Protagonizado por Johnny Massaro, Luisa Arraes e Ravel Andrade, Transe, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 02/05, conta uma vertiginosa história de amor em uma mistura de ficção e documentário que registra a polarização política às vésperas das eleições presidenciais de 2018.
Dirigido por Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, o filme, exibido no Festival do Rio, na Mostra de São Paulo e no Mix Brasil, tem cenas rodadas entre as manifestações do #EleNão e o resultado das eleições de 2018. Transe usa o contexto nacional como engrenagem para os encontros e desencontros da personagem de Luisa, que se depara com a possibilidade de um candidato de extrema direita chegar ao poder. Em meio às reivindicações pelos direitos das mulheres e à liberdade do amor, a jovem percebe que vive numa bolha e que a realidade é mais complexa e, por vezes, mais assustadora.
O longa é definido pelas diretoras como um coming of age da política, ao retratar o cenário social brasileiro de seis anos atrás, do ponto de vista de uma nova geração de jovens brasileiros. Na trama, Luisa é uma jovem atriz que vive com seu namorado músico, Ravel. Ela conhece Johnny, um espírito livre, e os três vivem um relacionamento baseado no amor livre, quando um perigo iminente ameaça colocar o futuro de todos em risco.
Com roteiro de Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor, o longa conta também com participações especiais de Ana Flavia Cavalcanti, Bella Camero, Célio Junior, Cláudio Prado, Dudu Rios, Maria Clara Drummond, Matheus Macena, Matheus Torreão, Pastor Henrique Vieira e Priscila Lima. A fotografia é de Daniel Venosa, produção da Cosmocine e Conspiração; com distribuição da ArtHouse e Filmes do Estação.
Para falar mais sobre Transe, conversamos com os protagonistas Johnny Massaro, Luisa Arraes e Ravel Andrade; e também com as diretoras Anne Pinheiro Guimarães e Carolina Jabor. No bate-papo, falaram sobre a ideia do projeto, bastidores, filmagens nas manifestações, o atual momento do cinema brasileiro, entre outros assuntos.
Lily Gladstone no tapete vermelho da edição passada
Presidido pela cineasta, roteirista e atriz americana Greta Gerwig, do sucesso mundial Barbie, o júri da 77ª edição do Festival de Cannes agora está completo. Foram anunciados nesta segunda-feira, 29/04, os nomes das personalidades da sétima arte que terão a missão de avaliar e premiar os longas-metragens em competição.
O time que escolherá o grande vencedor da Palma de Ouro, entre 22 filmes selecionados, conta com: Ebru Ceylan, atriz, diretora, roteirista e fotógrafa turca, que passou pelo festival em 1998 com o curta-metragem Kiyida, além de assinar os roteiros de Ervas Secas e A Árvore dos Frutos Selvagens; Lily Gladstone, de Assassinos da Lua das Flores, a primeira atriz de origem indígena a ser indicada ao Oscar; Eva Green, atriz francesa que se destacou em diversos filmes, entre eles, Os Sonhadores.
E mais: Nadine Labaki, atriz e cineasta libanesa, que venceu o Prêmio do Júri em Cannes com Cafarnaum; o cineasta espanhol Juan Antonio Bayona, dos sucessos A Sociedade da Neve e O Impossível; o ator italiano Pierfrancesco Favino, que já passou por Cannes com O Traidor e Nostalgia; o consagrado cineasta japonês Hirokazu Koreeda, vencedor da Palma de Ouro com Assunto de Família e premiado também por Pais e Filhos, Broker: Uma Nova Chance e Monster; e o ator e produtor francês Omar Sy, do sucesso Os Intocáveis e da série Lupin.
Além disso, anteriormente o Festival de Cannes também anunciou os integrantes do júri da mostra Un Certain Regard, que será presidido pelo ator e cineasta canadense Xavier Dolan e contará com: Maïmouna Doucouré, cineasta e roteirista francesa; Asmae El Moudir, diretora marroquina; Vicky Krieps, atriz luxemburguesa; e Todd McCarthy, crítico de cinema e cineasta americano.
Em uma premiação paralela, a Queer Palm escolhe o melhor filme LGBTQ+ do Festival de Cannes. Neste ano, o júri será presidido pelo cineasta belga Lukas Dhont e contará com: Juliana Rojas, cineasta brasileira; Sophie Letourneur, diretora francesa; Paloma Hugo Bardin, drag performer francesa; e o jornalista Jad Salfiti.
Vale lembrar que entre os longas-metragens selecionados em competição, o cinema brasileiro está na disputa pela Palma de Ouro com Motel Destino, do cineasta cearense Karim Aïnouz. O Festival de Cannes 2024 acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio.
Cena do curta-metragem potiguar Yby Katu: selecionado
Depois de divulgar os títulos em competição, a 47ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, o mais longevo festival de cinema do Norte e Nordeste e um dos mais relevantes do Brasil, anunciou os 116 filmes que compõem as tradicionais mostras paralelas do evento, realizadas desde a primeira edição do festival, em 1977.
Sempre com o objetivo de apresentar um panorama da produção audiovisual brasileira e estimular discussões sobre temas importantes para a sociedade, o festival traz pela primeira vez no catálogo as mostras Para Não Esquecer, composta por filmes que fazem referência aos 60 anos do golpe militar de 1964; e Medo de Quê?, formada por obras dos gêneros drama, suspense e terror.
A programação segue com as mostras: Guarnicezinho, voltada ao público infantil com sessões destinadas às escolas de São Luís; Mostra Jovem, destinada ao público juvenil e composta por filmes que retratam a realidade e o universo desse coletivo com sessões destinadas a alunos da rede estadual de ensino; Cinema Não Tem Idade, na qual todos os públicos são contemplados; Cenário BR, que traz um panorama diverso, em forma e conteúdo, da produção audiovisual brasileira; Cenário MA, que apresenta um panorama da produção audiovisual maranhense que abrange diversos gêneros, formatos e narrativas; (Re)existência, com filmes documentais sobre resistir para continuar existindo e histórias da persistência de indígenas, de mulheres, de agentes do Estado, de ONGs e de comunidades inteiras desalojadas e desapropriadas. São filmes que retratam os desafios que o Brasil, de ontem e hoje, nos impõe. Falam de uma existência que incomoda e que é, por si só, uma manifestação de resistência.
E mais: a mostra Afroperspectivas, que reúne diferentes narrativas que convergem para um ponto em comum: a afirmação positiva da negritude. São filmes que trazem pontos de vista, estratégias, sistemas e modos de pensar e viver, afrocentrados. Histórias que falam de ancestralidade, do reconhecimento integral da cidadania da pessoa negra, da afirmação identitária e da luta antirracista. A programação segue com as mostras: Elas por Elas, que reúne filmes com diferentes narrativas sobre mulheres, todas contadas sob a perspectiva plural do olhar feminino; Faz Escuro Mas Eu Canto, com título inspirado no poema do amazonense Thiago de Mello, traz filmes que buscam um grito de liberdade, por meio da música, revelando lutas particulares e coletivas.
Além disso, a programação conta também com as seguintes mostras: Feito de Coisas Lembradas e Esquecidas, com título parafraseando o poeta maranhense Ferreira Gullar, reúne filmes que apresentam pessoas, festas e costumes em um mergulho em diferentes tradições populares; e a mostra Em Colapso o Planeta Gira, com título que faz referência ao rapper paulistano Emicida, composta por filmes que discutem a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade da vida na terra, de si e do povo.
O comitê de longas foi composto por Marcus Túlio (MA), Erika Cândido (RJ) e Flávia Abtibol (AM). Já o time de avaliadores dos curtas foi formado por Arthur Gadelha (CE), Taciano Brito (MA) e Flávia Cândida (RJ). As duas equipes foram coordenadas por Stella Lindoso (MA), responsável pela definição do cronograma de trabalho da curadoria e pela seleção dos videoclipes maranhenses, além da contribuição com a análise dos filmes.
Todas as mostras paralelas ficam disponíveis na plataforma de streaming do Guarnicê durante todo o festival. Algumas mostras, como a Guarnicezinho e Mostra Jovem, contam com exibições presenciais. Nos próximos dias, o festival divulgará os filmes selecionados para a Mostra Universitária, as ações formativas, a programação da mostra acessível Faz Todo Sentido, os homenageados desta edição, além de outras novidades.
O Festival Guarnicê de Cinema 2024 será realizado entre os dias 7 e 14 de junho em formato híbrido, com mostras presenciais em São Luís e programação on-line acessível em todo o Brasil.
Conheça os filmes selecionados para as mostras paralelas do 47º Festival Guarnicê de Cinema:
GUARNICEZINHO
Apenas uma Sacola de Plástico, de Luan Oliveira (CE) As Aventuras de Tracajaré: O Filme, de Joaquim Haickel e Sergio Martinelli (MA) Bênhëkié, de Jaiane Luna Kariú e Layo Amõkanewy Kariú (MA) Causos de Domingos: O Corpo-Seco, de João Pedro Theodoro (MG) De Dentro do Quarto, de Paula M. Urbinati (SP) Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB) Ester: O Sonho de uma Ginasta, de Waldemar Castro (MA) Kwat Jai, de Clarice Cardell (DF) Lucinéia, de Luah Garcia (RJ) Menino Monstro, de Guilherme Alvernaz (SP) Os Maluvidos, de Gislandia Barros e Josenildo Nascimento (CE) Placa-Mãe, de Igor Bastos (MG)
MOSTRA JOVEM
Ana e as Montanhas, de Julia Araújo e Carla Villa-Lobos (GO) As Melhores, de Renata Mizrahi (RJ) Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (SP) Caboclo Manauara, de George Augusto (AM) Dakobo, de Felipe dos Santos (PE) Eu Queria Ter um Vans, de Caio de Paula Albuquerque (PA) Fora da Caixa, de Giovana Padovani (MG) O Último é Mulher do Padre, de Yasser Socarrás (SC) Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS) Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG) Vovô Joel, de Douglas Gomes (RJ)
CENÁRIO BR
A Trilha Sonora de um Bairro, de Betinho Celanex e Danilo Custódio (PR) Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Eu Não Vim aqui para Correr Trecho, de Felippy Damian (MT) Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ) Noke Koi, de Arthur Ribeiro (AC) O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO) O Último Livro, de Isadora Clemente (PE) Onde as Ondas Quebram, de Inara Chayamiti (SP) Tiranossaurus, de Fausto Prieto e Ingrid Gaigher (SP) Yãmî Yah-Pá, de Vladimir Seixas (RJ) Yby Katu, de Jessé Carlos, Ladivan Soares, Kaylany Cordeiro, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)
CENÁRIO MA
Carroceiro, de Euclides Moreira Neto (MA) Cazumbando, de Ingrid Barros (MA) Chuva: Este Filme Não é Meu, de Antônio Fabrício (MA/GO) Digital Originário, de Jesús Pérez (MA) Divinéia: Tempo e Espaço, de Maycon Douglas (MA) Dona Taquariana: Uma Cabocla Brasileira, de Abimaelson Santos (MA) Fora do Ar, de Igor Nascimento (MA) Itaperai, de Iagor Peres e Gê Viana (MA) Kub, de Marcelo Cunha (MA) Os Warao de Upaon-Açu, de Priscila Tapajowara (MA/SP)
CINEMA NÃO TEM IDADE
A Próxima Estação de Tabajara Ruas, de Boca Migotto (RS) As Marias, de Dannon Lacerda (MS) Café Quente: Dona Ângela, de Heron Condor e Sophia Cabral (RN) Dalva da Rua Sete, de Gab Lourenzato e Nanda Ferreira (SP) daVIDAntônia, de Tassio Soares (TO) Desiré, de Catarina Calungueira (RN) Dona Irene, de Gustavo Campos (SP) Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (SC) Seu Cavalcanti, de Leonardo Lacca (PE)
(RE)EXISTÊNCIA
A Estética da Luta, de Guillermo Planel (RJ) A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (AM) Kunhã Karai e as Narrativas da Terra, de Paola Mallmann (RS/SC/PR/SP/DF/AC) Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE) Notas de Yakecan, de André Moura Lopes (CE) Os 7 Campos, de Flávio Alves (CE) Retomada, de Ricardo Martensen (SP) Sede de Rio, de Marcelo Abreu Góis (BA) Sociedade de Ferro: A Estrutura das Coisas, de Eduardo Rajabally (SP)
AFROPERSPECTIVAS
A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza (CE) À Noite Todos os Gatos São Pardos, de Matheus Moura (MG) Afrofuturismo, de Antonio Filho e Jefferson Soares (PI) Baobab, de Bea Gerolin (PR) Black Rio! Black Power!, de Emilio Domingos (RJ) Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ) Dessa Arte eu Sei um Pouco, de Cled Pereira (DF) Hábito, de Fernando Santos (AL) Matria Amada Kalunga, de Lak Shamra e Thassio Freire (GO) Rio, Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa (RJ)
ELAS POR ELAS
Casulo, de Aline Flores (SP) Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ) Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES) Uma Mulher Comum, de Debora Diniz (DF)
EM COLAPSO O PLANETA GIRA
Amar a Ilha, de Isabela Alves (SP) Aves Coloridas, de Angelo Pignaton (DF) Cores Queimam, de Felippy Damian (MT) Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE) De Onde Nasce o Sol, de Gabriele Stein (ES) Eco das Pedra, de Pedro Célio Oliveira Nunes (CE) Hélio Melo, de Leticia Rheingantz (SP) Menina Semente, de Tulio Beat (PE) Nosso Território, de Josenildo Nascimento (CE) Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)
FAZ ESCURO MAS EU CANTO
Canção ao Longe, de Clarissa Campolina (MG) Macaléia, de Rejane Zilles (RJ) Meu Amigo Lorenzo, de André Luiz de Oliveira (DF) Miguel Damus, de Beto Matuck e Celso Borges (MA) Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria (RJ) Terruá-Pará, de Jorane Castro (PA) Todo Mundo Morre Tentando, de Gustavo Von Ha (SP)
FEITO DE COISAS LEMBRADAS E ESQUECIDAS
A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (GO) Alumbrado, de Catarina Calungueira (RN) Dulce, de Lucélia Benvinda (MG) Micelial: Raízes em Conexão, de Sylvia Sanchez (SP) O Canto, de Izabella Vitório e Isa Magalhães (AL) Ògún, o Ferreiro do Mundo, de Marcia Salgueiro (RJ) Pisa na Tradição, de Coraci Ruiz (SP) Poetas do Tambor, de Ricardo Pereira e Roberto Pereira (PI) Rei da Ciranda Pesada, de Cíntia Lima (PE) Um Lugar Chamado Zumbi, de Carolina de Cássia (RN)
MEDO DE QUÊ?
