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Tom & Jerry: O Filme, com Chloë Grace Moretz, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor

tomjerrytrailerChloë Grace Moretz: animação e live-action em cena.

Criada por Hanna-Barbera, a dupla Tom and Jerry apareceu pela primeira vez em um curta da MGM chamado Puss Gets the Boot, que foi exibido nos cinemas em fevereiro de 1940. O sucesso foi tão grande que, ao longo dos anos, a série com mais de cem episódios chegou a vencer sete vezes o Oscar de melhor curta de animação. Na década de 1960, os curtas foram editados para a TV e também ganharam destaque.

Agora, uma combinação impressionante de animação clássica e live-action surge em uma nova aventura de Tom e Jerry nas telonas, que abre novos caminhos para os personagens icônicos e os força a fazer o impensável: trabalhar juntos para salvar o dia. Uma das rivalidades mais amadas da história é reacendida quando Jerry se muda para o melhor hotel de Nova York na véspera do casamento do século, forçando a desesperada organizadora do evento a contratar Tom para se livrar do rato. A batalha de gato e rato que se segue ameaça destruir a carreira dela, o casamento e até o próprio hotel. Mas logo surge um problema ainda maior: um funcionário diabolicamente ambicioso conspira contra os três.

Dirigido por Tim Story, de Uma Turma do Barulho, Táxi e Quarteto Fantástico, Tom & Jerry: O Filme é estrelado por Chloë Grace Moretz, Michael Peña, Rob Delaney, Colin Jost e Ken Jeong. O roteiro é escrito por Kevin Costello, baseado nos personagens criados por William Hanna e Joseph Barbera; a música é composta por Christopher Lennertz.

Confira o trailer de Tom & Jerry: O Filme, que chega aos cinemas brasileiros no dia 4 de março de 2021:

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures.

Documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, com Emicida, ganha trailer e data de estreia na Netflix

por: Cinevitor

emicidanetflixtrailerNa telinha: referências à história da cultura negra brasileira.

O documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem mergulha no processo criativo e na gravação do projeto de estúdio AmarElo e ainda no show de Emicida no Theatro Municipal de São Paulo, em 2019, para contar a história da cultura negra do Brasil nos últimos 100 anos.

Com  realização da Laboratório Fantasma, produção de Evandro Fióti e direção de Fred Ouro Preto, o filme traz entrevistas exclusivas com relevantes personalidades brasileiras, como: Fernanda Montenegro, Zeca Pagodinho e Pabllo Vittar. A narrativa é costurada ainda por cenas de bastidores, imagens de arquivo e animações.

“Foram as histórias dos livros e dos filmes que me fizeram sonhar com outra possibilidade de ser, viver e existir. A ideia do documentário é a de colocar as pessoas em contato com uma história que as façam se perguntar: se já houve neste país tanta grandiosidade, por que essas histórias vão sendo, de alguma maneira, invisibilizadas e esquecidas? Estou feliz que vamos conseguir apresentar em escala global outra perspectiva a respeito do Brasil. Isso é mágico”, avalia Emicida.

O documentário, de 90 minutos, tem lançamento confirmado para o dia 8 de dezembro na Netflix. Assista ao trailer:

Foto: Jef Delgado.

Oscar 2021: 19 longas disputam indicação brasileira ao prêmio de melhor filme internacional

por: Cinevitor

pacarreteoscar2021Marcélia Cartaxo no longa cearense Pacarrete, de Allan Deberton: na disputa.

A Academia Brasileira de Cinema divulgou a lista com os longas-metragens brasileiros que disputarão uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor filme internacional do Oscar 2021, que será realizado no dia 25 de abril, em Los Angeles, pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences.

O título escolhido pelo Comitê Brasileiro de Seleção para representar o Brasil será divulgado no dia 18 de novembro, depois da reunião que ocorrerá no mesmo dia, através de um release para a imprensa e nas redes sociais da Academia Brasileira de Cinema. Vale lembrar que o filme candidato à vaga deverá ter sua estreia no Brasil entre 1º de outubro de 2019 e 31 de dezembro de 2020.

