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Conheça os vencedores do 14º Festival de Cinema de Triunfo

por: Cinevitor
Os premiados com o Troféu Caretas

Foram anunciados neste sábado, 02/09, os vencedores da 14ª edição do Festival de Cinema de Triunfo em cerimônia realizada no Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Ao longo do evento, foram exibidas 42 obras de 11 estados do país.

A programação contou também com diversas atividades paralelas, como a Mostra Judith Quinto, oficinas, debates na Praça do Avião, visita guiada pelo Theatro Cinema Guarany realizada pelo coletivo CineRuaPE, entre outras.

Os homenageados deste ano foram: Mauricéia Conceição, camareira, figurinista e atriz; Geraldo Pinho (in memoriam), lendário programador do Cine São Luiz; e Jr. Black (in memoriam), músico, ator e compositor.

O Troféu Caretas é concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial e popular, uma referência às tradicionais figuras dos Caretas, manifestação da cultura popular triunfense. O time de jurados desta edição foi formado por: Marlom Meirelles, Priscila Urpia e Vanessa Vieira nas mostras de curtas e médias-metragens e filmes experimentais; Bruna Tavares, Julio Cavani e Leo Tabosa na mostra de longa-metragem; Antônio Carrilho, Douglas Henrique e Jorge Filho no Troféu ABD/APECI, da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas de Pernambuco e Associação Pernambucana de Cineastas; e Karla Fagundes, Rafael Nascimento e Richard Soares no Troféu Cineclubista, entregue pela FEPEC, Federação Pernambucana de Cineclubes.

Conheça os vencedores do Festival de Cinema de Triunfo 2023:

JÚRI OFICIAL | LONGA-METRAGEM

MELHOR FILME
Rama Pankararu, de Pedro Sodré (PE)

MELHOR DIREÇÃO
Severino, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem

MELHOR ROTEIRO
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, escrito por Juliana Soares, Luiz Otávio Pereira, Maria Cardozo, Severino e Yuri Lins

MELHOR ATRIZ
Ana Flavia Cavalcanti, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem

MELHOR ATOR
Marcos Codeço, por Marcos

MELHOR PERSONAGEM | TROFÉU FERNANDO SPENCER
Bia Pankararu, por Rama Pankararu

MELHOR PRODUÇÃO
Terruá Pará, por Ofir Figueiredo

MELHOR FOTOGRAFIA
Terruá Pará, por Beto Martins

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Cíntia Lima

MELHOR TRILHA SONORA
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Amaro Freitas

MELHOR SOM
Terruá Pará, por Márcio Câmara

MELHOR MONTAGEM
Terruá Pará, por Juliana Guanais

JÚRI OFICIAL | CURTAS, MÉDIAS E EXPERIMENTAL

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM NACIONAL
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF)

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM INFANTOJUVENIL
Os Três Porquinhos, de Tamires Campos (PB)

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM PERNAMBUCANO
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (Recife)

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM DOS SERTÕES
Festejar São Benedito pra Todo Ano Chover, de Gabriela Fernandes e João Diniz (Curaçá, BA)

MELHOR FILME EXPERIMENTAL
Cru, de Diego Ruiz de Aquino (SP)

Melhor Direção: Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape, por Vão das Almas
Melhor Roteiro: Dente, escrito por Rita Luna
Melhor Ator: Guilherme Alves, por Mãe
Melhor Atriz: Catarina Almanova, por Tornar-se Monstra ou Humana
Melhor Fotografia: Céu de Lua, Chão de Estrelas, por Camilo Soares
Melhor Direção de Arte: Amor by Night, por Henrique Arruda
Melhor Trilha Sonora: Dorme Pretinho, por Lia de Itamaracá
Melhor Som: Samba de Latada, por Hugo Coutinho
Melhor Montagem: Das Águas, por Adalberto Oliveira 
Melhor Produção: Estampido, por Toró de Ideias e Teatro de Retalhos

JÚRI POPULAR

LONGA-METRAGEM NACIONAL
Rama Pankararu, de Pedro Sodré (PE)

CURTA OU MÉDIA NACIONAL
Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN)

CURTA OU MÉDIA INFANTOJUVENIL
Filha da Mãe D’água, de Bruno Pereira e Siderlane Souza (AM)

CURTA OU MÉDIA PERNAMBUCANO
Tornar-se Monstra ou Humana, de Catarina Almanova (Recife)

CURTA OU MÉDIA DOS SERTÕES
Trans Nordestina, de Rafael Costa (Salgueiro, PE)

FILME EXPERIMENTAL
Hiatos, de Marcela Coêlho (PE)

OUTROS PRÊMIOS

TROFÉU ABD/APECI
Melhor curta-metragem dos Sertões: Amaná, de Antonio Fargoni (Pedra Branca, CE)
Melhor curta-metragem Nacional: Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Melhor curta-metragem Pernambucano: Mãe, de Natalia Tavares de Moura (Petrolina)
Melhor curta-metragem Infantojuvenil: Pomodora, de Rafael Silvério (SP)
Melhor curta-metragem Experimental: Azul Royal, de Carlon Hardt (PR)

PRÊMIO FEPEC
Melhor Filme para reflexão: Cantigas de Pai Francisco, de Iyadirê Zidanes (Recife)
Menção Honrosa: Sethico, de Wagner Montenegro (Recife) e Tornar-se Monstra ou Humana, de Catarina Almanova (Recife)

Foto: Felipe Souto Maior/SecultPE/Fundarpe.

Curta Kinoforum 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
João Fontenele e Alda Pessoa no curta cearense Quentinha, de Rwanyto Oscar Santos

Foram anunciados nesta sexta-feira, 01/09, na Cinemateca Brasileira, em cerimônia apresentada por Nayara de Deus, os vencedores da 34ª edição do Curta Kinoforum, Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

Neste ano, o evento, dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, exibiu 301 filmes, representando 53 países. Com todas as atividades gratuitas, o festival ocupou 45 salas de cinema e pontos de exibição na região metropolitana de São Paulo.

O Prêmio Revelação, para cineastas de filmes realizados em cursos e oficinas audiovisuais, foi entregue para Solos, de Pedro Vargas, que foi exibido na mostra La Cinef do Festival de Cannes, e aborda um estranho som que vem do chão em um canteiro de obras. Esse prêmio tem como objetivo incentivar jovens talentos do audiovisual brasileiro em sua próxima produção, da gravação à finalização de um curta de até 15 minutos. Para isso, o festival estabelece parcerias com empresas do setor e o curta-metragem viabilizado pelo Prêmio Revelação tem como compromisso estrear no 35º Curta Kinoforum

O júri deste ano foi formado por: Luiza Thesin, pesquisadora, produtora e gestora cultural; Luiz Alberto Zakir, jornalista e realizador; e Viviane Pistache, pesquisadora, crítica, curadora e roteirista. A justificativa sobre o vencedor diz: “O filme aponta para uma reflexão madura sobre a ocupação dos espaços urbanos”. Uma Menção Honrosa foi outorgada para Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta, sobre uma mulher negra em meio às chamas que tomam sua casa. Na justificativa, o júri apontou ser uma “ode ao cinema que incendeia de múltiplas maneiras”.

Além disso, prêmios de aquisição, fruto de parcerias do evento com emissoras de TV e plataformas digitais de streaming, foram revelados. O Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil e um contrato de licenciamento para o melhor filme dos programas brasileiros, escolhido por um júri especializado, teve como vencedor o mineiro Lapso, de Caroline Cavalcanti, que focaliza dois adolescentes da periferia de Belo Horizonte cumprindo medidas socioeducativas. O júri foi composto pelos jornalistas Bruno Carmelo, Orlando Margarido e Suzana Uchôa Itiberê.

O Prêmio TV Cultura, no valor de R$ 8 mil e destinado a um curta produzido no estado de São Paulo a ser exibido na grade de programação da emissora, foi conquistado por LYB, de Felipe Poroger. O canal concedeu ainda Menção Honrosa para dois curtas produzidos em oficinas de realização audiovisual, garantindo uma janela de exibição na grade da emissora. Os contemplados são filmes das oficinas do Instituto Querô, de Santos: Ouçam-Me: Um Manifesto, de João Pedro Muniz e Elisa Cecci, e Sob(re) a Pele, de Beatriz Nunes e Ana Carolina Gomes. O júri foi composto pela artista visual Claudia Colagrande e pelos cineastas Daniel Santiago e Toni Venturi

O Prêmio SescTV, destinado a diretores estreantes, contempla um filme brasileiro e um filme estrangeiro com R$ 6 mil cada, além de licenciamento pelo período de dois anos. O Prêmio Porta Curtas é um prêmio de aquisição no valor de R$ 2 mil oferecido pela plataforma para cinco filmes brasileiros eleitos de forma on-line pelos usuários do site.

Já o Prêmio API é concedido pela Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro para um filme da Mostra Limite, um título da Mostra Latino-Americana e outro da Mostra Horizontes. O Troféu Borboleta de Ouro reconhece três destaques (um brasileiro, um estrangeiro e um prêmio especial) para curtas que tratam da diversidade sexual. Por sua vez, o Troféu Kaiser – Destaque ABCA, promovido pela Associação Brasileira de Cinema de Animação, elege o melhor filme animado exibido no evento.

Vale lembrar que a programação do 34º Curta Kinoforum continua neste fim de semana em formato presencial. Além disso, recortes de sua programação ficam disponíveis até 10/09 nas plataformas digitais gratuitas Itaú Cultural Play, Sesc Digital e Spcine Play. E mais: o Porta Curtas oferece uma seleção especial da Mostra Brasil, com diversas produções que apresentam um panorama amplo da nossa brasilidade, de forma gratuita, até este fim de semana.

Conheça os vencedores do Curta Kinoforum 2023:

PRÊMIO REVELAÇÃO
Solos, de Pedro Vargas (SP)
Menção Honrosa: Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP)

10+ BRASIL | FAVORITOS DO PÚBLICO

Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP)
Destemor, de João Vitor Araújo (SP)
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)
Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury (SP)
Os Muitos Mundos de Piero Maria, de Helena Guerra (SP)
Peixe Vivo, de Frederico Evaristo e Bob Yang (SP)
Quentinha, de Rwanyto Oscar Santos (CE)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Ramal, de Higor Gomes (MG)
Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Aida Harika Yanomami (RR)

10+ ESTRANGEIROS | FAVORITOS DO PÚBLICO

À Beira do Delírio (Au Bord du Délire), de Maria Claudia Blanco (França/Colômbia)
A Menos que Bailemos, de Fernanda Pineda e Hanz Rippe Gabriel (Colômbia)
Aeromoça-737 (Airhostess-737), de Thanasis Neofotistos (Grécia)
Ángel e Perla (Ángel y Perla), de Jenni Merla e Denise Anzarut (Argentina)
Caranguejo (Krab), de Piotr Chmielewski (Polônia/França)
Dance Off (El Dance Off), de Nicolás Keller Sarmiento (Argentina)
Esfolada (Écorchée), de Joachim Hérissé (França)
Experiências Desconhecidas (Things Unheard Of), de Ramazan Kilic (Turquia)
Maruja, de Berta Garcia-Lacht (Espanha)
Takanakuy, de Gustavo Vokos (Peru/Brasil)

DESTAQUE LGBTQIA+ | TROFÉU BORBOLETA DE OURO
Brasileiro: Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Estrangeiro: Mãos Alheias (Manos Ajenas), de Adrián Monroy Molina (México)
Prêmio Especial: Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)

DESTAQUE ABCA | MELHOR ANIMAÇÃO | TROFÉU KAISER
Melhor Filme: A Cadela (La Perra), de Carla Melo Gampert (Colômbia/França)
Menção Honrosa: Y, de Matea Kovač (Croácia)

PRÊMIO API | ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS INDEPENDENTES DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
Mostra Limite | Melhor Filme: Espectro Restauración, de Felippe Mussel (RJ)
Mostra Limite | Menção Honrosa: Aqui Onde Tudo Acaba, de Juce Filho e Cláudia Cárdenas (SC)
Mostra Horizonte | Melhor Filme: Pouco a Pouco (Stück Für Stück), de Reza Rasouli (Áustria)
Mostra Latino-Americana | Melhor Filme: O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho (Cuba/Brasil)
Mostra Latino-Americana | Menção Honrosa: Aí Vêm as Rachaduras (Vienen las Grietas), de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia/Holanda)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)

PRÊMIO AQUISIÇÃO | PORTA CURTAS
A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ)
Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP)
O Condutor da Cabine, de Cristiano Burlan (SP)
Ode, de Diego Lisboa (BA)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)

PRÊMIO AQUISIÇÃO SESC TV
Nacional: Romeu e Julieta em Libras, de Adriana Somacal (RS)
Estrangeiro: Dance Off (El Dance Off), de Nicolás Keller Sarmiento (Argentina)

PRÊMIO AQUISIÇÃO TV CULTURA
LYB, de Felipe Poroger (SP)
Menção Honrosa: Ouçam-Me: Um Manifesto, de João Pedro Muniz e Elisa Cecci (SP)
Menção Honrosa: Sob(re) a Pele, de Beatriz Nunes e Ana Carolina Gomes (SP)

Foto: Divulgação.

CINEVITOR #445: Entrevista com Laura Cardoso | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A consagrada atriz no tapete vermelho ao lado do bisneto

Em sua 51ª edição, o Festival de Cinema de Gramado entregou o Troféu Oscarito para duas atrizes de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: Laura Cardoso e Léa Garcia. Neste ano, pela primeira vez, todas as homenagens foram concedidas para mulheres.

Depois da triste notícia da morte de Léa Garcia no dia em que seria homenageada ao lado de sua amiga e colega de trabalho, a organização do festival decidiu adiar a entrega do Troféu Oscarito para Laura Cardoso. A cerimônia, que seria na terça-feira, aconteceu na sexta antes da premiação dos curtas-metragens brasileiros.

Nesta mesma noite, o público presente no Palácio dos Festivais acompanhou a entrega de três homenagens: a produtora Lucy Barreto recebeu o Troféu Eduardo Abelin; a atriz Alice Braga recebeu o Kikito de Cristal; e Laura Cardoso, que estava acompanhada pelo bisneto Fernando Faria, foi ovacionada ao receber o Troféu Oscarito das mãos das outras homenageadas, entre elas, Ingrid Guimarães, que recebeu o Troféu Cidade de Gramado na noite anterior.

Laura Cardoso, uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totaliza mais de oitenta trabalhos na televisão. Já recebeu diversos prêmios, incluindo três Grande Otelo, quatro Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002, foi laureada com o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra e, em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.

Laura Cardoso recebe o Troféu Oscarito ao lado das outras homenageadas desta edição

Com 95 anos de idade e mais de sete décadas dedicadas ao ofício, Dona Laura foi pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como: As Pupilas do Senhor Reitor, A Viagem, Explode Coração, Fera Radical, Rainha da Sucata, Mulheres de Areia, Irmãos Coragem, O Profeta, Flor do Caribe, Chocolate com Pimenta, Caminho das Índias, Gabriela, A Dona do Pedaço, entre outras.

Sua trajetória também passa pelos palcos em montagens como: Helena de Tróia, A Megera Domada, Crimes Delicados, A Bela e a Fera, Todo Mundo Sabe que Todo Mundo Sabe, Veneza, Hoje Eu Me Chamo Dinorah, Vem Buscar-me que Ainda sou Teu, Vereda da Salvação, que também lhe rendeu o Prêmio Mambembe, A Última Sessão, entre outras.

Nas telonas, atuou em diversos filmes, como: Corisco, o Diabo Loiro, Tiradentes, O Mártir da Independência, Quincas Borba, Terra Estrangeira, Através da Janela, Copacabana, Clarita, O Outro Lado da Rua, Muito Gelo e Dois Dedos d’Água, Primo Basílio, A Casa da Mãe Joana, Muita Calma Nessa Hora, De Onde Eu Te Vejo, O Crime da Cabra, entre tantos outros. Seus últimos trabalhos no cinema foram no curta Jadzia, de Acacia Araujo, e no longa De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula, ambos de 2020.

No dia da homenagem, conversamos com a brilhante Laura Cardoso horas antes da cerimônia. No bate-papo, ela celebrou sua carreira e suas colegas, elogiou o festival e o Rio Grande do Sul, falou da importância do audiovisual brasileiro e mandou um recado carinhoso para as novas gerações.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR esteve em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Curta Caicó 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Malu no curta pernambucano Filhos da Noite, de Henrique Arruda

Foram anunciados nesta quinta-feira, 31/08, em uma live apresentada por Vitor Búrigo no YouTube, os selecionados para as mostras competitivas e paralelas da sexta edição do Curta Caicó, que acontecerá entre os dias 25 de setembro e 8 de outubro.

Serão exibidos 84 curtas-metragens, além dos filmes produzidos pelo festival durante suas ações ocorridas ainda no primeiro semestre, fruto de oficinas realizadas em sete escolas da região como também do 2º Laboratório de Roteiro, cujo resultado foi a produção de nove documentários sobre mestras e mestres da cultura popular seridoenses, totalizando, assim, mais de 100 curtas na seleção do festival.

Com programação totalmente gratuita, as mostras serão apresentadas em Caicó e em outras cidades do Seridó em palcos diversos como universidades, escolas, institutos federais, praças públicas e unidade do SESC Seridó, além do Cineland e do Centro Cultural Adjuto Dias: “Com as ações do Curta Caicó vamos democratizar o acesso ao audiovisual e estimular a formação de público nos municípios seridoenses”, ressaltou Raildon Lucena, diretor do festival.