A Sombra da Terra, de Marcelo Domingues (SP) Atena, de Caco Souza (RS) Caído, de Alexandre Estevanato (SP) Cáustico, de Wesley Gondim (DF) Eles Não São Estrangeiros, de Pedro Bughay Aceti (SC) O Poético Fim das Mulheres que Amei, de Renan Amaral (RJ) Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)
PARA NÃO ESQUECER
A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (SP) Depois Deste Desterro, de Renan Amaral (ES) Entrelinhas, de Guto Pasko (PR) Zé, de Rafael Conde (MG)
Priscilla, a Rainha do Deserto celebra 30 anos de seu lançamento
Pela primeira vez, o Brasil receberá o Australian Film Festival, Festival de Cinema Australiano, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de abril, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Com entrada gratuita, o FCA 2024 terá exibição de obras australianas com a intenção de promover o intercâmbio cultural e profissional entre as duas nações.
O FCA 2024 representa uma celebração única da rica cinematografia da Austrália com o principal objetivo de proporcionar ao público brasileiro uma visão mais aprofundada da cultura australiana. O evento foi inspirado pelo sucesso da Brazil Week e é organizado com o apoio da Embaixada Australiana, a participação ativa da Cônsul Honorária do Brasil em Queensland e CEO da ABCC (Australia Brazil Chamber of Commerce), Val Noleto, criadora da Brazil Week, que empresta sua expertise para a produção do evento no Brasil.
Com a exibição de cinco longas-metragens, o evento visa não apenas enriquecer a experiência cultural do público, mas também criar oportunidades para parcerias e colaborações que possam perdurar além das fronteiras do cinema. A curadoria, assim como toda a produção do evento, conta com profissionais do Brasil e da Austrália.
“A criação do evento é um passo significativo para criar uma plataforma de intercâmbio cultural fortalecendo laços e promovendo a compreensão mútua. A nossa ideia é que através do networking no dia do coquetel nós possamos estimular futuras parcerias e acordos entre intuições e profissionais dos dois países”, explica Vitor L. Meyer, produtor executivo do festival.
Em contagem regressiva para o marco de 80 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Austrália, comemorado em 2025, o Festival de Cinema Australiano desperta o público e profissionais brasileiros para a cultura australiana através da sétima arte. Além da exibição de obras cinematográficas, o festival destaca aspectos culturais australianos, incluindo os povos originários, costumes e eventos simbólicos. Todas as atividades têm entrada gratuita.
A abertura acontecerá na sexta-feira, 26/04, com a presença da Embaixadora da Austrália, Sophie Davies, e como mestre de cerimônias o ator Nelson Freitas, que tem residência na Austrália e realiza diversas ações entre os dois países. O filme que abrirá o evento será O País de Charlie, de Rolf de Heer. O longa foi exibido na mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, em 2014, e rendeu o prêmio de melhor ator para David Gulpilil, que também foi premiado no Australian Film Critics Association Awards.
Anticristo: O Exorcismo de Lara: filme inédito no Brasil
No sábado, a programação começa com Vem Dançar Comigo, dirigido pelo consagrado cineasta Baz Luhrmann. No musical, um dançarino independente arrisca sua carreira diante dos tradicionais métodos e instituições que regulam a dança em seu país. Contrariando a todos, ele aposta em uma nova parceira e novas metodologias e passos de dança. Com Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter, Pat Thomson, Gia Carides, Peter Whitford, Barry Otto e John Hannan no elenco, o filme foi o grande vencedor do Festival de Toronto, em 1992; foi também premiado no Festival de Cannes e indicado ao Globo de Ouro. Além disso, venceu em três categorias no BAFTA: melhor figurino, trilha sonora e design de produção.
Priscilla, a Rainha do Deserto, vencedor de um Oscar de melhor figurino para Lizzy Gardiner e Tim Chappel, e ícone da comunidade LGBTQIAPN+, celebra 30 anos em 2024 em grande estilo: o filme vai ganhar uma sequência nos cinemas. O anúncio foi feito pelo próprio diretor, Stephan Elliott, na última semana em uma entrevista internacional. A expectativa da nova produção, assim como o marco da obra para a comunidade LGBTQIAP+ e o cinema estarão entre os temas da sessão especial que será realizada neste sábado, 27 de abril, durante o Festival de Cinema Australiano.
A exibição do longa-metragem será às 18h30 e seguirá com um bate-papo conduzido por Betina Polaroid, finalista do reality show brasileiro Drag Race Brasil, programa inspirado na série original americana, RuPaul’s Drag Race. O filme, também premiado no BAFTA e indicado ao Globo de Ouro, é uma comédia dramática sobre três drag queens que saem de Sydney e viajam por diversas cidades da Austrália para fazer um show em um resort. No caminho, o ônibus batizado de Priscilla quebra, gerando conflitos, reflexões e a vontade de não deixar o show parar: em meio ao deserto e outros lugares improváveis, as apresentações continuam. O elenco conta com Hugo Weaving, Guy Pearce e Terence Stamp como protagonistas.
