Cena do curta maranhense João de Una Tem um Boi: premiado
Foram anunciados neste domingo, 10/12, os vencedores da terceira edição do Cine Terreiro, festival que procura enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, abraçando também vertentes como o neoxamanismo, e realiza exibição de filmes relacionados a esses temas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento dessas culturas.
O festival, idealizado por Rodrigo Sena, trata-se de uma grande reunião de obras e linguagens artísticas que possuem alguma relação em seu enredo com a espiritualidade exercida em terreiros de herança afro-indígena no Brasil. Os filmes abordados no 3º Cine Terreiro enfatizaram a ligação humana com o Sagrado; a proposta sempre foi proporcionar aos espectadores um ambiente de entretenimento e cultura, oferecendo um lugar acolhedor.
Nesta terceira edição, o Festival Cine Terreiro – Filmes que ligam ao Sagrado exibiu os títulos virtualmente e presencialmente em três casas religiosas do Rio Grande do Norte. O homenageado deste ano foi José Luiz Soares, o Cacique Luiz Katu, uma grande liderança das causas indígenas, que recebeu um troféu elaborado pelo artista Josué Jerônimo Campelo, indígena Tapuia Tarairiú.
O Cine Terreiro 2023 foi realizado pela Ori Audiovisual, Cruzeiro Filmes, Cirandas Coletivo de Assessorias, em parceria com a Bobox Produções, de Arlindo Bezerra, e apoio da Prefeitura Municipal do Natal; contou também com apoio do Acarajé da Jari e Tets Studio. Na edição deste ano, o festival foi realizado de forma independente por meio de recursos próprios de seus colaboradores.
Conheça os vencedores do Cine Terreiro 2023:
MOSTRA GRÃO Melhor Filme: Festa de Pajés, de Iberé Perissé (AM) Menção Honrosa: Terreiro, de Beatriz Barros (PE)
MOSTRA MAR Melhor Filme: João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro (MA) Menção Honrosa: Aracati, de Veruza Guedes (PB)
Foram anunciados neste sábado, 09/12, no MIS, Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, os vencedores da 15ª edição do Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico, considerado um dos principais festivais de vanguarda do cinema fantástico no continente e membro fundador da FANTLATAM – Aliança de Festivais de Cinema Fantástico da América Latina.
Neste ano, Augúrio, longa de estreia do jovem diretor congolês Baloji, foi o grande vencedor e recebeu o Troféu José Mojica Marins. O filme, que também foi premiado na mostra Un Certain Regard, em Cannes, é o representante da Bélgica no Oscar 2024.
Além disso, o produtor Rodrigo Teixeira foi o grande homenageado desta 15ª edição. Ele desempenha um papel crucial na elevação do cinema brasileiro a um patamar global. Sua carreira é marcada por uma série de sucessos que não apenas conquistaram prêmios, mas também capturaram a imaginação do público e da crítica.
Nascido no Rio de Janeiro e radicado em São Paulo, Teixeira iniciou sua carreira no mundo do cinema de forma humilde, mas com uma paixão que o impulsionou a alturas inimagináveis. Ele é o fundador da RT Features, produtora que tem sido a força motriz por trás de filmes aclamados como Frances Ha, Me Chame pelo seu Nome e A Vida Invisível, além de novas parcerias como com a produtora Filmes de Plástico e o diretor Gabriel Martins em Vicentina Pede Desculpas, projeto que promete ser mais um marco em sua já ilustre carreira.
O produtor não se limita a trabalhar apenas em projetos nacionais. Ele colabora com grandes nomes de Hollywood, como Martin Scorsese e Brad Pitt, provando que o talento brasileiro tem espaço na indústria cinematográfica global. Seus filmes são candidatos aos mais prestigiados festivais do mundo, como: Armageddon Time, dirigido por James Gray e estrelado por Anthony Hopkins e Anne Hathaway, e A Ilha de Bergman, de Mia Hansen-Løve e estrelado por Tim Roth e Vicky Krieps.
Rodrigo não apenas produz filmes, mas também atua como mentor para jovens cineastas, ajudando-os a concretizar suas visões criativas. Prova disso é a parceria desde o projeto de primeiro longa-metragem com Robert Eggers, que gerou grandes sucessos ao lado da distribuidora e produtora de renome mundial A24, como A Bruxa e O Farol.
Nesta edição, o Cinefantasy contou ainda com a primeira premiação da aliança entre as federações Méliès International Festivals Federation (MIFF) e a FANTLATAM – Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantastico, intercâmbio inédito entre o cinema fantástico europeu e o latino-americano, firmado no painel Blood Window, do Ventana Sur 2022. A entrega dos troféus para os melhores filmes de curta-metragem do universo fantástico foi feito pela presidente da FantLatam, Monica Trigo, pelo presidente da Méliès, Chris Oosterom, e por Javier Fernandez Cuarto, diretor do programa Blood Window, do Ventana Sur.
Conheça os vencedores do 15º Cinefantasy:
LONGAS-METRAGENS *Júri: Chris Oosterom, Jill Gillespie e Rocio Moreno
Melhor Filme: Augúrio, de Baloji (Bélgica/Holanda/República Democrática do Congo) Melhor Direção: Agustín Carbonere, por O Santo Melhor Roteiro: Departamento Editorial de Exploração Espacial, escrito por Dashan Kong e Roy Wang Melhor Atriz: Belén Rueda, por A Capela Melhor Ator: Roberto Suárez, por O Santo
CURTAS-METRAGENS
MOSTRA AMADOR *Júri: Marciel Consani, Patty Fang e Tuna Dwek
Melhor Filme: Lobo, de Giovani Beloto (Brasil, SP) Menção Honrosa: Emaranhamento & Dissolução, de Rafael Clemente (Brasil, SP)
MOSTRA ANIMAÇÃO *Júri: Beatriz Saldanha, Francisco Gaspar e Michelle Gabriel
Melhor Filme: Ashkasha, de Lara Maltz (Espanha) Menção Honrosa: O Cacto, de Ricardo Kump (Brasil, SP)
MOSTRA BRASIL FANTÁSTICO *Júri: Ailton Krenak, Jandira Feghali e Tainá de Paula
Melhor Filme: Ibirapitanga, de Olinda Wanderley (BA) Menção Honrosa: Colheita Maldita, de Denilson Baniwa (MT)
MOSTRA ESPANHA FANTÁSTICA *Júri: Cristian Jaramillo, Lina Durán e Sandra Becerril
Melhor Filme: Caraoscura, de Germán Sancho e Raúl Cerezo (Espanha) Menção Honrosa: Matador de Sereia, de Joel Codina e Israel González (Espanha)
MOSTRA ESTUDANTE *Júri: Clara Bastos, Diaulas Ullysses e Sabrina Paixão
Melhor Filme: Noites em Claro, de Elvis Alves (Brasil, CE) Menção Honrosa: Seresta, de Duba Rodrigues (Brasil, BA)
MOSTRA FANTASIA *Júri: Alexandre Barillari, Antonio Silva e Gabriel Muglia
Melhor Filme: Quando os Santos Voltam Marchando, de Gerardo Tassan (Argentina) Menção Honrosa: Paloquemao: O Mercado dos Vampiros, de Jeferson Cardoza Herrera (Colômbia) Indicação Fantlatam: Paloquemao: O Mercado dos Vampiros
MOSTRA FANTASTEEN *Júri: Duarte Dias, Kátia Coelho e Marcos DeBrito
Melhor Filme: A Melodia Torrencial, de José Luis Saturno (México)
MOSTRA FANTASTIC BLACK POWER *Júri: Danilo do Carmo, Natara Ney e Priscila Machado
Melhor Filme: Única Saída, de Sérgio Malheiros (Brasil, RJ) Menção Honrosa: Paraguaçu, de Isabella de Oliveira Suplino (Brasil, RJ)
MOSTRA FANTÁSTICA DIVERSIDADE *Júri: André Fischer, Cristiano Sousa e Stig de Lavor
Melhor Filme: Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (Brasil, ES)
MOSTRA FICÇÃO CIENTÍFICA *Júri: Alfredo Suppia, Luan Filippo e Luiza Lusvarghi
Melhor Filme: Aurora, 2068, de Gustavo S.D. Brandão e Javier A. Contreras (Brasil, SP)
MOSTRA HORROR *Júri: Javier Del Cid, Laura Canepa e Matheus Maltempi
Melhor Filme: Apenas um Ensaio, de Hugo Sanz (Espanha) Menção Honrosa: Bar Encruzilhada, de Johann Jean (Brasil, RN)
MOSTRA MULHERES FANTÁSTICAS *Júri: Maria Shu, Maura Ferreira e Samantha Brasil
Melhor Filme: Tricotar Um, Furar Dois, de Alison Peirse (Reino Unido) Menção Honrosa: Sabbat, de Alexandra Mignien (França)
MOSTRA PEQUENOS FANTÁSTICOS *Júri: Euller Felix, Queops Negronski e Yasmine Evaristo
Melhor Filme: Kwat e Jaí: Os Bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell (Brasil, DF)
REPRESENTANTE FANTLATAM CINEFANTASY | CURTA-METRAGEM Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (Brasil, ES)
REPRESENTANTE FANTLATAM CINEFANTASY | LONGA-METRAGEM A Casa da Árvore, de Flávio Ermínio (Brasil, SP)
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho: representante brasileiro
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou nesta quinta-feira, 07/12, a lista oficial com os títulos elegíveis que estão na disputa pela estatueta dourada de melhor filme internacional no Oscar 2024, categoria antes chamada de melhor filme estrangeiro.
Para esta 96ª edição, 88 países foram classificados, entre eles, Namíbia, candidato pela primeira vez; Burkina Faso, que não enviava um filme desde 1989, está de volta. A Rússia, por questões políticas, não inscreveu um longa-metragem; Camboja, Cazaquistão, Kosovo, Malawi, Malta e Uganda também decidiram não enviar um representante.
Os membros da Academia, de todos os ramos, são convidados a participar da rodada preliminar de votação e devem atender a um requisito mínimo de visualização para serem elegíveis para votar na categoria. A lista com os 15 filmes escolhidos será anunciada no dia 21 de dezembro. Desse grupo saem os cinco finalistas, que serão revelados no dia 23 de janeiro de 2024.
Vale lembrar que um longa-metragem internacional é definido como um longa-metragem (mais de 40 minutos) produzido fora dos Estados Unidos com uma faixa de diálogo predominantemente (mais de 50%) não falada em inglês.
A cerimônia acontecerá no dia 10 de março, no Dolby Theatre, em Hollywood. O Brasil está na disputa com Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, segundo documentário do cineasta, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem. O longa, que também está elegível na categoria de melhor documentário da Academia, tem como personagem principal o centro da cidade do Recife como local histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que atravessaram o século 20 como espaços de convívio. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.
Cerca de 60% de Retratos Fantasmas é composto por material de arquivo, com fotografias e imagens em movimento encontradas em acervos pessoais, na produção pernambucana de cinema, televisão e de instituições como a Cinemateca Brasileira, o CTAv, Centro Técnico do Audiovisual, e a Fundação Joaquim Nabuco. O trabalho de montagem, ao lado de Matheus Farias, reúne imagens dos mais variados formatos.
Com produção de Emilie Lesclaux para a CinemaScópio, Retratos Fantasmas, distribuído pela Vitrine Filmes, foi exibido no Festival de Cannes deste ano fora de competição. Recentemente, abriu a 51ª edição do Festival de Gramado e foi selecionado para o Festival de Toronto, Nova York, Sydney, Munich Film Festival, Santiago Festival Internacional de Cine, New Zealand International Film Festival, Melbourne International Film Festival, Lima International Film Festival, entre outros.
Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com Marte Um, de Gabriel Martins, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.
Confira a lista completa com os 88 filmes internacionais candidatos ao Oscar 2024:
ÁFRICA DO SUL: Music Is My Life: Dr. Joseph Shabalala and Ladysmith Black Mambazo, de Mpumi Mbele ALBÂNIA: Alexander, de Ardit Sadiku ALEMANHA: Das Lehrerzimmer (The Teachers’ Lounge), de İlker Çatak ARÁBIA SAUDITA: Alhamour H.A., de Abdulelah Alqurashi ARGENTINA: Os Delinquentes (Los delincuentes), de Rodrigo Moreno ARMÊNIA: Amerikatsi, de Michael A. Goorjian AUSTRÁLIA: Shayda, de Noora Niasari ÁUSTRIA: Vera, de Tizza Covi e Rainer Frimmel BANGLADESH: Payer tolay mati nai (No Ground Beneath the Feet), de Mohammad Rabby Mridha BÉLGICA: Omen, de Baloji BOLÍVIA: El visitante, de Martín Boulocq BÓSNIA E HERZEGOVINA: Ekskurzija (Excursion), de Una Gunjak BRASIL: Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho BULGÁRIA: Blaga’s Lessons, de Stephan Komandarev BURKINA FASO: Sira, de Apolline Traoré BUTÃO: The Monk and the Gun, de Pawo Choyning Dorji CAMARÕES: Half Heaven, de Enah Johnscott CANADÁ: Rojek, de Zaynê Akyol CHILE: Los colonos, de Felipe Gálvez Haberle CHINA: The Wandering Earth II, de Frant Gwo COLÔMBIA: Un Varón, de Fabián Hernández Alvarado COREIA DO SUL: Concrete Utopia, de Um Tae-hwa COSTA RICA: Tenho Sonhos Elétricos (Tengo sueños eléctricos), de Valentina Maurel CROÁCIA: Tragovi (Traces), de Dubravka Turic DINAMARCA: Bastarden (The Promised Land), de Nikolaj Arcel EGITO: Voy! Voy! Voy!, de Omar Hilal ESLOVÁQUIA: Photophobia, de Ivan Ostrochovský e Pavol Pekarčík ESLOVÊNIA: Jezdeca (Riders), de Dominik Mencej ESPANHA: La sociedad de la nieve, de J.A. Bayona ESTÔNIA: Savvusanna sõsarad (Smoke Sauna Sisterhood), de Anna Hints FILIPINAS: Iti Mapukpukaw (The Missing), de Carl Joseph Papa FINLÂNDIA: Folhas de Outono (Kuolleet lehdet), de Aki Kaurismäki FRANÇA: O Sabor da Vida (La passion de Dodin Bouffant), de Trần Anh Hùng GEÓRGIA: Citizen Saint, de Tinatin Kajrishvili GRÉCIA: Behind the Haystacks, de Asimina Proedrou HOLANDA: Sweet Dreams, de Ena Sendijarević HUNGRIA: Kojot négy lelke (Four Souls of Coyote), de Áron Gauder IÊMEN: The Burdened, de Amr Gamal ÍNDIA: 2018: Everyone Is a Hero, de Jude Anthany Joseph INDONÉSIA: Autobiography, de Makbul Mubarak IRÃ: The Night Guardian, de Reza Mirkarimi IRAQUE: Hanging Gardens, de Ahmed Yassin Al Daradji IRLANDA: In the Shadow of Beirut, de Stephen Gerard Kelly e Garry Keane ISLÂNDIA: Terra de Deus (Volaða land), de Hlynur Pálmason ISRAEL: Seven Blessings, de Ayelet Menahemi ITÁLIA: Io Capitano, de Matteo Garrone JAPÃO: Perfect Days, de Wim Wenders JORDÂNIA: Inshallah a Boy, de Amjad Al-Rasheed LETÔNIA: Mana Brīvība (My Freedom), de Ilze Kunga-Melgaile LITUÂNIA: Tu man nieko neprimeni (Slow), de Marija Kavtaradzė LUXEMBURGO: Läif a Séil (The Last Ashes), de Loïc Tanson MACEDÔNIA DO NORTE: Housekeeping for Beginners, de Goran Stolevski MALÁSIA: Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu MARROCOS: Kadib Abyad (The Mother of All Lies), de Asmae El Moudir MÉXICO: Tótem, de Lila Avilés MOLDÁVIA: Tunete (Thunders), de Ioane Bobeica MONGÓLIA: City of Wind, de Lkhagvadulam Purev-Ochir MONTENEGRO: Sirin, de Senad Šahmanović NAMÍBIA: Under the Hanging Tree, de Perivi Katjavivi NEPAL: Halkara, de Bikram Sapkota NIGÉRIA: Mami Wata, de C.J. Obasi NORUEGA: Fedrelandet (Songs of Earth), de Margreth Olin PALESTINA: Bye Bye Tiberias, de Lina Soualem PANAMÁ: Tito, Margot y Yo, de Mercedes Arias e Delfina Vidal PAQUISTÃO: In Flames, de Zarrar Kahn PARAGUAI: Leal 2, Comando Yaguareté, de Armando Aquino e Mauricio Rial PERU: La erección de Toribio Bardelli, de Adrián Saba POLÔNIA: Chłopi (The Peasants), de DK Welchman e Hugh Welchman PORTUGAL: Mal Viver, de João Canijo QUÊNIA: Mvera, de Daudi Anguka REINO UNIDO: Zona de Interesse (The Zone of Interest), de Jonathan Glazer REPÚBLICA CHECA: Bratři (Brothers), de Tomáš Mašín REPÚBLICA DOMINICANA: Cuarencena, de David Maler ROMÊNIA: Do Not Expect Too Much from the End of the World, de Radu Jude SENEGAL: Banel & Adama, de Ramata-Toulaye Sy SÉRVIA: The Duke and the Poet, de Milorad Milinković SINGAPURA: The Breaking Ice, de Anthony Chen SUDÃO: Goodbye Julia, de Mohamed Kordofani SUÉCIA: Motståndaren (Opponent), de Milad Alami SUÍÇA: Foudre (Thunder), de Carmen Jaquier TAILÂNDIA: Not Friends, de Atta Hemwadee TAIWAN: Um Romance do Além (Marry My Dead Body), de Wei-Hao Cheng TUNÍSIA: As 4 Filhas de Olfa (Les Filles d’Olfa), de Kaouther Ben Hania TURQUIA: Ervas Secas (Kuru Otlar Üstüne), de Nuri Bilge Ceylan UCRÂNIA: 20 Days in Mariupol, de Mstyslav Chernov URUGUAI: Temas propios, de Guillermo Rocamora VENEZUELA: La sombra del sol, de Miguel Ángel Ferrer VIETNÃ: Glorious Ashes, de Bùi Thạc Chuyên
Elenco: Danilo Grangheia, Jorge Paz, Roberta Gualda, César Mello, Juliana Alves, Arianne Botelho, Diego Montez, Wagner Santisteban, Adriano Garib, Claudio Jaborandy, Gabriel Godoy, Johnnas Oliva, Marcelo Airoldi, André Senna, Marco Bravo, Tom Moreis, Pedro Casarin, Athos Magno, Matheus Dias, Daniele do Rosario, Teca Pereira, Marcelo Varzea, Sandro Barçal, Chris Manos, Romes Ferreira, Valéria Arbex, Rayssa Zago, Ricardo Oshiro, Marco Watanabe, Gabriel Shimoda, Ivan de Axé, Cristhian Fernandes, Paulo Camilo Junior, Carlos Miola, Alcides Peixe.
Ano: 2023
Sinopse: Em 1988, o trabalhador Nonato se rebela contra o presidente e as dificuldades de um país em crise e orquestra o sequestro de um voo comercial para um atentado ao Palácio do Planalto. Murilo, o piloto desse avião, se vê responsável pela vida de mais de 100 pessoas a bordo e mesmo com toda tensão criada pelo sequestrador dentro da aeronave, executa a manobra mais impressionante da sua carreira e muda a história da aviação. Baseado em uma história real do voo da Vasp.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 06/12, em cerimônia apresentada por Jãmarrí Nogueira, no Cinépolis Manaíra Shopping, em João Pessoa, na Paraíba, os vencedores da 18ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.
Neste ano, os longas Levante, de Lillah Halla, Sem Coração, de Nara Normande e Tião, e Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges, se destacaram. O curta paraibano Céu, de Valtyennya Pires, levou o Troféu Aruanda de melhor filme e mais três prêmios; Pulmão de Pedra, de Torquato Joel, foi consagrado em cinco categorias.
O júri desta edição foi formado por: Beto Brant, Rafael Conde e Soia Lira na Mostra Nacional; Norma Góes, Kristal Bivona e Simone Zuccolotto na mostra Sob o Céu Nordestino; Neusa Barbosa, Bertrand Lira e Fabricio Duque no Prêmio Abraccine; Clara Câmara, Rosélis Barbosa Câmara e Adilson Luiz Silva na Mostra Universitária e Independente; e Bruna Alves Lobo, João Lobo e Lúcio Vilar na Mostra Lusófona.
Além da premiação, a noite contou com a exibição do filme Vandré no Exílio, documentário de 26 minutos do ano de 1970, com a presença de Geraldo Vandré na sessão; e do longa-metragem Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos, que contou também com a presença de Dom Filó.
Confira a lista completa com os vencedores do Fest Aruanda 2023:
MOSTRA NACIONAL | LONGAS
Melhor Filme: Levante, de Lillah Halla (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Peréio, Eu Te Odeio, de Tasso Dourado e Allan Sieber (RJ/SP) Melhor Direção: Pedro Serrano, por Saudosa Maloca Melhor Roteiro: Levante, escrito por Maria Elena Morán e Lillah Halla Melhor Atriz: Ayomi Domenica, por Levante Melhor Atriz Coadjuvante: Loro Bardot, por Levante Melhor Ator: Paulo Miklos, por Saudosa Maloca Melhor Ator Coadjuvante: Gustavo Luz, por Ana Melhor Fotografia: Citrotoxic, por Julia Zakia e Dafb Melhor Direção de Arte: Saudosa Maloca, por Claudia Terçarolli Melhor Figurino: Levante, por Nicole Dravieux e Nina Maria Melhor Montagem: Othelo, o Grande, por Willem Dias e Lucas H. Rossi dos Santos Melhor Som: Levante, por Waldir Xavier Melhor Trilha Sonora: Saudosa Maloca, por Pedro Serrano, André Nammur e Mariano Alvarez Prêmio Especial do Júri: Ana, de Marcus Faustini (RJ) Menção Honrosa: pela homenagem a um dos maiores atores do Brasil, Grande Otelo, em Othelo, o Grande
MOSTRA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS
Melhor Filme: Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB) Melhor Filme | Júri Popular: Pulmão de Pedra, de Torquato Joel Melhor Direção: Fernando Abreu, por Alvará Melhor Roteiro: Alvará, escrito por Fernando Abreu Melhor Atriz: Helena Varvaki, por O Presente Melhor Ator: Joãozinho, por Pulmão de Pedra Melhor Fotografia: Pulmão de Pedra, por Rodolpho de Barros Melhor Direção de Arte: O Brilho Cega, por Carlos Mosca Melhor Figurino: Feira da Ladra, por Anita Blumenschein Melhor Montagem: Alvará, por Erê Morais Teixeira Melhor Som: Pulmão de Pedra, por Bruno Alves e Ester Rosendo Melhor Trilha Sonora: Alvará, por Paulo Ró e Ronald Claver Prêmio Especial do Júri: Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF) Menção Honrosa: Vera Valdez pela presença em cena em Feira da Ladra, de Diego Migliorini
MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO | LONGAS
Melhor Filme: Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA) Melhor Filme | Júri Popular: Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE) Melhor Direção: Nara Normande e Tião, por Sem Coração Melhor Roteiro: Saudade Fez Morada Aqui Dentro, escrito por Haroldo Borges e Paula Gomes Melhor Atriz: Edna Maria, por Cervejas no Escuro Melhor Atriz Coadjuvante: Wilma Macedo, por Saudade Fez Morada Aqui Dentro Melhor Ator: Bruno Jefferson, por Saudade Fez Morada Aqui Dentro Melhor Ator Coadjuvante: Ronnaldy Gomes, por Saudade Fez Morada Aqui Dentro Melhor Fotografia: Sem Coração, por Evgenia Alexandrova Melhor Direção de Arte: Sem Coração, por Thales Junqueira Melhor Figurino: Sem Coração, por Preta Marques Melhor Montagem: Memórias da Chuva, por Tiago Therrien e Wolney Oliveira Melhor Som: Sem Coração, por Lucas Caminha, Riccardo Spagnol e Gianluca Gasparrini Melhor Trilha Sonora: Sem Coração, por Tratenwald
MOSTRA SOB O CÉU NORDESTINO | CURTAS
Melhor Filme: Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia) Melhor Filme | Júri Popular: Pantera dos Olhos Dormentes, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (João Pessoa) Melhor Direção: Jaime Guimarães, por Abrição de Portas Melhor Roteiro: Céu, escrito por Valtyennya Pires Melhor Atriz: Agatha Gabriella, por O Orgulho Não é Junino Melhor Ator: Alex Castro (Xuxa), por O Orgulho Não é Junino Melhor Fotografia: O Orgulho Não é Junino, por Óscar Araújo Melhor Direção de Arte: Pantera dos Olhos Dormentes, por Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos Melhor Figurino: Abrição de Portas, por Jaime Guimarães Melhor Montagem: Céu, por Gabriel Heitor Alves Melhor Som: O Orgulho Não é Junino, por Jonas Tadeu Melhor Trilha Sonora: O Orgulho Não é Junino, por Dimas Carvalho
PRÊMIO ABRACCINE | Associação Brasileira de Críticos de Cinema
Melhor longa: Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA) Melhor curta: Céu, de Valtyennya Pires (PB)
MOSTRA UNIVERSITÁRIA E INDEPENDENTE
TV Universitária Documentário: O Marco do Cariri, de Niutildes Batista Pereira Reportagem: Licenciatura em Física: Caraúbas, de Passos Júnior Programas de TV: Singular, de Charlotte Cruz, Dinorá Melo e João Paulo Magalhães TCC: Auto dos Orixás, de Cleyton Ferrer Menção Honrosa: Parahyba Vanguarda, de Matheus Melo, pela relevância do tema; e Negro Espírito, de Andryelle Araújo, pela qualidade técnica
MOSTRA CALEIDOSCÓPIO
Curta Universitário: Afro da Pele, de Andrews Lucena e Will Rocha Menção Honrosa: Arlinda, de Jonny Herbert, pela qualidade técnica e importância do tema
MOSTRA LUSÓFONA
Melhor Filme: Cliché, de Rodrigo Pedras Melhor Direção: Diogo Bento, por Esqueci-me que tinha medo Melhor Roteiro: Strawberry Shake, escrito por Kelton Smith Melhor Ator: Ursel Tilk, por Strawberry Shake Melhor Atriz: Isabél Zuaa, por Rumo ao Nada Melhor Fotografia: Filhas da Pátria, por Rodrigo Pedras Melhor Trilha Sonora: Esqueci-me que tinha medo, por Rodrigo Bórgia e Ivan Bértolo Prêmio Especial: Filhas da Pátria, de Catarina Almeida
PRÊMIO LABORATÓRIO ARUANDA ENERGISA Estratégias narrativas para construção de um cinema pessoal (autoficção), com Susanna Lira
Bença, de Vanessa Passos Do Outro Lado da Porta, de Aleksander Aragão Menção Honrosa: Rô, de Rodrigo Vaz, e Comadrio, de Rayssa Medeiros
*O CINEVITOR está em João Pessoa e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Yara de Novaes no longa brasileiro Malu, de Pedro Freire
A edição de 2024 do Festival Sundance de Cinema, um dos eventos mais importantes do cinema independente, que acontecerá entre os dias 18 e 28 de janeiro, em Park City e Salt Lake City, anunciou nesta quarta-feira, 06/12, sua seleção oficial.
Neste ano, foram inscritos 17.435 títulos, entre eles, 4.410 longas-metragens (1.679 dos Estados Unidos e 2.741 internacionais). Dos 82 longas selecionados, de 24 países, 40% são de cineastas estreantes.
A noite de abertura da 40ª edição homenageará a atriz e diretora Kristen Stewart com o Visionary Award em reconhecimento ao seu trabalho como uma artista intransigente e às contribuições ao campo do cinema independente. Além disso, também foi anunciado que a ficção científica Love Me, de Sam Zuchero e Andy Zuchero, receberá o Alfred P. Sloan Feature Film Prize, um prêmio anual concedido a um artista com a representação mais notável de ciência e tecnologia em um longa-metragem.
O cinema brasileiro marca presença com Malu, de Pedro Freire, na Competição Internacional de Drama. Yara de Novaes, Juliana Carneiro da Cunha, Carol Duarte e Átila Bee compõe o elenco do longa, que traz no título o nome da protagonista, Malu, uma atriz instável e desempregada, que vive com sua mãe conservadora em uma casa humilde de uma favela do Rio de Janeiro, próxima ao mar. Malu tenta lidar com o relacionamento tenso com sua própria filha adulta, enquanto sobrevive com as lembranças de seu glorioso passado artístico.
O diretor e roteirista Pedro Freire conta que teve a ideia do filme há mais de dez anos, após a morte de sua mãe, Malu Rocha: “Malu é um drama familiar, um filme intimista, centrado no roteiro e na atuação. É uma adaptação da história da minha mãe, a atriz paulista Malu Rocha (1947-2013). Venho de uma família de atores, e desde cedo decidi que queria escrever para atores e dirigir atores. Escolhi o cinema para exercer essa paixão. Depois de 25 anos trabalhando para diversos diretores, e tendo dirigido oito curtas que passaram por diversos festivais, é uma alegria imensa estrear meu primeiro longa-metragem como diretor no Festival de Sundance, um dos maiores festivais do mundo que sempre privilegiou filmes independentes como o nosso”.
Para o produtor Roberto Berliner, da TvZero, a seleção para o festival é resultado de uma soma de esforços entre todos os envolvidos: “Malu é um filme íntimo, delicado e pessoal, de um diretor que promete muito e de uma parceria entre a TvZero e a Bubbles que leva nosso segundo filme a Sundance”.
Bebé Salvego no curta Boi de Conchas: uma coprodução entre Estados Unidos e Brasil
Malu é produzido pela Bubbles Project e pela TvZero, que estiveram em Sundance em 2018, com Benzinho, de Gustavo Pizzi, e coproduzido pela RioFilme, pelo Telecine e pelo Canal Brasil, e conta com a distribuição da Filmes do Estação: “Voltar a Sundance, apresentando mais um longa-metragem é muito emocionante. Em uma larga escala, afirma a qualidade e a diversidade do cinema brasileiro no mundo e pessoalmente confirma para mim o quanto é importante investir em novos talentos; o Pedro tem de sobra. Trabalhar cuidadosamente no desenvolvimento dos projetos, estabelecer grandes parcerias e nunca desistir. Malu representa bem em todos os aspectos tudo isso”, comenta a produtora Tatiana Leite.
Tatiana lembra que as filmagens de Malu ocorreram no fim de novembro de 2022, “em uma espécie de estilo de guerrilha, durante três semanas” e continua: “Foi um grande desafio para todos, mas foi incrível. Começamos a montagem em março de 2023 e hoje temos esse filme lindo e forte. Estamos muito felizes com a seleção para um festival tão importante. Esperamos que o filme seja visto por diferentes públicos em todo o mundo”.
“O filme se passa no Rio de Janeiro nos anos 90, e retrata Malu, uma atriz de 55 anos que teve um passado glorioso no teatro mas foi atropelada pela ditadura e hoje se vê desempregada, forçada a viver em uma casa precária com sua mãe, uma senhora conservadora, e tentando salvar uma relação desastrosa com sua própria filha. Um filme sobre uma mulher forte que tenta fazer tudo dar certo, apesar de suas emoções fortes demais, por vezes violentas.” conta o diretor. De acordo com Freire, Malu é um filme sobre as diferenças entre três gerações de mulheres bastante distintas entre si: “Uma atriz de meia-idade, traumatizada, que sonha com um teatro agora no passado; uma mulher idosa, que sente saudades do regime militar e não entende os novos tempos; e uma jovem que não se interessa por política, mas anseia por um futuro estável. Três mulheres lutando cada uma com sua própria realidade sombria”.
Além disso, o cinema brasileiro também marca presença com dois curtas-metragens: Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta, na Animation Short Films; e Boi de Conchas, de Daniel Barosa, uma coprodução com Estados Unidos, que será exibida na Competição Americana de Drama. O filme traz Bebé Salvego, Daniela Dams, Walter Balthazar, Bianca Melo, Giulia Sposito, Kaique Martins De Paula, Kyuja Ohanna, Maitê Dias, Tainara Corrêa e Thiago Klein no elenco.
Em comunicado oficial, Robert Redford, fundador e presidente do Sundance Institute, disse: “Desde a primeira edição, em 1985, o Festival de Cinema de Sundance tem como objetivo fornecer um espaço para reunir, celebrar e interagir com artistas que assumem riscos e que estão comprometidos em levar suas visões independentes ao público; o festival permanece fiel a esse objetivo até hoje. Ele continua evoluindo, mas seu legado de apresentar um trabalho ousado que inicia as conversas necessárias continua com o programa de 2024”.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de Sundance 2024:
COMPETIÇÃO AMERICANA | DRAMA
A Real Pain, de Jesse Eisenberg Between the Temples, de Nathan Silver Dìdi (弟弟), de Sean Wang Exhibiting Forgiveness, de Titus Kaphar Good One, de India Donaldson In The Summers, de Alessandra Lacorazza Love Me, de Sam Zuchero e Andy Zuchero Ponyboi, de Esteban Arango Stress Positions, de Theda Hammel Suncoast, de Laura Chinn
COMPETIÇÃO AMERICANA | DOCUMENTÁRIO
As We Speak, de J.M. Harper (EUA) Daughters, de Angela Patton e Natalie Rae (EUA) Every Little Thing, de Sally Aitken (Austrália) Frida, de Carla Gutiérrez (EUA/México) Gaucho Gaucho, de Michael Dweck e Gregory Kershaw (EUA/Argentina) Love Machina, de Peter Sillen (EUA) Porcelain War, de Brendan Bellomo e Slava Leontyev (EUA/Ucrânia) Skywalkers: A Love Story, de Jeff Zimbalist (EUA) Sugarcane, de Julian Brave NoiseCat e Emily Kassie (EUA) Union, de Stephen Maing e Brett Story (EUA)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DRAMA
Brief History of a Family, de Jianjie Lin (China/França/Dinamarca/Qatar) Girls Will Be Girls, de Shuchi Talati (Índia/França/Noruega) Handling the Undead, de Thea Hvistendahl (Noruega) In the Land of Brothers, de Raha Amirfazli e Alireza Ghasemi (Irã/França/Holanda) Layla, de Amrou Al-Kadhi (Reino Unido) Malu, de Pedro Freire (Brasil) Reinas, de Klaudia Reynicke (Suíça/Peru/Espanha) Sebastian, de Mikko Mäkelä (Reino Unido/Finlândia/Bélgica) Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez (México/EUA/França) Veni Vidi Vici, de Daniel Hoesl e Julia Niemann (Áustria)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | DOCUMENTÁRIO
A New Kind of Wilderness, de Silje Evensmo Jacobsen (Noruega) Agent of Happiness, de Arun Bhattarai e Dorottya Zurbó (Butão/Hungria) Black Box Diaries, de Shiori Ito (Japão/EUA/Reino Unido) Eternal You, de Hans Block e Moritz Riesewieck (Alemanha/EUA) Ibelin, de Benjamin Ree (Noruega) Igualada, de Juan Mejía Botero (Colômbia/EUA/México) Never Look Away, de Lucy Lawless (Nova Zelândia) Nocturnes, de Anirban Dutta e Anupama Srinivasan (Índia/EUA) Soundtrack to a Coup d’Etat, de Johan Grimonprez (Bélgica/França/Holanda) The Battle for Laikipia, de Daphne Matziaraki e Peter Murimi (Quênia/EUA)
NEXT
Desire Lines, de Jules Rosskam (EUA) Kneecap, de Rich Peppiatt (Irlanda/Reino Unido) Little Death, de Jack Begert (EUA) Realm of Satan, de Scott Cummings (EUA) Seeking Mavis Beacon, de Jazmin Renée Jones (EUA) Tendaberry, de Haley Elizabeth Anderson (EUA)
PREMIERES
A Different Man, de Aaron Schimberg (EUA) And So It Begins, de Ramona S. Diaz (EUA/Filipinas) Devo, de Chris Smith (Reino Unido/EUA) Freaky Tales, de Ryan Fleck e Anna Boden (EUA) Ghostlight, de Kelly O’Sullivan e Alex Thompson (EUA) Girls State, de Amanda McBaine e Jesse Moss (EUA) Look Into My Eyes, de Lana Wilson (EUA) Luther: Never Too Much, de Dawn Porter (EUA) My Old Ass, de Megan Park (EUA) Power, de Yance Ford (EUA) Presence, de Steven Soderbergh (EUA) Rob Peace, de Chiwetel Ejiofor (EUA) Sasquatch Sunset, de David Zellner e Nathan Zellner (EUA) Sue Bird: In The Clutch, de Sarah Dowland (EUA) Super/Man: The Christopher Reeve Story, de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui (Reino Unido/EUA) The American Society of Magical Negroes, de Kobi Libii (EUA) The Outrun, de Nora Fingscheidt (Reino Unido/Alemanha) Thelma, de Josh Margolin (EUA) Will & Harper, de Josh Greenbaum (EUA) Winner, de Susanna Fogel (EUA/Canadá)
MIDNIGHT
I Saw the TV Glow, de Jane Schoenbrun (EUA) In A Violent Nature, de Chris Nash (Canadá) It’s What’s Inside, de Greg Jardin (EUA) Kidnapping Inc., de Bruno Mourral (Haiti/França/Canadá) Krazy House, de Steffen Haars e Flip van der Kuil (Holanda) Love Lies Bleeding, de Rose Glass (EUA/Reino Unido) The Moogai, de Jon Bell (Austrália) Your Monster, de Caroline Lindy (EUA)
SPOTLIGHT
Àma Gloria, de Marie Amachoukeli (França) Hit Man, de Richard Linklater (EUA) How to Have Sex, de Molly Manning Walker (Reino Unido) The Mother of All Lies, de Asmae El Moudir (Marrocos/Egito/Arábia Saudita/Qatar)
Leonardo DiCaprio e Jesse Plemons em Assassinos da Lua das Flores
A National Board of Review, importante e tradicional organização de críticos de cinema dos Estados Unidos, fundada em 1909, divulga, desde 1932, uma lista anual com os melhores da indústria cinematográfica. Neste ano, 245 filmes foram analisados por um seleto grupo de cineastas, cinéfilos, profissionais e acadêmicos da sétima arte.
Em comunicado oficial, Annie Schulhof, presidente da NBR, falou sobre o grande vencedor deste ano: “Assassinos da Lua das Flores é a impressionante obra-prima de um dos nossos maiores cineastas, Martin Scorsese. A NBR tem orgulho de premiar este épico complexo, importante e profundamente ressonante como nosso melhor filme e Scorese como nosso melhor diretor”. E continuou sobre outro premiado: “Também estamos entusiasmados em homenagear Bradley Cooper com nosso Prêmio Ícone 2024; um ator, escritor, produtor e diretor igualmente impressionante, que traz sua paixão, talento artístico e dedicação a tudo o que faz, incluindo seu último filme lindamente sublime, Maestro”.
Neste ano, o prêmio da National Board of Review estabeleceu uma nova categoria: melhor equipe de dublês. O cinema brasileiro, infelizmente, não marcou presença nesta edição. A última vez que uma produção nacional apareceu entre os melhores da organização foi em 2019 com o drama A Vida Invisível, de Karim Aïnouz, entre os cinco melhores longas internacionais. A NBR Awards Gala, cerimônia de entrega dos prêmios, está marcada para o dia 11 de janeiro de 2024 em Nova York, com apresentação de Willie Geist.
Confira os melhores do cinema em 2023 segundo a National Board of Review:
MELHOR FILME Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese
MELHOR DIREÇÃO Martin Scorsese, por Assassinos da Lua das Flores
MELHOR ATOR Paul Giamatti, por Os Rejeitados
MELHOR ATRIZ Lily Gladstone, por Assassinos da Lua das Flores
MELHOR ATOR COADJUVANTE Mark Ruffalo, por Pobres Criaturas
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Os Rejeitados, escrito por David Hemingson
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Pobres Criaturas, escrito por Tony McNamara
ATUAÇÃO REVELAÇÃO Teyana Taylor, por A Thousand and One
MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE Celine Song, por Vidas Passadas
MELHOR FILME INTERNACIONAL Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França)
MELHOR DOCUMENTÁRIO Still: Ainda Sou Michael J. Fox, de Davis Guggenheim
MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, de Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson
MELHOR ELENCO Garra de Ferro
NBR ICON AWARD Bradley Cooper
EXCELÊNCIA EM FOTOGRAFIA Rodrigo Prieto, por Assassinos da Lua das Flores e Barbie
MELHOR EQUIPE DE DUBLÊ John Wick 4: Baba Yaga, por Chad Stahelski, Stephen Dunlevy, Scott Rogers e Jeremy Marinas
MELHORES FILMES DO ANO Barbie, de Greta Gerwig Ferrari, de Michael Mann Garra de Ferro, de Sean Durkin Maestro, de Bradley Cooper O Menino e a Garça, de Hayao Miyazaki Oppenheimer, de Christopher Nolan Os Rejeitados, de Alexander Payne Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos Vidas Passadas, de Celine Song
TOP 5 FILMES INTERNACIONAIS Folhas de Outono, de Aki Kaurismäki (Finlândia/Alemanha) La Chimera, de Alice Rohrwacher (Itália/França/Suíça) The Teachers’ Lounge (Das Lehrerzimmer), de Ilker Çatak (Alemanha) Tótem, de Lila Avilés (México/França/Dinamarca/Holanda) Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido/EUA/Polônia)
TOP 5 DOCUMENTÁRIOS 20 Days in Mariupol, de Mstyslav Chernov 32 Sounds, de Sam Green A Memória Infinita, de Maite Alberdi A Still Small Voice, de Luke Lorentzen O Túnel de Pombos, de Errol Morris
TOP 10 FILMES INDEPENDENTES A Thousand and One, de A.V. Rockwell All Dirt Roads Taste of Salt, de Raven Jackson BlackBerry, de Matt Johnson Earth Mama, de Savanah Leaf Flora e Filho: Música em Família, de John Carney Scrapper, de Charlotte Regan Showing Up, de Kelly Reichardt The Persian Version, de Maryam Keshavarz Theater Camp: Um Verão Alucinante, de Molly Gordon e Nick Lieberman Todos Nós Desconhecidos, de Andrew Haigh
Neste domingo, 03/12, a emoção tomou conta da 18ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro com a homenagem para a atriz paraibana Soia Lira no Cinépolis Manaíra Shopping, em João Pessoa, na Paraíba, que foi acompanhada pela exibição do longa Pacarrete, de Allan Deberton.
Natural da cidade de Cajazeiras, Soia iniciou sua carreira ainda criança, em 1973, ao lado dos irmãos Nanego e Bertrand Lira, em produções teatrais amadoras na cidade. Foi nessa época que criaram o Grupo Mickey, que posteriormente mudou o nome para Grupo Terra.
Em 1976, depois de conhecer o ator Luiz Carlos Vasconcelos, paraibano de Umbuzeiro, integrou o elenco da montagem de Os Pirralhos, já no Grupo Piollin. Em 1984, participou do Projeto Mambembão, dirigido por Eliézer Rolim. Após alguns anos afastada, retorna ao teatro em Vau da Sarapalha, no ano de 1992, baseado na obra de Guimarães Rosa e dirigido por Luiz Carlos Vasconcelos; e por sua atuação recebeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de São José do Rio Preto. Sucesso de público, o grupo viajou por diferentes locais do Brasil e da Europa.
Em 1994, à convite de Luiz Fernando Carvalho, estreou na televisão em uma participação em um episódio do programa Terça Livre; depois participou de A Pedra do Reino e Alice. Também apareceu no cinema pela primeira vez no mesmo ano no filme A Árvore de Marcação, de Jussara Queiroz.
Em 1998, ganhou destaque nacional ao participar de Central do Brasil, premiado longa-metragem de Walter Salles. Depois disso, apareceu em diversas obras, como: A Árvore da Miséria, Abril Despedaçado, O Quinze, que foi premiada no Cine Ceará, Doce de Coco, O Hóspede, Tatuagem, Moído, Ambiente Familiar e Pacarrete, que lhe rendeu o kikito de melhor atriz coadjuvante. Recentemente, filmou Cavalo Marinho, novo curta-metragem de Leo Tabosa.
Para celebrar sua trajetória, Soia recebeu o Troféu Aruanda e foi ovacionada pelo público do festival. No palco, recebeu tal honraria das mãos da amiga e atriz Marcélia Cartaxo. Ao lado de familiares, agradeceu e fez um discurso emocionada: “São tantos anos de carreira! Me sinto muito feliz e honrada com essa homenagem. Sou muito grata a todos que contribuíram para que eu me tornasse a atriz que sou hoje”.
Aperte o play e confira os melhores momentos da homenagem:
Natalie Portman e Julianne Moore em Segredos de um Escândalo
Foram revelados nesta terça-feira, 05/12, os indicados ao Independent Spirit Awards 2024, prêmio que elege as melhores produções independentes do ano. O anúncio foi apresentado pelos atores Joel Kim Booster e Natalie Morales ao lado de Josh Welsh, presidente da Film Independent.
Nesta 39ª edição, American Fiction, Segredos de um Escândalo (May December) e Vidas Passadas (Past Lives) lideram a lista com cinco indicações cada. Nas categorias televisivas, The Last of Us e Sou de Virgem (I’m a Virgo) se destacam. Os vencedores serão anunciados no dia 25 de fevereiro de 2024 em cerimônia apresentada por Aidy Bryant.
Os comitês de indicações do Spirit Awards, conhecido como o Oscar do cinema independente, selecionaram indicados de diversos países. Os membros contam com roteiristas, diretores, produtores, diretores de fotografia, editores, atores, críticos, diretores de elenco, programadores de festivais e outros profissionais da sétima arte.
Conheça os indicados ao Independent Spirit Awards 2024 nas categorias de cinema:
MELHOR FILME American Fiction, produzido por Cord Jefferson, Jermaine Johnson, Nikos Karamigios e Ben LeClair Passagens, produzido por Michel Merkt e Saïd Ben Saïd Segredos de um Escândalo, produzido por Jessica Elbaum, Will Ferrell, Grant S. Johnson, Pamela Koffler, Tyler W. Konney, Sophie Mas, Natalie Portman e Christine Vachon Todos Nós Desconhecidos, produzido por Graham Broadbent, Pete Czernin e Sarah Harvey Vidas Passadas, produzido por David Hinojosa, Pamela Koffler e Christine Vachon We Grown Now, produzido por Minhal Baig e Joe Pirro
MELHOR FILME DE ESTREIA A Thousand and One, de A.V. Rockwell All Dirt Roads Taste of Salt, de Raven Jackson Chronicles of a Wandering Saint, de Tomás Gómez Bustillo Earth Mama, de Savanah Leaf Upon Entry, de Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez
MELHOR DIREÇÃO Andrew Haigh, por Todos Nós Desconhecidos Celine Song, por Vidas Passadas Ira Sachs, por Passagens Todd Haynes, por Segredos de um Escândalo William Oldroyd, por Eileen
MELHOR ROTEIRO American Fiction, escrito por Cord Jefferson Birth/Rebirth, escrito por Laura Moss e Brendan J. O’Brien Clube da Luta para Meninas, escrito por Emma Seligman e Rachel Sennott Os Rejeitados, escrito por David Hemingson Vidas Passadas, escrito por Celine Song
MELHOR ROTEIRO DE ESTREIA Chronicles of a Wandering Saint, escrito por Tomás Gómez Bustillo Segredos de um Escândalo, escrito por Samy Burch e Alex Mechanik The Starling Girl, escrito por Laurel Parmet Theater Camp: Um Verão Alucinante, escrito por Noah Galvin, Molly Gordon, Nick Lieberman e Ben Platt Upon Entry, escrito por Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez
MELHOR INTERPRETAÇÃO Andrew Scott, por Todos Nós Desconhecidos Franz Rogowski, por Passagens Greta Lee, por Vidas Passadas Jeffrey Wright, por American Fiction Jessica Chastain, por Memory Judy Reyes, por Birth/Rebirth Natalie Portman, por Segredos de um Escândalo Teo Yoo, por Vidas Passadas Teyana Taylor, por A Thousand and One Trace Lysette, por Monica
MELHOR INTERPRETAÇÃO COADJUVANTE Anne Hathaway, por Eileen Ben Whishaw, por Passagens Catalina Saavedra, por Rotting in the Sun Charles Melton, por Segredos de um Escândalo Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados Erika Alexander, por American Fiction Glenn Howerton, por BlackBerry Marin Ireland, por Eileen Noah Galvin, por Theater Camp: Um Verão Alucinante Sterling K. Brown, por American Fiction
MELHOR INTERPRETAÇÃO REVELAÇÃO Anaita Wali Zada, por Fremont Atibon Nazaire, por Mountains Dominic Sessa, por Os Rejeitados Marshawn Lynch, por Clube da Luta para Meninas Tia Nomore, por Earth Mama
MELHOR DOCUMENTÁRIO As 4 Filhas de Olfa, de Kaouther Ben Hania Bye Bye Tiberias, de Lina Soualem Going to Mars: The Nikki Giovanni Project, de Joe Brewster e Michèle Stephenson Kokomo City, de D. Smith The Mother of All Lies, de Asmae El Moudir
MELHOR FILME INTERNACIONAL Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França) Mami Wata, de C.J. ‘Fiery’ Obasi (Nigéria) Terra de Deus, de Hlynur Pálmason (Dinamarca/Islândia) Tótem, de Lila Avilés (México) Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido/EUA/Polônia)
MELHOR FOTOGRAFIA All Dirt Roads Taste of Salt, por Jomo Fray Chronicles of a Wandering Saint, por Pablo Lozano Monica, por Katelin Arizmendi Os Rejeitados, por Eigil Bryld We Grown Now, por Pat Scota
MELHOR EDIÇÃO How to Blow Up a Pipeline, por Daniel Garber Rotting in the Sun, por Santiago Cendejas, Gabriel Díaz e Sofía Subercaseaux Theater Camp: Um Verão Alucinante, por Jon Philpot Upon Entry, por Emanuele Tiziani We Grown Now, por Stephanie Filo
PRÊMIO JOHN CASSAVETES A Garota Artificial, de Franklin Ritch Cadejo Blanco, de Justin Lerner Fremont, de Babak Jalali Rotting in the Sun, de Sebastián Silva The Unknown Country, de Morrisa Maltz
PRODUCERS AWARD Graham Swon Monique Walton Rachael Fung
SOMEONE TO WATCH AWARD Joanna Arnow, diretora de The Feeling That The Time for Doing Something Has Passed Laura Moss, diretora de Birth/Rebirth Monica Sorelle, diretora de Mountains
TRUER THAN FICTION AWARD Jesse Short Bull e Laura Tomaselli, diretores de Lakota Nation vs. United States Set Hernandez, diretor de Olhar Alheio Sierra Urich, diretora de Joonam
PRÊMIO ROBERT ALTMAN | MELHOR ELENCO Showing Up, de Kelly Reichardt; direção de elenco: Gayle Keller Elenco: André Benjamin, Hong Chau, Judd Hirsch, Heather Lawless, James Le Gros, John Magaro, Matt Malloy, Amanda Plummer, Maryann Plunkett, Denzel Rodriguez e Michelle Williams
O júri, composto pela diretora de fotografia Sylara Silvério, pelo ator, diretor e produtor cultural Domingos Jr. e pelo roteirista, diretor e produtor executivo Vinicius Gouveia, elegeu Lamento de Força Travesti, de Renna Costa, como a obra vencedora da Mostra Maracatrônica. A justificativa diz: “Pelo profundo trabalho de pesquisa estética e narrativa subversiva muito bem apresentado, trazendo fortes elementos da cultura popular, da cultura sertaneja, em que ressignifica os símbolos com protagonismo de corpos trans no território rural. Pelo domínio da linguagem fotográfica e de elementos cenográficos, estabelecendo uma estética coerente e transgressora”. A vencedora recebe o Grande Prêmio Mistilka no valor de R$ 5 mil em serviços de pós-produção pela Mistika Post, uma das maiores empresas finalizadoras de imagem do país.
A cerimônia de premiação também foi marcada por surpresas, entre elas, a criação do Troféu Sharlene Esse de Melhor Performance. Muito emocionada, a própria Sharlene Esse surpreendeu a plateia com uma super performance de Divino Maravilhoso, e logo em seguida concedeu o troféu que leva o seu nome à Luty Barteix, por sua performance no curta-metragem maranhense Casa de Bonecas, de George Pedrosa.
“O Troféu Sharlene Esse de Melhor Performance objetiva premiar a performer que se destaca dentre tantas primorosas exibidas no festival. Diante da consistência e desenvolvimento da personagem, tanto na fala quanto nas expressões corporais, o júri concede o prêmio para a atriz Luty Barteix do filme A Casa das Bonecas”, disse a justificativa do júri.
Além disso, Christiane Falcão, a rainha do glamour recifense, foi escolhida pela equipe do festival como a primeira personalidade a receber o troféu de Suprema Fabulosa. Com quase 40 anos de carreira, é uma das pioneiras da cena artística noturna recifense, tendo em seu currículo mais de 30 títulos de beleza, participações nos principais espetáculos da era de ouro do Teatro de Revista pernambucano, e ainda uma inesquecível passagem pelos principais cabarés europeus, entre a década de 1990 e começo dos anos 2000.
Com direção artística do cineasta Henrique Arruda, o festival também levou para dentro do cinema a valorização da arte Drag através das fabulosas da edição, Britnney Hill e Ruby Nox, que além de apresentar as sessões também fizeram performances exclusivas dentro da sala de cinema diariamente.
O cubano A Mulher Selvagem (La mujer salvaje), de Alan González, foi o grande vencedor deste ano com três prêmios, entre eles, o Troféu Mucuripe na categoria de melhor longa-metragem; além do prêmio no valor de R$ 20 mil para distribuição do filme no Brasil, conforme regulamento do festival.
O júri deste ano foi formado por: Ángel Díez, Luis Abramo, María Campaña, Sérgio Tréfaut e Susana Molina na Mostra Competitiva Ibero-americana de longa-metragem; Andrei Linhares, Danny Barbosa, Denise Miller, Emerson Maranhão e Indaiá Freire na Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem; e Fabio Rodrigues Filho, Layla Braz e Wanderlei Silva na Mostra Olhar do Ceará.
Além da noite de premiação, o encerramento da 33ª edição também foi marcado pela homenagem para Verônica Guedes, que recebeu o Troféu Eusélio Oliveira. Cineasta, jornalista, produtora, consultora de comunicação e cultura, é também diretora executiva de três festivais: For Rainbow, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero; Festival Samburá de Cinema e Cultura do Mar; e da Mostra No Balanço do Coco. Depois disso, houve a exibição especial do longa cearense Estranho Caminho, de Guto Parente, que foi o grande vencedor do Festival de Tribeca.
Confira a lista completa com os vencedores do Cine Ceará 2023:
MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM
Melhor Filme: La mujer salvaje, de Alan González (Cuba) Melhor Direção: María Zanetti, por Alemania Melhor Atuação Principal: Lola Amores, por La mujer salvaje Melhor Atuação: Coletivo de atores do filme Sou Amor Melhor Roteiro: Alemania, escrito por María Zanetti Melhor Fotografia: El castigo, por Gabriel Díaz Melhor Montagem: Ahora a luz cae vertical, por Tin Dirdamal Melhor Trilha Sonora: Cielo Abierto, por Nantu Studio Melhor Som: La mujer salvaje, por Michel Caballero e Angie Hernández Melhor Direção de Arte: Alemania, por Michaela Saiegh
MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM
Melhor Filme: Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE) Melhor Direção: Leo Tabosa, por Dinho Melhor Roteiro: Pulmão de Pedra, escrito por Rodolpho de Barros e Torquato Joel
MOSTRA OLHAR DO CEARÁ
Melhor longa-metragem: Represa, de Diego Hoefel Melhor Direção | Longa-metragem: Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo, por Um Pedaço do Mundo Melhor curta-metragem: Urubu Aterrado, de Cris Sousa e Weslley Oliveira Melhor Direção | Curta-metragem: Grenda Costa, por O Primeiro Movimento é Explosão
PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE
Melhor longa-metragem: El castigo, de Matías Bize (Chile) Melhor curta-metragem: Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)
TROFÉU SAMBURÁ | MELHOR FILME Circuito, de Alan Sousa e Leão Neto (CE)
TROFÉU SAMBURÁ | MELHOR DIREÇÃO Adriana de Faria, por Cabana
Cena do curta amazonense Festa de Pajés, de Iberé Perissé
O Cine Terreiro é um festival que procura enaltecer e prestigiar o patrimônio imaterial de matriz afro-brasileira e indígena, abraçando também vertentes como o neoxamanismo, e realiza exibição de filmes relacionados a esses temas como motor para enriquecer o respeito e pertencimento dessas culturas.
Com isso, o evento potiguar pretende formar um público interessado em assistir e discutir filmes sobre esses assuntos, que envolvem mito, religiosidade e cultura de terreiros; e, com isso, contribuir para a diminuição da segregação e preconceito contra esses grupos.
Para esta terceira edição, o Festival Cine Terreiro – Filmes que ligam ao Sagrado recebeu 163 títulos inscritos; 59 de cidades do Nordeste, 68 de cidades do Sudeste, 16 de cidades do Centro-Oeste, 14 de cidades do Sul, 3 de cidades do Norte e 3 de países estrangeiros.
O festival começou com uma Mostra Retrospectiva em outubro. Depois disso, os selecionados para as principais mostras, Grão e Mar, de curtas-metragens, e também para a Mostra Especial, com longas, médias e curtas, serão exibidos presencialmente em três casas religiosas do Rio Grande do Norte entre os dias 8 e 10 de dezembro: estátua de Iemanjá, na Praia do Meio, em Natal; Casa Candomblé Ilé Àse Ògun Bíolà, em Nísia Floresta, aos cuidados do zelador Bàbá Adolfo Ramos; e Casa de Xamanismo Acauã, em Parnamirim. Vale lembrar que os filmes também estarão disponíveis virtualmente no site oficial até 17 de dezembro.
O festival, idealizado por Rodrigo Sena, trata-se de uma grande reunião de obras e linguagens artísticas que possuem alguma relação em seu enredo com a espiritualidade exercida em terreiros de herança afro-indígena no Brasil. Os filmes abordados no 3º Cine Terreiro enfatizam a ligação humana com o Sagrado. A proposta é proporcionar aos espectadores um ambiente de entretenimento e cultura, oferecendo um lugar acolhedor.
Neste ano, o 3º Cine Terreiro traz como homenageado uma grande liderança das causas indígenas: José Luiz Soares, o Cacique Luiz Katu. Professor da primeira escola indígena do Rio Grande do Norte, também atua como pedagogo e pesquisador. É coordenador da APIRN, Articulação dos Povos Indígenas no RN, e da microrregional da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME). Além disso, coordena o coletivo Etnokatu e os Guardiões Potiguaras Katu. Ele tem também extensa participação em produções audiovisuais locais, como os filmes: Lendas do Catu, Nova Amsteradã, A Tradicional Família Brasileira Katu e Antes do Livro Didático, o Cocar.
O Cine Terreiro 2023 é realizado pela Ori Audiovisual, Cruzeiro Filmes, Cirandas Coletivo de Assessorias, em parceria com a Bobox Produções, de Arlindo Bezerra, e apoio da Prefeitura Municipal do Natal; conta também com apoio do Acarajé da Jari e Tets Studio. Na edição deste ano, o festival é realizado de forma independente por meio de recursos próprios de seus colaboradores.
Conheça os filmes selecionados para o Cine Terreiro 2023:
MOSTRA GRÃO
Dona Taquariana, uma Cabocla Brasileira, de Abimaelson Santos (MA) Estela, a Menina Maraguá, de Sofy Mazaro (SP) Festa de Pajés, de Iberé Perissé (AM) Mané, de Arlindo Cardoso, Karina de Magalhães, Lucas Cardoso e Paula Fernandes (AL) Meu Lugar no Mundo, de Coletivo Erê Sankofa (PE) O Brilho da Herança, de Junior Machado (SP) Terreiro, de Beatriz Barros (PE) Ytwã, de Kian Shaikhzadeh (BA)
MOSTRA MAR
Amaná, de Antonio Fargoni (CE) Aracati, de Veruza Guedes (PB) Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ) Dia de Preto, de Beto Oliveira (SP) Dorme Pretinho, de Lia Leticia (PE) João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro (MA) Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn: Não Somos Apenas Sombras, de Dino Menezes (SP) Pedro e Inácio, de Caio Dornelas (PE)
MOSTRA ESPECIAL
Àkàrà, no Fogo da Intolerância, de Claudia Chavez (BA) Alaroke: Uma História de Culto aos Orixás em Sergipe, de Lucas Cachalote (SE) Benção, de Felipe Pedrosa (MG) Curai-vos, de Clementino Junior (RJ) Encruzilhada, de Silvio Guedes (RN) Lá na Cigana, de Nilce Braga (MA) Lá nas Matas Tem, de Pedro Aspahan e César Guimarães (MG) Nengua Guanguacesse, de Carla Nogueira e George Teixeira (BA) Patuá, de Renaya Dorea (RJ) Respeita Nosso Sagrado, de Fernando Sousa, Gabriel Barbosa e Jorge Santana (RJ) Tambu, de Leandro César (MG)