Depois de lançar O Beijo no Asfalto, o ator Murilo Benício lança seu segundo filme como diretor: Pérola, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 28/09. O longa é baseado na peça teatral homônima do dramaturgo Mauro Rasi, que foi sucesso de público e crítica.
Exibido no Festival do Rio, fora de competição, e premiado no Fest Aruanda, em João Pessoa, em duas categorias, melhor roteiro e melhor atriz para Drica Moraes, a trama mostra uma mãe de personalidade forte que comanda o funcionamento de toda a família e tenta estabelecer uma relação mais próxima com o filho Mauro, vivido por Leonardo Fernandes, querendo controlar as escolhas e o futuro dele.
Nas telonas, Drica é quem assume o protagonismo; nos palcos, Vera Holtz interpretou a personagem Pérola. A comédia dramática é um retrato de uma família com laços fortes em que as pessoas comemoram, choram e seguem juntos apesar das circunstâncias. O filme conta a história da matriarca Pérola pelo olhar e memória do seu filho Mauro. Uma história, acima de tudo, sobre o reencontro de uma mãe e seu filho, com conflitos e sonhos traduzidos na construção de uma piscina no quintal de casa. Um retrato de uma família comum, que briga, faz as pazes, comemora, chora e segue cheia de histórias.
Com roteiro de Adriana Falcão, Marcelo Saback e Jô Abdu, o elenco conta também com Rodolfo Vaz, Valentina Bandeira, Cláudia Missura, Lavínia Pannunzio, Marianna Armellini, Jefferson Schroeder, Gustavo Duque e participações especiais de Louise Cardoso, Gillray Coutinho e Gustavo Machado. A produção é da República Pureza Filmes e MB Produções, com coprodução da Globo Filmes, Rio Filme, Canal Brasil e Telecine; a produção associada é assinada por José de Alvarenga Jr. e Guel Arraes. A distribuição nos cinemas brasileiros é da H2O Films.
Para falar mais sobre Pérola, conversamos com a protagonista Drica Moraes e com o diretor Murilo Benício. No bate-papo, falaram sobre entrosamento do elenco, Vera Holtz como inspiração, relações familiares, ideia do projeto e contato com Mauro Rasi, teatro, Esther Williams e Escola de Sereias e expectativas para o lançamento.
Foram anunciados neste sábado, 23/09, em cerimônia apresentada por Johnny Massaro e Higor Campagnaro no Teatro Glória, os vencedores do Troféu Vitória da 30ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo.
Durante seis dias de programação, foram exibidos 98 filmes, 93 curtas e cinco longas-metragens, distribuídos em 12 mostras competitivas, que apresentaram um recorte da produção contemporânea do audiovisual brasileiro com obras realizadas entre os anos de 2022 e 2023.
Neste ano, na competição nacional de longas, o cearense Represa, de Diego Hoefel, foi o grande vencedor com quatro prêmios, entre eles, melhor filme, além de uma Menção Honrosa. O Troféu Vitória de melhor interpretação foi para Mel Rosário por Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, título que também foi consagrado na categoria de melhor filme pelo Júri Popular. O Júri Técnico da mostra foi composto pelo diretor Lírio Ferreira; pela pesquisadora, crítica, curadora e roteirista Viviane Pistache; e pela atriz, roteirista e cineasta Julia Katherine.
O vencedor do Troféu Vitória de melhor filme da 27ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, eleito pelo Júri Técnico, foi o mineiro Ramal, de Higor Gomes; pelo Júri Popular, o premiado foi o capixaba Remendo, de Roger Ghil, que também venceu na categoria de melhor direção. O Júri Técnico da mostra foi formado pelo jornalista, curador, pesquisador e crítico de cinema André Dib; pela fotógrafa, diretora e roteirista Safira Moreira; e pelo roteirista e diretor Marcos Carvalho.
No Prêmio Canal Brasil de Curtas, o júri, composto por jornalistas e críticos de cinema convidados pelo Canal Brasil, escolheu o filme O Último Rock, de Diego de Jesus. A produção capixaba recebeu o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil, além de ir para a grade do canal, que exibe curtas-metragens diariamente em sua programação.
Conheça os vencedores do 30º Festival de Cinema de Vitória:
13ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Melhor Filme: Represa, de Diego Hoefel (CE) Melhor Filme | Júri Popular: Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin (ES) Melhor Direção: Diego Hoefel, por Represa Melhor Roteiro: Represa, escrito por Aline Portugal, Diego Hoefel e Marcelo Grabowsky Melhor Fotografia: Represa, por Daniel Correia Melhor Contribuição Artística: Incompatível com a Vida, de Eliza Capai (RJ/SP) Melhor Interpretação: Mel Rosário, por Toda Noite Estarei Lá Menção Honrosa: Gilmar Magalhães por sua atuação em Represa
27ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
Melhor Filme: Ramal, de Higor Gomes (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Remendo, de Roger Ghil (ES) Prêmio Especial do Júri: Deixa, de Mariana Jaspe (RJ) Melhor Direção: Roger Ghil, por Remendo Melhor Roteiro: Escasso, escrito por Clara Anastácia Melhor Fotografia: Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, por Willian Rubim Melhor Contribuição Artística: Davi Kopenawa Yanomami e os yanomamis, por Mãri hi: A Árvore do Sonho Melhor Interpretação: Ana Clara Barros Barcelos, por O Último Rock
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
23º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA Melhor Filme | Júri Popular: Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
13ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Melhor Filme: Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Ferro’s Bar, de Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros (SP)
12ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Melhor Filme: Mångata: Todas as Fases da Lua, de Marcella Rocha (ES) Melhor Filme | Júri Popular: O Passarinho Menino, de Ursula Dart (ES)
12ª MOSTRA CORSÁRIA Melhor Filme: Capuchinhos, de Victor Laet (PE) e Desmonte, de Clara Pignaton e Hugo Reis (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Capuchinhos, de Victor Laet (PE)
10ª MOSTRA OUTROS OLHARES Melhor Filme: No Início do Mundo, de Gabriel Marcos (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Arrimo, de Rogério Borges (SP)
8ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Melhor Filme: Lei da Mordaça, de Isabella Vilela (SP/RJ) Melhor Filme | Júri Popular: Azul da Cor do Mar, de Natália Dornelas (ES)
8ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Melhor Filme: Mergulho, de Marton Olympio e Anderson Jesus (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Firmina, de Izah Neiva (SP) Menção Honrosa: Avôa, de Lucas Mendes (GO)
7ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Melhor Filme: Copo de Silêncio, de Farofa Sintética (Artista: Sandyalê) (SE) Melhor Filme | Júri Popular: Cornélios, de Hecthor Murilo e Patrick Gomes (Artista: Gastação Infinita) (ES)
6ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL Melhor Filme: Vãhn Gõ Tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá (SC) Melhor Filme | Júri Popular: Memórias do Fogo, de Rita de Cássia Melo Santos, Leandro Olímpio e Irineu Cruzeiro Neto (ES)
5ª MOSTRA DO OUTRO LADO | CINEMA FANTÁSTICO Melhor Filme: La Purse, de Gabriel Nobrega (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Encruzilhada do Caos, de Alex Buck (ES)
Elenco: Elis Regina, Antonio Carlos Jobim, César Camargo Mariano, Roberto Menescal, Frank Sinatra, João Marcello Bôscoli, Paulo Braga, Roberto de Oliveira, Helio Delmiro, Humberto Gatica, Elizabeth Jobim, André Midani, Nelson Motta, Gerry Mulligan, Wayne Shorter.