No domingo, último dia de festival, a programação começa com o suspense Terras Perigosas, de Stephen Johnson. Protagonizado por Simon Bake, o longa é ambientado em 1930 na Austrália e traz fatos poucos conhecidos da história do país: conta a saga de um jovem aborígene Gutjuk, que, na tentativa de salvar o último membro de sua família, se une ao ex-soldado Travis para rastrear Baywara, o guerreiro mais perigoso do território, que também é seu tio.
Na sequência, o festival exibe, às 18h, o true criminal Anticristo: O Exorcismo de Lara (Godless: The Eastfield Exorcism), que terá participação do produtor executivo filme, o australiano Giuseppe Cassin. Inédito no Brasil, o terror é baseado em fatos reais e conta uma história famosa na Austrália. Lara é uma mulher atormentada, dividida entre a ciência e a fé. Seu marido a pressiona a procurar tratamento em uma congregação de fanáticos e um exorcista implacável tenta salvar sua alma fazendo uma mulher inocente passar pelo inferno.
Vale lembrar que o Festival de Cinema Australiano tem entrada gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes de cada sessão na Cinemateca. O evento também realiza uma campanha social, convidando o público para trazer uma peça de roupa para doação. A preferência é que seja um agasalho, mas pode ser qualquer peça. Importante lembrar que a contribuição é voluntária e não obrigatória, mas muito bem-vinda.
A 28ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho, no Recife, acaba de anunciar seu filme de abertura: Grande Sertão, longa mais recente do diretor Guel Arraes, de O Auto da Compadecida. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o título chega ao público pernambucano dentro da mostra Hors Concours.
Estrelado por Caio Blat (Riobaldo) e Luisa Arraes (Diadorim), o filme transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, um dos bandidos. O elenco conta também com: Rodrigo Lombardi (Joca Ramiro), Luis Miranda (Zé Bebelo), Eduardo Sterblitch (Hermógenes), Mariana Nunes (Otacília) e Luellem de Castro (Nhorinhá).
Grande Sertão, produzido por Manoel Rangel, Egisto Betti e Heitor Dhalia, já foi exibido na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, em novembro de 2023, e recebeu o prêmio de melhor direção na categoria Critic’s Picks. Uma das grandes apostas do cinema brasileiro deste ano, o filme é produzido pela Paranoïd Filmes em coprodução com a Globo Filmes e distribuição da Paris Filmes.
Para o diretor do festival, Alfredo Bertini, é uma honra contar com a estreia da produção na noite de abertura do Cine PE 2024: “Esse filme não apenas enriquece nosso festival com sua qualidade cinematográfica, mas também representa uma homenagem à rica cultura e à literatura brasileira. Estamos emocionados por compartilhar essa obra com nosso público e celebrar o talento e a criatividade de Guel e sua equipe”, comentou. Grande Sertão chega aos cinemas brasileiros no dia da abertura do festival.
O Cine PE deste ano acontecerá no Cine Teatro do Parque, no Recife, com sessões noturnas gratuitas. A programação completa e outros detalhes serão divulgados em breve.
José Wilker em Bye Bye Brasil: cópia restaurada em Cannes
Desde o início dos anos 2000, o Festival de Cannes criou a mostra Cannes Classics, uma seleção que permite exibir o trabalho de valorização do cinema patrimonial realizado por produtoras, proprietários de direitos, cinematecas e arquivos nacionais de todo o mundo. Atualmente, faz parte da Seleção Oficial do evento e apresenta obras-primas e raridades do cinema em cópias restauradas, além de homenagens e títulos inéditos.
Nesta edição de 2024, que completa 20 anos da mostra, o cinema brasileiro marca presença com Bye Bye Brasil, dirigido por Cacá Diegues e produzido pelo casal Luiz Carlos Barreto e Lucy Barreto. A cópia que será exibida foi restaurada pela L.C Barreto Produções Cinematográficas, que completa 60 anos de atividade, em parceria com a Quanta, Alexandre Rocha, Marcelo Pedrazzi e Rede D’Or. A projeção contará com a presença de Lucy e Luiz Carlos Barreto, e da filha do casal, a produtora Paula Barreto.
Em Bye Bye Brasil, que disputou a Palma de Ouro em 1980, Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas mambembes que cruzam o país juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A obra conta com interpretações memoráveis de José Wilker como Lorde Cigano; Betty Faria como Salomé; Joffre Soares, como Zé da Luz; Príncipe Nabor como Andorinha; e do jovem ator Fábio Jr. A música que dá título ao filme e compõe a trilha é de Chico Buarque e Roberto Menescal.
Outro destaque da seleção da Cannes Classics é a cópia restaurada de Gilda, dirigido por Charles Vidor, com a icônica atriz Rita Hayworth como protagonista; a exibição faz parte da comemoração dos 100 anos da Columbia Pictures. A programação celebra também os 40 anos de Paris, Texas, de Wim Wenders, vencedor da Palma de Ouro em 1984, que marcará presença no evento.
A lista traz também: um dos dez episódios da série Le Siècle de Costa-Gavras; Scénarios, de Jean-Luc Godard, que ganhou esse título um dia antes da morte do cineasta; a celebração dos 70 anos de Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa; a restauração de Law and Order, de Frederick Wiseman, que marcará presença no festival; os 60 anos de Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy, vencedor da Palma de Ouro em 1964; documentários inéditos sobre Faye Dunaway, Elizabeth Taylor, François Truffaut e Michel Legrand; filmes restaurados de Steven Spielberg, Marco Bellocchio e Robert Bresson; entre outros.
Além da Cannes Classics, o festival também divulgou os primeiros títulos da mostra Cinéma de la Plage, que foi criada em 2001 com a proposta de exibir ao ar livre, na praia de Macé, filmes antológicos e também títulos em estreia mundial fora de competição; e mais duas animações que serão apresentadas ao público jovem.
Outra novidade desta edição: a consagrada atriz e diretora italiana Valeria Golino, que apresentou seus filmes Miele e Euforia na mostra Un Certain Regard, retorna ao festival com a série The Art of Joy, adaptação do romance de Goliarda Sapienza; o primeiro episódio será exibido na programação e contará com um debate depois da exibição. O elenco traz Jasmine Trinca, Tecla Insolia, Valeria Bruni Tedeschi, Alma Noce, Nika Perrone, Giuseppe Spata e Guido Caprino.
Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Cannes 2024:
CANNES CLASSICS
Bye Bye Brasil, de Carlos Diegues (Brasil) (1979) Gilda, de Charles Vidor (EUA) (1946) Jacques Demy, Le Rose et Le Noir, de Florence Platarets (França) (2024) La Vérité est Révolutionnaire: L’Aveu, de Yannick Kergoat (França) Law and Order, de Frederick Wiseman (EUA) (1969) Les années déclic, de Raymond Depardon (França) (1984) Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy (França) (1964) Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa (Japão) (1954) Paris, Texas, de Wim Wenders (Alemanha/França) (1984) Scénarios, de Jean-Luc Godard (França/Japão) (2024)
DOCUMENTÁRIOS
Elizabeth Taylor: The Lost Tapes, de Nanette Burstein (EUA) (2024) Faye, de Laurent Bouzereau (EUA) (2024) François Truffaut, Le Scénario de Ma Vie, de David Teboul (França) (2024) Il ÉTait Une Fois Michel Legrand, de David Hertzog Dessites (França) (2024) Jacques Rozier, d’une vague à l’autre, de Emmanuel Barnault (França) (2024) Jim Henson Idea Man, de Ron Howard (EUA) (2024) Younghwa cheongnyeon dong-ho (Walking In The Movies), de Lyang Kim (Coreia do Sul) (2024)
CÓPIAS RESTAURADAS
A Louca Escapada (The Sugarland Express), de Steven Spielberg (EUA) (1974) Bona, de Lino Brocka (Filipinas) (1980) Camp de Thiaroye, de Ousmane Sembene e Thierno Faty Sow (Senegal/Argélia/Tunísia) (1988) Johnny Vai à Guerra (Johnny Got His Gun), de Dalton Trumbo (EUA) (1971) La rose de la mer, de Jacques de Baroncelli (França) (1947) Manthan, de Shyam Benegal (Índia) (1976) Napoleão, de Abel Gance (França) (1927) (filme de abertura) O Exército das Sombras (L’armée des ombres), de Jean-Pierre Melville (França) (1969) O Monstro na Primeira Página (Sbatti il mostro in prima pagina), de Marco Bellocchio (Itália/França) (1972) Quatro Noites de um Sonhador (Quatre nuits d’un rêveur), de Robert Bresson (França/Itália) (1971) Rosaura a las 10, de Mario Soffici (Argentina) (1958) Shanghai Blues (Shang Hai zhi yen), de Tsui Hark (Hong Kong) (1984) Tasio, de Montxo Armendáriz (Espanha) (1984)
LE CINÉMA DE LA PLAGE
My Way, de Thierry Teston e Lisa Azuelos (França) Silex and the City, de Jul e Guigue (França) Slocum et moi, de Jean-François Laguionie (França/Luxemburgo) Transmitzvah, de Daniel Burman (Argentina)
SÉANCES JEUNE PUBLIC
Angelo dans la forêt mystérieuse, de Vincent Paronnaud e Alexis Ducord (França/Luxemburgo) Sauvages, de Claude Barras (Suíça/França/Bélgica)
Elenco: Josh O’Connor, Carol Duarte, Isabella Rossellini, Vincenzo Nemolato, Alba Rohrwacher, Lou Roy-Lecollinet, Giuliano Mantovani, Gian Piero Capretto, Melchiorre Pala, Ramona Fiorini, Luca Gargiullo, Yile Yara Vianello, Barbara Chiesa, Elisabetta Perotto, Chiara Pazzaglia, Francesca Carrain, Valentino Santagati, Piero Crucitti, Luciano Vergaro, Carlo Tarmati, Milutin Dapcevic, Luca Chikovani, Julia Vella, Agnese Graziani, Alessandro Genovesi, Cristiano Piazzati, Sofia Stangherlin, Marianna Pantani, Maria Alexandra Lungu, Paolo Bizzarri, Claudio Fabbri, Monaldo Gazzella, Sofija Zobina, Silvia Lucarini, Pancrazio Capretto, Elisabetta Anella, Maddalena Baiocco, Leila Nuniz, Giulia Caccavello, Franco Barzi, Fabrizio Pierini, Andrea Pettirossi, Maria Pia Clementi, Anna DeLuca.
Ano: 2023
Sinopse: Todos têm sua própria Quimera, algo que buscam, mas nunca conseguem encontrar. Para uma gangue de ladrões de antigos objetos funerários e maravilhas arqueológicas, a Quimera significa o desejo pelo dinheiro fácil. Para Arthur, a Quimera se parece com a mulher que ele perdeu, Beniamina. Para encontrá-la, ele desafia o invisível e procura por toda parte em busca de um mitológico caminho para a vida após a morte. Numa jornada entre vivos e mortos, entre florestas e cidades, entre celebrações e solidão, desenrolam-se os destinos entrelaçados desses personagens, todos à procura da Quimera.
*Filme visto na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
*Clique aqui e assista à entrevista com a atriz brasileira Carol Duarte no podcast Plano Geral
Elenco: Scott Chambers, Tallulah Evans, Ryan Oliva, Lewis Santer, Eddy MacKenzie, Marcus Massey, Peter DeSouza-Feighoney, Simon Callow, Alec Newman, Thea Evans, Nicola Wright, Teresa Banham, Flynn Gray, Tade Adebajo, Nichaela Farrell, Flynn Matthews, Thanael Weeks, Joshua Osei, Sam Barrett, Ash Tandon, Kelly Rian Sanson, Lila Lasso, Tosin Thompson, Jamie Robertson, Andrew Rolfe, Lucas Allermann, William Temple, Philip Philmar, Mason Stanley Gold, Jay Robertson, Tim Austin, David Olapoju, Charlotte Jackson Coleman, Toby Wynn-Davies, Chrissie Wunna, Connor Powles, Sam McCarthy, Alina Desmond, Evyn George, Alyssa Haymor, Becca Hirani, Harry Vinall, Jenna N. Wilson, Jenny Miller, Louisa Warren, Mickyla Victoria Grech, Natasha Tosini, Preston James, Stephen Staley, Zhana Soltani, Kalixta Kairos Fosang-Olarinmoye, Soma Zimmatore, Holden M N Smith, Phoenix James, Ivy Elizabeth Orlebar, Abby Haley, Amanda Jane York, Clarissa Dvorchak, Danielle Scott, Evie Gao, Ilirian Bushi, Karl Hughes, Nomi Bailey, Sonja Seva, Sonny Bègue, Thomas Marley, Thomas Reddy, Ebony Soares, Josh Archer, Harriet Olivia-Wilson, Lee River, Jasmine CL, Danielle Baron, Graeme Culliton, Kai Rigz.
Ano: 2024
Sinopse: Em uma cidade assombrada por um passado sangrento, Christopher Robin luta para superar os traumas deixados pelos terríveis assassinatos na floresta. Enquanto a cidade o culpa pelas mortes, Ursinho Pooh e seus aliados tramam uma vingança terrível, desencadeando uma nova onda de crimes brutais. Agora, para proteger sua família e salvar a cidade do caos, Christopher deve confrontar seus maiores medos antes que o terror se espalhe e os pesadelos do passado retornem com força total.
