panorama diverso, em forma e conteúdo, da produção audiovisual brasileira; Cenário MA, que apresenta um panorama da produção audiovisual maranhense que abrange diversos gêneros, formatos e narrativas; (Re)existência, com filmes documentais sobre resistir para continuar existindo e histórias da persistência de indígenas, de mulheres, de agentes do Estado, de ONGs e de comunidades inteiras desalojadas e desapropriadas. São filmes que retratam os desafios que o Brasil, de ontem e hoje, nos impõe. Falam de uma existência que incomoda e que é, por si só, uma manifestação de resistência.

E mais: a mostra Afroperspectivas, que reúne diferentes narrativas que convergem para um ponto em comum: a afirmação positiva da negritude. São filmes que trazem pontos de vista, estratégias, sistemas e modos de pensar e viver, afrocentrados. Histórias que falam de ancestralidade, do reconhecimento integral da cidadania da pessoa negra, da afirmação identitária e da luta antirracista. A programação segue com as mostras: Elas por Elas, que reúne filmes com diferentes narrativas sobre mulheres, todas contadas sob a perspectiva plural do olhar feminino; Faz Escuro Mas Eu Canto, com título inspirado no poema do amazonense Thiago de Mello, traz filmes que buscam um grito de liberdade, por meio da música, revelando lutas particulares e coletivas.

Além disso, a programação conta também com as seguintes mostras: Feito de Coisas Lembradas e Esquecidas, com título parafraseando o poeta maranhense Ferreira Gullar, reúne filmes que apresentam pessoas, festas e costumes em um mergulho em diferentes tradições populares; e a mostra Em Colapso o Planeta Gira, com título que faz referência ao rapper paulistano Emicida, composta por filmes que discutem a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da vida na terra, de si e do povo.

O comitê de longas foi composto por Marcus Túlio (MA), Erika Cândido (RJ) e Flávia Abtibol (AM). Já o time de avaliadores dos curtas foi formado por Arthur Gadelha (CE), Taciano Brito (MA) e Flávia Cândida (RJ). As duas equipes foram coordenadas por Stella Lindoso (MA), responsável pela definição do cronograma de trabalho da curadoria e pela seleção dos videoclipes maranhenses, além da contribuição com a análise dos filmes.

Todas as mostras paralelas ficam disponíveis na plataforma de streaming do Guarnicê durante todo o festival. Algumas mostras, como a Guarnicezinho e Mostra Jovem, contam com exibições presenciais. Nos próximos dias, o festival divulgará os filmes selecionados para a Mostra Universitária, as ações formativas, a programação da mostra acessível Faz Todo Sentido, os homenageados desta edição, além de outras novidades.

O Festival Guarnicê de Cinema 2024 será realizado entre os dias 7 e 14 de junho em formato híbrido, com mostras presenciais em São Luís e programação on-line acessível em todo o Brasil.

Conheça os filmes selecionados para as mostras paralelas do 47º Festival Guarnicê de Cinema:

GUARNICEZINHO

Apenas uma Sacola de Plástico, de Luan Oliveira (CE)
As Aventuras de Tracajaré: O Filme, de Joaquim Haickel e Sergio Martinelli (MA)
Bênhëkié, de Jaiane Luna Kariú e Layo Amõkanewy Kariú (MA)
Causos de Domingos: O Corpo-Seco, de João Pedro Theodoro (MG)
De Dentro do Quarto, de Paula M. Urbinati (SP)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Ester: O Sonho de uma Ginasta, de Waldemar Castro (MA)
Kwat Jai, de Clarice Cardell (DF)
Lucinéia, de Luah Garcia (RJ)
Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP)
Os Maluvidos, de Gislandia Barros e Josenildo Nascimento (CE)
Placa-Mãe, de Igor Bastos (MG)

MOSTRA JOVEM

Ana e as Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (GO)
As Melhores, de Renata Mizrahi (RJ)
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (SP)
Caboclo Manauara, de George Augusto (AM)
Dakobo, de Felipe dos Santos (PE)
Eu Queria Ter um Vans, de Caio de Paula Albuquerque (PA)
Fora da Caixa, de Giovana Padovani (MG)
O Último é Mulher do Padre, de Yasser Socarrás (SC)
Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG)
Vovô Joel, de Douglas Gomes (RJ)