Ano: 2022
Sinopse: Los Angeles, fevereiro de 1974. Elis Regina e Tom Jobim se encontram para gravar um álbum. O documentário musical revela os bastidores da gravação que mudaria suas vidas e se tornaria uma obra emblemática da música brasileira. No filme, o espectador é levado em uma viagem no tempo, participando de situações de conflito e também de pura alegria, revelando momentos íntimos do processo criativo e das personalidades extraordinárias desses artistas. Com um material filmado há quase cinco décadas, o documentário é uma experiência cinematográfica imersiva que revela os bastidores de um dos mais icônicos álbuns da música popular brasileira, que foi marcado por dramas e tensões a ponto de o projeto quase ser interrompido.
Elenco: Juan Paiva, Lucas Penteado, Tatiana Tiburcio, Nando Cunha, Gustavo Coelho, Boca de 09, Lellê, Clara Moneke, Flávia Souza, Isabela Garcia, Antonio Pitanga, Reinaldo Junior, Márcio Vito, Arthur Ferreira, Isis Oliveira, Cecília Costa, Aline Maia, Ana Beatriz, Anderson Guimarães, Bl4ck, Ceejay, Chico Melo, Danilo Farias, Ella Fernandes, FP do Trem Bala, Gabriel do Borel, Gabriela Paredes, Giulie Oliveira, Josie Antello, Julia Shimura, Juliana Thirê, Leo Castro, Márcio Mariante, Matheus Ferrero, Mpembele Zoka Elisse, Negão da BL, Paula Lucena, Raissa Conceição, Roberta Porto, Vitor Jaques, Winnit, Ygor Carlos.
Ano: 2023
Sinopse: Nosso Sonho é uma cinebiografia de Claudinho e Buchecha, dupla de maior sucesso do funk melody nacional de todos os tempos e ícone máximo do gênero na música brasileira. A história de uma amizade que se transforma em força de superação e conquista. Um filme que mostra como o ritmo e a poesia da periferia conquistaram o Brasil. Uma história real repleta de fantasia. Um musical, com emoção e diversão, feito de drama e tragédias, mas também de humor, surpresas e redenção.
Foram anunciados neste domingo, 17/09, os vencedores da 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Conhecido como um termômetro para o Oscar, o evento, um dos mais importantes do mundo, entrega o prêmio de melhor filme para o longa mais votado pelo público. Neste ano, a comédia dramática American Fiction, de Cord Jefferson, se consagrou como a grande campeã.
O filme, protagonizado por Jeffrey Wright e baseado no livro Erasure, de Percival Everett, conta a história de um escritor que fica irritado porque sua última publicação não deu certo com as editoras, enquanto um outro livro chega à lista dos mais vendidos. A trama é uma sátira perversa sobre a mercantilização de vozes marginalizadas da literatura afro-americana e narra um retrato de um artista forçado a reexaminar sua integridade.
Apresentado pela Shawn Mendes Foundation, o Prêmio Changemaker é concedido a um cineasta emergente cujo filme aborda questões de mudança social; o vencedor é escolhido por um grupo de jovens cinéfilos. Enquanto isso, a Canada Goose abraça a diversidade em todas as suas formas e definições, incluindo técnica e paixão que transporta a narrativa para a tela, e apresenta o Prêmio Amplify Voices aos três melhores filmes de cineastas sub-representados.
Neste ano, nomes importantes foram homenageados com o TIFF Tribute Award no Festival de Toronto, entre eles, a cineasta brasileira Carolina Markowicz, que recebeu o TIFF Emerging Talent Award e apresentou Pedágio na programação, seu novo longa-metragem. Pedro Almodóvar, Spike Lee, Vicky Krieps, Colman Domingo, Patricia Arquette, Łukasz Żal e Shawn Levy também foram honrados.
Entre os filmes desta edição, o cinema brasileiro marcou presença com alguns títulos, entre eles: Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, na mostra Wavelengths; e o curta-metragem Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, na mostra Short Cuts. Além disso, o Brasil se destacou também com Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Luxemburgo e Chile; a equipe traz a brasileira Julia Alves, da Sancho & Punta, na produção.
Vale destacar também a presença da cineasta brasileira Ivete Lucas, radicada nos Estados Unidos, que exibiu The Passing, uma produção americana e codirigida por Patrick Bresnan; e La chimera, dirigido pela italiana Alice Rohrwacher, que conta com a atriz brasileira Carol Duarte, de A Vida Invisível.
Em comunicado oficial, Cameron Bailey, CEO do TIFF, disse: “Somos gratos a todos os membros do público, artistas, profissionais da indústria e apoiadores que enfeitaram os cinemas, tapetes vermelhos, espaços de reunião e ruas de Toronto. Ao reconhecermos hoje os vencedores dos prêmios, agradecemos a todos que contribuíram para este presente glorioso e coletivo”. Além da premiação, o encerramento contou com a exibição de Sly, de Thom Zimny, documentário sobre Sylvester Stallone.
