Emanuelle Araujo no tapete vermelho do festival na edição passada
A 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que começa nesta sexta-feira, 09/08, e segue até 17 de agosto, revelou os nomes dos profissionais que escolherão os vencedores dos kikitos deste ano.
Como de costume, realizadores, produtores, atores e atrizes, pesquisadores, acadêmicos, profissionais do audiovisual e críticos de cinema têm a missão de escolher quem leva os prêmios do 52ºFestival de Cinema de Gramado. Cada categoria tem um júri próprio que define os vencedores, além do Júri da Crítica, que escolhe os melhores do ponto de vista dos jornalistas especializados, e do Troféu Assembleia Legislativa.
Os membros do júri de longas-metragens brasileiros são: o diretor e produtor alemão Ansgar Ahlers; a atriz e cantora Emanuelle Araujo; a roteirista e diretora Liliana Sulzbach; o ator Samuel de Assis; e a produtora Vania Catani. O júri de longas-metragens documentais é composto por: Renato Dornelles, jornalista, escritor, produtor, diretor e roteirista; e Maria Henriqueta Creidy Satt, jornalista, pesquisadora e documentarista. Os kikitos dos curtas-metragens brasileiros serão entregues aos escolhidos pelos cineastas Clementino Junior e Luiz Alberto Cassol e pela produtora executiva e criativa Marília Garske.
Os vencedores da mostra competitiva de longas-metragens gaúchos serão escolhidos por: Lorenna Montenegro, jornalista; Renata Sofia, autora e roteirista; e Rodrigo de Oliveira, jornalista. O júri de curtas-metragens gaúchos é composto: pela cineasta Cibele Amaral; pela roteirista e produtora criativa Mirtes Santana; pela roteirista Kariny Martins; pelo diretor e roteirista Marton Olympio; e pelo professor universitário Marcelo Ikeda. O Júri da Crítica é composto pelos críticos de cinema: Carla Oliveira, Diego Benevides, Mariane Morisawa, Ticiano Osório e Vitor Búrigo, aqui do CINEVITOR.
Além disso, vale destacar que já é tradicional para a noite que antecede a abertura do Festival de Cinema de Gramado receber os trabalhos do Educavídeo, Programa Municipal Escola de Cinema. Como forma de estimular a realização audiovisual, as produções realizadas pelos estudantes serão novamente exibidas no Palácio dos Festivais, em uma première que prestigia o potencial criativo dos realizadores. O projeto, que está em sua 13ª edição, fornece capacitação audiovisual para alunos da rede municipal e demais interessados residentes em Gramado. Ao total, serão exibidos dez curtas-metragens produzidos pelos alunos. Como no ano passado, os melhores projetos serão premiados com um kikito de madeira.
Marco Ricca e Juan Paiva em cena: relação entre pai e filho nas telonas
Dirigido por Paulo Halm, autor das novelas Totalmente Demais e Bom Sucesso, o longa De Pai para Filho, recentemente premiado na primeira edição do Festival de Cinema de Paraty, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 08/08.
O filme é um drama com humor sobre o duro acerto de contas entre pai e filho, envolvendo perdão, reconciliação e descoberta do amor. Com Marco Ricca, Juan Paiva e Miá Mello no elenco, a trama narra um inusitado reencontro entre pai e filho. Machado, pop star de uma banda de rock dos anos 80 agora fracassado e esquecido, decide se matar. Ao saber da morte do pai, José chega atrasado ao enterro e não sabe o que fazer com os pertences do pai, uma vez que nunca tiveram uma boa relação ao longo dos anos. No apartamento que recebeu como herança, José pela primeira vez conhece o universo do pai até que o próprio Machado reaparece em busca de reconciliação.
De Pai para Filho tem um forte componente musical a partiŕ do personagem Machado, que era tecladista e líder do Capa Preta, uma banda de rock que fez sucesso nos anos 80. O próprio diretor e roteirista Paulo Halm, ao lado de Felipe Rodarte, compuseram as canções que são tocadas e cantadas no filme. O piano é quase um personagem também: a personagem Kat é uma jovem virtuose, que foi aluna do Machado; para interpretá-la, a atriz Valentina Vieira teve aulas de piano na preparação. Ela chega a tocar em alguns trechos, mas foi dublada por pianistas profissionais.
Com exibições no Festival Mundial de Cine de Veracruz, no México, e no Festival de Petrópolis, o longa conta também com Thiago Fragoso, Pablo Sanábio, Charles Fricks, Xando Graça, Sergio Medeiros, Tati Vilella, Marcos França, Claudia Sardinha e Fabrício Santiago no elenco. Produzido pela Canhota Filmes, com coprodução da Globo Filmes, RioFilme e SECEC-RJ através dos recursos da Lei Paulo Gustavo via edital de apoio à distribuição, De Pai para Filho será distribuído pela ArtHouse e Filmes do Estação.
Para falar mais sobre o longa, que estreia na semana do Dia dos Pais, conversamos com os atores Juan Paiva, Marco Ricca e Miá Mello, que falaram sobre preparação, entrosamento com o elenco e expectativas para o lançamento.
Considerado um dos mais tradicionais festivais de cinema do país e realizado pela Associação Cultural Panvision, o FAM 2024 exibirá obras de animação, ficção, documentários, videoclipes, curtas e longas-metragens, em mostras competitivas e especiais, além dos cinco filmes da Mostra Projeto Rally Panvision, que serão produzidos em tempo real na Maratona Cinematográfica durante a semana do festival.
A mostra com maior participação internacional é a Mostra Curtas, que concentra 10 produções. Para as mostras de longas foram selecionados 6 filmes, sendo 4 ficções e 2 documentários; na Mostra Curtas Catarinenses são 6 filmes; na Mostra Infantojuvenil são nove; a Mostra Videoclipes traz cinco títulos; na Mostra On-line, novidade deste ano, são seis; e na Mostra Work in Progress, composta pelos filmes em pós-produção, 5 obras.
O FAM 2024 teve mais de 800 produções inscritas e 17 curadores do Mercosul participaram da seleção: “Os curadores foram bem diversificados e tivemos boas conversas no processo de seleção, agora ficamos na expectativa de ouvir também do público como cada um dos filmes os toca. São distintas emoções, prezamos por tentar um equilíbrio em representação temática, de países, de perfil de diretores, de estreias e de filmes essenciais”, explica a diretora de programação da Panvision, Marilha Naccari.
“Temos 46% de filmes inéditos no Brasil e 78% inéditos em Santa Catarina, incluindo ineditismo mundial e filmes com única e exclusiva exibição no FAM que passarão por teste de audiência. As exceções estão em especial nas obras de videoclipe e filmes para a infância, as quais damos preferência à experiência da tela grande. O ineditismo é importante para dar mais espaços de oportunidades de lançamento, mas também precisa sempre ser notada a pluralidade das histórias e de quem as conta”, explica Marilha.
As exibições serão no CineShow do Beiramar Shopping, e as demais atividades do festival no Majestic Palace Hotel. As questões sociais, música, meio ambiente e espiritualidade são os temas mais presentes nos filmes este ano. A Panvision destaca que 27 filmes possuem o Selo Marias de Cinema; o título simboliza o reconhecimento de filmes que retratam mulheres de maneira mais complexa, que traçam seus próprios caminhos e que, fugindo dos padrões, saem da sombra de personagens masculinos.
Os filmes concorrem ao Troféu Panvision pelo Júri Popular e Oficial, além de mais de R$ 100 mil em produtos e serviços das empresas especializadas em audiovisual parceiras da Panvision: Aktoro, CoolTunes, DOT, JLS, Link Digital, Media Mundus, Mistika, Naymovie e PluralTec. O melhor curta-metragem brasileiro escolhido por um júri formado por jornalistas e críticos de cinema ganhará o Prêmio Canal Brasil de Curtas e, além do troféu Canal Brasil, receberá R$ 15 mil em dinheiro. Os cinco filmes da Mostra Projeto Rally Panvision serão conhecidos pelo público somente na noite de premiação do 28º FAM.
Conheça os filmes selecionados para o FAM 2024:
MOSTRA LONGAS
Aldo Baldin: Uma Vida pela Música, de Yves Goulart (Brasil, SC/RS/SP/MG/RJ/Alemanha/Argentina/Inglaterra/Israel/EUA) Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (Brasil) La Estrella que Perdí, de Luz Orlando Brennan (Argentina) Los Últimos, de Sebastián Peña Escobar (França/Paraguai/Uruguai) Por tu Bien, de Axel Monsú (Argentina) Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil, RJ/Itália)
MOSTRA CURTAS CATARINENSES
A Última Primavera, de Michelly Hadassa (Garopaba) CadaFalso, de Yohana Fukui (Itapema/Porto Belo) Lições Marginais de um Manuscrito Clandestino, de François Muleka (Florianópolis/Brasília) No Mundo da Lua, de Cleiton Schlindwein (Timbó) O que Fica, de Fabiane Bardemaker e Daniel Edu Mayer (Chapecó/Cunha Porã) Sangria, de Henrique Schlickmann (Florianópolis/Palhoça)
MOSTRA CURTAS
Buraco de Minhoca, de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques (Brasil, BA) Engole o Choro, de Fabio Rodrigo (Brasil, SP) Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda (Brasil, PE) La Hija de la Azafata, de Sofía Brihet (Argentina) La Trampa, de Ferney Iyokina Gittoma (Colômbia/Portugal) Los Desastres del Naufragio, de Hernán Velit (Peru) Luthier, de Carlos González Pénagos (Colômbia) Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (Brasil, BA) Quarta-feira, de Maria Odara (Brasil, PE) Voz de Trompeta, de Pilar Smoje Gueico e David Monarte Serna (Chile)
MOSTRA INFANTOJUVENIL
Casa na Árvore, de Guilherme Lepca (Brasil, PR) Felícia e os Super-resíduos do Bem, de Laly Cataguases (Brasil, MG/SP/RJ/GO/PA) Festa para Duas, de Marina Polidoro (Brasil, MG) Juzé, de Raquel Garcia (Brasil, CE) Malu e a Máquina, de Ana Luiza Meneses (Brasil, DF) Maréu, de Nicole Schlegel (Brasil, RJ) O Último é Mulher do Padre, de Yasser Socarrás (Brasil, SC) Pororoca, de Fernanda Roque e Francisco Franco (Brasil, MG) Raffi, de Ricardo Villavicencio (Chile)
MOSTRA ON-LINE
Apuntes Sobre La Muerte de Un Cine, de Iñaki Oñate (Argentina) Diario de un Hombre a la Deriva, de Jose Ibañez (Chile) Feira da Ladra, de Diego Migliorini (Brasil, SP) Hélio Melo, de Leticia Rheingantz (Brasil, AC/SP) Javyju: Bom Dia, de Cunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (Brasil, SP) Pano pra Caetano, de Gabriel Lachowski (Brasil, PR)
MOSTRA VIDEOCLIPES
Gauchito Gil, de Nacho Rocha; direção: Florencia Calcagno (Argentina/Uruguai) Indivíduo: vida-morte-vida, de Binarious feat. Tom Suassuna; direção: Andressa Munizo (Brasil, DF) Laguna Plena, de Rimon Guimarães feat. Tuyo; direção: Carlon Hardt e Rimon Guimarães (Brasil, PB) O Invisível, de André Abujamra; direção: André Abujamra, Guga Lemes, Marcelo Nobre e Wagui Almeida (Brasil, AP/SP) Y Si Mañana Me Dan Muerte, de DHOGO; direção: Pierina Espinoza e Edgar Tuaty (Venezuela)
MOSTRA WORK IN PROGRESS
El Claro, de Maira Carrasco (Chile) Mala Sangre, de Gisela Sanchez (Argentina) Muña Muña, de Paula Morel Kristof (Argentina) Nem, de Juan Manuel Benavides (Colômbia) Verde Oliva, de Wellington Sari (Brasil, PR)
Silvia Buarque no longa cearense Mais Pesado é o Céu
Prestes a completar quarenta anos de carreira, entre teatro, TV e cinema, Silvia Buarque segue sua trajetória artística em evidência. Na próxima semana, chega às telonas em Mais Pesado é o Céu, premiado longa do cineasta cearense Petrus Cariry.
O filme, consagrado no Festival de Cinema de Gramado com quatro kikitos, entre eles, melhor direção, conta a história de Teresa, interpretada por Ana Luiza Rios, que depois de acolher uma criança abandonada, conhece Antônio, papel de Matheus Nachtergaele, e os dois iniciam uma jornada pelas estradas. O passado em comum, para eles, são as memórias de uma cidade submersa no fundo de uma represa. A vida é sonho, mas o futuro é a incerteza.
Sétimo longa-metragem de Petrus Cariry, com produção de Bárbara Cariry e distribuição da Sereia Filmes, o filme se passa no Nordeste, mas os temas abordados são universais. Além de Gramado, Mais Pesado é o Céu também foi exibido na Mostra de São Paulo, no LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, no Cine Ceará, entre outros. O elenco conta também com Danny Barbosa, Buda Lira e Marcos Duarte.
Para falar mais sobre o filme, conversamos com a atriz Silvia Buarque, que interpreta Fátima. No bate-papo, ela falou sobre sua relação carinhosa com a família Cariry, que começou quando assistiu Corisco & Dadá, e relembrou alguns trabalhos realizados com eles, como: Os Pobres Diabos e Os Escravos de Jó, ambos dirigidos por Rosemberg Cariry. Silvia também relembrou outros trabalhos, entre eles, o longa Homem Onça, de Vinícius Reis, a novela América, de Gloria Perez e as séries Impuros e Betinho: No Fio da Navalha; e destacou sua trajetória nos palcos: recentemente reestreou, no Rio de Janeiro, a peça A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe, com Guida Vianna.
Sobre Mais Pesado é o Céu, Silvia falou dos bastidores, preparação para sua personagem, sotaque, entrosamento com a equipe e expectativa para o lançamento; além de elogiar o trabalho do diretor. Ao final da conversa, refletiu sobre sua carreira, que começou na TV Manchete e na Rede Globo, escolhas profissionais e o que deseja realizar no futuro.
Elenco: Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene, Fab Nardy, Noá Bonoba, Jennifer Joingley, Déo Cardoso, Larissa Goés, Mumutante, Solon Ribeiro, David Santos, Pedro Breculê, Gabriel de Sousa.
Ano: 2023
Sinopse: Um jovem cineasta que visita sua cidade natal é surpreendido pelo rápido avanço de uma pandemia e precisa encontrar seu pai, com quem não fala há mais de dez anos. Depois do primeiro encontro, coisas estranhas começam a acontecer.
*Filme visto na 47ª Mostra de São Paulo
*Clique aqui e leia a matéria especial sobre a exibição do filme na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
Deborah Secco e Bruna Surfistinha: dupla de sucesso nas telonas
Depois de 13 anos de intervalo, a garota de programa mais famosa do Brasil está de volta às telonas. A TvZero, em parceria com a Imagem Filmes, anunciou nesta quarta-feira, 31/07, a produção do longa-metragem Bruna Surfistinha 2, filme que em sua primeira versão levou mais de 2 milhões de brasileiros aos cinemas.
A atriz Deborah Secco volta às telas como a protagonista. Na coprodução e direção estará Marcus Baldini, de O Sequestro do Voo 375, que também assinou o primeiro longa, que chegava às telas dos cinemas brasileiros no dia 25 de fevereiro de 2011.
Deborah, também coprodutora do filme, define Bruna Surfistinha como um dos personagens mais importantes da sua vida: “Me fez ser uma pessoa completamente diferente, um dos mergulhos artísticos mais profundos que eu já tive. Ela tem muita história pra contar ainda, mas eu imaginei que não fosse acontecer”.
A primeira versão do filme Bruna Surfistinha, uma adaptação cinematográfica do bestseller literário O Doce Veneno do Escorpião: o Diário de uma Garota de Programa, de Raquel Pacheco, conta a história da jovem Raquel, filha de classe média paulistana que um dia sai de casa e toma uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Em pouco tempo, Raquel se transforma em Bruna Surfistinha e passa a ser uma celebridade nacional, contando sua rotina em um blog na internet.
Para o diretor Marcus Baldini, o longa continua vivo na memória do público: “É impressionante ver como o primeiro Bruna é um filme que permanece vivo e continua atraindo atenção dos espectadores. Olhando para o mundo de hoje, muito diferente do que era 15 anos atrás, vejo como vai ser um desafio grande dar continuidade a essa história. Ao mesmo tempo, me parece uma grande oportunidade visitar de novo essa personagem junto com a Deborah. Agora, de um ponto de vista mais maduro tanto do lado pessoal como profissional”.
No momento que comemora os 30 anos da sua produtora, Roberto Berliner, sócio-fundador da TvZero, se mostra empolgado com a sequência de Bruna Surfistinha: “O primeiro filme mostrou de forma humana a vida de uma garota de programa, que encara, muitas vezes, homens desumanos que as contratam. Agora vamos voltar com a Bruna trazendo outros temas. Muito bom estar ao lado da Deborah, do Baldini e da Imagem, todos mais maduros, para provocar novas sensações nas plateias”.
Silvero Pereira: sucesso na TV, nos palcos e no cinema
Vencedor do Prêmio Grande Otelo de melhor ator pelo personagem Lunga no consagrado Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, Silvero Pereira é um dos artistas mais aclamados da atualidade.
O cearense é ator, dramaturgo, produtor cultural, maquiador, iluminador, aderecista, diretor e artista plástico. Começou sua trajetória em 1998 e, desde então, atuou em vários grupos de teatro em seus 25 anos de carreira.
Conhecido pelo Coletivo Artístico As Travestidas, composto por atores e atrizes transexuais e travestis e artistas transformistas, o projeto já produziu diversos espetáculos ao redor do país. Ainda nos palcos, foi ovacionado com BR-Trans, que lhe rendeu diversos prêmios.
Sua estreia na TV aconteceu em 2017 na novela A Força do Querer, da Rede Globo, escrita por Gloria Perez; pelo personagem Nonato recebeu o Prêmio Extra de Televisão. Depois disso, se destacou no remake de Pantanal, em 2022, ao interpretar Zaquieu. No começo deste ano, foi o grande vencedor do programa The Masked Singer Brasil e já está confirmado no elenco de Garota do Momento, próxima novela das seis da Globo. Participou também da série Nada Suspeitos, da Netflix.
Nas telonas, apareceu pela primeira vez em Serra Pelada. Na sequência, atuou em longas e curtas como: Copa 181, No Fim de Tudo, Fantasma Neon, Me Tira da Mira, Bem-Vinda a Quixeramobim, De Repente Drag, além de Bacurau. Em 2022, foi homenageado com o Troféu Elke Maravilha no For Rainbow, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, em Fortaleza.
Presença constante no Festival de Cinema de Vitória, Silvero tem muito carinho pelo evento capixaba, no qual já participou de diversas atividades e lançou seu show Silvero Pereira Interpreta Belchior. Nesta 31ª edição, foi convidado para apresentar uma das noites, além de conduzir uma masterclass.
Entre uma sessão e outra, batemos um papo especial com o artista sobre sua carreira. Na conversa, realizada no camarim do Teatro Sesc Glória, Silvero falou com afeto da sua relação com o Festival de Vitória e com Lucia Caus, diretora do evento. Além disso, relembrou a trajetória da peça BR-Trans; falou da sua preparação para a novela Pantanal; destacou o sucesso do premiado filme Bacurau e seu trabalho com Leonardo Martinelli e Dennis Pinheiro no consagrado curta-metragem Fantasma Neon. Silvero também relembrou o sucesso do show Silvero Pereira Interpreta Belchior, que rodou o Brasil e culminou em um EP lançado recentemente, que conta com participações especiais de Ivete Sangalo e Bráulio Bessa; falou também do seu terceiro monólogo, Pequeno Monstro, que segue em cartaz.
Além disso, destacou seu próximo trabalho nas telonas: o aguardado longa-metragem Maníaco do Parque, dirigido por Mauricio Eça, que será lançado em outubro no Prime Video Brasil. No filme, ele interpreta o motoboy Francisco de Assis Pereira, serial killer que chocou o país ao ser condenado por atacar 23 mulheres e assassinar dez delas.
A trama se passa em São Paulo, em 1998, e mostra a intensa cobertura da imprensa na época e como uma jovem repórter precisou lidar com seus traumas pessoais enquanto encarava um dos principais casos policiais e midiáticos do país. O elenco conta também com Giovanna Grigio, Marco Pigossi, Xamã, Bruno Garcia, Mel Lisboa, Augusto Madeira, Christian Malheiros e Bruna Mascarenhas. O filme é produzido por Marcelo Braga; L.G. Bayão assina o roteiro com pesquisa da jornalista investigativa Thaís Nunes.
Considerado o mais importante festival de cinema da Espanha e um dos mais antigos da Europa, o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián é também um dos mais prestigiados do mundo. Seu principal prêmio, a Concha de Ouro, é entregue ao melhor filme em competição da Seleção Oficial.
Nesta 72ª edição, que acontecerá entre os dias 20 e 28 de setembro, o cinema brasileiro marca presença com Baby, de Marcelo Caetano, no XII Prêmio Sebastiane Latino, que exibe filmes com a temática LGBTQIA+. A premiação paralela ao festival selecionou quatro títulos entre 17 inscritos; o longa-metragem latino-americano que melhor representar a defesa das demandas e valores da comunidade LGTBQIA+ será premiado. O vencedor será anunciado em agosto, mas a entrega da premiação acontecerá durante o Festival de San Sebastián no X Encuentro de Festivales de Cine LGTBQIA+ Iberoamericanos.
Baby, que foi premiado em Cannes, narra a história de uma paixão tumultuada, de uma amizade cheia de desencontros. Quando o jovem Wellington, interpretado por João Pedro Mariano, deixa o Centro de Detenções sem o apoio da família biológica, é acolhido por um garoto de programa, Ronaldo, vivido por Ricardo Teodoro. Priscila, papel de Ana Flavia Cavalcanti, a ex-mulher de Ronaldo e mãe de seu filho, e sua parceira Janaína, vivida por Bruna Linzmeyer, abrem as portas de sua casa para que Baby possa se encontrar em uma nova família.
O filme de abertura deste ano será Emmanuelle, de Audrey Diwan, que venceu o Leão de Ouro em Veneza com O Acontecimento, em 2021. O longa é protagonizado por Noémie Merlant e o roteiro é inspirado na personagem criada por Emmanuelle Arsan. O elenco conta também com Naomi Watts e Will Sharpe.
Além disso, a consagrada atriz Cate Blanchett será a grande homenageada deste ano e receberá o Prêmio Donostia; ela também estampa o cartaz desta edição, que foi assinado pelo designer gráfico José Luis Lanzagorta a partir de uma foto de Gustavo Papaleo. Blanchett marcará presença no festival pela primeira vez, mas alguns de seus filmes já foram exibidos na programação, como: Babel, de Alejandro G. Iñárritu, em 2007; e O Custo da Coragem, de Joel Schumacher, que disputou a Concha de Ouro.
Conheça os filmes selecionados para o 72º Festival de San Sebastián:
SELEÇÃO OFICIAL
Bound in Heaven, de Xin Huo (China) Conclave, de Edward Berger (Reino Unido/EUA) El hombre que amaba los platos voladores, de Diego Lerman (Argentina) El llanto, de Pedro Martín-Calero (Espanha/Argentina/França) El lugar de la otra, de Maite Alberdi (Chile) Emmanuelle, de Audrey Diwan (França) (filme de abertura) Hard Truths, de Mike Leigh (Reino Unido/Espanha) Hebi no Michi (Serpent’s Path), de Kiyoshi Kurosawa (Japão/França) Le dernier souffle (Last Breath), de Costa-Gavras (França) Los destellos, de Pilar Palomero (Espanha) On Falling, de Laura Carreira (Reino Unido/Portugal) Quand vient l’automne, de François Ozon (França) Soy Nevenka, de Iciar Bollain (Espanha) Tardes de soledad, de Albert Serra (Espanha/França/Portugal) The End, de Joshua Oppenheimer (Dinamarca/Alemanha/Irlanda/Itália) The Last Showgirl, de Gia Coppola (EUA)
HORIZONTES LATINOS *novos filmes serão anunciados em breve
Los domingos mueren más personas, de Iair Said (Argentina/Itália/Espanha) Quizás es cierto lo que dicen de nosotras, de Sofía Paloma Gómez (Chile/Argentina/Espanha)
NEW DIRECTORS
Azken erromantikoak (Los últimos románticos), de David Pérez Sañudo (Espanha) Brûle le sang, de Akaki Popkhadze (França/Bélgica/Áustria) Gülizar, de Belkıs Bayrak (Turquia/Kosovo) Hiver à Sokcho, de Koya Kamura (França/Coreia do Sul) La guitarra flamenca de Yerai Cortés, de Antón Álvarez (Espanha) La llegada del hijo, de Cecilia Atán e Valeria Pivato (Espanha/Argentina) Por donde pasa el silencio, de Sandra Romero (Espanha) Regretfully at Dawn, de Sivaroj Kongsakul (Tailândia/Singapura) Stars and the Moon, de Yongkang Tang (China) Turn Me On, de Michael Tyburski (EUA)
XII PRÊMIO SEBASTIANE LATINO
Baby, de Marcelo Caetano (Brasil) Los amantes astronautas, de Marco Berger (Argentina/Espanha) Reas, de Lola Arias (Argentina/Alemanha/Suíça) Vera y el placer de los otros, de Federico Actis e Romina Tamburello (Argentina)
SELEÇÃO OFICIAL | FORA DE COMPETIÇÃO Querer, de Alauda Ruiz de Azúa (Espanha)
SELEÇÃO OFICIAL | EXIBIÇÕES ESPECIAIS La virgen roja, de Paula Ortiz (EUA/Espanha) Yo, adicto, de Javier Giner (Espanha)
Cena do documentário cearense Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira
A 13ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que acontecerá entre os dias 1º e 14 de agosto, exibirá 122 filmes, de 24 países. O evento é reconhecido como o mais importante evento sul-americano para a produção audiovisual ligada às temáticas socioambientais.
Neste ano, a programação tem como grande novidade a criação de uma mostra competitiva intitulada Competição Territórios e Memória, dedicada exclusivamente para produções brasileiras. O evento, assim, abre maior espaço para o significativo crescimento no país de obras audiovisuais de caráter socioambiental. Permite ainda a discussão de questões referentes aos diferentes territórios do Brasil, sejam eles geográficos ou simbólicos, e de sua memória.
Estão programadas ainda outras dez seções: Panorama Internacional Contemporâneo, Panorama Histórico, Especial Emergência Climática, Especial ISA 30 anos: Por um Brasil Socioambiental, Competição Latino-americana, Concurso Curta Ecofalante, Sessões Especiais, Sessão Infantil e o Programa Ecofalante Universidades.
Totalmente gratuita, a Mostra Ecofalante acontecerá no Reserva Cultural, Circuito Spcine Lima Barreto (Centro Cultural São Paulo), Cine Satyros Bijou, Nave Coletiva, Circuito Spcine Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes e 15 unidades do Circuito Spcine localizadas nos CEUs.
A abertura será com o premiado O Fogo Interior: Um Réquiem para Katia e Maurice Krafft, de Werner Herzog, que também contará com exibições durante a mostra. O Especial Emergência Climática, assunto urgente e atual, é uma das principais atrações do evento.
A programação internacional apresenta títulos selecionadas para os festivais de Cannes, Berlim, Sundance, Roterdã, Locarno e Tribeca, como: Antártica: Continente Magnético, do mesmo diretor do vencedor do OscarA Marcha dos Pingüins, Luc Jacquet; Quebrando o Jogo, de Jane M. Wagner, sobre a gamer trans Narcissa Wright, que foi premiado no Festival de Tribeca; Solo Comum, com Woody Harrelson, Jason Momoa, Laura Dern, Donald Glover, entre outros; Union, de Brett Story e Stephen Maing, que registra uma das mais importantes vitórias trabalhistas da história: a conquista do primeiro local de trabalho sindicalizado da Amazon nos EUA, ocorrida em 2022, e que venceu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance; entre outros.
Os 30 anos da criação do ISA: Instituto Socioambiental, uma organização dedicada a defender o meio ambiente, patrimônio cultural e os direitos dos povos indígenas, apresenta nove filmes de sua produção, em uma parceria da Mostra Ecofalante de Cinema com a instituição. Outro destaque da programação é a participação da cantora Gaby Amarantos em SobreVivências: Clima de Risco, obra dirigida por Eduardo Rajabally sobre as mudanças climáticas que estão transformando nosso planeta de forma bastante radical.
Já a Competição Latino-americana apresenta 17 títulos, representantes de dez países; a programação se completa com quatro títulos brasileiros. Seção competitiva dedicada a filmes de curta duração realizados em cursos e oficinas audiovisuais, o Concurso Curta Ecofalante tem na sua seleção desta edição um total de 25 títulos.
Para o público infantil, a Mostra Ecofalante apresenta o longa de animação Yakari, Uma Jornada Fantástica, de Xavier Giacometti e Toby Genkel. Uma sofisticada coprodução entre Bélgica, França e Alemanha, nela uma criança indígena parte em uma jornada fantástica: encontrar um cavalo mustang conhecido por ser indomável.
Conheça os filmes selecionados para a Mostra Ecofalante de Cinema 2024:
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | LONGAS
A Gruta Contínua (La gruta continua), de Julián D’Angiolillo (Argentina/Cuba) A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (Brasil) Bila Burba, de Duiren Wagua (Panamá) Céu Aberto (Cielo Abierto), de Felipe Esparza (Peru) Histórias de Shipibos, de Omar Forero (Peru) Ramona, de Victoria Linares Villegas (República Dominicana) Rio Vermelho (Río Rojo), de Guillermo Quintero (Colômbia/França)
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | CURTAS
A Menos que Bailemos, de Hanz Rippe Gabriel e Fernanda Pineda Palencia (Colômbvia) Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (Brasil) Concórdia (Concordia), de Diego Véliz (Chile) Hikuri, de Sandra Ovilla León (México) Margens Luminosas (Hacer Orillas Luminosas), de Maira Ayala (Argentina) O Materialismo Histórico da Flecha Contra o Relógio, de Carlos Adriano (Brasil) Um Campo que Já Não Cheira a Flores (Un Campo Que ya no Huele a Flores), de César Flores Correa (México) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (Brasil) Você Vai Me Esquecer? (¿Me Olvidarás?), de Sofía Landgrave Barbosa (México/Peru/Espanha) Yarokamena, de Andres Jurado (Colômbia)
COMPETIÇÃO TERRITÓRIOS E MEMÓRIAS | LONGAS
À Margem do Ouro, de Sandro Kakabadze Anhangabaú, de Lufe Bollini Black Rio! Black Power!, de Emilio Domingos Eskawata Kayawai: O Espírito da Transformação, de Lara Jacoski e Patrick Belem Favela do Papa, de Marco Antonio Pereira Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira O Bixiga é Nosso!, de Rubens Crispim O Contato, de Vicente Ferraz Ouvidor, de Matias Borgström Rejeito, de Pedro de Filippis Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia Sociedade de Ferro: A Estrutura das Coisas, de Eduardo Rajabally
COMPETIÇÃO TERRITÓRIOS E MEMÓRIAS | MÉDIAS E CURTAS
A Bata do Milho, de Eduardo Liron e Renata Mattar A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg Água Rasa, de Dani Drumond Ava Yvy Pyte Ygua: Povo do Coração da Terra, de Coletivo Guahuí Guyra Kuera Despovoado, de Guilherme Xavier Ribeiro Interior da Terra, de Bianca Dacosta Kwat e Jaí: Os Bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell Mborairapé, de Roney Freitas Nosso Terreiro, de Anna Rieper, Patrícia Medeiros, Ranyere Serra e Fernando Lucas Silva Nunca Pensei que Seria Assim, de Meibe Rodrigues O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury Retratos de Piratininga, de André Manfrim Sertão, América, de Marcela Ilha Bordin
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
Além do Impedimento, de Heloisa Lawanda Arquipélago do Bailique: Fragmento das Ilhas que Dançam, de Agatha Garmes, Isabel Pontual, Mayra Ataide, Sarah Castro e Tetê Barddal As Placas são Invisíveis, de Gabrielle Ferreira Camburi Resiste, de Guilherme Landim Chão de Taco, de Alan Santana Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari Deriva, de Hellen Nicolau Desconserto, de Haniel Lucena Desmistificando o Axé, de Marco Neto Mama: Africanos em São Paulo, de Rafael Aquino Manchas de Sol, de Martha Mariot Máquinas de Lazer, de Italo Zaccaon Mar.INA, de Allan Pereira, David Dias, Igor Cariman, Jeyci Elizabeth, Karol Garcia, Marcelo Almeida, Patrícia Medeiros, Paulo Borges, Profana Vieira, Renata Costa, Samyre Protázio e Valdenira Baima Nheengatu, de Luiz Filho Pelos, de Emma Marques Por Trás dos Prédios, de João Mendonça Pour Elis, de Matheus Alencar Quanto Vale?, de Letícia S. Góis Retorno, de Arthur Paiosi Sementes da Resistência, O 25 de Maio e a Luta pela Reforma Agrária, de Raielle Mazzarelli Sobre Viver: Trajetórias Indígenas na Urbanidade, de Marcelo Melchior Tereza, de Bea Souza Terra Sincera, de Renan Turci TRANSpassado: Corpos que Retratam, de Otávio Kaxixó Visões da Maré, de Vivian Cazé, Michael Sousa, Alle Estrela, Thay Silva e Julia Alves
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
2G, de Karim Sayad (Suíça) A Frota Chinesa (Squid Fleet), de Ed Ou e Will N. Miller (EUA) A Sociedade do Espetáculo (La société du spectacle), de Roxy Farhat e Göran Hugo Olsson (Suécia) Água é Vida! (Water for Life), de Will Parrinello (EUA) Antártica: Continente Magnético (Voyage au Pôle Sud), de Luc Jacquet (França) Breaking Social: O Fim do Contrato Social, de Fredrik Gertten (Suécia) Contra a Maré (Against the Tide), de Sarvnik Kaur (Índia/França) Entre as Chuvas (Between the Rains), de Andrew H. Brown e Moses Thuranira (EUA/Quênia) Estado Limite (État limite), de Nicolas Peduzzi (França) Food, Inc. 2, de Robert Kenner e Melissa Robledo (EUA) Humano Não-Humano (Human Not-Human), de Natan Castay (Bélgica) Knit’s Island, de Ekiem Barbier, Guilhem Causse e Quentin L’Helgouac’h (França) Mil Pinheiros (A Thousand Pines), de Sebastián Díaz e Noam Osband (EUA) Não Te Vi Ali (I Didn’t See You There), de Reid Davenport (EUA) O Cheiro do Dinheiro (The Smell of Money), de Shawn Bannon (EUA) O Jogo Mental (The Mind Game), de Eefje Blankevoort, Sajid Khan e Els van Driel (Holanda) O Povo da Baleia (One with the Whale), de Pete Chelkowski e Jim Wickens (EUA/Reino Unido) O Sistema Total, Anatomia de uma Multinacional da Energia (Le système Total, anatomie d’une multinationale de l’énergie), de Jean-Robert Viallet (França) Os Caçadores de Barragens (DamBusters: The Start of the Riverlution), de Francisco Campos-Lopez Benyunes (EUA/Holanda) Os Motivados (The Driven Ones), de Piet Baumgartner (Suíça) Plastic Fantastic, de Isabella Willinger (Alemanha) Quebrando o Jogo (Break the Game), de Jane M. Wagner (EUA) República dos Gafanhotos (Grasshopper Republic), de Daniel McCabe (EUA) Silvícola (Silvicola), de Jean-Philippe Marquis (Canadá) Solo Comum (Common Ground), de Joshua Tickell e Rebecca Harrell Tickell (EUA) TikTok, Boom., de Shalini Kantayya (EUA) Union, de Brett Story e Stephen Maing (EUA)
SESSÕES ESPECIAIS | NACIONAIS
Amazônia, Arqueologia da Floresta: T2 EP1: Terra Preta, de Tatiana Toffoli Floresta: Um Jardim que a Gente Cultiva, de Mari Corrêa Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
SESSÕES ESPECIAIS | INTERNACIONAIS
Arquivo do Futuro (Archiv der Zukunft), de Joerg Burger (Áustria) O Fogo Interior: Réquiem para Katia e Maurice Krafft (The Fire Within: A Requiem for Katia and Maurice Krafft), de Werner Herzog (França/Reino Unido/Suíça/EUA) Rowdy Girl: Santuário Animal, de Jason Goldman (EUA)
SESSÃO ESPECIAL | Programa Ecofalante Universidades 2024
A Floresta que Você Não Vê: Narrativas do Médio Xingu, de Andy Costa (Brasil) Exilados: Extrativistas são Expulsos à Bala em Rondônia, de Marcio Sanches, Naira Hoifmeister e Fernanda Wenzel Invasores, de Lygia Barbosa SobreVivências: EP01: Clima de Risco, de Eduardo Rajabally
ESPECIAL EMERGÊNCIA CLIMÁTICA
Arrasando Liberty Square (Razing Liberty Square), de Katja Esson (EUA) Filhos do Katrina (Katrina Babies), de Edward Buckles Jr. (EUA) Uma Vez que Você Sabe (Une fois que tu sais), de Emmanuel Cappellin (França)
PANORAMA HISTÓRICO: TRÊS MULHERES, TRÊS OLHARES SOBRE A AMÉRICA LATINA
Amor, Mulheres e Flores (Amor, mujeres y flores), de Marta Rodriguez e Jorge Silva (Colômbia) (1984) Araya, de Margot Benacerraf (Venezuela/França) (1959) De Certa Maneira (De Cierta Manera), de Sara Gómez (Cuba) (1977)
Carreira consagrada: homenagem no Festival de Vitória
O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos foi o Homenageado Nacional da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória. Como parte da homenagem, o artista recebeu, na noite de encerramento, o Troféu Vitória e o Caderno do Homenageado, publicação inédita e biográfica, assinada pelos jornalistas Leonardo Vais e Paulo Gois Bastos, que trata da sua vida e trajetória profissional.
Ovacionado pelo público do Teatro Sesc Glória, foi apresentado pelos atores Dan Ferreira e Lucas Leto e recebeu o Troféu Vitória das mãos da atriz e esposa, Taís Araujo. Emocionado, relembrou sua trajetória no audiovisual brasileiro, falou sobre as oportunidades ao longo da carreira, sua participação em festivais e enalteceu o cinema brasileiro.
Nascido em Salvador, Bahia, Lázaro Ramos começou a atuar na década de 1990, no Bando de Teatro Olodum. No coletivo teatral, interpretou inúmeros clássicos como Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare; Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht; e Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Além de textos autorais como o sucesso Ó Paí, Ó, que foi adaptado para o cinema, em 2007, com grande sucesso.
Ao realizar projetos fora do grupo, ele esteve em espetáculos como A Máquina (2000), de João Falcão, ao lado de Wagner Moura e Vladimir Brichta. Em 2007, atuou em O Método Gronholm, texto que ele retoma como diretor, em 2020. Desde 2015 dirige, atua e produz o espetáculo O Topo da Montanha, que, ao lado de Taís Araujo, interpreta o reverendo Martin Luther King, e que já levou mais de 300 mil espectadores ao teatro.
No cinema, esteve em mais de 40 produções, que transitam por diversos gêneros audiovisuais. Na lista de trabalhos estão o cultuado longa-metragem Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, que o fez figurar na lista de melhores atores do jornal The New York Times e lhe rendeu mais de 30 prêmios. Com Jorge Furtado, parceiro constante, fez O Homem que Copiava (2003), Meu Tio Matou um Cara (2004) e Saneamento Básico, o Filme (2007). Outro destaque da sua extensa filmografia é Cidade Baixa (2006), de Sérgio Machado, em que divide a cena com Wagner Moura e Alice Braga.
Em 2018, protagonizou O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício, adaptação cinematográfica do clássico de Nelson Rodrigues. Seus trabalhos mais recentes são: As Verdades (2019), de José Eduardo Belmonte; Papai é Pop (2021), de Caito Ortiz; e Ó Paí, Ó 2 (2023), de Viviane Ferreira. Em 2022, lançou o longa-metragem Medida Provisória, que marcou sua estreia como diretor e foi premiado em diversos festivais internacionais de cinema.
Com mais de 30 participações em programas na TV, Lázaro atuou em novelas e séries, além de ser apresentador de programas. Com vários personagens memoráveis na televisão, estreou na telinha na série Sexo Frágil, em 2003. Nas novelas, sua primeira aparição foi em Cobras & Lagartos (2006), quando deu vida a Foguinho, papel que ganhou o imaginário popular e pelo qual foi indicado ao Emmy de melhor ator. Ele também interpretou papéis marcantes em novelas como Duas Caras (2007), Insensato Coração (2011) e Lado a Lado (2012).
Entre 2015 e 2018, protagonizou quatro temporadas da série Mister Brau, que se firmou como um dos marcos do empoderamento negro no Brasil. Seu trabalho mais recente em novelas foi o remake de Elas por Elas (2023/24), em que deu vida ao icônico Mário Fofoca.
Ainda na televisão, idealizou, dirigiu e apresentou o programa Espelho, do Canal Brasil, que esteve no ar por 16 anos. Após uma carreira de 17 anos na TV Globo, em 2021, Lázaro Ramos assinou com a Prime Video, onde assumiu o cargo de showrunner, profissional responsável por gerenciar da pré à pós-produção de obras para TV, streaming e mídias digitais. Essa parceria rendeu seu trabalho mais recente como diretor, o longa Um Ano Inesquecível: Outono (2023), romance musical adaptado do conto de Babi Dewet, e protagonizado por Gabz e Lucas Leto.
Além do teatro, cinema e televisão, nos últimos anos, Lázaro Ramos tem se dedicado também à literatura. Seu livro infantil de estreia foi A Velha Sentada, de 2010. Em 2015 e 2018 lançou, respectivamente, Caderno de Rimas de João e Caderno Sem Rimas da Maria, inspirados em seus filhos. Em 2019, publicou Sinto o que Sinto: e a Incrível História de Asta e Jase, em parceria com o Mundo Bita, e O Pulo do Coelho (2021). Em 2017, chegou às livrarias o best-seller Na Minha Pele, livro que marca sua estreia na literatura adulta e o consagrou como um dos escritores negros mais vendidos do país. Em 2022, publicou o livro Medida Provisória: Diário do Diretor, que conta os bastidores da direção de seu primeiro filme; e Você não é Invisível, em que escreve pela primeira vez para os jovens.
Para falar mais sobre a homenagem, conversamos com Lázaro Ramos antes da cerimônia, no Hotel Senac Ilha do Boi, que falou sobre esse momento especial, cinema brasileiro e festivais. Além disso, registramos os melhores momentos da emocionante homenagem no Teatro Sesc Glória.
Foram anunciados nesta quinta-feira, 25/07, em cerimônia apresentada por Armando Babaioff e Kelner Macêdo, no Teatro Sesc Glória, os vencedores do Troféu Vitória da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo.
Foram exibidos 78 filmes: 73 curtas e cinco longas-metragens, que foram distribuídos em 12 mostras competitivas e que apresentaram um recorte da produção contemporânea do audiovisual brasileiro, com produções realizadas entre os anos de 2023 e 2024.
Na 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas, os grandes vencedores foram: Presença, produção capixaba dirigida por Erly Vieira Jr, e o cearense Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena. Presença levou o Troféu Vitória de melhor filme, pelo Júri Técnico e Popular, além de melhor roteiro e melhor contribuição artística. Quando Eu Me Encontrar ficou com os troféus de melhor direção, melhor fotografia e melhor interpretação para Pipa. O Júri Técnico da mostra foi composto pela diretora Gabriela Gastal, pela atriz e diretora Marcélia Cartaxo e pela diretora e roteirista Sabrina Fidalgo.
O vencedor do Troféu Vitória de melhor filme pelo Júri Técnico da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas foi o alagoano Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento, que também recebeu o prêmio de melhor roteiro. Já o Troféu Vitória de melhor filme pelo Júri Popular foi para a produção gaúcha Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, que também ganhou na categoria de melhor interpretação. O Júri Técnico foi composto pelo pesquisador de cinema e audiovisual Gilberto Sobrinho, pelo ator, roteirista e diretor Heraldo de Deus e pela diretora e roteirista Safira Moreira; eles também formaram o júri da Mostra Foco Capixaba.
O time de jurados do Festival de Cinema de Vitória 2024 também contou com: Bertrand Lira, Nicolas Soares e Quitta Pinheiro na Mostra Quatro Estações; Carlos Segundo, Cláudio Constantino e Daniela Fernandes na Mostra Corsária; Bertrand Lira, Felipe Haiut e Sérgio Onofre na Mostra Outros Olhares; Mayra Alarcón, Monica Trigo e Rodrigo Aragão na Mostra Do Outro Lado | Cinema Fantástico; Daniela Fernandes e Sara Rocha na Mostra Mulheres no Cinema; Dan Ferreira, Karol Mendes e Marcos Carvalho na Mostra Cinema e Negritude; Felipe Cordeiro, Renata Fraga e Rodolfo Simor na Mostra Nacional de Videoclipes; e Antonio Claudino de Jesus, Daniela Zanetti e Tião Xará na Mostra Nacional de Cinema Ambiental.
Uma novidade desta edição foi o Prêmio da Crítica, que contou com um júri composto por 16 jornalistas e críticos de cinema, que participaram da cobertura do 31º Festival de Cinema de Vitória. Eles elegeram o melhor filme da 28ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e o melhor filme da 14ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. O júri foi formado pelos seguintes profissionais: Ana Paula Barbosa, Ana Pessoa, Anne Braune, Barbara Demerov, Bruno Carmelo, Diego Olivares, Fred Maia, Ismaelino Pinto, Janda Montenegro, Liliana Bernartt, Luiz Carlos Merten, Luiz Zanin, Maria do Rosário Caetano, Neusa Barbosa, Sé Souza e Vitor Búrigo.
Além disso, o Prêmio Extra oferecido pelo Sesc Glória consiste no licenciamento para exibição do longa-metragem ganhador do melhor filme pelo Júri Técnico por dois anos nas salas de cinema do Centro Cultural Sesc Glória. O filme Presença, de Erly Vieira Jr, também ganhou o Prêmio Like, com apoio no valor de R$ 50.000,00 em veiculação de mídia no canal.
A noite de encerramento também foi marcada pela emocionante homenagem ao ator, diretor e escritor Lázaro Ramos. Ovacionado pelo público, foi apresentado pelos atores Dan Ferreira e Lucas Leto e recebeu o Troféu Vitória das mãos da atriz e esposa, Taís Araujo. Emocionado, relembrou sua trajetória no audiovisual brasileiro, falou sobre as oportunidades ao longo da carreira, sua participação em festivais e enalteceu o cinema brasileiro.
Conheça os vencedores do 31º Festival de Cinema de Vitória:
14ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Melhor Filme: Presença, de Erly Vieira Jr (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Presença, de Erly Vieira Jr (ES) Melhor Direção: Amanda Pontes e Michelline Helena, por Quando Eu Me Encontrar Melhor Roteiro: Presença, escrito por Erly Vieira Jr Melhor Fotografia: Quando Eu Me Encontrar, por Victor de Melo Melhor Contribuição Artística: Presença, de Erly Vieira Jr Melhor Interpretação: Pipa, por Quando Eu Me Encontrar Menção Honrosa: Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (SP) Menção Honrosa | Prêmio Especial do Júri: Graciela Guarani e Alice Gouveia, diretoras de Sekhdese
28ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
Melhor Filme: Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL) Melhor Filme | Júri Popular: Zagêro, de Victor di Marco e Márcio Picoli (RS) Prêmio Especial do Júri: Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro (RJ) Melhor Direção: Edileusa Penha de Souza e Santiago Dellape, por Vão das Almas Melhor Roteiro: Samuel Foi Trabalhar, escrito por Janderson Felipe e Lucas Litrento Melhor Fotografia: Quinze Quase Dezesseis, por André Luiz de Luiz Melhor Contribuição Artística: Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ) Melhor Interpretação: Victor Di Marco, por Zagêro
PRÊMIO DA CRÍTICA
Melhor longa-metragem: Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena (CE) Melhor curta-metragem: Vollúpya, de Jocimar Dias Jr. e Éri Sarmet (RJ)
24º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA Melhor Filme | Júri Popular: Sacis, de Bruno Brennec (MG)
14ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Melhor Filme: Pirenopolynda, de Izzo Vitório, Breno Victor e Tita Maravilha (GO/DF/CE) Melhor Filme | Júri Popular: Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ) Menção Honrosa: Quando Você Vem me Visitar, de Henrique Arruda (PE)
13ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Melhor Filme: O T-Rex e a Pedra Lascada, de Luã Ériclis (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Fala, Vô!, de Felipe Risallah (ES) Menção Honrosa: Antônio Rodrigues, ator do filme O Caboclo do Sapê
13ª MOSTRA CORSÁRIA Melhor Filme: Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Prólogo, de Natália Dornelas (ES) Menção Honrosa: Yãmî Yah-Pá: Fim da Noite, de Vladimir Seixas (RJ)
11ª MOSTRA OUTROS OLHARES Melhor Filme: Canto das Areias, de Maíra Tristão (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Macaléia, de Rejane Zilles (RJ) Menção Honrosa: Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
9ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Melhor Filme: A Velhice ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT) Melhor Filme | Júri Popular: A Velhice ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT)
9ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Melhor Filme: O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Pedagogias da Navalha: Se a Palavra é um Feitiço, Minha Língua é uma Encruzilhada, de Colle Christine, Alma Flora e Tiana Santos (RJ) Menção Honrosa: Baobab, de Bea Gerolin (PR)
8ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Melhor Filme: Meredith Monk/Mete Dance, de Mooluscos (Artistas: Yma & Jadsa) (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Água Salgada, de Wyucler Rodrigues (Artista: Ada Koffi) (ES) Menção Honrosa: Boca do Cais, de Luna Colazante (Artistas: Murica feat. Yung Vegan) (DF)
7ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL Melhor Filme: Bauxita, de Thamara Pereira (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Elizabeth, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav (PB) Menção Honrosa: Antes que o Porto Venha, de Isabela Narde (ES)
6ª MOSTRA DO OUTRO LADO | CINEMA FANTÁSTICO Melhor Filme: Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA) Melhor Filme | Júri Popular: Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA)
Fernanda Torres no longa brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles
A 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, revelou, nesta terça-feira, 23/07, a lista completa com os filmes selecionados para este ano.
A Competição Internacional, com títulos que disputam o Leão de Ouro, prêmio máximo do evento, nomes consagrados se destacam, como: Todd Phillips, Pedro Almodóvar, Dea Kulumbegashvili, Pablo Larraín, Luca Guadagnino, entre outros.
Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na disputa pelo Leão de Ouro. Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello e com participação especial de Fernanda Montenegro, o filme reúne a Sony Pictures Classics com Walter Salles, 26 anos depois da trajetória de sucesso de Central do Brasil. Em 2001, o cineasta esteve em competição com Abril Despedaçado.
Ainda Estou Aqui é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.
“Estamos felizes de ir a Veneza com um filme tão pessoal. O livro de Marcelo me marcou profundamente, e nos convida a olhar essa história do ponto de vista de sua mãe, Eunice. No centro desse relato há uma mulher que teve que se reinventar e romper com os laços patriarcais das famílias brasileiras. Eunice, em sua contenção, traça uma forma de resistência incomum. O livro e o filme podem ser vistos como um relato sobre a reconstrução de uma memória individual conduzida por essa mulher, que se sobrepõe à busca pela reconstrução da memória de um país, o Brasil. Essa sobreposição entre o pessoal e o coletivo é uma das razões pelas quais quis fazer este filme. A busca da família Paiva se confunde com a luta pela redemocratização do Brasil”, explica o diretor Walter Salles.
Para Marcelo Rubens Paiva, a participação de Ainda Estou Aqui no Festival de Veneza é um presente à sua família, descendente de italianos: “Ter um livro adaptado por Walter Salles, que conheceu minha família e viveu aquele período como testemunha, honra a nossa família”, comenta o escritor.
“Agradeço imensamente ao Marcelo por ter me dado a oportunidade de contar uma história tão pessoal, e às suas irmãs Vera, Eliana, Nalu e Babiu, por terem confiado na família que realizou o filme. Sem a generosidade, o apoio e as informações constantes que recebemos, essa jornada não teria sido possível. O fato de ter tido o presente de conviver com Nalu, Marcelo e a família Paiva na casa no centro da história torna esse filme muito especial para mim”, completa Salles.
Ainda Estou Aqui promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil: “Que honra poder colaborar com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro novamente, no mesmo filme. Elas o imantaram. Ainda Estou Aqui é um filme sobre uma família feito por uma família de cinema: Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, nossa produtora associada Daniela Thomas, o diretor de arte Carlos Conti, de Diários de Motocicleta, os mestres Ulisses Malta e Cesinha. E agora estamos expandindo nosso círculo com novos colaboradores incríveis, que foram companheiros de viagem apaixonantes”, afirma Salles.
O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.
Walter Salles também comenta a repercussão do cinema brasileiro pelo mundo: “Não estamos sós. Só neste ano, tivemos longas e curtas-metragens selecionados nos principais festivais internacionais, como Sundance, Berlim, Cannes, Roterdã, Locarno e SXSW. São esses filmes realizados por grandes cineastas ou jovens realizando seus primeiros trabalhos que tem fortalecido a cinematografia brasileira pelo mundo, semeando a possibilidade de filmes como o nosso e o primeiro longa de ficção de Marianna Brennand estarem representando o Brasil em Veneza”.
A direção de fotografia de Ainda Estou Aqui é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto. A montagem é de Affonso Gonçalves e a preparação de elenco de Amanda Gabriel; Daniela Thomas assina como produtora associada.
Além disso, o cinema brasileiro também marca presença com Apocalipse nos Trópicos, novo documentário de Petra Costa, que será exibido fora de competição; o filme investiga o fundamentalismo religioso no Brasil durante a pandemia de Covid-19 e a liderança de Bolsonaro. Em 2020, Petra foi indicada ao Oscar com Democracia em Vertigem.
