Elenco: Bradley Cooper, Carey Mulligan, Matt Bomer, Sarah Silverman, Vincenzo Amato, Greg Hildreth, Michael Urie, Brian Klugman, Nick Blaemire, Mallory Portnoy, Alexandra Santini, Jarrod LaBine, Kate Eastman, William Hill, Valéry Lessard, Renée Stork, Tim Rogan, Sara Sanderson, Yasen Peyankov, Julia Aku, Benjamin Freemantle, Harrison Coll, Sebastian Villarini-Velez, Ryan Steele, Sara Esty, Ahmad Simmons, Kyle Coffman, Yesenia Ayala, Leigh-Ann Esty, Tanairi Sade Vazquez, Lea Cooper, Soledad Campos, Zachary Booth, Miriam Shor, Maya Hawke, Scott Ellis, James Cusati-Moyer, John Kroft, Scott Drummond, Gideon Glick, Josh Hamilton, June Gable, Sam Nivola, Alexa Swinton, Mike Mitarotondo, Colin Anderson, Kevin Thompson, Isabel Leonard, Gabe Fazio, Jordan Dobson, Bern Collaço, Makeda Diggs, Kristi Noory, Lynne Valley, Eric Parkinson.
Ano: 2023
Sinopse: Baseado em fatos, o filme narra a história do relacionamento entre o maestro e compositor Leonard Bernstein e a atriz Felicia Montealegre Cohn Bernstein. Uma carta de amor à vida e à arte. Um retrato sobre a família e o amor.
Cena do documentário Eu Também Não Gozei, de Ana Carolina Marinho
A 27ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 19 e 27 de janeiro de 2024, acaba de anunciar a seleção de mais uma edição da Mostra Aurora, consolidado como o principal espaço de invenção do cinema brasileiro contemporâneo.
A Aurora é a seção do evento dedicada a filmes feitos por realizadores com até três longas-metragens na carreira e que se caracteriza por trabalhos estéticos e narrativos singulares. Como de praxe, são sete filmes inéditos no país, a maioria em pré-estreia mundial, escolhidos pela curadoria coordenada por Francis Vogner dos Reis e composta nesta edição por Tatiana Carvalho Costa e Juliano Gomes, com assistência de Rubens Anzolin.
Todos os filmes da Mostra Aurora 2024 serão avaliados pelo Júri Oficial e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra. A curadoria recebeu aproximadamente 240 inscrições de longas-metragens e, em termos gerais, a variedade de filmes chamou atenção da equipe, ampliando o desafio de chegar a uma seleção enxuta e que representasse o que se acredita ser um conjunto de títulos tão diverso quanto inventivo. Dos 7 longas, um deles tem direção de um ganhador anterior da Aurora, Isaac Donato, que venceu a mostra em 2021 com Açucena.
“Os filmes selecionados se lançam a desafios únicos e singulares na busca por reencontrar novas formas de imaginação através de seus discursos. São filmes de conquistas poéticas raras que buscam nas imagens elementos que estão fora da mídia, que não se resumem a dados de informação ou de afirmação, e sim que se constroem como expressão diante dos nossos olhos e por isso se diferenciam de um regime audiovisual homogêneo que tenta dominar o imaginário nos filmes mais convencionais”, frisa Francis Vogner, coordenador curatorial da Mostra de Tiradentes.
O curador destaca que, se há elementos em comum nos filmes, está justamente nas buscas por investigarem expressivamente as imagens para acharem algo novo, que se completa exatamente na projeção do filme. De documentários de dispositivo a ficções conspiracionistas, os longas-metragens da Aurora nesta edição se aproximam por suas ousadias: “Num momento em que discutimos tanto a diversidade, e essa diversidade é fundamental em todas as instâncias criativas, é importante estarmos atentos também na presença disso dentro das formas de expressão, na escolha por como se construir um filme”, reforça Francis.
“A Mostra de Tiradentes tem a preocupação constante de apostar na diversidade ampla, geral e irrestrita, que passa pelas equipes de criação e chega também na estética e nos exercícios de imaginação no interior dos filmes”, completa Francis Vogner.
Em 2024, o Júri Oficial convidado a avaliar os filmes da Mostra Aurora será formado por Affonso Uchôa, cineasta; Aline Motta, artista visual e escritora; Juliana Costa, crítica, curadora e pesquisadora; Lia Bahia, pesquisadora e professora; e Uirá dos Reis, poeta, pesquisador e cineasta.
Cena do filme O Tubérculo, de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune
Sobre a seleção: Eu Também Não Gozei é um documentário sobre uma mulher grávida num périplo em busca do pai de seu filho, enquanto passa o período de gestação sozinha. A câmera a acompanha no processo, e seu registro se dá numa construção narrativa a partir de sua aproximação e distância da personagem. A diretora Ana Carolina Marinho foi roteirista da ficção A Mãe, de Cristiano Burlan e protagonizado por Marcélia Cartaxo.
O Tubérculo é filmado em película Super-8 e se envereda pelo cinema de invenção radical e poética para seguir um ator que deixa Lisboa para retornar à cidade natal no interior do Brasil após a morte da avó e é assombrado uma herança maldita e por seu primeiro amor. A dupla de diretores Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune exibiu um filme anterior, O Pequeno Mal, em 2018, no Festival de Brasília.
Maçãs no Escuro mergulha na vida do dramaturgo Edson Aquino, cuja trajetória é registrada por uma equipe de documentaristas estrangeiros enquanto comemora seus 35 anos de carreira. Produzido na cidade de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, com direção de Tiago A. Neves, o filme mescla o retrato e o experimentalismo para transmitir os sentidos de seu personagem e daquilo que ele significa diante das câmeras. No ano passado, Tiago exibiu Cervejas no Escuro na Mostra Aurora, que rendeu o Prêmio Helena Ignez para a atriz Edna Maria.
Sofia Foi segue o último dia de uma personagem suicida em cenas com tempos dilatados e densos que sempre contém algum tipo de acontecimento, mínimo que seja, numa trajetória derradeira de crise de identidade e angústia geracional. Com trajetória na fotografia, o diretor Pedro Geraldo estreia na direção de um longa-metragem e foi premiado no FIDMarseille, na França, em 2023, com este primeiro trabalho.
Not Dead vira sua câmera para a inusitada resistência punk na Bahia e faz isso com serenidade e rigor de construção, mesclando intimidade e delicadeza na abordagem de uma crise geracional detectada na relação formal do filme com seus personagens e o tempo próprio que eles exalam. O diretor Isaac Donato venceu a Mostra Aurora em 2021 com um filme igualmente rigoroso e atento ao que filma, Açucena.
Lista de Desejos para Superagüi documenta Martelo, pescador de 70 anos no litoral sul que ainda não conseguiu se aposentar. Ele é um homem-farol que aponta luz para Superagüi e ilumina os desejos terrenos de seus moradores. A atmosfera do filme se aproxima do neorrealismo na densidade poética de suas imagens e abordagens. Pedro Giongo, diretor, vem de uma ampla experiência como montador, inclusive tendo sido premiado na função em 2019, por Alice Junior no Festival de Brasília.
EROS é um documentário de dispositivo articulado com imagens de pessoas frequentadoras de motéis que, convidadas a se filmar durante uma noite, compartilham seus vídeos para a estruturação do filme. A diretora Rachel Daisy Ellis estreia na função depois de uma premiada trajetória como produtora, incluindo os filmes Doméstica (2012), Boi Neon (2015) e Divino Amor (2019), todos de Gabriel Mascaro; além de ter dirigido o premiado curta Mini Miss (2018).
Vale lembrar que recentemente a Mostra de Tiradentes anunciou os homenageados desta 27ª edição: em 2024, o evento celebra as trajetórias do cineasta mineiro André Novais Oliveira e da atriz Bárbara Colen.
