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Amigas de Sorte, com Arlete Salles, Rosi Campos e Susana Vieira, ganha data de estreia nas plataformas digitais

por: Cinevitor
História centrada em três personagens femininas da terceira idade.

Dirigido por Homero Olivetto, de Reza a Lenda, com roteiro de Lusa Silvestre, de Estômago e do inédito Medida Provisória, e argumento de Alexandre Machado e Fernanda Young, Amigas de Sorte estreia em VOD no dia 17 de maio nas plataformas Now, Sky, Vivo, Oi, Looke, iTunes e Google Play.

Protagonizado por Arlete Salles, Rosi Campos e Susana Vieira, a história é centrada em três personagens femininas da terceira idade: Nelita, Nina e Rita. Elas moram no bairro Bexiga, em São Paulo, e são amigas desde a juventude, cultivando sempre o sonho de um dia se tornarem ricas, pois vivem com o dinheiro contado de seus respectivos trabalhos: Nelita é dona de um antiquário, Nina tem uma cantina e Rita é professora aposentada.

Um dia a sorte chega com um valor suficiente para que as três tenham uma vida confortável. Mas, antes de pensar nesse futuro elas se dão o direito de embarcar numa aventura em um país não tão longe daqui, mas que lhes permite o descanso do cotidiano sempre dedicado aos maridos, filhos, sobrinhos e netos.

Produzido por Tatiana Quintella, da Popocon, com coprodução da Globo Filmes, o longa foi filmado em São Paulo, Montevidéu e Punta del Este. O elenco conta também com Klebber Toledo, Otávio Augusto, Luana Piovani, Julio Rocha e Bruno Fagundes.

Confira o trailer de Amigas de Sorte:

Foto: Catarina Sousa.

11º CINEFANTASY: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Grace Passô no curta República: diretora e atriz.

Foram anunciados neste sábado, 01/05, os vencedores da 11ª edição do CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico. O ator Silvero Pereira apresentou a cerimônia virtual realizada no canal do YouTube do evento.

Os títulos das mostras competitivas concorreram ao Troféu José Mojica Marins, exceto a Mostra Fantastic Black Power, que estreou este ano na programação e prestou uma homenagem ao ator João Acaiabe, falecido recentemente, com o Troféu João Acaiabe. Os filmes premiados permanecem disponíveis até domingo, 09/05, na plataforma Belas Artes à La Carte.

Entre os vencedores, o longa Rosa Tirana, de Rogério Sagui, e o curta Rasga Mortalha, de Thiago Martins de Melo, receberam o Prêmio Tanu Distribuicion, que conta com um ano de distribuição dos filmes em festivais da América Latina e irão representar o Brasil no disputado Prêmio FANTLATAM, premiação internacional da Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantástico. O curta Vizinhança, de Lucas Carvalho, e Um Breve Estado de Ser Humano, de Lucas Calegari Bastos, levaram o Prêmio AIC; Rasga Mortalha também foi contemplado com o Prêmio CTAv com o Kit Black Magic e lentes por até 15 dias.

Neste ano, o cineasta Neville D’Almeida, um dos maiores ícones do cinema nacional, foi o grande homenageado. Além disso, a programação contou com diversas atividades paralelas gratuitas, encontros, debates e workshops com nomes como Rodrigo Teixeira, Mariana Jaspe, Jefferson De, a escritora Robin R. Means Coleman, o cineasta argentino Hernán Moyano, entre outros; além da exposição on-line Xirê Dos Orixás, de Jan Brapa.

O time de jurados deste ano foi formado por: Celso Sabadin, Cavi Borges e Lina Chamie na mostra de longas documentais; Claudia Ruiz, Emilio Bustamante e Leopoldo Muñoz na mostra de longas de ficção; Ivo Costa, Maria Izabel Casanovas e William Cristiano na mostra Amador; Marta Russo, Matheus Rufino e Otavio Moulin na mostra Animação; Bertrand Lira, Francisco Gaspar e Ingrid Soares na mostra Brasil Fantástico; Alejandro Yamgotchian, Juan Lozano e Tatiana Lechner Quiroga na mostra Espanha Fantástica; Filipe Falcão, Marciel Consani e Tamires Serket na mostra Estudante; Aryanne Ribeiro, Eduardo Nasi e Renato Chocair na mostra Fantasia; Clarissa Vieira, Juliana Lima e Lobo Mauro na mostra Fantastic Black Power; Celso Curi, Marcio Rosario e Paula Ferreira na mostra Fantástica Diversidade; Julia Maria, Lucia Caus e Chan Suan na mostra Fantasteen; Alfredo Suppia, Getro e Susan Kalik na mostra Ficção Científica; Bruno Carmelo, Helena Albergaria e Marcos Debrito na mostra Horror; Ana de Hollanda, Maria Clara Spinelli e Tati Regis na mostra Mulheres Fantásticas; e Daniella Peneluppi, Lilian Trigo e Mayra Alarcón na mostra Pequenos Fantásticos.