O Brasil também se destaca com a presença da atriz, cineasta e artista visual brasileira Bárbara Paz, que fará parte do júri do Prêmio Luigi De Laurentiis, que selecionará o melhor longa-metragem de estreia entre as diversas mostras competitivas. Vale lembrar que Bárbara foi premiada em Veneza, em 2019, com o documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou. E mais: o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho fará parte do Júri Internacional, que será presidido pela atriz francesa Isabelle Huppert.
Destaque também para outros títulos brasileiros anunciados anteriormente: a realidade virtual40 Dias Sem o Sol, de Joao Furia, que será exibida fora de competição na Venice Immersive; o curta-metragem Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni, na mostra Orizzonti; Manas, de Marianna Brennand, na mostra paralela Giornate degli Autori; e A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos, na Venice Classics.
Conheça os filmes selecionados para o 81º Festival de Veneza:
VENEZIA 81 | COMPETIÇÃO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil/França) April, de Dea Kulumbegashvili (Geórgia/Itália/França) Babygirl, de Halina Reijn (EUA) Campo di battaglia, de Gianni Amelio (Itália) Coringa: Delírio a Dois, de Todd Phillips (EUA) Diva futura, de Giulia Louise Steigerwalt (Itália) Harvest, de Athina Rachel Tsangari (Reino Unido/Alemanha/Grécia/França/EUA) Iddu (Sicilian Letters), de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza (Itália/França) Jouer avec le feu, de Delphine Coulin e Muriel Coulin (França) Kill the Jockey, de Luis Ortega (Argentina/Espanha) Kjærlighet (Love), de Dag Johan Haugerud (Noruega) Leurs enfants après eux, de Ludovic Boukherma e Zoran Boukherma (França) Maria, de Pablo Larraín (Alemanha/EUA/Emirados Árabes Unidos/Itália) Qing chun gui (Youth – Homecoming), de Wang Bing (França/Luxemburgo/Holanda) Queer, de Luca Guadagnino (Itália/EUA) Stranger eyes, de Siew Hua Yeo (Singapura/Taiwan/França/EUA) The Brutalist, de Brady Corbet (Reino Unido) The Order, de Justin Kurzel (EUA/Canadá) The Room Next Door, de Pedro Almodóvar (Espanha) Trois amies, de Emmanuel Mouret (França) Vermiglio, de Maura Delpero (Itália/França/Bélgica)
ORIZZONTI | COMPETIÇÃO
Aïcha, de Mehdi Barsaoui (França/Tunísia/Itália) Al klavim veanashim (Of dogs and men), de Dani Rosenberg (Israel/Rússia) Anul nou care n-a fost (The new year that never came), de Bogdan Muresanu (Romênia) Carissa, de Jason Jacobs e Delmar Devon (África do Sul) Diciannove, de Giovanni Tortorici (Itália) Familia, de Francesco Costabile (Itália) Familiar Touch, de Sarah Friedland (EUA) Happyend, de Neo Sora (Japão) Hemme’nin öldüğü günlerden biri (One of those days when Hemme dies), de Murat Fıratoğlu (Turquia) L’attachement, de Carine Tardieu (França/Bélgica) Marco, de Jon Garaño e Aitor Arregi (Espanha) Mistress Dispeller, de Elizabeth Lo (EUA) Mon inséparable, de Anne-Sophie Bailly (França) Nonostante, de Valerio Mastandrea (Itália) (filme de abertura) Pavements, de Alex Ross Perry (EUA) Pooja, Sir, de Deepak Rauniyar (Nepal/França) Quiet life, de Alexandros Avranas (França/Grécia/Estônia/Suécia/Alemanha) Wishing on a star, de Peter Kerekes (Itália/República Checa/Eslováquia/Croácia/Áustria/Brasil) Yin’ād alīku (Happy Holidays), de Scandar Copti (Palestina/Alemanha/França/Qatar/Itália)
ORIZZONTI EXTRA
After Party, de Vojtĕch Strakatý (República Checa) Al bahs an manfaz i khoroug al sayed Rambo (Seeking haven for Mr. Rambo), de Khaled Mansour (Egito) Edge of Night, de Türker Süer (Alemanha) King Ivory, de John Swab (EUA) La storia del Frank e della Nina, de Paola Randi (Itália) Le mohican, de Frédéric Farrucci (França) September 5, de Tim Fehlbaum (Alemanha) (filme de abertura) Shahed (The witness), de Nader Saeivar (Irã) Vittoria, de Alessandro Cassigoli e Casey Kauffman (Itália)
FORA DE COMPETIÇÃO | FICÇÃO
Allégorie citadine, de Alice Rohrwacher e JR (França) Baby Invasion, de Harmony Korine (EUA) Broken rage, de Takeshi Kitano (Japão) Cloud, de Kiyoshi Kurosawa (Japão) Finalement, de Claude Lelouch (França) Il tempo che ci vuole, de Francesca Comencini (Itália/França) L’orto americano, de Pupi Avati (Itália) Maldoror, de Fabrice du Welz (Bélgica/França) Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, de Tim Burton (EUA) Phantosmia, de Lav Diaz (Filipinas) Se posso permettermi: Capitolo II, de Marco Bellocchio (Itália) Wolfs, de Jon Watts (EUA)
FORA DE COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIO
2073, de Asif Kapadia (Reino Unido) Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa (Brasil) Bestiari, erbari, lapidari, de Massimo d’Anolfi e Martina Parenti (Itália/Suíça) Israel Palestina på Svensk TV 1958-1989 (Israel Palestine on Swedish TV 1958-1989), de Göran Hugo Olsson (Suécia/Finlândia/Dinamarca) One to One: John & Yoko, de Kevin Macdonald e Sam Rice-Edwards (Reino Unido) Pisni zemli, shcho povilno (Songs of slow burning earth), de Olha Zhurba (Ucrânia/Dinamarca/Suécia) Riefenstahl, de Andres Veiel (Alemanha) Russians at war, de Anastasia Trofimova (França/Canadá) Separated, de Errol Morris (EUA/México) Twst: Things we said today, de Andrei Ujică (França/Romênia) Why War, de Amos Gitai (Israel/França)
FORA DE COMPETIÇÃO | SÉRIES
Disclaimer (episódios 1-7), de Alfonso Cuarón (Reino Unido/EUA) Familier som vores (Families like ours) (episódios 1-7), de Thomas Vinterberg (Dinamarca/França/Suécia/República Checa/Bélgica/Noruega/Alemanha) Los años nuevos (episódios 1-10), de Rodrigo Sorogoyen del Amo, Sandra Romero e David Martín de los Santos (Espanha) M. Il figlio del secolo (episódios 1-8), de Joe Wright (Itália/França)
EXIBIÇÕES ESPECIAIS
Beauty is not a sin, de Nicolas Winding Refn (Itália/Dinamarca) Leopardi. Il poeta dell’infinito (partes 1 e 2), de Sergio Rubini (Itália) Mestre dos Mares: O Lado Mais Distante do Mundo, de Peter Weir (EUA)
VENICE CLASSICS | DOCUMENTÁRIOS
“I will revenge this world with love” Sergei Paradjanov, de Zara Jian (Armênia/França) Carlo Mazzacurati: una certa idea di cinema, de Mario Canale e Enzo Monteleone (Itália) Chain reactions, de Alexandre O. Philippe (EUA) Constel·lació Portabella, de Claudio Zulian (Espanha) From darkness to light, de Michael Lurie e Eric Friedler (EUA/Alemanha) Le cinéma de Jean-Pierre Léaud, de Cyril Leuthy (França) Miyazaki, l’esprit de la nature, de Leo Favier (França) Volonté: L’uomo dai mille volti, de Francesco Zippel (Itália) Wa ada Maroun ila Beirut (Maroun returns to Beirut), de Feyrouz Serhal (Qatar/Líbano)