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Festival de Cannes: Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues, será exibido na mostra Cannes Classics 2024

por: Cinevitor
José Wilker em Bye Bye Brasil: cópia restaurada em Cannes

Desde o início dos anos 2000, o Festival de Cannes criou a mostra Cannes Classics, uma seleção que permite exibir o trabalho de valorização do cinema patrimonial realizado por produtoras, proprietários de direitos, cinematecas e arquivos nacionais de todo o mundo. Atualmente, faz parte da Seleção Oficial do evento e apresenta obras-primas e raridades do cinema em cópias restauradas, além de homenagens e títulos inéditos. 

Nesta edição de 2024, que completa 20 anos da mostra, o cinema brasileiro marca presença com Bye Bye Brasil, dirigido por Cacá Diegues e produzido pelo casal Luiz Carlos Barreto e Lucy Barreto. A cópia que será exibida foi restaurada pela L.C Barreto Produções Cinematográficas, que completa 60 anos de atividade, em parceria com a Quanta, Alexandre Rocha, Marcelo Pedrazzi e Rede D’Or. A projeção contará com a presença de Lucy e Luiz Carlos Barreto, e da filha do casal, a produtora Paula Barreto.

Em Bye Bye Brasil, que disputou a Palma de Ouro em 1980, Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas mambembes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A obra conta com interpretações memoráveis de José Wilker como Lorde Cigano; Betty Faria como Salomé; Joffre Soares, como Zé da Luz; Príncipe Nabor como Andorinha; e do jovem ator Fábio Jr. A música que dá título ao filme e compõe a trilha é de Chico Buarque e Roberto Menescal.

Outro destaque da seleção da Cannes Classics é a cópia restaurada de Gilda, dirigido por Charles Vidor, com a icônica atriz Rita Hayworth como protagonista; a exibição faz parte da comemoração dos 100 anos da Columbia Pictures. A programação celebra também os 40 anos de Paris, Texas, de Wim Wenders, vencedor da Palma de Ouro em 1984, que marcará presença no evento.

A lista traz também: um dos dez episódios da série Le Siècle de Costa-Gavras; Scénarios, de Jean-Luc Godard, que ganhou esse título um dia antes da morte do cineasta; a celebração dos 70 anos de Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa; a restauração de Law and Order, de Frederick Wiseman, que marcará presença no festival; os 60 anos de Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy, vencedor da Palma de Ouro em 1964; documentários inéditos sobre Faye Dunaway, Elizabeth Taylor, François Truffaut e Michel Legrand; filmes restaurados de Steven Spielberg, Marco Bellocchio e Robert Bresson; entre outros.

Além da Cannes Classics, o festival também divulgou os primeiros títulos da mostra Cinéma de la Plage, que foi criada em 2001 com a proposta de exibir ao ar livre, na praia de Macé, filmes antológicos e também títulos em estreia mundial fora de competição; e mais duas animações que serão apresentadas ao público jovem.

Outra novidade desta edição: a consagrada atriz e diretora italiana Valeria Golino, que apresentou seus filmes Miele e Euforia na mostra Un Certain Regard, retorna ao festival com a série The Art of Joy, adaptação do romance de Goliarda Sapienza; o primeiro episódio será exibido na programação e contará com um debate depois da exibição. O elenco traz Jasmine Trinca, Tecla Insolia, Valeria Bruni Tedeschi, Alma Noce, Nika Perrone, Giuseppe Spata e Guido Caprino.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Cannes 2024:

CANNES CLASSICS

Bye Bye Brasil, de Carlos Diegues (Brasil) (1979)
Gilda, de Charles Vidor (EUA) (1946)
Jacques Demy, Le Rose et Le Noir, de Florence Platarets (França) (2024)
La Vérité est Révolutionnaire: L’Aveu, de Yannick Kergoat (França)
Law and Order, de Frederick Wiseman (EUA) (1969)
Les années déclic, de Raymond Depardon (França) (1984)
Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy (França) (1964)
Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa (Japão) (1954)
Paris, Texas, de Wim Wenders (Alemanha/França) (1984)
Scénarios, de Jean-Luc Godard (França/Japão) (2024)

DOCUMENTÁRIOS

Elizabeth Taylor: The Lost Tapes, de Nanette Burstein (EUA) (2024)
Faye, de Laurent Bouzereau (EUA) (2024)
François Truffaut, Le Scénario de Ma Vie, de David Teboul (França) (2024)
Il ÉTait Une Fois Michel Legrand, de David Hertzog Dessites (França) (2024)
Jacques Rozier, d’une vague à l’autre, de Emmanuel Barnault (França) (2024)
Jim Henson Idea Man, de Ron Howard (EUA) (2024)
Younghwa cheongnyeon dong-ho (Walking In The Movies), de Lyang Kim (Coreia do Sul) (2024)

CÓPIAS RESTAURADAS

A Louca Escapada (The Sugarland Express), de Steven Spielberg (EUA) (1974)
Bona, de Lino Brocka (Filipinas) (1980)
Camp de Thiaroye, de Ousmane Sembene e Thierno Faty Sow (Senegal/Argélia/Tunísia) (1988)
Johnny Vai à Guerra (Johnny Got His Gun), de Dalton Trumbo (EUA) (1971)
La rose de la mer, de Jacques de Baroncelli (França) (1947)
Manthan, de Shyam Benegal (Índia) (1976)
Napoleão, de Abel Gance (França) (1927) (filme de abertura)
O Exército das Sombras (L’armée des ombres), de Jean-Pierre Melville (França) (1969)
O Monstro na Primeira Página (Sbatti il mostro in prima pagina), de Marco Bellocchio (Itália/França) (1972)
Quatro Noites de um Sonhador (Quatre nuits d’un rêveur), de Robert Bresson (França/Itália) (1971)
Rosaura a las 10, de Mario Soffici (Argentina) (1958)
Shanghai Blues (Shang Hai zhi yen), de Tsui Hark (Hong Kong) (1984)
Tasio, de Montxo Armendáriz (Espanha) (1984)

LE CINÉMA DE LA PLAGE

My Way, de Thierry Teston e Lisa Azuelos (França)
Silex and the City, de Jul e Guigue (França)
Slocum et moi, de Jean-François Laguionie (França/Luxemburgo)
Transmitzvah, de Daniel Burman (Argentina)

SÉANCES JEUNE PUBLIC

Angelo dans la forêt mystérieuse, de Vincent Paronnaud e Alexis Ducord (França/Luxemburgo)
Sauvages, de Claude Barras (Suíça/França/Bélgica)

Foto: Divulgação/LC Barreto.

La Chimera

por: Cinevitor

Direção: Alice Rohrwacher

Elenco: Josh O’Connor, Carol Duarte, Isabella Rossellini, Vincenzo Nemolato, Alba Rohrwacher, Lou Roy-Lecollinet, Giuliano Mantovani, Gian Piero Capretto, Melchiorre Pala, Ramona Fiorini, Luca Gargiullo, Yile Yara Vianello, Barbara Chiesa, Elisabetta Perotto, Chiara Pazzaglia, Francesca Carrain, Valentino Santagati, Piero Crucitti, Luciano Vergaro, Carlo Tarmati, Milutin Dapcevic, Luca Chikovani, Julia Vella, Agnese Graziani, Alessandro Genovesi, Cristiano Piazzati, Sofia Stangherlin, Marianna Pantani, Maria Alexandra Lungu, Paolo Bizzarri, Claudio Fabbri, Monaldo Gazzella, Sofija Zobina, Silvia Lucarini, Pancrazio Capretto, Elisabetta Anella, Maddalena Baiocco, Leila Nuniz, Giulia Caccavello, Franco Barzi, Fabrizio Pierini, Andrea Pettirossi, Maria Pia Clementi, Anna DeLuca.

Ano: 2023

Sinopse: Todos têm sua própria Quimera, algo que buscam, mas nunca conseguem encontrar. Para uma gangue de ladrões de antigos objetos funerários e maravilhas arqueológicas, a Quimera significa o desejo pelo dinheiro fácil. Para Arthur, a Quimera se parece com a mulher que ele perdeu, Beniamina. Para encontrá-la, ele desafia o invisível e procura por toda parte em busca de um mitológico caminho para a vida após a morte. Numa jornada entre vivos e mortos, entre florestas e cidades, entre celebrações e solidão, desenrolam-se os destinos entrelaçados desses personagens, todos à procura da Quimera.

*Filme visto na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

*Clique aqui e assista à entrevista com a atriz brasileira Carol Duarte no podcast Plano Geral

Nota do CINEVITOR:

Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2

por: Cinevitor

Winnie-the-Pooh: Blood and Honey 2

Direção: Rhys Frake-Waterfield

Elenco: Scott Chambers, Tallulah Evans, Ryan Oliva, Lewis Santer, Eddy MacKenzie, Marcus Massey, Peter DeSouza-Feighoney, Simon Callow, Alec Newman, Thea Evans, Nicola Wright, Teresa Banham, Flynn Gray, Tade Adebajo, Nichaela Farrell, Flynn Matthews, Thanael Weeks, Joshua Osei, Sam Barrett, Ash Tandon, Kelly Rian Sanson, Lila Lasso, Tosin Thompson, Jamie Robertson, Andrew Rolfe, Lucas Allermann, William Temple, Philip Philmar, Mason Stanley Gold, Jay Robertson, Tim Austin, David Olapoju, Charlotte Jackson Coleman, Toby Wynn-Davies, Chrissie Wunna, Connor Powles, Sam McCarthy, Alina Desmond, Evyn George, Alyssa Haymor, Becca Hirani, Harry Vinall, Jenna N. Wilson, Jenny Miller, Louisa Warren, Mickyla Victoria Grech, Natasha Tosini, Preston James, Stephen Staley, Zhana Soltani, Kalixta Kairos Fosang-Olarinmoye, Soma Zimmatore, Holden M N Smith, Phoenix James, Ivy Elizabeth Orlebar, Abby Haley, Amanda Jane York, Clarissa Dvorchak, Danielle Scott, Evie Gao, Ilirian Bushi, Karl Hughes, Nomi Bailey, Sonja Seva, Sonny Bègue, Thomas Marley, Thomas Reddy, Ebony Soares, Josh Archer, Harriet Olivia-Wilson, Lee River, Jasmine CL, Danielle Baron, Graeme Culliton, Kai Rigz.

Ano: 2024

Sinopse: Em uma cidade assombrada por um passado sangrento, Christopher Robin luta para superar os traumas deixados pelos terríveis assassinatos na floresta. Enquanto a cidade o culpa pelas mortes, Ursinho Pooh e seus aliados tramam uma vingança terrível, desencadeando uma nova onda de crimes brutais. Agora, para proteger sua família e salvar a cidade do caos, Christopher deve confrontar seus maiores medos antes que o terror se espalhe e os pesadelos do passado retornem com força total.

Nota do CINEVITOR:

Festival Curta Cinema 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Renato Novaes no curta-metragem Engole o Choro, de Fabio Rodrigo 

Foram anunciados nesta quarta-feira, 24/04, os vencedores da 33ª edição do Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, que exibiu 153 filmes, de 31 países, em oito dias de evento presencial, com todas as sessões gratuitas no cinema Estação Net Botafogo.

Os grandes vencedores deste ano foram os filmes Engole o Choro, de Fabio Rodrigo, e o grego Pigeons Are Dying, When The City Is On Fire, de Stavros Markoulakis, que estão automaticamente qualificados a concorrerem a uma indicação no Oscar 2025 na categoria de melhor curta-metragem de ficção. Nesta edição, a organização comemorou o número recorde de inscrições (4.750 filmes) e o aumento de 40% do público em relação à última edição, totalizando 4 mil espectadores, que encheram as salas do tradicional cinema de Botafogo

“Foi um crescimento considerável, principalmente de um público novo, que não conhecia o festival nem sua história e trajetória. E isso se deve, principalmente, à entrada do patrocinador Itaú-Unibanco, que possibilitou um aumento na comunicação geral do evento”, disse o diretor geral do Festival Curta Cinema, Ailton Franco.

Neste ano, os jurados da Competição Nacional foram: Anaïs Colpin, coordenadora da distribuidora Manifest; Eva Randolph, cineasta; e Bruno F. Duarte, cineasta e pesquisador de filmes de não-ficção com foco em raça, gênero e sexualidades. Para a Competição Internacional, o júri foi composto por: Ángela López Ruiz, cineasta e curadora; Matheus Peçanha, produtor audiovisual e fundador do Estúdio Giz; e Luciano Pérez Fernández, diretor, fotógrafo e produtor. Já o júri do Prêmio Canal Brasil de Curtas foi formado por Beatriz Filippo, Caio Garritano, Carlos Helí de Almeida, Thayz Guimarães e Orlando Margarido.

Neste ano, a programação se estende para São Paulo, nos dias 26 e 27 de abril, no MIS, Museu da Imagem e do Som, com a exibição dos programas Especial Manifest, Especial Total Refusal, Especial Interfilm e Interzona Midnight.

O Festival Curta Cinema tem direção geral do produtor Ailton Franco Jr. A curadoria desta 33ª edição ficou a cargo de Gustavo Duarte, Karen Black, Marina Pessanha, Lucas Murari, Cristiana Giustino, Duda Leite e Carolina Alves, com a colaboração de Matheus Fortuna e sob coordenação de Paulo Roberto Jr

Conheça os vencedores do Festival Curta Cinema 2024:

COMPETIÇÃO NACIONAL
Grande Prêmio: Engole o Choro, de Fabio Rodrigo (SP)
Prêmio Especial do Júri: Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE)
Melhor Direção: Thais Fujinaga, por Quinze Quase Dezesseis
Menção Honrosa: Ramal, de Higor Gomes (MG) e Mborairapé, de Roney Freitas (SP)
Prêmio do Público: Toró, de Clara Ferrer e Marcella C. De Finis (RJ)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Grande Prêmio: Pigeons Are Dying, When The City Is On Fire, de Stavros Markoulakis (Grécia)
Prêmio Especial do Júri: El Tercer Mundo Después Del Sol, de Tiagx Vélez e Analú Laferal (Colômbia)
Melhor Direção: Alicia Mendy, por Beutset e Sam Manacsa, por Cross My Heart and Hope To Die
Menção Honrosa: Incident, de Bill Morrison (EUA), Marica, de Anouk Chambaz (Suíça) e La Historia se Escribe de Noche, de Alejandro Alonso (Cuba)
Prêmio do Público: Cross My Heart and Hope To Die, de Sam Manacsa (Filipinas)

PRIMEIROS QUADROS
América, do Sul, de Maria Clara Bastos (SP)

PANORAMA LATINO AMERICANO | PRÊMIO DO PÚBLICO
As Marias, de Dannon Lacerda (Brasil, MS)

PANORAMA CARIOCA | PRÊMIO DO PÚBLICO
Macaleia, de Rejane Zilles

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Você, de Elisa Bessa (RJ)

PRÊMIO CANAL LIKE
Engole o Choro, de Fabio Rodrigo (SP)

PRÊMIO MELHOR PROJETO | 25º LABORATÓRIO DE PROJETOS DE CURTA-METRAGEM
1º lugar: Kika Não Foi Convidada, de Juraci Júnior (RO)
2º lugar: O Cadáver Perfumado, de Fabrício Basílio (RJ)

Foto: Divulgação.

Festival de Cannes 2024: curta brasileiro Amarela, de André Hayato Saito, é selecionado

por: Cinevitor
Cena do curta brasileiro Amarela, de André Hayato Saito

Depois de anunciar a seleção de longas, a 77ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, revelou os curtas-metragens selecionados para a Competição Oficial e também para a mostra La Cinef, anteriormente conhecida como Cinéfondation, criada para inspirar e apoiar a próxima geração de cineastas.

Neste ano, o comitê de seleção assistiu 4.420 curtas; onze foram escolhidos, de dez países. Os filmes disputam a Palma de Ouro, que será entregue pelo Júri Oficial, presidido pela atriz belga Lubna Azabal e que contará também com: Marie-Castille Mention-Schaar, cineasta francesa; o italiano Paolo Moretti, curador de cinema; a produtora francesa Claudine Nougaret; e o diretor sérvio Vladimir Perišić. O grupo também será responsável pelos prêmios da mostra La Cinef.

O cinema brasileiro marca presença com Amarela, de André Hayato Saito. A trama se passa em julho de 1998, dia da final da Copa do Mundo entre Brasil e França, quando Erika Oguihara, interpretada por Melissa Uehara, uma adolescente nipo-brasileira de 14 anos que rejeita as tradições familiares, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, ela sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.

“Sempre me senti japonês demais pra ser brasileiro e brasileiro demais pra ser japonês. A busca por uma identidade que habita o entrelugar se tornou a parte mais sólida de quem eu sou. Amarela é uma ferida aberta não só do povo nipo-brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo”, disse André Hayato Saito, diretor do curta. Outro fato celebrado pelo autor é o de ter composto uma equipe e elenco majoritariamente amarelos, acontecimento raro no audiovisual brasileiro.

O elenco conta também com Ricardo Oshiro, Carolina Hamanaka, Kazue Akisue, Pedro Botine, Joana Amaral, Lorena Castro, Kadu Oliveira, Izah Neiva, Yuki Sugimoto, Bruno Dias, Naoki Takeda, Bernardo Antônio, Adriana Hideshima e Takao Yabu.

O roteiro de Amarela é escrito por André Hayato Saito, Luigi Madormo e Tati Wan; e a produção é da MyMama Entertainment. A direção de arte é de Luana Kawamura Demange e a fotografia é assinada por Hélcio Alemão Nagamine e Danilo Arenas Ireijo. O desenho de som é de Guile Martins e a montagem de Caroline Leone; Dudu Tsuda e Lilian Nakahodo assinam a trilha sonora. Com figurino de Yuri Kobayashi e preparação de elenco de Marina Medeiros, o filme é produzido por Mayra Faour Auad, Gabrielle Auad, André Hayato Saito e Tati Wan.

“Me lembro quando Saito chegou para mim em 2019 com um material que rodou todo no Japão com sua família e me disse que queria fazer algo de cinema com isso. Apesar das inúmeras falas e trocas com eles, não falo japonês e não tenho ideia do que está ali. Naquele momento, nos unimos nas linhas invisíveis de sua criação autoral e descobrimos juntos uma voz linda, sensível, potente e muito necessária”, relatou Mayra Faour Auad, produtora e fundadora da MyMama Entertainment.

Amarela é a terceira parte da trilogia de curtas da MyMama com Saito que investiga sua ancestralidade japonesa a partir de um olhar autoral e íntimo. Tal busca identitária teve início com o curta-metragem Kokoro to Kokoro, que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa; depois seguiu com Vento Dourado, obra que tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir. O cineasta explora a relação entre as gerações em um ensaio sobre a morte e a convivência íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos.

Para a 27ª edição da La Cinef, 18 filmes foram selecionados, dentre os 2.263 inscritos por escolas e universidades de cinema do mundo todo. A lista conta com 14 ficções e 4 animações, de 13 países. Criada em 1998 por Gilles Jacob e dedicada à busca de novos talentos, a La Cinef, chamada anteriormente de Cinéfondation, proporciona uma oportunidade para que jovens realizadores vejam os melhores filmes do ano exibidos no festival e absorvam a atmosfera inspiradora na companhia de realizadores de renome; a seleção deste ano reflete a mobilidade geográfica dos estudantes de cinema.

Em comunicado oficial, Lubna Azabal, presidente do júri, disse: “O foco nos jovens cineastas que apresentam seus curtas-metragens e os caminhos que percorreram para chegar até lá me honram. Mal posso esperar para descobrir a riqueza de tudo isso. É uma jornada que quero ser exigente e gentil, curto após curto, passo após passo. Ser selecionado para este lugar mítico é uma mensagem de amor, um reconhecimento mundial, e presidi-lo é motivo de orgulho”.

 Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival de Cannes 2024:

COMPETIÇÃO

Across the Waters, de Viv Li (China)
Amarela, de André Hayato Saito (Brasil)
Les Belles Cicatrices, de Raphaël Jouzeau (França)
Mau por um Momento, de Daniel Soares (Portugal)
Ootidė (Ootid), de Razumaitė Eglė (Lituânia)
Perfectly a Strangeness, de Alison Mcalpine (Canadá)
Rrugës (On The Way), de Samir Karahoda (Kosovo)
Sanki Yoxsan, de Azer Guliev (Azerbaijão)
Tea, de Blake Rice (Eua)
The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojša Slijepčević (Croácia)
Volcelest, de Éric Briche (França)

LA CINEF

Banished Love, de Xiwen Cong (China) (Beijing Film Academy)
Bunnyhood, de Mansi Maheshwari (Reino Unido) (NFTS)
Crow Man, de Yohann Abdelnour (Líbano) (Alba)
Echoes, de Robinson Drossos (França) (ENSAD)
Elevación, de Gabriel Esdras (México) (Universidad de Guadalajara)
Forest of Echoes, de Yoori Lim (Coreia do Sul) (Korea National University of Arts)
In Spirito, de Nicolò Folin (Itália) (Centro Sperimentale di Cinematografia)
It’s Not Time For Pop, de Amit Vaknin (Israel) (Tel Aviv University)
Mauvais Coton, de Nicolas Dumaret (França) (La Fémis)
Out The Window Through The Wall, de Asya Segalovich (EUA) (Columbia University)
Plevel (Weeds), de Pola Kazak (República Checa) (FAMO)
Praeis (It’ll Pass), de Dovydas Drakšas (Reino Unido) (London Film School)
Sunflowers Were The First Ones To Know…, de Chidananda S Naik (Índia) (FTII, Pune)
Terminal, de East Elliott (EUA) (NYU)
The Chaos She Left Behind, de Nikos Kolioukos (Grécia) (Aristotle University of Thessaloniki)
The Deer’s Tooth, de Saif Hammash (Palestina) (Dar Al-Kalima University)
Three, de Amie Song (EUA) (Columbia University)
Withered Blossoms, de Lionel Seah (Austrália) (AFTRS)

Foto: Divulgação.

Festival de Cannes 2024 exibirá Lula, documentário dirigido por Oliver Stone sobre presidente brasileiro

por: Cinevitor
O presidente e o cineasta em encontro no Brasil em 2016

Depois de anunciar os primeiros filmes de sua 77ª edição, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, o Festival de Cannes revelou novos títulos que completam sua seleção. Como de costume, o evento acontecerá no Palais des Festivals com a tradicional disputa pela Palma de Ouro e mostras paralelas. 

Neste anúncio mais recente, divulgado nesta segunda-feira, 22/04, vale destacar a presença do documentário Lula, dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone, de sucessos como Platoon, Nascido em 4 de Julho, JFK: A Pergunta que Não Quer Calar, Assassinos por Natureza, Alexandre, As Torres Gêmeas, entre outros.

O longa, que será exibido fora de competição na mostra Sessões Especiais, aborda a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2018 e 2019, e seu retorno ao poder. Lula também já participou de outros títulos do cineasta, como Ao Sul da Fronteira, documentário político exibido no Festival de Veneza. Sobre o filme Lula, Stone disse em entrevista recente: “É uma obra sobre a perseguição judicial. Sobre o que aconteceu quando ele havia sido um presidente de sucesso, e, então, foi preso por corrupção, que é como geralmente as coisas são feitas nesses países”

Em 2016, Oliver Stone e Lula se encontraram no Brasil quando o cineasta esteve por aqui para lançar o filme Snowden: Herói ou Traidor. Dois anos depois, assinou o manifesto Eleição sem Lula é fraude, pelo direito do candidato de participar das eleições daquele ano, que foi negado por decisão arbitrária da Justiça brasileira: “Como muitos de vocês, estou deprimido com o que está acontecendo no Brasil. Vocês devem ser firmes e resistir. Lula não pode continuar preso, precisamos tirá-lo da cadeia”, disse o diretor. E finalizou: “Por favor não percam a esperança. Muitas pessoas de todo o mundo estão com vocês. Nossa torcida e apoio estão com vocês”.

Não é a primeira vez que Stone dirige uma obra sobre a América Latina: em 1986 lançou Salvador: O Martírio de um Povo; o documentário Comandante, em 2003, sobre seu encontro com Fidel Castro; e Mi Amigo Hugo, em 2014, com Hugo Chávez.

Além dos filmes, outra novidade anunciada recentemente foi o pôster deste ano, inspirado no filme Rapsódia em Agosto, de Akira Kurosawa. Toda a beleza poética, magia hipnótica e aparente simplicidade do cinema emergem na cena retratada. O filme foi exibido fora de competição em Cannes em 1991. O comunicado oficial diz: “Espelhando a sala de cinema, este pôster celebra a sétima arte com ingenuidade e admiração. Porque dá voz a todos, permite a emancipação. Porque lembra as feridas, combate o esquecimento. Porque testemunha os perigos, apela à união. Porque acalma traumas, ajuda a reparar os vivos. Num mundo frágil que questiona constantemente a alteridade, o Festival de Cannes reafirma uma convicção: o cinema é um santuário universal de expressão e partilha. Um lugar onde está escrita a nossa humanidade tanto quanto a nossa liberdade”.

E mais: Napoleão, dirigido por Abel Gance e lançado em 1927, abrirá a mostra Cannes Classics deste ano. Considerada uma grande obra da era do cinema mudo e uma das restaurações mais monumentais da história do cinema, o filme passou por uma saga épica para recuperar sua integridade e glória. Várias fontes foram utilizadas para redescobrir o enredo original desta extraordinária reconstrução do filme de sete horas, dividido em duas épocas. Com isso, foi recortado e mutilado diversas vezes; com 22 versões diferentes conhecidas até o momento.

Além disso, nesta 77ª edição, a Palma de Ouro honorária será entregue para o Studio Ghibli. Ao lado dos grandes nomes de Hollywood, o estúdio japonês, representado por dois contadores de histórias, Hayao Miyazaki e Isao Takahata, e uma série de personagens cult, lançou um novo vento no cinema de animação nas últimas quatro décadas.

Em comunicado oficial, Toshio Suzuki, cofundador do Studio Ghibli, disse: “Estou verdadeiramente honrado e encantado que o estúdio receberá a Palma de Ouro Honorária. Gostaria de agradecer ao Festival de Cannes do fundo do meu coração. Há quarenta anos, Hayao Miyazaki, Isao Takahata e eu fundamos o Studio Ghibli com o desejo de levar animação de alto nível e qualidade para crianças e adultos de todas as idades. Hoje, os nossos filmes são vistos por pessoas de todo o mundo”. Com isso, o Studio Ghibli junta-se aos que inspiraram a cinematografia que o Festival de Cannes celebra todos os anos: “Pela primeira vez na nossa história não é uma pessoa, mas uma instituição que escolhemos para celebrar”, afirmaram Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, delegado geral.

Outro anúncio revelado recentemente foi a dupla de jurados do prêmio Caméra d’or: a atriz francesa Emmanuelle Béart, de Um Coração no Inverno, 8 Mulheres, A Vingança de Manon, A Bela Intrigante, Minha Secretária e Os Destinos Sentimentais; e Baloji, rapper e cineasta belga, que passou por Cannes no ano passado com o filme Augure.

Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Cannes 2024:

COMPETIÇÃO

La plus précieuse des marchandises, de Michel Hazanavicius (França/Bélgica)
The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Irã)
Trei kilometri până la capătul lumii, de Emanuel Parvu (Romênia)

UN CERTAIN REGARD

Flow, de Gints Zilbalodis (Lituânia/Bélgica/França)
Niki, de Céline Sallette (França)
When the Light Breaks, de Rúnar Rúnarsson (Islândia/EUA/França/Croácia) (filme de abertura)

CANNES PREMIERE

Maria, de Jessica Palud (França)
Vivre, Mourir, renaître, de Gaël Morel (França)

SESSÕES ESPECIAIS

An Unfinished Film, de Lou Ye (China)
Lula, de Oliver Stone (EUA)
Nasty, de Tudor Giurgiu (Romênia)
Spectateurs, de Arnaud Desplechin (França)

FORA DE COMPETIÇÃO

Le Comte de Monte-Cristo, de Alexandre De La Patellière e Matthieu Delaporte (França)

Foto: Ricardo Stuckert.

Inscrições abertas para o 19º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

por: Cinevitor
Zezita Matos, Soia Lira e Marcélia Cartaxo na edição passada

As inscrições para a 19ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 5 e 11 de dezembro, já estão abertas. O mais antigo festival paraibano será realizado mais uma vez na rede Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente através da página oficial do festival (clique aqui) até às 23h59 do dia 22 de junho. Para este ano, o Fest Aruanda traz uma novidade: o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de R$ 15 mil reais, que tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria de curta-metragem.

Para a inscrição geral, os realizadores podem se inscrever nas categorias: longa-metragem nacional, curta-metragem nacional e mostra Sob o Céu Nordestino (curtas paraibanos e longas-metragens da região). O regulamento ainda contempla mais duas opções de inscrição: TV Universitária (nacional) nas categorias documentário, programa de TV, interprograma e reportagem e Caleidoscópios Digitais; e videoclipe e TCC (em formato audiovisual) contemplam exclusivamente produções paraibanas.

O Comitê de Seleção de curtas-metragens é formado pelos jornalistas e críticos de cinema, Amilton Pinheiro (SP) e Rodrigo Fonseca (RJ), e a roteirista e crítica Vivi Pistache (BH). Segundo Rodrigo Fonseca: “O Aruanda é um canteiro de descobertas na triagem por vozes autorais. A maior potência de uma seleção de curtas como a do festival paraibano é a chance de descobrimos os primeiros ecos dessas vozes, ainda no seu nascedouro, ou acolher vozes já veteranas em processos de experimentação”.

Vivi Pistache, nova integrante do Comitê de Seleção, é roteirista e crítica de cinema com passagem pelo departamento de desenvolvimento de roteiros da O2 Filmes e TV Globo. Doutoranda em Psicologia e Cinema pela USP. Graduada em Psicologia pela UFMG. Formada em Roteiro e Direção pela Academia Internacional de Cinema de São Paulo: “É uma honra incrível ser merecedora da confiança do festival que já tem sua maioridade. Muito feliz em fazer parte desse time”.

Amilton Pinheiro também comentou: “Assim como acontece todos os anos, o Comitê de Seleção de Curtas Nacional aguarda com muitas expectativas os trabalhos dos realizadores, ainda mais agora com a entrada da Vivi Pistache que vem somar aos nossos olhares, o meu e de Rodrigo Fonseca. Acredito que teremos uma safra ainda melhor do que a do ano passado, com múltiplas maneiras de narrar uma obra cinematográfica e dar conta da imensidão de tantas histórias desse Brasil”.

Segundo o diretor executivo do festival, Lúcio Vilar: “Estamos chegando na décima nona edição do mais antigo festival do estado da Paraíba. Trabalhando para montar um cardápio audiovisual de qualidade para 2024 e nos preparando para receber os cineastas, artistas, produtores e imprensa convidada, assim como o nosso distinto público”.

Foto: Vitor Búrigo.

Prêmios Platino 2024: conheça os vencedores; Cecilia Roth é homenageada

por: Cinevitor
Cecilia Roth no palco: consagrada atriz argentina

Foram revelados neste sábado, 20/04, os vencedores do XI Prêmios Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

Nesta 11ª edição, a cerimônia, transmitida pelo Canal Brasil e que aconteceu no Teatro Gran Tlachco Xcaret, em Riviera Maya, no México, foi apresentada por Esmeralda Pimentel e Májida Issa. O longa espanhol A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona, que se destacava com sete indicações, foi o grande vencedor da noite com seis prêmios, entre eles, melhor filme ibero-americano de ficção.

Em seu discurso, o diretor disse: “Demoramos dez anos porque ninguém nos disse que era possível fazer um filme com este orçamento em espanhol. Hoje, os atores percorrem o mundo enchendo os cinemas e o recebem como estrelas de Hollywood depois de se tornarem o filme em espanhol mais visto da história na Netflix e o terceiro mais visto do ano. Às vezes é preciso fazer diferente para mudar as regras do jogo”, finalizou Bayona.

Enzo Vogrincic, que recebeu o troféu de melhor ator por A Sociedade da Neve, disse: “Sou do Uruguai, que é um país pequeno com poucas oportunidades e de um bairro que tem menos ainda. Quando alguém lhe dá a oportunidade de fazer algo, faz uma grande diferença”. Além disso, agradeceu Bayona pela oportunidade que lhe deu e que lhe permitiu obter um grande reconhecimento do mundo ibero-americano.

Enzo Vogrincic: prêmio de melhor ator por seu trabalho em A Sociedade da Neve

A consagrada atriz argentina Cecilia Roth, conhecida por diversos filmes, entre eles, Tudo sobre Minha Mãe e Fale com Ela, de Pedro Almodóvar, foi homenageada com o Platino de Honor: “Temos que cuidar do nosso cinema, que está sempre em perigo”, disse no palco. E continuou: “Peço que todos tenham consciência do lugar que ocupamos no mundo. O cinema precisa ser ouvido. Não só porque nem sempre é ouvido, mas porque pode deixar de existir. Estejamos atentos, resistamos”.

Neste ano, o audiovisual brasileiro não marcou presença entre os finalistas, mas foi representado por Gabriel Leone, que apresentou as categorias de atuações em minisséries e séries; e Alice Braga, que anunciou o prêmio principal da noite. Na disputa, a lista contava com duas coproduções: Os Delinquentes, de Rodrigo Moreno; e Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat

Conheça os vencedores do 11º Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona (Espanha)

MELHOR COMÉDIA IBERO-AMERICANA DE FICÇÃO
Bajo Terapia, de Gerardo Herrero (Espanha)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Meu Amigo Robô, de Pablo Berger (Espanha)

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO DE ESTREIA | FICÇÃO
20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A Memória Infinita, de Maite Alberdi (Chile)

MELHOR DIREÇÃO
Juan Antonio Bayona, por A Sociedade da Neve

MELHOR ROTEIRO
20.000 Espécies de Abelhas, escrito por Estibaliz Urresola Solaguren

MELHOR ATRIZ
Laia Costa, por Un amor

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ane Gabarain, por 20.000 Espécies de Abelhas

MELHOR ATOR
Enzo Vogrincic, por A Sociedade da Neve

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Jose Coronado, por Cerrar los ojos

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Meu Amigo Robô, por Alfonso de Vilallonga

MELHOR EDIÇÃO
A Sociedade da Neve, por Jaume Martí e Andrés Gil

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
O Conde, por Rodrigo Bazaes

MELHOR FOTOGRAFIA
A Sociedade da Neve, por Pedro Luque

MELHOR DESENHO DE SOM
A Sociedade da Neve, por Oriol Tarragó, Marc Orts e Jorge Adrados

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)

MELHOR MINISSÉRIE OU SÉRIE IBERO-AMERICANA
Barrabrava (Argentina/Uruguai) (Prime Video)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Alfredo Castro, por Los mil días de Allende

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Lola Dueñas, por La Mesías

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Andy Chango, por Amor e Música: Fito Paez

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Carmen Machi, por La Mesías

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Daniel Burman, por Iosi, o Espião Arrependido (2ª temporada)

Foto: Divulgação/Platino.

47º Festival Guarnicê de Cinema anuncia títulos selecionados para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Stepan Nercessian e Lilia Cabral no longa Tire 5 Cartas

Foram anunciados neste sábado, 20/04, os títulos selecionados para as mostras competitivas da 47ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que acontecerá entre os dias 7 e 14 de junho, em formato híbrido, com exibições presenciais em São Luís, no Maranhão, e programação on-line acessível em todo o Brasil.

O mais longevo festival do Norte e Nordeste, e um dos mais importantes do país, contará com longas e curtas-metragens nacionais e maranhenses, além de videoclipes. Com isso, 69 trabalhos serão exibidos e disputarão o Troféu Guarnicê e outras premiações oferecidas pelo festival e por parceiros.

A relação dos filmes abrange oito longas-metragens maranhenses, seis longas-metragens nacionais, 18 curtas-metragens nacionais, 12 curtas-metragens maranhenses e 25 videoclipes. Os trabalhos foram escolhidos a partir de uma base de dados formada por 1.007 produções audiovisuais inscritas.

Os filmes da seleção oficial do Festival Guarnicê de Cinema 2024 passaram pela avaliação de cineastas e pesquisadores de reconhecida competência do audiovisual local e nacional. Nesta edição, de modo inédito, a equipe foi dividida em dois grupos: um voltado para avaliação de longas nacionais e maranhenses e outro voltado para a análise dos curtas.

O comitê de longas foi composto por: Marcus Túlio (MA), Erika Cândido (RJ) e Flávia Abtibol (AM). Já o time de avaliadores dos curtas foi formado por Arthur Gadelha (CE), Taciano Brito (MA) e Flávia Cândida (RJ). As duas equipes foram coordenadas por Stella Lindoso (MA), responsável pela definição do cronograma de trabalho da curadoria e pela seleção dos videoclipes maranhenses, além da contribuição com a análise dos filmes. A programação completa do festival, incluindo datas das sessões, locais e sinopses dos filmes selecionados, será divulgada em breve.

Conheça os títulos selecionados para o 47º Festival Guarnicê de Cinema:

LONGAS-METRAGENS NACIONAIS

A Serena Onda que o Mar me Touxe, de Edson Ferreira (ES)
No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni (PE)
O Sonho de Clarice, de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho (DF)
Quando eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Micheline Helena (CE)
Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE)
Transo, de Lucca Messer (SP)

CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

152 AB, de Daniel Jaber e Jelton Oliveira (MG)
Água Doce, de Antonio Miano (SP)
Bença, de Mano Cappu (PR)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Castanho, de Adanilo (AM)
Cidade by Motoboy, de Mariana Vita (AL)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Engole o Choro, de Fábio Rodrigo (SP)
Jussara, de Camila Ribeiro (BA)
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)
Não Existem Mártires, Apenas Marketing, de João Luciano (MA)
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG)
O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
Pirenopolynda, de Tita Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor (GO/DF/CE)
Por Favor Leiam Para que eu Descanse em Paz, de Anna Costa e Silva e Nanda Félix (RJ)
Por que Não Ensinaram Bixas Pretas a Amar?, de Juan Rodrigues (BA)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Utopia Muda, de Julio Matos (SP)

LONGAS-METRAGENS MARANHENSES

A Curva dos 90, de Felix Alberto
Ginga Reggae na Jamaica Brasileira, de Naýra Albuquerque
José, de Beto Matuck e Celso Borges
Ma’e Ikwaw Paw: Além das Margens, de Heraldo Leão Guajajara e Dhiogo Rezende Gomes
Maranhão 149, de Sheury Manu Neves
Muleque Té Doido 4: Morreu Maria Preá!, de Erlanes Duarte
Rei Zulu, de Markim Araújo
Tire 5 Cartas, de Diego Freitas

CURTAS-METRAGENS MARANHENSES

Antes de Partir, de Sheury Manu Neves
Clair de Lune, de Laísa Couto
É só Contar, de Werbeth Pereira, Victor Cravin, Joelma Baldez, Cledilson Rocha e Hemylly Mendes
Entre a Fé e a Tradição: Tenda de Senhor Ogum, de Cláudia Marreiros
Gonçalves Dias por Gonçalves Dias, de Joaquim Haickel e Beto Nicácio
João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro
Maria Parteira, de Marla Silveira
Mar.Ina, de Samyre Protázio, Renata Costa, Profana Vieira, Marcelo Almeida, David Silva, Valdenira Baima, Allan Pereira e Jeyci Elizabeth Sousa
Mariô, de Brena Maria e Cadu Marques
Putas Mulheres, de Dário Gilson
Troncos, de Marcelo Cruz
XXXX, de Taíssa Monteiro

VIDEOCLIPES

A Flor do Beco da Mina, de Jesiel Bives
A Pureza, de Rui Mario
Agora é Fácil, de Jota SF
Agora Têm, de Yann Kaminski
Baculejo, de O Shoock
Bora Chamegar, de Tribo de Jah
Chorando se Foi, de Catharina Bravin
Como se Fosse um Bolero, de Aziz Júnior
Em Cima da Hora, de Choro Pungado e Roberto Chinês
Enquanto Você Louva, de Leandro Dias e Ronaldo Melonio
F3 INTERLUDE, de Frimes
Feat Violento, de Mano Magrão e Gustavo Mic
Flor de Angelim, de Banda Parabelo
Late Enough, de Luiza Dam
Madame do Réu, de Jaísa Caldas
Meu Tesouro, Meu Torrão, de Wesley Souza e Thaynara Oliveira
Não Vou Ficar Louca, de Becky Barros
Pretação: Ancestrais, de Unidade Punho Forte
Quanto Tempo, de Yann Kaminski
Rio Cajari, Imperador da Baixada, de Jesiel Bives
Saudade do Tempero, de Rui Mario e Daniel Cavalcante
SE7E VELAS (prod. WUK), de Afro Prata
Veneno, de Frimes
Vertigem ao Mar, de Jadsuel Monteiro
Voguebike, de Getúlio Abelha

Foto: Divulgação.

Cannes 2024: curta-metragem brasileiro é selecionado para a Semana da Crítica

por: Cinevitor
A Menina e o Pote: curta-metragem brasileiro selecionado

Foram anunciados nesta quinta-feira, 18/04, os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2024 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo. 

Em sua 63ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 15 e 23 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; a atriz ruandesa Eliane Umuhire, a produtora francesa Sylvie Pialat, a diretora de fotografia belga Virginie Surdej e o crítico de cinema canadense Ben Croll completam o time de jurados. 

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o curta-metragem de animação A Menina e o Pote, de Valentina Homem. A trama se passa em um mundo distópico onde uma jovem quebra um vaso de cerâmica que esconde um segredo. Esta ação abre portas para um mundo paralelo e a jovem entra num período de transformação em que é finalmente possível criar um novo mundo.

Com narração e consultoria de cosmologias indígenas de Francy Baniwa, o roteiro é coletivo e assinado por Valentina Homem, Eva Randolph, Francy Baniwa, Nara Normande e Tati Bond. A equipe conta também com Felippe Mussel no som, Eva Randolph na montagem, Francisco Fontes Baniwa na trilha sonora, Tati Bond na animação e arte; Nara Normande assina também a direção de animação, que foi feita em pintura em vidro. Diego Akel e Antonia Muniz assinam a consultoria de animação.

A diretora Valentina Homem, artista e cineasta brasileira, nascida no Recife e atuante desde o início dos anos 2000, passou por Cannes em 2016 com o curta-metragem Abigail na Quinzena de Cineastas. Atualmente está em finalização de seu primeiro longa-metragem, Um Dia Antes de Todos os Outros.

Vale lembrar que já anunciado anteriormente, o longa-metragem Baby, dirigido por Marcelo Caetano, também foi selecionado para esta mesma mostra. Clique aqui e saiba mais. 

Conheça os curtas-metragens selecionados para a Semana da Crítica 2024:

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM

A Menina e o Pote, de Valentina Homem (Brasil)
Alazar, de Beza Hailu Lemma (Etiópia/França/Canadá)
As Minhas Sensações são Tudo o que Tenho para Oferecer, de Isadora Neves Marques (Portugal)
Ella se Queda, de Marinthia Gutiérrez Velazco (México)
Montsouris, de Guil Sela (França)
Noksan, de Cem Demirer (Turquia)
Radikals, de Arvin Belarmino (Filipinas/EUA/Bangladesh/França)
Supersilly, de Veronica Martiradonna (França)
Taniec w Narożniku, de Jan Bujnowski (Polônia)
Αυτο που ζηταμε απο ενα αγαλμα ειναι να μην κινειται (What we ask of a statue is that it doesn’t move/Ce qu’on demande à une statue c’est qu’elle ne bouge pas), de Daphné Hérétakis (Grécia/França)

SESSÃO ESPECIAL

1996 ou les Malheurs de Solveig, de Lucie Borleteau (França)
Las novias del sur, de Elena López Riera (Suíça/Espanha)
Sannapäiv, de Anna Hints e Tushar Prakash (Estônia)

CONVIDADOS | Festival International du Film de Morelia

Extinción de la especie, de Matt Porterfield e Nicolasa Ruiz (México)
HA, de María Almendra Castro Camacho (México)
Xquipi (Ombligo), de Juan Pablo Villalobos Díaz (México)

Foto: Divulgação.

Cannes 2024: A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, é selecionado para a Quinzena de Cineastas

por: Cinevitor
A Queda do Céu: documentário brasileiro selecionado

Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), desde 1969, a Quinzena de Cineastas (Quinzaine des Cinéastes), antes chamada de Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.

Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.

Neste ano, em sua 56ª edição, que acontecerá entre os dias 15 e 25 de maio, o cinema brasileiro ganha destaque com A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, documentário que apresenta um diálogo com o livro homônimo de Davi Kopenawa, xamã Yanomami e um dos maiores líderes indígenas do mundo, e de Bruce Albert, antropólogo francês. A obra é considerada por muitos especialistas como um clássico contemporâneo

Esta não é a primeira vez de Eryk em Cannes. Em 2004, o cineasta disputou a Palma de Ouro de melhor curta-metragem por Quimera e, em 2016, recebeu o L’Œil d’or (Olho de Ouro) de melhor documentário por Cinema Novo, seu sétimo longa: “Uma alegria imensa retornar ao Festival de Cannes. Será minha terceira participação. Em 2016, Cinema Novo nasceu lá e viajou o mundo! Foi muito emocionante, ganhamos o L’Œil d’or de melhor filme documental do festival. Agora, com a A Queda do Céu na Quinzena de Cineastas será uma belíssima oportunidade e uma dupla celebração: de ver e ouvir explodir na tela o sonho e a luta do povo Yanomami e da força poética e geopolítica do xamã, filósofo e líder Davi Kopenawa. E, ainda, acompanhar a trajetória de um cinema que acreditamos e que está fora dos modismos e das convenções. De um cinema sem fórmulas, que navega no desconhecido, que transita entre a materialidade e o espírito e cuja linguagem surge da nossa relação com os Yanomamis e a comunidade de Watorikɨ, e que nasce, também, do nosso encontro com artistas Yanomamis que participaram criativamente da realização deste filme”, comentou Eryk.

O filme é uma codireção com a artista Gabriela Carneiro da Cunha: “Essa é minha estreia na direção no cinema. É uma grande emoção estar em Cannes, na Quinzena de Cineastas, em uma mostra reconhecida por sua ousadia e apuro estético. Esse é um filme que busca uma linguagem própria e essa busca foi completamente acolhida pela curadoria. De certo modo, é bonito pensar que o filme A Queda do Céu irá nascer na França, terra de Bruce Albert, um dos autores do livro homônimo e que em breve estará também circulando na Terra Indígena Yanomami”, complementou a diretora.

O longa é centrado na festa Reahu, ritual funerário e a mais importante cerimônia dos Yanomami, que reúne centenas de parentes dos falecidos com a finalidade de apagar todos os rastros daquele que se foi e assim colocá-lo em esquecimento. A partir de três eixos fundamentais do livro (Convite, Diagnóstico e Alerta), o filme apresenta a cosmologia do povo Yanomami, o mundo dos espíritos Xapiri, o trabalho dos xamãs para segurar o céu e curar o mundo das doenças produzidas pelos não-indígenas, o garimpo ilegal, o cerco promovido pelo povo da mercadoria e a vingança da Terra.

“A Queda do Céu é a expressão cinematográfica do arrebatamento que tivemos ao ler o livro. Mas principalmente da nossa relação e do que foi vivido em carne, osso e espírito ao longo dos últimos sete anos ao lado de Davi, Watorikɨ e os Yanomami. É um filme onde a câmera não olha só para os Yanomami, mas para nós não indígenas também. E isso sempre foi um fundamento do filme tanto para mim quanto para Eryk. Trabalhamos para fazer um filme que expressasse a materialidade onírica de uma relação”, explica Gabriela. O filme é produzido pela Aruac Filmes, é uma coprodução Brasil, Itália e França, da Hutukara Associação Yanomami e Stemal Entertainment com Rai Cinema e produção associada de Les Films d’ici.

Seguindo a edição anterior, a seleção de 2024 é menos uma tentativa de traçar um mapa da produção cinematográfica global do que de criar uma linha editorial composta por apostas genuínas, favoritos e filmes que têm sido intensamente debatidos no seio da comissão. A principal bússola sempre foi a singularidade da mise-en-scène de um filme, bem como sua poesia, sua potência afetiva, seu imaginário e sua autenticidade. 

O comunicado oficial diz: “A comissão prestou igual atenção a todas as formas e estilos cinematográficos: ficção, documentário, animação, experimental, cinema de género (comédia, fantasia, terror, etc.) e filmes de ensaio. Foram considerados todos os filmes recebidos, dos mais aguardados aos mais discretos, com a mesma graciosidade. A Quinzena continuará a celebrar o cinema em toda a sua diversidade”

O pôster deste ano é assinado pelo cineasta japonês Takeshi Kitano e foi criado a partir de uma pintura dele; o design gráfico é de Michel Welfringer. Sobre o cartaz, o ator, escritor, comediante, pintor e diretor japonês de quase 20 filmes, entre eles Kids Return: De Volta às Aulas, exibido na Quinzena de 1996, disse: “Interprete-a como quiser. O título é Takeshi!”

Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena de Cineastas 2024:

LONGA-METRAGEM

A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (Brasil)
A Savana e a Montanha, de Paulo Carneiro (Portugal)
À son image, de Thierry de Peretti (França)
Algo viejo, algo nuevo, algo prestado, de Hernán Rosselli (Argentina)
Bakeneko Anzu-chan, de Yôko Kuno e Nobuhiro Yamashita (Japão)
Christmas Eve in Miller’s Point, de Tyler Taormina (EUA)
Eat the Night, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
Eephus, de Carson Lund (EUA)
Gazer, de Ryan J. Sloan (EUA)
Good One, de India Donaldson (EUA)
La Prisonnière de Bordeaux, de Patricia Mazuy (França)
Les Pistolets en plastique, de Jean-Christophe Meurisse (França) (filme de encerramento)
Los hiperbóreos, de Cristóbal León e Joaquín Cociña (Chile)
Ma vie Ma gueule, de Sophie Fillières (França) (filme de abertura)
Mongrel (白衣蒼狗), de Chiang Wei Liang e You Qiao Yin (Taiwan)
Namibia no sabaku, de Yôko Yamanaka (Japão)
Sharq 12, de Hala Elkoussy (Egito)
Sister Midnight, de Karan Kandhari (Índia)
To a Land Unknown, de Mahdi Fleifel (Palestina/Dinamarca)
Une langue universelle, de Matthew Rankin (Canadá)
Volveréis, de Jonás Trueba (Espanha)

CURTA-METRAGEM

Après le soleil, de Rayane Mcirdi (França/Argélia)
Immaculata, de Kim Lêa Sakkal (Líbano)
Les Météos d’Antoine, de Jules Follet (França)
Một lần dang dở, de Nguyễn Trung Nghĩa (Vietnã)
Nuestra sombra, de Agustina Sánchez Gavier (Argentina)
O Jardim em Movimento, de Inês Lima (Portugal)
Quando a Terra Foge, de Frederico Lobo (Portugal)
Totemo mijikai, de Kōji Yamamura (Japon)
Very Gentle Work, de Nate Lavey (EUA)

SESSÃO ESPECIAL
Histoires d’Amérique: Food, Family and Philosophy, de Chantal Akerman (1989) (Bélgica)

Foto: Divulgação/Aruac Filmes.

Cannes 2024: Baby, de Marcelo Caetano, é selecionado para a 63ª Semana da Crítica

por: Cinevitor
João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro no brasileiro Baby, de Marcelo Caetano 

Foram anunciados nesta segunda-feira, 15/04, os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2024 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo. 

Em sua 63ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 15 e 23 de maio, terá o cineasta espanhol Rodrigo Sorogoyen como presidente do júri; a atriz ruandesa Eliane Umuhire, a produtora francesa Sylvie Pialat, a diretora de fotografia belga Virginie Surdej e o crítico de cinema canadense Ben Croll completam o time de jurados. 

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o longa-metragem Baby, dirigido por Marcelo Caetano, cineasta mineiro radicado em São Paulo. Depois de estrear seu primeiro filme, Corpo Elétrico, no Festival de Roterdã, Marcelo comemora a seleção em Cannes: “Baby não poderia nascer em melhor lugar. A Semana da Crítica é a mostra dedicada aos diretores em primeiro e segundo longa. É um espaço para um cinema de invenção, para novas temáticas e linguagens. Alguns dos cineastas que mais me influenciaram foram descobertos pela Semana”.

O filme também marca mais um projeto de Marcelo rodado no centro de São Paulo: “Baby é uma carta cheia de paixão e dor ao Centro de São Paulo, lugar que eu filmo há quinze anos, desde meus primeiros curtas-metragens. Em Baby, os personagens estão em constante movimento. Eles cruzam as ruas da cidade em busca de liberdade e da realização de seus desejos. É um filme antes de tudo sobre a cumplicidade e a amizade, em meio ao caos”, conta o diretor.

Baby conta a história de uma paixão tumultuada, de uma amizade cheia de desencontros: “Os personagens principais se conhecem em um momento de abandono e formam uma nova família. Apesar das diferenças e dos atritos, eles se agarram um ao outro. É difícil dar um nome para a relação deles, é uma paixão meio doida, é também uma amizade cheia de desencontros. No fundo, os dois lutam para pôr fim à solidão que a vida impõe sobre eles”, revela Marcelo Caetano. No elenco principal estão João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro, além de Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer, Luiz Bertazzo, Marcelo Varzea, Mauricio de Barros, Patrick Coelho, Kyra Reis, Baco Pereira, Sylvia Prado, Ariane Aparecida, Victor Hugo Martins e Kelly Campello.  

Baby é uma coprodução entre Brasil, França e Holanda e contou com recurso públicos geridos pela ANCINE, Agência Nacional do Cinema, e apoio do Aide Aux Cinémas Du Monde, Centre national du cinéma et de l’image animée e do Institut Français. Foi produzido com o apoio do HBF, Hubert Bals Fund, do Festival de Roterdã, e do NFF, Netherlands Film Fund. É uma coprodução da Spcine, Telecine, Canal Brasil e Vitrine Filmes, que também assina a distribuição.

Com roteiro de Marcelo Caetano e Gabriel Domingues, a fotografia é assinada por Joana Luz e Pedro Sotero; a direção de arte é de Thales Junqueira e a montagem de Fabian Remy; Gabriela Campos assina o figurino e a maquiagem é de Tatiana Manfrim. A trilha sonora original é de Bruno Prado e Caê Rolfsen

O pôster desta 63ª edição traz a atriz e diretora francesa Hafsia Herzi no longa Le ravissement, de Iris Kaltenbäck, que recebeu o Prêmio SACD na edição passada. Neste ano, foram 1.050 longas-metragens inscritos e onze selecionados, de oito países. Os curtas-metragens, que somam 2.150 inscrições, serão anunciados em breve.

Conheça os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2024:

COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM

Baby, de Marcelo Caetano (Brasil/França/Holanda)
Blue Sun Palace, de Constance Tsang (EUA)
Julie zwijgt (Julie Keeps Quiet), de Leonardo Van Dijl (Bélgica/Suécia)
La Pampa (Block Pass), de Antoine Chevrollier (França)
Locust, de KEFF (Taiwan/França/EUA)
Rafaat einy ll sama (The Brink of Dreams), de Nada Riyadh e Ayman El Amir (Egito/França/Dinamarca/Qatar/Arábia Saudita)
Simon de la montaña (Simon of the mountain), de Federico Luis (Argentina/Chile/Uruguai)

SESSÕES ESPECIAIS | LONGAS

Animale, de Emma Benestan (França/Bélgica) (filme de encerramento)
La mer au loin (Across the Sea), de Saïd Hamich Benlarbi (França/Marrocos/Bélgica/Qatar)
Les Fantômes (Ghost Trail), de Jonathan Millet (França/Alemanha/Bélgica) (filme de abertura)
Les Reines du drame (Queens of Drama), de Alexis Langlois (França/Bélgica)

Foto: Divulgação.