Anita Lee, diretora de programação do TIFF, também discursou: “Desde os veteranos mais reverenciados até as novas vozes, o festival deste ano recebeu a diversidade de cineastas pelos quais Toronto é conhecida. E os cinéfilos de Toronto compareceram em grande número para fazer parte da celebração. Somos gratos aos nossos jurados de cinema por suas contribuições inestimáveis, por defenderem talentos emergentes e por enriquecerem a comunidade cinematográfica com sua experiência e paixão”.
Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Toronto 2023:
MELHOR FILME | People’s Choice Award American Fiction, de Cord Jefferson (EUA) 2º lugar: The Holdovers, de Alexander Payne (EUA) 3º lugar: The Boy and the Heron (Kimitachi wa dô ikiru ka), de Hayao Miyazaki (Japão)
MELHOR DOCUMENTÁRIO | People’s Choice Documentary Award Mr. Dressup: The Magic of Make-Believe, de Robert McCallum (Canadá) 2º lugar: Summer Qamp, de Jen Markowitz (Canadá) 3º lugar: Mountain Queen: The Summits of Lhakpa Sherpa, de Lucy Walker (EUA)
PRÊMIO MOSTRA MIDNIGHT MADNESS | People’s Choice Award Dicks: The Musical, de Larry Charles (EUA) 2º lugar: Kill, de Nikhil Nagesh Bhat (Índia) 3º lugar: Hell of a Summer, de Finn Wolfhard e Billy Bryk (EUA/Canadá)
PRÊMIO MOSTRA PLATFORM Júri: Barry Jenkins, Nadine Labaki e Anthony Shim Melhor Filme: Dear Jassi, de Tarsem Singh Dhandwar (Índia)
PRÊMIO CHANGEMAKER | Shawn Mendes Foundation We Grown Now, de Minhal Baig (EUA)
PRÊMIO AMPLIFY VOICES Júri BIPOC: V.T. Nayani, Nisha Pahuja e Ricardo Acosta Melhor Filme Canadense: Kanaval, de Henri Pardo Melhor Filme Canadense de Estreia: Tautuktavuk (What We See), de Carol Kunnuk e Lucy Tulugarjuk Amplify Voices Trailblazer Award: Damon D’Oliveira (produtor canadense)
FILMES CANADENSES Melhor Filme: Solo, de Sophie Dupuis Menção Honrosa: Kanaval, de Henri Pardo
CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO Júri: Aisha Jamal, Araya Mengesha e Shasha Nakhai Melhor Filme: Electra, de Daria Kashcheeva (República Checa/França/Eslováquia) Melhor Filme Canadense: Motherland, de Jasmin Mozaffari Share Her Journey Award: Shé (Snake), de Renee Zhan (Reino Unido) Menção Honrosa: Gaby’s Hills, de Zoé Pelchat (Canadá)
PRÊMIO FIPRESCI Júri: Cem Altinsaray, Elijah Baron, Jindřiška Bláhová, Diego Faraone e Jenni Zylka Seagrass, de Meredith Hama-Brown (Canadá)
PRÊMIO NETPAC Júri: Sung Moon, Haolun Shu e Lalita Krishna A Match (Sthal), de Jayant Digambar Somalkar (Índia)
*Clique aqui e confira a lista com as justificativas dos júris.
A 17ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, que acontecerá entre os dias 26 de setembro e 1º de outubro contará com 93 filmes nacionais e internacionais (39 longas, 51 curtas e 3 médias), de 13 países e 12 estados brasileiros.
Os títulos serão exibidos em 56 sessões em oito espaços da cidade mineira, que se torna a capital mundial do audiovisual com sessões de pré-estreias, mostra homenagem, sessões infantis e escolares e dois recortes dedicados à produção latino-americana; inclusive inaugurando em 2023 a primeira edição de uma mostra competitiva internacional, a Mostra Território.
A sessão de abertura da 17ª CineBH será na noite de 26 de setembro, no Hipercentro de Belo Horizonte, com Zé, ficção inspirada na vida do militante de esquerda José Carlos da Mata Machado, morto pela ditadura militar em 1973. O filme integra a Mostra Homenagem desta edição, sendo dirigido por Rafael Conde, cineasta mineiro que receberá o reconhecimento pela sua trajetória, junto à outra homenageada desta edição, a diretora e atriz Yara de Novaes.
Inaugurando o recorte competitivo na CineBH, a Mostra Território contará com 8 longas-metragens de 7 países latinos, a serem avaliados por um júri oficial formado pelo cineasta André Novais Oliveira, pela pesquisadora e curadora Carla Italiano, pela jornalista e pesquisadora Mariana Queen Nwabasili, pelo professor e crítico Roberto Cotta e pela produtora Sara Silveira: “São filmes avessos a estereótipos de latinidades genéricas e expressivos das múltiplas possibilidades de se atentar a um território concreto, local antes de nacional, e não deixar as pressões pelas justas representações asfixiar as autoralidades”, destaca Cléber Eduardo, coordenador curatorial. Além de Cléber, participaram da seleção Leonardo Amaral e Ester Fér.
Cléber aponta que nenhum dos títulos na Mostra Território é necessariamente representativo dos cinemas feitos em seus países, e sim propostas alternativas ao que se supõe serem elementos típicos destes cinemas nacionais. Em diálogo coerente com a CineBH, parte dos selecionados é fruto de coproduções com outros países: “A visibilidade a esses filmes é nossa contribuição no desejo e dever de compartilhar aquilo que vislumbramos com empolgação”. Os títulos da Mostra Território são:
A La Sombra de la Luz, de Isabel Reyes e Ignacia Merino (Chile) Diogenes, de Leonardo Barbuy (Peru) Guapo’y, de Sofia Paoli Thorne (Paraguai/Catar) Llamadas desde Moscu, de Luis Alejandro Yero (Cuba) Moto, de Gastón Sahajdacny (Argentina) Otro Sol, de Francisco Rodriguez Teare (Chile/França/Bélgica) Puentes en el Mar, de Patricia Ayala Ruiz (Colômbia) Toda Noite Estarei Lá, de Tati Franklin e Suellen Vasconcelos (Brasil)
Mais um recorte de filmes latinos na CineBH, a Mostra Continente, com curadoria de Cléber Eduardo, Ester Fér, Leonardo Amaral e Marcelo Miranda, reúne um total de 14 longas selecionados, reunidos sob o título da temática desta edição, Territórios da Latinidade. Em medidas variáveis, todos tratam espaços, ambientes e territórios nos quais vivem e se movem pessoas de diferentes gêneros, identidades, ocupações, experiências e faixas etárias, tanto das cidades como dos campos, com essas figuras centrais ocupando posição central e mobilizadora em cada obra.
“É um time de autorias e um elenco de filmes no mínimo instigante e no máximo fundamental para se vislumbrar uma variedade de potências e de possibilidades cinematográficas no cinema da América Latina. Há uma força coletiva calcada no pertencimento a um tempo e a um lugar, apesar da coprodução como modo de viabilização de uns tantos”, destaca a curadora Ester Fér. O conjunto reúne filmes que transitam por questões mais declaradamente políticas e por enfoques mais subjetivos, sem necessariamente abrir mão das relações com o momento histórico-social. São eles:
A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Julio Bressane e Rodrigo Lima (Brasil) (será exibido no segmento chamado Cinema de Fôlego, por conta de suas 7h10 de duração) Amanhã, de Marcos Pimentel (Brasil) Anhell69, de Theo Montoya (Colômbia) El Grossor del Polvo, de Jonathan Hernández (México) El Reino de Dios, de Claudia Sainte-Luce (México) Las Preñadas, de Pedro Wallace (Argentina/Brasil) Nada Sobre meu Pai, de Susanna Lira (Brasil) O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon (Brasil) Propriedade, de Daniel Bandeira (Brasil) Rejeito, de Pedro de Filippis (Brasil) Sean Eternxs, de Raúl Perrone (Argentina) Tan Inmunda, de Wince Oyarce (Chile) Utopia, de Laura Gómez Hinchapié (Colômbia) Vieja Viejo, de Ignacio Pavez (Chile)
Malu Galli no longa pernambucano Propriedade, de Daniel Bandeira
Em 2023, a CineBH relembra as trajetórias de dois artistas mineiros: o diretor e roteirista Rafael Conde e a atriz, dramaturga e diretora Yara de Novaes. Vários filmes com participações de ambos estão na programação, incluindo alguns que contaram com o trabalho dos dois. Dirigidos por Conde, o longa Samba Canção (2002) tem Yara como atriz; os curtas A Hora Vagabunda (1998) e Françoise (2001) contam com Yara como assistente de direção e o longa Fronteira (2008) tem ela como atriz e diretora de elenco.
Outros trabalhos de Conde na mostra são os curtas Rua da Amargura (2003), A Chuva nos Telhados Antigos (2006), além de Zé (2023) na sessão de abertura. De Yara, o público poderá conferir sua faceta de atriz também na comédia Depois a Louca Sou Eu (2021), de Julia Rezende.
A mostra Diálogos Históricos, que anualmente exibe filmes conectados sob alguns determinados aspectos e acompanhados de comentários de críticos ou pesquisadores especialistas nos temas e formas em cena, celebra este ano a memória e o talento do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa (1937-2023). Os títulos, selecionados por Cléber Eduardo e Marcelo Miranda, são: Prata Palomares, de André Faria (1970), no qual Zé Celso foi roteirista; O Rei da Vela (1982), único filme em que ele assina direção, em parceria com Noilton Nunes; e Fedro, de Marcelo Sebá (2021), no qual surge de corpo, alma e voz com o ex-pupilo Reynaldo Gianecchini num longo e intenso papo íntimo sobre arte, sexo, vida e política.
Já na mostra Brasil CineMundi, a seleção, feita pelo crítico Pedro Butcher, reúne filmes brasileiros que tiveram projetos apresentados no programa em edições anteriores do evento. Este ano serão mostrados: Mato Seco em Chamas, de Joana Pimenta e Adirley Queirós; Paterno, de Marcelo Lordello; e Tia Virgínia, de Fabio Meira, recentemente premiado com cinco troféus no Festival de Gramado, incluindo melhor atriz para Vera Holtz.
Em filmes de apelo popular e em conexão com a cidade para um diálogo imediato com o público, os títulos da Mostra Praça em 2023 são documentários apresentando histórias reais e instigantes para o público presente no cinema instalado na Praça da Liberdade, um dos principais cartões postais da capital mineira. Dois títulos tratam de figuras importantes no cenário cultural brasileiro. Andança: Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho, de Pedro Bronz, debruça sobre robusto material de arquivo da artista para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional. Por sua vez, Lô Borges – Toda Essa Água, de Rodrigo de Oliveira, repassa a trajetória de brilhos, medos e sonhos deste celebre compositor mineiro.
Giovanni Venturini no curta Big Bang, de Carlos Segundo
Uma dupla de curtas-metragens da mostra A Cidade em Movimento, ambos tratando e visibilizando figuras e ambiências mineiras que se aprofundam nas próprias origens de um conceito de nação brasileira, Senhores de Aruanda: Umbanda e Resistência, de Caio Barroso, e Folia dos Anjos, de Kdu dos Anjos; e o documentário mineiro Gerais da Pedra, do trio Paulo Junior, Gabriel Oliveira e Diego Zanotti, completam a seleção do Cine Praça.
Com curadoria de Paula Kimo, a mostra A Cidade em Movimento este ano tem o tema Olhar o Horizonte com filmes que apresentam formas de mundos imaginados, com frescor de novidade, a partir da ideia de que a linha de um horizonte como o que se tem na capital mineira e região denota distintas paisagens numa região cercada por montanhas e interrompida por grandes edifícios, o que revela os conflitos e as camadas históricas e sociais que habitam uma metrópole clamando por visibilidade. Ao todo são 16 filmes realizados em Belo Horizonte e região metropolitana, com pouco ou nenhum recurso financeiro, em cinco sessões na sala, sempre seguidas de rodas de conversa com convidados especiais sobre os assuntos dos filmes em questão.