Conheça os filmes selecionados para a Mostra Aurora da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes:
EROS, de Rachel Daisy Ellis (PE) Eu Também Não Gozei, de Ana Carolina Marinho (SP) Lista de Desejos para Superagüi, de Pedro Giongo (PR) Maçãs no Escuro, de Tiago A. Neves (SP) Not Dead, de Isaac Donato (BA) O Tubérculo, de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune (SP) Sofia Foi, de Pedro Geraldo (SP)
Com direção de Daniel Bandeira, Propriedade foi um dos filmes brasileiros mais comentados no último ano dentro do circuito de festivais. O thriller chega aos cinemas nesta quinta-feira, 21/12, pelo projeto Sessão Vitrine Petrobras.
Na trama, uma reclusa estilista, interpretada por Malu Galli, se enclausura em seu carro blindado para se proteger de uma revolta dos trabalhadores da fazenda de sua família. Separados por uma camada impenetrável de vidro, dois universos estão prestes a colidir.
Também autor do roteiro, Daniel Bandeira se relaciona há muito com o conceito que se transformaria em Propriedade. Apreciador do suspense, o cineasta, a princípio, desenvolveu o argumento como um exercício formal sobre enclausuramento. No entanto, a ideia passou a receber contornos políticos ao perceber, a partir de 2010, um país mais polarizado do que nunca.
Rodado entre 11 de setembro e 7 de outubro de 2018, Propriedade imprime na tela a tensão que o país vivenciou, com a equipe recepcionando os resultados do primeiro turno eleitoral daquele ano no último dia de filmagens na Fazenda Morim, em São José da Coroa Grande, município de Pernambuco. Houve também uma camada adicional percebida, a posteriori, pela atmosfera claustrofóbica, quase uma alegoria do isolamento social que tomaria o mundo um ano depois.
Com o protagonismo da narrativa muitas vezes concentrado em Tereza e Dona Antônia, personagens respectivamente interpretadas por Malu Galli e Zuleika Ferreira, Daniel encontrou uma forma de representar a incomunicabilidade de duas integrantes de diferentes esferas sociais: “Eu acho que a gente vive em um momento em que é muito difícil se colocar no lugar do outro, de entender as motivações do outro. E, com isso, a gente acaba perdendo as nuances, as motivações, coisas que a gente poderia usar para tentar resolver nossas diferenças”.
A partir disso, Propriedade coloca o espectador no lugar de testemunha dupla das motivações de cada lado: “Eu acho que é nisso que reside a grande tragédia, não só da história do filme, mas da história dos nossos tempos. E que só quando rompemos essa blindagem, ou quando abrimos a porta, ou quando descemos o vidro para poder falar com o outro, que nós temos uma condição de iniciar um diálogo, de estabelecer um clima de resolução de diferenças, resolução de problemas. Até lá, a incomunicabilidade é o motor da nossa tragédia”, reflete Daniel.
No Brasil, Propriedade esteve na programação do Festival do Rio, com a montagem de Matheus Farias sendo premiada; na 46ª Mostra de São Paulo; no 17º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, no qual recebeucinco prêmios, entre eles, melhor direção; na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes; na 17ª CineBH; no Rio Fantastik Festival 2023, eleito, entre demais prêmios e menções, como melhor longa-metragem; entre outros.
No circuito internacional, passou por renomados festivais do calendário anual, como: Festival de Berlim, na mostra Panorama; Edimburg International Film Fest; MotelX, em Lisboa; o espanhol Sitges; os americanos Brooklyn Horror Fest e Fantastic Fest, nos quais saiu vencedor como melhor filme; o holandês Leiden International Film Festival; entre outros. Está também agendada uma exibição no dia 20 de dezembro no MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York, dentro do programa The Contenders 2023, em um recorte com as obras mais influentes e importantes dos últimos doze meses.
Com produção de Kika Latache e Livia de Melo, direção de fotografia de Pedro Sotero, o elenco conta também com Tavinho Teixeira, Sandro Guerra, Roberta Lúcia, Amara Rita Magalhães, Marcílio Moraes, Nivaldo Nascimento, Clebia Sousa, Marília Souto, Chris Veras, Carlos Amorim, Anderson Cleber, Aruandhê Pereira, Andala Quituche, Natureza Rodrigues, Maria José Sales, Ângelo Fàbio, Ane Oliva, Samuel Santos, Edilson Silva e Erick Silva.
Para falar mais sobre Propriedade, conversamos com o diretor e com a protagonista Malu Galli. No bate-papo, falaram sobre a ideia do projeto, preparação de elenco, entrosamento com a equipe, filme de gênero, recepção do público e expectativa para o lançamento.
Teo Yoo e Greta Lee em Vidas Passadas, de Celine Song: três indicações
Fundada em 1996, a International Press Academy é uma associação de mídia de entretenimento com membros votantes do mundo todo que atuam em jornais, TV, rádio, blogs e novas plataformas de mais de vinte países.
Com a intenção de honrar as excelências artísticas dos filmes, seriados, rádio e novas mídias, a IPA criou o Satellite Awards, antes conhecido como The Golden Satellite Awards, prêmio que elege os melhores da indústria do entretenimento em categorias diversas. As indicações são derivadas de exibições antecipadas em festivais de cinema em todo o mundo, bem como triagens de considerações enviadas a jornalistas.
Neste ano, em sua 28ª edição, Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan, lidera a lista com 14 indicações; Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, aparece na sequência com doze indicações. Nas categorias televisivas, Treta, Fargo, Succession, The Last of Us, The Crown, The White Lotus, Yellowjackets, entre outras, se destacam.
Um dos principais objetivos do Satellite Awards é celebrar novos trabalhos de realizadores independentes estabelecidos e em desenvolvimento, dando-lhes acesso a um público maior no mundo todo. Os vencedores serão anunciados no dia 3 de março de 2024 em Los Angeles.