Os grandes vencedores deste ano foram os filmes Engole o Choro, de Fabio Rodrigo, e o grego Pigeons Are Dying, When The City Is On Fire, de Stavros Markoulakis, que estão automaticamente qualificados a concorrerem a uma indicação no Oscar 2025 na categoria de melhor curta-metragem de ficção. Nesta edição, a organização comemorou o número recorde de inscrições (4.750 filmes) e o aumento de 40% do público em relação à última edição, totalizando 4 mil espectadores, que encheram as salas do tradicional cinema de Botafogo.
“Foi um crescimento considerável, principalmente de um público novo, que não conhecia o festival nem sua história e trajetória. E isso se deve, principalmente, à entrada do patrocinador Itaú-Unibanco, que possibilitou um aumento na comunicação geral do evento”, disse o diretor geral do Festival Curta Cinema, Ailton Franco.
Neste ano, os jurados da Competição Nacional foram: Anaïs Colpin, coordenadora da distribuidora Manifest; Eva Randolph, cineasta; e Bruno F. Duarte, cineasta e pesquisador de filmes de não-ficção com foco em raça, gênero e sexualidades. Para a Competição Internacional, o júri foi composto por: Ángela López Ruiz, cineasta e curadora; Matheus Peçanha, produtor audiovisual e fundador do Estúdio Giz; e Luciano Pérez Fernández, diretor, fotógrafo e produtor. Já o júri do Prêmio Canal Brasil de Curtas foi formado por Beatriz Filippo, Caio Garritano, Carlos Helí de Almeida, Thayz Guimarães e Orlando Margarido.
Neste ano, a programação se estende para São Paulo, nos dias 26 e 27 de abril, no MIS, Museu da Imagem e do Som, com a exibição dos programas Especial Manifest, Especial Total Refusal, Especial Interfilm e Interzona Midnight.
O Festival Curta Cinema tem direção geral do produtor Ailton Franco Jr. A curadoria desta 33ª edição ficou a cargo de Gustavo Duarte, Karen Black, Marina Pessanha, Lucas Murari, Cristiana Giustino, Duda Leite e Carolina Alves, com a colaboração de Matheus Fortuna e sob coordenação de Paulo Roberto Jr.
Conheça os vencedores do Festival Curta Cinema 2024:
COMPETIÇÃO NACIONAL Grande Prêmio: Engole o Choro, de Fabio Rodrigo (SP) Prêmio Especial do Júri: Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE) Melhor Direção: Thais Fujinaga, por Quinze Quase Dezesseis Menção Honrosa: Ramal, de Higor Gomes (MG) e Mborairapé, de Roney Freitas (SP) Prêmio do Público: Toró, de Clara Ferrer e Marcella C. De Finis (RJ)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL Grande Prêmio: Pigeons Are Dying, When The City Is On Fire, de Stavros Markoulakis (Grécia) Prêmio Especial do Júri: El Tercer Mundo Después Del Sol, de Tiagx Vélez e Analú Laferal (Colômbia) Melhor Direção: Alicia Mendy, por Beutset e Sam Manacsa, por Cross My Heart and Hope To Die Menção Honrosa: Incident, de Bill Morrison (EUA), Marica, de Anouk Chambaz (Suíça) e La Historia se Escribe de Noche, de Alejandro Alonso (Cuba) Prêmio do Público: Cross My Heart and Hope To Die, de Sam Manacsa (Filipinas)
PRIMEIROS QUADROS América, do Sul, de Maria Clara Bastos (SP)
PANORAMA LATINO AMERICANO | PRÊMIO DO PÚBLICO As Marias, de Dannon Lacerda (Brasil, MS)
PANORAMA CARIOCA | PRÊMIO DO PÚBLICO Macaleia, de Rejane Zilles
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS Você, de Elisa Bessa (RJ)
PRÊMIO CANAL LIKE Engole o Choro, de Fabio Rodrigo (SP)
PRÊMIO MELHOR PROJETO | 25º LABORATÓRIO DE PROJETOS DE CURTA-METRAGEM 1º lugar: Kika Não Foi Convidada, de Juraci Júnior (RO) 2º lugar: O Cadáver Perfumado, de Fabrício Basílio (RJ)
Cena do curta brasileiro Amarela, de André Hayato Saito
Depois de anunciar a seleção de longas, a 77ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, revelou os curtas-metragens selecionados para a Competição Oficial e também para a mostra La Cinef, anteriormente conhecida como Cinéfondation, criada para inspirar e apoiar a próxima geração de cineastas.
Neste ano, o comitê de seleção assistiu 4.420 curtas; onze foram escolhidos, de dez países. Os filmes disputam a Palma de Ouro, que será entregue pelo Júri Oficial, presidido pela atriz belga Lubna Azabal e que contará também com: Marie-Castille Mention-Schaar, cineasta francesa; o italiano Paolo Moretti, curador de cinema; a produtora francesa Claudine Nougaret; e o diretor sérvio Vladimir Perišić. O grupo também será responsável pelos prêmios da mostra La Cinef.
O cinema brasileiro marca presença com Amarela, de André Hayato Saito. A trama se passa em julho de 1998, dia da final da Copa do Mundo entre Brasil e França, quando Erika Oguihara, interpretada por Melissa Uehara, uma adolescente nipo-brasileira de 14 anos que rejeita as tradições familiares, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, ela sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.
“Sempre me senti japonês demais pra ser brasileiro e brasileiro demais pra ser japonês. A busca por uma identidade que habita o entrelugar se tornou a parte mais sólida de quem eu sou. Amarela é uma ferida aberta não só do povo nipo-brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo”, disse André Hayato Saito, diretor do curta. Outro fato celebrado pelo autor é o de ter composto uma equipe e elenco majoritariamente amarelos, acontecimento raro no audiovisual brasileiro.
O elenco conta também com Ricardo Oshiro, Carolina Hamanaka, Kazue Akisue, Pedro Botine, Joana Amaral, Lorena Castro, Kadu Oliveira, Izah Neiva, Yuki Sugimoto, Bruno Dias, Naoki Takeda, Bernardo Antônio, Adriana Hideshima e Takao Yabu.
O roteiro de Amarela é escrito por André Hayato Saito, Luigi Madormo e Tati Wan; e a produção é da MyMama Entertainment. A direção de arte é de Luana Kawamura Demange e a fotografia é assinada por Hélcio Alemão Nagamine e Danilo Arenas Ireijo. O desenho de som é de Guile Martins e a montagem de Caroline Leone; Dudu Tsuda e Lilian Nakahodo assinam a trilha sonora. Com figurino de Yuri Kobayashi e preparação de elenco de Marina Medeiros, o filme é produzido por Mayra Faour Auad, Gabrielle Auad, André Hayato Saito e Tati Wan.