O comitê deste ano é presidido pela cineasta e roteirista Viviane Ferreira e conta também com: Affonso Beato, diretor de fotografia e membro da AMPAS; Clélia Bessa, produtora; Laís Bodanzky, cineasta, produtora e membro da AMPAS; Leonardo Monteiro de Barros, produtor; Lula Carvalho, diretor de fotografia e membro da AMPAS; Renata Magalhães, produtora; Rodrigo Teixeira, produtor e membro da AMPAS; e Roberto Berliner, cineasta e produtor. Além dos membros titulares, compõem a comissão de suplentes: André Ristum, cineasta e roteirista; e Toni Venturi, diretor.

Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com A Vida Invisível, dirigido por Karim Aïnouz, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.

Conheça os 19 longas brasileiros inscritos neste ano:

A Divisão, de Vicente Amorim e Rodrigo Monte
A Febre, de Maya Werneck Da-Rin
Alice Júnior, de Gil Baroni
Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria
Cidade Pássaro, de Matias Mariani
Jovens Polacas, de Alex Levy-Heller
M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De
Macabro, de Marcos Prado
Marighella, de Wagner Moura
Minha Mãe é uma Peça 3, de Susana Garcia
Narciso em Férias, de Renato Terra e Ricardo Calil
Pacarrete, de Allan Deberton
Pureza, de Renato Barbieri
Sertânia, de Geraldo Sarno
Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra
Três Verões, de Sandra Kogut
Valentina, de Cássio Pereira Dos Santos

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA) foi reconhecida oficialmente este ano pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences (AMPAS) como única entidade responsável pela seleção do filme brasileiro que irá concorrer a uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor longa-metragem internacional na 93ª edição do Oscar.

Foto: Luiz Alves.

Rosa e Momo

por: Cinevitor

rosamomoposterLa vita davanti a sé

Direção: Edoardo Ponti

Elenco: Sophia Loren, Ibrahima Gueye, Abril Zamora, Renato Carpentieri, Iosif Diego Pirvu, Massimiliano Rossi, Babak Karimi, Malich Cissé, Vittoria Loiacono, Cesare Pastanella, Costanta Fana Pirvu, Rav Mario Sonnino, Simone Surico, Nicola Valenzano, Francesco Cassano.

Ano: 2020

Sinopse: Uma sobrevivente do Holocausto abre as portas de sua casa para um garoto de rua complicado. É o começo de uma amizade improvável.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Boca de Ouro

por: Cinevitor

bocadeouroposter1Direção: Daniel Filho

Elenco: Marcos Palmeira, Malu Mader, Lorena Comparato, Thiago Rodrigues, Silvio Guindane, Fernanda Vasconcellos, Anselmo Vasconcelos, Guilherme Fontes, Raquel Fabri, Karina Ramil, Edmilson Barros, Léa Garcia.

Ano: 2019

Sinopse: O filme conta a história de um temido e respeitado bicheiro, figura quase mitológica do bairro de Madureira, no Rio de Janeiro, durante os anos 1950. Sua ambição, amores e pecados despertam a curiosidade do jornalista Caveirinha, que procura uma ex-amante do contraventor para colher material para uma reportagem sobre a sua vida. Adaptação da peça teatral de Nelson Rodrigues.

*Filme visto na Festival do Rio 2019.

*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevistas com Malu Mader, Fernanda Vasconcellos e Marcos Palmeira.

Nota do CINEVITOR:

nota-3-estrelas

Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, será o filme de encerramento do 30º Cine Ceará

por: Cinevitor

silenciochuvacinecearaThalita Carauta e Lázaro Ramos em cena.

