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31º Festival de Cinema de Vitória: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
David Santos no longa cearense Quando Eu Me Encontrar

Foram anunciados nesta quinta-feira, 16/05, os filmes selecionados para as mostras competitivas da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo, que acontecerá entre os dias 20 e 25 de julho no Sesc Glória.

Neste ano, entre 1.217 produções inscritas, 78 filmes foram selecionados: 73 curtas e cinco longas-metragens, que apresentam um recorte da produção audiovisual brasileira contemporânea. As obras escolhidas pela comissão de seleção serão exibidas nas 12 mostras competitivas que compõem a programação do evento. Além das exibições, o Festival de Cinema de Vitória 2024, que tem entrada gratuita, contará com lançamentos de filmes, debates, formações e homenagens que transformarão a cidade de Vitória na capital do cinema brasileiro.

Para Lucia Caus, diretora do 31º Festival de Cinema de Vitória, os filmes selecionados apresentam um recorte apurado da produção audiovisual brasileira recente: “Recebemos produções de todo o Brasil que apresentam um olhar plural sobre a cultura brasileira. Os realizadores, de várias regiões, mostram a grandeza do cinema feito no país. Todo potencial visto pela nossa curadoria permite que o público assista gratuitamente a longas, curtas, videoclipes, com diferentes formatos que encantam pessoas de diversas idades. Tornar viva a memória do cinema brasileiro é parte da nossa missão enquanto organização do evento”.

As produções concorrem ao Troféu Vitória em 35 categorias. A escolha dos vencedores é feita pelo Júri Técnico do festival, composto por especialistas e profissionais ligados ao audiovisual brasileiro, além do Troféu Vitória de melhor filme pelo Júri Popular em todas as mostras competitivas.

Conheça os filmes selecionados para o 31º Festival de Cinema de Vitória:

28ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS

Axé meu Amor, de Thiago Costa (PB)
Como Chorar sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Deusa Menina, de Juane Vaillant (ES)
Dias de Pouco Pão e Zero Sonho, de Saskia Sá (ES)
Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Quebrante, de Janaina Wagner (SP/PA)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Saudades em Cor, de Arthur Felipe Fiel (ES)
Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro (RJ)
Travessia, de Karol Felício (ES)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF)
Viventes, de Fabrício Basílio (RJ)
Vollúpya, de Jocimar Dias Jr. e Éri Sarmet (RJ)
Zagêro, de Victor di Marco e Márcio Picoli (RS)

14ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS

Café, Pepi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo (BA)
Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (DF)
Presença, de Erly Vieira Jr (ES)
Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena (CE)
Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE)

24º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA

Fios, de Ranny Vidal (RJ)
Juzé, de Raquel Garcia (CE)
Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP)
Osmose, de Camilla Martinez (SP)
Para que Eu Não Esqueça, de Marcos Oliveira (RS)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG)
Sacis, de Bruno Brennec (MG)

14ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES

Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ)
Onde está Mymye Mastroiagnne?, de biarrritzzz (PE)
Pirenopolynda, de Izzo Vitório, Breno Victor e Tita Maravilha (GO/DF/CE)
Quando Você Vem me Visitar, de Henrique Arruda (PE)

13ª MOSTRA FOCO CAPIXABA

Fala, Vô!, de Felipe Risallah (ES)
Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES)
O Caboclo do Sapê, de Ricardo Sá (ES)
O T-Rex e a Pedra Lascada, de Luã Ériclis (ES)

13ª MOSTRA CORSÁRIA

A Última Valsa, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Guarda vieja 3458 timbre 3/6, de Karen Akerman e Miguel Seabra Jr (RJ)
Prólogo, de Natália Dornelas (ES)
Yãmî Yah-Pá: Fim da Noite, de Vladimir Seixas (RJ) 

11ª MOSTRA OUTROS OLHARES

A Mulher Invisível, de R.B. Lima (PB)
Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes (CE)
Canto das Areias, de Maíra Tristão (ES)
Celebrazione, de Luiz Carlos Lacerda (RJ)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
Nó em Ponta de Estrela, de Helena Santos (ES/RJ)
Tiranossauro, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher (SP)

9ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE

Baobab, de Bea Gerolin (PR)
Escavação, de Alex Reis (RJ)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa (MG)
Pedagogias da Navalha: Se a Palavra é um Feitiço, Minha Língua é uma Encruzilhada, de Colle Christine, Alma Flora e Tiana Santos (RJ)

9ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA

A Velhice ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT)
Aquela Mulher, de Cristina Lago e Marina Erlanger (RJ)
Maré Braba, de Pâmela Peregrino (BA/CE)
Uma Mulher Comum, de Debora Diniz (SP/Argentina)

7ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL

A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (DF)
Antes que o Porto Venha, de Isabela Narde (ES)
Bauxita, de Thamara Pereira (MG)
Elizabeth, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav (PB)

6ª MOSTRA DO OUTRO LADO | CINEMA FANTÁSTICO

Arapuca, de Joel Caetano (SP)
Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA)
Do Observatório me Viram, de Thaís Silva e Giovanna Giovanini (MG/RJ)

8ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES

Água Salgada, de Wyucler Rodrigues (Artista: Ada Koffi) (ES)
Babilônia, de Ricardo Monteiro (Artista: Pedro Santos) (SP)
Boca do Cais, de Luna Colazante (Artistas: Murica feat. Yung Vegan) (DF)
Cobra Coral, de Julia K. Rojas (Artistas: Simon Aftalion feat. Orquidália e Nalu) (PR)
Forte como Fogo, de Mariano Tavares e Rita Machado (Artista: Mariano Tavares) (RN)
Longe do Medo, de Luiz Vilemen da Fonte (Artista: Felipe S.) (PE/SP)
Louva Deusa, de Pedro Henrique França (Artista: Letrux) (RJ)
Mais Aceso que o Diabo, de Juno (Artista: Apenas Juno) (RN)
Mais uma Vez, de Pablo Violante (Artistas: Jovem Ch, Lipinho e Gabrá) (RJ)
Meredith Monk/Mete Dance, de Mooluscos (Artistas: Yma & Jadsa) (SP)
Moço, de Luana Luz Iamamoto (Artista: Luana Luz Iamamoto) (SP)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (Artistas: Renan Inquérito, Emicida e Adriana Partimpim) (PR)
Quando Quiser, de Diego Moreira Barreto (Artista: Depratie) (SP)
Tirar o Melhor do Pior, de Everton Radael (Artista: Auri) (ES)

Foto: Divulgação.

Meryl Streep é homenageada no Festival de Cannes 2024

por: Cinevitor
Meryl Streep: homenageada em Cannes

A 77ª edição do Festival de Cannes começou com grades emoções no Palais des Festivals nesta terça-feira, 14/05, na França. A noite de abertura foi marcada pela entregue da Palma de Ouro honorária para a consagrada atriz norte-americana Meryl Streep.

