Foram revelados nesta terça-feira, 05/12, os indicados ao Independent Spirit Awards 2024, prêmio que elege as melhores produções independentes do ano. O anúncio foi apresentado pelos atores Joel Kim Booster e Natalie Morales ao lado de Josh Welsh, presidente da Film Independent.
Nesta 39ª edição, American Fiction, Segredos de um Escândalo (May December) e Vidas Passadas (Past Lives) lideram a lista com cinco indicações cada. Nas categorias televisivas, The Last of Us e Sou de Virgem (I’m a Virgo) se destacam. Os vencedores serão anunciados no dia 25 de fevereiro de 2024 em cerimônia apresentada por Aidy Bryant.
Os comitês de indicações do Spirit Awards, conhecido como o Oscar do cinema independente, selecionaram indicados de diversos países. Os membros contam com roteiristas, diretores, produtores, diretores de fotografia, editores, atores, críticos, diretores de elenco, programadores de festivais e outros profissionais da sétima arte.
Conheça os indicados ao Independent Spirit Awards 2024 nas categorias de cinema:
MELHOR FILME American Fiction, produzido por Cord Jefferson, Jermaine Johnson, Nikos Karamigios e Ben LeClair Passagens, produzido por Michel Merkt e Saïd Ben Saïd Segredos de um Escândalo, produzido por Jessica Elbaum, Will Ferrell, Grant S. Johnson, Pamela Koffler, Tyler W. Konney, Sophie Mas, Natalie Portman e Christine Vachon Todos Nós Desconhecidos, produzido por Graham Broadbent, Pete Czernin e Sarah Harvey Vidas Passadas, produzido por David Hinojosa, Pamela Koffler e Christine Vachon We Grown Now, produzido por Minhal Baig e Joe Pirro
MELHOR FILME DE ESTREIA A Thousand and One, de A.V. Rockwell All Dirt Roads Taste of Salt, de Raven Jackson Chronicles of a Wandering Saint, de Tomás Gómez Bustillo Earth Mama, de Savanah Leaf Upon Entry, de Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez
MELHOR DIREÇÃO Andrew Haigh, por Todos Nós Desconhecidos Celine Song, por Vidas Passadas Ira Sachs, por Passagens Todd Haynes, por Segredos de um Escândalo William Oldroyd, por Eileen
MELHOR ROTEIRO American Fiction, escrito por Cord Jefferson Birth/Rebirth, escrito por Laura Moss e Brendan J. O’Brien Clube da Luta para Meninas, escrito por Emma Seligman e Rachel Sennott Os Rejeitados, escrito por David Hemingson Vidas Passadas, escrito por Celine Song
MELHOR ROTEIRO DE ESTREIA Chronicles of a Wandering Saint, escrito por Tomás Gómez Bustillo Segredos de um Escândalo, escrito por Samy Burch e Alex Mechanik The Starling Girl, escrito por Laurel Parmet Theater Camp: Um Verão Alucinante, escrito por Noah Galvin, Molly Gordon, Nick Lieberman e Ben Platt Upon Entry, escrito por Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez
MELHOR INTERPRETAÇÃO Andrew Scott, por Todos Nós Desconhecidos Franz Rogowski, por Passagens Greta Lee, por Vidas Passadas Jeffrey Wright, por American Fiction Jessica Chastain, por Memory Judy Reyes, por Birth/Rebirth Natalie Portman, por Segredos de um Escândalo Teo Yoo, por Vidas Passadas Teyana Taylor, por A Thousand and One Trace Lysette, por Monica
MELHOR INTERPRETAÇÃO COADJUVANTE Anne Hathaway, por Eileen Ben Whishaw, por Passagens Catalina Saavedra, por Rotting in the Sun Charles Melton, por Segredos de um Escândalo Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados Erika Alexander, por American Fiction Glenn Howerton, por BlackBerry Marin Ireland, por Eileen Noah Galvin, por Theater Camp: Um Verão Alucinante Sterling K. Brown, por American Fiction
MELHOR INTERPRETAÇÃO REVELAÇÃO Anaita Wali Zada, por Fremont Atibon Nazaire, por Mountains Dominic Sessa, por Os Rejeitados Marshawn Lynch, por Clube da Luta para Meninas Tia Nomore, por Earth Mama
MELHOR DOCUMENTÁRIO As 4 Filhas de Olfa, de Kaouther Ben Hania Bye Bye Tiberias, de Lina Soualem Going to Mars: The Nikki Giovanni Project, de Joe Brewster e Michèle Stephenson Kokomo City, de D. Smith The Mother of All Lies, de Asmae El Moudir
MELHOR FILME INTERNACIONAL Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França) Mami Wata, de C.J. ‘Fiery’ Obasi (Nigéria) Terra de Deus, de Hlynur Pálmason (Dinamarca/Islândia) Tótem, de Lila Avilés (México) Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido/EUA/Polônia)
MELHOR FOTOGRAFIA All Dirt Roads Taste of Salt, por Jomo Fray Chronicles of a Wandering Saint, por Pablo Lozano Monica, por Katelin Arizmendi Os Rejeitados, por Eigil Bryld We Grown Now, por Pat Scota
MELHOR EDIÇÃO How to Blow Up a Pipeline, por Daniel Garber Rotting in the Sun, por Santiago Cendejas, Gabriel Díaz e Sofía Subercaseaux Theater Camp: Um Verão Alucinante, por Jon Philpot Upon Entry, por Emanuele Tiziani We Grown Now, por Stephanie Filo
PRÊMIO JOHN CASSAVETES A Garota Artificial, de Franklin Ritch Cadejo Blanco, de Justin Lerner Fremont, de Babak Jalali Rotting in the Sun, de Sebastián Silva The Unknown Country, de Morrisa Maltz
PRODUCERS AWARD Graham Swon Monique Walton Rachael Fung
SOMEONE TO WATCH AWARD Joanna Arnow, diretora de The Feeling That The Time for Doing Something Has Passed Laura Moss, diretora de Birth/Rebirth Monica Sorelle, diretora de Mountains
TRUER THAN FICTION AWARD Jesse Short Bull e Laura Tomaselli, diretores de Lakota Nation vs. United States Set Hernandez, diretor de Olhar Alheio Sierra Urich, diretora de Joonam
PRÊMIO ROBERT ALTMAN | MELHOR ELENCO Showing Up, de Kelly Reichardt; direção de elenco: Gayle Keller Elenco: André Benjamin, Hong Chau, Judd Hirsch, Heather Lawless, James Le Gros, John Magaro, Matt Malloy, Amanda Plummer, Maryann Plunkett, Denzel Rodriguez e Michelle Williams
O júri, composto pela diretora de fotografia Sylara Silvério, pelo ator, diretor e produtor cultural Domingos Jr. e pelo roteirista, diretor e produtor executivo Vinicius Gouveia, elegeu Lamento de Força Travesti, de Renna Costa, como a obra vencedora da Mostra Maracatrônica. A justificativa diz: “Pelo profundo trabalho de pesquisa estética e narrativa subversiva muito bem apresentado, trazendo fortes elementos da cultura popular, da cultura sertaneja, em que ressignifica os símbolos com protagonismo de corpos trans no território rural. Pelo domínio da linguagem fotográfica e de elementos cenográficos, estabelecendo uma estética coerente e transgressora”. A vencedora recebe o Grande Prêmio Mistilka no valor de R$ 5 mil em serviços de pós-produção pela Mistika Post, uma das maiores empresas finalizadoras de imagem do país.
A cerimônia de premiação também foi marcada por surpresas, entre elas, a criação do Troféu Sharlene Esse de Melhor Performance. Muito emocionada, a própria Sharlene Esse surpreendeu a plateia com uma super performance de Divino Maravilhoso, e logo em seguida concedeu o troféu que leva o seu nome à Luty Barteix, por sua performance no curta-metragem maranhense Casa de Bonecas, de George Pedrosa.
“O Troféu Sharlene Esse de Melhor Performance objetiva premiar a performer que se destaca dentre tantas primorosas exibidas no festival. Diante da consistência e desenvolvimento da personagem, tanto na fala quanto nas expressões corporais, o júri concede o prêmio para a atriz Luty Barteix do filme A Casa das Bonecas”, disse a justificativa do júri.
Além disso, Christiane Falcão, a rainha do glamour recifense, foi escolhida pela equipe do festival como a primeira personalidade a receber o troféu de Suprema Fabulosa. Com quase 40 anos de carreira, é uma das pioneiras da cena artística noturna recifense, tendo em seu currículo mais de 30 títulos de beleza, participações nos principais espetáculos da era de ouro do Teatro de Revista pernambucano, e ainda uma inesquecível passagem pelos principais cabarés europeus, entre a década de 1990 e começo dos anos 2000.
Com direção artística do cineasta Henrique Arruda, o festival também levou para dentro do cinema a valorização da arte Drag através das fabulosas da edição, Britnney Hill e Ruby Nox, que além de apresentar as sessões também fizeram performances exclusivas dentro da sala de cinema diariamente.
O cubano A Mulher Selvagem (La mujer salvaje), de Alan González, foi o grande vencedor deste ano com três prêmios, entre eles, o Troféu Mucuripe na categoria de melhor longa-metragem; além do prêmio no valor de R$ 20 mil para distribuição do filme no Brasil, conforme regulamento do festival.
O júri deste ano foi formado por: Ángel Díez, Luis Abramo, María Campaña, Sérgio Tréfaut e Susana Molina na Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem; Andrei Linhares, Danny Barbosa, Denise Miller, Emerson Maranhão e Indaiá Freire na Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem; e Fabio Rodrigues Filho, Layla Braz e Wanderlei Silva na Mostra Olhar do Ceará.
Além da noite de premiação, o encerramento da 33ª edição também foi marcado pela homenagem para Verônica Guedes, que recebeu o Troféu Eusélio Oliveira. Cineasta, jornalista, produtora, consultora de comunicação e cultura, é também diretora executiva de três festivais: For Rainbow, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero; Festival Samburá de Cinema e Cultura do Mar; e da Mostra No Balanço do Coco. Depois disso, houve a exibição especial do longa cearense Estranho Caminho, de Guto Parente, que foi o grande vencedor do Festival de Tribeca.
Confira a lista completa com os vencedores do Cine Ceará 2023:
MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: La mujer salvaje, de Alan González (Cuba) Melhor Direção: María Zanetti, por Alemania Melhor Atuação Principal: Lola Amores, por La mujer salvaje Melhor Atuação: Coletivo de atores do filme Sou Amor Melhor Roteiro: Alemania, escrito por María Zanetti Melhor Fotografia: El castigo, por Gabriel Díaz Melhor Montagem: Ahora a luz cae vertical, por Tin Dirdamal Melhor Trilha Sonora: Cielo Abierto, por Nantu Studio Melhor Som: La mujer salvaje, por Michel Caballero e Angie Hernández Melhor Direção de Arte: Alemania, por Michaela Saiegh
MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE) Melhor Direção: Leo Tabosa, por Dinho Melhor Roteiro: Pulmão de Pedra, escrito por Rodolpho de Barros e Torquato Joel
MOSTRA OLHAR DO CEARÁ
Melhor longa-metragem: Represa, de Diego Hoefel Melhor Direção | Longa-metragem: Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo, por Um Pedaço do Mundo Melhor curta-metragem: Urubu Aterrado, de Cris Sousa e Weslley Oliveira Melhor Direção | Curta-metragem: Grenda Costa, por O Primeiro Movimento é Explosão
PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE
Melhor longa-metragem: El castigo, de Matías Bize (Chile) Melhor curta-metragem: Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)
TROFÉU SAMBURÁ | MELHOR FILME Circuito, de Alan Sousa e Leão Neto (CE)
TROFÉU SAMBURÁ | MELHOR DIREÇÃO Adriana de Faria, por Cabana
O Cine Terreiro é um festival que procura enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, abraçando também vertentes como o neoxamanismo, e realiza exibição de filmes relacionados a esses temas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento dessas culturas.
Com isso, o evento potiguar pretende formar um público interessado em assistir e discutir filmes sobre esses assuntos, que envolvem mito, religiosidade e cultura de terreiros; e, com isso, contribuir para a diminuição da segregação e preconceito contra esses grupos.
Para esta terceira edição, o Festival Cine Terreiro – Filmes que ligam ao Sagrado recebeu 163 títulos inscritos; 59 de cidades do Nordeste, 68 de cidades do Sudeste, 16 de cidades do Centro-Oeste, 14 de cidades do Sul, 3 de cidades do Norte e 3 de países estrangeiros.
O festival começou com uma Mostra Retrospectiva em outubro. Depois disso, os selecionados para as principais mostras, Grão e Mar, de curtas-metragens, e também para a Mostra Especial, com longas, médias e curtas, serão exibidos presencialmente em três casas religiosas do Rio Grande do Norte entre os dias 8 e 10 de dezembro: estátua de Iemanjá, na Praia do Meio, em Natal; Casa Candomblé Ilé Àse Ògun Bíolà, em Nísia Floresta, aos cuidados do zelador Bàbá Adolfo Ramos; e Casa de Xamanismo Acauã, em Parnamirim. Vale lembrar que os filmes também estarão disponíveis virtualmente no site oficial até 17 de dezembro.
O festival, idealizado por Rodrigo Sena, trata-se de uma grande reunião de obras e linguagens artísticas que possuem alguma relação em seu enredo com a espiritualidade exercida em terreiros de herança afro-indígena no Brasil. Os filmes abordados no 3º Cine Terreiro enfatizam a ligação humana com o Sagrado. A proposta é proporcionar aos espectadores um ambiente de entretenimento e cultura, oferecendo um lugar acolhedor.
Neste ano, o 3º Cine Terreiro traz como homenageado uma grande liderança das causas indígenas: José Luiz Soares, o Cacique Luiz Katu. Professor da primeira escola indígena do Rio Grande do Norte, também atua como pedagogo e pesquisador. É coordenador da APIRN, Articulação dos Povos Indígenas no RN, e da microrregional da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME). Além disso, coordena o coletivo Etnokatu e os Guardiões Potiguaras Katu. Ele tem também extensa participação em produções audiovisuais locais, como os filmes: Lendas do Catu, Nova Amsteradã, A Tradicional Família Brasileira Katu e Antes do Livro Didático, o Cocar.
O Cine Terreiro 2023 é realizado pela Ori Audiovisual, Cruzeiro Filmes, Cirandas Coletivo de Assessorias, em parceria com a Bobox Produções, de Arlindo Bezerra, e apoio da Prefeitura Municipal do Natal; conta também com apoio do Acarajé da Jari e Tets Studio. Na edição deste ano, o festival é realizado de forma independente por meio de recursos próprios de seus colaboradores.
Conheça os filmes selecionados para o Cine Terreiro 2023:
MOSTRA GRÃO
Dona Taquariana, uma Cabocla Brasileira, de Abimaelson Santos (MA) Estela, a Menina Maraguá, de Sofy Mazaro (SP) Festa de Pajés, de Iberé Perissé (AM) Mané, de Arlindo Cardoso, Karina de Magalhães, Lucas Cardoso e Paula Fernandes (AL) Meu Lugar no Mundo, de Coletivo Erê Sankofa (PE) O Brilho da Herança, de Junior Machado (SP) Terreiro, de Beatriz Barros (PE) Ytwã, de Kian Shaikhzadeh (BA)
MOSTRA MAR
Amaná, de Antonio Fargoni (CE) Aracati, de Veruza Guedes (PB) Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ) Dia de Preto, de Beto Oliveira (SP) Dorme Pretinho, de Lia Leticia (PE) João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro (MA) Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn: Não Somos Apenas Sombras, de Dino Menezes (SP) Pedro e Inácio, de Caio Dornelas (PE)
MOSTRA ESPECIAL
Àkàrà, no Fogo da Intolerância, de Claudia Chavez (BA) Alaroke: Uma História de Culto aos Orixás em Sergipe, de Lucas Cachalote (SE) Benção, de Felipe Pedrosa (MG) Curai-vos, de Clementino Junior (RJ) Encruzilhada, de Silvio Guedes (RN) Lá na Cigana, de Nilce Braga (MA) Lá nas Matas Tem, de Pedro Aspahan e César Guimarães (MG) Nengua Guanguacesse, de Carla Nogueira e George Teixeira (BA) Patuá, de Renaya Dorea (RJ) Respeita Nosso Sagrado, de Fernando Sousa, Gabriel Barbosa e Jorge Santana (RJ) Tambu, de Leandro César (MG)
Nesta quinta-feira, 30/11, a atriz Anna Castillo e o ator Luis Tosar anunciaram os indicados da 38ª edição da premiação, que acontecerá no dia 10 de fevereiro de 2024, em Valladolid, em cerimônia que será apresentada por Ana Belén, Javier Ambrossi e Javier Calvo.
O drama 20.000 Espécies de Abelhas, dirigido por Estibaliz Urresola Solaguren, lidera a lista com 15 indicações, entre elas, a de melhor filme; A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona, aparece na sequência com treze indicações, entre elas, melhor direção. Neste ano, 201 longas-metragens estavam habilitados.
O Brasil estava na disputa por uma vaga entre os cinco finalistas da categoria de melhor filme ibero-americano com Carvão, dirigido por Carolina Markowicz, mas ficou de fora da competição. Porém, o argentino Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat, uma coprodução entre Brasil, Itália, Alemanha e França, garantiu uma vaga.
Nesta 38ª edição, o consagrado diretor de fotografia Juan Mariné, de Los guardiamarinas, será homenageado com o Goya de Honor: “Por sua dedicação ao cinema durante mais de oito anos de trajetória que transitam pela história do cinema espanhol, por seus esforços no trabalho de conservação e restauração cinematográfica, e por representar vivamente, através de seu ofício, a importância da luz na história do novo cinema”, diz o comunicado.
Conheça os indicados ao Prêmio Goya 2024:
MELHOR FILME 20.000 Espécies de Abelhas A Sociedade da Neve Cerrar los ojos Saben aquell Un amor
MELHOR DIREÇÃO David Trueba, por Saben aquell Elena Martín, por Creatura Isabel Coixet, por Un amor J.A. Bayona, por A Sociedade da Neve Víctor Erice, por Cerrar los ojos
MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE Alejandro Marín, por Te estoy amando locamente Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez, por Upon Entry (La llegada) Álvaro Gago, por Matria Estibaliz Urresola Solaguren, por 20.000 Espécies de Abelhas Itsaso Arana, por Las chicas están bien
MELHOR ATOR Alberto Ammann, por Upon Entry (La llegada) David Verdaguer, por Saben aquell Enric Auquer, por El maestro que prometió el mar Hovik Keuchkerian, por Un amor Manolo Solo, por Cerrar los ojos
MELHOR ATRIZ Carolina Yuste, por Saben aquell Laia Costa, por Un amor Malena Alterio, por Que nadie duerma María Vázquez, por Matria Patricia Lopez Arnaiz, por 20.000 Espécies de Abelhas
MELHOR ATOR COADJUVANTE Álex Brendemühl, por Creatura Hugo Silva, por Un amor Jose Coronado, por Cerrar los ojos Juan Carlos Vellido, por Bajo terapia Martxelo Rubio, por 20.000 Espécies de Abelhas
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Ana Torrent, por Cerrar los ojos Ane Gabarain, por 20.000 Espécies de Abelhas Clara Segura, por Creatura Itziar Lazkano, por 20.000 Espécies de Abelhas Luisa Gavasa, por El maestro que prometió el mar
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL 20.000 Espécies de Abelhas, escrito por Estibaliz Urresola Solaguren Cerrar los ojos, escrito por Michel Gaztambide e Víctor Erice Te estoy amando locamente, escrito por Alejandro Marín e Carmen Garrido Una vida no tan simple, escrito por Félix Viscarret Upon Entry (La llegada), escrito por Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO A Sociedade da Neve, escrito por Bernat Vilaplana, J.A. Bayona, Jaime Marques-Olarreaga e Nicolás Casariego El maestro que prometió el mar, escrito por Albert Val Meu Amigo Robô, escrito por Pablo Berger Saben aquell, escrito por Albert Espinosa e David Trueba Un amor, escrito por Isabel Coixet e Laura Ferrero
ATOR REVELAÇÃO Brianeitor, por Campeonex Julio Hu Chen, por Chinas La Dani, por Te estoy amando locamente Matías Recalt, por A Sociedade da Neve Omar Banana, por Te estoy amando locamente
ATRIZ REVELAÇÃO Clàudia Malagelada, por Creatura Janet Novás, por O corno Sara Becker, por A Contadora de Filmes Xinyi Ye, por Chinas Yeju Ji, por Chinas
MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO 20.000 Espécies de Abelhas, por Pablo Vidal A Sociedade da Neve, por Margarita Huguet Cerrar los ojos, por María José Díez Saben aquell, por Eduard Vallès Valle de sombras, por Leire Aurrekoetxea e Luis Gutiérrez
MELHOR FOTOGRAFIA 20.000 Espécies de Abelhas, por Gina Ferrer García A Sociedade da Neve, por Pedro Luque Cerrar los ojos, por Valentín Álvarez Un amor, por Bet Rourich Una noche con Adela, por Diego Trenas
MELHOR MONTAGEM 20.000 Espécies de Abelhas, por Raúl Barreras A Sociedade da Neve, por Andrés Gil e Jaume Martí Cerrar los ojos, por Ascen Marchena Mamacruz, por Fátima de los Santos Meu Amigo Robô, por Fernando Franco
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE 20.000 Espécies de Abelhas, por Izaskun Urkijo A Contadora de Filmes, por Carlos Conti A Sociedade da Neve, por Alain Bainée Cerrar los ojos, por Curru Garabal Saben aquell, por Marc Pou
MELHOR FIGURINO 20.000 Espécies de Abelhas, por Nerea Torrijos A Contadora de Filmes, por Mercè Paloma A Sociedade da Neve, por Julio Suárez El maestro que prometió el mar, por Maria Armengol Saben aquell, por Lala Huete
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO 20.000 Espécies de Abelhas, por Ainhoa Eskisabel e Jone Gabarain A Sociedade da Neve, por Ana López-Puigcerver, Belén López-Puigcerver e Montse Ribé La ternura, por Eli Adánez e Juan Begara Saben aquell, por Caitlin Acheson, Benjamín Pérez e Nacho Díaz Valle de sombras, por Sarai Rodríguez, Noé Montes e Óscar del Monte
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL A Sociedade da Neve, por Michael Giacchino El maestro que prometió el mar, por Natasha Arizu La paradoja de Antares, por Arnau Bataller Meu Amigo Robô, por Alfonso de Vilallonga Saben aquell, por Andrea Motis
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL Chinas, por Marina Herlop (Chinas) Eco, por Xoel López (Amigos Até a Morrer) El amor de Andrea, por Álvaro Benito Baglietto, David El Indio, Guille Galván, Jorge González, Juanma Latorre y Pucho (Vetusta Morla) e Valeria Castro (El amor de Andrea) La gallinita, por Fernando Moresi Haberman e Sergio Bertran (La imatge permanent) Yo solo quiero amor, por Rigoberta Bandini (Te estoy amando locamente)
MELHOR SOM 20.000 Espécies de Abelhas, por Eva Valiño, Koldo Corella e Xanti Salvador A Sociedade da Neve, por Jorge Adrados, Oriol Tarragó e Marc Orts Campeonex, por Tamara Arévalo, Fabiola Ordoyo e Yasmina Praderas Cerrar los ojos, por Iván Marín, Juan Ferro e Candela Palencia Saben aquell, por Xavi Mas, Eduardo Castro e Yasmina Praderas
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS 20.000 Espécies de Abelhas, por Mariano García Marty, Jon Serrano, David Heras, Fran Belda e Indira Martín A Sociedade da Neve, por Pau Costa, Félix Bergés e Laura Pedro La ermita, por Eneritz Zapiain e Iñaki Gil Ketxu Tin & Tina, por Mariano García Marty, Jon Serrano, Juan Ventura e Amparo Martínez Valle de sombras, por Raúl Romanillos e Míriam Piquer
MELHOR ANIMAÇÃO As Múmias e o Anel Perdido, de Juan Jesus Garcia Galocha Atiraram no Pianista, de Fernando Trueba e Javier Mariscal El sueño de la Sultana, de Isabel Herguera Hanna y los monstruos, de Lorena Ares Meu Amigo Robô, de Pablo Berger
MELHOR DOCUMENTÁRIO Caleta Palace, de José Antonio Hergueta Contigo, contigo y sin mí, de Amaya Villar Navascués Esta ambición desmedida, de Santos Bacana, Rogelio González e Cristina Trenas Iberia, naturaleza infinita, de Arturo Menor Mientras seas tú, el aquí y ahora de Carme Elias, de Claudia Pinto
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO A Memória Infinita, de Maite Alberdi (Chile) Alma Viva, de Cristèle Alves Meira (Portugal) La pecera, de Glorimar Marrero (Porto Rico) Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat (Argentina) Simón, de Diego Vicentini (Venezuela)
MELHOR FILME EUROPEU Aftersun, de Charlotte Wells (Reino Unido) Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França) As Oito Montanhas, de Felix Van Groeningen e Charlotte Vandermeersch (Itália) Das Lehrerzimmer (The Teachers’ Lounge), de İlker Çatak (Alemanha) Safe Place, de Juraj Lerotić (Croácia)
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO Aunque es de noche, de Guillermo García López Carta a mi madre para mi hijo, de Carla Simón Cuentas divinas, de Eulàlia Ramon La loca y el feminista, de Sandra Gallego Paris 70, de Dani Feixas
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Ava, de Mabel Lozano BLOW!, de Neus Ballús El bus, de Sandra Reina Herederas, de Silvia Venegas Venegas Una terapia de mierda, de Javier Polo
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO Becarias, de Marina Cortón, Marina Donderis e Núria Poveda To bird or not to bird, de Martín Romero Todo bien, de Diana Acién Manzorro Todo está perdido, de Carla Pereira e Juanfran Jacinto Txotxongiloa, de Sonia Estévez
Elenco: Alma Pöysti, Jussi Vatanen, Martti Suosalo, Alina Tomnikov, Janne Hyytiäinen, Sakari Kuosmanen, Sherwan Haji, Maria Heiskanen, Nuppu Koivu, Paula Oinonen, Matti Onnismaa, Eero Ritala, Simon Al-Bazoon, Lauri Untamo, Anna Karjalainen, Mikko Mykkänen, Mika Nikander, Olli Varja, Toni Buckman, Mitja Tuurala, Misha Jaari, Kaisa Karjalainen, Karar Al-Bazoon, Viljami Penttilä, Aapo Penttilä, Heikki Rautiainen, Erkki Astala, Jaakko Ranta, Timo Malmi, Mia Snellman, Evi Salmelin, Jaska Väre, Leo Laitinen, Jari Tuomola, Matti Santala, Beatriz Backman, Jukka Rautiainen, Sami Muttilainen, Antti Määttänen, Jukka Salmi, Alma-Koira.
Ano: 2023
Sinopse: Ambientado na atual Helsinki, capital da Finlândia, o filme conta a história de Ansa e Holappa, duas almas solitárias cujo encontro casual em um bar de karaokê enfrenta vários obstáculos. De contatos perdidos a endereços errados, alcoolismo e um charmoso cachorro de rua, o caminho da dupla para a felicidade é tão agridoce quanto delicioso.
*Filme visto na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
Elenco: Maeve Jinkings, Kauan Alvarenga, Thomás Aquino, Aline Marta Maia, Isac Graça, Erom Cordeiro, Caio Macedo.
Ano: 2023
Sinopse: Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro.
*Filme visto na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
*Clique aqui e confira nossa entrevista com a atriz Maeve Jinkings na Mostra de São Paulo.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 29/11, no Hotel Nacional de Cuba, em Havana, os títulos selecionados para a 44ª edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, que acontecerá entre os dias 8 e 17 de dezembro.
Em comunicado oficial, a diretora do evento, Tania Delgado Fernández, disse: “A programação inclui, além do que há de melhor e mais novo do cinema latino-americano e caribenho, uma ampla e representativa amostra do cinema contemporâneo do resto do mundo”.
Neste ano, 90 títulos concorrem ao Prêmio Coral e foram divididos em diversas categorias: longa-metragem de ficção, primeiro filme, longa-metragem documental, curta-metragem e animação; além das seções roteiro inédito, pôster e pós-produção. Para esta edição, 1.922 filmes, de 19 países latino-americanos, foram inscritos; Argentina, Brasil, Colômbia, México e Chile se destacaram.
Como de costume, o cinema brasileiro marca presença com diversas produções nacionais e também coproduções. As exibições serão realizadas nos cinemas La Rampa, Yara, Chaplin, 23 y 12 e Acapulco, além da sala Glauber Rocha da Fundación del Nuevo Cine Latinoamericano e da ISA, Universidad de las Artes.
Durante todos esses anos, o Festival de Havana se propôs a reconhecer e divulgar obras cinematográficas que contribuam, a partir de seu significado e valores artísticos, para o enriquecimento e a reafirmação da identidade cultural latino-americana e caribenha. Além dos filmes, também acontecem encontros e seminários sobre diversos temas de interesse cultural e, principalmente, cinematográfico. Da mesma forma, a programação do festival acolhe uma ampla e representativa amostra do cinema contemporâneo do resto do mundo.
A primeira edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano foi realizada em dezembro de 1979, em Cuba, pelo ICAIC (Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos), com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.
Conheça os filmes brasileiros selecionados para a 44ª edição do Festival de Havana:
COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO El auge del humano 3, de Eduardo Williams (Argentina/Portugal/Brasil/Holanda/Taiwan/Hong Kong/Sri Lanka/Peru) Estranho Caminho, de Guto Parente (Brasil) Los Delicuentes, de Rodrigo Moreno (Argentina/Luxemburgo/Chile/Brasil) O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon (Brasil/França) Pedágio, de Carolina Markowicz (Brasil/Portugal)
COMPETIÇÃO | MÉDIA ou CURTA-METRAGEM | FICÇÃO Deixa, de Mariana Jaspe (Brasil) Los sonidos del tiempo, de Jey Trompiz (Itália/Cuba/Brasil) Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (Brasil) Paraíso Europa, de Leandro Goddinho e Paulo Menezes (Brasil/Alemanha)
COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
COMPETIÇÃO | ANIMAÇÃO A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (Brasil) Bizarros Peixes das Fossas Abissais, de Marcelo Marão (Brasil) Brichos 3: Megavírus, de Paulo Munhoz (Brasil) Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (Brasil) Curacanga, de Mateus Di Mambro (Brasil) O Caçador e a Mula Sem Cabeça, de Silas Marciano (Brasil) Placa-mãe, de Igor Bastos (Brasil) Reunião Ministerial da Tchutchuca Canibal, de Wlisses Alves (Brasil) Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca, de Eduardo Perdido, Tiago Mal e Diego Doimo (Brasil) Tromba Trem: O Filme, de Zé Brandão (Brasil)
COMPETIÇÃO | PRIMEIRO FILME Las Preñadas, de Pedro Wallace (Argentina/Brasil) Levante, de Lillah Halla (Brasil/Uruguai/França)
COMPETIÇÃO | MELHOR PÔSTER A Estação, por Bruno Crepaldi Descarrego, por Joana Claude e Gabriela Amorim Luz nos Trópicos, por Thiago Lacaz Rio, Negro, por Antônio Gonzaga VII Cine Jardim, por Catapreta
PERSPECTIVA LATINO-AMERICANA | VANGUARDIA Corpo Presente, de Leonardo Barcelos (Brasil/Alemanha) Peixe Abissal, de Rafael Saar da Costa (Brasil)
PERSPECTIVA LATINO-AMERICANA | LONGA-METRAGEM A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito A Portas Fechadas, de João Pedro Bim Angela, de Hugo Prata Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria O Contato, de Vicente Ferraz
PERSPECTIVA LATINO-AMERICANA | CURTA-METRAGEM Mas Eu Não Sou Alguém?, de Daniel Eduardo de Souza e Gabriel Duarte (Brasil) Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (Brasil) Solos, de Pedro Vargas (Brasil) Travessias, de Ana Graziela Aguiar (Cuba/Brasil)
ROTEIRO INÉDITO | COMPETIÇÃO Sem Raízes, escrito por Joana Oliveira
ENTORNOS Meu Nome é Gal, de Dandara Ferreira e Lô Politi Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (Brasil/Argentina/EUA) Razões Africanas, de Jefferson Mello (Brasil/EUA/Cuba/Angola/República do Congo) Utopia Tropical, de João Amorim
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em parceria com a organização da sociedade civil Amigos do Futuro, anunciou, nesta quarta-feira, 29/11, a programação oficial da 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Referência nacional, o mais longevo festival de cinema do país ocupará mais uma vez o Cine Brasília, entre os dias 9 e 16 de dezembro, exibindo produções realizadas em todas as cinco regiões do Brasil marcadas pela diversidade de vozes, de narrativas e de estéticas, desde o cinema indígena à produção urbana periférica e dos interiores do Brasil.
Neste ano, o veterano ator Antonio Pitanga será o grande homenageado da 56ª edição e receberá, na noite de abertura, o Troféu Candango pelo conjunto de sua obra. A trajetória do artista, assim como a do Festival de Brasília, remete a uma linha do tempo de resistência na produção audiovisual, dos anos 1960 até os dias de hoje. Antonio e o festival permanecem fundamentais para o imaginário artístico do país.
Após bater recorde de filmes inscritos (1.269 títulos, sendo 984 curtas e 285 longas), o 56º Festival de Brasília apresenta seis longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; quatro longas e oito curtas do 25º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, voltado para as produções do Distrito Federal; e mais de 20 títulos nas mostras paralelas (Outros Olhares, Coproduções e Festivalzinho).
Sob a direção artística da cineasta, curadora e atriz Anna Karina de Carvalho, o Festival de Brasília 2023 reúne uma programação vasta com filmes que refletem a diversidade narrativa e estética de expressões brasileiras. Os selecionados para as mostras competitivas nacionais serão remunerados com cachê de seleção nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil reais em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa. “A programação fecha o ano de 2023 com um suco narrativo de ‘Brasis’, que pouco foram exibidos nas telas do país e que dão um panorama real da produção atual”, atesta a diretora artística.
A grande novidade desta edição é a incorporação de tecnologia 4K para todas as exibições, iniciativa da organização da sociedade civil Amigos do Futuro, que aproxima a projeção das maiores tendências do mercado exibidor audiovisual mundo afora. Além da alta definição em tela, outro investimento técnico incorpora o uso de processadores de áudio e servidores Dolby, o que garantirá qualidade nunca antes vista para o público frequentador do evento.
De acordo com o presidente da 56ª edição, Fernando Borges, “o investimento na atualização tecnológica do festival foi prioritário para este momento pulsante que o cinema brasileiro vive. O Festival de Brasília sempre impulsionou tendências do mercado nacional, e os investimentos em tecnologia de ponta em 2023 colocam mais uma vez o evento no rol dos mais importantes festivais no país”.
Cena do documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut
A programação do festival também será composta por oficinas on-line, seminários e encontros setoriais, masterclass e atividades de aceleração de projetos para o mercado. As cinco oficinas formativas serão conduzidas de maneira virtualmente, por meio da plataforma Zoom. Já as atividades do Ambiente de Mercado, como a Clínica de Projetos, os encontros com players, os pitchings e as Rodadas de Negócios ocorrem de forma presencial. A programação contará também com Seminários e Encontros Setoriais, assim como uma masterclass com o realizador mineiro Gabriel Martins, diretor do premiado Marte Um.