As mostras Seridó e Potiguar tiveram como curadores Sandro Alves, Priscila Urpia e Pattrícia de Aquino. Já a Mostra Nacional Acauã contou com curadoria de Bethise Cabral, Laíse Trojake, Nelson Marques, Rômulo Sckaff e Tatiana Lima. As mostras Ambiental e Universitária tiveram como curadores o núcleo do grupo Semear do CERES-UFRN, coordenado pelo professor Leandro Cavalcante, e os alunos: Brenda Bezerra, Flávia Dantas, Geovana Barrros, Lorena Bezerra e Márcio Lima; Gleydson Virgulino assinou a curadoria da mostra de videoclipes. As demais mostras tiveram como curadoria a coordenação interna do festival.

Realizado no interior do Rio Grande do Norte, o festival vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional. Para esta edição, recebeu 1.087 inscrições de todo o país, acumulando mais de 4.300 filmes que já se inscreveram durante toda a história do evento. 

Conheça os filmes selecionados para o 6º Curta Caicó:

MOSTRA ACAUÃ | NACIONAL

Big Bang, de Carlos Segundo (MG/RN)
Contragolpe, de Victor Uchôa (BA)
Corpo (in)finito?, de Ramon Reis (PA)
De Frente pro Escuro, de Danilo Sacramento (RJ)
Ela Mora Logo Ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO)
Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ)
Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
O Que é a Felicidade?, de John Lennon Moreira Campos (MG)
Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (SP)
Trancinhas, de Mariana Stolf (MG)

MOSTRA POTIGUAR

Colchão d’água, de Livia Motta
Curta os Congos, de Raquel Cardoso
Encruzilhada Bar, de Johann Jean
Faça Chuva ou Faça Sol, de Erivelton Santos
Foguete, de Ernani Silveira
Orgulho e Preconceito, de Freddie Araújo
Querida Helena, de Albert Mateus
Renascente, de Gustavo Wanderley
Terra Arrasada, de Guesc
Torpor, de Danilo Guanabara

MOSTRA SERIDÓ

A Menina que Nunca Viu o Mar, de Felipe Santelli
Espera, de Julhin de Tia Lica
Existirmos: a que será que se destina?, de Wellington Costa
História de uma Devoção, de Erick Henrique
Lá no Interior, de Carito Cavalcanti e Fernando Suassuna
Maysa Matarazzo, de Acácio Medeiros
Oiticica: Sonhos Debaixo D’água, de Saulo Medeiros
Sertão Bruto, de Lourival Andrade

MOSTRA NORDESTE

A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques (MA)
Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Cercas, de Ismael Moura (PB)
Eneida: Na Ribalta da Vida, de Aladim Monteiro (PB)
Geruzinho, de Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim (SE)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Ytwã, de Kian Shaikhzadeh (BA)

MOSTRA AMBIENTAL

A Espera, de Ana Célia Gomes (PB)
Dorme Pretinho, de Lia Leticia (PE)
Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha (AP)
Itinerário de Cicatrizes, de Gloria Albues (MT)
Nas(SER): O Desafio da Sobrevivência, de Diogo Sanquetta (MG)
Tapajós: Uma Breve História da Transformação de um Rio, de Alan Schvarsberg e C. Fraga (DF/PA)         
Teo, o menino azul, de Hygor Amorim (SP)
Yabá, de Rodrigo Sena (RN)

MOSTRA SÃO FRANCISCO | UNIVERSITÁRIA

Ada, de Rafaela Uchoa (BA)
Afluências, de Iasmin Soares (PB)
Baseado em Fatos, de Amanda Rezer (RS)
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (PE)
Dois no Asfalto, de Daniel Chagas (RJ)
Escameiras, de Italo Zaccaron e Gus HOF (SC)
Irã, de Iferrdo (SP)
Midríase, de Eduardo Monteiro (PR)

MOSTRA ALVORADA | CURTAS FANTÁSTICOS

Apneia, de Nathan Cirino (PB)
Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN)
Eternidade, de Lara Salsa (PE)
Lágrima Negra em Pele de Loba, de Guilherme Bonini (SP)
Manga, de San Marcelo e Cicero Pedrosa Neto (PA)
Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (PB)
Solum, de Vitória Vasconcellos (PE)
Sou uma Máquina de Fazer Sonhos, de Luciana Brandão e Henrique Bocelli (MG)

MOSTRA PAX | DIVERSIDADE DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA

Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Festa de Pajés, de Iberê Périssé (AM)
Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)
Nazo, Dia e Noite Maria, de Andréa Paiva (AL)
O Arco-íris, de Franklin Pires (PI)
Porto A Drag!, de Mel Eichler (RS)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ)

MOSTRA RIO BRANCO | INFANTOJUVENIL

Amei Te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
Anjos Cingidos, de Laercio Filho e Maria Tereza de Azevedo (PB)
Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Em Cantos do Gurupi, de Judite Nascimento e San Marcelo (PA)
Quintal, de Mariana Netto (BA)
Super-herói do Clipe no Meio da Praça, de Felipe Aufiero (PR)
Trinca-Ferro, de Maria Fabiola (ES)

MOSTRA VIDEOCLIPE

A Grande Jornada, de Jorge Furtado e Alex Sernambi (RS)
Caos, de Gustavo de Carvalho (SP)
Contemporaneidade, de Jackson Abacatu (MG)
Copo de Silêncio, de Farofa Sintética (SE)
Lamento de Força Travesti, de Renna Costa (PE)
Pisa Ligeiro, de Rafaela Orneles (PE)
Quem é teu Baby?, de Lucas Paz (CE)
Tudo Eu, de Elirone Rosa, Fernando Sá e Ione Maria (SP)

Foto: Sylara Silvério.