CENÁRIO BR

A Trilha Sonora de um Bairro, de Betinho Celanex e Danilo Custódio (PR)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Eu Não Vim aqui para Correr Trecho, de Felippy Damian (MT)
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
Noke Koi, de Arthur Ribeiro (AC)
O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO)
O Último Livro, de Isadora Clemente (PE)
Onde as Ondas Quebram, de Inara Chayamiti (SP)
Tiranossaurus, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher (SP)
Yãmî Yah-Pá, de Vladimir Seixas (RJ)
Yby Katu, de Jessé Carlos, Ladivan Soares, Kaylany Cordeiro, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)

CENÁRIO MA

Carroceiro, de Euclides Moreira Neto (MA)
Cazumbando, de Ingrid Barros (MA)
Chuva: Este Filme Não é Meu, de Antônio Fabrício (MA/GO)
Digital Originário, de Jesús Pérez (MA)
Divinéia: Tempo e Espaço, de Maycon Douglas (MA)
Dona Taquariana: Uma Cabocla Brasileira, de Abimaelson Santos (MA)
Fora do Ar, de Igor Nascimento (MA)
Itaperai, de Iagor Peres e Gê Viana (MA)
Kub, de Marcelo Cunha (MA)
Os Warao de Upaon-Açu, de Priscila Tapajowara (MA/SP)

CINEMA NÃO TEM IDADE

A Próxima Estação de Tabajara Ruas, de Boca Migotto (RS)
As Marias, de Dannon Lacerda (MS)
Café Quente: Dona Ângela, de Heron Condor e Sophia Cabral (RN)
Dalva da Rua Sete, de Gab Lourenzato e Nanda Ferreira (SP)
daVIDAntônia, de Tassio Soares (TO)
Desiré, de Catarina Calungueira (RN)
Dona Irene, de Gustavo Campos (SP)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (SC)
Seu Cavalcanti, de Leonardo Lacca (PE)

(RE)EXISTÊNCIA

A Estética da Luta, de Guillermo Planel (RJ)
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (AM)
Kunhã Karai e as Narrativas da Terra, de Paola Mallmann (RS/SC/PR/SP/DF/AC)
Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE)
Notas de Yakecan, de André Moura Lopes (CE)
Os 7 Campos, de Flávio Alves (CE)
Retomada, de Ricardo Martensen (SP)
Sede de Rio, de Marcelo Abreu Góis (BA)
Sociedade de Ferro: A Estrutura das Coisas, de Eduardo Rajabally (SP)

AFROPERSPECTIVAS

A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza (CE)
À Noite Todos os Gatos São Pardos, de Matheus Moura (MG)
Afrofuturismo, de Antonio Filho e Jefferson Soares (PI)
Baobab, de Bea Gerolin (PR)
Black Rio! Black Power!, de Emilio Domingos (RJ)
Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ)
Dessa Arte eu Sei um Pouco, de Cled Pereira (DF)
Hábito, de Fernando Santos (AL)
Matria Amada Kalunga, de Lak Shamra e Thassio Freire (GO)
Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa (RJ)

ELAS POR ELAS

Casulo, de Aline Flores (SP)
Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ)
Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES)
Uma Mulher Comum, de Debora Diniz (DF)

EM COLAPSO O PLANETA GIRA

Amar a Ilha, de Isabela Alves (SP)
Aves Coloridas, de Angelo Pignaton (DF)
Cores Queimam, de Felippy Damian (MT)
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE)
De Onde Nasce o Sol, de Gabriele Stein (ES)
Eco das Pedra, de Pedro Célio Oliveira Nunes (CE)
Hélio Melo, de Leticia Rheingantz (SP)
Menina Semente, de Tulio Beat (PE)
Nosso Território, de Josenildo Nascimento (CE)
Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)

FAZ ESCURO MAS EU CANTO

Canção ao Longe, de Clarissa Campolina (MG)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
Meu Amigo Lorenzo, de André Luiz de Oliveira (DF)
Miguel Damus, de Beto Matuck e Celso Borges (MA)
Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria (RJ)
Terruá-Pará, de Jorane Castro (PA)
Todo Mundo Morre Tentando, de Gustavo Von Ha (SP)

FEITO DE COISAS LEMBRADAS E ESQUECIDAS

A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (GO)
Alumbrado, de Catarina Calungueira (RN)
Dulce, de Lucélia Benvinda (MG)
Micelial: Raízes em Conexão, de Sylvia Sanchez (SP)
O Canto, de Izabella Vitório e Isa Magalhães (AL)
Ògún, o Ferreiro do Mundo, de Marcia Salgueiro (RJ)
Pisa na Tradição, de Coraci Ruiz (SP)
Poetas do Tambor, de Ricardo Pereira e Roberto Pereira (PI)
Rei da Ciranda Pesada, de Cíntia Lima (PE)
Um Lugar Chamado Zumbi, de Carolina de Cássia (RN)

MEDO DE QUÊ?