“Me lembro quando Saito chegou para mim em 2019 com um material que rodou todo no Japão com sua família e me disse que queria fazer algo de cinema com isso. Apesar das inúmeras falas e trocas com eles, não falo japonês e não tenho ideia do que está ali. Naquele momento, nos unimos nas linhas invisíveis de sua criação autoral e descobrimos juntos uma voz linda, sensível, potente e muito necessária”, relatou Mayra Faour Auad, produtora e fundadora da MyMama Entertainment.
Amarela é a terceira parte da trilogia de curtas da MyMama com Saito que investiga sua ancestralidade japonesa a partir de um olhar autoral e íntimo. Tal busca identitária teve início com o curta-metragem Kokoro to Kokoro, que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa; depois seguiu com Vento Dourado, obra que tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir. O cineasta explora a relação entre as gerações em um ensaio sobre a morte e a convivência íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos.
Para a 27ª edição da La Cinef, 18 filmes foram selecionados, dentre os 2.263 inscritos por escolas e universidades de cinema do mundo todo. A lista conta com 14 ficções e 4 animações, de 13 países. Criada em 1998 por Gilles Jacob e dedicada à busca de novos talentos, a La Cinef, chamada anteriormente de Cinéfondation, proporciona uma oportunidade para que jovens realizadores vejam os melhores filmes do ano exibidos no festival e absorvam a atmosfera inspiradora na companhia de realizadores de renome; a seleção deste ano reflete a mobilidade geográfica dos estudantes de cinema.
Em comunicado oficial, Lubna Azabal, presidente do júri, disse: “O foco nos jovens cineastas que apresentam seus curtas-metragens e os caminhos que percorreram para chegar até lá me honram. Mal posso esperar para descobrir a riqueza de tudo isso. É uma jornada que quero ser exigente e gentil, curto após curto, passo após passo. Ser selecionado para este lugar mítico é uma mensagem de amor, um reconhecimento mundial, e presidi-lo é motivo de orgulho”.
Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival de Cannes 2024:
COMPETIÇÃO
Across the Waters, de Viv Li (China) Amarela, de André Hayato Saito (Brasil) Les Belles Cicatrices, de Raphaël Jouzeau (França) Mau por um Momento, de Daniel Soares (Portugal) Ootidė (Ootid), de Razumaitė Eglė (Lituânia) Perfectly a Strangeness, de Alison Mcalpine (Canadá) Rrugës (On The Way), de Samir Karahoda (Kosovo) Sanki Yoxsan, de Azer Guliev (Azerbaijão) Tea, de Blake Rice (Eua) The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojša Slijepčević (Croácia) Volcelest, de Éric Briche (França)
LA CINEF
Banished Love, de Xiwen Cong (China) (Beijing Film Academy) Bunnyhood, de Mansi Maheshwari (Reino Unido) (NFTS) Crow Man, de Yohann Abdelnour (Líbano) (Alba) Echoes, de Robinson Drossos (França) (ENSAD) Elevación, de Gabriel Esdras (México) (Universidad de Guadalajara) Forest of Echoes, de Yoori Lim (Coreia do Sul) (Korea National University of Arts) In Spirito, de Nicolò Folin (Itália) (Centro Sperimentale di Cinematografia) It’s Not Time For Pop, de Amit Vaknin (Israel) (Tel Aviv University) Mauvais Coton, de Nicolas Dumaret (França) (La Fémis) Out The Window Through The Wall, de Asya Segalovich (EUA) (Columbia University) Plevel (Weeds), de Pola Kazak (República Checa) (FAMO) Praeis (It’ll Pass), de Dovydas Drakšas (Reino Unido) (London Film School) Sunflowers Were The First Ones To Know…, de Chidananda S Naik (Índia) (FTII, Pune) Terminal, de East Elliott (EUA) (NYU) The Chaos She Left Behind, de Nikos Kolioukos (Grécia) (Aristotle University of Thessaloniki) The Deer’s Tooth, de Saif Hammash (Palestina) (Dar Al-Kalima University) Three, de Amie Song (EUA) (Columbia University) Withered Blossoms, de Lionel Seah (Austrália) (AFTRS)
O presidente e o cineasta em encontro no Brasil em 2016
Depois de anunciar os primeiros filmes de sua 77ª edição, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, o Festival de Cannes revelou novos títulos que completam sua seleção. Como de costume, o evento acontecerá no Palais des Festivals com a tradicional disputa pela Palma de Ouro e mostras paralelas.
Neste anúncio mais recente, divulgado nesta segunda-feira, 22/04, vale destacar a presença do documentário Lula, dirigido pelo cineasta americano Oliver Stone, de sucessos como Platoon, Nascido em 4 de Julho, JFK: A Pergunta que Não Quer Calar, Assassinos por Natureza, Alexandre, As Torres Gêmeas, entre outros.
O longa, que será exibido fora de competição na mostra Sessões Especiais, aborda a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2018 e 2019, e seu retorno ao poder. Lula também já participou de outros títulos do cineasta, como Ao Sul da Fronteira, documentário político exibido no Festival de Veneza. Sobre o filme Lula, Stone disse em entrevista recente: “É uma obra sobre a perseguição judicial. Sobre o que aconteceu quando ele havia sido um presidente de sucesso, e, então, foi preso por corrupção, que é como geralmente as coisas são feitas nesses países”.
Em 2016, Oliver Stone e Lula se encontraram no Brasil quando o cineasta esteve por aqui para lançar o filme Snowden: Herói ou Traidor. Dois anos depois, assinou o manifesto Eleição sem Lula é fraude, pelo direito do candidato de participar das eleições daquele ano, que foi negado por decisão arbitrária da Justiça brasileira: “Como muitos de vocês, estou deprimido com o que está acontecendo no Brasil. Vocês devem ser firmes e resistir. Lula não pode continuar preso, precisamos tirá-lo da cadeia”, disse o diretor. E finalizou: “Por favor não percam a esperança. Muitas pessoas de todo o mundo estão com vocês. Nossa torcida e apoio estão com vocês”.
Não é a primeira vez que Stone dirige uma obra sobre a América Latina: em 1986 lançou Salvador: O Martírio de um Povo; o documentário Comandante, em 2003, sobre seu encontro com Fidel Castro; e Mi Amigo Hugo, em 2014, com Hugo Chávez.
Além dos filmes, outra novidade anunciada recentemente foi o pôster deste ano, inspirado no filme Rapsódia em Agosto, de Akira Kurosawa. Toda a beleza poética, magia hipnótica e aparente simplicidade do cinema emergem na cena retratada. O filme foi exibido fora de competição em Cannes em 1991. O comunicado oficial diz: “Espelhando a sala de cinema, este pôster celebra a sétima arte com ingenuidade e admiração. Porque dá voz a todos, permite a emancipação. Porque lembra as feridas, combate o esquecimento. Porque testemunha os perigos, apela à união. Porque acalma traumas, ajuda a reparar os vivos. Num mundo frágil que questiona constantemente a alteridade, o Festival de Cannes reafirma uma convicção: o cinema é um santuário universal de expressão e partilha. Um lugar onde está escrita a nossa humanidade tanto quanto a nossa liberdade”.
E mais: Napoleão, dirigido por Abel Gance e lançado em 1927, abrirá a mostra Cannes Classics deste ano. Considerada uma grande obra da era do cinema mudo e uma das restaurações mais monumentais da história do cinema, o filme passou por uma saga épica para recuperar sua integridade e glória. Várias fontes foram utilizadas para redescobrir o enredo original desta extraordinária reconstrução do filme de sete horas, dividido em duas épocas. Com isso, foi recortado e mutilado diversas vezes; com 22 versões diferentes conhecidas até o momento.
Além disso, nesta 77ª edição, a Palma de Ouro honorária será entregue para o Studio Ghibli. Ao lado dos grandes nomes de Hollywood, o estúdio japonês, representado por dois contadores de histórias, Hayao Miyazaki e Isao Takahata, e uma série de personagens cult, lançou um novo vento no cinema de animação nas últimas quatro décadas.
Em comunicado oficial, Toshio Suzuki, cofundador do Studio Ghibli, disse: “Estou verdadeiramente honrado e encantado que o estúdio receberá a Palma de Ouro Honorária. Gostaria de agradecer ao Festival de Cannes do fundo do meu coração. Há quarenta anos, Hayao Miyazaki, Isao Takahata e eu fundamos o Studio Ghibli com o desejo de levar animação de alto nível e qualidade para crianças e adultos de todas as idades. Hoje, os nossos filmes são vistos por pessoas de todo o mundo”. Com isso, o Studio Ghibli junta-se aos que inspiraram a cinematografia que o Festival de Cannes celebra todos os anos: “Pela primeira vez na nossa história não é uma pessoa, mas uma instituição que escolhemos para celebrar”, afirmaram Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, delegado geral.
Outro anúncio revelado recentemente foi a dupla de jurados do prêmio Caméra d’or: a atriz francesa Emmanuelle Béart, de Um Coração no Inverno, 8 Mulheres, A Vingança de Manon, A Bela Intrigante, Minha Secretária e Os Destinos Sentimentais; e Baloji, rapper e cineasta belga, que passou por Cannes no ano passado com o filme Augure.
Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Cannes 2024:
COMPETIÇÃO
La plus précieuse des marchandises, de Michel Hazanavicius (França/Bélgica) The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Irã) Trei kilometri până la capătul lumii, de Emanuel Parvu (Romênia)
UN CERTAIN REGARD
Flow, de Gints Zilbalodis (Lituânia/Bélgica/França) Niki, de Céline Sallette (França) When the Light Breaks, de Rúnar Rúnarsson (Islândia/EUA/França/Croácia) (filme de abertura)
CANNES PREMIERE
Maria, de Jessica Palud (França) Vivre, Mourir, renaître, de Gaël Morel (França)
SESSÕES ESPECIAIS
An Unfinished Film, de Lou Ye (China) Lula, de Oliver Stone (EUA) Nasty, de Tudor Giurgiu (Romênia) Spectateurs, de Arnaud Desplechin (França)
FORA DE COMPETIÇÃO
Le Comte de Monte-Cristo, de Alexandre De La Patellière e Matthieu Delaporte (França)
Zezita Matos, Soia Lira e Marcélia Cartaxo na edição passada
As inscrições para a 19ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 5 e 11 de dezembro, já estão abertas. O mais antigo festival paraibano será realizado mais uma vez na rede Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente através da página oficial do festival (clique aqui) até às 23h59 do dia 22 de junho. Para este ano, o Fest Aruanda traz uma novidade: o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de R$ 15 mil reais, que tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria de curta-metragem.
Para a inscrição geral, os realizadores podem se inscrever nas categorias: longa-metragem nacional, curta-metragem nacional e mostra Sob o Céu Nordestino (curtas paraibanos e longas-metragens da região). O regulamento ainda contempla mais duas opções de inscrição: TV Universitária (nacional) nas categorias documentário, programa de TV, interprograma e reportagem e Caleidoscópios Digitais; e videoclipe e TCC (em formato audiovisual) contemplam exclusivamente produções paraibanas.
O Comitê de Seleção de curtas-metragens é formado pelos jornalistas e críticos de cinema, Amilton Pinheiro (SP) e Rodrigo Fonseca (RJ), e a roteirista e crítica Vivi Pistache (BH). Segundo Rodrigo Fonseca: “O Aruanda é um canteiro de descobertas na triagem por vozes autorais. A maior potência de uma seleção de curtas como a do festival paraibano é a chance de descobrimos os primeiros ecos dessas vozes, ainda no seu nascedouro, ou acolher vozes já veteranas em processos de experimentação”.
Vivi Pistache, nova integrante do Comitê de Seleção, é roteirista e crítica de cinema com passagem pelo departamento de desenvolvimento de roteiros da O2 Filmes e TV Globo. Doutoranda em Psicologia e Cinema pela USP. Graduada em Psicologia pela UFMG. Formada em Roteiro e Direção pela Academia Internacional de Cinemade São Paulo: “É uma honra incrível ser merecedora da confiança do festival que já tem sua maioridade. Muito feliz em fazer parte desse time”.
Amilton Pinheiro também comentou: “Assim como acontece todos os anos, o Comitê de Seleção de Curtas Nacional aguarda com muitas expectativas os trabalhos dos realizadores, ainda mais agora com a entrada da Vivi Pistache que vem somar aos nossos olhares, o meu e de Rodrigo Fonseca. Acredito que teremos uma safra ainda melhor do que a do ano passado, com múltiplas maneiras de narrar uma obra cinematográfica e dar conta da imensidão de tantas histórias desse Brasil”.
Segundo o diretor executivo do festival, Lúcio Vilar: “Estamos chegando na décima nona edição do mais antigo festival do estado da Paraíba. Trabalhando para montar um cardápio audiovisual de qualidade para 2024 e nos preparando para receber os cineastas, artistas, produtores e imprensa convidada, assim como o nosso distinto público”.