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American Society of Cinematographers anuncia os vencedores do 35º ASC Awards

por: Cinevitor
Gary Oldman e Amanda Seyfried em Mank, de David Fincher: filme premiado.

Foram anunciados neste domingo, 18/04, os vencedores do ASC Awards, prêmio organizado pela American Society of Cinematographers, que elege a melhor direção de fotografia em TV e cinema.

Por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia de premiação aconteceu virtualmente e foi apresentada por Ben Mankiewicz; Roger Deakins, premiado no ano passado pelo filme 1917, e James Deakins também participaram do evento on-line.

Neste ano, em sua 35ª edição, a premiação homenageou a cineasta Sofia Coppola com o ASC Board of Governors, honraria entregue aos cineastas por suas contribuições significativas ao cinema. Vale lembrar que esse é o único prêmio da organização que não é concedido a um fotógrafo e, sim, reservado para figuras importantes da indústria em outras áreas. Em vídeo, a homenageada fez seu discurso: “Agradeço ao meu pai por me receber em tantos sets onde vi grandes cineastas”.

O brasileiro Adriano Goldman, vencedor em 2018 e 2019 pela série The Crown, recebeu sua terceira indicação, mas não foi premiado dessa vez. O drama francês Nós Duas, de Filippo Meneghetti e fotografado por Aurélien Marra, recebeu o Prêmio Spotlight, criado para reconhecer a excepcional fotografia em longas-metragens independentes, estrangeiros ou de arte. 

Fundada em 1919, a American Society of Cinematographers é uma organização, e não um sindicato, que reúne diretores e diretoras de fotografia com a intenção de discutir técnicas e promover o cinema como uma forma de arte. Desde 1986 realiza seu prêmio anual.

Conheça os vencedores do ASC Awards 2021 nas categorias de cinema:

MELHOR FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Mank, por Erik Messerschmidt

MELHOR FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
The Truffle Hunters, por Michael Dweck e Gregory Kershaw

PRÊMIO SPOTLIGHT
Nós Duas, por Aurélien Marra

Foto: Divulgação/Netflix.

Cine Terreiro 2021: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta O Jardim Fantástico: premiado.

Foram anunciados neste domingo, 18/04, pelas redes sociais, os vencedores do Cine Terreiro 2021. O festival tem uma narrativa especial de enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, utilizando a exibição de filmes relacionados a essas temáticas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento a essas culturas.

A mostra competitiva principal do festival, Mostra Mar, premiou o filme O Jardim Fantástico, de Fábio Baldo e Tico Dias, com R$ 2.000,00 e o Troféu ONA da Onã Joias d’Orisà. O filme reconecta, por meio de seus protagonistas principais, tanto as heranças africanas como indígena, nascedouros das matrizes da cultura de terreiro em nosso país, além de apontar uma possibilidade de ligação com o sagrado usando as vertentes de plantas medicinais em um caminho de saúde corporal e iluminação espiritual.

Já na Mostra Grão, direcionada a realizadores iniciantes, o vencedor foi O Atabaque na Minha Vida, de Jéssica Martins, com premiação de R$ 1.000,00 e o Troféu ONA. O curta-metragem remete ao grande papel que a musicalidade ocupa nas culturas de terreiro. Nos terreiros, o ritmo continua sendo usado, ao longo dos tempos, para invocar cada entidade, identificar cada segmento religioso, e cada nação, contando suas narrativas e suas histórias, fazendo a conexão com o divino através desta sonoridade.

O encerramento do festival contou com apresentação artística de Gaby Varela e homenagem a Tiganá Santana, compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor, natural de Salvador.

Em comunicado oficial, Rodrigo Sena, idealizador do festival, disse: “Agradecemos muito ao nosso público que esteve conosco nesses dez dias de festival e exibição, assistindo, curtindo, compartilhando… tivemos uma adesão muito grande nesses dias de exibição, de casas religiosas, espaços de expressões do sagrado. Acreditamos no cinema como ferramenta de transformação e desconstrução de preconceitos e contra toda e qualquer intolerância religiosa”.

Foto: Allis Bezerra.

Conheça os vencedores do 26º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Nelson Chamisa no documentário Presidente, de Camilla Nielsson: premiado.

Foram anunciados neste domingo, 18/04, em uma cerimônia virtual, os vencedores do 26º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado à cultura do documentário na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

Em mais uma edição virtual, por conta da pandemia de Covid-19, a programação exibiu um total de 70 longas e curtas-metragens em competição e hors-concours, de forma gratuita, em plataformas de streaming disponíveis em todo o território brasileiro. Até 8 de maio, é possível ainda acompanhar a programação especial desta edição na plataforma Spcine Play.

Os vencedores dos prêmios de melhor longa-metragem internacional e melhor longa-metragem brasileiro terão novas exibições no dia 20 de abril, às 19h e às 21h, respectivamente, na plataforma Looke. A entrega dos troféus e certificados para os premiados brasileiros acontecerá em cerimônia seguida da projeção dos vencedores em local e data a ser divulgado, no segundo semestre.

O júri das competições brasileiras foi formado pela cineasta e artista visual Sandra Kogut; pelo professor da Escola de Comunicações e Artes da USP”, Eduardo Morettin; e pelo produtor, diretor e presidente da Associação Paulista de Cineastas, APACI, Daniel Solá Santiago. Dirigido por Armando Antenore e Ricardo Calil, Os Arrependidos foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de longas ou médias e recebe como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. O filme reconta a história pouco lembrada de ex-militantes presos que, muito jovens, largaram tudo para arriscar a vida por uma causa, foram presos e torturados, e viraram arma de propaganda da ditadura militar. O melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi Yaõkwa: Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli, que recebe como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

Para as competições internacionais, o júri foi formado pela premiada realizadora e diretora criativa da Just Vision, Julia Bacha; pelo head da plataforma Cannes Docs, Pierre-Alexis Chevit; e pelo cineasta, curador de cinema e documentarista iraniano, radicado em Londres, Ehsan Khoshbakht. O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias foi Presidente, dirigido por Camilla Nielsson. O filme fala sobre a missão do jovem e carismático líder Nelson Chamisa, no Zimbábue, para enfrentar nas eleições a velha guarda de Emmerson Mnangagwa e as maneiras como seus respectivos partidos interpretaram os princípios democráticos no discurso e na prática. O longa recebe R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade. A Montanha Lembra?, de Delfina Carlota Vazquez, foi eleito o melhor curta-metragem internacional e recebe R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

Na cerimônia também foram anunciados alguns prêmios paralelos, como o Prêmio Aquisição Canal Brasil para um curta-metragem no valor de quinze mil reais; Prêmio Mistika, no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção digital, anunciado junto ao prêmio oficial de melhor curta-metragem brasileiro; e o Prêmio EDT, da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual, para a melhor montagem de um curta e um longa.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas e médias e também de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa das estatuetas douradas.

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2021:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Os Arrependidos, de Armando Antenore e Ricardo Calil (SP)

MENÇÃO HONROSA
Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina, de Lucas Weglinski e Joaquim Castro (SP)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Yãokwa, Imagem e Memória, de Vincent Carelli e Rita Carelli (MT/PE)

MENÇÃO HONROSA
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Presidente (President), de Camilla Nielsson (EUA/Dinamarca/Norugea/Zimbábue)

MENÇÃO HONROSA
Vicenta, de Darío Doria (Argentina)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
A Montanha Lembra? (Puede Una Montaña Recordar), de Delfina Carlota Vazquez (Argentina/México)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Yãokwa, Imagem e Memória, de Vincent Carelli e Rita Carelli (MT/PE)

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Máquina do Desejo – Os 60 Anos do Teatro Oficina
Melhor Montagem | Curta: Ser Feliz no Vão

Foto: Divulgação.

71º ACE Eddie Awards: American Cinema Editors anuncia vencedores

por: Cinevitor
Joseph Gordon-Levitt em Os 7 de Chicago, de Aaron Sorkin: filme premiado.

Foram anunciados neste sábado, 17/04, os vencedores do Eddie Awards, prêmio organizado pela American Cinema Editors que elege, em votação realizada pelos membros da sociedade, os melhores editores da indústria televisiva e cinematográfica.

Por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia de premiação aconteceu virtualmente e contou com a participação de nomes como Barry Alexander Brown, Adam Gough, Nancy Novak, Jodie Foster, Riz Ahmed, Sam Pollard, Emerald Fennell, entre outros.

Neste ano, nomes importantes da indústria foram homenageados: o cineasta Spike Lee recebeu o Prêmio ACE Golden Eddie Filmmaker of the Year em reconhecimento ao seu produtivo trabalho, que exemplifica realizações ilustres na arte e nos negócios. Em vídeo, o ator Leslie Odom Jr. declarou: “Quando eu era menino, Spike Lee era sinônimo de cinema. Meus pais me levaram para ver todos os filmes dele na semana de estreia. Obrigado por tudo que você deu às artes e por tudo que você trouxe para a minha vida”. A filha do homenageado, Satchel Lee, recebeu a honraria por ele.

Além disso, a montadora Lynzee Klingman, indicada ao Oscar por Um Estranho no Ninho, e Sidney Wolinsky, também indicado ao prêmio da Academia por A Forma da Água, receberam o Career Achievement Award por suas contribuições excepcionais para a edição dos filmes.

Vale lembrar que a correlação entre o Eddie Awards e a corrida para o Oscar é significativa; em 12 dos últimos 15 anos, o vencedor da categoria de longa-metragem dramático também ganhou a estatueta dourada. No ano passado, o editor Jinmo Yang venceu por Parasita nas duas premiações.

Além dos filmes, produções televisivas também se destacaram nesta 71ª edição, como: Schitt’s Creek, Ted Lasso, Better Call Saul, Ozark, O Gambito da Rainha e Cheer.

Com o objetivo de discutir e promover a arte criativa do trabalho dos editores, em 1951 foi criada a American Cinema Editors, sociedade formada por diversos nomes renomados da área, que hoje conta com mais de 800 membros. Inicialmente, era realizado um jantar de gala para celebrar os profissionais indicados na categoria de melhor edição do Oscar. Em 1962, os integrantes da ACE decidiram criar o Eddie Awards.

Conheça os vencedores do 71º ACE Eddie Awards nas categorias de cinema:

MELHOR EDIÇÃO | DRAMA
Os 7 de Chicago, por Alan Baumgarten

MELHOR EDIÇÃO | COMÉDIA
Palm Springs, por Matthew Friedman e Andrew Dickler

MELHOR EDIÇÃO | ANIMAÇÃO
Soul, por Kevin Nolting

MELHOR EDIÇÃO | DOCUMENTÁRIO
Professor Polvo, por Pippa Ehrlich e Dan Schwalm

MELHOR EDIÇÃO | DOCUMENTÁRIO | TV OU STREAMING
Arremesso Final (episódio 1), por Chad Beck, Devin Concannon, Abhay Sofsky e Ben Sozanski

Foto: Divulgação/Netflix.

Cinema Audio Society anuncia os vencedores do 57º CAS Awards

por: Cinevitor
Riz Ahmed em O Som do Silêncio, de Darius Marder: filme premiado.

Foram anunciados neste sábado, 17/04, em uma cerimônia virtual, os vencedores da 57ª edição do CAS Awards, premiação, que elege a melhor mixagem de som em produções televisivas e cinematográficas, realizada pela Cinema Audio Society, uma organização filantrópica e sem fins lucrativos, que foi fundada em 1964 com o objetivo de compartilhar informações entre os profissionais de som da TV e do cinema.

As vitórias deste ano, tanto para O Som do Silêncio quanto para Soul, dão a cada um desses filmes um impulso adicional na nova categoria do Oscar 2021: melhor som, que combina mixagem e edição de som pela primeira vez. Porém, tais vitórias não são necessariamente preditivas. No ano passado, Ford vs Ferrari ganhou o prêmio da Cinema Audio Society, mas perdeu no Oscar na categoria de melhor mixagem de som; porém, foi premiado com a estatueta dourada de melhor edição de som.

Além dos filmes, produções televisivas também se destacaram nesta 57ª edição, como: The Mandalorian, The Marvelous Mrs. Maisel e O Gambito da Rainha.

Os homenageados desta edição foram: George Clooney, que recebeu o Cinema Audio Society Filmmaker Award; o engenheiro de som William B. Kaplan, indicado ao Oscar sete vezes, que foi consagrado com o CAS Career Achievement Honoree; e Brandyn Johnson, que recebeu o Student Recognition Award.

Conheça os vencedores do 57º CAS Awards nas categorias de cinema:

MELHOR MIXAGEM DE SOM | LONGA-METRAGEM
O Som do Silêncio, por Phillip Bladh, Jaime Baksht Segovia, Michelle Couttolenc Esparza, Carlos Cortés Navarrete e Kari Vähäkuopus

MELHOR MIXAGEM DE SOM | ANIMAÇÃO
Soul, por Vince Caro, Ren Klyce, David Parker, Atticus Ross, David Boucher, Bobby Johanson e Scott Curtis

MELHOR MIXAGEM DE SOM | DOCUMENTÁRIO
The Bee Gees: How Can You Mend A Broken Heart, por Gary A. Rizzo e Jeff King

MELHOR MIXAGEM DE SOM | TV, VARIEDADE, SÉRIES MUSICAIS OU ESPECIAIS 
Hamilton, por Justin Rathbun, Tony Volante, Roberto Fernandez e Tim Latham

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do XVII Fantaspoa

por: Cinevitor
Numan Acar: melhor ator pelo filme Nas Sombras.

Foram anunciados neste sábado, 17/04, em uma cerimônia virtual, os vencedores da 17ª edição do Fantaspoa – Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre, que aconteceu em formato on-line. O evento, que geralmente acontece na capital gaúcha, é considerado o maior festival de cinema dedicado exclusivamente a filmes de gênero fantástico (fantasia, ficção científica, horror e thriller) da América Latina.

A seleção deste ano contou com 160 filmes, entre curtas e longas-metragens, provenientes de 40 países. A curadoria foi assinada por João Pedro Fleck, João Pedro Teixeira, Nicolas Tonsho, Patty Fang e Rosângela Fachel.

O time de jurados desta edição foi formado por: Domício Grillo, Márcia Deretti e Marina Kerber na Mostra Competitiva Ibero-Americana; Beatriz Saldanha, Fernando Sanches e Renné França na Mostra Competitiva Internacional; e Demian Rugna, Mike McCutchen e Pedro Rivero na Mostra Competitiva de Animação.

O evento contou também com o Júri da ACCIRS, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, formado por André Kleinert, Caroline Zatt da Silva e Daniela Strack. Repetindo a bem-sucedida iniciativa da edição passada, o XVII Fantaspoa teve um júri composto por fãs do festival, que foram selecionados através de um concurso divulgado nas redes sociais. O Júri Popular determinou os ganhadores dos Prêmios do Público: Brenda Noato, Carolina Moreira e Eduardo Lenhardt foram os jurados dos longas; e André Assis, Bruna Altafini e Rayane Martins dos curtas.

Sucesso de público, o Fantaspoa 2021 contabilizou mais de 80 mil espectadores, sendo 58 mil visualizações em filmes e 22 mil nas atividades paralelas. Por conta disso, o festival disponibilizará até às 23h59 do próximo domingo, 25/04, 87 curtas-metragens e dois longas.

Conheça os vencedores do XVII Fantaspoa:

COMPETIÇÃO IBERO-AMERICANA | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: História do Oculto, de Cristian Ponce (Argentina)
Melhor Direção: Rodrigo Aragão, por O Cemitério das Almas Perdidas
Melhor Roteiro: História do Oculto, escrito por Cristian Ponce 
Melhor Ator: Pepe Soriano, por Noturna – A Noite do Velho Homem
Melhor Atriz: Marilú Marini, por Noturna – A Noite do Velho Homem
Menção Honrosa: Os que Voltam, de Laura Casabe (Argentina); pela forma como retrata as personagens e temas do universo feminino no cinema fantástico e pela construção estética das imagens

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: Jumbo, de Zoé Wittock (França/Bélgica/Luxemburgo)
Melhor Direção: Junta Yamaguchi, por Dois Minutos Além do Infinito
Melhor Roteiro: O Ninho, escrito por Roberto De Feo, Lucio Besana e Margarida Ferri
Melhor Ator: Numan Acar, por Nas Sombras (In the Shadows)
Melhor Atriz: Najarra Townsend, por A Cabeleireira (The Stylist)
Melhor Direção de Arte: Este Jogo se Chama Assassinato, por Alessandro Marvelli
Melhores Efeitos Especiais Digitais: Ritos Ancestrais (The Old Ways), por Nick Lively
Menção Honrosa: Cisto, de Tyler Russell (EUA), melhor banho de pus; Benny Loves You, de Karl Holt (Reino Unido), melhor carnificina; e Dancing Mary, de SABU (Japão), melhor uso da cinematografia para intenções narrativas

COMPETIÇÃO DE ANIMAÇÃO | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: Frank e Zed, de Jesse Blanchard (EUA)
Menção Honrosa: O Nariz ou a Conspiração dos Dissidentes, de Andrey Khrzhanovskiy (Rússia), por sua complexidade e animação de obra-prima

PRÊMIOS DO PÚBLICO

Melhor curta-metragem nacional: AzulScuro, de Evandro Caixeta e João Gilberto (MG)
Melhor curta-metragem internacional de animação: Un Coeur d’Or, de Simon Filliot (França)
Melhor curta-metragem internacional em live-action: Moment, de Geoffrey Uloth (Canadá)
Melhor longa-metragem: Dois Minutos Além do Infinito, de Junta Yamaguchi (Japão)

PRÊMIO DA CRÍTICA

Melhor curta-metragem nacional: A Barca, de Nilton Resende (AL)
Melhor curta-metragem internacional de animação: Genius Loci, de Adrien Mérigeau (França)
Melhor curta-metragem internacional em live-action: Figurant, de Jan Vejnar (República Tcheca)

Foto: Divulgação.

48º Annie Awards: conheça os vencedores do Oscar da animação

por: Cinevitor
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart: cinco prêmios.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 16/04, os vencedores da 48ª edição do Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society. Neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia de premiação foi realizada em formato on-line e contou com a participação de nomes como Josh Gad, Matthew Rhys, Philippa Soo, Eva Whittaker, Patrick Warburton, Michael Giacchino, Sergio Pablos, Jill Culton, entre outros.

Fundada em 1960, a associação premiava os melhores nomes da animação simbolicamente, até criar a cerimônia oficial em 1972. O prêmio de melhor animação cinematográfica só surgiu na 20ª edição do evento, em 1992, premiando A Bela e a Fera.

Neste ano, os filmes Soul, de Pete Docter e Kemp Powers, e Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart, lideravam a lista com dez indicações cada; o primeiro foi consagrado em sete categorias, o segundo saiu vitorioso com cinco prêmios

Vale lembrar que desde que a categoria de melhor filme de animação do Oscar foi lançada, em 2002, 13 dos 19 vencedores do prêmio principal do Annie, e seis dos últimos nove, ganharam a estatueta dourada. Porém, no ano passado, Klaus foi consagrado pela ASIFA-Hollywood e Toy Story 4 levou o Oscar.

Os homenageados desta edição foram: Willie Ito, Sue Nichols e Bruce Smith, que receberam o Prêmio Winsor McCay; Daisuke “Dice” Tsutsumi foi consagrado com o June Foray Award; o Prêmio Ub lwerks foi entregue para Unreal Engine, da Epic Games; e o Special Achievement Award foi concedido para o documentário Howard: Sons de um Gênio, de Don Hahn, sobre sobre a vida do compositor Howard Ashman.

Conheça os vencedores nas categorias de cinema do Annie Awards 2021:

MELHOR ANIMAÇÃO
Soul, de Pete Docter e Kemp Powers

MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart

MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO
Tomm Moore e Ross Stewart, por Wolfwalkers

MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO
Soul, escrito por Pete Docter, Mike Jones e Kemp Powers

MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM
Souvenir, Souvenir, de Bastien Dubois

MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL
La Bestia, de Marlijn Van Nuenen, Ram Tamez e Alfredo Gerard Kuttikatt (Gobelins, l’école de l’image)

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS EM ANIMAÇÃO
Soul, por Tolga Göktekin, Carl Kaphan, Hiroaki Narita, Enrique Vila e Kylie Wijsmuller

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Soul, por Michal Makarewicz

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM LIVE-ACTION
The Mandalorian, por Nathan Fitzgerald, Leo Ito, Chris Rogers, Eung Ho Lo e Emily Luk

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Wolfwalkers, por Federico Pirovano

MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO
Soul, por Trent Reznor, Atticus Ross e Jon Batiste

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO
Wolfwalkers, por María Pareja, Ross Stewart e Tomm Moore

MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO
Soul, por Trevor Jimenez

MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO
Eva Whittaker, como Mebh Óg MacTíre em Wolfwalkers

MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO
Soul, por Kevin Nolting, Gregory Amundson, Robert Grahamjones e Amera Rizk

MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL
O Caracol e a Baleia, de Max Lang e Daniel Snaddon

Foto: Divulgação.

Motion Picture Sound Editors anuncia vencedores do 68º MPSE Golden Reel Awards

por: Cinevitor
Tom Hanks em Greyhound: Na Mira do Inimigo: filme premiado.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 16/04, em uma cerimônia virtual, os vencedores da 68ª edição do MPSE Golden Reel Awards, premiação realizada pela Motion Picture Sound Editors que elege os melhores trabalhos nas áreas de edição de som na TV e no cinema

Os membros da MPSE criam os efeitos sonoros dramáticos e inventam novos sons para mundos imaginários. Além dos editores de efeitos de som, a organização conta também com: editores de Foley, que reproduzem efeitos sonoros complementares para um filme (também conhecido como sonoplastia), como por exemplo, barulho de um vidro quebrando ou de um zíper sendo aberto; editores de diálogos, que são os artesãos que suavizam meticulosamente o som da produção gravado no local; editores de ADR, que ajudam a tecer o diálogo recriado e substituem faixas problemáticas; e editores de música, que trabalham com compositores e supervisores musicais que detectam pontos capazes de coser uma tapeçaria sônica da partitura original e da música pré-gravada em várias fontes.

Neste ano, o MPSE Career Achievement Award homenageou o supervisor de edição de som Dennis Drummond, indicado ao BAFTA por Dick Tracy, e que também trabalhou em Histórias Cruzadas, Intermediário do Diabo, Operação Vingança, Melanie, Linha do Tempo, entre outros. O brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, estava na disputa pelo prêmio de melhor edição de som em filme estrangeiro; os profissionais indicados eram: Ricardo Cutz (supervisor de editor de som), Victor Quintanilha (editor de diálogo), Matheus Miguens (editor de efeitos sonoros), Rafael Faustino (editor de foley) e Pedro Coelho (foley artist).

Fundada em 1953, a MPSE, Motion Picture Sound Editors, é uma organização dedicada a melhorar o reconhecimento de seus membros, educando o público e o resto da comunidade cinematográfica quanto ao mérito artístico da edição sonora. 

Conheça os vencedores do 68º MPSE Golden Reel Awards nas categorias de cinema:

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | LONGA-METRAGEM | DIÁLOGOS/ADR
Os 7 de Chicago, por Renee Tondelli, Michael Hertlein, Jeena Schoenke e Jon Michaels

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | LONGA-METRAGEM | EFEITOS/FOLEY
Greyhound: Na Mira do Inimigo, por Warren Shaw, Michael Minkler, Will Digby, Ann Scibelli, Jon Title, Jeff Sawyer, Richard Kitting, Odin Benitez, Jason King, Luke Gibleon e Marko Costanzo

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | ANIMAÇÃO
Soul, por Coya Elliott, Ren Klyce, Kimberly Patrick, Jonathan Stevens, Steve Orlando, Cheryl Nardi, Thom Brennan, Dee Selby, John Roesch, Shelley Roden, Sally Boldt e Justin Pearson

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | DOCUMENTÁRIO
The Reason I Jump, por Nick Ryan, Laurence Love Greed, Alexej Mungersdorff, Jack Wensley, Jamie McPhee e Srdjan Kurpjel

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | FILME ESTRANGEIRO
The Eight Hundred (Ba bai), por Kang Fu, Steve Miller, Ai Long Tan, Lan Long e Fei Yu (China)

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | TRILHA SONORA
Tenet, por Alex Gibson e Nicholas Fitzgerald

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | MUSICAL
Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars, por Allegra De Souza, Peter Oso Snell e Jon Mooney

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | FILME NÃO LANÇADO NO CINEMA
The Ultimate Playlist of Noise, por Odin Benitez, Ryan Briley, Russell Topal, Rustam Gimadlyev, Bogdan Zavarzin, Natalia Syeryakova e Katerina Tolkishevskaya

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | DOCUMENTÁRIO NÃO LANÇADO NO CINEMA
Laurel Canyon: A Place in Time (episódio 1), por Jonathan Greber e Lucas Miller

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | ANIMAÇÃO NÃO LANÇADA NO CINEMA
Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion, por Rob McIntyre, D.J. Lynch, Mark A. Keatts, Lawrence Reyes, Roger Pallan, Ezra Walker, Mike Garcia, Kelly Foley Downs, David M. Cowan e Patrick Foley

ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM
Baba Yaga, por Scot Stafford, Andrew Vernon, Jamey Scott, Brendan Wolf e Rex Darnell

SINGLE PRESENTATION
A Christmas Carol, por Lee Walpole, Saoirse Christopherson, Tom Stewart, Andy Kennedy, Iain Wilkinson, Catherine Thomas, Anna Wright e Cecile Tournesac

STUDENT FILM | VERNA FIELDS AWARD
The Unknown, por Yin Lee

Foto: Divulgação.

Mostra de Cinema Poesia na Tela 2021: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Tão Bonita que Tão Medonha, realizado por alunos da Oficina Documentando.

A sexta edição da Mostra de Cinema Poesia na Tela acontecerá entre os dias 21 e 23 de abril, em formato on-line e gratuito, com 33 títulos selecionados, entre longas, médias e curtas-metragens. É a primeira vez que o evento será realizado de forma remota, por conta da pandemia de Covid-19. As outras edições foram realizadas no município de Tabira, sertão pernambucano.

Para selecionar os filmes, que serão disponibilizados via streaming no site, a curadoria levou em consideração três aspectos: filmes que tenham ligação com a poesia; que documentam vida de poetisas e poetas; ou são inspirados em poesia das pessoas do Sertão do Pajeú.

Todos os filmes foram realizados no Sertão do Pajeú; exceto Mateus, de Dea Ferraz, que foi feito na Zona da Mata de Pernambuco e foi selecionado por ter como uma das protagonistas a homenageada do evento, a atriz Odília Nunes. Os filmes estão divididos em quatro mostras, entre elas, a de longas-metragens com dois trabalhos; um deles é Bem Virá, de Wilma Queiroz, de Afogados da Ingazeira, primeiro longa dirigido por uma mulher no sertão.

Na mostra Poesia para Todas as Telas, filmes que têm ligação com a poesia feita na região ou documentam a vida de poetisas e poetas ganham destaque. Na mostra Do Pajéu para Todas as Telas, a seleção traz obras que foram produzidas no Sertão do Pajeú. “Tem filmes que são autorais, mas também selecionamos produções oriundas de oficinas audiovisuais que estiveram na programação de eventos parceiros realizadas no sertão”, explica o coordenador da Mostra, Devyd Santos.

Nesta edição, o Poesia na Tela presta homenagem a uma artista natural do sertão do Pajeú, que é símbolo da pluralidade cultural e da busca pela democratização do acesso à arte: Odília Nunes, atriz de teatro e cinema, diretora teatral, dramaturga, cordelista e produtora cultural. Ela nasceu em São José do Egito e foi criada em Tuparetama, onde começou sua carreira artística aos onze anos, em uma companhia de teatro local, na qual atuou por alguns anos seguindo depois para Petrolina. Em 2005, teve seu primeiro solo de teatro, com a criação de Decripolou Totepou, que além de ter sido apresentado em festivais e eventos de diversas cidades do Brasil, Espanha, Portugal e Chile, marca o início do projeto De Povo em Povo, responsável por levar apresentações teatrais a comunidades rurais do Nordeste.

No cinema, sua carreira teve início em 2014, com o curta-metragem documental Mateus, dirigido por Dea Ferraz, que se tornou longa-metragem em 2018. Seus mais recentes trabalhos são: a série Entre Rios – Rio Pajeú, que está em fase de finalização, e o filme Cordelina, de Jaime Guimarães. Além disso, Odília realiza o projeto No Meu Terreiro tem Arte, os festivais Chama Violeta e Palhaçada é Coisa Séria, que integram teatro, circo e música e acontecem na comunidade do Minadouro, em Ingazeira, onde atualmente a atriz mora. Esses dois últimos festivais foram criados para comemorar o aniversário de cada uma das filhas, Violeta e Helena, respectivamente.

Além dos filmes, a programação da Mostra traz também atividades paralelas. Três formações virtuais foram oferecidas para o público nesta sexta edição: Oficina Documentando, ministrada por Marlom Meirelles; Poema em Movimento: Os Caminhos da Videopoesia, com Eva Jofilsan; e Um Passeio pela Poesia Pajeuzeira, com Dulce Lima e Dedé Monteiro.

Conheça os filmes selecionados para a 6ª Mostra de Cinema Poesia na Tela:

MOSTRA LONGAS-METRAGENS

O Bem Virá, de Uilma Queiroz
O Silêncio da Noite é que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras, de Petrônio Lorena

MOSTRA HOMENAGEADA ODÍLIA NUNES

Caldeirão dos Bois, de Carol Virgulino
Entre Rios, de João Lucas Melo
Mateus, de Dea Ferraz
Rio Feiticeiro, de Alexandre Alencar

POESIA PARA TODAS AS TELAS

4 Kordel, de Lírio Ferreira
As Severinas – 10 Anos, de Eduardo Crispim
Bom Dia, Poeta – Uma Terra Encantada de Mundo, de Alexandre Alencar
Coco Moleque – Em Canto e Poesia, de Carol Correia
Leonardo Bastião, o Poeta Analfabeto, de Jefferson Sousa
Maria, de Carol Correia
Não Tem Só Mandacaru, de Tauana Uchôa
Poetas do Pajeú pela Democracia, de Oficina Documentando
Pra Tocar os Dias, de Oficina Documentando
Sala de Reboco, de Ana Célia Gomes
Tabira em Poesia, de Direção Coletiva Produção Audiovisual
Tem Criança no Repente, de Eduardo Crispim

DO PAJEÚ PARA TODAS AS TELAS

#turismo_selvagem, de Oficina Cine Sesi Cultural
A Hora do Tabaqueiro, de Direção Coletiva Oficina Sesc
Candidatas, de Bruna Tavares e William Tenório
Carta para o Futuro, de Bruna Tavares e William Tenório
Chão Duro – A Dobra, de Graciela Guarani e Alexandre Pankararu
Cine S. José, de William Tenório
Corisco – Radiola Serra Alta, de Direção Coletiva Oficina Videoclipe Experimental
Desyrrê, de Oficina Documentando
Lampião e o Fogo da Serra Grande, de Anildomá Willans de Souza
Memórias Submersas, de William Tenório
Novo Mundo, de Bruna Tavares e William Tenório
O Mistério da Emafv, de Oficina Cinecrionçada
Papo Amarelo – O Primeiro Tiro, de Anildomá Willans de Souza
Ser Mais que Cinza, de Daniel Figueiredo
Tão Bonita que Tão Medonha, de Oficina Documentando
Triunfo, de Oficina Cinemando

Foto: Divulgação.

Festival de Veneza 2021: Roberto Benigni será homenageado com o Leão de Ouro honorário

por: Cinevitor

benigniveneza2021Carreira de sucesso e homenagem em Veneza.

A diretoria da Biennale di Venezia anunciou nesta quinta-feira, 15/04, que o cineasta, ator e roteirista italiano Roberto Benigni receberá o Leão de Ouro honorário na 78ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 1 e 11 de setembro. A homenagem foi proposta por Alberto Barbera, diretor do festival.

Em comunicado oficial, Benigni declarou: “Meu coração está cheio de alegria e gratidão. É uma imensa honra receber um reconhecimento tão importante do meu trabalho no Festival Internacional de Cinema de Veneza”.

Sobre a homenagem, Alberto Barbera disse: “Desde sua estreia, marcada por sua abordagem inovadora e irreverente das regras e tradições, Roberto Benigni se destaca no panorama das artes cênicas italianas como uma figura de referência inigualável e sem precedentes. Fazendo malabarismos com suas aparições em palcos teatrais, sets de filmagem e estúdios de televisão, cada vez com resultados surpreendentes, ele brilha em todos eles graças à sua exuberância e impetuosidade, seu jeito generoso com o público e a alegria apaixonada que talvez seja o mais original marca registrada de sua obra. Com um ecletismo admirável e sempre fiel à forma, ele é um dos atores de comédia mais extraordinários em uma galeria reconhecidamente rica de performers italianos; um diretor memorável que faz filmes extremamente populares; e, sua mais recente transformação, um dos mais conceituados performers e divulgadores da Divina Comédia, de Dante. Poucos artistas igualaram sua habilidade de combinar um timing cômico explosivo, que muitas vezes é acompanhado por uma sátira irreverente, com seu admirável talento como ator, a serviço de grandes diretores como Federico Fellini, Matteo Garrone e Jim Jarmusch, e como um envolvente e exegeta literário sofisticado”.

Roberto Benigni nasceu na Castiglion Fiorentino, uma comuna italiana da região da Toscana, em 27 de outubro de 1952. Começou sua carreira no início dos anos 1970 e logo se tornou um dos atores, diretores e roteiristas mais queridos e populares da Itália, conhecido e apreciado em todo o mundo.

Seu filme A Vida é Bela, que escreveu e dirigiu, recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, em 1998, e, em 1999, das sete indicações ao Oscar, foi premiado nas categorias de melhor filme estrangeiro, na qual concorreu com Central do Brasil, melhor ator para Benigni e melhor trilha sonora para Nicola Piovani. Com o mesmo filme, em 1999, foi premiado no SAG Awards e também no BAFTA por sua atuação. A Vida é Bela é o filme mais popular do cinema italiano com 9,7 milhões de espectadores.

vidabelaoscarGiorgio Cantarini e Roberto Benigni em A Vida é Bela.

Além dos quatro prêmios David di Donatello que ganhou com A Vida é Bela, Benigni também recebeu os prêmios David di Donatello por O Pequeno Diabo e Johnny Stecchino; o prêmio Nastro d’Argento, do Sindacato Nazionale Giornalisti Cinematografici Italiani, por Daunbailó, Johnny Stecchino e O Tigre e a Neve; e, recentemente, outro David di Donatello como melhor ator coadjuvante por sua interpretação de Geppetto, em Pinóquio, de Matteo Garrone. Em 2008, recebeu em Paris o César honorário. Em 2016, recebeu um Globo de Ouro italiano pelo conjunto de sua obra e, no ano seguinte, um David especial no David di Donatello Awards. Em 2020, foi premiado com o Prix Lumière pelo conjunto de sua obra.

Benigni também fez seu nome no cinema americano, atuando com diretores como Jim Jarmusch (Daunbailó; Uma Noite Sobre a Terra; e Sobre Café e Cigarros), Blake Edwards (O Filho da Pantera Cor-de-Rosa) e Woody Allen (Para Roma, com Amor).

Sua popularidade nas praças da Toscana o convenceu a se mudar para Roma. Seus primeiros sucessos foram no teatro de vanguarda e, mais tarde, em programas de TV. Em seguida, trouxe para o cinema um de seus próprios programas, Berlinguer ti voglio bene, dirigido por Giuseppe Bertolucci. Em seguida, destacou-se como protagonista de Chiedo asilo, de Marco Ferreri, e de Il minestrone, de Sergio Citti; participou de La Luna, de Bernardo Bertolucci, e Il pap’occhio, de Renzo Arbore. Além de ter protagonizado Daunbailó, de Jim Jarmusch, atuou em A Voz da Lua, de Federico Fellini, ao lado de Paolo Villaggio.

Benigni estreou como diretor na comédia Tu mi turbi, em 1983, e junto com Massimo Troisi dirigiu o popular Só Nos Resta Chorar, o primeiro de uma série de sucessos de bilheteria. Desde 1987, trabalha com Nicoletta Braschi, protagonista feminina em todos os seus filmes e cofundadora da empresa Melampo Cinematografica, que, a partir de então, passou a produzir todos os seus filmes.

Em 2005, o Presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, nomeou-o como Cavaleiro da Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Italiana; ele recebeu dez títulos honorários e muitos outros prêmios e reconhecimentos em todo o mundo.

Foto: Getty Images.

Pacarrete é o grande vencedor do 47º Festival Sesc Melhores Filmes

por: Cinevitor

pacarrete1sescmelhoresMarcélia Cartaxo em Pacarrete: premiada e homenageada.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 14/04, os vencedores do 47º Festival Sesc Melhores Filmes, que elege as melhores produções nacionais e estrangeiras na opinião da crítica especializada e do público. O mais longevo festival de cinema de São Paulo terá, pelo segundo ano, uma programação especial em formato on-line por conta da pandemia de Covid-19.

Nesta edição, os premiados foram anunciados virtualmente. A transmissão ao vivo da cerimônia aconteceu no canal do CineSesc no YouTube com apresentação do ator Silvero Pereira, premiado por Bacurau no ano passado. Alguns dos vencedores também marcaram presença no evento on-line, como Bárbara Paz, Allan Deberton, Geraldo Sarno, Juan Paiva, entre outros. Antes da cerimônia, os jornalistas e críticos de cinema Cunha Júnior, Duda Leite e a cineasta Renata Martins aqueceram a premiação comentando sobre os filmes de destaque de 2020.

Depois da premiação, o público foi contemplado com uma exibição única e especial de Valentina, dirigido por Cássio Pereira dos Santos e premiado em diversos festivais. O longa, protagonizado por Thiessa Woinbackk, conta a história de uma menina trans e sua mãe que se mudam para uma pequena cidade, mas rapidamente enfrentam dilemas quando a escola local exige a assinatura da mãe e do pai para se matricular.

De 15 de abril a 5 de maio, a equipe do CineSesc preparou um recorte com alguns dos filmes mais votados e também sessões especiais de clássicos premiados em edições passadas. O público poderá ver e rever os títulos na plataforma Sesc Digital, que estarão disponíveis por 24h, uma semana ou até o término do festival. Clique aqui e confira a programação completa.

Neste ano, o festival apresenta também uma homenagem à atriz brasileira Marcélia Cartaxo, com a exibição dos filmes A História da Eternidade (2015), de Camilo Cavalcante, e A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral. A programação traz também Na Faixa Especial Abril Indígena, com os filmes brasileiros Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci, e Martírio, (2017), de Vincent Carelli, Tatiana Almeida e Ernesto de Carvalho. O projeto Abril Indígena integra o Programa Diversidade Cultural do Sesc São Paulo, que aborda questões relativas aos povos originários, com objetivo de valorizar e difundir a diversidade cultural no Brasil.

Completa a programação do festival, uma série de atividades paralelas com pensadores e profissionais do cinema que se reúnem para debater temas importantes e atuais na sociedade e no audiovisual, nos encontros on-line. O CineSesc ainda oferece um curso prático gratuito sobre podcasts de cinema.

Os filmes são escolhidos democraticamente por meio de votação, dividida entre público e júri especializado, composto por críticos e jornalistas de todo o Brasil; participaram da votação desta edição 176 produções. Neste ano, foram contabilizados mais de 4 mil votos do público, além da votação de 184 críticos, entre eles, Vitor Búrigo, aqui do CINEVITOR.

Conheça os vencedores do 47º Festival Sesc Melhores Filmes:

FILMES BRASILEIROS | PÚBLICO

Melhor Filme: Pacarrete, de Allan Deberton
Melhor Documentário: Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
Melhor Ator: Juan Paiva, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Melhor Atriz: Marcélia Cartaxo, por Pacarrete
Melhor Direção: Jeferson De, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Melhor Roteiro: Pacarrete, escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro
Melhor Fotografia: Pacarrete, por Beto Martins

FILMES BRASILEIROS | CRÍTICA

Melhor Filme: Pacarrete, de Allan Deberton
Melhor Documentário: Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
Melhor Ator: Irandhir Santos, por Fim de Festa
Melhor Atriz: Marcélia Cartaxo, por Pacarrete
Melhor Direção: Geraldo Sarno, por Sertânia
Melhor Roteiro: Pacarrete, escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro
Melhor Fotografia: Sertânia, por Miguel Vassy

FILMES ESTRANGEIROS | PÚBLICO

Melhor Filme: Retrato de uma Jovem em Chamas, de Céline Sciamma
Melhor Ator: Willem Dafoe, por O Farol
Melhor Atriz: Scarlett Johansson, por Jojo Rabbit
Melhor Direção: Céline Sciamma, por Retrato de uma Jovem em Chamas

FILMES ESTRANGEIROS | CRÍTICA

Melhor Filme: Retrato de uma Jovem em Chamas, de Céline Sciamma
Melhor Ator: Willem Dafoe, por O Farol
Melhor Atriz: Adèle Haenel, por Retrato de uma Jovem em Chamas
Melhor Direção: Céline Sciamma, por Retrato de uma Jovem em Chamas

O Festival Sesc Melhores Filmes está em sua 47ª edição sendo o mais antigo e um dos mais tradicionais festivais de cinema de São Paulo. Criado em 1974, o festival oferece ao público a oportunidade de ver ou rever o que passou de mais significativo pelas telas da cidade no ano anterior ao evento.

Foto: Luiz Alves.

Conheça os vencedores do 14º Cine Esquema Novo

por: Cinevitor

romanticosesquemanovoCarlos Eduardo Ferraz e Mateus Maia no curta Os Últimos Românticos do Mundo.

Foram anunciados nesta quarta-feira, 14/04, os vencedores da Mostra Competitiva Brasil da 14ª edição do Cine Esquema Novo – Arte Audiovisual Brasileira. O júri, composto pela  curadora e crítica de arte Fernanda Brenner, a documentarista, curadora e jornalista Flavia Guerra, a cineasta, curadora e produtora Graciela Guarani e a multiartista Linn da Quebrada, elegeu Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda, e Célio’s Circle, de Diego Lisboa, como os vendedores do Grande Prêmio Cine Esquema Novo 2021.

As 31 obras selecionadas pelos curadores Jaqueline Beltrame, Dirnei Prates, Gustavo Spolidoro e Vinicius Lopes para a Mostra Competitiva Brasil foram avaliadas pelas juradas, que tiveram a missão de eleger o Grande Prêmio do 14º Cine Esquema Novo e mais cinco destaques, todos eles acompanhados de uma justificativa que explicita as razões da escolha.

As obras recebem o troféu assinado pelo artista Luiz Roque, além de R$ 10.000,00 em locação de equipamentos de luz e maquinária da Locall RS e R$ 10.000,00 em utilização dos serviços de infraestrutura de produção e pós-produção do TECNA, centro de Produção Audiovisual, um empreendimento do ecossistema do TECNOPUC. O prêmio será dividido entre os dois vencedores.

Devido ao sucesso desta edição on-line, a organização do 14º Cine Esquema Novo disponibilizará por mais três dias a possibilidade de o público assistir às obras deste ano, que ficarão no site até as 23h59 deste domingo, 18 de abril: “Diferente das edições fisicamente presenciais, e por conta do grande volume de conteúdos disponíveis através dos Cadernos de Artista, recebemos muitos pedidos do público que gostariam de mais tempo para apreciar as obras. Assim surgiu a ideia do Chorinho do CEN”, revela Jaqueline, que também é uma das fundadoras do festival, curadora das três mostras e coordenadora de produção do evento.

Conheça os vencedores do Cine Esquema Novo 2021:

MOSTRA COMPETITIVA BRASIL

GRANDE PRÊMIO 14º CINE ESQUEMA NOVO

Célio’s Circle, de Diego Lisboa (BA/SP)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (PE)

Justificativa do Júri:

Uma escolha que não divide, mas que complementa o olhar sobre o futuro que já é. Presente. “Principício” entre o início e o fim, ou o início do fim. Um mundo termina para que outro sonhado nasça. O mundo como o conhecemos já acabou muitas vezes. E ainda vai acabar tantas outras. 

Se em Célio’s Circle o personagem-antena é atravessado por ondas, energias, discursos e um cotidiano duro e de esquecimento, em Os Últimos Românticos do Mundo os corpos são atravessados pela ideia de uma nova realidade construída segundo outros parâmetros. Uma onda rosa substitui um mundo que já demorou para desmoronar. 

Em Célio’s Circle, a linguagem quase documental se une à experimentação de montagem e a uma construção engenhosa de um universo sonoro não diegético que não só enriquece mas constrói a própria narrativa. 

Em Os Últimos Românticos do Mundo, a narrativa ressignifica e constrói uma nova linguagem a partir de símbolos gastos e já decodificados. Ao dar novos sentidos a eles, o filme propõe novos caminhos e possibilidades para o futuro presente. O primeiro romântico do mundo acena aos últimos.

PRÊMIO QUEBRA DE EIXO

Caminhos Encobertos, de Beatriz Macruz e Maria Clara Guiral (SP); Thiago Henrique Karai Jekupe e Victor Fernandes Karai Mirim (história original)

Justificativa do Júri:

Conduzida pelo som da mata, a câmera caminha junto com os jovens guaranis, Karai Mirim e Karai Jekupe, lideranças Guarani Mbyá da Terra Indígena Jaraguá em São Paulo. Por meio de um olhar coletivo, o filme reescreve e instaura uma narrativa orgânica e de respeito mútuo. Enquanto espectadores, nos tira do eixo, desestabiliza e desloca. O filme amplia o olhar. A inversão do eixo narrativo, tanto cinematográfico quanto histórico, é uma conquista para o cinema e audiovisual brasileiro.

PRÊMIO CONTRA-PLANO

Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo (SP)

Justificativa do Júri:

O diretor lança um olhar afetivo e sagaz de um cotidiano que, via de regra, é retratado friamente pela mídia e pelas estatísticas. Revelando o seu próprio universo, o cineasta se implica na narrativa que conduz. Faz cinema de autor. Ao ser ao mesmo tempo o pássaro que bica e o pássaro que vê, redireciona o modo como vemos e nos movemos diante de um imaginário coletivo dado e instaurado, e, assim, nos aproxima.

PRÊMIO PERSPECTIVA

Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)

Justificativa do Júri:

O frescor do filme é resultado de um encontro coletivo de realizadores e realizadoras que, a partir das supostas fragilidades apontadas, constroem potência. Aquelas que são colocadas à margem, ocupam o centro da narrativa e o descentraliza. Irreverente, Perifericu descortina temas prementes do momento em que vivemos.

PRÊMIO FRICÇÃO

Atordoado, Eu Permaneço Atento, de Henrique Amud e Lucas H. Rossi dos Santos (RJ/SP)

Justificativa do Júri:

O filme estabelece uma disputa de narrativas. Retoma memórias e tensiona o presente a partir de um relato contundente e pessoal. O filme dá conta de um passado histórico traumático enquanto aponta seus reflexos e cicatrizes na atualidade. Quando se tem um presidente que enaltece a tortura, é ainda mais urgente que o cinema se comprometa em preservar a história de suas vítimas e os fatos, e revele as contradições que compõem a narrativa do país.

PRÊMIO REQUADRO

Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)

Justificativa do Júri:

Colagem caleidoscópica de imagem e som, o filme constrói um ensaio visual fragmentado sobre o racismo e como este se articula de maneira sofisticada e cruel em nosso imaginário. O filme revela um incômodo racial e de classe e, ao mesmo tempo, celebra a vida e a potência das negritudes por meio de sua montagem multifacetada.

Foto: Divulgação.