Inspirado no romance policial de Luiz Alfredo Garcia-Roza, Silêncio da Chuva, dirigido por Daniel Filho, será o filme de encerramento do 30º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema; o longa será exibido em sessão hors-concours no dia 11 de dezembro, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, respeitando os protocolos de reabertura para cinemas do Governo do Ceará.

Com roteiro assinado por Lusa Silvestre, de Estômago, O Roubo da Taça e A Glória e a Graça, o longa narra a saga do detetive Espinosa, papel de Lázaro Ramos, e da policial Daia, vivida por Thalita Carauta, em solucionar o mistério que envolve a morte do executivo Ricardo, interpretado por Guilherme Fontes, encontrado baleado sentado ao volante de seu carro, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro. A primeira atitude da dupla é procurar pela viúva, Bia, papel de Cláudia Abreu. Tudo se complica quando ocorre outro assassinato e pessoas envolvidas no caso começam a desaparecer.

O longa-metragem conta ainda com Mayana Neiva, Otávio Müller, Bruno Gissoni, Anselmo Vasconcelos, entre outros no elenco. E mais: Thalita Carauta recebeu o prêmio de melhor atriz no BRICS Film Festival, realizado na Rússia.

Publicado em 1996, O Silêncio da Chuva, que abre a série de livros do emblemático detetive Espinosa, recebeu os prêmios Nestlé e Jabuti e foi publicado em nove países. Para fazer a transcrição do livro para as telas, Daniel Filho trouxe a história do romântico Bairro Peixoto da década de 1990 para o Rio de Janeiro hostil e chuvoso de 2018.

Foto: M. Vianna.

A Febre

por: Cinevitor

afebreposter1Direção: Maya Da-Rin

Elenco: Regis Myrupu, Rosa Peixoto, Johnatan Sodré, Kaisaro Jussara Brito, Edmildo Vaz Pimentel, Anunciata Teles Soares, Lourinelson Wladmir, Suzy Lopes.

Ano: 2019

Sinopse: Em Manaus, uma cidade industrial cercada pela floresta amazônica, Justino, um indígena Desana de 45 anos, trabalha como vigia no porto de cargas. Desde a morte de sua esposa, sua principal companhia é sua filha mais nova, Vanessa, com quem vive em uma casa na periferia. Enfermeira em um posto de saúde, Vanessa é aceita para estudar medicina em Brasília e terá que partir em breve. Com o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. A rotina tediosa do porto é quebrada pela chegada de um novo vigia. Enquanto isso, a visita de seu irmão faz Justino rememorar a vida na aldeia, de onde partiu vinte anos atrás. Entre a opressão da cidade e a distância de sua aldeia na floresta, Justino já não pode suportar uma existência sem lugar.

*Clique aqui e assista ao vídeo com entrevista com a diretora no Festival de Brasília.

*Filme visto no 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é indicado ao Gotham Awards 2020

por: Cinevitor

bacuraugotham2020Bárbara Colen em Bacurau: representante brasileiro na disputa.

Foram anunciados nesta quinta-feira, 12/11, os indicados ao 30º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pela IFP (Independent Filmmaker Project), que dá início à temporada de premiações.

Os candidatos são selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais. Júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolhem os vencedores, que serão anunciados no dia 11 de janeiro, em Nova York.

Neste ano, vale destacar a presença do brasileiro Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, na categoria de melhor filme internacional. Sucesso de público e crítica, o longa recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes do ano passado.

A cerimônia do IFP Gotham Awards será apresentada ao vivo em formato híbrido com mesas virtuais interativas para seguir os protocolos de saúde e segurança por conta da pandemia de Covid-19. Os homenageados deste ano serão anunciados em breve.

Confira a lista completa com os indicados ao Gotham Awards 2020:

MELHOR FILME
A Assistente, de Kitty Green
First Cow, de Kelly Reichardt
Never Rarely Sometimes Always, de Eliza Hittman
Nomadland, de Chloé Zhao
Relic, de Natalie Erika James

MELHOR DOCUMENTÁRIO
76 Days, de Hao Wu, Weixi Chen e Anonymous
A Thousand Cuts, de Ramona S. Diaz
City Hall, de Frederick Wiseman
Our Time Machine, de S. Leo Chiang e Yang Sun
Time, de Garrett Bradley

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Brasil/França)
Lindinhas, de Maïmouna Doucouré e Denny Shoopman (França)
Martin Eden, de Pietro Marcello (Itália/França/Alemanha)
Sin Señas Particulares (Identifying Features), de Fernanda Valadez (México/Espanha)
Uma Mulher Alta, de Kantemir Balagov (Rússia)
Wolfwalkers, de Tomm Moore e Ross Stewart (Irlanda/Luxemburgo/França)

MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO | PRÊMIO BINGHAM RAY
Alex Thompson, por Saint Frances
Andrew Patterson, por A Vastidão da Noite
Carlo Mirabella-Davis, por Swallow
Channing Godfrey Peoples, por Miss Juneteenth
Radha Blank, por The Forty-Year-Old Version

MELHOR ROTEIRO
A Vastidão da Noite, escrito por James Montague e Craig Sanger
First Cow, escrito por Jon Raymond e Kelly Reichardt
Fourteen, escrito por Dan Sallitt
Má Educação, escrito por Mike Makowsky
The Forty-Year-Old Version, escrito por Radha Blank

MELHOR ATOR
Chadwick Boseman, por A Voz Suprema do Blues
Jesse Plemons, por Estou Pensando em Acabar com Tudo
John Magaro, por First Cow
Jude Law, por The Nest
Riz Ahmed, por Sound of Metal

MELHOR ATRIZ
Carrie Coon, por The Nest
Frances McDormand, por Nomadland
Jessie Buckley, por Estou Pensando em Acabar com Tudo
Nicole Beharie, por Miss Juneteenth
Yuh-Jung Youn, por Minari

MELHOR ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO
Jasmine Batchelor, por Mãe de Aluguel
Kelly O’Sullivan, por Saint Frances
Kingsley Ben-Adir, por One Night in Miami…
Orion Lee, por First Cow
Sidney Flanigan, por Never Rarely Sometimes Always

MELHOR SÉRIE | LONGA
Immigration Nation (Netflix)
Nada Ortodoxa (Netflix)
P-Valley (Starz)
The Great (Hulu)
Watchmen (HBO)

MELHOR SÉRIE | CURTA
Betty (HBO)
Dave (FX Networks)
I May Destroy You (HBO)
Taste the Nation (Hulu)
Work in Progress (Showtime)

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Casa

por: Cinevitor

casaposter1Direção: Letícia Simões

Elenco: Carmelita Fragoso, Heliana Castro, Letícia Simões.

Ano: 2019

Sinopse: Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa; Heliana, a mãe, está encarando uma séria crise depressiva que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo de idosos. O retorno de uma filha ausente à cidade onde ela nasceu, por medo de uma crise de sua mãe bipolar, é o gatilho para uma reaproximação familiar. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, Casa questiona o que é sanidade, o que é memória, o que é o feminino, o que é a solidão, o que é família, o que é casa.

*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevista com a diretora no Olhar de Cinema.

*Filme visto no 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Novo Cine PE 2020 anuncia filmes selecionados e edição on-line

por: Cinevitor

mulheroceanoCinePE2020Djin Sganzerla: atriz, diretora e produtora de Mulher Oceano.

Em um ano totalmente atípico por conta da pandemia de Covid-19, o Novo Cine PE – Festival do Audiovisual será um pouco diferente. Prevista inicialmente para o mês de maio, a 24ª edição do festival ganha nova data e será realizada exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet, por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play), além da TV Pernambuco, uma vez que ainda não é recomendável a realização de eventos presenciais de grande porte.

O formato multiplataforma vai possibilitar que ainda mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo do festival, democratizando o acesso ao cinema. Entre os dias 23 e 25 de novembro, a programação do horário nobre do Canal Brasil será ocupada pelos longas-metragens selecionados para a Mostra Competitiva do Novo Cine PE 2020, sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo.

Já os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis on-line para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival, o que possibilitará que os cinéfilos assistam às produções nos horários que lhes forem convenientes. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data a ser definida.

Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, número que representa um crescimento de discretos 5,37% em relação ao número de 2019, que foi de 892 filmes, seis títulos, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de longas-metragens; oito títulos na Mostra Competitiva de curtas-metragens pernambucanos; e vinte e três na Mostra Competitiva de curtas nacionais.

A missão de selecionar os curtas e longas das mostras competitivas do Novo Cine PE 2020 ficou nas mãos dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna; e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos. Vale a pena destacar o crescimento da participação de produções pernambucanas. De acordo com Edu Fernandes, foram mais filmes avaliados e com alto grau de qualidade: “Por essa razão, a Mostra Nacional de Curtas abriga mais produções pernambucanas do que nos últimos anos, para poder contemplar as realizações locais que precisam ser vistas. Outro desdobramento dessa maior participação dos produtores locais é a alegria de voltar a ter um longa pernambucano em competição no Novo Cine PE, algo que não acontecia há alguns anos”, comemora o curador.

A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país. De acordo com Edu, “o público pode esperar, de alguma forma, se ver na tela. Os temas e abordagens dos filmes da seleção dialogam com diversos assuntos da pauta que a sociedade vem discutindo. Ainda nesse assunto, a mostra de longa tem uma paridade de gêneros entre os diretores e diretoras. Não foi algo que determinamos no começo do processo de curadoria, acabou acontecendo assim e considero mais um aspecto a se comemorar nesta edição do festival”.

O Júri Oficial das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga em diversas categorias. Além disso, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival; a Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, também reunirá um time para eleger o melhor filme de cada uma das três categorias no Júri da Crítica.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, que tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema escolhe o melhor curta da Mostra Nacional em competição que recebe o troféu e um prêmio no valor de R$ 15 mil.

Sobre as dificuldades para a realização do Novo Cine PE 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19, a diretora e idealizadora do festival, Sandra Bertini, conta que os desafios foram muitos: “Foi um ano desafiador para todos os profissionais que trabalham com eventos presenciais. Tivemos que mergulhar para criar um modelo que atendesse aos realizadores dos filmes, público, patrocinadores e produtores do evento, seguindo todas as normas de segurança. Alteramos o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, já que o projeto aprovado antes era no modelo presencial. Mas o mais fácil mesmo foram os realizadores dos filmes. Conversei com todos e 100% deles abraçaram a proposta. Muitas vezes me emocionei com tamanho apoio”, relata.

Embora o formato seja diferente em 2020, a produção do Novo Cine PE fez questão de seguir com a cerimônia de apresentação dos curtas e longas direto do Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, tradicional palco do Festival Audiovisual, para manter o clima. A cerimônia foi gravada e será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival, pelo segundo ano consecutivo, é a atriz pernambucana Nínive Caldas.

O festival terá ainda espaço para a formação com seminários realizados de forma on-line e temáticas girando em torno da interrogativa “Como encarar o desafio de empreender e fazer novos negócios num mundo afetado pela pandemia?”. Os encontros virtuais deverão acontecer entre os meses de novembro de 2020 e março de 2021, com divulgação de mais informações em breve.

A Mostra Infantil de Cinema, uma das ações sociais do projeto, só será realizada com o retorno às aulas dos alunos das escolas públicas municipais e estaduais de Pernambuco. Além disso, não haverá artista homenageado neste formato de festival. Para Sandra Bertini, a homenagem só faz sentido com o calor do público: “É uma forma do artista chegar perto do fã, trocar energia. Um momento único tanto para o homenageado quanto para o público. Na edição de 2021 retomamos com os Calungas de Ouro”, explicou.

Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2020:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Ioiô de Iaiá, de Paula Braun (RJ)
Memórias Afro-Atlânticas, de Gabriela Barreto (BA)
Mudança, de Fabiano de Souza (RS)
Mulher Oceano, de Djin Sganzerla (SP)
Nós, que ficamos, de Eduardo Monteiro (PE)
O Buscador, de Bernardo Barreto (RJ)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Casa e o Medo, de Eduardo Aliberti, Henrique Truffi e Valentina Salvestrini (SP)
Baixas Lendas da Classe Média Alta I: Janaína sem-cabeça, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
Bonde, de Asaph Luccas (SP)
Celular, de Amanda Treze (PE)
Céu da Boca, de Amanda Treze (SP)
Cidade Natal, de Ana Luísa Mariquito (SP)
Cronofobia, de Luis Calil (GO)
Duda, de Eugenia Castello e William Biagioli (PR)
Estação Aquarius, de Fernando Brandão, Flávia Correia, Jairis Meldrado, Levy Paz, Rayane Góes e Ticiane Simões (AL)
Eu.tempo, de Thaíse Moura (PE)
Ex-Humanos, de Mariana Porto (PE)
Fragile, de Ramon Faria (MG)
Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM)
Metroréquiem, de Adalberto Oliveira (PE)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (SP)
O Que pode um corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
O Sentinela da Frágil Fortaleza, de Alexandre Vale (CE)
Reagente, de Paulo Copioba (RJ)
Ta Foda, de Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar (RS)
Taoquei?, de Klaus Hastenreiter, Chris Mariani e Clara Ballena (BA)
Vai Melhorar, de Pedro Fiuza (RN)
Vigia – Um Olhar Para a Morte, de Victor Marinho (BA)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Cozinheiras de Terreiro, de Tauana Uchôa
Mata, de Oficina Documentando/Marlom Meirelles
Nimbus, de Marcos Buccini
O Menino que Morava no Som, de Felipe Soares
O Mundo de Clara, de Ayodê França
O Quarto Negro, de Carlos Kamara
Perdidos, de Eduardo Santos e Renata Malta
Presente de Deus, de Daniel Barros

Foto: André Guerreiro Lopes.

Com Marcélia Cartaxo, Pacarrete, de Allan Deberton, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor

marceliacartaxopacarretetrailerMarcélia Cartaxo: diversos prêmios por Pacarrete.

Estrelado por Marcélia Cartaxo e filmado na cidade de Russas, interior do Ceará, o aguardado Pacarrete, dirigido por Allan Deberton, ganha data de estreia: 26 de novembro. O filme, que seria lançado em abril deste ano, foi adiado por conta da pandemia de Covid-19.

Um dos filmes mais elogiados e festejados pela crítica e pelo público, Pacarrete foi o grande vencedor da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado e foi consagrado com oito kikitos, entre eles, melhor filme e melhor atriz. Exibido em 39 festivais, desde então, já coleciona vinte e sete prêmios ao redor do mundo e, com a definição de sua data de estreia, é elegível e pretende concorrer a uma vaga na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2021, como representante brasileiro.

Primeiro longa-metragem de Allan Deberton, Pacarrete aborda questões como a loucura, os desafios de ser artista e o drama da velhice de uma bailarina clássica, que gosta de ser chamada de Pacarrete, que significa margarida em francês. O filme é livremente inspirado na conterrânea do diretor e demorou 12 anos para ser realizado. Foi filmado em sua cidade natal, Russas, no Ceará, tentando colocar na tela todas as lembranças da época: “Fico pensando nas inadequações e em como é triste ter que gritar para ser ouvido, para ser respeitado. Quem assiste ao filme sai modificado, eu tenho certeza, pensando em alguém não muito distante. Pode ser uma vizinha, uma tia, ou um senhor excêntrico. Pacarrete pode ser um estado de espírito. É quando a gente vive quem a gente é”, conta o diretor.

Nascida e criada em Russas, Pacarrete alimentou desde criança o sonho de ser artista e viver a vida na ponta da sapatilha, mesmo sendo de uma cidade conservadora, onde mulher nasceu para casar e ter filhos. Mas é em Fortaleza que ela consegue estar no centro dos holofotes como bailarina clássica e se torna professora de ballet. Com a aposentadoria, ela retorna para sua cidade natal onde pretende continuar seu trabalho artístico, mas só encontra desrespeito à sua arte: em vez de plateias de admiradores e aplausos, ela se defronta com o despeito daqueles que cruzam seu caminho; e a bailarina e professora de outrora se transforma na “louca da cidade”.

Para viver essa mulher que fez da aspiração de ser uma bailarina o objetivo de sua vida, Deberton convidou a premiada atriz paraibana Marcélia Cartaxo, vencedora do Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1985, por A Hora da Estrela; sua amiga e colaboradora, ela também atuou e fez preparação de elenco do primeiro curta-metragem de Allan, Doce de Coco: “O Allan teve muita segurança de me convidar, até mesmo porque eu não sou bailarina e nem tenho esse ouvido da personagem para música. A Pacarrete é muito culta: toca piano, fala francês e tem um corpo que fala todo o tempo. Foi um grande desafio de resistência e enfrentamento e fiquei muito feliz porque isso me mostrou que, se eu me esforçar bastante, consigo chegar bem longe”, contou a atriz. Para viver a personagem, Marcélia teve aulas de voz e canto, aprendeu francês e fez aulas de ballet, com a supervisão do coreógrafo Fauller e da bailarina cearense Wilemara Barros.

O elenco principal ainda conta com as elogiadas atrizes paraibanas Zezita Matos e Soia Lira; o ator baiano João Miguel; e os cearenses Rodger Rogério, Débora Ingrid, Samya De Lavor e Edneia Tutti Quinto; além da participação de atores e atrizes da própria cidade. A preparação do elenco é de Christian Duurvoort, que trabalhou em Ensaio Sobre a Cegueira e O Banheiro do Papa.

Com roteiro escrito por Allan Deberton, André Araújo, Samuel Brasileiro e Natália Maia, o filme conta com fotografia de Beto Martins e trilha sonora de Fred Silveira; César Teixeira e Clara Bastos assinam como produtores e Deberton, ao lado de Ariadne Mazzetti, assinam a produção executiva. A distribuição é da Vitrine Filmes.

“Pacarrete é um acontecimento além-filme. É fazer justiça com uma mulher que pedia um palco e dizia, aos berros, que ainda iriam ouvir falar dela. Quando eu vejo a plateia em silêncio, sentindo o filme, tenho certeza que estão pensando na vida, no tempo que passa rápido e em alguém que passou e não tivemos a oportunidade de pedir desculpas. Pacarrete é um detalhe importante pra gente prestar atenção. Quando o filme fez sua estreia em Xangai, no outro lado do mundo, fico pensando aonde a história de Pacarrete conseguiu chegar. E foi lindo em Gramado, e igualmente emocionante em Russas, na praça, quando a cidade parou para assisti-la”, finaliza o diretor.

Assista ao novo trailer de Pacarrete, que chega aos cinemas no dia 26 de novembro:

Foto: Luiz Alves.

Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil

por: Cinevitor

ficodevendocartabrasil1Direção: Carol Benjamin

Elenco: César Benjamin, Iramaya Benjamin, Marianne Eyre, Andrea Bodekull, Thomas Hammarberg, João Figueiredo, Ulysses Guimarães, Dilma Roussef, Cid Benjamin, Carol Benjamin.

Ano: 2019

Sinopse: O filme revela três gerações de uma família atravessada pela Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Ao mergulhar em uma história pessoal e a entrelaçar com a história do país, entre passado e presente, o documentário investiga a persistência do silêncio como ferramenta de apagamento da memória.

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas