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Filmes sobre Adoniran Barbosa e Sidney Magal são exibidos na 47ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Paulo Miklos e Sidney Magal: música e cinema

A música tomou conta da Cinemateca Brasileira neste domingo, 22/10, durante a 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo com as exibições de Saudosa Maloca, de Pedro Serrano, e Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline.

O longa Saudosa Maloca traz Adoniran Barbosa, interpretado por Paulo Miklos, já no alto de seus 72 anos, narrando ao garçom de um bar histórias de uma São Paulo distante, lembrando com carinho dos amigos Mato Grosso, vivido por Gero Camilo, e Joca, papel de Gustavo Machado, vivendo numa maloca que já não existe mais, e ambos apaixonados por Iracema, interpretada por Leilah Moreno.

Com a ajuda do samba, Adoniran, Joca e Mato Grosso sobrevivem à pobreza e à fome, mas têm seu modo de vida ameaçado quando o bairro do Bixiga começa a passar por transformações vorazes, um sinal de que, se não arrumarem trabalho, podem ser engolidos pelo progresso. À medida que conta suas histórias, Adoniran estreita sua relação com Cícero, papel de Sidney Santiago Kuanza, e ambos são testemunhas do crescimento desenfreado da metrópole, que segue passando por cima de sua gente. A especulação imobiliária e os despejos ainda são as tintas que colorem a paisagem desigual. Combinando drama e fantasia, o longa resgata uma São Paulo lírica do passado que ficou imortalizada nas músicas de Adoniran Barbosa.

O universo de Adoniran não é novidade para o cineasta Pedro Serrano, que em 2015 lançou o curta Dá Licença de Contar, que já trazia o trio central no elenco fazendo os mesmos personagens, e, em 2020, lançou o documentário Adoniran: Meu Nome é João Rubinato. Agora com o longa, ampliou a história do curta trazendo mais elementos do universo do compositor paulista. Além de Saudosa Maloca, o roteiro traz episódios, falas e personagens presentes em diversos sambas do compositor, costurados numa só trama e compondo assim uma crônica social bem humorada da cidade de São Paulo.

Elenco de Saudosa Maloca na roda de samba

O longa tem roteiro de Serrano, Guilherme Quintela e Rubens Marinellie, com consultoria de Lusa Silvestre. O elenco conta também com Paulo Tiefenthaler, Carlos Gimenez, Izak Dahora, Zemanuel Piñero, Ney Piacentini, Noemi Marinho, Leiza Maria, Tassia Cabanas, Guilherme Rodio, Dagoberto Feliz, Raimundo Moura, Victor Salomão, Guilherme Conceição, Rodrigo Mazzoni, Eduardo Zanotti, Fabio Carvalho, Nataly Cabanas, Bruno Faldini e Alex Mazzanti

O Domingo Musical começou na Cinemateca Brasileira com uma roda de samba comandada por Everson Pessoa, integrante da banda Demônios da Garoa, com músicas de Adoniran Barbosa. Ao longo da apresentação, que aconteceu antes da exibição, integrantes do elenco, como Paulo Miklos, Gustavo Machado e Leilah Moreno, cantaram algumas músicas e agitaram o público.

Já no palco, o diretor Pedro Serrano discursou: “Hoje é uma noite que encerra um ciclo de nove anos e a Mostra tem participação desde o começo. Em 2015, exibimos o curta Dá Licença de Contar. A recepção do público foi maravilhosa e isso impulsionou nossa ideia de virar um longa. O cinema é muito difícil e anos depois desse lançamento na Mostra, estamos aqui, de novo, apresentando o longa nesse evento que mora no coração de todo mundo que gosta de cinema”.

Depois de Saudosa Maloca, foi a vez de Meu Sangue Ferve por Você, longa de Paulo Machline que conta a história de amor entre Sidney Magal e Magali West, uma paixão à primeira vista que aconteceu em 1982 e segue viva até os dias de hoje. A produção é assinada pela Mar Filmes e Amaia Produções e a distribuição será da Manequim Filmes, com previsão de estreia para março de 2024.

Protagonizado por Filipe Bragança e Giovana Cordeiro, nos papéis do casal, o filme é um musical colorido e vibrante, repleto de ginga e bom humor; os próprios Sidney Magal e Magali aparecem em uma participação especial. O longa tem a produção assinada por Joana Mariani e Diane Maia, e roteiro final de Roberto Vitorino; o elenco conta ainda com Caco Ciocler, Emanuelle Araujo, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes, Pablo Morais e Tânia Toko.

Protagonistas cantam clássicos de Sidney Magal 

No palco, Sidney Magal foi ovacionado pelo público durante a apresentação: “Desde o momento em que Joana, Diane e Paulo se interessaram pelo filme eu vi brilho nos olhos deles. E é isso que eu faço a minha vida inteira: provocar o brilho nos olhos de vocês e também no coração. Quando eu vi o filme pela primeira vez, me coloquei no lugar do público. Me emocionei e fiquei muito agradecido por tanto carinho, principalmente do elenco”.

Os protagonistas também discursaram: “Que lindo ver essa sessão lotada nesse lugar tão importante para o nosso cinema. É muito emocionante estar aqui hoje!”, disse Filipe Bragança. Giovana Cordeiro completou: “Esse projeto atravessou muitos momentos da nossa cultura, muitos momentos de insegurança. Então, estar aqui, realizando isso com toda essa equipe é muito gratificante. Uma felicidade imensa! Eu espero muito que vocês gostem do resultado dessa grande alegria que foi contar a história de Sidney Magal”.

Emanuelle Araujo também marcou presença na Cinemateca Brasileira: “Eu sou fã do Sidney Magal desde que tenho cinco anos de idade. Foi uma alegria imensa fazer parte de um filme que reverencia esse grande artista da nossa música e cultura brasileira”.

Ao final da sessão, Magal, Filipe e Giovana voltaram ao palco e cantaram clássicos como Tenho e Meu Sangue Ferve por Você; Emanuelle Araujo se juntou ao grupo depois: “É realmente muito especial. Tem pessoas aqui que acompanham minha carreira há 50 anos e eu tenho certeza de que se elas estão emocionadas e vibrando, vocês também curtiram. Eu choro copiosamente quando assisto. Essa história de amor é totalmente verdadeira. O meu trabalho e as minhas músicas representam um pouquinho na cabeça e no coração de cada pessoa”, finalizou Magal.

*Clique aqui e confira alguns trechos das apresentações

Fotos: Claudio Pedroso.

Conheça os curtas-metragens paraibanos selecionados para o 18º Fest Aruanda

por: Cinevitor
Cena do curta Abrição de Portas, de Jaime Guimarães

A 18ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro, em João Pessoa, na Paraíba, anunciou os curtas-metragens paraibanos selecionados para a mostra competitiva Sob o Céu Nordestino e também a identidade visual desta edição comemorativa dos 18 anos do festival.

Neste ano, foram sete curtas-metragens paraibanos selecionados e que disputarão o Troféu Aruanda: “Um ponto a ser destacado e valorizado na seleção é a interiorização da produção, com três filmes produzidos no interior, três em Campina Grande e um na capital, João Pessoa. Há também que salientar a preocupação dos realizadores, novatos e diretores mais experientes, em tratar de assuntos diversos que vão da luta pela terra, ao feminicídio, a discussão de gênero nas tradicionais quadrilhas, a valorização da cultura de reisado e de personagens do meio artístico paraibano, como Jackson do Pandeiro e Anayde Beiriz; e a ludicidade entre o que tem que prevalecer, a razão ou a emoção. São filmes que olham o passado como formação e orientação para os desafios do presente, que são imensos e urgentes”, disse o curador e diretor artístico do Fest Aruanda, Amilton Pinheiro.

Lúcio Vilar, fundador e diretor-executivo do festival, completou: “Mais uma vez o curta-metragem paraibano cumpre seu papel histórico como expressão relevante de nossa cinematografia e, apesar de vivermos uma entressafra, até pela falta de editais como Walfredo Rodriguez, por exemplo, teremos dez curtas locais nas duas mostras competitivas (nacional e nordestina)”.

Sobre a identidade visual deste ano, Vilar destacou o fato do aniversário do festival contemplar como homenageados os atores naturais que participaram do ­filme Aruanda (1960), de Linduarte Noronha, que inspirou o nome do próprio evento. O cinema que ensina o mundo a enxergar o Brasil é o conceito deste ano, que reforça o papel do cinema brasileiro em mostrar essa brasilidade para todo o mundo e ao mesmo tempo resgata a importância histórica dos ­filmes que, de fato, ajudaram o mundo a enxergar o Brasil, como é com o caso de Aruanda e de tantas outras obras-primas do Cinema Novo nos anos 1960.

Para essa temática, foi reimaginada uma paleta de cores que poderia fazer parte do cenário real do ­filme. Uma paleta de cores quente e de matriz acentuadamente nordestina que ajuda a compor o clima de homenagem ao Aruanda de uma forma mais moderna, contemporânea e atual. Clique aqui e confira.

“A peça principal foi composta a partir de uma releitura de uma cena emblemática do ­filme, onde todos os elementos estão representados: os atores, o pote de barro, que é marca do festival, e a composição de cena que é uma clara alusão à obra”, disse o fundador do festival para justificar o projeto gráfico assinado pela agência Mud Comunicação, de João Pessoa. Além disso, a edição irá celebrar os 100 anos do primeiro longa-metragem paraibano: Carnaval Paraibano e Pernambucano, de Walfredo Rodriguez, produzido em 1923.

Conheça os curtas paraibanos selecionados para o Fest Aruanda 2023:

Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Campina Grande)
Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia)
Flor dos Canaviais, de Lívio Brandão e Lucas Machado (Alhandra)
Flora, a Mãe do Rei, de Geóstenys de Melo Barbosa (Alagoa Grande)
O Orgulho Não é Junino, de Dimas Carvalho (Campina Grande)
Pantera dos Olhos Dormentes, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (João Pessoa)
Para Onde Eu Vou?, de Fabi Melo (Campina Grande)

Foto: Divulgação.

Maeve Jinkings apresenta Pedágio, de Carolina Markowicz, na 47ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Carolina Markowicz e Maeve Jinkings na exibição do filme

Depois de passar pelos festivais de Toronto, San Sebastián e levar quatro prêmios no Festival do Rio, Pedágio, segundo longa-metragem de Carolina Markowicz, foi exibido pela primeira vez em São Paulo nesta sexta-feira, 20/10, no CineSesc, na Mostra Brasil da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Estrelado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, a trama mostra Suellen, uma cobradora de pedágio que percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro. O longa é um retrato da opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ diante das incoerências e atrocidades promovidas por alguns setores da sociedade, de forma mais explícita nos últimos anos.

A diretora Carolina Markowicz, que recebeu o TIFF Emerging Talent Award no Festival de Toronto deste ano, apresentou o filme ao lado de vários integrantes da equipe, entre eles, os protagonistas e a produtora Karen Castanho: “Estou muito honrada por estar aqui com grande parte da equipe do filme. É uma noite muito especial apresentar o filme em casa”, disse a cineasta, que no ano passado também passou pela Mostra com Carvão.

Em entrevista ao CINEVITOR antes da sessão, Maeve Jinkings falou sobre sua parceria com Markowicz: “Estamos na primeira sessão de Pedágio aqui em São Paulo, na Mostra, que eu tenho muito carinho. É muito emocionante e até difícil falar de Pedágio sem falar da trajetória de Carvão, que é o primeiro longa da Carolina. São dois filmes que fizemos em um espaço muito curto. Eu, como atriz, quando fui fazer Pedágio ainda não sabia exatamente o que funcionava e o que não funcionava em termos de linguagem. E eu digo isso porque a linguagem da Carolina é algo que eu nunca tinha feito, que vejo muito pouco no audiovisual brasileiro e que gostaria de ver com mais frequência, que traz esse humor ácido. Inclusive dando conta de temas muito densos”.

E completou: “Eu sinto que a chegada de Pedágio, de alguma maneira, consolida a recepção de Carvão. Consolida o entendimento do público sobre a linguagem da Carolina. Eu tô curiosa pra ver como que o público vai reagir. Acima de tudo, perceber como o radar de um artista é uma coisa poderosa. É um espelho, uma chance de uma nação, de uma cultura se ver”.

Maeve também falou sobre a cura gay, já que a produção conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”: “Cura gay é um nome patético para um ritual perverso. Não existe cura onde não há doença. Como parte da comunidade LGBTQIA+, eu acho que rir do patético não é rir da comunidade e nem da dor de quem sofre esse tipo de tortura. Mas é deixar muito claro onde está o patético. Patético é você inventar uma doença. Isso, sim, é para ser ridicularizado. A Carolina se apropria disso, que é usado como entretenimento no meio conservador, e reverte para o patético”. Clique aqui e confira a entrevista completa com a atriz. 

Pedágio, que conta também com Thomás Aquino, Aline Marta Maia e Isac Graça no elenco, tem produção da Biônica Filmes e O Som e a Fúria, com coprodução da Globo Filmes e Paramount Pictures; a distribuição é da Paris Filmes. A próxima sessão do filme na Mostra de São Paulo será na terça-feira, 24/10, às 17h40, no Reserva Cultural.

Foto: Alex Gonçalves.

10º Recifest: conheça os vencedores do Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero

por: Cinevitor
Os vencedores no palco do Cine Teatro do Parque

Foram anunciados nesta sexta-feira, 20/10, no Cine Teatro do Parque, no Recife, os vencedores da décima edição do Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero, que fez jus à história do evento e prezou pela diversidade nas escolhas dos premiados.

Foram várias categorias com curtas de diversos estados consagrados com o Troféu Rutílio de Oliveira, como Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Pernambuco. O júri deste ano foi formado por Patrício Jr., Sharlene Esse e Isabela Cribari; já o júri popular contou com 361 votantes virtuais.

Esta edição faz uma homenagem à memória do ator, diretor e produtor de elenco Rutílio de Oliveria (in memoriam), um dos fundadores do festival e responsável por plantar as sementes da representatividade e da igualdade no cenário cinematográfico brasileiro anos atrás.

“Nós estamos muito felizes. Éramos universitários quando fizemos esse curta, estamos começando nessa jornada dos filmes ainda e de viver de arte também. Abrindo o coração e acreditando nas coisas. E essa equipe inteira fez acreditando na beleza desse filme e eu acredito que conseguimos passar esse carinho pra vocês”, disse Malu Rizzo, diretora do curta De noite, na cama.

Carla Francine, diretora artística do Recifest, destacou a importância do público para o festival: “Só temos a agradecer todas as pessoas que apoiaram esse festival ao longo dos últimos dias porque é uma luta muito grande, um desafio enorme fazer o Recifest e a gente encontra sentido nessa troca com vocês”. Mauro Lima, produtor do festival, completou: “O Recifest vai além de um festival de cinema. É um projeto político que defende a causa LGBTQIA+ em Pernambuco, que infelizmente ainda mantém o dado de maior índice de mortalidade de mulheres trans, homens trans, gays, lésbicas e isso é muito triste”.

Já a diretora geral do festival, Rosinha Assis, estendeu os agradecimentos aos trabalhadores do audiovisual: “Agradecemos especialmente a todos os realizadores que mandam seus filmes para o festival. Nós não conseguimos mensurar quantos filmes já exibimos nesses 10 anos do Recifest e é sempre muito emocionante. Então, viva a arte! Sem arte, a vida não tem sentido”.

No início da noite, uma conversa com os curadores do festival explicou os processos de seleção e o recorte das escolhas dos filmes que compuseram as mostras do festival. Ander Beça representou seus colegas, Chico Ludermir e Mariana Souza, e detalhou quais os critérios foram utilizados na hora de selecionar os participantes.

Além disso, o longa-metragem convidado Máquina do Desejo, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski, foi exibido na última noite e emocionou ao retratar a trajetória de 60 anos de luta e resistência do Teatro Oficina Uzyna Uzona, além de celebrar o legado do seu mentor o icônico Zé Celso Martinez. O filme é construído a partir do acervo audiovisual da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona que ultrapassa os palcos e penetra na história do Brasil influenciando inúmeros artistas e movimentos artísticos que surgiram.

Vale destacar que o Recifest segue com suas atividades: entre os dias 22 e 28 de outubro, o festival levará, de forma itinerante, atividades para escolas públicas, penitenciárias e centros sociais do Recife e Vicência. Além disso, na segunda-feira, 23/10, haverá uma Mostra Retrospectiva no cinema da UFPE com filmes marcantes que já foram exibidos em outras edições do festival.

Conheça os vencedores da 10ª edição do Recifest:

MELHOR FILME PERNAMBUCANO | JÚRI OFICIAL
Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva

MELHOR FILME NACIONAL | JÚRI OFICIAL
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)

MELHOR FILME NACIONAL | JÚRI POPULAR
Aceso, de Elissa de Brito (SP)

MELHOR FILME PERNAMBUCANO | JÚRI POPULAR
De noite, na cama, de Malu Rizzo

MELHOR DIREÇÃO
Renato Sircilli, por Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo

MELHOR ROTEIRO OU ARGUMENTO
A Vida Secreta de Delly, escrito por Marlom Meirelles

MELHOR INTERPRETAÇÃO
Paulo Goya e Wilson Rabelo, por Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo

MELHOR PRODUÇÃO
Yannick Beauquis e Quentin Brayer, por L’Esquisse

MELHOR FOTOGRAFIA
Arapuca, por Thiago Amaral

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
L’Esquisse, por Tomas Cali

MELHOR SOM
Transviar, por Gisele Bernardes

MELHOR MONTAGEM
O Fim da Imagem, por Arthur Tuoto

MENÇÃO HONROSA
De noite, na cama, de Malu Rizzo (PE)
Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA)

Foto: Heudes Regis.

Nyad

por: Cinevitor

Direção: Jimmy Chin, Elizabeth Chai Vasarhelyi.

Elenco: Annette Bening, Jodie Foster, Rhys Ifans, Luke Cosgrove, Nadia Lorencz, Marcus Young, Karly Rothenberg, Ethan Jones Romero, Grace Subervi, Stephen Schnetzer, Elizabeth Chahin, Garland Scott, Jeena Yi, Iván Oleaga, Jose Mota Prestol, Melissa R. Stubbs, Anne Marie Kempf, Carolyn McCormick, Marcos Diaz, Belle Darling, Pearl Darling, Johnny Solo, Anna Harriette Pittman, Eric T. Miller, Hanler Rodriguez, Harraka Eliana, Marcella Acuña Báez, Sophia Hernandez, Katherine Klosterman, Toussaint Merionne, Tisola Logan, Orpha Salimata, Erica Cho, Marina Vasarhelyi-Chin, James Vasarhelyi-Chin.

Ano: 2023

Sinopse: Conta a notável história real da atleta Diana Nyad que, aos 60 anos de idade e com a ajuda de sua melhor amiga e treinadora, Bonnie Stoll, compromete-se a realizar o sonho de sua vida: nadar 110 milhas em um perigoso mar aberto, sem a gaiola de proteção contra tubarões, de Cuba até a Flórida.

Nota do CINEVITOR:

Assassinos da Lua das Flores

por: Cinevitor

Killers of the Flower Moon

Direção: Martin Scorsese

Elenco: Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Lily Gladstone, Jesse Plemons, Tantoo Cardinal, John Lithgow, Brendan Fraser, Cara Jade Myers, Janae Collins, Jillian Dion, Jason Isbell, William Belleau, Louis Cancelmi, Scott Shepherd, Everett Waller, Talee Redcorn, Yancey Red Corn, Tatanka Means, Tommy Schultz, Sturgill Simpson, Ty Mitchell, Gary Basaraba, Charlie Musselwhite, Pat Healy, Steve Witting, Steve Routman, Gene Jones, Michael Abbott Jr., J.C. MacKenzie, Jack White, Larry Sellers, Barry Corbin, Gabriel Casdorph, Samuel French, Wally Welch, James Roman Dailey Jr., Christopher Cote, Randy Houser, Moe Headrick, Pete Yorn, Margaret Shannon-Sisk, Moira Redcorn, Chase Parker, John Gibbs, Katherine Willis, Delani Chambers, Zachary Hokeah, Jennifer Rader, Chance Rush, Talon Satepauhoodle, Dana Daylight, Mahada Sanders, Ben Hall, John Q. Wilson, Beau Smith, Victor McCay, Nathalie Standingcloud, Jay Paulson, Candice Costello, Father Chris Daigle, Justin France, Jerry Wolf, Addie Roanhorse, Norma Jean, Elisha Pratt, Brave Desiree Storm, Margaret Gray, Christopher Hill, Dolan Wilson, Lucas Ross, Vanessa Rose Pham, Terry Allen, Jo Harvey Allen, Sarah Spurger, Joshua Close, Elden Henson, Kinsleigh McNac, Roanin Davis, David Fields, Anthony J. Harvey, Stephen Berkman, William Alyn Hill, Joseph Spinelli, Blaine Hall, Brent Langdon, Leland Prater, DJ Whited, Liz Waller, Jessica Harjo, Joey Oglesby, Alexis Ann, Lee Eddy, Gary S. Pratt, Nathaniel Arcand, Kristin Keith, Bravery Nowlin, Shonagh Smith, Brett Bower, River Rhoades, Mark Landon Smith, Alexis Waller, Tom Ashmore, Johnny Baier, D. Reride Smith, James Healy Jr., Karen Garlitz, David Born, Mary Buss, Ted Welch, Carl Palmer, Steve Eastin, Joe Chrest, Brian Shoop, James Carroll, Lux Britni Malaske, Larry Jack Dotson, Larry Fessenden, Marko A. Costanzo, Nicholas White, Vince Giordano, Vinny Raniolo, Brent Charles, Rachael Christenson, Michael Graham, Dave Granholm, Eric Parkinson, Charisse Taylor, Martin Scorsese.

Ano: 2023

Sinopse: Na virada do século 20, o petróleo trouxe uma fortuna para a nação Osage, que se tornou um dos grupos mais ricos do mundo da noite para o dia. A riqueza desses nativos norte-americanos imediatamente atraiu intrusos brancos, que manipularam, extorquiram e roubaram tanto dinheiro quanto podiam antes de recorrer a assassinatos. Baseado em uma história real, e contado por meio do improvável romance entre Ernest Burkhart e Mollie Kyle, Assassinos da Lua das Flores é uma saga épica de faroeste, onde o amor verdadeiro se cruza com uma traição indescritível.

Nota do CINEVITOR:

47ª Mostra de São Paulo: conheça os filmes selecionados e destaques da programação

por: Cinevitor
Sandra Hüller e Swann Arlaud em Anatomia de uma Queda: filme de abertura

A 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 19 de outubro e 1º de novembro com 362 filmes, de 96 países, na programação. As exibições serão realizadas em 24 salas de cinemas, espaços culturais e CEUs espalhados pela capital paulista, incluindo sessões gratuitas e ao ar livre. Além disso, as plataformas Itaú Cultural Play, Sesc Digital e Spcine Play disponibilizarão acesso gratuito a títulos selecionados pela curadoria do evento.

O vencedor da Palma de Ouro deste ano no Festival de Cannes, Anatomia de uma Queda, no original Anatomie d’une chute, dirigido por Justine Triet, será o filme de abertura da 47ª edição e será exibido em uma sessão especial na Cinemateca Brasileira. A cerimônia, marcada para quarta-feira, 18/10, será apresentada por Renata de Almeida e Serginho Groisman.

Como de costume, a Mostra de São Paulo traz títulos de cineastas consagrados e exibidos recentemente em importantes festivais internacionais, como: Zona de Interesse (The Zone of Interest), de Jonathan Glazer, vencedor do Grand Prix e também do Prêmio FIPRESCI no Festival de Cannes; O Espectro do Boko Haram (Le spectre de Boko Haram), de Cyrielle Raingou, vencedor do prêmio de melhor filme da Tiger Competition do Festival de Roterdã; A Teoria Universal (Die Theorie von Allem), de Timm Kröger, premiado pela crítica como melhor direção em Veneza; Ervas Secas (Kuru Otlar Üstüne), de Nuri Bilge Ceylan, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Merve Dizdar no Festival de Cannes deste ano.

E mais: Maestro, de Bradley Cooper, que disputou o Leão de Ouro em Veneza; Bom Dia à Linguagem (Bonjour la langue), de Paul Vecchiali, que faleceu em janeiro deste ano; Fallen Leaves, de Aki Kaurismäki, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes; A Besta (La bête), de Bertrand Bonello, com Léa Seydoux, exibido em Veneza; Na Água (Mul-an-e-seo), de Hong Sang-soo, exibido na mostra Encounters do Festival de Berlim; Mulher de… (Kobieta z…), de Malgorzata Szumowska e Michal Englert, exibido em Veneza; O Livro das Soluções (Le Livre des solutions), de Michel Gondry, destaque da Quinzena dos Realizadores em Cannes;

A lista continua com: Juventude (Primavera) (Qingchun), de Wang Bing, que disputou a Palma de Ouro em Cannes; O Mal Não Existe (Aku wa sonzai shinai), de Ryûsuke Hamaguchi, vencedor do Grande Prêmio do Júri e do Prêmio FIPRESCI no Festival de Veneza; La Chimera, de Alice Rohrwacher, que disputou a Palma de Ouro este ano e conta com a atriz brasileira Carol Duarte no elenco; Anselm: 3D (Anselm: Das Rauschen der Zeit), de Wim Wenders, exibido em Cannes fora de competição; Fechar os Olhos (Cerrar los ojos), de Victor Erice, uma coprodução entre Espanha e Argentina, exibida em Cannes e Toronto; entre outros.

Léa Seydoux e George MacKay em A Besta, de Bertrand Bonello

Do Festival de Veneza, além dos já citados, a seleção traz também: Paraíso em Chamas (Paradiset brinner), de Mika Gustafson, vencedor da Mostra Orizzonti de melhor direção; Comandante, de Edoardo De Angelis, com Pierfrancesco Favino, que abriu o evento; El Paraíso, de Enrico Maria Artale, que ganhou o  prêmio de melhor roteiro na Mostra Orizzonti e que rendeu para Margarita Rosa de Francisco o prêmio de melhor atriz; O Amor é uma Arma (Ai shi yi ba qiang), de Lee Hong-chi, vencedor do Leão do Futuro de melhor filme de estreia; Vampira Humanista Procura Suicida Voluntário (Vampire humaniste cherche suicidaire consentant), de Ariane Louis Seize, grande vencedor da mostra paralela Giornate degli Autori; e Malqueridas, de Tana Gilbert, premiado pela crítica.

Enquanto isso, do Festival de Cannes, outros filmes ganham destaque: Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu, grande vencedor da Semana da Crítica; o brasileiro A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora, vencedor do Prix d’Ensemble na mostra Un Certain Regard; Dentro do Casulo Amarelo (Bên trong vỏ kén vàng), de Pham Thien An, que recebeu a Câmera de Ouro; Está  Chovendo em Casa (Il pleut dans la maison), de Paloma Sermon-Daï, que recebeu o Prêmio do Júri na Semana da Crítica; e Criatura (Creatura), de Elena Martín, e Um Príncipe (Un Prince), de Pierre Creton, ambos premiados na Quinzena dos Realizadores.

Já do Festival de Berlim, estão confirmados nesta edição da Mostra: No Adamant (Sur l’Adamant), de Nicolas Philibert, vencedor do Urso de Ouro de melhor filme; Afire (Roter Himmel), de Christian Petzold, vencedor do Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri; Samsara: A Jornada da Alma, de Lois Patiño, que recebeu o Prêmio Especial do Júri na mostra Encounters; e Névoa Prateada (Silver Haze), de Sacha Polak, que rendeu o Prêmio do Júri no Teddy Award para a atriz Vicky Knight.

A 47ª Mostra de São Paulo traz também títulos do Festival de San Sebastián, como: Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat, coprodução brasileira que levou o prêmio de melhor roteiro e melhor ator para Marcelo Subiotto; O Castelo (El castillo), de Martín Benchimol, eleito o melhor filme da mostra Horizontes; O Auge do Humano 3 (El auge del humano 3), de Eduardo Williams, que recebeu o prêmio Zabaltegi Tabakalera e tem o Brasil como coprodutor; The Royal Hotel, de Kitty Green, que levou o Prêmio RTVE; e Na Ponta dos Dedos (Fingernails), de Christos Nikou, vencedor do Prêmio FIPRESCI.

Carey Mulligan e Bradley Cooper em Maestro: exibido em Veneza

Do Festival de Locarno, a programação exibe: Zona Crítica (Mantagheye bohrani), de Ali Ahmadzadeh, vencedor do Leopardo de Ouro de melhor filme; Não Espere Muito do Fim do Mundo (Nu aștepta prea mult de la sfârșitul lumii), dirigido por Radu Jude e que venceu o Prêmio Especial do Júri; Stepne, de Maryna Vroda, vencedor dos prêmios de melhor direção e FIPRESCI; Bons Sonhos (Sweet Dreams), de Ena Sendijarević, que rendeu o prêmio de melhor interpretação para Renée Soutendijk; Sonhando e Morrendo (Hao jiu bu jian), de Nelson Yeo, vencedor dos prêmios de melhor filme de estreia e do Leopardo de Ouro da mostra Cineasti del presente; Camping do Lago (Camping du Lac), de Eléonore Saintagnan, que recebeu o Prêmio Especial do Júri da mostra Cineasti del presente; e Excursão (Ekskurzija), de Una Gunjak, que recebeu Menção Especial na mostra Cineasti del presente.

O Festival de Sundance também ganha destaque na 47ª Mostra de São Paulo com diversos títulos, entre eles: o australiano Shayda, de Noora Niasari, vencedor do Prêmio do Público da Competição Internacional; 20 Dias em Mariupol (20 Days in Mariupol), de Mstyslav Chernov, que foi eleito o melhor documentário da Competição Internacional pelo público; Devagar (Slow), de Marija Kavtaradze, prêmio de melhor direção na Competição Internacional; The Persian Version, de Maryam Keshavarz, que recebeu os prêmios de melhor roteiro e melhor filme segundo o público na Competição Americana; A Memória Infinita (The Eternal Memory), de Maite Alberdi, consagrado com o Grande Prêmio do Júri na Competição Internacional de documentário.

E mais títulos de Sundance: Irmandade da Sauna a Vapor (Smoke Sauna Sisterhood), de Anna Hints, que levou o prêmio de melhor direção de documentário da Competição Internacional; E o Rei Disse, que Máquina Fantástica (Fantastic Machine), de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck, consgrado com o Prêmio Especial do Júri na Competição Internacional de documentário; Animalia, de Sofia Alaoui, vencedor do Prêmio Especial do Júri da Competição Internacional; e Quando Derreter (When It Melts), de Veerle Baetens, que rendeu para a atriz Rosa Marchant o Prêmio Especial do Júri.

A Mostra também exibe dois filmes que foram premiados no Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy: Frango para Linda! (Linda veut du poulet!), de Chiara Malta e Sébastien Laudenbach, que levou o prêmio de melhor filme; e Robot Dreams, de Pablo Berger, vencedor do Prêmio Contrechamp. Além disso, do Festival de Roterdã, também será exibido La Palisiada, de Philip Sotnychenko, vencedor do Prêmio FIPRESCI.

Cena do longa O Mal Não Existe, de Ryûsuke Hamaguchi: premiado em Veneza

Já do Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, na República Checa, a 47ª Mostra de São Paulo traz: Lições de Blaga (Urotcite na Blaga), de Stephan Komandarev, que recebeu três prêmios, entre eles, o Crystal Globe de melhor filme e melhor atriz para Eli Skorcheva; Fremont, de Babak Jalali, que levou o Prêmio do Júri; e Cidadão Santo (Citizen Saint), de Tinatin Kajrishvili, que recebeu Menção Especial do Júri Ecumênico.

Como de costume, a seleção da Mostra traz títulos já indicados por seus respectivos países que disputarão uma vaga na categoria de melhor filme internacional do Oscar. Até agora já estão confirmados: Shayda, de Noora Niasari, representante da Austrália; Excursão, de Una Gunjak, da Bósnia e Herzegovina; Lições de Blaga, de Stephan Komandarev, da Bulgária; o chileno Los Colonos, de Felipe Gálvez Haberle; da Eslováquia, Fotofobia (Photophobia), de Ivan Ostrochovský e Pavol Pekarcík; Irmandade da Sauna a Vapor, de Anna Hints, representante da Estônia; da Finlândia, Fallen Leaves, de Aki Kaurismaki; da Geórgia, Cidadão Santo, de Tinatin Kajrishvili; da Lituânia, Devagar, de Marija Kavtaradze; Bons Sonhos, de Ena Sendijarevic, representante da Holanda; A Ereção de Toribio Bardelli (La erección de Toribio Bardelli), de Adrián Saba, do Peru; da Romênia, Não Espere Muito do Fim do Mundo, de Radu Jude; da Suécia, Oponente, de Milad Alami; da Turquia, Ervas Secas, de Nuri Bilge Ceylan; Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu, representante da Malásia; e da Ucrânia, 20 Dias em Mariupol, de Mstyslav Chernov.

E mais: a 47ª Mostra vai exibir cerca de 60 longas brasileiros na Mostra Brasil; os títulos integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Os filmes que estão na  Perspectiva Internacional são inéditos em São Paulo, assim como os da Competição Novos Diretores, que exibe filmes de cineastas que contam com até dois longas no currículo. As obras da competição concorrem ao Troféu Bandeira Paulista de melhor filme, entregue pelo Júri Internacional da Mostra de São Paulo. Além disso, todos os brasileiros da Perspectiva Internacional e da Competição Novos Diretores concorrem ao Prêmio do Público, que inclui o Troféu Bandeira Paulista de melhor filme brasileiro.

A lista nacional traz filmes, como: Sem Coração, de Nara Normande e Tião, exibido na mostra Orizzonti do Festival de Veneza; A Paixão Segundo G.H., de Luiz Fernando Carvalho, com Maria Fernanda Cândido; A Alegria é a Prova dos Nove, de Helena Ignez, com Ney Matogrosso no elenco, que foi exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes; o cearense Estranho Caminho, de Guto Parente, grande vencedor do Festival de Cinema de Tribeca e premiado no Festival do Rio; Meu Casulo de Drywall, de Caroline Fioratti, exibido no SXSW Film Festival; O Diabo da Rua no Meio do Redemunho, de Bia Lessa; Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry, premiado no Festival de Gramado; o catarinense Porto Príncipe, de Maria Emília Azevedo, grande vencedor do Cine PE 2023; Até que a Música Pare, de Cristiane Oliveira; Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena, exibido no FAM e premiado no Olhar de Cinema.

E mais: o documentário Adriana Varejão: Entre Carnes e Mares, de Andrucha Waddington e Pedro Buarque de Hollanda; Pedágio, de Carolina Markowicz, com Maeve Jinkings, exibido em diversos festivais, entre eles, Toronto e San Sebastián; As Polacas, de João Jardim; O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, exibido na mostra Forum do Festival de Berlim; o documentário Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos, grande vencedor do Festival do Rio; a ficção Atmosfera, de Paulo Caldas, com João Miguel, Milhem Cortaz e Zezita Matos no elenco; os documentários Peréio, Eu Te Odeio, de Allan Sieber e Tasso Dourado, Partido, de César Charlone, Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite, Helô, de Lula Buarque de Hollanda, Lô Borges – Toda Essa Água, de Rodrigo de Oliveira e Línguas da nossa Língua, de Estêvão Ciavatta.

Filipe Bragança na cinebiografia Meu Sangue Ferve por Você

A lista de brasileiros segue com: O Dia que te Conheci, de André Novais de Oliveira, premiado no Festival do Rio; Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline, cinebiografia de Sidney Magal; Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte, e O Barulho da Noite, de Eva Pereira, exibidos em Gramado; a ficção On Off, de Lírio Ferreira, com Caio Blat; o documentário A Planta, de Beto Brant, sobre a cannabis medicinal; O Mensageiro, de Lucia Murat; Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane, grande vencedor do Festival de Gramado deste ano; Nelson Pereira dos Santos: Vida de Cinema, de Aida Marques e Ivelise Ferreira, documentário exibido no Festival de Cannes; O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini; o cearense Represa, de Diego Hoefel, grande vencedor do Festival de Vitória; Tia Virgínia, de Fabio Meira, que rendeu o kikito de melhor atriz para Vera Holtz; Invisíveis, de Heitor Dhalia, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, com Andréa Beltrão; o documentário Telas, de Leandro Goddínho; entre outros.

Neste ano, a arte do cartaz da 47ª Mostra é assinada pelo italiano Michelangelo Antonioni, que recebe uma tripla homenagem. O festival faz uma retrospectiva que conta com 23 títulos do cineasta. Serão exibidos curtas e longas, documentários e ficções, realizados entre 1947 e 2004. Além disso, entre os dias 23 de outubro e 17 de novembro, 24 pinturas de Antonioni ganham exposição com entrada franca no Instituto Italiano de Cultura de São Paulo. E ainda, para completar a homenagem ao mestre, seu roteiro Tecnicamente Doce terá uma leitura feita por grandes atores e dirigida pelo cineasta André Ristum.

A Petrobras inaugura uma nova ação de patrocínio com a construção de um espaço temporário na Cinemateca Brasileira. Chamado Espaço Petrobras, o local vai abrigar, além de sessões tradicionais na área externa, o Domingo Musical, no dia 22, com a exibição do filme Saudosa Maloca, de Pedro Serrano, que será precedido por uma roda de samba com Everson Pessoa, que fez a trilha do filme, e convidados; Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline, encerra a noite com uma canja de Sidney Magal. O Espaço Petrobras vai exibir no dia 19 o filme De Longe Toda Serra é Azul, de Neto Borges, seguido de show de Zeca Baleiro, autor da trilha sonora. No dia 26 é a vez da sessão de Mussum, O Filmis, de Silvio Guindane, que contará com apresentação de uma roda de samba na sequência.

A Mostra de São Paulo 2023 também exibe o marco do cinema de vanguarda soviético Um Homem com uma Câmera (1929), de Dziga Vertov, com nova trilha composta pelo compositor, flautista e professor Luiz Henrique Xavier. Além disso, em homenagem ao dramaturgo, diretor, ator e encenador José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, morto em julho, o festival faz uma sessão especial de 25, filme dirigido por ele e Celso Luccas, que registra as transformações provocadas pela Frelimo, Frente de Libertação de Moçambique. O longa foi apresentado na primeira edição da Mostra Internacional de Cinema, em 1977, sem a presença dos diretores, exilados pela ditadura militar.

Também ganham exibição as cópias restauradas dos clássicos Amor Louco (1969), de Jacques Rivette; Vale Abraão (1993), de Manoel de Oliveira; O Retorno à Razão (1923), de Man Ray; Corisco & Dadá (1996), de Rosemberg Cariry; O Sangue (1989), de Pedro Costa; e Underground: Mentiras de Guerra (1995), de Emir Kusturica.

Além de integrar o júri desta edição da Mostra, Kusturica vai receber o Prêmio Leon Cakoff, que também será entregue a Júlio Bressane, na abertura do evento. Integram a programação os dois filmes mais recentes do cineasta carioca, o documentário A Longa Viagem do Ônibus Amarelo e a ficção Leme do Destino. Já o Prêmio Humanidade, concedido a personalidades que demonstram questões humanistas, sociais e políticas pertinentes ao seu tempo de forma corajosa e sensível, será entregue a dois documentaristas: o cineasta francês Sylvain George e o diretor americano Errol Morris. George é homenageado com a exibição dos sete documentários dirigidos por ele. Também ganha sessão o filme mais recente do premiado diretor americano, The Pigeon Tunnel.

Cena do clássico brasileiro Corisco & Dadá, com Chico Diaz e Dira Paes

Três longas de Lenny Abrahamson, que integra o júri com Kusturica, Bárbara Paz, Enrica Fico Antonioni, Mariette Rissenback e Welket Bunguê, serão revisitados na Mostra: Adam e Paul, Garage e O que Richard Fez.

A programação da 47ª Mostra conta também com a exposição O Filme Perdido, com desenhos originais da graphic novel homônima de Cesar Gananian e Chico França. As obras ficarão expostas no foyer do CineSesc a partir do dia 18 de outubro; o livro também será lançado durante a Mostra. Além dele, também serão lançados durante o festival dois livros que celebram os trabalhos de dois grandes nomes da crítica brasileira: Inácio Araújo: Olhos Livres, organizado por Sérgio Alpendre e Laura Loguercio Cánepa; e A Arte da Crítica, de Luiz Zanin Oricchio.

Pela primeira vez, a Mostra Internacional de Cinema vai levar parte da seleção de sua 47ª edição ao Norte do Brasil. Uma parceria com o Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI), em Manaus, vai contemplar a população manauara com a exibição de títulos brasileiros e internacionais em três locais do centro da cidade. As sessões ocorrem entre os dias 27 e 29 de outubro, na rua e em salas de cinema.

Também integram a programação da 47ª Mostra obras em realidade virtual, que serão exibidas na Cinemateca Brasileira e no CineSesc. Foram selecionados cerca de 10 títulos premiados em festivais internacionais. E mais: pelo terceiro ano consecutivo, a Mostra realiza o Encontro de Ideias Audiovisuais, que  inclui o VII Fórum Mostra, o VII Da Palavra à Imagem e o II Mercado. A Cinemateca Brasileira também abriga durante o III Encontro de Ideias uma exposição com releituras de 25 cartazes de filmes brasileiros feitos por 25 artistas diferentes; as obras celebram os 25 anos da Globo Filmes.

Depois de anos de parceria com a Mostra, exibindo tanto filmes internacionais como nacionais, a Netflix pela primeira vez entregará um prêmio no festival. Este prêmio será concedido a um filme brasileiro participante da Mostra deste ano que ainda não tenha contrato com um serviço de streaming, a partir da escolha de uma comissão julgadora liderada pela Netflix. O filme vencedor do Prêmio Netflix, a ser anunciado no dia 1º de  novembro, data de encerramento da Mostra, será adquirido pela Netflix e exibido em mais de 190 países.

Em 2023, pela primeira vez, o Projeto Paradiso vai oferecer o Prêmio Paradiso de apoio à distribuição nos cinemas a um dos filmes selecionados para a seção Mostra Brasil. O aporte de R$ 25 mil deverá complementar a distribuição da obra nas salas de cinema brasileiras. O objetivo é apoiar seu lançamento comercial e estimular a conexão do longa com o público nas telonas. Uma comissão externa vai escolher o filme entre os títulos mais bem votados pelo público; também será entregue o 2º Prêmio Brada de Direção de Arte.

Além deles, a 47ª Mostra concede o Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake, aos filmes da seção Competição Novos Diretores. Após serem exibidos, os longas desta seção mais votados pelo público são submetidos ao júri, que escolherá os vencedores nas categorias de melhor filme de ficção, melhor documentário e outros prêmios que os jurados desejarem.

Vale destacar que, pela primeira vez neste ano, cerca de 20 filmes da programação terão recursos de  acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva ou visual por meio do aplicativo Mobiload. E mais: a Central da Mostra retorna com um balcão de informações no Conjunto Nacional, que funcionará também para venda de produtos ligados ao evento. O aplicativo da Mostra traz toda a programação do evento e notícias.

Fotos: Divulgação/Jason McDonald/Netflix/Tibico Brasil.

33º Cine Ceará anuncia curtas e longas selecionados para a Mostra Olhar do Ceará

por: Cinevitor
Gilmar Magalhães e Renato Linhares no longa Represa, de Diego Hoefel

Com oito longas-metragens e 15 curtas selecionados, o Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema anunciou os filmes que farão parte da Mostra Olhar do Ceará da 33ª edição, que acontecerá entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro.

Neste ano, a seleção traz o dobro de longas e o número de curtas é 50% maior do que na edição anterior. Esse crescimento é um reflexo da efervescência de produções locais de alta qualidade e o festival confere ao cinema cearense uma maior representatividade na programação. O melhor longa e o melhor curta da Mostra eleitos pelo júri do festival serão agraciados com o Troféu Mucuripe.

Dentre os longas selecionados estão as ficções Represa, de Diego Hoefel, único longa-metragem brasileiro no Festival de Roterdã e vencedor de quatro prêmios no Festival de Vitória deste ano, entre eles, melhor filme; e Quando Eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena, premiado no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Outro longa de ficção é Os Maluvidos, de Josenildo Nascimento e Gislandia Barros, que foi produzido e contou com atuação de moradores do Bom Jardim, bairro localizado na periferia de Fortaleza.

São quatro documentários de longa-metragem: A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza, que faz uma narrativa de conexões entre a história de Maria da Luz Fonseca, uma mulher negra, natural da Ilha de Príncipe e a da rainha angolana Nzinga; Amilton Melo: Ídolo de Todos, de Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo, sobre a carreira desse ídolo do futebol cearense; Nirez Eterno, de Aderbal Nogueira e Glauber Paiva, sobre o pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo Nirez; e Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo, sobre quatro mães de pessoas LGBTQIA+. Fecha a seleção de longas da Olhar do Ceará o híbrido Todas as Vidas de Telma, de Adriana Botelho.

Segundo a curadora da Mostra Olhar do Ceará, Camilla Osório, a palavra que define o recorte curatorial da Mostra deste ano é a diversidade, e destaca o aumento de produções de longas-metragens no estado: “A gente tem uma seleção de oito longas-metragens, que é uma quantidade inédita. Nunca tínhamos tido tantas produções e a Mostra Olhar do Ceará busca refletir isso, que tem a ver com o aumento do financiamento público ao cinema. Nessa seleção, temos filmes premiadíssimos até filmes realizados com poucos recursos e que traz realizadores da periferia de Fortaleza. Dessa forma, a gente consegue falar dessa multiplicidade de vozes, que hoje são capazes de criar narrativas e pensar o mundo através do cinema”.

Já com relação a seleção de curtas-metragens, a curadora destaca a presença forte das escolas de formação: “Atualmente, nós temos muitas escolas na capital e no interior. Isso traz para a Mostra muitos realizadores iniciantes. Esse resultado tem muito a ver com a proposta, que é intrínseca na Mostra Olhar do Ceará: de ser porta de entrada dos realizadores cearenses, para que eles possam se mostrar para o mundo. Desse modo, a gente consegue ter a Mostra como um panorama da potência criativa e da diversidade do cinema cearense”.

Dentre os 15 curtas-metragens selecionados para a mostra, dois são documentários: Encruzilhadas do Som, de Edigar Martins, que aborda o papel da música na Umbanda, reverenciando a dimensão encantada e a diversidade sonora, através da experiência de quatro umbandistas de Fortaleza; e o documentário híbrido Urubu Aterrado, de Cris Sousa e Weslley Oliveira, onde Cris, por meio das memórias de sua mãe, lança um olhar sobre o tempo e o espaço que um dia viveu. As memórias em trânsito se alteram como a força do vento que modifica a paisagem à beira mar. A favela do urubu está aterrada pelo poder da classe dominante.

Duas animações estão entre os curtas selecionados: Barra Nova, de Diego Maia, e Todo Mundo Tem um Anjo, de Neil Armstrong Rezende. O gênero experimental aparece em três produções: A Humanidade que me Resta, de Kieza Fran Nascimento, Quando o Passado For Presente Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Vilarouca, e Camurupim, de Allan Matheus, um realismo fantástico/experimental.

Completam a mostra as ficções: Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes; As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho; Jaci, de Bruno Lobo La Loba; o documentário ficcional Onde está Mymye Mastroiagnne?, de biarritzzz; O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa; Terral, de Alisson Emanoel e Carol Cavalcante; o drama A Parte que Falta, de Nicole Nasser; e o curta de terror Noites em Claro, de Elvis Alves.

O 33° Cine Ceará terá exibições no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE) geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). Com o crescimento no número de filmes, a Mostra Olhar do Ceará desta edição ocupará as duas salas do Cinema do Dragão, que receberá também outras exibições de mostras não competitivas do evento. Todos os filmes das mostras competitivas serão exibidos com legenda descritiva para surdos e ensurdecidos em idioma português.  

Conheça os filmes da Mostra Olhar do Ceará 2023:

LONGAS-METRAGENS

A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza
Amilton Melo: Ídolo de Todos, de Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo
Nirez Eterno, de Aderbal Nogueira e Glauber Paiva
Os Maluvidos, de Josenildo Nascimento e Gislandia Barros
Quando Eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena
Represa, de Diego Hoefel
Todas as Vidas de Telma, de Adriana Botelho
Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo

CURTAS-METRAGENS

A Humanidade que me Resta, de Kieza Fran Nascimento
Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes
A Parte que Falta, de Nicole Nasser
As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho
Barra Nova, de Diego Maia
Camurupim, de Allan Matheus
Encruzilhadas do Som, de Edigar Martins
Jaci, de Bruno Lobo La Loba
Noites em Claro, de Elvis Alves
Onde está Mymye Mastroiagnne?, de biarritzzz
O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa
Quando o Passado for Presente Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Vilarouca
Terral, de Alisson Emanoel e Carol Cavalcante
Todo Mundo Tem um Anjo, de Neil Armstrong Rezende
Urubu Aterrado, de Cris Sousa e Weslley Oliveira

Foto: Divulgação/Tardo Filmes.

Festival do Rio 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Maeve Jinkings: melhor atriz por Pedágio

Foram anunciados neste domingo, 15/10, no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, os vencedores do Festival do Rio 2023, que contou com 91 filmes na disputa pelo troféu Redentor e pelo Prêmio Félix. A atriz Carla Cristina Cardoso e o ator Bukassa Kabengele apresentaram a cerimônia.

Dirigido por Vera Egito, A Batalha da Rua Maria Antônia foi eleito o melhor filme de ficção desta 25ª edição. O longa retrata momentos da Batalha da Rua Maria Antônia, que aconteceu em outubro de 1968, ao lado dos estudantes e professores do Movimento Estudantil de Esquerda, no prédio da Faculdade de Filosofia da USP, em uma noite definitiva. Os personagens enfrentam os ataques do Comando de Caça aos Comunistas vindos do outro lado da rua, da Universidade Mackenzie. Quando o confronto explode, molotovs, pedras, paus e bombas são atirados; 24 horas vividas com a paixão da juventude dos anos 1960, em defesa de um sonho, na iminência da invasão dos militares ao prédio da USP.

Neste ano, o time de jurados foi formado por: Laís Bodansky (presidente), Gaia Furrer, Isabél Zuaa, João Vieira Jr. e Renata Pinheiro na Première Brasil; Johnny Massaro (presidente), Beatriz Seigner, Jéssica Ellen e Pedro Bronz na Première Brasil Novos Rumos; e Sandro Fiorin (presidente), Andrea Capella, Pedro Henrique França e Wescla Vasconcelos no Prêmio Félix, que destaca as narrativas LGBTQIAPN+.

No palco da premiação, Ilda Santiago, diretora do festival, disse: “É importante que o Festival do Rio exista, que muitos festivais de cinema existam, para atender a um cinema cada vez mais vibrante. Muito obrigada por terem nos enchido de alegria, e terem enchido as salas de cinema de alegria. Tentamos fazer o festival mais diverso e plural possível. Para trazer o cinema que fale do que nos é caro e feliz, mas também traga reflexão sobre o país que queremos. O cinema é capaz sim de ser transformador. E é em cima dessa crença que trabalhamos há 25 anos e esperamos trabalhar muito mais”.

A diretora do festival Walkiria Barbosa completou: “Este ano no Rio Market, transmitimos as palestras para milhares de pessoas no país que puderam assistir aos mais de 200 palestrantes que vieram discutir conosco. A gente sai desse Rio Market com uma discussão que serve de pontapé para a construção de uma política de audiovisual consistente para o país”.

Todo ano, o Festival do Rio também homenageia uma pessoa artista LGBTQIAPN+ com o Troféu Suzy Capó de Personalidade do Ano, dentro do âmbito do Prêmio Félix. Em 2023, o troféu foi compartilhado pela atriz Nanda Costa e pela compositora e percussionista Lan Lanh, casal que vem se destacando nas artes pela qualidade de seu trabalho profissional. Ainda em início de carreira, em 2009, Nanda Costa foi premiada com o Troféu Redentor de melhor atriz por Sonhos Roubados, filme de Sandra Werneck.

Em um discurso transformado em diálogo entre as duas, falaram sobre o início do romance e da luta pelas causas LGBTQIAPN+. E Nanda lembrou: “Quando subi nesse palco pela primeira vez para receber o prêmio pelo filme da Sandra, aqui no festival, minha namorada estava sentada ali. E eu não pude comemorar com ela. Eu estava realizando um sonho, mas não me senti inteira. Hoje, estou aqui com minha mulher, minhas filhas, minha família”.

Conheça os vencedores do Festival do Rio 2023:

PREMIÈRE BRASIL

Melhor Filme de Ficção: A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito (SP)
Prêmio Especial do Júri: O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
Melhor Direção de Ficção: Lillah Halla, por Levante
Melhor Roteiro: Estranho Caminho, escrito por Guto Parente
Melhor Curta: Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Melhor Documentário: Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Menção Honrosa: Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (RJ)
Melhor Direção de Documentário: Daniel Gonçalves, por Assexybilidade
Melhor Atriz: Maeve Jinkings, por Pedágio, e Grace Passô, por O Dia que Te Conheci
Melhor Ator: Kauã Alvarenga, por Pedágio
Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta Maia, por Pedágio
Melhor Ator Coadjuvante: Carlos Francisco, por Estranho Caminho
Melhor Fotografia: Sem Coração, por Evgenia Alexandrova
Melhor Direção de Arte: Pedágio, por Vicente Saldanha
Melhor Montagem: Levante, por Eva Randolph

PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS 

Melhor Longa: Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA)
Melhor Curta: Dependências, de Luísa Arraes (RJ)
Prêmio Especial do Júri: A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ)
Melhor Direção: Ricardo Alves Jr., por Tudo que Você Podia Ser
Menção Honrosa: Iracemas, de Tuca Siqueira (PE) 
Menção Honrosa: Bizarros Peixes das Fossas Abissais, de Marão (RJ) 

PRÊMIO FÉLIX

Melhor Filme Brasileiro: Sem Coração, de Nara Normande e Tião (PE)
Melhor Filme Internacional: 20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)
Melhor Documentário: Orlando, Minha Biografia Política, de Paul B. Preciado (França)
Menção Honrosa de Documentário: Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (RJ)
Prêmio Especial do Júri: Tudo que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr. (MG)
Troféu Suzy Capó: Nanda Costa e Lan Lanh

Foto: Divulgação.

Festival Mix Brasil 2023: conheça os primeiros filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa Pedágio, de Carolina Markowicz 

Pioneiro na curadoria transmídia e experiências inovadoras no cinema, teatro, tecnologias imersivas, games, workshops, literatura e música, o Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade realizará sua 31ª edição entre os dias 9 e 20 de novembro em São Paulo.

Neste ano, entre os longas brasileiros, 10 produções estão na disputa pelo troféu Coelho de Ouro. Já entre os curtas-metragens, 16 títulos recentes e premiados estão na competição. Em breve, o Mix Brasil divulgará sua programação completa com os filmes internacionais, performances teatrais e experiências imersivas, workshops e painéis de discussão sobre a temática da diversidade sexual.

O Festival Mix Brasil é um evento cultural dedicado a celebrar a diversidade, promover a expressão artística e avançar a inclusão social. O MixBrasil conquistou seu lugar como uma das mais abrangentes vitrines culturais LGBT+ do mundo.

Conheça os primeiros filmes selecionados para o MixBrasil 2023:

COMPETITIVA BRASIL | LONGAS

A Alegria é a Prova dos Nove, de Helena Ignez (SP)
A Metade de Nós, de Flávio Botelho (SP)
Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (RJ)
Levante, de Lillah Halla (SP/RJ)
Neirud, de Fernanda Roth Faya (SP)
Pedágio, de Carolina Markowicz (SP)
Represa, de Diego Hoefel (CE)
Surdes, de Carol Argamim Gouvêa e Thays Prado (SP)
Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin (ES)
Tudo o que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr. (MG)

COMPETITIVA BRASIL | CURTAS

A Pia, de Eduardo Mattos (SP)
Água Doce, de Antonio Miano (SP)
Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)
Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane (SP)
Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Ferro’s Bar, de Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros (SP)
O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco (RJ)
Oh!, de Diogo Hoffer (RJ)
Olhares Trêmulos, de Leno Taborda (SP)
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Patuá, de Renaya Dorea (RJ)
Peixes Vivos, de Bru Fotin, Bob Yang e Frederico Evaristo (SP)
Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (AL)
Sereia, de Estevan de la Fuente (PR)
Te Amo, Se Cuida, de André Vidigal e Liz Dórea (SP)

MOSTRAS ESPECIAIS | REFRAME
A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus (RJ/CE)
Antígônadá, de Dora Longo Bahia (SP)
Corpo Presente, de Leonardo Barcelos (MG)
Everybody Dies Trying to Make a Masterpiece, de Gustavo von Ha (SP)

MOSTRAS ESPECIAIS | QUEER.DOC
A História de Ruth Brinker (The Ruth Brinker Story), de Apo W. Bazidi (EUA)
Capim Navalha, de Michel Queiroz (Brasil, GO)
Chega de Saudade (No More Longing), de Connor Lee O’Keefe (EUA)
Chokehole: Lutadoras Drag na Alemanha (Chokehole: Drag Wrestlers do Deutschland), de Yony Leyser (Alemanha)
M de Mães, de Lívia Perez (Brasil, SP)
Peixe Abissal, de Rafael Saar (Brasil, RJ)
Telas, de Leandro Goddinho (Brasil, SP/RJ)
Travessias (Travesías), de Ana Graziela Aguiar (Cuba/Brasil)
Uma Tarde pra Tirar Retrato, de André Sandino Costa (Brasil, RJ)

CURTAS MIX BRASIL

Programa: CRESCENDO COM A DIVERSIDADE
Adore, de Beth Warrian (Canadá)
Bolha, de Leandro Ricardo Wenceslau (Brasil, MG)
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (Brasil, SP)
Inimigos Mortais e Outras Bobeiras, de Thiago Kistenmacker (Brasil, SP)
Peixe Vivo, de Bob Yang e Frederico Evaristo (Brasil, SP)
Peixes Vivos, de Bru Fotin, Bob Yang e Frederico Evaristo (Brasil, SP)
Strass, de Julián Lassa Ortíz (Argentina)
Trancinhas, de Mariana Stolf Friggi (Brasil, MG)

Programa: A RESISTÊNCIA É UM GRITO
Aí Vem as Rachaduras (Vienen las Grietas), de Daniel Vallejo (Colômbia/Holanda)
Catboy, de Cristian Sitjas (Espanha)
O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa (Brasil, CE)
Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (Brasil, ES)

Programa: BR NO EXTERIOR
Como me Esquecer do Inverno, de Mari Moraga (Brasil/Portugal/Hungria/Bélgica)
Migranta, de Manauara Clandestina e Luiz Felipe Lucas (Brasil/Espanha)
Se Não Posso Dançar, Esta Não é a Minha Revolução, de Lillah Halla (Brasil/Alemanha)
Soberane, de Wara (Cuba)

Programa: DIAS DE FRIO, NOITES DE CALOR
Antes que Você Vá (Antes de Que Te Vayas), de Vicente del Río Laya e Hans von Marées Peede (Chile/México)
Conversas em Dias de Verão (If We Keep Talking in Summer Days), de Liu Haotian (China/Singapura)
Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
Um Lugar Onde Mergulhar (Un Lugar Donde Bucear), de Jonatan Villar (Colômbia)

Programa: DO AMOR E OUTRAS COISAS
A Distância do Tempo (La Distancia del Tiempo), de Carlos Ormeño Palma (Peru)
Monte, de Javier Ferreiro (Espanha)
Remendo, de Roger Ghil (Brasil, ES)
Verão (Verano), de Rafael Ruiz Espejo e Luis Pacheco (México)

Programa: ESSA MINHA CANÇÃO
A Tábua de Esmeralda, de Felippe Moraes (Brasil, SP)
Mandinga, de Adrianna Samara da Silva Oliveira (Brasil, PA)
No Encontro Tudo Se Dilui, de Fe A. Avila (Brasil, SP)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil/Reino Unido)
Peixe Vivo, de Bob Yang e Frederico Evaristo (Brasil, SP)

Programa: FAMÍLIAS TRADICIONAIS BRASILEIRAS
A Lama da Mãe Morta, de Camilo Pellegrini (RJ)
Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ)
Os Dias Depois, de Thiago Bezerra Benites (PR)
Por Onde Eu For Não Haverá Rastros, de Daniel Pires (GO)

Programa: MEU CORPO, NOVAS REGRAS
Aguarde Sua Vez (Wait Your Turn), de João Carvalho (Alemanha)
Esportes X-trem (Les Sports X-trem), de Gio Ventura (França)
Ob Scena, de Paloma Orlandini Castro (Argentina)
Ouriço (Hedgehog), de Jasper Caverly (Austrália)

Programa: MEU NOME É…
Consuella, de Alexandre Figueirôa (Brasil, PE)
Dinho, de Leo Tabosa (Brasil, PE)
Divina, de Ode (Brasil, SP)
Uma Oferenda Musical (Una Ofrenda Musical), de Rogelio Navarro (Argentina/Espanha)

Programa: MIX 60+
2ª Pessoa, de Rita Barbosa (Portugal)
A Saudade em Mim (Sehnsucht in Mir), de Julian Wonn (Alemanha)
Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (Brasil, SC)
Manchas de Sol, de Martha Mariot (Brasil, RS)
O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (Brasil, SC)

Programa: MULHERES EM MOVIMENTO
A Balada de Tita e as Máquinas (The Ballad of Tita and the Machines), de Miguel Angel Caballero (EUA)
Aceso (Light Up), de Elissa de Brito (Hungria/Alemanha/Brasil)
Mãos Alheias (Manos Ajenas), de Adrián Molina (México)
O Capitalismo Matou Meus Pais, de Karen Suzane e Lucas Tunes (Brasil, MG)

Programa: SEXY AND I KNOW IT
Apontamentos de Curva _ Correnteza, de Flavia Regaldo (Portugal/Brasil)
Bold Eagle, de Whammy Alcazaren (Filipinas/Singapura)
Homem de Verdade, de Rafael Rudolf (Brasil, SP)
Quarto de Hotel, de Marcelo Grabowsky e Mauro Pinheiro Jr. (Brasil, RJ)
Vou Te Buscar (Te Vengo a Buscar), de Jose Provencio (Espanha)

Programa: TRÊS TIGRES NOS TRIGAIS
O Aniversário (L’Anniversario), de Marius Gabriel Stancu (Itália)
Puro (La Vita Sarebbe Più Semplice Senza), de Federico Mottica (Itália)
Queima, de Caio Scot (Brasil, RJ)
Slashr, de Amir Moini (EUA)

*Clique aqui e conheça os filmes internacionais selecionados

Foto: Divulgação/Paris Filmes.

CINEVITOR #450: Entrevista com Xuxa Meneghel + elenco e equipe | Uma Fada Veio Me Visitar

por: Cinevitor
A Rainha dos Baixinhos volta aos cinemas depois de 14 anos

Estrelado por Xuxa Meneghel, Uma Fada Veio Me Visitar, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 12/10, é uma nova adaptação do livro homônimo de Thalita Rebouças para os cinemas. O roteiro é assinado pela própria autora, em parceria com Patrícia Andrade, de Entre Irmãs, e direção de Vivianne Jundi, de Detetives do Prédio Azul 2: O Mistério Italiano.

A comédia apresenta Tontom Périssé, que faz sua estreia nas telonas como a coprotagonista Luna. Dani Calabresa, Lívia Inhudes, Manuela Kfouri, Vitória Valentim, Henrique Camargo e Lucas Burgatti também integram o elenco, que conta ainda com a participação especial da influenciadora Camila Loures. O longa é produzido pela Bronze Filmes, em coprodução com a Paramount Pictures e Rubi Produtora, e tem distribuição da Imagem Filmes.

Na trama, a Fada Tatu, interpretada por Xuxa, é escolhida para transformar as adolescentes Luna e Lara, que se odeiam, em melhores amigas. Depois de passar quatro décadas congelada, Tatu tenta realizar a missão ao mesmo tempo em que se adapta às mudanças dos tempos atuais, como as roupas e o celular, e percebe que os problemas da adolescência continuam os piores do mundo. O elenco conta também com Zezeh Barbosa, Thalita Rebouças, Fernanda de Freitas, Tatsu Carvalho, Denise Del Vecchio, Robson Caetano, Anna Lima, Lian Tai, Robson Santos, Lara Leão, Victoria Soyat e Catharina Kubotta.

Baseado no best-seller de Thalita Rebouças, Uma Fada Veio Me Visitar chega com muita magia, nostalgia e diversão para toda a família. O filme marca a volta de Xuxa aos cinemas, após um intervalo de 14 anos, quando coestrelou Xuxa em O Mistério de Feiurinha ao lado da filha, Sasha Meneghel, em 2009.

Considerada a Rainha dos Baixinhos pelos seus programas infantis na TV, Xuxa alcançou sucesso de bilheteria nos anos 1980, 1990 e 2000, sendo protagonista de produções cinematográficas como Xuxa Abracadabra, Xuxa e os Duendes, Xuxa e o Tesouro da Arca Perdida, Xuxa Gêmeas, além dos clássicos Lua de Cristal, lançado em 1990 e um dos filmes brasileiros mais assistidos, e Super Xuxa contra Baixo Astral, de 1988. É considerada a atriz de maior média de público desde a retomada do cinema brasileiro, com mais de 37 milhões de espectadores.

Para falar mais sobre Uma Fada Veio Me Visitar, fomos ao Rio de Janeiro conversar com Xuxa Meneghel. Na entrevista, comemorou sua volta aos cinemas, falou do entrosamento com o elenco, parceria com Thalita Rebouças e expectativa para o lançamento. Além disso, registramos alguns trechos da coletiva de imprensa do filme e também batemos um papo com a diretora Vivianne Jundi, com a roteirista Thalita Rebouças e com a atriz Tontom Périssé.

Aperte o play e confira:

PARTE 1 | Entrevista com Xuxa:

PARTE 2 | Entrevistas com Vivianne Jundi, Thalita Rebouças e Tontom Périssé

Foto: Rogerio Resende.

Curta Caicó 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Os vencedores deste ano no palco

Foram anunciados neste domingo, 08/10, no Centro Cultural Adjuto Dias, os vencedores da sexta edição do Curta Caicó, realizado no interior do Rio Grande do Norte e que vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional.

Encruzilhada Bar, de Johann Jean, exibido na Mostra Potiguar, foi um dos destaques deste ano e recebeu quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme pelo Júri Oficial e pela crítica; com isso, o curta é automaticamente selecionado para o LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival. Já a Mostra Nordeste consagrou o paraibano Cercas, de Ismael Moura, também com quatro troféus.

O júri deste ano foi formado por: Camila de Moraes, Anna Andrade e Veruza Guedes na Mostra Seridó; Neusa Barbosa, Begê Muniz e Bertrand Lira na Mostra Potiguar; Marcela Freire, Dênia Cruz e Clarissa Kuschnir na Mostra Nordeste; e Enio Cavalcante, Mariana Jaspe e Thardelly Lima na Mostra Nacional.

Antes da cerimônia de premiação, o festival realizou uma mostra especial com o resultado dos filmes produzidos durante o 2º Laboratório de Roteiro, que teve como temática Mestres e Mestras da Cultura Popular. A mostra emocionou ao apresentar histórias de diversas pessoas da região, reconhecidas pela sua contribuição à cultura popular. Ao lado dos diretores dos filmes, os mestres e mestras receberam uma comenda especial do festival.

O evento contou ainda com a participação da Secretária Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte, Mary Land Brito, e de Paulo Araújo, representante da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia. Na edição deste ano, o Curta Caicó contou com recursos do Edital Transformando Energia em Cultura que proporcionou a realização de oficinas em sete escolas públicas do Seridó, a produção dos nove filmes do Laboratório de Roteiro, além de um circuito de mostras audiovisuais por dez municípios da região do Seridó potiguar.

Segundo o diretor do festival, Raildon Lucena, a sensação é de dever cumprido: “Foi a maior edição de nossa história. Em seis anos de festival comemoramos números incríveis desde o recorde de inscrições (1.087 curtas) e das oficinas em escolas públicas que beneficiaram mais de 100 alunos. Sem contar a mostra dos mestres e mestras que emocionou todo o público presente e a maratona de exibições que fizemos por dez municípios seridoenses”.

Produtor executivo do festival, Diego Vale destacou a pujança da economia criativa do Seridó em diversas modalidades, ressaltando que em apenas seis anos já é visível perceber como o audiovisual está cada vez mais presente no Seridó. Segundo Diego, “o Seridó possui uma diversidade de cenários, narrativas e atrativos culturais potenciais para tornar a região um polo de produção audiovisual”.

Conheça os vencedores do 6º Curta Caicó:

MOSTRA ACAUÃ | NACIONAL

Melhor Filme: Ela Mora Logo Ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO)
Melhor Direção: Rodrigo R. Meireles, por Morro do Cemitério
Melhor Roteiro: Big Bang, escrito por Carlos Segundo
Melhor Fotografia: Morro do Cemitério, por Rodrigo R. Meireles
Melhor Som: Contragolpe, por Álvaro Ribeiro
Melhor Montagem: Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, por Victor Ciappina
Melhor Interpretação: Agrael de Jesus, Marcela Bonfim e João Victor Alves de Oliveira, por Ela Mora Logo Ali
Menção Honrosa: Wallace Fagner Dias, por Morro do Cemitério

MOSTRA POTIGUAR

Melhor Filme: Encruzilhada Bar, de Johann Jean
Melhor Direção: Livia Motta, por Colchão d’água
Melhor Roteiro: Encruzilhada Bar, escrito por Márcio Benjamin
Melhor Fotografia: Renascente, por André Rosa
Melhor Som: Terra Arrasada, por Daniel Oliveira Mosca
Melhor Montagem: Renascente, por André Rosa
Melhor Interpretação: Alex Ivanovich, por Encruzilhada Bar
Menção Honrosa: Curta os Congos, de Raquel Cardoso

MOSTRA SERIDÓ

Melhor Filme: Sertão Bruto, de Lourival Andrade
Melhor Direção: Felipe Santelli, por A Menina que Nunca Viu o Mar
Melhor Roteiro: Oiticica: Sonhos Debaixo D’água, escrito por Saulo Medeiros
Melhor Fotografia: Lá no Interior, por Carito Cavalcanti
Melhor Som: Sertão Bruto, por Pedro Andrade (som direto) e Jefferson Dutra (edição de som/mixagem)
Melhor Montagem: Lá no Interior, por Fernando Suassuna
Melhor Interpretação: Alexandre Muniz, por Sertão Bruto
Menção Honrosa: Maysa Matarazzo, de Acácio Medeiros, e Existirmos: a que será que se destina?, de Wellington Costa

MOSTRA NORDESTE

Melhor Filme: Cercas, de Ismael Moura (PB)
Melhor Direção: Rafael Anaroli, por Quebra Panela
Melhor Roteiro: Cabocolino, escrito por João Marcelo, Marlom Meirelles e Alexandre Soares
Melhor Fotografia: Cercas, por Breno César
Melhor Som: Cercas, por Guga Rocha (desenho de som e mixagem) e Gustavo Guedes (som direto)
Melhor Montagem: Jussara, por Bruna Carvalho
Melhor Interpretação: Bruna Castro, por Cercas
Menção Honrosa: Ytwã, de Kian Shaikhzadeh (BA)

PRÊMIO DA CRÍTICA | ACCiRN: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte

Mostra Acauã Nacional: Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
Mostra Potiguar: Encruzilhada Bar, de Johann Jean
Mostra Seridó: A Menina que Nunca Viu o Mar, de Felipe Santelli
Mostra Nordeste: Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Mostra Ambiental: Tapajós: Uma Breve História da Transformação de um Rio, de Alan Schvarsberg e C. Fraga (DF/PA)   
Mostra Rio Branco: Amei Te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
Mostra Pax: Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Mostra São Francisco: Midríase, de Eduardo Monteiro (PR)
Mostra Alvorada: Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (PB)
Mostra Videoclipe: Contemporaneidade, de Jackson Abacatu (MG)
Mostra Videoclipe | Menção Honrosa: Lamento de Força Travesti, de Renna Costa (PE)

PRÊMIO MISTIKA
*R$ 5.000,00 em serviços de pós-produção
Mostra Potiguar: Encruzilhada Bar, de Johan Jean
Mostra Seridó: Sertão Bruto, de Lourival Andrade

Foto: Vitor Búrigo.