Conheça os vencedores da 11ª edição do CINEFANTASY:

LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme | Longa-metragem | Ficção: Sayo, de Jeremy Rubier (Canadá)
Melhor Filme | Longa-metragem | Documentário: A Vingança de Jairo (La Venganza de Jairo), de Simon Hernandez (Colômbia)
Melhor Direção | Longa-metragem: Porcelana (Porcelain), por Jenneke Boeijink
Melhor Roteiro | Longa-metragem: Sayo, escrito por Jeremy Rubier
Melhor Ator: Levente Molnár, por Ravina (Hasadék)
Melhor Atriz: Arlete Dias, Mary Dias e Wall Diaz, por Voltei!

CURTAS-METRAGENS

Melhor Curta Amador: Vizinhança, de Lucas Carvalho (Brasil)
Melhor Curta Animação: Resta Um (One Left), de Sebastian Doringer (Áustria)
Melhor Curta Brasil Fantástico: Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
Melhor Curta Espanha Fantástica: Continua Aí? (¿Sigues Ahí?), de Mónica Zamora
Menção Honrosa | Espanha Fantástica: Rostos (Faces), de Iván Sáinz-Pardo
Melhor Curta Estudante: Um Breve Estado de Ser Humano, de Lucas Calegari Bastos (Brasil)
Melhor Curta Fantasia: Toque Poderoso (Big Touch), de Christopher Tenzis (EUA)
Menção Honrosa | Curta Fantasia: 2030, de Julio Urbano (Brasil)
Melhor Curta FantasTeen: Cuco! (Cuckoo!), de Jörgen Scholtens (Holanda)
Melhor Curta Fantástica Diversidade: Primeiro Carnaval, de Alan Medina (Brasil)
Melhor Curta Ficção Científica: O Homem da Reciclagem (The Recycling Man), de Carlo Ballauri (Itália)
Melhor Curta Horror: O Matar de uma Criança (The Killing Of a Child), de Kim Kokosky Deforchaux (Holanda)
Melhor Curta Mulheres Fantásticas: Rong, de Indira Iman (Indonésia)
Menção Honrosa | Mulheres Fantásticas: Eu Tenho o Blues (J’ai Le Cafard), de Maysaa Almumin (Kuwait/Qatar)
Melhor Curta Pequenos Fantásticos: Latitude de Primavera (Latitude du Printemps), de Sylvain Cuvillier, Chloé Bourdic, Théophile Coursimault e Noémie (França)
Menção Honrosa | Pequenos Fantásticos: Om, de Gabriela Fernández (Argentina)
Melhor Curta Fantastic Black Power | Troféu João Acaiabe: República, de Grace Passô (Brasil)

PRÊMIO TANU DISTRIBUICION AMÉRICA LATINA
Longa-metragem: Rosa Tirana, de Rogério Sagui (Brasil)
Curta-metragem: Rasga Mortalha, de Thiago Martins de Melo (Brasil)

PRÊMIO CTAv
Rasga Mortalha, de Thiago Martins de Melo

PRÊMIO AIC
Melhor Curta Amador: Vizinhança, de Lucas Carvalho
Melhor Curta Estudante: Um Breve Estado de Ser Humano, de Lucas Calegari Bastos

INDICADOS FANTLATAM 2021
Melhor longa-metragem: Rosa Tirana, de Rogério Sagui
Melhor curta-metragem: Rasga Mortalha, de Thiago Martins de Melo

Foto: Divulgação.

O Auto da Boa Mentira

por: Cinevitor

Direção: José Eduardo Belmonte

Elenco: Renato Góes, Leandro Hassum, Chris Mason, Cacá Ottoni, Rocco Pitanga, Nanda Costa, Giselle Batista, Michelle Batista, Mariana Bassoul, Arilson Lucas, Erlene Melo, Paulo Roque, David Felix, Rafael Ritto, Mariana Ruggiero, Bruce Brandão, Raul Franco, Alê Marinho, Lais Carvalho, Zévitor Antunes, Cássia Kis, Matheus Dantas, Jackson Antunes, Romulo Marinho, Carlos Gregório, Flávia Prosdocimi, Andrely, Serjão Loroza, Jesuita Barbosa, Marcelo Magano, Duda Senna, Bruno Bebiano, Vanessa Rocha, Luis Miranda, Johnny Massaro, Leo Bahia, Letícia Novaes Letrux, Letícia Isnard, Karina Ramil, Rodrigo Garcia, Silvio Guindane, Juliana Poggi.

Ano: 2021

Sinopse: Dizem que mentira tem perna curta. Se isso é verdade, a bichinha corre rápido, viu! Em quatro histórias inspiradas em contos bem humorados de Ariano Suassuna, cada uma criada a partir de frases do poeta paraibano, conhecemos Helder, Fabiano, Pierce e Lorena, vivendo diferentes situações onde, ironicamente, a mentira é sempre a protagonista.

*Clique aqui e assista ao programa especial com entrevistas com Renato Góes e Luis Miranda.

Nota do CINEVITOR:

Nomadland

por: Cinevitor

Nomadland

Direção: Chloé Zhao

Elenco: Frances McDormand, Gay DeForest, Patricia Grier, Linda May, Angela Reyes, Carl R. Hughes, Douglas G. Soul, Ryan Aquino, Teresa Buchanan, Karie Lynn McDermott Wilder, Brandy Wilber, Makenzie Etcheverry, Bob Wells, Annette Webb, Rachel Bannon, Charlene Swankie, David Strathairn, Bryce Bedsworth, Sherita Deni Coker, Merle Redwing, Forrest Bault, Suanne Carlson, Donnie Miller, Roxanne Bay, Matt Sfaelos, Ronald O. Zimmerman, Derek Endres, Paige Dean, Paul Winer, Derrick Janis, Greg Barber, Carol Anne Hodge, Matthew Stinson, Terry Phillip, Bradford Lee Riza, Tay Strathairn, Cat Clifford, James R. Taylor Jr., Jeremy Greenman, Ken Greenman, Melissa Smith, Warren Keith, Jeff Andrews, Paul Cunningham, Emily Jade Foley, Mike Sells, Peter Spears, Cheryl Davis.

Ano: 2020

Sinopse: Após o colapso econômico de uma colônia industrial na zona rural de Nevada, Estados Unidos, Fern reúne suas coisas em uma van e parte rumo a uma viagem exploratória, fora da sociedade dominante, também em uma jornada de exploração pela vasta paisagem do oeste americano como uma nômade dos tempos modernos.

Crítica: O sucesso de Nomadland em festivais e premiações não é à toa. Em seu terceiro longa-metragem, a cineasta Chloé Zhao embarca em uma sensível viagem de encontros e desencontros de sua protagonista. Fern, interpretada com maestria por Frances McDormand, sofre as consequências de um declínio econômico que afetou os Estados Unidos. Ao invés de lutar por sua aposentadoria ou por algum tipo de pensão, ela prefere trabalhar para se manter ativa. Mas, nem tudo sai como planejado. Sua vida não lhe oferece certezas e suas escolhas são decididas ao longo da estrada enquanto procura um novo lugar para estacionar sua van, que é também sua casa. Com uma direção impecável, Chloé Zhao, que também assina o roteiro e a montagem, conduz a narrativa com extrema sensibilidade em cima de uma personagem potente e cheia de elementos interessantes a serem visitados. Ao chegar em uma acampamento de nômades, Fern logo interage com a comunidade e começa a construir seus laços afetivos, mesmo sabendo que em breve serão desfeitos. A cada local que passa, é um ciclo que recomeça, mas que também se completa. O trabalho primoroso de Frances McDormand é fundamental para contar essa história. Sua personagem traz um olhar seguro, mas também vago, que em meio à solidão de sua nova vida procura se conectar e encontrar respostas. É também um olhar duvidoso que se conecta aos diversos sentimentos dessa mulher; ora perdida, ora realocada. Acostumada a ir e vir, Fern parece lidar muito bem com o desapego, mas nem por isso esquece das lembranças de um passado não tão distante. É dentro da sua van que se entrega às memórias, seja em uma louça que lhe traz recordações ou em uma aliança que ainda lhe traz um conforto emocional. Em Nomadland nada é por acaso. Ainda que Chloé nos apresente sua protagonista aos poucos, são os detalhes, até mesmo cênicos, que completam essa viagem nostálgica pelo deserto. A fotografia de Joshua James Richards proporciona imagens deslumbrantes, mas também aproxima o espectador da solidão dessa mulher nômade; os movimentos de câmera que a acompanham são belíssimos e seus passos são registrados de maneira intimista e comovente. A trilha sonora de Ludovico Einaudi é outro ponto forte de Nomadland e aparece nas horas certas, sem cair no uso apelativo para emocionar. Aqui, tudo é envolvente na medida certa. Chloé Zhao saber dosar e costurar muito bem as emoções, sem transformá-las em um melodrama, e surpreende a cada cena. É um filme repleto de sutilezas, até mesmo quando destaca os locais visitados por sua protagonista; o passeio turístico oferecido por Zhao ao espectador traz uma certa melancolia ligada diretamente à Fern. Entre angústias e saudade, há uma força gigante em querer se adaptar ao novo com facilidade; algo que ela faz muito bem, mesmo que sua mente ainda lhe confunda sobre liberdade e realidade. Sua vida nômade não deixa de ser um caminho em busca da superação e do autoconhecimento. É a solidão que alimenta a sua força, mas os encontros em sua jornada também a fortalecem; mesmo com uma despedida já anunciada. Há cenas lindas entre amigos com diálogos intensos e carinhosos. São em momentos como esses que percebe-se as diversas camadas dessa protagonista e como elas são bem trabalhadas ao longo da projeção. Nomadland é um filme que deixa o espectador atento para observar: os detalhes, a trajetória, o caminho, a superação, a saudade e o vai e vem das situações. A direção de Chloé Zhao é sorrateira, no bom sentido; ela vai pelas beiradas para emocionar até atingir o ápice da comoção. É sublime a maneira como conduz tudo isso e como projeta sua protagonista. Ao final do longa, fica a sensação de querer saber qual novo ciclo que Fern vai encarar. Fica o desejo de querer encontrá-la por aí e de saber por onde andará? Nomadland pode até carregar uma certa tristeza, mas é um filme que fala sobre seguir adiante em busca do conhecimento de si próprio, testando limites e emoções. Fala do passado, do presente e de um futuro incerto ou cíclico. Trata de lembranças, mas também de recomeços. Chloé Zhao entrega uma obra belíssima, profunda e, acima de tudo, humana. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

Desvio

por: Cinevitor

Direção: Arthur Lins

Elenco: Daniel Porpino, Annie Goretti, Melânia Silveira, Fabiano Raposo, Thardelly Lima, Cely Farias, Igor Silva de Lima, Natalia Sá, Felipe Espindola, Malu Lins, Phil Meneses, Saskia Lemos, Victor Rust, Mateus Aires, Marcelo Sousa, Flávia Silveira, Edson Albuquerque, Slim Universo, Luana Santiago, Amália Rebeca, Fernando Teixeira, João Paulo Macedo, Vinicius Guedes, Wagner Nascimento, Flávio Melo, Erick Félix da Silva, Guito, Thiago, Maria do Carmo Abrantes, Dudha Moreira, Arly Arnaud, Ana Marinho, Sebastião Formiga, Osvaldo Travassos, Florisma Melo, Wagner Spagnul, Carlos Junior.

Ano: 2019

Sinopse: Pedro recebe o direito de uma saída temporária da cadeia para visitar a sua família que mora em Patos, interior da Paraíba. Nesse curto tempo ele irá confrontar seus antigos fantasmas e planejar os novos rumos de sua vida, enquanto descobre em Pâmela, uma prima adolescente, a mesma chama que queimava em seu peito.

*Filme visto no 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.

Nota do CINEVITOR:

Chão

por: Cinevitor

Direção: Camila Freitas

Elenco: Natalina Cândida (Vó), Wilmar Fernandes (P.C.), Valtenir Gomes, Elizabett Conceição, José Bento Reginaldo Pires, Eliane Aparecida do Prado, Nelson Guedes, Camila Evelim do Prado, Ruth Rodrigues Santos, Francisca Estácio, Aline Deueslley, Maria Lúcia, Gilvan Moreira, Lucas Alves, Cleuton de Freitas, Ione Ferreira, Ágatha Bella, Clara Alves, Dilma Sousa Santos, Mirielton Reis Paixão, João Paulo Gomes, Luciene Ferreira, Patrícia Cristiane, Divina das Neves, Márcia da Costa, Elbani Ferreira, Maria Aparecida Alves, Ilda Rosa, José Maria, Elizete Silva Brito, Deusimar da Cruz, Fane de Freitas, Fernanda Brandão, Capoeira, Marcio Denizio, Idalice Rodrigues.

Ano: 2019

Sinopse: Junto ao MST, Movimento Sem Terra, um dos mais longevos movimentos populares brasileiros, Chão vivencia a ocupação das terras de uma usina de cana-de-açúcar em processo de falência. A despeito da estagnação jurídica e da aridez do agronegócio no sul de Goiás, o gesto da ocupação se firma em resistência e reinvenção de uma paisagem em disputa. Vó, PC e os mais de 600 acampados regam diariamente a utopia de um lugar por vir, em um futuro projetado para o horizonte ainda intocável da reforma agrária.

Crítica do CINEVITOR: O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra começou na década de 1980 e hoje está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. Aproximadamente, 350 mil famílias já conquistaram terras por meio da luta e organização destes trabalhadores, que mesmo assentados, seguem organizados no MST com a intenção de realizar a Reforma Agrária. Para mostrar o cotidiano destas pessoas, a cineasta Camila Freitas registrou, ao longo de quatro anos, a movimentação de um assentamento em Goiás. Com uma proposta interessante e um tema necessário a ser discutido, o filme capta o dia a dia dos familiares com confiança e apresenta imagens muito bem fotografadas dos campos. Porém, fica a sensação de que faltou alguma coisa. Com personagens com alto potencial carismático, como a Vó Cândida, que aparece logo no início, o longa peca por não se aprofundar mais na história destas pessoas, que poderiam servir como fio condutor de uma narrativa pouco estruturada. Com uma apresentação rápida e pouco aproveitados, a aproximação com o público, infelizmente, passa longe de criar um vínculo afetivo. Chão dialoga muito mais com quem já tem afinidade com o tema e com isso perde a chance de contextualizar o espectador historicamente. Ainda que mergulhe naquele universo com intimidade, sob o ponto de vista e vivência da diretora, o documentário deixa de explicar mais sobre a luta e suas propostas para leigos no assunto. Todo mundo já ouviu falar do MST, mas nem todos conhecem a fundo seus ideais. Algumas situações são retratadas como se fossem esquetes, de maneira rápida e sem conflito narrativo. Outros personagens, que tinham tudo para se destacar, são apresentados vagamente e depois somem da trama. Chão é mais importante do que impactante. É necessário. Vale também pelo fato de ser um filme sobre uma luta, que faz parte da nossa história e enfrenta obstáculos diariamente. Ainda que a temática se sobressaia em relação aos outros elementos do documentário, a diretora consegue evidenciar sua preocupação em relação aos trabalhadores e seus adversários políticos e sociais. Chão não deixa de humanizar seus personagens e faz isso muito bem. Porém, não basta apenas ter um tema interessante. Ao final da projeção, por exemplo, letreiros surgem na tela com diversas informações que poderiam ter aparecido durante o filme. Fato é que faltou mostrar algo a mais. Ainda assim, é impossível negar a importância de um documentário como esse nesse momento do país: por colocar o MST em evidência e dar voz a quem precisa e entende do assunto. Chão fala da nossa história, do nosso povo. Enquanto a sociedade tenta calar aqueles que buscam mudanças, a arte está sempre de braços abertos para colocá-los em destaque. (Vitor Búrigo)

*Clique aqui e assista aos melhores momentos da apresentação e do debate do filme no Olhar de Cinema.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Os Salafrários

por: Cinevitor

Direção: Pedro Antônio

Elenco: Samantha Schmütz, Marcus Majella, Zeca Carvalho, Thelmo Fernandes, Caito Mainier, Pedroca Monteiro, Pablo Sanábio, Luan Caruzo, Felipe Izzo, Duda Menezes, Helio Ribeiro, Esther Dias, Pâmela Coto, Mabel Cézar, Rodrigo Rosado, Isley Claire, Luciana Malcher, Marina Tourinho, Ricardo Ferreira, Francine Flach, Jorge Lucas, Patricia Batitucci, Ana Carolina Dias, Ricardo Gonçalves, Thaina Gallo, Alexandre David, Natasha Stransky, Alex Pinheiro, Joel Gusson, Aline Menezes, Edi Raffa, Aldo Perrota, Olivia di Oliveira, Maksin Oliveira, Marcelo Menezes, Patricia Ferrer, Marcelo Gonçalves, Edu Porto, Wendel Fernandes, Wilmar Amaral, Matheus Corcione, Alexandre Mofati, Pedro Farah.

Ano: 2021

Sinopse: Destino ou não, o golpista Clóvis e sua irmã adotiva, Lohane, se reencontraram. E agora precisam trabalhar juntos para sair das enrascadas nas quais se meteram.

Nota do CINEVITOR:

Protagonizado por Gloria Pires, Vovó Ninja, de Bruno Barreto, começa a ser filmado

por: Cinevitor
Bastidores: Gloria Pires em cena.

A comédia familiar Vovó Ninja, dirigida por Bruno Barreto, está sendo filmada em um sítio na cidade de Santana de Parnaíba, interior de São Paulo. O longa é liderado por Gloria Pires, que volta aos cinemas como protagonista de uma comédia seis anos depois de Linda de Morrer.

Criada para divertir toda a família, a comédia começa com a avó Arlete, papel de Gloria Pires, que vive reclusa e tem um estilo de vida zen, se preparando para receber os netos Davi (Angelo Vital), Elis (Luiza Salles) e João (Michel Felberg) em sua casa, depois de muito tempo sem vê-los. Arlete não tem muita intimidade ou jeito com as crianças, que são bagunceiras e estão insatisfeitas de estarem em um sítio sem internet, cheio de regras e tarefas domésticas. Após uma tentativa de roubo no local, o caçula Davi descobre que a avó tem habilidades fora do comum e, junto com os irmãos, faz de tudo para descobrir qual é o segredo de Arlete.

O diretor Bruno Barreto, de Dona Flor e Seus Dois Maridos, O que é isso, Companheiro? e Flores Raras, comenta sua relação com o novo projeto: “Vovó Ninja é um dos roteiros mais bonitos que eu já li porque ele é feito para a avó e para o neto. Meu primeiro filme foi Tati, A Garota, sobre uma menina de seis anos que se muda com a mãe do subúrbio do Rio de Janeiro para Copacabana, e como essa criança tem dificuldades em se adaptar. Nesse longa, os personagens femininos são muito importantes e a história é sobre uma família, assim como em Vovó Ninja. Então, hoje, aos 66 anos de idade, de certa maneira eu estou voltando ao meu primeiro filme, que fiz aos 17. Pra mim, Vovó Ninja é a história de uma família e de como três crianças reaproximam a mãe da avó e a avó da mãe”.

Além de Gloria Pires, o filme contará com Matheus Ceará, Dadá Coelho, Leandro Ramos, Luiza Nery, Thiago Justino, Pedro Miranda e Miguel Lobo no elenco. Produzido por Paula Barreto, o roteiro é assinado por Rodrigo Goulart e Gabi Mancini. Além da LC Barreto, a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms assinam a coprodução. A estreia está prevista para o segundo semestre deste ano.

Com três comédias previstas para 2021, Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora e codiretor geral da Diamond Films Brasil, explica o desenvolvimento de conteúdos audiovisuais: “Vovó Ninja é uma ideia original, desenvolvida a partir da nossa estratégia de oferecer ao público uma comédia leve, com muito valor de produção, além de elenco e equipe renomados, o que cria a oportunidade de uma experiência para toda a família nos cinemas. Começamos a gravar já ansiosos para que o público possa se divertir com a nossa história”.

As filmagens de Vovó Ninja acontecem de acordo com o protocolo de segurança e saúde no trabalho do audiovisual (SIAESP, APRO e SINDCINE), por conta da pandemia de Covid-19, e com consultoria da empresa OnCare, especializada em saúde integrada.

Foto: Stella Carvalho.

CINEVITOR #387: Entrevistas com Luis Miranda e Renato Góes | O Auto da Boa Mentira

por: Cinevitor
Comédia: Luis Miranda e Letrux em cena.

Dirigido por José Eduardo Belmonte, de Carcereiros – O Filme e Entre Idas e Vindas, O Auto da Boa Mentira é baseado nos contos de Ariano Suassuna e apresenta quatro histórias criadas a partir de frases clássicas do poeta paraibano, radicado no Recife.

A primeira história mostra o subgerente de RH Helder, papel de Leandro Hassum, um zé ninguém que é confundido com um comediante de sucesso e passa a gostar do mal-entendido. Mas um encontro inesperado com Caetana, interpretada por Nanda Costa, pode fazê-lo mudar de opinião. Em seguida, conhecemos Fabiano, vivido por Renato Góes, um jovem que não acredita em nada, mas fica intrigado quando ouve um mistério circense envolvendo sua mãe, papel de Cassia Kis, e seu pai, morto há anos. Ele precisa da ajuda do palhaço Romeu (Jackson Antunes) e de ter cuidado para não ser feito de palhaço.

O terceiro conto se passa nas areias do Rio de Janeiro e bares do Vidigal, onde Pierce (Chris Mason, de Pretty Little Liars) é um gringo metido a carioca. Ele inventa que foi assaltado depois de faltar ao aniversário de Zeca, interpretado por Sérjão Loroza, mas não imagina que a mentira pode chegar ao chefe do tráfico, vivido por Jesuita Barbosa. A última história brinca com uma frase de Suassuna sobre o preconceito sofrido por quem nunca foi à Disney. Nela, a estagiária Lorena (Cacá Ottoni) se sente invisível na empresa de publicidade de Norberto, papel de Luis Miranda, e sonha com o pseudointelectual Felipe, papel de Johnny Massaro.

Inspirado em filmes como Relatos Selvagens e longas italianos e franceses dos anos 1960 e 1970, o diretor apresenta um comentário irônico sobre a cultura da mentira na sociedade brasileira. O longa estreia nesta quinta-feira, 29/04, nos cinemas que reabriram recentemente e estão seguindo todos os protocolos de segurança por conta da pandemia de Covid-19.

O elenco conta também com Rocco Pitanga, Giselle Batista, Michelle Batista, Bruno Bebianno, Leo Bahia, Letícia Novaes (Letrux), Letícia Isnard, Karina Ramil, entre outros. Guel Arraes assina a produção associada e Fatima Pereira, Luciana Pires, Mônica Monteiro e Rômulo Marinho, a produção executiva. Com roteiro de João Falcão, Tatiana Maciel e Célio Porto, o longa tem distribuição da Imagem Filmes.

Para falar mais sobre O Auto da Boa Mentira conversamos com os atores Renato Góes e Luis Miranda, que destacaram a importância da obra de Ariano Suassuna e falaram também sobre colegas de cena, fake news e a reabertura dos cinemas.

Aperte o play e confira:

Foto: Helena Barreto.

Conheça os vencedores do Oscar 2021

por: Cinevitor

Chloé Zhao: segunda mulher na história do Oscar a ganhar o prêmio de melhor direção.

Foram anunciados neste domingo, 25/04, os vencedores da 93ª edição do Oscar. Por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia foi realizada em três lugares diferentes para manter os protocolos de segurança, além de outros locais internacionais via satélite.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Oscar não teve um único anfitrião e, por isso, contou com a presença de grandes estrelas de Hollywood, como: Riz Ahmed, Angela Bassett, Halle Berry, Bong Joon Ho, Don Cheadle, Bryan Cranston, Viola Davis, Laura Dern, Harrison Ford, Regina King, Marlee Matlin, Rita Moreno, Steven Yeun, Joaquin Phoenix, Brad Pitt, Reese Witherspoon, Renée Zellweger e Zendaya

Produzida por Jesse Collins, Stacey Sher e Steven Soderbergh, a cerimônia apresentou algo totalmente diferente dos anos anteriores: “O evento será como um filme e cada indicado ou cada pessoa que entregar os prêmios será como um personagem. No final você vai saber que todos fizeram o que quiseram, você irá se conectar com todos nesse show. O que nós queremos fazer é uma espécie de filme de três horas no qual, por acaso, alguns prêmios são distribuídos”, disse Soderbergh em uma entrevista recentemente.

Depois de uma temporada marcada por eventos virtuais, os convidados do Oscar participaram presencialmente e os discursos, sem tempo cronometrado, se destacaram. Outra mudança que chamou atenção foi a categoria de melhor filme não ter sido anunciada por último, como de costume. O vencedor Nomadland foi anunciado por Rita Moreno antes das categorias de melhor atriz e ator, que foram as últimas.

Outra novidade marcou esta edição: as canções indicadas foram interpretadas no novo museu da Academia, com excessão de uma que foi gravada na Islândia. As apresentações foram exibidas antes da cerimônia oficial em um programa chamado Oscars: Into the Spotlight.

Entre os vencedores, Mank, que liderava a lista com dez indicações, foi premiado em duas categorias: design de produção e fotografia. A cineasta Chloé Zhao, de Nomadland, entrou para a história sendo a segunda mulher, em 93 edições, a ganhar a estatueta dourada de melhor direção; categoria esta que, pela primeira vez, indicou duas mulheres.

O Brasil não marcou presença com produções indicadas, mas foi lembrado por Regina King, uma das apresentadoras da noite. A atriz e diretora citou o longa brasileiro Cidade de Deus como referêcia do roteirista Keith Lucas, de Judas e o Messias Negro, que decidiu trabalhar com cinema depois de assistir ao filme. E mais: o vencedor na categoria de melhor curta-metragem de animação, Se Algo Acontecer… Te Amo, conta com a brasileira Julia Gomes Rodrigues na equipe de animadores.

Além disso, a cerimônia contou também com a entrega do Jean Hersholt Humanitarian Award para o cineasta Tyler Perry e também para a MPTF, Motion Picture & Television Fund.

Confira a lista completa com os vencedores do Oscar 2021:

MELHOR FILME
Nomadland

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao, por Nomadland

MELHOR ATRIZ
Frances McDormand, por Nomadland

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Yuh-Jung Youn, por Minari: Em Busca da Felicidade

MELHOR ATOR
Anthony Hopkins, por Meu Pai

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Kaluuya, por Judas e o Messias Negro

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Bela Vingança, escrito por Emerald Fennell

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Meu Pai, escrito por Christopher Hampton e Florian Zeller

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Druk – Mais uma Rodada, de Thomas Vinterberg (Dinamarca)

MELHOR ANIMAÇÃO
Soul, de Pete Docter e Kemp Powers

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Professor Polvo, de Pippa Ehrlich e James Reed

MELHOR FOTOGRAFIA
Mank, por Erik Messerschmidt

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank, por Donald Graham Burt e Jan Pascale

MELHOR FIGURINO
A Voz Suprema do Blues, por Ann Roth

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Voz Suprema do Blues, por Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson

MELHOR EDIÇÃO
O Som do Silêncio, por Mikkel E. G. Nielsen

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Soul, por Jon Batiste, Trent Reznor e Atticus Ross

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Fight For You, por H.E.R; escrita por D’Mile e Tiara Thomas (Judas e o Messias Negro)

MELHOR SOM
O Som do Silêncio, por Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés Navarrete e Phillip Bladh

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Tenet, por Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
Dois Estranhos (Two Distant Strangers), de Travon Free e Martin Desmond Roe

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Colette, de Anthony Giacchino

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Se Algo Acontecer… Te Amo, de Michael Govier e Will McCormack

Foto: Todd Wawrychuk/Getty Images.

Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg, ganha primeiro trailer oficial

por: Cinevitor
Ansel Elgort em cena do musical.

Em 1962, o musical Amor, Sublime Amor, no original West Side Story, de Jerome Robbins e Robert Wise, foi premiado em dez categorias no Oscar, entre elas, melhor filme, melhor direção e melhor atriz coadjuvante para Rita Moreno.

Na noite deste domingo, 25/04, durante a premiação do Oscar 2021, o primeiro teaser trailer da nova adaptação cinematográfica do musical, desta vez dirigida por Steven Spielberg, foi divulgado. Com roteiro de Tony Kushner, o longa conta a clássica história de rivalidade e amor jovem na cidade de Nova York em 1957.

A nova adaptação do musical é estrelada por Ansel Elgort, Rachel Zegler, Ariana DeBose, David Alvarez, Mike Faist, Josh Andrés Rivera, Ana Isabelle, Corey Stoll, Brian d’Arcy James e Rita Moreno, que também atua como uma das produtoras executivas do filme. O longa foi adaptado a partir do show original da Broadway de 1957, com livro de Arthur Laurents, música de Leonard Bernstein, letras de Stephen Sondheim e conceito, direção e coreografia de Jerome Robbins.

Confira o primeiro trailer de Amor, Sublime Amor, que tem estreia prevista para dezembro:

Foto: Niko Tavernise.

41º Framboesa de Ouro: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Kate Hudson em Music: pior atriz.

Foram anunciados neste sábado, 24/04, os vencedores do 41º Framboesa de Ouro, divertido prêmio criado pelo publicitário John Wilson que elege os piores da sétima arte e ficou conhecido como uma sátira ao Oscar.

Neste ano, o drama musical Music, dirigido pela cantora Sia, foi premiado em três categorias, entre elas, pior atriz para Kate Hudson. O documentário Absolute Proof levou o prêmio de pior filme; o longa apresenta Mike Lindell, CEO da empresa MyPillow e também diretor do filme, alegando um ataque cibernético chinês durante as eleições do ano passado. Além disso, em tempos de pandemia de Covid-19, 2020 foi homenageado com o Very Special Razzie Governors’ Award como o pior ano civil de sempre.

Os votantes do já tradicional prêmio somam 1.090 membros de todos os estados americanos e mais de 20 pessoas de países estrangeiros, que votaram pela internet e escolheram os cinco principais candidatos em cada categoria.

Conheça os vencedores do 41º Framboesa de Ouro, também conhecido como Razzie Awards:

PIOR FILME
Absolute Proof, de Brannon Howse e Mike Lindell

PIOR DIREÇÃO
Sia, por Music

PIOR ATOR
Mike Lindell, por Absolute Proof

PIOR ATOR COADJUVANTE
Rudy Giuliani, por Borat: Fita de Cinema Seguinte

PIOR ATRIZ
Kate Hudson, por Music

PIOR ATRIZ COADJUVANTE
Maddie Ziegler, por Music

PIOR ROTEIRO
365 Days, escrito por Tomasz Klimala

PIOR REMAKE, CÓPIA OU SEQUÊNCIA
Dolittle

PIOR COMBO EM CENA
Maria Bakalova e Rudy Giuliani, em Borat: Fita de Cinema Seguinte

Foto: Divulgação.