Conheça os indicados nas categorias de cinema do 28º Satellite Awards:
MELHOR FILME | DRAMA Assassinos da Lua das Flores Ferrari Maestro Oppenheimer Segredos de um Escândalo Vidas Passadas
MELHOR FILME | COMÉDIA OU MUSICAL American Fiction Barbie O Homem dos Sonhos Os Rejeitados Pobres Criaturas Scrapper
MELHOR FILME INTERNACIONAL A Sociedade da Neve, de J.A. Bayona (Espanha) Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França) Das Lehrerzimmer (The Teachers’ Lounge), de Ilker Çatak (Alemanha) Folhas de Outono, de Aki Kaurismäki (Finlândia) Io Capitano, de Matteo Garrone (Itália) Urotcite na Blaga (Blaga’s Lessons), de Stephan Komandarev (Bulgária) Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido)
MELHOR ANIMAÇÃO As Tartarugas Ninja: Caos Mutante Elementos Homem-Aranha: Através do Aranhaverso Meu Amigo Robô O Menino e a Garça Suzume
MELHOR DOCUMENTÁRIO 20 Days in Mariupol Bad Press Close to Vermeer Jon Batiste: American Symphony Lakota Nation vs. the United States Little Richard: I Am Everything Love to Love You, Donna Summer Marcados: A História do Racismo nos EUA
MELHOR DIREÇÃO Alexander Payne, por Os Rejeitados Christopher Nolan, por Oppenheimer Greta Gerwig, por Barbie Jonathan Glazer, por Zona de Interesse Martin Scorsese, por Assassinos da Lua das Flores Yorgos Lanthimos, por Pobres Criaturas
MELHOR ATRIZ | DRAMA Carey Mulligan, por Maestro Greta Lee, por Vidas Passadas Lily Gladstone, por Assassinos da Lua das Flores Natalie Portman, por Segredos de um Escândalo Penélope Cruz, por Ferrari Sandra Hüller, por Anatomia de uma Queda
MELHOR ATOR | DRAMA Andrew Scott, por Todos Nós Desconhecidos Bradley Cooper, por Maestro Cillian Murphy, por Oppenheimer Colman Domingo, por Rustin Franz Rogowski, por Passagens Leonardo DiCaprio, por Assassinos da Lua das Flores
MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL Alma Pöysti, por Folhas de Outono Cailee Spaeny, por Priscilla Emma Stone, por Pobres Criaturas Fantasia Barrino, por A Cor Púrpura Margot Robbie, por Barbie
MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL Barry Keoghan, por Saltburn Jeffrey Wright, por American Fiction Joaquin Phoenix, por Beau Tem Medo Nicolas Cage, por O Homem dos Sonhos Paul Giamatti, por Os Rejeitados
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE America Ferrera, por Barbie Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados Emily Blunt, por Oppenheimer Julianne Moore, por Segredos de um Escândalo Juliette Binoche, por O Sabor da Vida Rosamund Pike, por Saltburn
MELHOR ATOR COADJUVANTE Charles Melton, por Segredos de um Escândalo Dominic Sessa, por Os Rejeitados Mark Ruffalo, por Pobres Criaturas Robert De Niro, por Assassinos da Lua das Flores Robert Downey Jr., por Oppenheimer Ryan Gosling, por Barbie
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Anatomia de uma Queda, escrito por Arthur Harari e Justine Triet Barbie, escrito por Greta Gerwig e Noah Baumbach Maestro, escrito por Bradley Cooper e Josh Singer Os Rejeitados, escrito por David Hemingson Segredos de um Escândalo, escrito por Samy Burch Vidas Passadas, escrito por Celine Song
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO American Fiction, escrito por Cord Jefferson Assassinos da Lua das Flores, escrito por Eric Roth e Martin Scorsese Oppenheimer, escrito por Christopher Nolan Pobres Criaturas, escrito por Tony McNamara Todos Nós Desconhecidos, escrito por Andrew Haigh Zona de Interesse, escrito por Jonathan Glazer
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO Assassinos da Lua das Flores, por Jack Fisk e Adam Willis Barbie, por Sarah Greenwood e Katie Spencer Ferrari, por Maria Djurkovic e Sophie Phillips Maestro, por Kevin Thompson e Rena DeAngelo Napoleão, por Arthur Max Oppenheimer, por Ruth De Jong e Claire Kaufman
MELHOR FOTOGRAFIA Assassinos da Lua das Flores, por Rodrigo Prieto Ferrari, por Erik Messerschmidt Maestro, por Matthew Libatique Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, por Fraser Taggart Napoleão, por Dariusz Wolski Oppenheimer, por Hoyte van Hoytema Saltburn, por Linus Sandgren
MELHOR FIGURINO A Cor Púrpura, por Francine Jamison-Tanchuck Assassinos da Lua das Flores, por Jacqueline West Barbie, por Jacqueline Durran Napoleão, por David Crossman e Janty Yates Oppenheimer, por Ellen Mirojnick Pobres Criaturas, por Holly Waddington
MELHOR EDIÇÃO Assassinos da Lua das Flores, por Thelma Schoonmaker Barbie, por Nick Houy Maestro, por Michelle Tesoro Oppenheimer, por Jennifer Lame Os Rejeitados, por Kevin Tent Pobres Criaturas, por Yorgos Mavropsaridis
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL A Sociedade da Neve, por Michael Giacchino American Fiction, por Laura Karpman Assassinos da Lua das Flores, por Robbie Robertson Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, por Daniel Pemberton Oppenheimer, por Ludwig Göransson Pobres Criaturas, por Jerskin Fendrix
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL I’m Just Ken, por Mark Ronson e Andrew Wyatt (Barbie) It Never Went Away, por Jon Batiste e Dan Wilson (Jon Batiste: American Symphony) Peaches, por Jack Black, Aaron Horvath, Michael Jelenic, Eric Osmond e John Spiker (Super Mario Bros. O Filme) Road to Freedom, por Lenny Kravitz (Rustin) The Fire Inside, por Diane Warren (Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História) What Was I Made For?, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (Barbie)
MELHOR SOM | EDIÇÃO E MIXAGEM Assassinos da Lua das Flores Ferrari Jon Batiste: American Symphony Maestro Napoleão Oppenheimer
MELHORES EFEITOS VISUAIS Homem-Aranha: Através do Aranhaverso Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 Napoleão Oppenheimer Resistência Transformers: O Despertar das Feras
A 27ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes acontecerá entre os dias 19 e 27 de janeiro na cidade histórica mineira abrindo o calendário audiovisual do país. Referência na exibição do cinema brasileiro contemporâneo e conectada às tendências e discussões do momento, a temática da Mostra em 2024 será: As Formas do Tempo.
Pensado pela curadoria, sob coordenação do crítico Francis Vogner dos Reis, o tema surgiu a partir da preocupação do evento em compreender os movimentos do audiovisual no país, especialmente, em seus pontos de ruptura. Pelo seu caráter de conexão com o presente, a Mostra de Tiradentes pretende trazer ao debate o momento em que o setor volta a fazer projeções de qual futuro é possível construir e de perguntar como lidar com os despojos que o processo anterior de um governo de direita e contrário à cultura deixou de legado.
“Precisamos escolher para onde vamos olhar e defendemos que é preciso, sobretudo, olhar para os filmes, para o tempo dos filmes, seja a modulação do tempo construída por eles como objeto, seja o tempo no qual o filme existe”, diz Francis.
Assim, a ideia em torno das formas do tempo dialoga com a ousadia das produções exibidas em Tiradentes e com a tentativa de compreensão ampla de como fazer filmes no Brasil, hoje e agora, pode impactar suas estéticas. No caso, para Francis, a demanda de eficiência e a velocidade dos acontecimentos no mundo solicitam novas formas da atenção e dos sentidos; mais rápida, fragmentária e ansiosa. Enquanto isso, cineastas como André Novais Oliveira, Paula Gaitán, Julio Bressane e Isael e Sueli Maxakali, entre outros, parecem seguir em desafio e desarranjo a esse estado exigente das coisas.
“Nesse contexto, cabe a nós interrogarmos sobre outras experiências do tempo, diferentes ao consumo urgente do streaming, por exemplo, e encontrar maneiras mais sutis e complexas de fruição no regime estético das imagens e no forjamento de um novo espectador/espectadora. Nas obras de arte, de que maneira os tempos se tornam visíveis? No seu tema? Nos seus signos? Na sua mensagem? No discurso ou na figura do artista? Talvez precisemos ir além desses predicados. Os tempos se tornam visíveis na arte em seu trabalho formal”, reforça o curador.
O objetivo da temática As Formas do Tempo, em sentido amplo, é provocar esses questionamentos e buscar algumas respostas diretamente nos filmes e nos discursos que naturalmente circulam num evento tão movimentado e agitado como a Mostra de Tiradentes. Tendo em vista as condições, circunstâncias e debates atuais no audiovisual brasileiro, que tempos e temporalidades atravessam essa noção de contemporâneo nas práticas cinematográficas, nas ideias, nas imagens e, sobretudo, nos filmes brasileiros contemporâneos?
As duas homenagens na 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes se relacionam fortemente ao conceito da temática. Em 2024, o evento celebra as trajetórias do cineasta mineiro André Novais Oliveira e da atriz Bárbara Colen. Ele nasceu em Contagem há 39 anos, e ela, em Belo Horizonte, há 37 anos. Suas trajetórias se cruzam em diversos momentos e, vindos de uma mesma geração mineira, são também considerados figuras-chave do momento especial que vive a produção no estado.