No Grand Théâtre Lumière, foi ovacionada pelo público e recebida no palco pela atriz francesa Juliette Binoche, que se emocionou ao apresentar a homenagem: “Você mudou a maneira como olhamos para as mulheres”. O júri deste ano, presidido por Greta Gerwig, também marcou presença.

Em seu discurso, Streep, que foi premiada no Festival de Cannes em 1989 por sua atuação em Um Grito no Escuro, de Fred Schepisi, e única vez que passou pela Croisette, disse: “Este prêmio é único no mundo do cinema e estou muito, muito honrada em recebê-lo”. Além de agradecer seu agente Kevin Huvane, com quem trabalha profissionalmente há 33 anos, também destacou o trabalho de J. Roy Helland, seu cabeleireiro e maquiador: “Ele é responsável por quase todos os personagens que interpretei no último meio século”.

Ela lembrou que a última vez que esteve em Cannes, há 35 anos, estava prestes a completar 40 anos e era mãe de três filhos: “Achei que minha carreira havia acabado. E essa não era uma expectativa irreal para as atrizes daquela época. E a única razão pela qual estou aqui esta noite e porque isso continuou é por causa de artistas muito talentosos com quem trabalhei, incluindo a madame la presidente Greta Gerwig”; elas trabalharam juntas no longa Adoráveis Mulheres.

Meryl Streep começou sua carreira nos palcos de Nova York depois de finalizar os estudos de teatro. Entre pequenos trabalhos, logo se destacou em O Franco Atirador, de Michael Cimino, ao lado de Robert De Niro. O filme foi premiado com cinco estatuetas douradas no Oscar e rendeu sua primeira indicação no prêmio da Academia na categoria de melhor atriz coadjuvante.

Depois disso, apareceu em Manhattan, de Woody Allen, e A Vida Íntima de um Político, de Jerry Schatzberg. Em 1980 levou seu primeiro Oscar: melhor atriz coadjuvante por Kramer vs. Kramer, de Robert Benton. Com isso, ganhou rapidamente reconhecimento do público, da crítica e da indústria. 

Juliette Binoche, Meryl Streep e Greta Gerwig no palco

Ao longo dos anos, foram muitos filmes, séries e prêmios: em 1983 levou o Oscar de melhor atriz por A Escolha de Sofia; e em 2012 por A Dama de Ferro. Entre 21 indicações no mais consagrado prêmio do cinema, venceu três. Seu currículo conta também com 29 indicações ao Globo de Ouro e oito vitórias, entre elas: A Mulher do Tenente Francês, O Diabo Veste Prada e Julie & Julia.

No Festival de Berlim, no qual também foi homenageada, foi premiada por sua atuação em As Horas, de Stephen Daldry, compartilhado com suas colegas de cena Nicole Kidman e Julianne Moore. Também foi consagrada no BAFTA, César, Critics Choice Awards, Prêmio David di Donatello, Emmy Awards, Satellite Awards, National Board of Review, SAG Awards, entre outros.

Foi indicada ao Grammy Awards diversas vezes, entre elas, pelo musical Mamma Mia!. Além de Berlim, também foi homenageada nos festivais de San Sebastián, Toronto, Telluride, entre outros.

Nas telonas, também se destacou em: Entre Dois Amores, de Sydney Pollack; Lembranças de Hollywood, de Mike Nichols; A Morte lhe Cai Bem, de Robert Zemeckis; The Post: A Guerra Secreta, de Steven Spielberg; Adaptação, de Spike Jonze; As Pontes de Madison, de Clint Eastwood; Música do Coração, de Wes Craven; A Última Noite, de Robert Altman; entre muitos outros.

Ao longo de sua carreira, Meryl Streep nunca se esquivou de denunciar publicamente a posição precária das mulheres na indústria cinematográfica. Consciente das questões que envolvem a representação das mulheres nos filmes de Hollywood, e ansiosa por encarnar todas as suas facetas em toda a sua complexidade e fragilidade, Meryl desempenha uma grande variedade de papéis e gêneros.

Sua trajetória conta também com alguns filmes biográficos, como Florence: Quem é Essa Mulher?, de Stephen Frears; sátiras políticas como Leões e Cordeiros, de Robert Redford e Não Olhe para Cima, de Adam McKay; e filmes familiares como Caminhos da Floresta, de Rob Marshall. Sua carreira na sétima arte segue com: Amor à Primeira Vista, A Casa dos Espíritos, As Filhas de Marvin, Sob o Domínio do Mal, Desventuras em Série, Álbum de Família, Ricki and the Flash: De Volta para Casa, As Sufragistas, Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo, entre outros. Na TV e streaming também ganhou destaque em produções como Only Murders in the Building, Big Little Lies e Angels in America.

Atriz ovacionada no Festival de Cannes

Em comunicado oficial, Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, diretor geral do Festival de Cannes, disseram: “Todos nós temos algo de Meryl Streep em nós! Porque ela atravessou quase 50 anos de cinema e incorporou inúmeras obras-primas. Meryl Streep faz parte da nossa imaginação coletiva, do nosso amor partilhado pelo cinema”.

Além da entrega da Palma de Ouro Honorária, a noite de abertura contou também com a exibição do longa Le Deuxième Acte, de Quentin Dupieux, fora de competição, com Léa Seydoux, Louis Garrel, Vincent Lindon, Raphaël Quenard, Manuel Guillot e Françoise Gazio no elenco.

No dia seguinte à homenagem, Streep participou de uma conversa com convidados e falou sobre a noite anterior: “Tive uma onda de emoção. Todas aquelas lágrimas na plateia, foram muitas. Fiquei emocionada com todo esse amor aqui em Cannes porque lá em casa ninguém me respeita!”.

Sobre sua relação com o cinema francês, comentou: “Tenho um pouco de vergonha de dizer que não vejo filmes suficientes. Não há horas suficientes no dia e na maior parte do tempo estou ocupado com minha vida familiar. Além disso, estou tão velha que já trabalhei com todo mundo. E se eu não ver os filmes deles primeiro, isso realmente me torna um idiota! Mas adorei Camille Cottin em todos os episódios de Ten Percent, e fui dormir muito tarde ontem à noite por causa do filme de Dupieux que adorei!”.

Outro assunto abordado foi o protagonismo feminino nos filmes: “Hoje, as maiores estrelas do mundo são as mulheres. Foi muito diferente quando comecei. Naquela época, tudo sempre girava em torno de um superstar masculino. Os papéis femininos eram secundários. Os filmes são projeções dos sonhos de quem os realiza. Até os grandes produtores têm sonhos! Para as mulheres não era muito difícil imaginar-se com uma contraparte masculina, enquanto era extremamente desafiador para os homens sonhar com uma personagem feminina”. Meryl finalizou a conversa com um conselho para jovens atores e atrizes: “Não desista! Não desista! Não desista!”.