Nesta edição, Brasília aposta também em acessibilidade 360. Além da tradução para Libras nas cerimônias de abertura e encerramento, o festival disponibilizará um receptivo especializado para atender e guiar as pessoas com deficiência que chegarem para assistir aos filmes. As sessões das mostras Competitiva Nacional e Brasília terão legendagem descritiva para pessoas surdas e audiodescrição para pessoas cegas, acessíveis por aplicativo de celular; o festival investe ainda em sessões exclusivas com acessibilidade no Festivalzinho.
A seleção oficial da Mostra Competitiva Nacional do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá na programação longas-metragens de cineastas estreantes e consagrados, além de importantes representações do cinema produzido por mulheres, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas pretas. Deste modo, a programação foi pensada para representar a diversidade brasileira em tela.
Entre os longas-metragens selecionados, A Transformação de Canuto, produção pernambucana e paulista dirigida pelo cineasta indígena Ariel Kauray Ortega e por Ernesto de Carvalho, aborda a comunidade Mbyá-Guarani na divisa brasileira com a Argentina por meio de uma reconstituição cinematográfica sobre a lenda de um homem que se transformou em onça.
Do Distrito Federal, Cartório de Almas é a estreia do diretor brasiliense Leo Bello na Mostra Competitiva Nacional. Premiado por obras anteriores no gênero do cinema fantástico, este seu segundo longa-metragem de ficção narra a história da mais nova funcionária contratada pelo tal cartório do além. Aos 126 anos, ela tem como função protocolar as motivações de quem renunciou à eternidade. Em Nós Somos o Amanhã, ficção de São Paulo, Lufe Steffen, referência do cinema LGBTQIA+, mergulha numa viagem no tempo que leva uma professora de música de volta aos anos 1980 para ensinar as pessoas a lutarem contra o bullying, a perseguição e a intolerância racial, de gênero e de sexualidade na sociedade da época.
Carlos Jordão, Silvero Pereira e Cicero Andrade em Nós Somos o Amanhã, de Lufe Steffen
A seleção de longas traz de volta à capital nomes já consagrados no festival. A cineasta carioca Sandra Kogut, jurada na 54ª edição do evento, conhecida pelos longas Mutum (2007), Campo Grande (2015) e Três Verões (2019); o premiado diretor carioca Allan Ribeiro, vencedor do Candango de melhor direção de arte e edição por Esse Amor que Nos Consome, em 2012; e o diretor mineiro André Novais Oliveira, que participa pela quarta vez do festival, após sagrar-se grande vencedor da 51ª edição com o longa Temporada (2018).
Nesta edição, Sandra Kogut apresenta o documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, um olhar sobre os turbulentos meses do período eleitoral de 2022, que culminaram na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano. Allan Ribeiro mais uma vez recorre à linguagem poética para refletir sobre o cotidiano em Mais um Dia, Zona Norte, no qual mostra as transformações na rotina de trabalhadores da periferia do Rio. E André Novais Oliveira traz sua nova ficção ambientada em Contagem, Minas Gerais, O Dia que Te Conheci, sobre a vida do bibliotecário Zeca, cuja rotina é interrompida após conhecer uma moça chamada Luisa.
Na seleção de curtas-metragens, o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro reforça sua vocação para trazer questões urgentes da sociedade, sob as mais diversas perspectivas geográficas, de gênero e de raça. Dois curtas do Distrito Federal documentam comunidades autóctones: A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida é uma coprodução entre Amazonas e DF que acompanha o reencontro de uma família Yanomami; e Vão das Almas, dirigido por Edileuza Penha e Santiago Dellape, mergulha no imaginário do Quilombo Kalunga na região de Cavalcante, em Goiás.
Do Espírito Santo, vem o premiado Remendo, de Roger Ghil (GG Fákọ̀làdé), que evoca a espiritualidade anticolonial; de Alagoas, a ficção Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim, que aborda a estética queer ambientada no litoral do estado; e do Rio Grande do Sul, Pastrana, de Gabriel Motta e da skatista Melissa Brogni, que documenta uma homenagem ao amigo e parceiro de rampas que dá nome ao filme, revivendo suas memórias a partir de amigos e familiares. A temática da espiritualidade ainda aparece em outros dois curtas: Axé Meu Amor, produção paraibana dirigida por Thiago Costa, ficção sobre uma mãe de santo em busca do sagrado, e Dona Beatriz Ñsîmba Vita, dirigido pelo artista mineiro Catapreta, em que uma mulher singular tenta cumprir uma missão divina, inspirada no legado da heroína congolesa Kimpa Vita.
Três produções mergulham nas idiossincrasias da vida urbana para contar histórias de ficção das mais distintas. Erguida, dirigido e estrelado pela atriz e diretora Jhonnã Bao, do Coletivo Contraplano, acompanha a resistência de uma jovem poeta da periferia de São Paulo; enquanto Cidade By Motoboy, outra produção paulista, mostra as intempéries de um motoboy do interior do estado. Cáustico, curta brasiliense de Wesley Gondim, por sua vez, se divide entre realidade e fantasia para narrar a história de mãe e filha em busca de cura para uma misteriosa doença.
Lucas Carvalho e Luciano Pedro Jr. no curta Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim
Completam a lista de postulantes aos troféus Candangos de curta-metragem os curtas cariocas O Nada, do poeta e dramaturgo André Ladeia, que adapta um conto do autor russo Leonid Andreiev; e Helena de Guaratiba, de Karen Black, estrelado pela diretora, produtora e atriz Helena Ignez, no papel de uma senhora que encontra o amor em um bairro pesqueiro do Rio.
Na Mostra Brasília, a seleção reúne desde diretores estreantes do Distrito Federal a cineastas veteranos e premiados. Os quatro longas que concorrem nesta categoria são: Ecos do Silêncio, o retorno de André Luiz Oliveira, consagrado diretor baiano radicado em Brasília, ao cinema de ficção; Não Existe Almoço Grátis, documentário de estreia de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel, que acompanha uma das cozinhas solidárias do MTST durante a posse de Lula em 2023; O Sonho de Clarice, animação surrealista dirigida por Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho; e Rodas de Gigante, o aguardado documentário afetivo da atriz e diretora Catarina Accioly sobre um dos maiores personagens da cultura brasiliense, o diretor teatral e multiartista uruguaio Hugo Rodas.
Na seleção de curtas, a Mostra Brasília repete a diversidade de linguagens e temas. São quatro documentários: A Chuva do Caju, do premiado Alan Schvasberg, de Ninguém Nasce no Paraíso; Estrela da Tarde, uma espécie de autobiografia de Francisco Rio; Glitter Carnavalesco: A História do Bloco das Montadas, registro de Marla Galdino sobre o primeiro bloco de drag queens do DF; e Só Quem Tem Raiz, ambientado no Gama e dirigido por Josianne Diniz. Os outros quatro curtas selecionados para a Mostra Brasília são de ficção: Instante, da diretora Paola Veiga; a animação A Menina Corina em: Quantos Mundos Cabem em um Mundo Só?, de Luciellen Castro; Malu e a Máquina, de Ana Luíza Meneses, voltado ao público infantojuvenil; e Nada se Perde, uma distopia ambientada em Águas Claras, de Renan Montenegro.
Além das mostras competitivas, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta três mostras paralelas que complementam o panorama de filmes exibidos nesta edição. São elas: Mostra Outros Olhares, Mostra Coproduções e Festivalzinho, tradicional programação infantil, cuja curadoria foi realizada em parceria com a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.
Cena do longa Sem Coração, de Nara Normande e Tião
Na Mostra Outros Olhares, quatro títulos apontam para um panorama da produção nacional. Entre os longas: A Batalha da Rua Maria Antônia, vencedor do prêmio de melhor filme no Festival do Rio. A obra, dirigida pela cineasta paulista Vera Egito, propõe uma reimaginação da resistência do movimento estudantil aos ataques dos militares à USP, em 1968. Outra produção que compõe a mostra, Uma Carta para Papai Noel sagra o retorno do cineasta gaúcho Gustavo Spolidoro ao Festival de Brasília, no qual estreou como diretor em 1998. Do Rio de Janeiro, integra a mostra paralela Crônicas de uma Jovem Família Preta, de Davidson D. Candanda, produção que estreou no Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. E completa a seleção o novo filme da cineasta e produtora cultural indígena Graciela Guarani, com codireção de Alice Gouveia, Sekhdese.
Com objetivo de estimular e sensibilizar novos públicos, as crianças poderão assistir uma sessão com onze curtas-metragens. Destaques para Brincando de Imaginar, documentário paranaense sobre uma escola em meio a uma floresta; e as animações: Os Pelúcias, sobre dois bichinhos de pelúcia que ganham vida; Pipas Coloridas, sobre as férias dos materiais escolares; e Tom Tamborim, história de um garoto inquieto e cheio de suingue que só quer saber de batucar.
Além das mostras paralelas, o público poderá assistir a outras duas sessões hors concours. No dia 10 de dezembro, às 18h, será apresentado Utopia Tropical, documentário de João Amorim, que traz conversas entre o diplomata Celso Amorim e o escritor, filósofo e ativista norte-americano Noam Chomsky. E, na sessão de encerramento, antes da premiação, o público poderá assistir ao documentário Raoni: Uma Amizade Improvável, dirigido pelo cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux, mostrando sua história de amizade com o cacique Kaiapó Raoni ao longo de 50 anos, após as filmagens de Raoni (1978), longa com Marlon Brando indicado ao Oscar, que projetou o cacique como a mais importante liderança indígena brasileira para o mundo.
Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria foi composta por três comissões com profissionais renomados do audiovisual brasileiro. A seleção da Mostra Brasília contou com: a professora de Audiovisual Denise Moraes, a atriz e produtora cultural Wol Nunnes, a atriz e arte-educadora Kika Sena, o fotógrafo André Macedo e o professor e cineasta Érico Monnerat. Na comissão de curtas da Mostra Competitiva Nacional estão: o artista e realizador Antonio Balbino, a produtora Bella Medeiros, a crítica de cinema Cecilia Barroso, o cineasta e jornalista Marcio de Andrade, o cineasta, jornalista e ativista indígena Marcelo Cuhexê e a produtora Anamaria Mühlenberg.
Para os longas da Mostra Competitiva Nacional formaram a comissão de seleção: o cineasta e presidente da ABCVPéterson Paim, a diretora e produtora executiva Camila de Moraes e as críticas de cinema Flavia Guerra e Lorenna Montenegro. A seleção privilegiou obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2023:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS
A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (PE/SP) Cartório das Almas, de Leo Bello (DF) Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ) No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (DF/RJ/SC/SP) Nós Somos o Amanhã, de Lufe Steffen (SP) O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS
A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (AM/DF) Axé Meu Amor, de Thiago Costa (PB) Cáustico, de Wesley Gondim (DF) Cidade By Motoboy, de Mariana Vita (SP) Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Erguida, de Jhonnã Bao (SP) Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ) O Nada, de André Ladeia (RJ) Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS) Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (AL) Remendo, de Roger Ghil (GG Fákọ̀làdé) (ES) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)
MOSTRA BRASÍLIA | LONGAS-METRAGENS
Ecos do Silêncio, de André Luiz Oliveira Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel O Sonho de Clarice, de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho Rodas de Gigante, de Catarina Accioly
MOSTRA BRASÍLIA | CURTAS-METRAGENS
A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg A Menina Corina em: Quantos Mundos Cabem em um Mundo Só?, de Luciellen Castro Estrela da Tarde, de Francisco Rio Glitter Carnavalesco: A História do Bloco das Montadas, de Marla Galdino Instante, de Paola Veiga Malu e a Máquina, de Ana Luíza Meneses Nada se Perde, de Renan Montenegro Só Quem Tem Raiz, de Josianne Diniz
MOSTRA PARALELA | OUTROS OLHARES
A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito (SP) Crônicas de uma Jovem Família Preta, de Davidson D. Candanda (RJ) Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE) Uma Carta Para Papai Noel, de Gustavo Spolidoro (RS)
MOSTRA COPRODUÇÕES
Levante, de Lillah Halla (RJ/SP) O Livro dos Prazeres, de Marcela Lordy (RJ/SP) Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat (Argentina/Alemanha/Brasil/França/Itália) Sem Coração, de Nara Normande e Tião (PE)
FESTIVALZINHO
A Baleia Mágica, de Douglas Alves Ferreira (SP) Agosto dos Ventos, de Paulo Antunes (MG) Anacleto, O Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR) Brincando de Imaginar, de Otavio Zucon e Nélio Spréa (PR) Contos Mirabolantes: O Olho do Mapinguari, de Andrei Miralha (PA) Cora e os Corais, de Levi Luz e Bia Hetzel (BA) Os Pelúcias, de Vivian Altman e Sergio Pizza (SP) Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR) Pipas Coloridas, de Alunos do 2º Ano da Escola Carlitos, Fábio Yamaji e Patrícia Sá (SP) Tom Tamborim, de Maria Carolina e Igor Souza (BA) Vovô Joel, de Douglas Gomes (RJ)
FILME DE ABERTURA Ninguém Sai Vivo Daqui, de André Ristum (SP)
SESSÃO ESPECIAL HORS CONCOURS | ENCERRAMENTO Raoni: Uma Amizade Improvável, de Jean-Pierre Dutilleux (RJ)
SESSÃO BENEFICENTE Utopia Tropical, de João Amorim (DF)
Com início das filmagens marcado para janeiro de 2024, a cinebiografia Homem com H contará com o ator Jesuíta Barbosa, de Tatuagem, Praia do Futuro e A Filha do Palhaço, na pele de um dos artistas mais revolucionários da música brasileira: Ney Matogrosso. Acompanhada de perto por Ney, que participa do desenvolvimento do projeto e das decisões referentes ao roteiro, a obra conta com produção da Paris Entretenimento e distribuição da Paris Filmes.
Esmir Filho, de Os Famosos e os Duendes da Morte, Alguma Coisa Assim e Verlust, assina a direção do longa: “O processo de seleção foi concorrido. A pesquisa de elenco contou com uma grande lista de possibilidades, entre novos talentos e alguns nomes conhecidos do público. Jesuíta foi o grande destaque e nos pareceu a escolha certa, não só pelo ator maravilhoso que é, mas também por ser um artista performático como Ney”, disse.
Subversivo e livre, o cantor coleciona fãs, sucessos e polêmicas desde a década de 1970 quando surgiu como vocalista do grupo musical Secos e Molhados. Sua influência vai além do cenário musical misturando-se com a cultura brasileira por ser quem é: uma figura naturalmente política.
Para Jesuíta Barbosa, interpretar um artista tão icônico quanto Ney Matogrosso nos cinemas é um presente: “Ney é o ícone maior da cena transgressora artística brasileira, uma grande voz na música mundial. Minha felicidade não tem tamanho, é uma alegria quase sacra quando penso que vou olhar e poder experienciar as vivências deste homem incrivelmente delicado, tão importante para este país”, disse o ator.
Homem com H transitará entre diferentes fases da carreira do cantor passando por sua infância, adolescência, vida adulta e maturidade. O longa é uma jornada através do tempo e acompanha um rapaz de origem humilde apaixonado pela natureza, que se liberta das opressões e figuras de autoridade, quebra preconceitos e se torna um dos artistas mais influentes de sua geração.
A cerimônia, realizada na Sala Gilberto Gerlach, no CIC, Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis, foi apresentada por Suzaninha e por Drica D’arc Meirelles. O encerramento do festival contou também com show de Jesus Lumma.
Neste ano, o curta-metragem pernambucano Amor by Night, de Henrique Arruda, se destacou e recebeu três prêmios Unicórnio de Ouro, entre eles, o de melhor filme pelo júri técnico; a produção catarinense O Prazer é Todo Meu, da diretora Vanessa Sandre, levou o prêmio de melhor filme de ficção pelo voto popular. O júri foi formado por Alessandra Brandão, Rita Vênus e Wallie Ruy.
Conheça os filmes premiados na quinta edição do Transforma:
MELHOR FILME | JÚRI TÉCNICO Amor by Night, de Henrique Arruda (PE)
MELHOR FILME | VOTO POPULAR O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (SC)
MELHOR DOCUMENTÁRIO | JÚRI TÉCNICO Consuella, de Alexandre Figueirôa (PE)
MELHOR DOCUMENTÁRIO | VOTO POPULAR Delas para Nós, de Luisa Vilas Boas (SP)
MENÇÃO HONROSA DO JÚRI O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (SC)
ATUAÇÃO FEMININA Sharlene Esse, por Amor By Night
ATUAÇÃO MASCULINA Paulo Goya, por Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo
MELHOR DIREÇÃO Solana Llanes, por Nós Habíamos Amado Tanto y Detestado Sin Pudor
MELHOR ROTEIRO Arapuca, escrito por Joel Caetano (SP)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Amor by Night, por Henrique Arruda
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA Ave Maria, por Danilo do Carmo
MELHOR DESENHO DE SOM Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, por Nicolau Domingues
MELHOR TRILHA SONORA Orixás Center, por Filipe Mimoso
MELHOR MONTAGEM Travessias, por Maruxa Ruiz del Árbol
VOTO POPULAR Animaqueer: A Cabeça e o Corpo, de Mirian Miranda e Val Dobler (SC) Queerança: Sereia, de Estevan de la Fuente (PR) Transforma 50+: Entreaberta, de Bruna Amorim (RJ) Tela Trans: (sub)urbana, de Vini Poffo (SC) Mostra Sapatão: Quando Eu Cheguei, de Romy Huber (SC)
OUTROS PRÊMIOS Prêmio Olhar Transformador | Ficção: Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA) Prêmio Olhar Transformador | Documentário: Quando Eu Cheguei, de Romy Huber (SC) Prêmio Afronte: Ebó de Xuxú, de Myra Gomes (SP) Prêmio BAPHO Cultural: (sub)urbana, de Vini Poffo (SC) Prêmio ADEH: Mães pela Diversidade
Foram anunciados na noite desta terça-feira, 28/11, em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, os vencedores da 10ª edição da Mostra de Cinema de Gostoso. A cerimônia de encerramento aconteceu na sala de cinema montada ao ar livre nas areias da Praia do Maceió.
Ao todo foram cinco dias de exibições, além da realização de seminários, debates e palestras. A edição comemorativa dos dez anos contou com convidados nacionais e internacionais, além de maior participação do público popular. O anúncio das premiações foi feito pelos diretores da Mostra, Eugenio Puppo e Matheus Sundfeld, para uma plateia formada por atores, cineastas, diretores, jornalistas, estudantes, turistas, convidados e comunidade.
O filme O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira, foi escolhido o melhor longa-metragem pelo júri popular; As Marias, de Dannon Lacerda, levou o prêmio de melhor curta-metragem. Os vencedores recebem o Troféu Cascudo, em homenagem ao folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo.
O Troféu da Crítica foi para o baiano Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges, na categoria de longa-metragem; o filme potiguar A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza, foi premiado na categoria de curtas. A Menção Honrosa, entregue pela organização do evento, foi para o cearense Estranho Caminho, de Guto Parente.
No Work in Progress BrLab Gostoso, o Prêmio Mistika ofertou 35 mil reais em serviços de finalização de imagem para o filme O Deserto de Akin, de Bernard Lessa, além de mais 25 horas de estúdio de pós-produção de som ao filme e também para A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos. Já o Prêmio DOT, com 35 mil reais de serviços de finalização de imagem, foi entregue ao filme A Voz de Deus.
A programação da décima edição contou com nove longas-metragens e 17 curtas-metragens de 11 estados brasileiros, distribuídos entre as mostras Competitiva, Panorama, Coletivo Nós do Audiovisual e Sessão Especial. Neste ano, a parceria com a Petrobras viabilizou a inauguração de um novo espaço de exibição para a Mostra Panorama, batizado de Sala Petrobras. Localizada na Praia do Maceió, em uma tenda climatizada em formato geodésico, a sala recebeu quatro longas e sete curtas-metragens.
“Chegarmos na décima edição é sem dúvida memorável e gratificante. Em uma década foram muitas as transformações que a Mostra passou, sempre para melhor e com muito trabalho e desafio. Encerrar essa edição, com as presenças de tantas pessoas, como realizadores, atores, diretores, jornalistas, críticos, público em geral, sendo muitos de vários estados brasileiros, e que elogiaram muito a programação, é sensacional”, comemora Eugenio Puppo.
De acordo com Matheus Sundfeld, a Mostra de Cinema de Gostoso é uma das últimas mostras que acontecem no final do ano: “Nosso maior desafio é manter o olhar para a produção independente, não só para os filmes inscritos, mas os que são exibidos em outros festivais e principais produtoras, de modo que essa é uma curadoria sempre mais complexa de se fazer por conta disso, por conta desse olhar para toda a produção do cinema independente brasileiro do ano”.
Para encerrar a noite, foram exibidos, em sessão especial, o curta-metragem Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari, e o longa Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys.
Conheça os vencedores da Mostra de Cinema de Gostoso 2023:
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR As Marias, de Dannon Lacerda (MS)
MENÇÃO HONROSA Estranho Caminho, de Guto Parente (CE)
TROFÉU DA CRÍTICA | LONGA-METRAGEM Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA)
TROFÉU DA CRÍTICA | CURTA-METRAGEM A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN)
*O CINEVITOR está em São Miguel do Gostoso e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.