André Novais Oliveira: trajetória de sucesso
André e Bárbara chamaram atenção na cena audiovisual brasileira quase simultaneamente. Tiveram um elo em comum: a produtora Filmes de Plástico. Em 2010, André, um dos fundadores da FdP, lançou o curta-metragem Fantasmas na Mostra Foco, em Tiradentes, e foi de imediato apontado como um dos novos criadores mais interessantes do evento. No mesmo ano, no Festival de Brasília, Bárbara surgiu como uma das protagonistas do curta Contagem, de Maurílio Martins e Gabriel Martins, também produzido pela FdP. A atriz encantou a plateia especialmente numa cena em que, ao conversar com outro personagem, sua performance fazia uma variação sutil entre o jogo cênico instaurado por todo o diálogo.
Nos anos seguintes, tanto André Novais quanto Bárbara Colen se consolidaram como duas potências criativas: ele, seguidamente por longas e curtas premiados, como Pouco Mais de um Mês (2013), Ela Volta na Quinta (2014), Temporada(2018) e O Dia que te Conheci (2023); ela, como atriz em Aquarius (2016) e Bacurau (2019), ambos de Kleber Mendonça Filho, em Baixo Centro (2018), de Ewerton Belico e Samuel Marotta, e em telenovelas na Globo.
“Os dois homenageados são alguns dos artistas responsáveis pela discreta radicalidade poética do cinema feito em Minas Gerais, tanto que suas presenças e influências estão para além do cinema do estado e possuem reconhecimento internacional”, diz Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial. “Esse celeiro criativo que nos deu cineastas, atrizes, atores e técnicos de fino talento rodou e ainda roda o mundo. O cinema de Bárbara Colen e André Novais nos aponta o que de melhor temos da cultura brasileira contemporânea”.
A celebração à dupla é, por extensão, uma celebração ao cinema de Minas Gerais, considerado um dos mais inovadores dos últimos 20 anos no Brasil: “Da videoarte dos anos 1990 aos coletivos e produtoras, do sertão mineiro à grande Belo Horizonte, o cinema de Minas nas últimas duas décadas foi parte incontornável de uma renovação decisiva no audiovisual brasileiro em termos de assunto e estilo, de modulação do tempo e da linguagem falada”, destaca Francis.
Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país, a Mostra Tiradentes 2024 será realizada em formato on-line e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais; uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.
O evento exibe mais de 100 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, presta homenagem a personalidades do audiovisual, promove seminário, debates, a série Encontro com os filmes, oficinas, Mostrinha de Cinema e atrações artísticas. Além disso, toda a programação é gratuita.
Lucília Raimundo no longa brasileiro Praia Formosa, de Julia De Simone
O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), que acontece na Holanda, é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficas dirigidas por novos cineastas. Além das seções oficiais em sua programação, há também espaço para nomes consagrados, retrospectivas e programas temáticos.
A 53ª edição acontecerá entre os dias 25 de janeiro e 4 de fevereiro de 2024 e o filme de abertura será a comédia dramática Head South, de Jonathan Ogilvie, que traz Marton Csokas, Ed Oxenbould, Roxie Mohebbi, Jackson Bliss, Arlo Gibson e Benee no elenco.
Além disso, o diretor de fotografia Grimm Vandekerckhove, da Bélgica, conhecido por seu trabalho delicado e humanista com o cineasta Bas Devos, será homenageado com o Robby Müller Award, que destaca anualmente um excelente criador de imagens no estilo do falecido diretor de fotografia holandês que dá nome ao prêmio.
O cinema brasileiro ganha destaque nesta 53ª edição com diversos títulos. Na Tiger Competition, principal mostra do evento, aparece com Praia Formosa, de Julia De Simone. O filme conta a história de Muanza, uma mulher natural do Reino do Congo, que foi traficada para o Brasil no início do século XIX. Ao despertar de um sono profundo em pleno ano de 2023, Muanza se depara com um Rio de Janeiro de tempos espiralados, onde figuras do passado e do presente são parte da busca por suas origens no território da cidade.
Praia Formosa mistura narrativas inventadas à personagens documentais, e dados históricos à fabulação especulativa. Nesse entrelaçamento de tempos e linguagens, o filme testemunha a vida que emerge dos espaços da cidade, os gestos de resistência frente à desterritorialização forçada, e os afetos que sustentam as relações de irmandade. O elenco conta com Lucília Raimundo, Samira Carvalho, Maria D’Aires e Mãe Celina de Xangô.
O Brasil segue na programação com Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes, na mostra Big Screen Competition. Baseado no livro de Milton Hatoum, o longa narra a história de dois irmãos imigrantes libaneses que vão morar em Manaus, Amazonas, na década de 1950. O elenco conta com Wafa’a Celine Halawi, Charbel Kamel, Zakaria Kaakour, Eros Galbiati e Rosa Peixoto.
E mais: Na Tiger Short Competition, o Brasil aparece com o curta-metragem Potenciais à Deriva, de Leonardo Pirondi. Já na mostra Short & Mid-length, outros representantes brasileiros: O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo; Se Eu Tô Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro e escrito e produzido por Éri Sarmet; e Um tropeço em cinco movimentos, de Valentina Rosset.
Na mostra Harbour, o cinema brasileiro ganha destaque com Greice, de Leonardo Mouramateus, que conta com Amandyra, Dipas e Mauro Soares no elenco; o premiado Levante, de Lillah Halla, com Ayomi Domenica; e A Paixão Segundo G.H., de Luiz Fernando Carvalho, baseado na obra homônima de Clarice Lispector e protagonizado por Maria Fernanda Cândido.
Além disso, na mostra Limelight, o cineasta brasileiro Karim Aïnouz exibirá Firebrand, com Alicia Vikander e Jude Law; e La chimera, de Alice Rohrwacher, com a atriz brasileira Carol Duarta no elenco, também será exibido na seleção.
O time de jurados da 53ª edição será formado por: Marco Müller, Ena Sendijarević, Herman Yau, Billy Woodberry e Nadia Turincev na Tiger Competition, principal mostra do festival; e Mónica Lima, Jade Wiseman e Yasmina Price na Tiger Short Competition.
Conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2024:
TIGER COMPETITION
Flathead, de Jaydon Martin (Austrália) Grey Bees, de Dmytro Moiseiev (Ucrânia) Kiss Wagon, de Midhun Murali (Índia) La Parra, de Alberto Gracia (Espanha) Me, Maryam, the Children and 26 Others, de Farshad Hashemi (Irã) Moses, de Jenni Luhta e Lauri Luhta (Finlândia) Praia Formosa, de Julia De Simone (Brasil) Rei, de Tanaka Toshihiko (Japão) Reise der Schatten, de Yves Netzhammer (Suíça) She Fell to Earth, de Susie Au (Hong Kong) sr, de Lea Hartlaub (Alemanha) Swimming Home, de Justin Anderson (Reino Unido) The Ballad of Suzanne Césaire, de Madeleine Hunt-Ehrlich (EUA) Under a Blue Sun, de Daniel Mann (França)
BIG SCREEN COMPETITION
Aire: Just Breathe, de Leticia Tonos Paniagua (República Dominicana) Children of War and Peace, de Ville Suhonen (Finlândia) Confidenza, de Daniele Luchetti (Itália) Eternal, de Ulaa Salim (Dinamarca) Milk Teeth, de Sophia Bösch (Alemanha) O Pior Homem de Londres, de Rodrigo Areias (Portugal) Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (Brasil) Seven Seas Seven Hills, de Ram (Índia) Steppenwolf, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão) Tenement, de Inrasothythep Neth e Sokyou Chea (Camboja) The Old Bachelor, de Oktay Baraheni (Irã) Yohanna, de Robby Ertanto (Indonésia)
HARBOUR
‘Lolo & Sosaku’ The Western Archive, de Sergio Caballero (Espanha) A Paixão Segundo G.H., de Luiz Fernando Carvalho (Brasil) Binary, de David-Jan Bronsgeest (Holanda) Cosmic Miniatures, de Alexander Kluge (Alemanha) Dream Team, de Lev Kalman e Whitney Horn (EUA) Elegies, de Ann Hui (Hong Kong) Future Me, de Vincent Boy Kars (Holanda) Greice, de Leonardo Mouramateus (Brasil) Head South, de Jonathan Ogilvie (Nova Zelândia) Levante, de Lillah Halla (Brasil) Maia: Portrait with Hands, de Alexandra Gulea (Romênia) Mário, de Billy Woodberry (Portugal) Melk, de Stefanie Kolk (Holanda) Memory Dealers, de Mila van der Linden (Holanda) NL-Alert, de Loïs Dols de Jong (Holanda) Small Hours of the Night, de Daniel Hui (Singapura) So Unreal, de Amanda Kramer (EUA) The Waste Land, de Chris Teerink (Holanda) Trauma Porn Club, de Michael Middelkoop (Holanda) Venus, de Gonzalo Fernandez Carmona (Holanda) Witte Wieven, de Didier Konings (Holanda)
*Clique aqui e confira a lista completa com os filmes selecionados.