O 77º Festival de Cannes segue até 25 de maio com uma programação intensa com filmes em competição, exibições especiais, debates, mostras paralelas e outras atividades.

Fotos: Pascal Le Segretain, Andreas Rentz e Daniele Venturelli/Getty Images.

Back to Black

por: Cinevitor

Direção: Sam Taylor-Johnson

Elenco: Marisa Abela, Jack O’Connell, Eddie Marsan, Lesley Manville, Juliet Cowan, Sam Buchanan, Pete Lee-Wilson, Thelma Ruby, Michael S. Siegel, Matilda Thorpe, Anna Darvas, Tracey Lushington, Ryan O’Doherty, Spike Fearn, Harley Bird, Francesca Henry, Liv Longborne, Tuwaine Barrett, Izaak Cainer, Samuel Anderson, Colin Mace, Amrou Al-Kadhi, Kumbi Mushambi, Jo Krayer, Therica Wilson-Read, Bronson Webb, Ansu Kabia, Miltos Yerolemou, Olivia-Rose Colliard, Daniel Fearn, Shahzad Ali, Phillip Browne, Jasmine Kerr, Tim Treloar, Christos Lawton, Sean Earl McPherson, Harry Belcher, Anjelo Disons Ntege, Sam Oladeinde, Daniel Wealthyland Jr., Jason Ansere, Nii Ayitia Adu-Aryee, Mike De Souza, Ezekiel Ajie, Manley O’Connor, Matt Redman, Louis Dowdeswell, Jack Jones, Maximillian Ellenberger, Simon Marsh, Finlay McEwen, Edward Parr, Felix Higginbottom, Sam Sesay, Ben Dawson, James Anderson, Pierre Bergman, Doug Berry, Zoltan Rencsar, Emily Tebbutt, Dywayne Thomas, Malika Uter-Moye, Tyler Valerie.

Ano: 2024

Sinopse: O filme conta a história nunca vista antes da ascensão precoce de Amy Winehouse à fama e do lançamento de seu inovador álbum de estúdio, Back to Black. Contado a partir da perspectiva de Amy, o longa traz um olhar sem apologias da mulher por trás do fenômeno e do relacionamento que inspirou um dos álbuns mais lendários de todos os tempos.

Nota do CINEVITOR:

CINEVITOR #460: Entrevista com Marcélia Cartaxo | A Hora da Estrela | Edição Especial

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo: protagonista premiada

Baseado em um dos livros mais vendidos e cultuados da autora Clarice Lispector, o filme A Hora da Estrela, dirigido por Suzana Amaral, será relançado nos cinemas em versão digitalizada em 4K depois de quase quarenta anos de sua estreia.

Protagonizado por Marcélia Cartaxo, que recebeu o Urso de Prata de melhor atriz no Festival de Berlim, em 1986, o longa acompanha a jovem Macabéa, uma nordestina datilógrafa que encontra um namorado em São Paulo e sonha com a felicidade.

Após digitalizar e lançar Durval Discos, de Anna Muylaert, a Sessão Vitrine Petrobras reestreia nos cinemas, a partir desta quinta-feira, 16/05, o clássico brasileiro, que recebeu seis prêmios no Festival de Cinema de Brasília, em 1985, entre eles, melhor filme, direção e atriz.

A digitalização da obra aconteceu no Rio de Janeiro, aos cuidados de Débora Butruce, curadora e responsável pelos filmes de patrimônio do projeto: “Graças ao patrocínio da Petrobras é possível incluir filmes de patrimônio entre os lançamentos da Sessão Vitrine Petrobras, resgatando a memória do audiovisual nacional e favorecendo a formação de uma cultura cinematográfica baseada em referências brasileiras, ação essencial para a valorização do nosso cinema”, afirma Silvia Cruz, criadora do projeto e sócia-fundadora da Vitrine Filmes.

Na trama, Macabéa é uma mulher nordestina que mal tem consciência de existir. Após perder uma velha tia, seu único elo com o mundo, ela viaja para São Paulo, onde aluga um quarto, se emprega como datilógrafa e gasta suas horas ouvindo a Rádio Relógio. Apaixona-se, então, por Olímpico de Jesus, um metalúrgico nordestino, que logo a trai com uma colega de trabalho. Desesperada, Macabéa consulta uma cartomante que lhe prevê um futuro luminoso, diferente do que a espera.

Além de Marcélia Cartaxo, o filme também conta com Tamara Taxman, Fernanda Montenegro, Umberto Magnani, José Dumont e Marcus Vinicius no elenco. O roteiro, baseado no romance homônimo de Clarice Lispector, é assinado por Suzana Amaral e Alfredo Oroz.

Para celebrar a volta do longa aos cinemas, a Sessão Vitrine Petrobras realizou uma pré-estreia na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, com exibição da obra ao ar livre. A protagonista Marcélia Cartaxo marcou presença no evento, assim como Assunção Hernandes, produtora do filme, e Claudia Rezende, uma das filhas de Suzana Amaral.

Aperte o play e confira os melhores momentos da exibição e uma entrevista exclusiva com a atriz paraibana Marcélia Cartaxo:

Foto: Maria Pekin.

35º GLAAD Media Awards: conheça os vencedores; Jennifer Hudson é homenageada

por: Cinevitor
Jennifer Hudson: carreira consagrada

Foram anunciados neste domingo, 12/05, os vencedores da 35ª edição do GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas da comunidade LGBTQIA+ e os problemas que afetam sua vidas.

A cerimônia de premiação aconteceu em Nova York e foi apresentada por Ross Mathews. Neste ano, a comédia Clube da Luta para Meninas venceu na categoria principal de melhor filme. Além disso, a atriz e cantora Jennifer Hudson foi homenageada com o Excellence in Media Award e recebeu tal honraria das mãos de Laverne Cox; o músico Orville Peck recebeu o Vito Russo Award, que foi entregue por Jennifer Lawrence.

Neste ano, o Brasil estava na disputa com o documentário Uýra – A Retomada da Floresta, de Juliana Curi. Vale lembrar que o GLAAD Media Awards realiza duas cerimônias: a primeira aconteceu no dia 14 de março, em Los Angeles, com o anúncio dos primeiros vencedores.

A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQIA+ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS. Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.

Conheça os vencedores do 35º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | GRANDE LANÇAMENTO
Clube da Luta para Meninas, de Emma Seligman

MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO
Monica, de Andrea Pallaoro

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Beyond the Aggressives: 25 Years Later, de Daniel Peddle

MELHOR FILME PARA TV OU STREAMING
Rustin, de George C. Wolfe

Foto: Jared Siskin/Getty Images for GLAAD.

FESTin 2024: filmes brasileiros são premiados no Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

por: Cinevitor
Cintia Rosa: melhor atriz por A Festa de Léo

Foram anunciados neste domingo, 12/05, os vencedores da 15ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu no Cine Turim, no Auditório Liceu Camões, no Cine Incrível e no Fórum Lisboa.

Neste ano, o Prêmio Pessoa de melhor longa de ficção foi para o brasileiro Mais Pesado é o Céu, dirigido pelo cineasta cearense Petrus Cariry. Rodada no sertão nordestino, a trama acompanha o encontro de Antônio, vivido por Matheus Nachtergaele, e Teresa, interpretada por Ana Luiza Rios, que, por motivos diferentes, pegam a estrada em busca de reconstruir a vida. Diante de um Brasil devastado pela crise moral e política, os dois acolhem um bebê abandonado e formam uma família improvável sob o sol escaldante do interior do Ceará.

Para esta 15ª edição, o júri foi formado por: Cesar Meneghetti, Dulce Fernandes e Eric Santos nos longas de ficção; Jorge Pais, Ilana Oliveira e Paula Sousa nos documentários; e Alexei Waichenberg, João Carlos e Pedro Henriques nos curtas.

Nesta edição comemorativa dos seus 15 anos, o festival celebrou a língua portuguesa com uma programação repleta de estreias exclusivas para o público lisboeta, incluindo títulos ainda não disponíveis nas plataformas de streaming em Portugal. Além das mostras competitivas, a programação contou também com exibições paralelas, como a Mostra Cinema Brasileiro.

A abertura do evento exibiu Mamonas Assassinas: O Filme, de Edson Spinello; já o encerramento contou com Mussum, o Filmis, dirigido por Silvio Guindane. Para celebrar seus 15 anos de existência, o FESTin 2024 realizou uma retrospectiva das edições anteriores, apresentando alguns dos filmes que marcaram sua história.

Conheça os vencedores do FESTin 2024:

MELHOR FILME | FICÇÃO | PRÊMIO PESSOA
Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | FICÇÃO
A Festa de Léo, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo (Brasil)

MELHOR FILME | VOTO DO PÚBLICO
Na Mata dos Medos, de António Borges Correia (Portugal)

MELHOR DIREÇÃO
Petrus Cariry, por Mais Pesado é o Céu

MELHOR ATOR
Caco Ciocler, por As Polacas

MELHOR ATRIZ
Cintia Rosa, por A Festa de Léo

MELHOR DOCUMENTÁRIO
De Longe Toda Serra é Azul, de Neto Borges (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | DOCUMENTÁRIO
Rua Aurora: Refúgio de Todos os Mundos, de Camilo Cavalcante (Brasil)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | VOTO DO PÚBLICO
Lindo, de Margarida Gramaxo (Portugal)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Joia, de Jonathan Samukange (Angola)

MENÇÃO HONROSA | CURTA-METRAGEM
Bodas de Ouro, de Liza Gomes (Brasil)

MELHOR CURTA-METRAGEM | VOTO DO PÚBLICO
Joia, de Jonathan Samukange (Angola)

MELHOR FILME INFANTIL | VOTO DO PÚBLICO
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (Brasil)

MELHOR FILME | MOSTRA OS DIFERENTES SOTAQUES DA LUSOFONIA
O Afinador de Silêncios, de Mário Patrocínio (Portugal)

Foto: Mariana Vianna.

Prêmio ABC 2024: Associação Brasileira de Cinematografia anuncia finalistas

por: Cinevitor
Vera Holtz e Arlete Salles em Tia Virgínia, de Fabio Meira

A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.

Hoje são mais de 440 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC, Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.

A ABC ainda atua na área do direito autoral, seguindo a tendência de reconhecimento dos direitos legais de coautoria nas obras audiovisuais nos moldes que já vêm ocorrendo em alguns países europeus. Aperfeiçoando-se no dia a dia da convivência entre os colegas, a Associação, hoje a maior do gênero no país, planeja um crescimento orgânico, com ênfase na qualidade dos seus quadros, para proporcionar uma melhor qualificação técnica, artística e ética para os profissionais da produção audiovisual brasileira.

O Prêmio ABC de Cinematografia, que encerra a programação da Semana ABC, teve sua primeira edição em 2001. Os vencedores deste ano serão anunciados no sábado, 18/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Karine Teles. Os trabalhos premiados nas 13 categorias são escolhidos por meio de votação dos sócios e sócias da ABC, o que transforma o Prêmio ABC em uma das principais premiações brasileiras, em que o reconhecimento vem dos próprios pares, neste caso, profissionais da cinematografia.

Conheça os finalistas ao Prêmio ABC 2024:

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta!, por Gustavo Hadba
Luz nos Trópicos, por Pedro Urano e Paula Gaitán
Meu Nome é Gal, por Pedro Sotero
O Espaço Infinito, por Pedro Maffei
Rio do Desejo, por Adrian Teijido
Tinnitus, por Rui Poças

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Chic Show, por Léo Bittencourt
Nada Sobre Meu Pai, por Rafael Mazza
Quando Falta o Ar, por Léo Bittencourt
Quantos Dias Quantas Noites, por Vitor Amati
Vento na Fronteira, por Alziro Barbosa
Visions in The Dark, por Pedro Rocha

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta!, por Mariela Rípodas
O Sequestro do Voo 375, por Rafael Ronconi
Pedágio, por Vicente Saldanha
Tia Virgínia, por Ana Mara Abreu
Tinnitus, por Carol Ozzi

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda, Violeta!, por Sabrina Wilkins e Fernando Epstein
Mussum, o Filmis, por André Simões
O Homem Cordial, por Nina Galanternick
O Rio do Desejo, por Ricardo Farias, Marcelo Junqueira e Felipe Duarte Ferpa
Pedágio, por Ricardo Saraiva e Lautaro Colace

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, por João Wainer
Memória Sufocada, por Gabriel Di Giacomo Rocha
Quando Falta o Ar, por Paulo Celestino Mendes Campos
Retratos Fantasmas, por Matheus Farias
Um Tiro no Escuro, por Tasso Lapa Dourado

MELHOR SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Mato Seco em Chamas, por Francisco Craesmeyer, Daniel Turini, Fernando Henna e Henrique Chiurciu
Mussum, o Filmis, por Evandro Lima, Rodrigo Noronha, Gustavo Loureiro, Acácia Lima e Tomás Alem
Noites Alienígenas, por Pedro Sá Earp e Bernardo Gebara
Nosso Sonho, por Pedro Saldanha, Ariel Henrique, Tomás Alem e Bernardo Uzeda
O Sequestro do Voo 375, por Sérgio Scliar, Ricardo Reis e Miriam Biderman