A Sombra da Terra, de Marcelo Domingues (SP)
Atena, de Caco Souza (RS)
Caído, de Alexandre Estevanato (SP)
Cáustico, de Wesley Gondim (DF)
Eles Não São Estrangeiros, de Pedro Bughay Aceti (SC)
O Poético Fim das Mulheres que Amei, de Renan Amaral (RJ)
Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)

PARA NÃO ESQUECER

A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (SP)
Depois Deste Desterro, de Renan Amaral (ES)
Entrelinhas, de Guto Pasko (PR)
, de Rafael Conde (MG)

Foto: Rodrigo Sena.

Festival de Cinema Australiano exibirá cinco longas na Cinemateca Brasileira

por: Cinevitor
Priscilla, a Rainha do Deserto celebra 30 anos de seu lançamento

Pela primeira vez, o Brasil receberá o Australian Film Festival, Festival de Cinema Australiano, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de abril, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Com entrada gratuita, o FCA 2024 terá exibição de obras australianas com a intenção de promover o intercâmbio cultural e profissional entre as duas nações.

O FCA 2024 representa uma celebração única da rica cinematografia da Austrália com o principal objetivo de proporcionar ao público brasileiro uma visão mais aprofundada da cultura australiana. O evento foi inspirado pelo sucesso da Brazil Week e é organizado com o apoio da Embaixada Australiana, a participação ativa da Cônsul Honorária do Brasil em Queensland e CEO da ABCC (Australia Brazil Chamber of Commerce), Val Noleto, criadora da Brazil Week, que empresta sua expertise para a produção do evento no Brasil.

Com a exibição de cinco longas-metragens, o evento visa não apenas enriquecer a experiência cultural do público, mas também criar oportunidades para parcerias e colaborações que possam perdurar além das fronteiras do cinema. A curadoria, assim como toda a produção do evento, conta com profissionais do Brasil e da Austrália.

“A criação do evento é um passo significativo para criar uma plataforma de intercâmbio cultural fortalecendo laços e promovendo a compreensão mútua. A nossa ideia é que através do networking no dia do coquetel nós possamos estimular futuras parcerias e acordos entre intuições e profissionais dos dois países”, explica Vitor L. Meyer, produtor executivo do festival.

Em contagem regressiva para o marco de 80 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Austrália, comemorado em 2025, o Festival de Cinema Australiano desperta o público e profissionais brasileiros para a cultura australiana através da sétima arte. Além da exibição de obras cinematográficas, o festival destaca aspectos culturais australianos, incluindo os povos originários, costumes e eventos simbólicos. Todas as atividades têm entrada gratuita

A abertura acontecerá na sexta-feira, 26/04, com a presença da Embaixadora da Austrália, Sophie Davies, e como mestre de cerimônias o ator Nelson Freitas, que tem residência na Austrália e realiza diversas ações entre os dois países. O filme que abrirá o evento será O País de Charlie, de Rolf de Heer. O longa foi exibido na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, em 2014, e rendeu o prêmio de melhor ator para David Gulpilil, que também foi premiado no Australian Film Critics Association Awards.

Anticristo: O Exorcismo de Lara: filme inédito no Brasil

No sábado, a programação começa com Vem Dançar Comigo, dirigido pelo consagrado cineasta Baz Luhrmann. No musical, um dançarino independente arrisca sua carreira diante dos tradicionais métodos e instituições que regulam a dança em seu país. Contrariando a todos, ele aposta em uma nova parceira e novas metodologias e passos de dança. Com Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter, Pat Thomson, Gia Carides, Peter Whitford, Barry Otto e John Hannan no elenco, o filme foi o grande vencedor do Festival de Toronto, em 1992; foi também premiado no Festival de Cannes e indicado ao Globo de Ouro. Além disso, venceu em três categorias no BAFTA: melhor figurino, trilha sonora e design de produção.

Priscilla, a Rainha do Deserto, vencedor de um Oscar de melhor figurino para Lizzy Gardiner e Tim Chappel, e ícone da comunidade LGBTQIAPN+, celebra 30 anos em 2024 em grande estilo: o filme vai ganhar uma sequência nos cinemas. O anúncio foi feito pelo próprio diretor, Stephan Elliott, na última semana em uma entrevista internacional. A expectativa da nova produção, assim como o marco da obra para a comunidade LGBTQIAP+ e o cinema estarão entre os temas da sessão especial que será realizada neste sábado, 27 de abril, durante o Festival de Cinema Australiano.

A exibição do longa-metragem será às 18h30 e seguirá com um bate-papo conduzido por Betina Polaroid, finalista do reality show brasileiro Drag Race Brasil, programa inspirado na série original americana, RuPaul’s Drag Race. O filme, também premiado no BAFTA e indicado ao Globo de Ouro, é uma comédia dramática sobre três drag queens que saem de Sydney e viajam por diversas cidades da Austrália para fazer um show em um resort. No caminho, o ônibus batizado de Priscilla quebra, gerando conflitos, reflexões e a vontade de não deixar o show parar: em meio ao deserto e outros lugares improváveis, as apresentações continuam. O elenco conta com Hugo Weaving, Guy Pearce e Terence Stamp como protagonistas.

No domingo, último dia de festival, a programação começa com o suspense Terras Perigosas, de Stephen Johnson. Protagonizado por Simon Bake, o longa é ambientado em 1930 na Austrália e traz fatos poucos conhecidos da história do país: conta a saga de um jovem aborígene Gutjuk, que, na tentativa de salvar o último membro de sua família, se une ao ex-soldado Travis para rastrear Baywara, o guerreiro mais perigoso do território, que também é seu tio.

Na sequência, o festival exibe, às 18h, o true criminal Anticristo: O Exorcismo de Lara (Godless: The Eastfield Exorcism), que terá participação do produtor executivo filme, o australiano Giuseppe Cassin. Inédito no Brasil, o terror é baseado em fatos reais e conta uma história famosa na Austrália. Lara é uma mulher atormentada, dividida entre a ciência e a fé. Seu marido a pressiona a procurar tratamento em uma congregação de fanáticos e um exorcista implacável tenta salvar sua alma fazendo uma mulher inocente passar pelo inferno.

Vale lembrar que o Festival de Cinema Australiano tem entrada gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes de cada sessão na Cinemateca. O evento também realiza uma campanha social, convidando o público para trazer uma peça de roupa para doação. A preferência é que seja um agasalho, mas pode ser qualquer peça. Importante lembrar que a contribuição é voluntária e não obrigatória, mas muito bem-vinda.  

Fotos: Divulgação.

Grande Sertão, de Guel Arraes, será o filme de abertura do Cine PE 2024

por: Cinevitor
Luisa Arraes e Caio Blat em cena: protagonistas

A 28ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho, no Recife, acaba de anunciar seu filme de abertura: Grande Sertão, longa mais recente do diretor Guel Arraes, de O Auto da Compadecida. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o título chega ao público pernambucano dentro da mostra Hors Concours.

Estrelado por Caio Blat (Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim), o filme transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, um dos bandidos. O elenco conta também com: Rodrigo Lombardi (Joca Ramiro), Luis Miranda (Zé Bebelo), Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Mariana Nunes (Otacília) e Luellem de Castro (Nhorinhá).

Grande Sertão, produzido por Manoel Rangel, Egisto Betti e Heitor Dhalia, já foi exibido na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, em novembro de 2023, e recebeu o prêmio de melhor direção na categoria Critic’s Picks. Uma das grandes apostas do cinema brasileiro deste ano, o filme é produzido pela Paranoïd Filmes em coprodução com a Globo Filmes e distribuição da Paris Filmes.

Para o diretor do festival, Alfredo Bertini, é uma honra contar com a estreia da produção na noite de abertura do Cine PE 2024: “Esse filme não apenas enriquece nosso festival com sua qualidade cinematográfica, mas também representa uma homenagem à rica cultura e à literatura brasileira. Estamos emocionados por compartilhar essa obra com nosso público e celebrar o talento e a criatividade de Guel e sua equipe”, comentou. Grande Sertão chega aos cinemas brasileiros no dia da abertura do festival.

O Cine PE deste ano acontecerá no Cine Teatro do Parque, no Recife, com sessões noturnas gratuitas. A programação completa e outros detalhes serão divulgados em breve.

Foto: Gustavo Adba.