Para Onde Voam as Feiticeiras

por: Cinevitor

Direção: Eliane Caffé, Carla Caffé, Beto Amaral

Elenco: Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes, Wan Gomez, Helena Vieira, Judith Butler, Sonia Barbosa Ara Mirim, David Karai Popygua Guaraní Mbya, Beth Beli, Ilú Obá De Min, Carmen Silva, Diego Moraes, Ivaneti Araújo, Erika Hilton, Renata Carvalho, Verónica Valenttino, Amara Moira, Pastor Henrique Vieira, Jomarina Abreu Pires da Fonseca, Cindy Tobias da Silva, Joservaldo Alves de Sena, Bea Oliveira, Carolina Silvano, Samantha Cristina, Stella Yeshua, Wera MC, Thiago Henrique Karai Djekupe, Heleno Lemos, Felipe Botelho, Frente de Luta por Moradia, Valdelice Veron, Alessandra Korap, Xamõi Hortêncio, Helena Borvão, Spartakus Santiago, Rene Silva, Setor Proibido, Mônica Francisco, Sylvia Rivera, Angel, Buck Angel.

Ano: 2020

Sinopse: Artistas LGBTQIA+ ocupam um quadrilátero do centro de São Paulo e transformam o espaço público em território de humor e tragédia naquilo que testemunham do preconceito em várias nuances. O filme une encenações e improvisos de sete artistas expondo a permanência de antigos preconceitos de gênero e raça. Para Onde Voam as Feiticeiras torna visível a persistência de preconceitos arcaicos de gênero e raça no imaginário comum. No centro desta narrativa polifônica está a importância da resistência política através das alianças de luta comum entre coletivos LGBTQIA+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.

Crítica: A arte está presente em nossas vidas diariamente, seja por opção ou involuntariamente. Há quem diga que não tem o hábito de consumi-la, mas não percebe que o simples fato de ligar a TV para assistir um filme já contradiz tal discurso. A música que toca no fone de ouvido enquanto você caminha, o livro que te acompanha na cama antes de dormir ou até mesmo aquele prédio histórico que chama atenção quando você atravessa a rua: tudo isso é arte. Em Para Onde Voam as Feiticeiras, documentário dirigido por Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, arte é o que não falta; seja nos corpos daqueles artistas, nos figurinos, nos discursos, na movimentação da equipe de filmagem. Tudo se encaixa perfeitamente. Com a proposta de dialogar sobre temas importantes e constantemente questionados, porém, muitas vezes sem ganhar a atenção necessária, o filme amplia tais debates por meio de um grupo carismático, entrosado, diversificado e formado por talentosos artistas. Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes e Wan Gomez são os protagonistas deste registro. É no centro de São Paulo, em meio ao caos urbano, que eles se instalam. Acompanhados por uma aglomeração formada pela equipe de filmagem, que já chama a atenção de quem passa, só a presença daqueles corpos já seria o suficiente para fazer alguém parar para observar o que está acontecendo. Ainda mais com adereços e figurinos coloridos que se contrapõem ao cinza da cidade. Outro aspecto interessante do filme é a escolha de seus realizadores em revelar os bastidores da produção: é possível ver a equipe se movimentando de um lado para o outro, inclusive com a participação de alguns integrantes em cena. Com isso, é como se um novo filme surgisse dentro de Para Onde Voam as Feiticeiras; os personagens assumem a direção de suas performances, se posicionam em frente à câmera e direcionam as participações dos transeuntes; além de também conduzirem os debates, seja com um grupo de indígenas sobre preconceito ou com mulheres negras sobre o padrão branco imposto pela sociedade. O filme dentro do filme traz um certo humor diante de situações de improviso, mas também alguns momentos de tensão com opiniões divergentes e abordagens que beiram à violência de participantes de fora. A costura dessas narrativas conta com influências externas muito bem utilizadas e montadas por Eliane Caffé. Além das apresentações e participações, as imagens de arquivo aparecem como uma quebra desse entrosamento descontraído do grupo, revelando um lado mais impetuoso de situações discutidas pelos artistas. Para Onde Voam as Feiticeiras consegue realizar um retrato atual do país ao colocar o povo cara a cara com seus preconceitos; os olhares atravessados e as reações questionáveis de alguns daqueles que passam pelo grupo evidenciam ainda mais uma sociedade tomada por intolerância. Porém, há também uma parte que se identifica e enxerga a necessidade de dar voz a quem sente na pele as dores físicas e emocionais causadas pelas ignorância social e cultural. Fala-se de ridicularização, machismo, racismo, homofobia, preconceitos, aceitação e a descoberta do corpo; seja ele trans, negro, índio, gay, mulher, homem, branco, lésbica, bissexual, intersexo. Ou seja: ser humano. Convidadas especiais, como a atriz Renata Carvalho e a pesquisadora de Gênero e Sexualidade, Helena Vieira, entre tantas outras, contribuem para a relevância dos temas abordados. As próprias discussões entre os protagonistas realçam ainda mais a proposta do documentário, de expandir a liberdade de expressão daqueles que, rotineiramente, costumam ser reprimidos por uma maioria intolerante. Participações como as do Pastor Henrique Vieira ou do rapper indígena Wera MC, por exemplo, também complementam esse encontro plural de classes. Para Onde Voam as Feiticeiras é potente por ecoar temas relevantes com vozes que vivenciam efetivamente aquilo que discutem. É potente também por criar um espaço democrático de fala com criatividade e descontração sem perder a seriedade dos casos. É potente porque coloca seus artistas protagonistas em evidência com suas angústias, mas também com suas conquistas. Não faltam sorrisos nestes rostos retratados, ainda que carreguem árduas histórias de luta que resultaram em lágrimas. Há o carisma evidente, que se junta às vivências e experiências pessoais de cada um, mas é com a arte que eles seguem em frente, que marcam presença com seus corpos e tomam seus lugares. É com a arte que eles encantam e passam suas mensagens com veracidade. (Vitor Búrigo)

*Filme visto no 9º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

Angela

por: Cinevitor

Direção: Hugo Prata

Elenco: Isis Valverde, Gabriel Braga Nunes, Alice Carvalho, Emilio Orciollo Netto, Bianca Bin, Carolina Manica, Gustavo Machado, Chris Couto, Hélio Toste, Felipe Barros, Du Dibo, Ivan Arcuschin, André Kirmayr, Sérgio Gava, Gabriela Rossi Decimoni, Angelo Vital de Oliveira Monteiro, Miguel Martins de Oliveira, Bernardo Vasconcellos Guimarães.