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM
Pássaro Memória, por Guilherme Tostes
Píer, por Tiago Pinheiro
Pra Te Ver de Novo, por Anderson Sérgio
Sem Fantasia, por Fernando Duarte
Vão das Almas, por David Alves Mattos e Cled Pereira
Yãmî Yah-Pá, por Bento Marzo

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV
Anderson Spider Silva (episódio 1), por Adrian Teijido
Betinho: No Fio da Navalha (episódio 1), por Pedro Sotero
Cangaço Novo (episódio 3), por Azul Serra
Fim (episódio 7), por Fernando Young e Lula Cerri
João Sem Deus: A Queda de Abadiânia (episódio 1), por Janice D’Avila

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV
Além do Guarda-Roupa (episódio 1), por Claudia Calabi
Amar é para os Fortes (episódio 4), por Joana Mureb
Histórias (Im)Possíveis (episódio 1), por Juliana Lobo
João Sem Deus: A Queda de Abadiânia (episódio 1), por Fernanda Carlucci
Marcelo, Marmelo, Martelo (episódio 2), por Marghe Pennacchi e Rafael Blas
Rio Connection (episódio 4), por Valéria Costa

MELHOR SOM | SÉRIE DE TV
Amar é para os Fortes (episódio 1), por Frederico Massine, Armando Torres Jr., Caio Guerin, Bernardo Uzeda e Tomás Alem
Anderson Spider Silva (episódio 1), por Jorge Rezende, Armando Torres Jr., Caio Guerin, Tomás Alem e Bernardo Uzeda
Cangaço Novo (episódio 3), por George Saldanha, Anderson Ferreira, Alessadro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond
Fim (episódio 1), por Jorge Saldanha, Gabriela Bervian, Pedro Saldanha, Alessandro Laroca, Guilherme Marinho e Eduardo Virmond
Sintonia (episódio 8), por Leandro Lima, Guilherme Marinho, Alessandro Laroca e Eduardo Virmond

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE
Fallen Leaf, de Vintage Culture feat. Fideles e Be No Rain; por Pepe Mendes
Fé nas Maluca, de IZA e MC Carol; por Victor Alencar
Layla & Nadja, de Unknown Mortal Orchestra; por Yuri Maranhão
Quem Bate Esquece, de Ravi Lobo; por Rafael Mattar
S.E.X.O., de Hodari; por Renato Hojda

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO
Allos, por Kairo Lenz
Ashe: US Open, por Yuri Maranhão
Gatorade: Clássicos (Derby), por Lucas Oliveira
Não Existem Atalhos: Rio Games, por Pepe Mendes
Ninho: Aprendendo Juntos, por Lícia Arosteguy

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL
Kila & Mauna, por Naya Oliveira e Sunny Maia (Vila das Artes)
No Fim da Noite, por Charles dos Santos (USP)
Noite de Cinzas, por Luzia Saraiva (Unisinos)
Nosso Tipo Inesquecível, por Letícia Rocha (USP)
Os Peixes Mais Lindos do Mundo, por Gabriel Saraiva e Gabriela Pazini (ESPM Rio)

Foto: Divulgação/Elo Studios.

Planeta dos Macacos: O Reinado

por: Cinevitor

Kingdom of the Planet of the Apes

Direção: Wes Ball

Elenco: Owen Teague, Freya Allan, Kevin Durand, Peter Macon, William H. Macy, Eka Darville, Travis Jeffery, Lydia Peckham, Neil Sandilands, Ras-Samuel, Sara Wiseman, Kaden Hartcher, Andy McPhee, Karin Konoval, Nina Gallas, Samuel Falé, Dichen Lachman, Virginie Laverdure, Markus Hamilton, Benjamin Scott, Nirish Bhat Surambadka, Frances Berry, Peter Hayes, Sheree da Costa, Souleymane Diasse, Olga Miller, Dmitriy Miller, Anastasia Miller, Michael Spudic, Nathan Bates.

Ano: 2024

Sinopse: O filme se passa em várias gerações no futuro, após o reinado de César, em que os macacos são a espécie dominante, vivendo harmoniosamente e os humanos foram reduzidos a viver nas sombras. À medida que um novo líder símio tirânico constrói o seu império, um jovem macaco empreende uma jornada angustiante que o levará a questionar tudo o que sabia sobre o passado e a fazer escolhas que definirão um futuro tanto para os macacos como para os humanos.

Nota do CINEVITOR:

Isabelle Huppert presidirá o júri do Festival de Cinema de Veneza 2024

por: Cinevitor
A consagrada atriz francesa já foi premiada em Veneza

A 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro, acaba de anunciar que a atriz francesa Isabelle Huppert presidirá o Júri Internacional da Competição, que designará o Leão de Ouro e outros prêmios oficiais; a decisão foi tomada pela diretoria da Biennale di Venezia por recomendação de Alberto Barbera, diretor do festival.

Em comunicado oficial, Huppert disse: “Há uma longa e bela história entre o festival e eu. Tornar-se uma espectadora privilegiada é uma honra. Mais do que nunca, o cinema é uma promessa. A promessa de fugir, de perturbar, de surpreender, de olhar bem para o mundo, unidos nas diferenças dos nossos gostos e ideias”.

Alberto Barbera também comentou a escolha: “Isabelle Huppert é uma atriz imensa, exigente, curiosa e de grande generosidade. Musa de inúmeros grandes cineastas, nunca escapou ao convite de realizadores jovens ou não tão famosos que viram nela a intérprete ideal das suas histórias. A sua enorme vontade de se colocar constantemente em risco, sinal da sua inteligência incomum, aliada à sua capacidade de olhar o cinema para além das fronteiras geográficas e mentais, fazem dela uma Presidente do Júri ideal num festival aberto ao mundo inteiro como o Festival de Cinema de Veneza. Estamos muito gratos a ela por ter aceitado o cargo, cientes dos muitos compromissos no cinema e no teatro que enfrentará nos próximos meses”.

Considerada uma das maiores atrizes do cinema mundial, Isabelle Huppert desenvolveu interesse em atuar quando era adolescente e ingressou no Conservatoire de Versailles. Em 1978, ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por Violette, de Claude Chabrol. Trabalhou com Chabrol em outros sete filmes e ganhou duas vezes a Coppa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza com Um Assunto de Mulheres, em 1988, e Mulheres Diabólicas, em 1995, pelo qual também recebeu seu primeiro Prêmio César.

Em 2001, ganhou seu segundo prêmio de melhor atriz em Cannes por A Professora de Piano, de Michael Haneke. Em 2005, foi homenageado pelo Festival de Veneza com um Leão de Ouro Especial pela obra geral em Gabrielle, de Patrice Chéreau. Em 2017, recebeu sua primeira indicação ao Oscar por Elle, de Paul Verhoeven, pelo qual também ganhou o Globo de Ouro e o Spirit Awards. Em 2022, foi homenageada com o Urso de Ouro Honorário no Festival de Berlim.

Foto: Maria Moratti/Getty Images.

13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Mayra Lucas no longa Greice, de Leonardo Mouramateus

Foram anunciados nesta terça-feira, 07/05, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados para a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de junho. A programação conta com títulos das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas.

O evento, que já havia divulgado algumas de suas mostras pelas redes sociais, agora anuncia os longas e curtas-metragens que disputam diversos prêmios pelo Júri Oficial. O público ainda tem parte essencial nas premiações, uma vez que definirá os vencedores por meio de votação popular.

A Mostra Competitiva Brasileira é composta por 16 produções inéditas, sendo oito curtas e oito longas-metragens. Já a Mostra Competitiva Internacional é composta por 14 produções de diferentes nacionalidades, como Suíça, Alemanha, Haiti, Palestina, Hungria, França, entre outros.

Em comunicado oficial, Antonio Gonçalves Junior, diretor do festival, disse: “O Olhar de Cinema de 2024 contará com estreias mundiais, reunindo produções vindas de diferentes países, além de filmes brasileiros que chegam às telonas pela primeira vez, e abordam diferentes temas, propondo um novo olhar direcionado à sétima arte”.

Neste ano, o filme de abertura, que será exibido na Ópera de Arame, será Retrato de um Certo Oriente, dirigido por Marcelo Gomes, que fez parte da programação do Festival de Roterdã. No longa, dois irmãos católicos, Emilie e Emir, em 1949 partem de um Líbano na iminência da guerra em busca de uma nova vida em território estrangeiro, numa viagem rumo a um Brasil desconhecido. Quando Emilie se apaixona por Omar, um comerciante muçulmano residente em Manaus, o ciúme do irmão terá graves consequências. Neste épico íntimo, baseado em romance de Milton Hatoum, o encontro entre culturas distantes entrelaça questões coletivas de memória, tradição e pertencimento, num relato ao rés da pele que lança um olhar cuidadoso às histórias fundacionais de imigrantes no país.

Já o encerramento contará com Salão de Baile, de Juru e Vitã. No clima ballroom, este vibrante documentário apresenta a cultura das Houses fluminenses, que se apropriam de influências estrangeiras e de elementos reconhecidamente brasileiros para construir um universo que mistura dança, música, moda e performance a partir das experiências queer periféricas e racializadas. Um mosaico de vozes, corpos, movimentos, poses e presenças nos mostra que, entre o baile e as vidas íntimas de algumas de suas importantes figuras.

A Mostra Foco do Olhar de Cinema 2024 se dedica pela primeira vez a um conceito norteador, ao invés de apresentar filmes de realizadores ou regiões de origem em específico. Sob o título Cinema de Luta, a seleção traz quatro longas brasileiros recentes que, através de uma relação imediata e frontal com a atuação de pessoas envolvidas em movimentos sociais, fazem de suas práticas audiovisuais partes integrantes de uma luta para produzir mudanças efetivas no seu entorno. Esta é uma mostra que diz respeito, portanto, ao que é representado nos filmes, mas também à maneira como representam: por uma forma de ação direta, tanto da parte de quem está na frente mas também de quem está atrás das câmeras, num movimento que se complementa e às vezes se confunde.

Sobre a mostra Olhar Retrospectivo desta edição: em outubro de 2023, a família de Hou Hsiao-Hsien confirmou a notícia de que o cineasta estava se afastando da direção cinematográfica aos 76 anos de idade devido ao avanço de sua condição com o Alzheimer. Com isso, foi interrompida ainda em vida a trajetória de um dos mais influentes cineastas que o mundo viu nos últimos 40 anos. Nascido na China continental em 1947, mas mudando com sua família para Taiwan já no ano seguinte, Hou Hsiao-Hsien é uma das principais vozes daquele que se convencionou chamar o Novo Cinema Taiwanês, movimento que tomou o cenário internacional dos festivais de cinema a partir dos anos 80.

Dentre os cineastas oriundos daquele momento, ele foi o que teve a carreira mais longeva e reconhecida, tendo todos os seus filmes a partir do final daquela década sido exibidos em algum dos principais festivais do mundo, e reconhecidos por prêmios como o Leão de Ouro em Veneza, melhor direção em Cannes, entre outros. O Olhar de Cinema aproveita essa oportunidade de celebrar, ainda em vida, a trajetória artística finalizada de um dos grandes mestres do cinema contemporâneo, e exibirá oito de seus dezoito longas, passando por três fases distintas de sua carreira: o estabelecimento de sua visão de mundo e cinema nos anos 1980, a consolidação de seu estilo e o reconhecimento mundial nos anos 1990, e algumas de suas “obras de maturidade”, já no século XXI.

Conheça os filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2024:

FILME DE ABERTURA
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil)

FILME DE ENCERRAMENTO
Salão de Baile, de Juru e Vitã (Brasil)

COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS

A Mensageira, de Cláudio Marques
Greice, de Leonardo Mouramateus
O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada Fácil, Fácil Não é a Vida, de Guilherme Martins
O Sol das Mariposas, de Fábio Allon
Praia Formosa, de Julia De Simone
Quem É Essa Mulher?, de Mariana Jaspe
Tijolo por Tijolo, de Victoria Alvares e Quentin Delaroche
Um Dia Antes de Todos os Outros, de Fernanda Bond e Valentina Homem

COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS

Capturar o Fantasma, de Davi Mello
Caravana da Coragem, de Pedro B. Garcia
Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur
O Lado de Fora Fica Aqui Dentro, de Larissa Barbosa
Povo do Coração da Terra (Ava Yvy Pyte Ygua), de Coletivo Guahu’i Guyra
Rinha, de Rita M. Pestana
Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro
Viventes, de Fabrício Basílio

COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS

As Noites Ainda Cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa (Moçambique/França/Alemanha/Portugal)
Caminhos Cruzados (Crossing), de Levan Akin (Suécia/Dinamarca/França)
Eu Não Sou Tudo Aquilo que Quero Ser (Ještě Nejsem, Kým Chci Být), de Klára Tasovská (República Tcheca/Eslováquia/Áustria)
Ivo, de Eva Trobisch (Alemanha)
Os Paraísos de Diane (Les Paradis de Diane), de Carmen Jaquier e Jan Gassmann (Suíça)
Pepe, de Nelson Carlo De Los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/Alemanha/França)

COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS

Caindo (Falling), de Anna Gyimesi (Hungria/Bélgica/Portugal)
Contrações (Contractions), de Lynne Sachs (EUA)
Desde Então, Estou Voando (O Gün Bu Gündür, Uçuyorum), de Aylin Gökmen (Suíça)
Mamántula, de Ion de Sosa (Espanha/Alemanha)
Minha Pátria (Mawtini), de Tabarak Abbas (Suíça)
Nossas Ilhas (Nos Îles), de Aliha Thalien (França/Martinica)
Sonhos como Barcos de Papel (Des Rêves en Bateaux Papiers), de Samuel Suffren (Haiti)
Uma Pedra Atirada (رجح†ىمرم†ىلع†), de Razan AlSalah (Palestina/Líbano/Canadá)

NOVOS OLHARES

Caixa de Areia (Bac A Sable), de Lucas Azémar (França)
Entre Vênus e Marte, de Cris Ventura (Brasil)
Geração Ciborgue (Cyborg Generation), de Miguel Morillo Vega (Espanha)
Idade da Pedra, de Renan Rovida (Brasil)
Jean Genet Agora (Jean Genet Ahora), de Miguel Zeballos (Argentina)
Perdendo a Fé (Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin), de Martha Mechow (Áustria/Alemanha)

EXIBIÇÕES ESPECIAIS

A Transformação de Canuto, de Ariel Ortega e Ernesto de Carvalho (Brasil)
Do Tempo que Eu Comia Pipoca, de Heloísa Passos e Catherine Agniez (2001) (Brasil)
Lista de Desejos para Superagüi, de Pedro Giongo (Brasil)
Mário, de Billy Woodberry (Portugal/França)
Mário de Andrade, O Turista Aprendiz, de Murilo Salles (Brasil)
O Patinador, a Vida, a Luta (The Roller, The Life, The Fight), de Elettra Bisogno e Hazem Alqaddi (Bélgica)
Osório, de Heloísa Passos e Tina Hardy (2008) (Brasil)
Viva Volta, de Heloísa Passos (2005) (Brasil)

MIRADA PARANAENSE | LONGA

A Cápsula, de Ribamar Nascimento

MIRADA PARANAENSE | CURTAS

Adam, de Ana Catarina
Baobab, de Bea Gerolin
Esse Navio Vai Afundar, de Luc da Silveira
Jacu Herói, de Pedro Carregã
Nada Ficou no Lugar, de Stefano Lopes
Prontuário Nº415361, de Vino Carvalho
Quarto Vazio, de Julia Vidal
Terra Incógnita, de Waleska Antunes

OLHAR RETROSPECTIVO

A Assassina (Cike Nie Yin Niang), de Hou Hsiao-Hsien (2015) (Taiwan)
Adeus, Ao Sul (Nan Guo Zai Jian, Nan Guo), de Hou Hsiao-Hsien (1996) (Taiwan)
Café Lumière (Kôhî Jikô), de Hou Hsiao-Hsien (2003) (Japão)
Cidade das Tristezas (Bei Qing Cheng Shi), de Hou Hsiao-Hsien (1989) (Taiwan)
Millennium Mambo (Qian Xi Man Bo), de Hou Hsiao-Hsien (2001) (Taiwan)
O Mestre das Marionetes (Xi Meng Ren Sheng), de Hou Hsiao-Hsien (1993) (Taiwan)
Poeira ao Vento (Liàn Liàn Fengchén), de Hou Hsiao-Hsien (1986) (Taiwan)
Tempo de Viver e Tempo de Morrer (Tóngnián Wangshì), de Hou Hsiao-Hsien (1985) (Taiwan)

OLHARES CLÁSSICOS

A Guerra do Pente, de Nivaldo Lopes (1986) (Brasil)
As Mulheres Palestinas (Les Femmes Palestiniennes), de Jocelyne Saab (1974) (Líbano)
Era Uma Vez Beirute (Kanya Ya Ma Kan, Beyrouth), de Jocelyne Saab (1994) (Líbano)
O Comboio do Medo (Sorcerer), de William Friedkin (1977) (EUA)
Sem Chão (Losing Ground), de Kathleen Collins (1982) (EUA)
Sherlock Jr., de Buster Keaton (1924) (EUA)
Um é Pouco, Dois é Bom, de Odilon Lopez (1970) (Brasil)

FOCO

Lagoa do Nado: A Festa de um Parque, de Arthur B. Senra (Brasil)
Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel (Brasil)
O Canto das Margaridas, de Mulheres no Audiovisual PE (Brasil)
Ouvidor, de Matias Borgström (Brasil)

PEQUENOS OLHARES | LONGA

O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho (Brasil)

PEQUENOS OLHARES | CURTAS

Almadia, de Mariana Medina (Brasil)
Ana e As Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (Brasil)
Ária, de Arthur P. Motta (Brasil)
Camille, de Denise Roldán (México)
Casa na Árvore, de Guilherme Lepca (Brasil)
Lagrimar, de Paula Vanina (Brasil)
Os Defensores de Típota, de Caio Guerra (Brasil)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (Brasil)

Foto: Divulgação.

Cine PE 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa pernambucano No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni

A organização do Cine PE – Festival do Audiovisual anunciou, nesta quinta-feira, 02/05 a lista completa dos filmes que farão parte da programação de sua 28ª edição, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho; serão exibidos 38 títulos.

Com o tema Ver, Ouvir, Sentir, o festival, que acontece no Recife, faz uma homenagem à conexão profunda e multifacetada entre a música e o cinema. Na noite de 6 de junho, abertura do evento, o palco do Teatro do Parque receberá um concerto sinfônico da Orquestra Bravo, trazendo releituras de músicas famosas da sétima arte sob a batuta do maestro Dierson Torres.

Neste ano, o Cine PE, que é uma das maiores vitrines do audiovisual brasileiro, recebeu um número recorde de inscrições: foram 982 produções submetidas, superando a edição de 2023, que recebeu 752 propostas, entre curtas e longas-metragens. Dos quase mil inscritos, 5 foram selecionados para a Mostra Competitiva de longas-metragens, 8 filmes integram a Mostra Competitiva de curtas-metragens pernambucanos e 15 produções compõem a Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais.

Fora da competição, a Mostra Hors-Concours exibe, na noite de abertura do Cine PE 2024, o filme Grande Sertão, de Guel Arraes. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o longa transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, interpretado por Caio Blat, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, papel de Luisa Arraes, uma das integrantes do grupo.

Também fora da competição, a Mostra Inquietações, programação paralela dentro do festival, ocupa o Cinema do Porto/Cinema da Fundação, no Bairro do Recife, nos dias 8 e 9 de junho. Ao longo dos dois dias serão exibidos 9 curtas-metragens; as sessões são gratuitas e começam às 14h.

Realizado por Sandra e Alfredo Bertini, o 28º Cine PE traz na curadoria dos filmes três profissionais ligados ao audiovisual: a crítica de cinema, jornalista, criadora e editora-chefe do site Nervos, Nayara Reynaud; o crítico e programador do circuito Cine Materna, Edu Fernandes; e, em sua primeira participação como curadora do Cine PE, a professora, consultora de roteiro e crítica de cinema Carissa Vieira, colunista do site Cinem(ação). De acordo com os curadores, dos 28 títulos selecionados para as mostras competitivas, 15 são inéditos no Brasil.

O Júri Oficial de cada categoria da competição será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga. Além das categorias premiadas pelo Júri Oficial, cabe ao público selecionar os vencedores do Júri Popular. Ao final de cada noite de exibição, os espectadores poderão entrar no site oficial do festival para votar em seus favoritos. A plataforma servirá como um agregador de informações sobre o evento e contará com a ficha técnica de todos os filmes.

O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A Calunga é a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade, expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores com a Calunga de Prata.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no qual um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição. O vencedor recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio de R$ 15 mil, além de ser exibido na grade de programação.

Seguindo a tradição desses 28 anos de jornada, o Cine PE rende homenagem a grandes nomes do audiovisual, que serão divulgados em breve. No âmbito educacional, como de costume, o festival reunirá alunos de escolas públicas municipais e estaduais para duas sessões especiais dentro da programação do evento. A Mostra Infantil, fora da competição, acontecerá entre os dias 13 e 14 de maio, no cinema do Teatro do Parque.

O educador e economista Cristovam Buarque traz para o Recife seu livro Conversa com Edmar Bacha. Em 2022, Buarque e Bacha participaram do seminário Cenários Econômicos, Políticos e Sociais para 2023: O que Será do Brasil?, que integrou a programação do 26º Cine PE; um dos resultados desse encontro foi a decisão de escrever este livro. Nesta edição, os dois economistas se reencontram para debater sobre a obra e os desafios e oportunidades para o desenvolvimento do país.

Por mais um ano, a entrada em todas as sessões será gratuita. Em comum acordo com a Prefeitura do Recife, gestora do Cinema do Teatro do Parque, a realizadora Sandra Bertini optou mais uma vez pela gratuidade, para “demarcar o cinema como um espaço de todos e para todos”. Durante o festival, a bilheteria do cinema estará aberta diariamente, a partir das 17h, para retirada dos ingressos. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala.

Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2024:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Cordel do Amor Sem Fim, de Daniel Alvim (SP)
Geografia Afetiva, de Mari Moraga (SP)
Invisível, de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen (RJ)
Memórias de um Esclerosado, de Thaís Fernandes e Rafael Corrêa (RS)
No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni (PE)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Chuva Não Me Viu Passar, de Leonardo Gatti (SC)
Cacica: A Força da Mulher Xavante, de Jade Rainho e Carolina Rewaptu (MT)
Dentro de Mim, de Dayane Teles (AL)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Flores de Macambira, de Crianças Adolescentes da Comunidade de Macambira (ES)
Guaracy, de Eliete Della Violla e Daniel Bruson (SP)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda, Luan Hilton, Chia Beloto, Marila Cantuária, Juliette Perrey, Marcelo Vaz, Yuri Shmakov, Raul Souza, Gio Guimarães, Gabriel de Moura e Rubens Caetano (PE)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
Resistência, de Juraci Júnior (RO)
Sempre o Mesmo, de João Folharini (SP)
Sertão América, de Marcela Ilha Bordin (ES/RS/PI)
Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes e Klaus Hastenreiter (BA)
Vermelho-oliva, de Nina Tedesco (RJ)
Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Chão, de Philippe Wollney
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Mastins Rêgo
Descarrego, de Joana Claude
Emocionado, de Pedro Melo
Mãe, de Natália Tavares
Moagem, de Odília Nunes
Náufrago, de Vitória Vasconcellos
Nova Aurora, de Victor Jiménez

MOSTRA PARALELA | INQUIETAÇÕES

Adam, de Ana Catarina (PR)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovana Castellari (SP)
Destino Brasília, de Kalyne Almeida, Leandro Cunha e Sandro Alves de França (PB)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Estação Janga-Lua (O Segundo Mundo do Rádio), de Rui Mendonça (PE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)
Utopia Muda, de Júlio Matos (SP)

MOSTRA INFANTIL DE CINEMA
A Fada do Dente, de Caroline Origer
Coração de Fogo, de Laurent Zeitoun e Theodore Ty

MOSTRA HORS-CONCOURS
Grande Sertão, de Guel Arraes (SP)

Foto: Divulgação.

O Auto da Compadecida 2, com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, ganha primeiro teaser

por: Cinevitor
Um dos filmes brasileiros mais esperados do ano

Protagonizado por Matheus Nachtergaele e Selton Mello, com direção de Guel Arraes e Flavia Lacerda, o aguardado filme O Auto da Compadecida 2 acaba de ganhar seu primeiro teaser.

Na continuação de um dos maiores clássicos do cinema brasileiro, João Grilo (Matheus) e Chicó (Selton) se reencontram 20 anos depois do primeiro longa, na mítica cidade de Taperoá. Juntos, os personagens embarcam em novas aventuras, enquanto a trama é conduzida pela amizade entre os dois. Virginia Cavendish retorna como Rosinha e Enrique Diaz como Joaquim Brejeiro, e alguns dos novos personagens que movimentam a história são interpretados por Taís Araujo, Humberto Martins, Luis Miranda, Eduardo Sterblitch e Fabiula Nascimento.

O longa estreia nos cinemas brasileiros no dia 25 de dezembro. O roteiro original é de Guel Arraes e João Falcão, com colaboração de Adriana Falcão e de Jorge Furtado. Com aprovação da família de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida 2 tem produção da Conspiração, Guel Produções e H2O Films, que também assina a distribuição. A coprodução é da Claro, com patrocínios master do Instituto Cultural Vale e da Brahma, e patrocínios da Santa Helena, do Itaú Cultural e do TikTok.

O lançamento do teaser com as primeiras imagens do filme O Auto da Compadecida 2 é o pontapé inicial da gigantesca campanha planejada pela distribuidora H2O Films, que terá ações durante todos os meses até dezembro. O público poderá acompanhar João Grilo e Chicó em diferentes plataformas, inclusive em campanhas publicitárias dos seus patrocinadores, além de outras ativações ao longo do ano.

Para entrar no clima do novo filme, assista também (clique aqui) ao nosso programa especial gravado em Cabaceiras, na Paraíba, cidade que serviu de locação para O Auto da Compadecida, em 2000.

Confira o teaser de O Auto da Compadecida 2:

Foto: Laura Campanella.