Cena do curta paraibano Céu, de Valtyennya Pires: premiado
Foram anunciados neste domingo, 17/12, no MAPP, Museu de Arte Popular da Paraíba, os vencedores da 18ª edição do Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB com a presença do público, cineastas, produtores, atores, atrizes, roteiristas e demais amantes da sétima arte.
Com a temática O cinema em Super 8: Experimentações e Fruições, o Comunicurtas 2023 foi realizado no Teatro do Sesc Centro, onde aconteceu a cerimônia de abertura e a exibição da mostra de longas, no MAPP, no Teatro Municipal Severino Cabral e em outros espaços de cultura de Campina Grande. O tema escolhido faz referência a um formato de filme popular entre amadores e entusiastas do cinema, entre as décadas de 1960 e 1980.
O curta-metragem Céu, de Valtyennya Pires, se destacou nesta 18ª edição com quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme da Mostra Tropeiros de curtas paraibanos: “Por meio de uma intensa sensibilidade apresentada pela poética das imagens e sons, pelo encanto da narrativa, pela poderosa reflexão sobre a importância sociocultural das louceiras da Comunidade Quilombola Serra do Talhado Urbano e particularmente, pela memória de Maria do Céu”, disse a justificativa do júri.
O júri deste ano foi formado por: Guilherme Sarmiento, Fabiana Melo e Virginia Gualberto na Mostra Brasil de curtas; Marina Nobre, Antônio Burity e Yan Albuquerque na mostra Tropeiros de curtas paraibanos; e Marcus Vilar, Arly Arnaud e Eliana Figueiredo na Mostra Brasil de longas.
Conheça os vencedores do 18º Comunicurtas:
MOSTRA BRASIL
Melhor Filme: Mundo 1, de Pedro Fiuza e Rudá Almeida (RN) Melhor Direção: Vanessa Sandre, por O Prazer é Todo Meu Melhor Roteiro: O Prazer é Todo Meu, escrito por Vanessa Sandre Melhor Atuação: Margarida Baird, por O Prazer é Todo Meu Melhor Fotografia: Águas que me Tocam, por Leandro Marques Melhor Direção de Arte: Caído, por Luiz Áureo Melhor Montagem: Em Cantos do Gurupi, por San Marcelo Melhor Som: Alto do Céu, por Lula Magalhães Melhor Trilha Sonora: Em Cantos do Gurupi, por Renan Marcell
MOSTRA LONGAS
Melhor Filme: Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (RJ) Melhor Direção: Emílio Domingos, por Black Rio! Black Power! Melhor Roteiro: Black Rio! Black Power!, escrito por Emílio Domingos Melhor Atuação: Renato Linhares, por Represa Melhor Fotografia: Represa, por Daniel Correia Melhor Direção de Arte: Represa, por Thaís de Campos Melhor Montagem: Black Rio! Black Power, por Yan Motta Melhor Som: Represa, por Lucas Coelho Melhor Trilha Sonora: Black Rio! Black Power!, por Emílio Domingos Prêmio Especial do Júri: Tota, de Rafael Leal e Kleyton Canuto (PB), pelo resgate do personagem Tota Agra; pela maneira corajosa de expor ideias visionárias, revolucionárias, humanistas e contestadoras, nas esferas pública e privada
MOSTRA TROPEIROS | CURTAS PARAIBANOS
Melhor Filme: Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia) Melhor Direção: Valtyennya Pires, por Céu, e Ismael Moura, por Cercas Melhor Roteiro: Céu, escrito por Valtyennya Pires Melhor Fotografia: Cercas, por Breno César Melhor Direção de Arte: O Brilho Cega, por Carlos Mosca Melhor Montagem: Céu, por Gabriel Heitor Alves, e O Orgulho Não é Junino, por Dimas Carvalho Melhor Atuação: Bruna Castro, por Cercas Melhor Som: Cercas, por Gustavo Guedes, e O Orgulho Não é Junino, por Jonas Tadeu Melhor Trilha Sonora: Cercas, por Guga Rocha Menção Honrosa: Ao Redor de Casa, de Mailsa Passos e Virgínia de Oliveira Silva, filme com apuro técnico, narrativa poética e tema de extrema importância para a Paraíba, lugar de potentes lutas camponesas no passado e no presente, que conta através de registros da Marcha Pela Vida das Mulheres o envolvimento de classe e gênero de lideranças que fazem um papel radical na história da soberania alimentar e da agroecologia. Em memória de Margarida Maria Alves, Marielle Franco e todas as mulheres no front das lutas sociais, o júri concede menção honrosa a este filme tão importante Menção Honrosa: Experimentando Cinema: Super 8 Paraibano, de Marvin Zenit, pela temática voltada à produção de filmes em super 8 na Paraíba e sua perfeita conexão com o tema da 18ª edição do Festival Comunicurtas
PRÊMIO LUIZ CUSTÓDIO Olhares Indígenas, de Ana Beatriz Rocha e Hebert Araújo (PB)
MOSTRA DE TELEJORNALISMO Melhor Reportagem: Futebol, meu amor! O resgate do campeão dos campeões, de Dayvson Victor (PB) Melhor Repórter Cinematográfico: Olhares Indígenas, por Alexandre Frazão, Marcos Cardoso, Thiago Ferreira, Ewerton Lima, Bernardo Scotti e Silvio Vieira
MOSTRA SOM NA SERRA DE VIDEOCLIPES Melhor Filme: Quem Vai Brilhar, de Samy Sah (PB)
MOSTRA TERRITÓRIO E LIBERDADE DE VIDEOARTE Melhor Filme: Jurema: A Peleja do Carcará e Suçuarana, de Bako Machado (PE)
Cena do curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli
Criado em 1979 e organizado pela Sauve qui peut le court métrage, o Festival de curta-metragem de Clermont-Ferrand, que acontecerá entre os dias 2 e 10 de fevereiro de 2024 na França, é considerado o maior evento de curtas-metragens do mundo.
Neste ano, mais de 9.400 filmes foram inscritos; registrando um recorde e um aumento muito significativo de 14% em relação ao ano passado. O comunicado oficial diz: “O coração do cinema nunca parou de bater e Clermont-Ferrand continua sendo o pulmão do curta”.
A 46ª edição contará com alguns títulos brasileiros em sua programação, entre eles, Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, na Competição Internacional. Na trama, um pássaro chamado Memória esquece como voltar para casa. Lua, uma mulher trans, tenta encontrá-la nas ruas do Rio de Janeiro, mas a cidade pode ser um lugar hostil. O elenco conta com Ayla Gabriela e Henrique Bulhões.
Já na mostra Lab Competition, o Brasil aparece com Até Onde o Mundo Alcança, de Daniel Frota de Abreu, que faz uma condenação surpreendente dos efeitos a longo prazo do colonialismo no país. Na Competição Nacional, vale destacar o francês Vambora, de Laurier Fourniau, que foi rodado no Brasil e conta com os brasileiros Ítalo Villani e Camila Guerra no elenco.
A mostra Panorama apresenta uma retrospectiva especial com títulos dirigidos por mulheres inspiradoras. Aqui, o cinema brasileiro marca presença com Quebramar, de Cris Lyra, curta realizado em 2019. Na mostra Enfants, será exibida a animação Lulina e a Lua, de Alois Di Leo e Marcus Vinicius Vasconcelos. Enquanto isso, na seção de mercado, o Brasil conta com Quartas de Final ou Porque Eu Decidi Torcer Contra o Brasil, de Dario Lopes e Vinicius Campos.
Além disso, a Associação Cultural Kinoforum, a Spcine e o Consulado-Geral do Brasil em Marselha levarão ao festival uma programação de curtas brasileiros recentes para promover a diversidade e a criatividade da produção nacional, proporcionando uma capacitação in loco em intercâmbio internacional e nos mecanismos do mercado audiovisual mundial. Os títulos da Spcine Brazilian Shorts no Short Film Market são: Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP); Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP); Ibirapitanga, de Olinda Wanderley (BA); Ava Mocoi: Os Gêmeos, de Luiza Calagian e Vinícius Toro (PR); e Meu Amigo Pedro MIXTAPE, de Lincoln Péricles (SP).
Em comunicado oficial, a organização do evento anunciou algumas mudanças nesta edição por conta de problemas financeiros: “O impacto da Covid-19, o aumento dos custos devido à inflação e, muitas vezes, o financiamento precário deixaram um impacto duradouro no nosso festival, na nossa organização e nas nossas equipas, tal como em muitos outros empreendimentos culturais e festivais de cinema. Então, para podermos recebê-los em fevereiro, tivemos que fazer algumas escolhas. Eles não foram fáceis; e esperamos que não sejam permanentes. Temos trabalhado nessas mudanças desde a primavera, pensando em formas de tornar possível a edição de 2024, mantendo ao mesmo tempo o seu significado e a sua essência”.
Com isso, pela primeira vez na sua história, o festival irá reduzir o número de programas em suas competições. A seleção Nacional passará de doze para dez programas, e a Internacional de quatorze para doze. Além disso, algumas mostras foram cortadas da programação: “Mesmo assim, apostamos que os fãs de curtas-metragens encontrarão o que procuram ao longo dos nove dias de cinema e celebração”, finaliza o comunicado oficial.
Allan Ribeiro, diretor do premiado Mais um Dia, Zona Norte
Foram anunciados neste sábado, 16/12, no Cine Brasília, em cerimônia apresentada por Rocco Pitanga e Ana Luiza Bellacosta, os vencedores da 56ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O filme Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro, foi consagrado com o Troféu Candango de melhor longa-metragem pelo Júri Oficial.
Mais um Dia, Zona Norte também foi quem mais arrematou troféus na noite, sendo agraciado com os prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante, para Victor Veiga e Valéria Silva, melhor trilha sonora e ainda com as honrarias especiais do júri; da crítica, entregue pela Abraccine; e do Prêmio Like, que concede 50 mil reais em mídia para difusão do filme no Canal Like. Esta foi a segunda vez que o diretor carioca teve sua obra premiada em Brasília, após pouco mais de dez anos, quando levou os Candangos de melhor direção de arte e de melhor edição, em 2012, com Esse Amor que nos Consome.
O brasiliense Cartório das Almas, de Leo Bello, caiu nas graças do público na Competitiva Nacional e recebeu o troféu de melhor longa-metragem pelo Júri Popular. A produção levou também os Candangos de melhor edição de som e melhor direção de arte.
Quem também arrematou uma série de troféus foi o mineiro O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira. Além de receber o Prêmio Zózimo Bulbul, entregue pela APAN, Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro e pelo Centro Afrocarioca de Cinema, a produção foi lembrada em outras três categorias: melhor roteiro, melhor ator para Renato Novais e melhor atriz para Grace Passô, que aumenta sua coleção de Candangos; ela foi premiada em 2018 pelo filme anterior de Novais, Temporada, e ainda ganhou como melhor curta por seu trabalho como diretora em República, na edição de 2020.
Entre os curtas-metragens, o maior destaque da premiação ficou com o documentário poético e semi-autobiográfico Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni, que recebeu o Troféu Candango de melhor filme segundo o Júri Oficial, Prêmio Canal Brasil de Curtas, além de melhor montagem. No Júri Popular, o documentário Vão das Almas, de Edileuza Penha e Santiago Dellape, foi o preferido do público como melhor curta-metragem da Competitiva Nacional.
Na Mostra Brasília, o júri do 25º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal consagrou o documentário sobre o teatrólogo uruguaio-brasiliense Hugo Rodas: Rodas de Gigante foi premiado como melhor longa pelo Júri Oficial, além de melhor direção e melhor montagem. O filme também levou o Troféu Saruê, da equipe do jornal Correio Braziliense, reconhecimento por proporcionar o melhor momento do festival. Dentre os curtas, Instante foi o grande vencedor, com o prêmio de melhor curta pelo Júri Oficial, além dos troféus de melhor atriz e de melhor roteiro para a diretora Roberta Rangel.
O júri deste ano foi formado por: Alex Vidigal, Cibele Amaral, Elisa Lucinda, Marco Altberg e Priscila Tapajowara na Mostra Nacional de Longas; Ana Arruda, Anna Luiza Müller, Leticia Bispo, Ana Caroline Brito e Preta Ferreira na Mostra Nacional de Curtas; Gloria Teixeira, Marcela Borela e Murilo Grossi na Mostra Brasília; Anna Andrade, Antônio Molina e Dominique Jaci no Prêmio Zózimo Bulbul; Carissa Vieira, Felipe Moraes e Robledo Milani no Prêmio Abraccine; Carissa Vieira, Cecília Barroso, Luiz Fernando Zanin Oricchio, Maria do Rosário Caetano, Neusa Barbosa, Ricardo Dahen e Robledo Milani no Prêmio Canal Brasil de Curtas.
A Mostra Competitiva do 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro contabilizou 2.818 ingressos vendidos e a Mostra Brasília teve 2.232 ingressos entregues. Estes são números apenas dos ingressos, sem contar com os diretores, produtores e convidados. Ao todo, contando público, que encheu a sala e frequentadores da praça de alimentação, passaram 12 mil pessoas pelo Festival de Brasília 2023.
Conheça os vencedores do 56º Festival de Brasília:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS
MELHOR FILME | JÚRI OFICIAL Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
MELHOR FILME | JÚRI POPULAR Cartório das Almas, de Leo Bello (DF)
MELHOR DIREÇÃO Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, por A Transformação de Canuto
MELHOR ATOR Renato Novais, por O Dia que Te Conheci
MELHOR ATRIZ Grace Passô, por O Dia que Te Conheci
MELHOR ATOR COADJUVANTE Victor Veiga, por Mais Um Dia, Zona Norte
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Valeria Silva, por Mais Um Dia, Zona Norte
MELHOR ROTEIRO O Dia que te Conheci, escrito por André Novais Oliveira
MELHOR FOTOGRAFIA A Transformação de Canuto, por Camila Freitas
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Cartório das Almas, por Maíra Carvalho
MELHOR TRILHA SONORA Mais Um Dia, Zona Norte, por Allan Ribeiro e Tibor Fittel
MELHOR EDIÇÃO DE SOM Cartório das Almas, por Olivia Hernandez
MELHOR MONTAGEM No Céu da Pátria Nesse Instante, por Renata Baldi e Sandra Kogut
MELHOR ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA A Transformação de Canuto, escrito por Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (DF/RJ/SC/SP)
MENÇÃO HONROSA Silvio Fernandes, por Mais Um Dia, Zona Norte
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS
MELHOR FILME | JÚRI OFICIAL Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS)
MELHOR FILME | JÚRI POPULAR Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)
MELHOR DIREÇÃO GG Fákọ̀làdé, por Remendo
MELHOR ATOR Elídio Netto, por Remendo
MELHOR ATRIZ Jhonnã Bao, por Erguida
MELHOR ROTEIRO Dona Beatriz Ñsîmba Vita, escrito por Catapreta
MELHOR FOTOGRAFIA Helena de Guaratiba, por Pedro Rodrigues
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Cáustico, por Carmen San Thiago
MELHOR TRILHA SONORA Helena de Guaratiba, por DJ Machintal
MELHOR EDIÇÃO DE SOM Axé Meu Amor, por David Neves
MELHOR MONTAGEM Pastrana, por Bruno Carboni
MELHOR ROTEIRO DE TEMÁTICA AFIRMATIVA Erguida, escrito por Jhonnã Bao
MENÇÃO HONROSA Cidade By Motoboy, de Mariana Vita (SP) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)
MOSTRA BRASÍLIA | 25º Troféu Câmara Legislativa
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL Rodas de Gigante, de Catarina Accioly
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL Instante, de Paola Veiga
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR Nada se Perde, de Renan Montenegro
MELHOR DIREÇÃO Catarina Accioly, por Rodas de Gigante
MELHOR ATOR Thalles Cabral, por Ecos do Silêncio
MELHOR ATRIZ Roberta Rangel, por Instante
MELHOR ROTEIRO Instante, escrito por Roberta Rangel, Paola Veiga e Emanuel Lavor
MELHOR FOTOGRAFIA Ecos do Silêncio, por Krishna Schmidt e André Carvalheira
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE O Sonho de Clarice, por João Capoulade, Juliet Jones e Sarah Guedes
MELHOR TRILHA SONORA O Sonho de Clarice, por Cesar Lignelli
MELHOR EDIÇÃO DE SOM O Sonho de Clarice, por Fernando Vieira e Francisco Vasconcelos
MELHOR MONTAGEM Rodas de Gigante, por Sérgio Azevedo
MENÇÃO HONROSA DO JÚRI Estrela da Tarde, de Francisco Rio Nada se Perde, de Renan Montenegro Não Existe Almoço Grátis, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel
PRÊMIOS ESPECIAIS
PRÊMIO ZÓZIMO BULBUL Melhor curta-metragem: Erguida, de Jhonnã Bao (SP) Melhor longa-metragem: O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira (MG) Menção Honrosa: A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (DF)
PRÊMIO ABRACCINE | Associação Brasileira de Críticos de Cinema Melhor longa-metragem: Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ) Melhor curta-metragem: Remendo, de GG Fákọ̀làdé (ES)
TROFÉU SARUÊ Rodas de Gigante, de Catarina Accioly
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (RS)
PRÊMIO LIKE Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
O evento, que acontece desde 1979, surgiu com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.
Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, são divididos em diversas categorias. O cinema brasileiro ganhou destaque na premiação de longas de ficção com O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, e Estranho Caminho, de Guto Parente; a coprodução El auge del humano 3, de Eduardo Williams, também foi premiada.
Entre os curtas-metragens, Paraíso Europa, de Leandro Goddinho e Paulo Menezes, foi eleito o melhor filme; Deixa, de Mariana Jaspe, recebeu o Prêmio Especial do Júri. As animaçõesPlaca-mãe, de Igor Bastos, e Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca, de Eduardo Perdido, Tiago Mal e Diego Doimo também se destacaram, assim como Levante, de Lillah Halla, e Sem Coração, de Nara Normande e Tião.
O time de jurados deste ano foi formado por: Kiro Russo, Raúl Camargo, Rodrigo Plá, Eslinda Núñez e a brasileira Julia Murat nos longas de ficção; Carlos Ibañez, Jorge Ortega e Arturo Sotto nos filmes de estreia; Katherina Harder, Antonio Medici e Magda González nos curtas-metragens; Juliana Fanjul, Alejandro Fuentes e Jorge Fuentes nos documentários; Juan Pablo Zaramella, Joseph Arbiol e Aramis Calinau nas animações; Diego Corsini, Delfina Catalá e Fátima Patterson nos roteiros; Alejandro Magallanes, Régis Léger Dugudus e Michele Miyares Hollands nos cartazes; Luis Tejera, Nicolas Silbert, Sara Santaella e o brasileiro Gustavo Riveiro na indústria; Sergio Moreira, Carlo Gentile e Rafael Grillo no Prêmio FIPRESCI; Anna Grebe, Tony Mazón e Francisco Yague no Prêmio SIGNIS; e Clarisa Navas, Cote Romero e Lizette Vila no Prêmio Arrecife.
Conheça os vencedores da 44ª edição do Festival de Havana:
FICÇÃO | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme: Tótem, de Lila Avilés (México) Prêmio Especial do Júri: El auge del humano 3, de Eduardo Williams (Argentina/Portugal/Brasil/Holanda/Taiwan/Hong Kong/Sri Lanka/Peru) Melhor Atriz: Ilona Almansa, por El otro hijo Melhor Ator: Miguel González, por El otro hijo Melhor Direção: Rodrigo Moreno, por Los delincuentes Melhor Roteiro: Tótem, escrito por Lila Avilés Melhor Fotografia: Los delincuentes, por Inés Duacastella e Alejo Maglio Melhor Edição: Los delincuentes, por Manuel Ferrari, Nicolás Goldbart e Rodrigo Moreno Melhor Som: O Estranho, por Lucas Coelho Melhor Trilha Sonora Original: Estranho Caminho, por Fafa Nascimento e Uirá dos Reis Melhor Direção de Arte: Tótem, por Nohemí González Martínez
DOCUMENTÁRIO | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme: El juicio, de Ulises de la Orden (Argentina) Prêmio Especial do Júri: El eco, de Tatiana Huezo (México)
CURTAS-METRAGENS | PRÊMIO CORAL
Melhor curta-metragem | Ficção: Paraíso Europa, de Leandro Goddinho e Paulo Menezes (Brasil/Alemanha) Prêmio Especial do Júri | Ficção: Deixa, de Mariana Jaspe (Brasil) Melhor curta-metragem | Documentário: El final del camino, de Ariagna Fajardo (Cuba) Prêmio Especial do Júri | Documentário: Esperanza, de Mayra Véliz (México)
PRIMEIRO FILME | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme de Estreia: Levante, de Lillah Halla (Brasil) Prêmio Especial do Júri: La mujer salvaje, de Alán González (Cuba) Prêmio Contribuição Artística: Sem Coração, de Nara Normande e Tião (Brasil)
ANIMAÇÃO | PRÊMIO CORAL
Melhor longa-metragem: Placa-mãe, de Igor Bastos (Brasil) Melhor curta-metragem: Carne de Dios, de Patricio Plaza (Argentina/México/Colômbia) Prêmio Especial do Júri: Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca, de Eduardo Perdido, Tiago Mal e Diego Doimo (Brasil)
OUTROS PRÊMIOS
Melhor Pôster: El mundo de Nelsito, por Vladimir Pérez (Cuba) Melhor Pôster | Menção Honrosa: Días de visita, por Jonattan Ríos Valencia (Colômbia) Prêmio Coral de pós-produção | AracneDC e Arte Sonora: La casa de las galletas, de Rodolfo Zavala Chia (Peru) Prêmio de pós-produção | BoogieMan: La casa de las galletas, de Rodolfo Zavala Chia (Peru) Prêmio de pós-produção | La burbuja de Sonido: Aunque sea ver el mar, de Pablo Lozano (República Dominicana) Melhor Roteiro Inédito: Un viejo sin documentos, escrito por Edgar de Luque Jácome (Colômbia) Prêmio SIGNIS: La mujer salvaje, de Alán González (Cuba) Prêmio FIPRESCI: El viento que arrasa, de Paula Hernández (Argentina/Uruguai) Prêmio Arrecife: Transfariana, de Joris Lachaise (Colômbia/França) Prêmio Cibervoto: Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (Brasil) Prêmio Casa de las Américas: Estranho Caminho, de Guto Parente (Brasil)
Neste ano, o longa paraense Sob a Terra do Encoberto, de Xan Marçall e Id Libra, foi o grande vencedor. O filme experimental é centrado no conflito entre o documentário e a ficção. Numa pandemia, a cultura das comunidades tradicionais é ameaçada por um projeto político governamental. O longa apresenta visões de mundo pautadas em imaginários insurgentes afro-indígenas, através da história, do mistério, da poética e do encantamento presentes na experiência de pessoas trans e travestis do Norte e Nordeste do Brasil.
Ao longo de sete dias de programação, foram exibidos curtas e longas-metragens, de 15 países, em competição e mostras especiais. A curadoria desta edição foi assinada por Ana Carneiro, Carol Almeida e Kênia Freitas. O júri do 17º For Rainbow foi formado por: Paula Sacchetta, Mariana Souza, Sunny Maia, Linga Acácio e João Paulo na Mostra Competitiva Internacional; e Yasmin Gomes, Lília Moema e Gisele Gabriel na Mostra Feminino Plural.
O Prêmio da Crítica, entregue pela Aceccine, Associação Cearense de Críticos de Cinema, consagrou o curta-metragem O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco: “Por reimaginar criticamente eventos, personagens e simbologias da historiografia brasileira e estimular de forma ácida o debate sobre as reais bases fraturadas do colonialismo e emancipação nacional em aliança com a inserção de pautas LGBTQIAPN+”, diz a justificativa do júri, que foi formado por Beatriz Saldanha, Daniel Araújo e Messias Adriano.
A homenageada desta 17ª edição, que recebeu o Troféu Artur Guedes, uma criação do artista plástico Zé Tarcísio, foi para Dary Bezerra, ativista LGBTI+ e de terreiro, pessoa trans não-binárie e filha de Oxum. Defensora incansável dos direitos humanos, ela se destaca nas discussões sobre identidades de gênero, diversidade sexual, saúde sexual, relações étnico-raciais, direitos e defesa dos povos de terreiro, e educação para os direitos humanos.
Conheça os vencedores do For Rainbow 2023:
LONGAS-METRAGENS
Melhor Filme: Sob a Terra do Encoberto, de Xan Marçall e Id Libra (Brasil, PA) Melhor Direção: Daniel Gonçalves, por Assexybilidade Melhor Roteiro: M de Mães, escrito por Lívia Perez, Marcela Tiboni e Melanie Graille Melhor Atuação: Max, por A Outra Mulher e Mel Rosário, por Toda Noite Estarei Lá Melhor Fotografia: A Outra Mulher Melhor Direção de Arte: Toda Noite Estarei Lá Melhor Edição: Sob a Terra do Encoberto, por Lucas Beijamim Melhor Som: Sob a Terra do Encoberto, por Nicolau Domingues Melhor Trilha Sonora: Toda Noite Estarei Lá, por Joana Bentes
CURTAS-METRAGENS
Melhor Curta Brasileiro: Pirenopolynda, de Izzi Vitório, Tita Maravilha e Bruno Victor (GO) Melhor Direção: Manauara Clandestina e Luiz Felipe Lucas, por Migranta Melhor Roteiro: Por que Não Ensinaram Bixas Pretas a Amar? Melhor Atuação: Muriel Cruz, por Lalabis e Harry Lins, por O Cavalo de Pedro Melhor Fotografia: Pirenopolinda Melhor Direção de Arte: Migranta Melhor Trilha Sonora: The Magnificentit Melhor Edição: Olhe para Mim (Will You Look At Me) Melhor Som: Casa de Bonecas, por Gabriel Portela Prêmio da Crítica: O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco (RJ/GO)
MOSTRA FEMININO PLURAL Melhor Filme: O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa (Brasil)
Depois de Barbie, Greta Gerwig é confirmada em Cannes
A 77ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 14 e 25 de maio, acaba de anunciar o nome da cineasta, roteirista e atriz americana Greta Gerwig como presidente do júri da mostra competitiva de longas-metragens, a principal do evento.
Em comunicado oficial, Greta, que terá a missão de escolher o vencedor da Palma de Ouro ao lado de seus colegas de júri, disse: “Adoro filmes, adoro fazê-los, adoro vê-los, adoro falar sobre eles. Como cinéfila, Cannes sempre foi o ápice do que pode ser a linguagem universal do cinema. Estar em um lugar de vulnerabilidade, em um cinema escuro cheio de estranhos, assistir a um filme inédito é meu lugar favorito para estar. Estou surpresa, emocionada e honrada por servir como presidente do júri do Festival de Cinema de Cannes. Mal posso esperar para ver quais viagens estão reservadas para todos nós!”.
Depois de um ano especial em que bateu todos os recordes com Barbie, Greta é a primeira diretora norte-americana a assumir este cargo no festival. Além disso, aos 40 anos, torna-se a pessoa mais jovem a assumir tal tarefa desde Sophia Loren, que tinha apenas 31 anos, em 1966, e também a segunda diretora desde Jane Campion, em 2014. E mais: é a segunda mulher americana nesta posição, depois de Olivia de Havilland, que foi a primeira mulher presidente do júri, em 1965.
Conhecida inicialmente como embaixadora do cinema independente americano, Greta hoje encontra-se no topo do sucesso mundial de bilheteria e consegue combinar o que antes era considerado incompatível: entregar sucessos de público, estreitar a distância entre arte e indústria, explorar questões feministas contemporâneas com habilidade bem como profundidade.
Começando como atriz, Greta Gerwig se transformou em roteirista trabalhando em diversos projetos. Ela coescreveu Hannah Sobe as Escadas (2007) e Nights and Weekends (2008), que também codirigiu e atuou, depois Frances Ha (2012), Mistress America (2015) e, claro, Barbie, com Noah Baumbach, seu cúmplice na arte. Seu primeiro trabalho solo, Lady Bird: A Hora de Voar, um retrato marcante, terno e melancólico dos tormentos da adolescência, foi indicado em cinco categorias no Oscar, entre elas, melhor direção.
Em seu segundo filme, Greta adaptou um clássico da literatura americana de 1868, de Louisa May Alcott, Adoráveis Mulheres, mais uma vez com a intenção de lançar um novo olhar sobre todas as protagonistas femininas da história para melhor examinar a sua emancipação em um mundo dominado por homens. Por fim, Barbie, seu último longa-metragem, que foi lançado em julho deste ano, e aborda o sexismo e os estereótipos cotidianos com intenções divertidas. Fenômeno cultural internacional, Barbie é o maior sucesso do ano e fez de Greta Gerwig a diretora de cinema mais lucrativa da história.
Em comunicado oficial, Iris Knobloch, presidente do festival, e Thierry Frémaux, diretor geral, disseram: “Esta é uma escolha óbvia, uma vez que Greta Gerwig encarna tão audaciosamente a renovação do cinema mundial, para o qual Cannes é todos os anos o precursor e a caixa de ressonância. Além da sétima arte, ela é também a representante de uma época que está quebrando barreiras e misturando gêneros, elevando assim os valores da inteligência e do humanismo”.