Ano: 2023

Sinopse: Após uma tumultuada separação e ter que ceder a guarda dos seus três filhos, a famosa socialite Angela Diniz, conhecida como a Pantera de Minas, conhece Raul e acredita ter encontrado alguém que ama seu espírito livre tanto quanto ela. A atração avassaladora fez o casal largar tudo e viver o sonho de reconstruir suas vidas regadas à paixão na casa de praia. Mas a vida tranquila rapidamente se transforma quando Raul começa a se mostrar um homem agressivo, violento e controlador. A relação declina para o abuso e a violência, dando origem a um dos casos de assassinato mais famosos de todos os tempos no Brasil.

*Clique aqui e assista ao programa especial sobre o filme com entrevistas com a protagonista Isis Valverde, com o diretor Hugo Prata e com a roteirista Duda de Almeida

*Clique aqui e leia a matéria especial sobre o filme no Festival de Gramado

*Filme visto no 51º Festival de Cinema de Gramado

Nota do CINEVITOR:

Oscar 2024: 28 longas estão habilitados e disputam indicação brasileira na categoria de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Ana Luiza Rios e Matheus Nachtergaele no longa cearense Mais Pesado é o Céu

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou nesta segunda-feira, 28/08, a lista com todos os 28 longas-metragens brasileiros que estão habilitados e seguem na disputa por uma indicação à vaga na categoria melhor filme internacional no Oscar 2024.

As reuniões da Comissão de Seleção acontecerão em duas etapas: dia 05 de setembro, quando serão selecionados seis títulos entre os inscritos; e a reunião final, no dia 12 de setembro, para a escolha do título que representará o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme internacional na 96ª edição do Oscar, premiação realizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que acontecerá no dia 10 de março de 2024.

O título escolhido será divulgado por meio de release para a imprensa e nas redes sociais da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Neste ano, a Comissão de Seleção é presidida por Ilda Santiago e conta com diversos membros; clique aqui e saiba mais.

Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com o drama Marte Um, de Gabriel Martins, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.

Recentemente, durante a cerimônia da 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, anunciou que o longa Carvão, de Carolina Markowicz, será o representante brasileiro no Prêmio Goya, conhecido como o Oscar espanhol e realizado pela Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España.

Conheça os 28 longas-metragens brasileiros habilitados:

A Primeira Morte de Joana, de Cristiane Oliveira
Angela, de Hugo Prata
Chef Jack: O Cozinheiro Aventureiro, de Guilherme Fiuza Zenha
Elis & Tom, Só Tinha de Ser com Você, de Roberto de Oliveira
Estranho Caminho, de Guto Parente
Jair Rodrigues: Deixa que Digam, de Rubens Rewald
Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry
Medusa, de Anita Rocha da Silveira
Ninguém é de Ninguém, de Wagner de Assis
Noites Alienígenas, de Sergio de Carvalho
Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria
O Alecrim e o Sonho, de Valerio Fonseca
O Espaço Infinito, de Leo Bello
O Faixa Preta: A Verdadeira História de Fernardo Tererê, de Caco Souza
O Homem Cordial, de Iberê Carvalho
O Mestre da Fumaça, de André Sigwalt e Augusto Soares
O Rio do Desejo, de Sergio Machado
Pedágio, de Carolina Markowicz
Perdida, de Luiza Shelling Tubaldini
Perlimps, de Alê Abreu
Raquel 1:1, de Mariana Bastos
Regra 34, de Julia Murat
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho
Segundo Tempo, de Rubens Rewald
Sinfonia de um Homem Comum, de José Joffily
Tia Virgínia, de Fabio Meira
Tração, de André Luís
Urubus, de Claudio Borrelli

Foto: Petrus Cariry.

CINEVITOR #444: Entrevista com Isis Valverde | Angela | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Protagonista: Isis Valverde em cena

Depois de passar pelo Festival de Cinema de Gramado com Faroeste Caboclo e Simonal, a atriz Isis Valverde voltou ao evento para apresentar Angela, dirigido por Hugo Prata, na mostra competitiva de longas brasileiros desta 51ª edição.

O filme, que entra em cartaz nesta quinta-feira, 31/08, é focado nos últimos meses de vida da socialite Angela Diniz, que foi assassinada em dezembro de 1976, aos 32 anos. Protagonizado por Isis Valverde, o longa se passa no final da década de 1970 e narra acontecimentos da mulher que ficou conhecida como A Pantera de Minas e as consequências de sua conturbada relação amorosa com o empresário Raul Street, também conhecido como Doca Street, interpretado por Gabriel Braga Nunes. O elenco ainda traz Bianca Bin, Emilio Orciollo Netto, Chris Couto, Gustavo Machado, Carolina Manica e Alice Carvalho.

A sinopse de Angela diz: após uma tumultuada separação e ter que ceder a guarda dos seus três filhos, a famosa socialite Angela Diniz conhece Raul e acredita ter encontrado alguém que ama seu espírito livre tanto quanto ela. A atração avassaladora fez o casal largar tudo e viver o sonho de reconstruir suas vidas regadas à paixão na casa de praia. Mas a vida tranquila rapidamente se transforma quando Raul começa a se mostrar um homem agressivo, violento e controlador. A relação declina para o abuso e a violência, dando origem a um dos casos de assassinato mais famosos de todos os tempos no Brasil.

Com produção de Fabio Zavala e Hugo Prata, a fotografia é assinada por Paulo Vainer e a direção de arte é de Cassio Amarante; Verônica Julian assina o figurino, com maquiagem de Damián Brissio; a montagem é de Tiago Feliciano e a trilha sonora de Otavio de Moraes. O longa é uma produção da Bravura Cinematográfica, em coprodução com a Star Productions, e distribuição da Downtown Filmes

Para falar mais sobre Angela, conversamos com a protagonista Isis Valverde no dia seguinte à exibição no festival. No bate-papo, a atriz falou sobre ancestralidade feminina, desafios em atuar em uma cinebiografia, exibição em Gramado, preparação para a personagem, entrosamento com elenco e abordou temas importantes que permeiam o filme, entre eles, o machismo e a atemporalidade da narrativa. Além disso, também conversamos com o diretor Hugo Prata e com a roteirista Duda de Almeida.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR esteve em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Divulgação.

Agreste, de Sergio Roizenblit, que será exibido no Cine PE, divulga cena exclusiva

por: Cinevitor
Badu Morais e Luci Pereira em cena

O documentarista paulista Sergio Roizenblit, de O Milagre de Santa Luzia, apresentará Agreste, sua primeira ficção, na 27ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual, que acontecerá entre os dias 4 e 9 de setembro, no Teatro do Parque, no Recife.

O roteiro, que participou do Laboratório Franco Brasileiro de Roteiros do Festival Varilux de Cinema Francês, em 2017, é uma adaptação da premiada peça homônima, do dramaturgo pernambucano radicado em São Paulo Newton Moreno, que assina o roteiro com Marcus Aurelius Pimenta. O filme se passa no interior do Nordeste e narra o conflito entre a intolerância religiosa e moral e uma história de amor e liberdade, protagonizada por um trabalhador rural, Etevaldo, papel de Aury Porto, e Maria, interpretada por Badu Morais, uma jovem prometida a um casamento arranjado.

Apaixonados, eles fogem juntos pelo sertão, e acabam se abrigando na casa de Valda, vivida por Luci Pereira, uma mulher extremamente religiosa, que vê Maria como uma filha. Porém, quando um crime passa a ser investigado na região, o romance entre Etevaldo e Maria é ameaçado.

O cineasta aponta que o tema central do filme é a intolerância: “A diferença confronta a intolerância quando as pessoas relutam em aceitar um amor incondicional. O contraste é construído desde a pureza e a inocência, a intimidade e a descoberta de novas formas de amor, à intolerância, ao preconceito violento e ao fanatismo. Esses temas formam a base do enredo e transformam o filme em uma fábula ambientada no ermo sertão nordestino, que, no entanto, remete também à modernidade, ao presente e a qualquer outro espaço”, explica.

O sertão surge, no filme, como uma força, praticamente, um mundo particular: “É um cenário visual, aparentemente, anacrônico que contrasta com a paisagem expandida: uma dádiva para a cinematografia do filme. Eu faço uso de um plano zenital, de uma distância muito acima da paisagem, como o ponto-de-vista de Deus dos personagens de um meio estéril e vazio. A paisagem é, portanto, um personagem do enredo, como já foi utilizada antes, tanto no Cinema Novo brasileiro como por diretores como Lars von Trier, em Ondas do Destino”.

Em Agreste, o cineasta explica que pretende honrar a humanidade das casas simples em uma paisagem inóspita: “Essa é a razão pela qual a cena de fuga nos lembra de filmes como Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, embora aqui o tema é diferente, pois revela a relação entre um ambiente árido, tanto natural quanto social, e uma história de amor invencível”.

O elenco conta com atores de diversos estados do Brasil, entre eles: Jaedson Bahia, Roberto Rezende, Mohana Uchôa, Terena França, Emilly Nogueira, Lidiane de Castro, Paulo Henrique Reis de Melo, Márcia Galvão e Hertz Félix. A equipe de produção contou com profissionais de São Paulo, estado de origem da produção, Bahia e Pernambuco. As filmagens foram feitas em Curaçá e Juazeiro, na Bahia, em 2019.

A direção de fotografia é de Humberto Bassanello; Laura Carvalho assina a direção de arte, o figurino é de Diana Moreira e a maquiagem por Mari Figueiredo. A trilha sonora é de Dante Ozzetti e Du Moreira. A produção é assinada por Gustavo Maximiliano, Viviane Rodrigues e Sergio Roizenblit, e codirigida por Ricardo Mordoch. Produzido pela Miração Filmes, em coprodução com BR153 Filmes e Spcine, a distribuição nacional será da Pandora Filmes.

Nos teatros, a peça Agreste, que estreou em 2003, teve montagem dirigida por Marcio Aurelio Pires de Almeida, com público de mais de 300 mil pessoas, e ganhou o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Shell de melhor texto.

Confira uma cena exclusiva do filme Agreste:

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do 10º Festival de Cinema de Caruaru

por: Cinevitor
Agrael de Jesus no curta Ela Mora Logo Ali

A décima edição do Festival de Cinema de Caruaru aconteceu entre os dias 21 e 26 de agosto, na região do Agreste Pernambucano, no Teatro João Lyra Filho, com 66 filmes na programação.

Neste ano, o festival atingiu seu recorde de inscrições: 956 títulos. A curadoria foi realizada por uma equipe formada pelo cineasta e idealizador do evento Edvaldo Santos; o ator e produtor Luciano Torres; a pedagoga e psicanalista Ana Cristina; e as jornalistas Priscila Urpia e Stephanie Sá. O júri desta edição contou com: Mariana Granja, Beto Aragão e Carlos Antonio de França nas mostras Brasil e Agreste; e Davi Batista, Túlio Beat e Heitor Soares nas mostras Fantásticos e Latino-Americana.

A programação contou também com atividades paralelas, como: a oficina Construções Textuais de Júri e Crítica Cinematográfica, com Edvaldo Santos, que, ao final, organizou o Júri Jovem com os alunos; e a oficina Montagem: o que se torna filme, com César Caos. Os homenageados desta décima edição foram: Edson Santos, crítico de cinema e radialista; e Amanda Mansur, professora da área de audiovisual do Núcleo de Design e Comunicação, da UFPE/CAA.

Conheça os vencedores do 10º Festival de Cinema de Caruaru:

MOSTRA BRASIL

Melhor Filme: Big Bang, de Carlos Segundo (MG/RN)
Melhor Filme | Júri Jovem: Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Melhor Direção: Renan Montenegro, por Nada se Perde
Melhor Roteiro: Nada se Perde, escrito por Igor Cerqueira
Melhor Atriz: Jéssica Ellen, por Último Domingo
Melhor Ator: Chico de Assis, por Uievô Opará
Melhor Fotografia: Último Domingo, por Fernando Macedo
Melhor Direção de Arte: Fora do Domínio, por Chiara Sengberg e Rafaela Franco
Melhor Desenho de Som: Big Bang, por Antoine Bertucci
Melhor Pôster: Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo

MOSTRA AGRESTE

Melhor Filme: Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Campina Grande, PB)
Melhor Filme | Júri Jovem: Arte e Pólvora, de Emilly Eduarda Marques (Caruaru, PE)
Melhor Direção: Jaime Guimarães, por Abrição de Portas
Melhor Roteiro: Filhos Ausentes, escrito por Virgínia Guimarães
Melhor Atriz: Joana Marques, por Confins
Melhor Ator: Erick Marinho, por Em Algum Lugar do Tempo
Melhor Fotografia: Abrição de Portas, por Breno César
Melhor Direção de Arte: Filhos Ausentes, por Jansen Barros e Virgínia Guimarães
Melhor Desenho de Som: Abrição de Portas, por Romero Coelho
Melhor Pôster: Tudo o que Restou, por André Medeiros

MOSTRA LATINO-AMERICANA
Melhor Filme: Elena, de Diana Muñoz (México)

MOSTRA FANTÁSTICOS
Melhor Filme: Surpresa!, de Jorge Filho (PE)

MOSTRA ADOLESCINE
Melhor Filme: Eu Youtuber, de Rodrigo Sena (RN)

MOSTRA INFANTIL
Melhor Filme: Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP)

Foto: Divulgação.

Conheça os vencedores do 5º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte

por: Cinevitor
Thiago Morais recebe o Prêmio Especial do Júri por Cem Pillum: A História do Dilúvio

Os vencedores da quinta edição do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte foram anunciados nesta sexta-feira, 25/08, no Teatro Amazonas, em Manaus.

Dedicado às produções da Amazônia Legal em suas principais mostras, mas também aberto aos filmes de todos os estados brasileiros na Mostra Outros Nortes e infantojuvenis na Mostra Olhinho (não competitiva), o festival teve uma programação com 50 títulos e distribuiu 21 prêmios.

Pelo segundo ano consecutivo, a sala de espetáculos do Teatro Amazonas ganhou um telão para quatro dias de exibições de filmes amazônicos nas principais mostras competitivas: Amazônia e Olhar Panorâmico. A competição também ocorreu do lado de fora do espaço cultural, com fila do público para garantir um lugar, especialmente nas sessões noturnas: “Esta edição representa uma mudança de patamar do festival, tanto da quantidade de público, quanto entre os realizadores e cineastas, participantes da programação, parceiros e todos envolvidos direta e indiretamente. Sentimos o quanto as pessoas passaram a compartilhar do mesmo amor que a gente tem pelo festival, muita gente adotou o festival”, disse Diego Bauer, diretor artístico.

Entre os 21 prêmios distribuídos, 13 deles foram para a Mostra Amazônia, principal mostra competitiva somente com curtas-metragens da Amazônia Legal. Tanto a Mostra Outros Nortes quanto a Mostra Olhar Panorâmico tiveram quatro prêmios, cada uma das mostras.

O júri desta quinta edição foi formado por: Valentina Ricardo, Arnaldo Barreto, Augustto Gomes, Rosa Malagueta e Lucas Martins na Mostra Amazônia; Camila Henriques e Ivanildo Pereira, do site Cine Set, na Mostra Olhar Panorâmico; e Lucas Lopes-Aflitos, Pâmela Eurídice e Tom Zé na Mostra Outros Nortes.

Conheça os vencedores do 5º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte:

MOSTRA AMAZÔNIA

Melhor Filme | Júri Oficial: Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Melhor Filme | Voto Popular: Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Prêmio Especial do Júri: Cem Pillum: A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM)
Melhor Direção: Keila Sankofa, por Alexandrina – Um Relâmpago
Melhor Roteiro: Ela Mora Logo Ali, escrito por Fabiano Barros e Rafael Rogante
Melhor Atuação: Agrael de Jesus, por Ela Mora Logo Ali
Melhor Atuação: Rafael César, por Controle
Melhor Direção de Fotografia: Controle, por Reginaldo Tyson
Melhor Direção de Arte: Alexandrina – Um Relâmpago, por Francisco Ricardo
Melhor Montagem: Maués, A Garça, por Lorena Ortiz
Melhor Som: Revoada, por Héverton Batista (som direto) e Pablo Araújo (mixagem de som e trilha sonora)
Menção Honrosa: Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami (RR)
Menção Honrosa: Cabana, de Adriana de Faria (PA)

MOSTRA OUTROS NORTES

Melhor Filme | Júri Oficial: Big Bang, de Carlos Segundo (MG/RN)
Melhor Filme | Voto Popular: Big Bang, de Carlos Segundo
Menção Honrosa: Soberane, de Wara (CE)
Menção Honrosa: Solos, de Pedro Vargas (SP)

MOSTRA OLHAR PANORÂMICO

Melhor Filme | Júri Oficial: La Creación, de Valentina Ricardo (AM)
Melhor Filme | Voto Popular: Prazer, Ana, de Sarah Margarido (AM)
Menção Honrosa: Yuri u xëatima thë: A Pesca com Timbó, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami (RR)
Menção Honrosa: Prazer, Ana, de Sarah Margarido

Foto: Robert Coelho.

Retratos Fantasmas

por: Cinevitor

Direção: Kleber Mendonça Filho

Ano: 2023

Sinopse: Como em tantas cidades do mundo ao longo do século XX, milhões de pessoas foram ao cinema no centro do Recife. Com a passagem do tempo, as ruínas dos grandes cinemas revelam algumas verdades sobre a vida em sociedade.

*Filme visto no 51º Festival de Cinema de Gramado

*Clique aqui e assista ao programa especial com entrevistas com o diretor, com o ator Rubens Santos e com o montador Matheus Farias

Nota do CINEVITOR: