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Kansas City Film Circle: conheça os melhores de 2020

por: Cinevitor

bacuraukansascriticosAlli Willow e Chris Doubek em Bacurau.

Fundada em 1966 por James Loutzenhiser, a Kansas City Film Circle é a segunda associação de críticos profissionais de cinema mais antiga dos Estados Unidos, depois do New York Film Critics Circle. A KCFCC conta com mais de 20 membros ativos de diversos meios de comunicação, como mídia impressa e on-line, rádio e TV.

Depois da morte de Loutzenhiser, em 2001, os membros votaram unanimemente para renomear seus prêmios anuais em sua homenagem. Em 2005, um novo prêmio foi estabelecido em memória de Vince Koehler, membro de longa data do KCFCC, homenageando filmes de ficção científica, fantasia e terror. Em 2006, o grupo votou para homenagear o nativo de Kansas City, Robert Altman, renomeando o prêmio de melhor direção em sua homenagem e organizando um festival de cinema em abril de 2007.

A KCFCC se reúne formalmente duas vezes por ano. A primeira reunião é realizada em meados de dezembro e inclui a votação dos prêmios; a participação (pessoalmente ou por procuração) é obrigatória para todos os membros. A segunda reunião é realizada em junho, para a posse de novos membros e eleição de dirigentes e do Conselho Deliberativo.

Todos os votos do KCFCC são abertos a todos os membros, exceto aqueles que foram suspensos por violações de regras e ética. Para a votação dos prêmios anuais, os membros nomeiam com antecedência até três candidatos em cada categoria. Qualquer filme que tenha estreado em Kansas City, exibido para a crítica ou fornecido aos críticos via streaming ou projeção de DVD no ano civil anterior à votação, é elegível para consideração.

Neste ano, pela sexta vez em seus estimados 55 anos de história, o Kansas City Film Critics Circle chegou a um impasse na categoria de melhor filme e entregou o prêmio para duas produções: Nomadland, de Chloé Zao, e Bela Vingança, de Emerald Fennell. O brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, foi lembrado na categoria de melhor filme estrangeiro e ficou em segundo lugar.

Conheça os vencedores do 55º Annual James Loutzenhiser Awards:

MELHOR FILME
Bela Vingança, de Emerald Fennell
Nomadland, de Chloé Zhao

MELHOR DIREÇÃO | PRÊMIO ROBERT ALTMAN
Chloé Zao, por Nomadland
2º lugar: Aaron Sorkin, por Os 7 de Chicago

MELHOR ATOR
Riz Ahmed, por O Som do Silêncio
2º lugar: Chadwick Boseman, por A Voz Suprema do Blues

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan, por Bela Vingança
2º lugar: Frances McDormand, por Nomadland

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Leslie Odom Jr., por Uma Noite em Miami…
2º lugar: Paul Raci, por O Som do Silêncio

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Yuh-Jung Youn, por Minari
2º lugar: Maria Bakalova, por Borat: Fita de Cinema Seguinte

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Bela Vingança, escrito por Emerald Fennell
2º lugar: Os 7 de Chicago, escrito por Aaron Sorkin

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Nomadland, escrito por Jessica Bruder e Chloé Zhao
2º lugar: Estou Pensando em Acabar com Tudo, escrito por Charlie Kaufman

MELHOR FOTOGRAFIA
A Vastidão da Noite, por M.I. Littin-Menz
2º lugar: Mank, por Eric Messerschmidt

MELHOR ANIMAÇÃO
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart
2º lugar: Soul, de Pete Docter e Kemp Powers

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Druk (Another Round), de Thomas Vinterberg (Dinamarca)
2º lugar: 76 Days, de Weixi Chen e Hao Wu (China), Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil) e Rosa e Momo, de Edoardo Ponti (Itália)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
The Dissident, de Bryan Fogel
2º lugar: Crip Camp: Revolução pela Inclusão, de James Lebrecht e Nicole Newnham

MELHOR FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA/HORROR | PRÊMIO VINCE KOEHLER
O Homem Invisível, de Leigh Whannell
2º lugar: A Vastidão da Noite, de Andrew Patterson

MELHOR FILME LGBT | PRÊMIO TOM POE
Kajillionaire, de Miranda July
2º lugar: A Festa de Formatura, de Ryan Murphy

Foto: Victor Jucá.

Oráculo

por: Cinevitor

oraculoposter1Direção: Melissa Dullius e Gustavo Jahn.

Elenco: Juarez Nunes, Alice Bennaton, Fernando Goulart Jahn, Aline Maya, Luana Raiter.

Ano: 2021

Sinopse: Os espaços são seis: um rochedo, uma montanha, a areia desenhada pelas ondas, o quebra-mar de uma praia do outro lado do oceano, a passarela sob uma ponte que liga uma ilha ao continente, o quarto de uma adolescente. Personagens são três: um homem que está preso num ciclo de vida e morte, um segundo que revisita um lugar onde uma transformação irreversível aconteceu, e uma jovem que está iniciando sua vida de artista. Oráculo situa-se entre experimento, método e dispositivo, e convida à contemplação. Particular em sua forma e ritmo, é universal nas lembranças que faz ecoar, comuns a todas as pessoas: família; começos, fins e recomeços; dores e traumas, e desejo intenso de vida e de sentido.

*Clique aqui e leia nossa entrevista com os diretores sobre o filme.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-2-estrelas

Rodson ou (Onde o Sol Não Tem Dó)

por: Cinevitor

rodsonposter1Direção: Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra.

Elenco: Orlok Sombra, S.brxxzkjxkzxkxkz, Nirá Link, Gadi Bergamota, Lyna Lurex, Tina Reinstrings, Melindra Lindra, Sabiá Pensativo, Rodolfo Keoma, Biela, Will, Insiranomeaqui, Guika, Kaê Marques, Cyborgue Oleosa, Abi Gaiu Oliveira, Lulu Ribeiro, Vitrilis Sarambaxo, Anaya Ókun, Sapata Deslizante, Kaye Djamiliá, Big Bug, Ariza Torquato, Rachid, Jane Malaquias, Davi Sampaio, Antoni Dia.

Ano: 2020

Sinopse: São os pré anos 3000. Arte é crime. Refletir é proibido. Ler não existe mais. Somente produções e consumos em massa são permitidos. Rodson é um garoto com seu animalesco instinto artístico represado pela sociedade ao seu redor; só mais um de muitos. O governo anarcocrenty comete o engano de achar que a besta estivera sob controle, mas sua mente concebe Caleb, o alterego de Rodson, que o lança estrada a fora, abandonando ares-condicionados em busca da alucinação perfeita sob o Sol sem dó de 2000°C que a última camada de exosfera proporciona à vigente sociedade.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Açucena

por: Cinevitor

acucenaposter1Direção: Isaac Donato

Elenco: Guiomar Monteiro, Beta, Ceres Monteiro, Edite de Jesus, Duda Monteiro, Rosalvo Bonfim, Valda França, Ana Paula de Santana, Seu Zé.

Ano: 2021

Sinopse: Todo ano, uma mulher de 67 anos comemora seu aniversário de 7 anos.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Mirador

por: Cinevitor

miradorposter1Direção: Bruno Costa

Elenco: Edilson Silva, Maria Luiza Costa, Stephanie Fernandes, Giovana Soar, Luiz Pazello, Rafael Mattar Suriano, Victor Haygert, Claudia Pedra, Marlon Novelletto, Rigoni Neto, Dirceu Silva, Léa Albuquerque, Jordan Machado, Sandro Tueros, Bella Chaves, Rika Yamane, Kid Azevedo, Fabíula Passini, Wellington Santos, Consuelo Schoemberger, Rafaelle Becker, Altamar Cezar, Silvia Quadros, Orli Carrara, Débora Walz, João G. Mtezger Charneski.

Ano: 2021

Sinopse: Maycon é um boxeador que treina para retornar aos ringues enquanto divide seu tempo com dois subempregos. Pai de Malu, fruto de uma relação casual que teve com Michele, ele tem sua vida revirada quando se vê na situação de ter que cuidar da filha sozinho. Entre a rotina exaustiva de treinos e bicos para sobreviver, a maior luta de Maycon ainda está por ser vencida: tornar-se pai.

*Clique aqui e leia nossa entrevista com o protagonista Edilson Silva.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Emma.

por: Cinevitor

Direção: Autumn de Wilde

Elenco: Anya Taylor-Joy, Bill Nighy, Johnny Flynn, Callum Turner, Mia Goth, Josh O’Connor, Connor Swindells, Amber Anderson, Angus Imrie, Letty Thomas, Gemma Whelan, Aidan White, Tanya Reynolds, Edward Davis, Chris White, Rupert Graves, Miranda Hart, Myra McFadyen, Esther Coles, Suzy Bloom, Suzanne Toase, Nicholas Burns, Isis Hainsworth, Connor Dalton, Lucy Briers, Anna Francolini, Christopher Godwin, Vanessa M. Owen, Hannah Stokely, Charlotte Weston, Max Toovey, Cecelia Jacob, Cody Gipson, Tabitha Coop, Juno Coop, Chloe Pirrie, Oliver Chris, Rose Shalloo, Janine Craig, Cris Penfold, Nike van Schie, Leigh Daniels, Alastair Postlethwaite, Shaun Walters, Zachary Trevitt, Philippe Barnes, Alexis Bennett, Giles Lewin, Edmund George Taylor, Joe Zeitlin, Jill Buchanan, Libby Hill, Robert Jarvis, Isabella Kennard-Barden, Adrian Mozzi.

Ano: 2020

Sinopse: Na Inglaterra do século 19, Emma Woodhouse é uma jovem rica e petulante que tem como passatempo opinar na vida amorosa alheia. Em outras ocasiões, ela ajuda o pai ou promove debates com o amigo sr. Knightley. Para sua surpresa, Emma vê suas convicções sobre o matrimônio desmoronarem quando se envolve na relação da amiga Harriet. Baseado no clássico homônimo de Jane Austen.

Nota do CINEVITOR:

Ostinato

por: Cinevitor

ostinatoposter1Direção: Paula Gaitán

Elenco: Arrigo Barnabé

Ano: 2021

Sinopse: Documentário sobre o processo criativo de Arrigo Barnabé, músico, compositor e ator brasileiro.

*Filme visto na 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Carnaval Filmes lança podcast com audiodescrição em suas obras

por: Cinevitor

meguardandocarnavalpodcastCena do documentário Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar.

Depois de explorar uma maneira de ampliar o acesso aos filmes de seu catálogo para pessoas com deficiências, a Carnaval Filmes escolheu investir em um projeto que une a linguagem dos podcasts, uma espécie de programa de rádio virtual, com as facilidades da acessibilidade.

Já se tornou padrão há alguns anos, inclusive como exigência para projetos financiados com recursos públicos federais, produzir recursos de acessibilidade como libras, legendas para surdos e ensurdecidos (LSE) e audiodescrição em todos os conteúdos audiovisuais. Porém, esses recursos acabam sendo pouco acessados, restritos a algumas plataformas ou mostras especiais.

A ideia do podcast Carnaval Filmes é oferecer, de maneira gratuita e virtual, um material previamente produzido, focado especificamente no público cego e com baixa visão. Os programas contam com uma breve introdução e a descrição do produto na íntegra, seja ele filme ou série.

Já estão no ar dois episódios do podcast: o premiado documentário Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes; e o primeiro episódio da série de animação infantil Bia Desenha, de Neco Tabosa e Kalor Pacheco. Estes primeiros episódios contam com audiodescrição produzida pela COM Acessibilidade Comunicacional.

Os programas estão disponíveis gratuitamente nas plataformas Spotify, Soundcloud, YouTube, Google Podcasts e Anchor. Em breve serão lançados novos episódios com outros filmes da produtora e os demais episódios da série Bia Desenha.

Foto: Divulgação.

O Tigre Branco

por: Cinevitor

The White Tiger

Direção: Ramin Bahrani

Elenco: Adarsh Gourav, Rajkummar Rao, Priyanka Chopra, Vedant Sinha, Kamlesh Gill, Sandeep Singh, Tilak Raj, Satish Kumar, Harshit Mahawar, Mahesh Pillai, Rajinder Singh Pancharia, Mahesh Manjrekar, Vijay Maurya, Sanket Shanware, Balvinder Singh Baryah, Akshay Sharma, B. Shantanu, Swaroop Sampat, Lokesh Mittal, Nalneesh Neel, Rajesh Aggarwal, Girish Pal, Ram Naresh Diwakar, Shayam Sunder, Trupti Khamkar, Divyesh Vijayakar, Alka Saxena, Abhishek Khandekar, Amitabh Acharya, Deepak Simwal, Aaron Wan, Anna Ador, Solanki Diwakar, Perrie Kapernaros.

Ano: 2021

Sinopse: Um ambicioso motorista indiano usa a inteligência e a astúcia para escapar da pobreza e conquistar o mundo dos negócios. Baseado no best-seller homônimo do New York Times, escrito por Aravind Adiga.

Nota do CINEVITOR:

Curta Taquary 2021: programação começa com laboratório de realização de documentários

por: Cinevitor

curtataquary2021labdocFormação: alunos durante a Oficina Documentando, em 2018.

A 14ª edição do Curta Taquary – Festival de Audiovisual acontecerá em formato híbrido (on-line e presencial), por conta da pandemia de Covid-19, entre os dias 16 (Dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas) e 22 de março (Dia da Água).

Porém, algumas atividades já foram iniciadas. Por enquanto, a programação está voltada para formação com o DocLab – Laboratório de Realização de Documentários. Os encontros estão sendo virtuais, gravados e ao vivo, mas haverá a produção de documentários com momentos presenciais com um grupo restrito. Devido à procura, uma segunda turma foi criada e as aulas começam em fevereiro. Os trabalhos produzidos pelos dois grupos serão apresentados durante a exibição de filmes no site do festival.

O Laboratório reúne 41 pessoas apaixonadas por documentários só na primeira turma. Boa parte já produziu algum trabalho e quer se aprimorar. Paula Matos é uma delas: “Trabalho com edição e documentário. Por isso, quero me aperfeiçoar na área”, disse. Raissa Dourado, também; ela é realizadora de documentários em Porto Velho, Rondônia, e “como aqui temos essa carência de formação/capacitação, busco formação para me aperfeiçoar e poder repassar também conhecimento”, explicou.

Mas, o grupo também conta com quem deseja dar os primeiros passos na produção de documentários. Jadson Barreto está fazendo pós graduação em Educação Ambiental e Cultural no IFPE e terá como trabalho de conclusão de curso um vídeo sobre a comunidade Quilombola Ilha de Mercês, em Ipojuca, Pernambuco: “Essa formação irá auxiliar e muito no meu desempenho, além de acrescentar conhecimento sobre a área que sou curioso”, justificou.

turmadoctaquary1Encontro virtual da primeira turma.

Os cineastas-educadores Marlom Meirelles e Kennel Rógis estão conduzindo essa primeira turma do laboratório e cada um orientará um grupo na execução do documentário. A segunda turma terá Marlom Meirelles e Antonio Fargoni, com programação começando a partir de 1° de fevereiro. “Estou muito surpresa com o bom andamento da turma. A gente nota comprometimento, uma responsabilidade com o curso e interesse mesmo em participar”, confessou a coordenadora pedagógica do evento, Amanda Ramos.

Outra equipe que também já está trabalhando no Curta Taquary 2021, que acontece em Taquaritinga do Norte, é a responsável pela curadoria dos filmes. Ao todo, 521 filmes foram inscritos para o festival, de 23 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Caroline Pavez é produtora e distribuidora de filmes, mora no Chile e participa da seleção dos curtas da Mostra Internacional do festival desde 2015: “No que se refere à curadoria desta edição do Festival de Cinema Curta Taquary, serão apresentadas propostas narrativas experimentais, vídeo-dança, documentário, entre outros, que ofereçam a possibilidade de hibridismo virtual”, adiantou.

Neste ano, para cada filme inscrito uma muda de espécie nativa será plantada em Taquaritinga do Norte, Pernambuco, como forma de mobilizar a campanha de reflorestamento e recuperação de solo de áreas desmatadas e devastadas por queimadas, entre elas, a de dezembro de 2016, onde 50 hectares de mata da cidade foram destruídas.

A programação completa do 14º Festival Curta Taquary será divulgada no dia 1º de março. O evento tem o aporte financeiro do Edital de Festivais LAB PE da Lei Aldir Blanc e é uma realização das produtoras Taquary Filmes e Tá Bonito Pra Chover Produções.

Foto: Divulgação.

Meu Pai, com Anthony Hopkins e Olivia Colman, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor

meupaitrailerAdaptação premiada: dos palcos para os cinemas.

Dirigido pelo dramaturgo francês Florian Zeller, roteirizado a partir de sua peça, ganhadora do Prêmio Molière, na França, Meu Pai traz Anthony Hopkins e Olivia Colman como pai e filha na ficção. O texto foi traduzido para o inglês pelo premiado dramaturgo Christopher Hampton, de Ligações Perigosas e Desejo e Reparação, que assina o roteiro com Zeller.

Ao centro de Meu Pai está a relação entre Anthony e sua filha, Anne. Ele, aos 81 anos, vive sozinho em um apartamento em Londres, e recusa a ajuda de enfermeiros e cuidadores que ela tenta impor. Quando ela resolve se mudar para Paris com seu companheiro, surge um impasse: como o pai ficará completamente sozinho? Nesse momento, o homem começa a duvidar se ela realmente o ama e também da sua própria sanidade.

Zeller, que estreia na direção de cinema, disse: “O filme é uma espécie de suspense, que convida o público a construir a narrativa, como eu fiz no teatro. Eu queria que o público se sentisse próximo aos personagens”. Na adaptação de sua própria peça, ele aponta que “o cinema e o teatro nos lembram que somos parte de algo maior que nós mesmos. Apesar das qualidades labirínticas do original, há uma sensação de alegria na peça que eu queria manter no filme”.

Para Zeller, Hopkins sempre foi a primeira opção de ator para o papel principal na adaptação de sua peça para o cinema. No teatro, o papel já foi interpretado por Robert Hirsch, Frank Langella e Fulvio Stefanini, no Brasil. “Eu tinha a profunda certeza de que Hopkins seria poderoso e devastador no papel”, disse. O ator, que foi apresentado a Zeller por Hampton, com quem trabalhou algumas vezes, confessa que ficou lisonjeado pelo convite: “Foi maravilhoso saber que escreveram o roteiro me imaginando como o personagem. Nesse caso, foi uma honra. E trabalhar nesse filme me fez pensar em minha própria mortalidade. Foi muito divertido, no set, memorizar as conversas e diálogos. De certa forma, quando as câmeras estavam rodando, nem precisava atuar”.

Colman, vencedora do Oscar de melhor atriz por A Favorita, por sua vez, confessa que trabalhar com Hopkins foi um prazer: “Ele é muito divertido. Ficávamos o tempo todo conversando, e quando diziam ‘Ação!’, ele já estava no personagem. E eu concordo com ele quando diz que temos muita sorte de trabalhar nesse filme”. A atriz conta que ficou tocada quando leu o roteiro: “Eu amo essa história. É uma das coisas mais bonitas já escritas sobre o assunto. O roteiro realmente mostra o que deve ser viver com uma pessoa portadora de Alzheimer, quando há momentos de clareza misturados com outros obscuros. Anne quer cuidar do pai, mas também precisa tocar a sua vida. Ela precisa tomar decisões muito sérias”.

O elenco conta também com Mark Gatiss, Olivia Williams, Imogen Poots, Rufus Sewell, Ayesha Dharker, Roman Zeller e Scott Mullins.

Vencedor do prêmio de melhor filme segundo o júri popular na 68ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, Meu Pai também foi premiado no Mill Valley Film Festival e pelos críticos de Boston, Florida, Havaí, Los Angeles, San Diego, entre outros.

Assista ao trailer de Meu Pai, que chega aos cinemas brasileiros no dia 11 de março:

Foto: Divulgação/Califórnia Filmes.

Prêmio APCA 2020: Affonso Uchôa, Geraldo Sarno e Jeferson De são premiados

por: Cinevitor

sertaniaAPCAVertin Moura e Julio Adrião em Sertânia, de Geraldo Sarno.

A Associação Paulista de Críticos de Artes anunciou nesta terça-feira, 19/01, os vencedores do Prêmio APCA 2020, que conta com os melhores do ano nas seguintes categorias: Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Rádio, Teatro, Teatro Infantojuvenil e Televisão.

Por conta da pandemia de Covid-19, a 64ª edição da premiação foi realizada com menos categorias, em caráter de excepcionalidade. Depois das escolhas dos críticos, que fazem parte do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo Paulo, Celso Curi, presidente da APCA, em seu terceiro mandato, se pronunciou em um comunicado oficial: “Em 2020, as artes enfrentaram a pior de suas crises estruturais dos últimos tempos: política e de saúde pública. A união de nossos artistas provou mais uma vez que juntos somos mais fortes e que sempre sairemos vencedores. Tudo isso acabou oferecendo aos críticos da APCA um outro olhar para a produção artística, agora com o território ampliado pela virtualidade”.

Na categoria Cinema, os críticos Luiz Carlos Merten, Flavia Guerra e Orlando Margarido escolheram Sertânia, de Geraldo Sarno, e M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De, como os melhores longas-metragens do ano que passou.

Em outras áreas, como Música Popular, Teresa Cristina foi eleita a Artista do Ano e Caetano Veloso levou o prêmio de melhor live; Jup do Bairro ficou com o título de Artista Revelação. Em Televisão, Camila Morgado (da série Bom Dia, Verônica) e Tatiana Tiburcio (do Especial Falas Negras) empataram na categoria de melhor atriz.

A cerimônia de entrega dos troféus aos artistas contemplados ainda não tem data programada e nem formato definido. Mais informações serão divulgadas em breve.

Conheça os vencedores do Prêmio APCA 2020 na categoria de Cinema:

MELHOR FILME | LONGA-METRAGEM
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De
Sertânia, de Geraldo Sarno

MELHOR FILME | MÉDIA-METRAGEM
Sete Anos em Maio, de Affonso Uchôa

Foto: Miguel Vassy.