Sob curadoria de Tatiana Carvalho Costa e Marcelo Miranda, a seleção de curtas-metragens da 17ª edição da CineBH apresenta um cenário estimulante de novas descobertas e constantes surpresas. Se a seleção não necessariamente se pautou pela temática dos Território(s) da Latinidade, ela acabou por se relacionar diretamente a isso e aos caminhos gerais por justamente estar em contato com outras obras, imaginários e estímulos do continente, afinal, a América Latina também somos nós.
O conjunto de realizadores reunidos nas sessões em 2023 articulam experiências fílmicas da espacialidade urbana e de paisagens interiores de um país plural, abordam questões sociais urgentes e promovem mergulhos profundos em subjetividades diversas. Para ecoar a temática geral da CineBH deste ano, a territorialidade desses filmes é tanto geográfica, por estar fincada na língua, na vivência e nos espaços brasileiros; e também é afetiva, por remeter a processos internos de personagens, situações e registros que fazem parte de mapas interiores únicos. Os filmes são:
Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira (GO) Big Bang, de Carlos Segundo (MG/RN) Casa Segura, de Allan Ribeiro (RJ) Deixa, de Mariana Jaspe (RJ) Febre, de Marcio Abreu (MG) Lombrado, de Italo Almeida (MG) Mecanismo, de Isaac Morais, Gabriel Lima e Maria Beatriz (CE) Minha Vó Viajou pra Fora, de João Pedro Diniz (MG) Não Há Coincidências Ocupando Esta Carne, de Júlia Elisa (MG) Nossos Passos Seguirão os Seus, de Uilton Oliveira (RJ) Remendo, de Roger Ghil (ES) Sala de Espera, de Paula Santos (MG) Temos Muito Tempo para Envelhecer, de Bruna Schelb Corrêa (MG) Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harikariyoma Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yanomami (RR)
Duas sessões para toda a família compõem a Mostrinha de Cinema, este ano com longas-metragens de animação realizados em Minas Gerais. Placa Mãe, de Igor Bastos, foi produzido em Divinópolis e é o primeiro trabalho do gênero feito no interior do estado. Por sua vez, Chef Jack, de Guilherme Fiuza Zenha, teve produção na capital e também será um ótimo programa para o público infantojuvenil.
A 17ª CineBH conta também com a realização do programa Cine-Expressão – A Escola vai ao cinema, iniciativa que pretende aproximar o universo cinematográfico de crianças, adolescentes e educadores da rede pública através das sessões Cine-escola. Crianças e adolescentes, de cinco a 14 anos, poderão assistir produções nacionais voltadas para sua faixa etária, e participar de um bate-papo sobre os filmes e os temas neles abordados. Ao todo, serão seis sessões de cinema com 13 filmes brasileiros que apresentam temas universais e educativos para a formação de crianças e jovens.
A CineBH 2023 e o 14º Brasil CineMundi integram o Cinema sem Fronteiras 2023, programa internacional de audiovisual idealizado pela Universo Produção e que reúne também a Mostra de Cinema de Tiradentes (centrada na produção contemporânea, em janeiro) e a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto (que difunde o audiovisual como patrimônio e ferramenta de educação, em junho).
O Queer Lisboa tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas. Com a expansão crescente do cinema queer em grandes festivais internacionais, o evento português, criado em 1997, cumpre seu objetivo de divulgar estéticas e narrativas mundiais que ainda possuem acesso limitado para o grande público.
Neste ano, em sua 27ª edição, que acontecerá entre os dias 22 e 30 de setembro, a programação contará com 80 títulos; a seleção apresenta 45% de filmes assinados por homens cis, 41% por mulheres cis e 14% por pessoas trans ou não-binárias. A programação também apresenta uma mostra retrospectiva de Yvonne Rainer, dançarina, coreógrafa e cineasta americana.
Como de costume, o cinema brasileiro ganha destaque na seleção. Na mostra competitiva de longas-metragens de ficção, filmes de Bruno Carboni e Julia Murat aparecem na lista, além de Pornomelancolía, de Manuel Abramovich, uma coprodução entre Argentina, Brasil e França. Entre os documentários em competição, o Brasil aparece com Peixe Abissal, de Rafael Saar.
Já na competição de curtas-metragens, três produções nacionais, dirigidas por Julia Leite, George Pedrosa e Leonardo Amorim ganham destaque. A participação do Brasil no festival completa-se com títulos nas mostras Queer Art e Panorama.
O júri desta 27ª edição será formado por: Anabela Moreira, Bernardo Mendonça e Joana Alves na competição de longas; Francisco Frazão, Gertrudes Marçal e Susana Nobre na competitiva de documentários; André Cabral, Mia Tomé e Rafaela Jacinto na competição de curtas; e Marta Simões, Puta da Silva e Teresa Coutinho na mostra Queer Art.
Conheça os filmes selecionados para o 27º Queer Lisboa:
COMPETIÇÃO | LONGAS-METRAGENS
All the Colours of the World Are Between Black and White, de Babatunde Apalowo (Nigéria) Blue Jean, de Georgia Oakley (Reino Unido) Mutt, de Vuk Lungulov-Klotz (EUA) O Acidente, de Bruno Carboni (Brasil) Opponent, de Milad Alami (Suécia/Noruega) Peafowl, de Byun Sung-bin (Coreia do Sul) Pornomelancolía, de Manuel Abramovich (Argentina/Brasil/França) Regra 34, de Julia Murat (Brasil/França)
COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIOS
As I Was Looking Above, I Could See Myself Underneath, de Ilir Hasanaj (Kosovo) Cantando en las Azoteas, de Enric Ribes (Espanha) Kokomo City, de D. Smith (EUA) Out of Uganda, de Rolando Colla e Josef Burri (Uganda/Suíça) Peixe Abissal, de Rafael Saar (Brasil) Polish Prayers, de Hanka Nobis (Suíça/Polônia) Transfariana, de Joris Lachaise (França/Colômbia) Who I Am Not, de Tünde Skovrán (Romênia/Canadá)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS
Acesso, de Julia Leite (Brasil) Aribada, de Natalia Escobar e Simon(e) Jaikiriuma Paetau (Alemanha/Colômbia) Buscó a Satanás, Encontró la Familia, de Miguel Ángel Fajardo (Colômbia) Casa de Bonecas, de George Pedrosa (Brasil) Dipped in Black, de Matthew Thorne e Derik Lynch (Austrália) I Am a Horse, de Chaerin Im (Coreia do Sul/Dinamarca) I Can See the Sun but I Can’t Feel It Yet, de Joseph Wilson (Reino Unido) I’m the Only One I Wanna See, de Lucia Martinez Garcia (Suíça) Incroci, de Francesca de Fusco (EUA/Itália) J’ai vu le visage du diable, de Julia Kowalski (França) Kerel (Sea of Love), de Jon Cuyson (Filipinas) La main gauche, de Maxime Robin (Canadá) Loving in Between, de Jyoti Mistry (Áustria/África do Sul) Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin (França) Nuits Blanches, de Donatienne Berthereau (França) Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (Brasil) Repair, de Bertil Nilsson (Reino Unido) SCRED TBM, de Kevin Le Dortz (França) The Dalles, de Angalis Field (EUA) Troy, de Mike Donahue (EUA) Warsha, de Dania Bdeir (França/Líbano) Work, de April Maxey (EUA)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS | ESCOLA EUROPEIA IN MY SHORTS
Because I Know How Beautiful My Being Is, de Ana María Jessie Serna (Colômbia/Reino Unido/Brasil) Combien danseront sur ta langue, de Louis-Barthélémy Rousseau (França) Edge, de Edmund Krempiński e Jakub Dylewsk (Polônia) Et tu cherches quoi de beau ici?, de Abram Cerda (Bélgica) Heart Fruit, de Kim Allamand (Suíça) Les garçons dans l’eau, de Pawel Thomas Larue (França) Ours, de Morgane Frund (Suíça) Plastic Touch, de Aitana Ahrens (Espanha) Pussy Love, de Linda Krauss (Alemanha) Vanette, de Maria Beatriz Castelo (Portugal)
COMPETIÇÃO QUEER ART
Anhell69, de Theo Montoya (Colômbia/Romênia/França/Alemanha) Freedom from Everything, de Mike Hoolboom (Canadá) Labor, de Tove Pils (Suécia) O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon (Brasil/França) Playland, de Georden West (EUA) Shall I Compare You to a Summer’s Day, de Mohammad Shawky Hassan (Egito/Líbano/Alemanha) The Life and Strange Surprising Adventures of Robinson Crusoe Who Lived for Twenty and Eight Years All Alone on an Inhabited Island and Said It Was His, de Benjamin Deboosere (Bélgica) Vai e Vem, de Chica Barbosa e Fernanda Pessoa (Brasil)
PANORAMA
Arrête avec tes mensonges, de Olivier Peyon (França) Cidade Lúcida, de Adrian Stölzle (Alemanha/Portugal) Drifter, de Hannes Hirsch (Alemanha) Intransitivo: um Documentário sobre Narrativas Trans, de Gabz 404, Gustavo Deon, Lau Graef e Luka Machado (Brasil) Oliver Sacks: His Own Life, de Ric Burns (EUA)
GAZE SHORTS PROGRAM
Don’t Go Where I Can’t Find You, de Rioghnach Ni Ghrioghair (Irlanda) First Date, de Clara Planelles (Irlanda) Homebird, de Caleb J. Roberts (Irlanda/Reino Unido) Punch Line, de Becky Cheatle (Irlanda) Skin to Skin Talks, de Pradeep Mahadeshwar (Irlanda) What Could Go Wrong?, de Caroline Quinn (Irlanda)
SESSÕES ESPECIAIS Passagens (Passages), de Ira Sachs (França) Sisi & I, de Frauke Finsterwalde (Alemanha/Suíça/Áustria)
FILME DE ABERTURA La Bête dans la jungle, de Patric Chiha (França/Bélgica/Áustria)
FILME DE ENCERRAMENTO Queendom, de Agniia Galdanova (França/EUA)
Antes do premiado Pacarrete, o cineasta cearense Allan Deberton realizou diversos curtas, entre eles, O Melhor Amigo, de 2013, protagonizado por Jesuíta Barbosa. Agora, para seu segundo longa-metragem, o diretor retoma a história do curta e o amplia, trazendo mais personagens e situações.
O Melhor Amigo, que está sendo rodado na praia de Canoa Quebrada e em Fortaleza, no Ceará, tem como personagem central Lucas, interpretado por Vinicius Teixeira, um rapaz que viaja sozinho à Canoa Quebrada, onde encontra um antigo amigo de faculdade, Felipe, papel de Gabriel Fuentes. Desse reencontro vem à tona antigos desejos e novas descobertas e, a partir desse momento, Lucas busca materializar uma intimidade que há muito desejava.
O elenco conta também com os cearenses Denis Lacerda, Souma, Muriel Cruz, Rodrigo Ferrera, Solange Teixeira, Adna Oliveira e Walmick de Holanda; e também com Leo Bahia, Claudia Ohana, Mateus Carrieri, Diego Montez e participação especial da cantora Gretchen.
Deberton conta que esse é um projeto antigo: “Quando o curta estreou, percebi a recepção do público e o desejo de ver mais da história. Os feedbacks eram animadores. Boa parte do público via o curta como um longa incompleto: cadê o resto do filme?, me perguntavam. Eu me divertia com isso! Talvez devesse mesmo pensar no projeto como um longa-metragem”.
Ao abordar um tema universal, o amor platônico, o cineasta conta que pretende trazer no longa mais dinâmica e excitação, além de novos personagens: “O curta tem um espírito próprio e o longa precisa seguir algumas regras fundamentais: ser bastante colorido, musicado, ter uma energia de férias, de fim de semana. Convidei um time de roteiristas talentosos e começamos a refletir a história a partir dos personagens. Era um desafio e tanto, eu queria chegar em algo novo. Tornou-se um musical recheado de hits que marcaram época e está ganhando forma incrível”. O roteiro é assinado por Deberton, Pedro Karam, Otávio Chamorro, André Araújo e Raul Damasceno.
Bastidores das filmagens em Canoa Quebrada
Os dois protagonistas, por sua vez, definem trabalhar com Deberton como realizar um sonho: “Ele tem uma sensibilidade linda demais para lidar com toda a equipe do filme. É impressionante como a energia do diretor influencia em tudo e o set com o Allan é dos mais lindos que já vivi. Ele consegue nos estimular com muito carinho e sensibilidade”, disse Vinicius Teixeira.
Gabriel Fuentes e Vinicius passaram por uma etapa de preparação para os personagens com a atriz e diretora Georgina Castro: “Neste projeto, em especial, tivemos tempo para solidificar muitas coisas e isso é incrível! O trabalho da Georgina foi muito sensível em várias camadas. Tive o privilégio de ficar em Fortaleza e Canoa Quebrada, onde se passa a história. Tive workshop com bugueiros, troquei muito com eles, aprendendo a cada dia mais sobre o sotaque cearense. E o Felipe tem muitas coisas conectadas comigo”, disse Gabriel Fuentes.
“Tivemos um mês intenso de investigação dos personagens e das cenas. Esse caminho foi essencial e muito especial. Foi um período de muito foco e estudo para dar conta de tudo, cuidando da saúde e mergulhando de cabeça e com muito amor para conseguir dar o meu melhor em todos os dias do processo”, comentou Vinicius Teixeira.
“É muito importante pra mim, neste filme, celebrar o amor, a diversidade, os corpos. Quero fazer o espectador dançar com o filme. Foi sempre um projeto muito desafiador desde o início, ainda bem que nunca desisti deste sonho. Vai ficar bonito”, finalizou o diretor.
A direção de fotografia é assinada por Beto Martins e a direção de arte é de Rodrigo Frota; Jules Vandystadt é o responsável pela direção musical. O figurino é de Chris Garrido e a maquiagem de Elen Barbosa; Ariadne Mazzetti assina como produtora associada. O longa tem distribuição da Vitrine Filmes e data prevista de estreia para o segundo semestre de 2024. A produção é da Deberton Filmes em coprodução com o Telecine.
Dirigido por Diego Freitas, de O Segredo de Davi e Depois do Universo, a comédia Tire 5 Cartas, protagonizada por Lilia Cabral e totalmente produzida e rodada em São Luís, no Maranhão, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 14/09.
Na trama, Fátima, interpretada por Lilia, é uma taróloga que enrola seus clientes com a ajuda de seu marido, Lindoval, papel de Stepan Nercessian. Sua sorte muda quando um valioso anel roubado cruza o seu caminho. Decidida a ficar com o objeto, Fátima foge dos bandidos e vai para sua terra natal, São Luís do Maranhão, embarcando em uma aventura divertida e emocionante.
O elenco de Tire 5 Cartas conta também com Claudia Di Moura, Guilherme Piva, Gabriel Godoy, Sérgio Malheiros, Giulia Bertolli, Cesar Boaes, Allan Souza Lima, Claudiana Cotrim, Thaynara OG, Mathy Lemos, Amanda Lee, Áurea Maranhão, Clara Anne, Déo Garcez, Flávia Bittencourt, Giselle De Prattes, João Gerude, Rodolfo Macedo, Sérgio Silveira, Tássia Dur e Xyko Pedrosa; além de participações especiais de Alcione e Sidney Magal.
Com roteiro assinado por Joaquim Haickel, Gustavo Pinheiro, Melina Dalboni, Diego Freitas, Giulia Bertolli e Julia Antuerpem, o filme conta com direção de fotografia de Victor Alencar; a direção de arte é de Sérgio Silveira e o figurino é assinado por Kika Lopes. A música é de Ed Côrtes e a montagem de Alexandre Boechat e Fábio Jordão. Realizado pela Guarnicê Produções e pela EH! Filmes, o longa tem distribuição nacional da Vinny Filmes e EH! Filmes Distribuidora. A produção é de Joaquim Haickel e Elisa Tolomelli.
Para falar mais sobre o filme, conversamos com a protagonista Lilia Cabral, com a atriz e influencer Thaynara OG e com o ator Gabriel Godoy. No bate-papo, falaram sobre os bastidores das filmagens, entrosamento do elenco, filmagens no Maranhão e expectativa para o lançamento. Além disso, temas como a retomada do cinema brasileiro e cota de tela também foram abordados.
Elenco: Pedro Pascal, Ethan Hawke, Manu Ríos, José Condessa, Jason Fernández, Sara Sálamo, Pedro Casablanc, George Steane, Daniel Rived, Erenice Lohan, Oihana Cueto, Vasileios Papatheocharis.
Ano: 2023
Sinopse: Depois de 25 anos separados, o rancheiro Silva cavalga pelo deserto para visitar seu velho amigo Jake, o xerife de Bitter Creek. O que vem a seguir é uma tarde de intimidade compartilhada, reconciliação e lembranças. No entanto, no dia seguinte, a revelação da conexão dos dois homens com um crime local sugere que há mais no encontro deles do que apenas uma viagem pela estrada da memória.
Elenco: Lilia Cabral, Stepan Nercessian, Claudia Di Moura, Guilherme Piva, Gabriel Godoy, Sérgio Malheiros, Giulia Bertolli, Cesar Boaes, Allan Souza Lima, Claudiana Cotrim, Thaynara OG, Mathy Lemos, Amanda Lee, Áurea Maranhão, Clara Anne, Déo Garcez, Flávia Bittencourt, Giselle De Prattes, João Gerude, Rodolfo Macedo, Sérgio Silveira, Tássia Dur, Xyko Pedrosa, Alcione, Sidney Magal.
Ano: 2023
Sinopse: Fátima é uma taróloga que enrola seus clientes com a ajuda de seu marido, Lindoval. Sua sorte muda quando um valioso anel roubado cruza o seu caminho. Decidida a ficar com o anel, Fátima foge dos bandidos e vai para sua terra natal, São Luís do Maranhão, embarcando em uma aventura engraçada e emocionante.
*Clique aqui e assista ao programa especial com entrevistas com o elenco: Lilia Cabral, Thaynara OG e Gabriel Godoy.
Da junção de quatro consagrados eventos do cinema alagoano nasceu o Circuito Penedo de Cinema, que em 2023 chega à sua 13ª edição já consolidado no calendário brasileiro do audiovisual. O festival acontecerá entre os dias 13 e 19 de novembro em formato híbrido, on-line e presencial.
Entre 840 títulos inscritos, serão exibidos 66 curtas-metragens distribuídos em quatro mostras: Brasileiro, Universitária, Ambiental e Cinema Infantil. A curadoria deste ano foi formada por: Nuno Balducci, Ricardo Lessa e Luciana Oliveira no 16º Festival do Cinema Brasileiro; Dornelles Neves, Felipe Guimarães e Raquel do Monte no 13º Festival de Cinema Universitário de Alagoas; Yanara Galvão, Kim Barão e Claudio Sampaio no 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental; e Camila Porto, Joseane do Espírito Santo e Devyd Santos na 13ª Mostra de Cinema Infantil. Vale destacar também a Mostra Internacional Socioambiental, uma parceria com o IMCINE, Instituto Mexicano de Cinematografia, e curadoria de Caroline Pavez.
Ano após ano, o Circuito Penedo se reinventa e busca abrir espaço para novas discussões, sempre reafirmando seu papel como instrumento para olhares e perspectivas sobre o vasto patrimônio audiovisual alagoano e nacional, em diálogo com a educação. Durante sete dias, a cidade histórica de Penedo, em Alagoas, recebe uma programação intensa e gratuita.
O festival se apresenta como lugar de resistência e luta diante das situações adversas para o campo da cultura no país. É nesse contexto de reafirmação do cinema nacional, de suas produções e da empregabilidade promovida pelo setor que o evento se faz ainda mais importante.
Conheça os filmes selecionados para o 13º Circuito Penedo de Cinema:
16º FESTIVAL DO CINEMA BRASILEIRO
A Velhice Ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT) Ave Maria, de Pê Moreira (RJ) Carcinização, de Denis Souza (RS) Cinema para os Mortos, de Bruno Moreno e Renato Sircilli (PI/SP) Crimes Holandeses, de Maria Clara Almeida (PE) Curió, de P.H. Diaz e Priscila Smiths (PB) Diafragma, de Robson Cavalcante (AL) Estatística, de Rodrigo Sena, Milla Negrah Avelar e Ana Stella Cunha (MA) O Capitalismo Matou Meus Pais, de Karen Suzane e Lucas Tunes (MG) Ramal, de Higor Gomes (MG) Romão, de Clementino Junior (RJ) Vestido Branco, de Carmem Martins (DF)
13º FESTIVAL DE CINEMA UNIVERSITÁRIO DE ALAGOAS
Baseado em Fatos, de Amanda Rezer (RS) Caronte, de Pedro Gargioni (SC) Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP) Corpos que Tremem, de Cinthia Fayta (SP) Erva que Cura, Erva que Benze, de Caroline França (BA) Mortinho da Silva, de Rodrigo Buscato (SP) Nazo, Dia e Noite Maria, de Andréia Paiva (AL) No Caminho de Casa, de Hugo Anikulapo Lima (RJ) Olanzapina, de Rodrigo PS Fonseca e Gustavo Fliegner (RJ) Por Trás dos Prédios, de João Mendonça (AL) Terça-feira, Bar e Bebidas, de Emilli Assis e Beatriz Filizola (AM) Zumbi, de Tiago Sales (RN)
13ª MOSTRA DE CINEMA INFANTIL
ABRAKBÇA: RAPdão, de Pedro Peluso (PR) Alpha Generation, de Débora Resendes e Iuri Moreno (GO) Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR) Cem Pilum: A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM) Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE) Curta Diferenças, de Lisandro Lee Santos (RS) Eternidade, de Lara Salsa (PE) Flores da Macambira, de Crianças e Adolescentes da Comunidade de Macambira (ES) Lia Ficou em Casa Sozinha, de Paula Pardillos (RN) Lucinéia, de Luah Garcia (RJ) Minha Velha Amiga Dukkha, de Felipe Santoro e Isabella Bittencourt Gil Xavier (RS) Mytikah: O Livro dos Heróis, de Hygor Amorim e Jonas Brandão (SP) Nem Todas as Manhãs São Iguais, de Fabi Melo (PB) Reflorescer, de Lara Salsa (PE) Um Encontro Chocante, de Carolina Zago, Lays Souza, Pedro Magalhães e Victória Nogueira (SP)
10º FESTIVAL VELHO CHICO DE CINEMA AMBIENTAL
A Casa do Velho Chico, de Igor Machado (AL) Águas que Me Tocam, de Juraci Júnior (RO) Anjos Cingidos, de Laercio Ferreira de Oliveira Filho e Maria Tereza Azevedo (PB) Ava Kuña, Aty Kuña; Mulher Indígena, Mulher Política, de Fabiane Medina, Julia Zulian e Guilherme Sai (SP/MS) Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (PE) Descobrindo os Segredos das Profundezas, de Projeto Conservação Recifal (PE) Do Quilombo pra Favela: Alimento para Resistência Negra, de Manoela Meyer e Roberto Almeida (SP) Ilha do Lixo, de Elisa Guimarães (MG) Jovens Protagonistas da Pesca Artesanal na APA Costa dos Corais, de Thiago Ismael Hara (AL) Jurema: A Peleja do Carcará e a Suçuarana, de Bako Machado (PE) Mangues, mundus, de Cícero Pedrosa Neto e San Marcelo (PA) Memórias do Fogo, de Rita de Cássia Melo Santos, Leandro Olímpio e Irineu Cruzeiro Neto (PB) Microplásticos, de Maurício de Oliveira (BA) Ñande mbaraete’i katu: Vamos nos Fortalecer, de Cristian Cancino (SP) Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn: Não Somos Apenas Sombras, de Dino Menezes (SP) Raiz Farinha Beiju, de Patrícia Pinheiro (RJ) Reticências, de Mia Marzy (PR) Semeando a Terra, de Dino Menezes (DF) Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE) The Speech of Txai Surui, de Alunos da Oficina de Multimídia da Escola Parque (RJ) Vidas de Papel, de Karen Takahara (PR)
MOSTRA INTERNACIONAL | SOCIOAMBIENTAL
Con un Ovillo de Lana, de Belén Ricardes (Argentina) El armadillo fronterizo, de Miguel Anaya (México) El Desfile de los Ausentes, de Marcos Almada Rivero (México) Eskimal, de Homero Ramírez Tena (México) Estrellas del desierto, de Katherina Harder Sacre (Chile) Mamapara, de Alberto Flores Vilca (Peru/Argentina/Bolívia)