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Mussum, o Filmis, com Ailton Graça, é exibido na 47ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Elenco do filme na Cinemateca Brasileira

Depois de ser consagrado no Festival de Gramado com seis kikitos, Mussum, o Filmis, dirigido por Silvio Guindane, passou pela 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo em uma exibição emocionante na Cinemateca Brasileira na quinta-feira, 26/10.

O longa, protagonizado por Ailton Graça, narra a trajetória de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, indo muito além do Mussum que o grande público conhece: a infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira, o sucesso com os Originais do Samba, além dos bastidores de Os Trapalhões.

O elenco traz também: Yuri Marçal, que interpreta Mussum jovem, e foi premiado em Gramado como melhor ator coadjuvante; Thawan Lucas Bandeira, que faz o Mussum criança; Neusa Borges, vencedora do kikito de melhor atriz coadjuvante. E mais: Cacau Protásio, Augusto Madeira, Stepan Nercessian, Jeniffer Dias, Cinnara Leal, Luiza Rosa, Felipe Rocha, Gustavo Nader, Késia, Mary Sheila, Vanderlei Bernardino, Eduardo Lago, Deiwis Jamaica, Angelo Fernandes, Édio Nunes, Hugo Germano, Alan Rocha, Kadu Costa, Lelé, Angelo Emmanuel, Udylê Procópio, Reinaldo Junior, Antonio Gonzalez, Christiano Torreão, Marcello Picchi, Ana Paula Secco, Serjão Loroza e Mussunzinho.

Completam o elenco: Gero Camilo como Renato Aragão; Paulo Mathias Jr. no papel de Maurício Sherman; Nando Cunha interpreta Grande Otelo; Clarice Paixão como Alcione; Ícaro Silva interpreta Jorge BenFlavio Bauraqui como Cartola; Larissa Luz no papel de Elza Soares; e Wilson Simoninha como Garrincha.

Antes da exibição na Cinemateca Brasileira, elenco e equipe subiram ao palco e apresentaram o filme: “Que prazer enorme receber todos vocês aqui para ver esse trabalho que teve muita dedicação. Queremos dividir esse filme que tem sido uma alegria muito grande, uma satisfação carregada de amor, de atores maravilhosos e de filhos maravilhosos do Mussum. Espero que vocês curtam bastante esse trabalho. Estou muito emocionado e me faltam palavras. Obrigado! Vamos dividir esse amor, que é o filme, com vocês!”, disse Ailton Graça acompanhado por seus colegas e também por familiares do Mussum.

Ailton Graça com as baianas da S.R.B.E.E.S. Lavapés Pirata Negro

Em entrevista ao CINEVITOR, o produtor André Carreira disse: “Começamos esse projeto há quase dez anos. É um prazer muito grande entregar para o público essa obra e sentir a reação das pessoas. Isso começou lá em Gramado com a primeira exibição pública do filme e com a premiação. Desde então, o filme vem ganhando muita força. A recepção tem sido muito calorosa porque é uma história que toca as pessoas. Estamos ansiosos para a estreia”.

Depois da exibição na Mostra de São Paulo, que foi ovacionada pelo público, o elenco voltou ao palco para os agradecimentos finais: “É a terceira vez que eu assisto e sempre é uma emoção muito grande. Esse filme é sobre uma família preta e isso significa tudo”, disse o ator Mussunzinho, filho de Mussum.

Na sequência, integrantes da S.R.B.E.E.S. Lavapés Pirata Negro, escola de samba que tem como presidente o ator Ailton Graça, subiram ao palco e agitaram o público presente na Cinemateca Brasileira.

Baseado no livro Mussum: Uma história de Humor e Samba, de Juliano Barreto, com roteiro de Paulo Cursino, o longa, que chega aos cinemas no dia 2 de novembro, tem produção assinada por André Carreira, pela produtora Camisa Listrada, em coprodução com a Panorama Filmes, Globo Filmes, Globoplay, Telecine e RioFilme; a distribuição é da Downtown Filmes.

Vale lembrar que o filme terá mais uma sessão na 47ª Mostra antes da estreia: domingo, 29/10, às 16h20, no Kinoplex Itaim.

*Clique aqui e assista aos melhores momentos da sessão especial do filme

Fotos: Claudio Pedroso.

LABRFF 2023: conheça os vencedores do Los Angeles Brazilian Film Festival

por: Cinevitor
Juan Paiva e Lucas Koka Penteado em Nosso Sonho

Foram anunciados nesta quinta-feira, 26/10, no The Culver Theater, em Los Angeles, nos Estados Unidos, os vencedores da 16ª edição do LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, considerado uma vitrine para as produções brasileiras em Hollywood.

Neste ano, Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, levou o prêmio de melhor filme de ficção. A cinebiografia conta a emocionante história da dupla Claudinho e Buchecha, que começou com uma amizade ainda na infância, em uma comunidade de Niterói, até conquistar o Brasil todo com a poesia da periferia. No Brasil, o filme já ultrapassou a marca de 430 mil espectadores.

O júri desta 16ª edição contou com Luisa Parnes, Sylvia Palma, Izah Neiva, Flavia Guerra, Nelson Botter, Bia OliveiraBarbara de la Fuente e Rogério Ribeiro. A curadoria foi assinada por Aymara Limma, Claudia Costa, Elaine Perrotte, Eliana César e Leandro Matos.

Ao longo de sua história, o LABRFF já exibiu mais de 1.300 títulos, premiou mais de 500 profissionais do cinema e contribuiu para a produção de longas-metragens no Brasil em parceria com os Estados Unidos, além de ter colaborado no licenciamento de diversos títulos brasileiros para as grandes distribuidoras americanas.

Conheça os vencedores do 16º LABRFF:

MELHOR FILME | FICÇÃO
Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria

MELHOR FILME | DOCUMENTÁRIO
Sinfonia de um Homem Comum, de José Joffily

MELHOR CURTA-METRAGEM
Welcome Back, de Nicole Gullane

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Snail, de Renato Fimene

MELHOR DIREÇÃO
Sérgio de Carvalho, por Noites Alienígenas

MELHOR ROTEIRO
O Sequestro do Voo 375, escrito por Mikael de Albuquerque e Lusa Silvestre

MELHOR ATRIZ
Vera Holtz, por Tia Virgínia

MELHOR ATOR
Daniel de Oliveira, por O Rio do Desejo

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Louise Cardoso, por Tia Virgínia

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Nando Cunha, por Nosso Sonho

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Mais Pesado é o Céu, por Petrus Cariry
Vermelho Monet, por Carina Sanginitto

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Tia Virgínia, por Ana Mara Abreu

MELHOR MAQUIAGEM
Meu Nome é Gal, por Tayce Vale

MELHOR EDIÇÃO
Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, por Renato Lima

MELHOR TRILHA SONORA
Nosso Sonho, por Plinio Profeta

MENÇÕES HONROSAS
Caco Monteiro e Lula Oliveira, por A Matriarca
Juan Paiva e Lucas Koka Penteado, por Nosso Sonho
Othon Bastos, por Esta Noite Seremos Felizes
Quézia Lopes, por Corpos Invisíveis
Sérgio Machado, por O Rio do Desejo
Sophie Charlotte, por Meu nome é Gal e O Rio do Desejo

PRÊMIO ESPECIAL PELA CARREIRA
Gabriel Braga Nunes

Foto: João Atala.

47ª Mostra de São Paulo: conheça os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista

por: Cinevitor
Sara Montpetit no canadense Vampira Humanista Procura Suicida Voluntário

Foram anunciados nesta quinta-feira, 26/10, os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista da 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Durante a primeira semana de programação, foram computados os votos do público dos filmes que participam do evento.

Nos próximos dias, as 13 obras que integram a Competição Novos Diretores que foram mais votadas serão submetidas ao júri desta edição, formado por Bárbara Raquel Paz, Enrica Fico Antonioni, Lenny Abrahamson, Mariëtte Rissenbeek e Welket Bungué, que avaliará e escolherá o grande vencedor do Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake, na categoria de melhor filme; os jurados também podem premiar obras em outras categorias. O diretor Emir Kusturica integraria o júri, mas por problemas de saúde não poderá vir à Mostra.

Os vencedores serão anunciados no dia 1º de novembro, quarta-feira, durante a cerimônia de encerramento da 47ª Mostra de São Paulo, no Espaço Petrobras, na Cinemateca Brasileira. Vale lembrar que alguns títulos ainda podem ser vistos nos cinemas.

Conheça os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista 2023 da Mostra de São Paulo:

Asog, de Sean Devlin (Filipinas/Canadá)
Da Cor e da Tinta, de Weimin Zhang (EUA/Brasil/China)
Exodus, de Abbe Hassan (Suécia)
Ousamos Sonhar, de Waad al-Kateab (Reino Unido)
Ouvidor, de Matias Borgström (Brasil)
Quando Derreter, de Veerle Baetens (Bélgica/Holanda)
Rapto, de Iris Kaltenbäck (França)
Samuel e a Luz, de Vinícius Girnys (Brasil/França)
Se Eu Pudesse Apenas Hibernar, de Zoljargal Purevdash (Mongólia/França/Suíça/Qatar)
Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
Tempo Esgotado, de Eve Duchemin (Bélgica/França)
Vale do Exílio, de Anna Fahr (Canadá/Líbano)
Vampira Humanista Procura Suicida Voluntário, de Ariane Louis-Seize (Canadá)

Foto: Shawn Pavlin.

33° Cine Ceará: conheça os filmes selecionados para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Cena do longa brasileiro Sou Amor, de André Amparo e Cris Azzi 

A 33ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontecerá entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro, divulgou os títulos em competição nas principais mostras do evento: ibero-americana de longa-metragem e brasileira de curta-metragem, que serão exibidas no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza.

Com número de inscritos que superou a edição anterior, a programação, que é inteiramente gratuita, exibirá seis produções de 10 países na mostra de longas e 14 curtas de 12 estados brasileiros. Na semana passada, o festival anunciou os filmes selecionados para a Mostra Olhar do Ceará: clique aqui e confira.

Para a mostra Ibero-americana de longa-metragem, o curador Vicente Ferraz buscou encontrar uma unidade dentro da grande diversidade estética e temática apresentada por cada um dos realizadores dos 334 longas inscritos: “Realmente foi difícil escolher seis filmes entre tantos inscritos para termos um panorama das cinematografias dos diversos países latino-americanos, além da Espanha e de Portugal. Acabamos encontrando nas diferentes propostas um olhar franco e carinhoso sobre a família, principalmente a infância”, disse. Vale ressaltar também que os seis longas são inéditos no Brasil

O filme cubano A Mulher Selvagem, de Alan González, abre o festival depois de fazer sua estreia mundial no Festival de Toronto. O longa mostra a saga de uma mulher que luta incansavelmente pelo amor de seu filho, enquanto foge com ele da violência doméstica. Representando o cinema nacional, a ficção Sou Amor, dirigida pelos cineastas mineiros André Amparo e Cris Azzi, traz a história de Robson, que, depois de apanhar do pai na pequena cidade de Luisburgo, em Minas Gerais, vai, com seu irmão mais novo, morar com a avó na capital; o filme fala sobre a descoberta de si pós-trauma. 

O documentário Agora a Luz Cai Vertical, primeiro longa-metragem de Efthymia Zymvragaki, concorre na mostra depois de passar por nove festivais internacionais, tendo sido indicado ao prêmio de melhor longa de estreia no IDFA Envision Competition no ano passado. O filme acompanha a trajetória de um homem chamado Ernesto, que mora nas Ilhas Canárias, e que assume ser um agressor. A ficção documental Céu Aberto, de Felipe Esparza, também foi selecionada para a mostra. Exibido em oito festivais ao redor do mundo, o longa conta a história de pai e filhos peruanos que foram separados após a misteriosa morte da esposa/mãe da família. 

Também foram selecionadas as ficções Alemanha, de María Zanetti, que narra a viagem da jovem estudante Lola para Alemanha e as reflexões acerca da sua própria vida com essa mudança, e o premiado O Castigo, produção chilena de Matías Bize, que retrata a busca desesperada de Ana e Mateo por seu filho, que se perdeu em uma floresta; este suspense ganhou melhor direção e Prêmio Signis no Festival de Málaga, melhor interpretação para Antonia Zegers no PÖFF 2023 e melhor filme chileno no Círculo de Críticos de Arte de Chile do ano passado.

Cena do curta paraense Cabana, de Adriana de Faria

Já na competitiva brasileira de curta-metragem foram selecionadas 13 produções dentre os 837 filmes inscritos, passando por documentários, ficções e animações. As ficções selecionadas foram: Aquela Mulher, representando o Rio de Janeiro, das diretoras Marina Erlanger e Cristina Lago, que narra uma noite na vida de três mulheres do subúrbio carioca; e As Miçangas, de Rafaela Camelo e Rafael Lavor, selecionado para o Festival de Berlim.

Na seleção do Cine Ceará 2023 ainda estão Bença, do paranaense Mano Cappu, que se passa durante uma visita à cadeia; Cabana, de Adriana de Faria, premiado no Festival do Rio; e o curta pernambucano Dinho, de Leo Tabosa, que traz uma trama sobre o abandono com Hermila Guedes no elenco. Representando o Ceará, estão: Circuito, dos diretores Alan Sousa e Leão Neto, que traz a história de Niara, uma policial escrivã prestes a se aposentar e que enfrenta as dicotomias de um sistema de segurança corrupto paralelamente às relações humanas falidas ao seu redor; e Os Finais de Domingos, dirigido por Olavo Junior e com Rodger Rogério no elenco, sobre um idoso de saúde frágil que recebe a visita de um antigo amor. 

Há ainda dois curtas com o mesmo nome: representando Minas Gerais, Lapso, de Caroline Cavalcanti, conta a história de Bel e Juliano, adolescentes da periferia de Belo Horizonte que se conhecem enquanto cumprem medidas socioeducativas após praticarem atos de vandalismo; já Lapso, dirigido, produzido e roteirizado pelo alagoano João Herberth, traz na trama um acidente de carro de um casal, Daniel e Mônica, do qual a mulher é vítima fatal e o marido, ao acordar, busca vingança para lidar com a perda. 

Em 20 minutos, A Sombra da Terra, de Marcelo Domingues, traz o ator Paulo Betti no elenco e conta a história de uma pianista solitária que dá abrigo a um misterioso andarilho que acredita carregar consigo uma espécie de maldição ligada à lua e às tragédias da humanidade. A outra animação que concorre na categoria é Diafragma, do alagoano Robson Cavalcante.

Também estão na lista de curtas os documentários A Bata de Milho, de Eduardo Liron e Renata Mattar, que se passa no sertão da Bahia; Pulmão de Pedra, do diretor paraibano Torquato Joel; e o premiado Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harikariyoma Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yanomami, que já participou de festivais nacionais e internacionais. Produzido em Roraima, com uma equipe formada por indígenas Yanomami, o curta conta a história de uma jovem mulher indígena que observa um xamã durante o preparo da Yãkoana, alimento dos espíritos, propondo um encontro de perspectivas e imaginações. 

Além disso, nesta edição, três longas-metragens de diretores cearenses, lançados este ano, terão exibição especial no 33º Cine Ceará; dois deles com prêmios já conquistados em importantes festivais e o outro foi o único documentário do Nordeste selecionado para o Festival de Gramado. São eles: Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry; Estranho Caminho, de Guto Parente; e Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira.

Conheça os filmes selecionados para o 33º Cine Ceará:

LONGAS-METRAGENS | COMPETITIVA IBERO-AMERICANA

Ahora a luz cae vertical, de Efthymia Zymvragaki (Espanha/Alemanha/Itália/Holanda)
Alemania, de María Zanetti (Argentina/Espanha)
Cielo Abierto, de Felipe Esparza (Peru/França)
El castigo, de Matías Bize (Chile)
La mujer salvaje, de Alan González (Cuba)
Sou Amor, de André Amparo e Cris Azzi (Brasil)

CURTAS-METRAGENS | COMPETITIVA BRASILEIRA

A Bata do Milho, de Eduardo Liron e Renata Mattar (BA)
A Sombra da Terra, de Marcelo Domingues (SP)
Aquela Mulher, de Marina Erlanger e Cristina Lago (RJ)
As Miçangas, de Rafaela Camelo e Emanuel Lavor (DF)
Bença, de Mano Cappu (PR)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Circuito, de Alan Sousa e Leão Neto (CE)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)
Lapso, de João Herberth (AL)
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE)
Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)
Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harikariyoma Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yanomami (RR)

Fotos: Divulgação.

Os Delinquentes

por: Cinevitor

Los delincuentes

Direção: Rodrigo Moreno

Elenco: Daniel Elías, Esteban Bigliardi, Margarita Molfino, Germán De Silva, Mariana Chaud, Gabriela Saidon, Cecilia Rainero, Javier Zoro, Lalo Rotavería, Iair Said, Fabian Casas, Adriana Aizemberg, Yessica Daina Gonzalez Capello, Natali Carranza, Erasmo Colombo, Jonathan Da Rosa, Franco de la Puente, Facundo Gigena, Leôn Moreno, Paulo Da Silva Nunes, Guillermo Ossana, Laura Paredes, Pablo Pinto, Pablo Plandolit, Dario Quintero, Agustín Toscano.

Ano: 2023

Sinopse: Os bancários Morán e Román questionam a tediosa rotina que levam no centro de Buenos Aires. Um deles encontra uma solução e comete um crime em busca de uma vida melhor. Esta decisão leva a uma mudança radical na vida dos dois colegas e compromete para sempre o destino de ambos.

Nota do CINEVITOR:

E Depois?

por: Cinevitor

The After

Direção: Misan Harriman

Elenco: David Oyelowo, Jessica Plummer, Amelie Dokubo, Ellen Francis, Sule Rimi, Tara-Binta Collins, Izuka Hoyle, Dominique Tipper, Nikesh Patel, Ravi Singh, Ruth Sheen, Alan Williams, Dan Griffiths.

Ano: 2023

Sinopse: Um crime violento vira de cabeça para baixo a vida de um homem e ele mergulha no novo trabalho de motorista de aplicativo. Mas, chega uma passageira que muda tudo e o ajuda a confrontar o passado.

Nota do CINEVITOR:

Guto Parente apresenta Estranho Caminho na 47ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Equipe reunida na apresentação do filme

Depois de ser consagrado no Festival de Cinema de Tribeca e premiado no Festival do Rio, o longa cearense Estranho Caminho, de Guto Parente, de Inferninho, foi exibido na 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo nesta terça-feira, 24/10, no Reserva Cultural.

O longa é um drama fantástico que acompanha a trajetória de David, papel de Lucas Limeira, um jovem cineasta que, ao visitar sua cidade natal, Fortaleza, é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia de Covid-19 e se vê obrigado a procurar o pai, Geraldo, interpretado por Carlos Francisco, um sujeito peculiar com quem não fala ou tem notícias há mais de dez anos. Após o reencontro dos dois, coisas estranhas começam a acontecer.

O elenco conta com Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene, Fab Nardy, Noá Bonoba, Jennifer Joingley, Déo Cardoso, Larissa Goés, Mumutante, Solon Ribeiro, David Santos, Pedro Breculê e Gabriel de Sousa.

Para apresentar a sessão na 47ª Mostra de São Paulo, Guto Parente contou com a presença de alguns integrantes da equipe, como: a produtora Ticiana Augusto Lima; Noá Bonoba, atriz e preparadora de elenco; Linga Acácio, que assina a direção de fotografia; Taís Augusto, diretora de arte; entre outros.

Com a sala lotada, o diretor agradeceu: “Vocês não tem ideia do quanto é emocionante estar numa sala dessas, em uma terça-feira à noite, com tanta gente pra ver o filme. Não existe recompensa maior para nós que fazemos cinema. Muito obrigado!”. A produtora Ticiana Augusto Lima completou: “É muito emocionante estar na Mostra ao lado de tantos outros filmes que gostamos”.

Carlos Francisco em cena: melhor ator coadjuvante no Festival do Rio

A atriz e preparadora de elenco, Noá Bonoba, também discursou antes da sessão: “Nesse filme eu tive o mínimo de condição de trabalho onde consegui trabalhar com tempo e ganhar um dinheiro digno. Isso é o mínimo que o audiovisual brasileiro precisa fazer para nós pessoas trans e travestis”.

Depois da primeira exibição do filme em São Paulo, Guto Parente voltou para participar de um debate com o público ao lado de sua equipe: “A ideia do filme surgiu no dia 1º de abril de 2020. Meu pai faleceu em 2017 e eu senti que precisava fazer um filme para ele e para repensar nossa relação. Quando entramos na pandemia, foi um momento que eu senti que escrever um roteiro manteria minha cabeça sã. Eu nem sabia se faria o filme porque pensar em futuro era algo impossível naquela época”, revelou o diretor.

Sobre o processo de montagem, Ticiana Augusto Lima contou: “Em setembro do ano passado participamos do WIP Latam do Festival de San Sebastián e achávamos que o filme estava pronto. Porém, eu trabalhei como montadora até o filme ser exibido pela primeira vez”. Guto completou: “Tivemos várias etapas de montagem. Primeiro eu trabalhei com o Victor Costa Lopes, que fez Inferninho comigo. Depois eu continuei montando porque não consigo parar de ficar mexendo nos filmes. E depois tivemos uma etapa de montagem nós três: eu, Tici e Taís. Foi um processo longo”.

Questionado sobre referências, Guto falou: “O filme tem uma referência muito direta ao Pickpocket [O Batedor de Carteiras] do Robert Bresson, um filme muito importante na minha vida e que foi tema da minha monografia junto com o cinema do Pedro Costa. Aliás, tem um livro do Pedro Costa de literatura fantástica que aparece no filme”. E continuou: “Tem um grupo de diretores que jogam com essa borda de realidade e fantasia que me interessa muito. A pesquisa de como o cinema pode ser um lugar de transcendência, de abrir portais para outras dimensões. Para mim, Estranho Caminho é muito sobre isso. E me interessa o cinema nesse lugar de conseguir viver experiências que nos tirem de uma lógica mais linear, de uma relação com a realidade concreta mais direta”, finalizou. 

Vale lembrar que Estranho Caminho terá mais uma exibição na 47ª Mostra de São Paulo: terça-feira, 31/10, às 13h30, no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca.

Fotos: Vitor Búrigo/Divulgação.

Gotham Awards 2023: conheça os indicados

por: Cinevitor
Cena do longa Anatomia de uma Queda, com Sandra Hüller

Foram anunciados nesta terça-feira, 24/10, os indicados ao 33º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pelo Gotham Film & Media Institute, anteriormente IFP, Independent Filmmaker Project, que dá início à temporada de premiações.

O anúncio foi realizado em uma live apresentada por Jeffrey Sharp, produtor cinematográfico e diretor executivo do Gotham, e Kia Brooks, vice-diretora do Gotham Film & Media Institute. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 27 de novembro, no Cipriani Wall Street, em Nova York.

Como a primeira grande cerimônia de premiação da temporada, o Gotham Awards reconhece e destaca filmes e séries independentes, assim como seus roteiristas, diretores, produtores e atores. Os candidatos são selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais. Júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolhem os vencedores.

Anteriormente, a premiação revelou que o drama Rustin, que conta a história do ativista Bayard Rustin, receberá o Gotham Cultural Icon & Creator Tribute for Social Justice; o longa Air: A História Por Trás do Logo, de Ben Affleck, será honrado com o Visionary Icon & Creator Tribute; e o ator e diretor Bradley Cooper, de Maestro, será homenageado com o Cultural Icon & Creator Tribute.

Confira a lista completa com os indicados ao Gotham Awards 2023:

MELHOR FILME
A Thousand and One, de A.V. Rockwell
Passagens, de Ira Sachs
Reality, de Tina Satter
Showing Up, de Kelly Reichardt
Vidas Passadas, de Celine Song

MELHOR DOCUMENTÁRIO
20 Dias em Mariupol, de Mstyslav Chernov
Against the Tide, de Sarvnik Kaur
Apolonia, Apolonia, de Lea Glob
As 4 Filhas de Olfa, de Kaouther Ben Hania
Nossos Corpos, de Claire Simon

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França)
Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos (Irlanda/Reino Unido/EUA)
Todos Nós Desconhecidos, de Andrew Haigh (Reino Unido/EUA)
Tótem, de Lila Avilés (México/Dinamarca/França)
Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)

MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO
A.V. Rockwell, por A Thousand and One
Celine Song, por Vidas Passadas
Georgia Oakley, por Blue Jean
Michelle Garza Cervera, por Huesera
Raven Jackson, por All Dirt Roads Taste of Salt

MELHOR ROTEIRO
Anatomia de uma Queda, escrito por Justine Triet e Arthur Harari
R.M.N., escrito por Cristian Mungiu
Segredos de um Escândalo, escrito por Samy Burch
Todos Nós Desconhecidos, escrito por Andrew Haigh
Zona de Interesse, escrito por Jonathan Glazer

MELHOR ATUAÇÃO
Andrew Scott, por Todos Nós Desconhecidos
Aunjanue Ellis-Taylor, por Origin
Babetida Sadjo, por Mon père, le diable
Cailee Spaeny, por Priscilla
Franz Rogowski, por Passagens
Greta Lee, por Vidas Passadas
Jeffrey Wright, por American Fiction
Lily Gladstone, por The Unknown Country
Michelle Williams, por Showing Up
Teyana Taylor, por A Thousand and One

MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE
Charles Melton, por Segredos de um Escândalo
Claire Foy, por Todos Nós Desconhecidos
Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados
Glenn Howerton, por BlackBerry
Jamie Foxx, por Clonaram Tyrone!
Juliette Binoche, por O Sabor da Vida
Penélope Cruz, por Ferrari
Rachel McAdams, por Are You There God? It’s Me, Margaret.
Ryan Gosling, por Barbie
Sandra Hüller, por Zona de Interesse

MELHOR SÉRIE | LONGA
A Small Light (National Geographic)
Anne Rice’s Interview with the Vampire (AMC)
Dead Ringers (Prime Video)
Os Caras do Telemarketing (HBO Max)
The English (Prime Video)
The Last of Us (HBO MAX)

MELHOR SÉRIE | CURTA
Enxame (Amazon Studios)
High School (Amazon Freevee)
Rain Dogs (HBO Max)
Sou de Virgem (Prime Video)
Treta (Netflix)

MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE NOVA
Ali Wong, por Treta
Bel Powley, por A Small Light
Bella Ramsey, por The Last of Us
Chaske Spencer, por The English
Dominique Fishback, por Enxame
Jacob Anderson, por Anne Rice’s Interview with The Vampire
Jharrel Jerome, por Sou de Virgem
Natasha Lyonne, por Poker Face
Rachel Weisz, por Dead Ringers
Steven Yeun, por Treta

Foto: Divulgação.

Filmes sobre Adoniran Barbosa e Sidney Magal são exibidos na 47ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Paulo Miklos e Sidney Magal: música e cinema

A música tomou conta da Cinemateca Brasileira neste domingo, 22/10, durante a 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo com as exibições de Saudosa Maloca, de Pedro Serrano, e Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline.

O longa Saudosa Maloca traz Adoniran Barbosa, interpretado por Paulo Miklos, já no alto de seus 72 anos, narrando ao garçom de um bar histórias de uma São Paulo distante, lembrando com carinho dos amigos Mato Grosso, vivido por Gero Camilo, e Joca, papel de Gustavo Machado, vivendo numa maloca que já não existe mais, e ambos apaixonados por Iracema, interpretada por Leilah Moreno.

Com a ajuda do samba, Adoniran, Joca e Mato Grosso sobrevivem à pobreza e à fome, mas têm seu modo de vida ameaçado quando o bairro do Bixiga começa a passar por transformações vorazes, um sinal de que, se não arrumarem trabalho, podem ser engolidos pelo progresso. À medida que conta suas histórias, Adoniran estreita sua relação com Cícero, papel de Sidney Santiago Kuanza, e ambos são testemunhas do crescimento desenfreado da metrópole, que segue passando por cima de sua gente. A especulação imobiliária e os despejos ainda são as tintas que colorem a paisagem desigual. Combinando drama e fantasia, o longa resgata uma São Paulo lírica do passado que ficou imortalizada nas músicas de Adoniran Barbosa.

O universo de Adoniran não é novidade para o cineasta Pedro Serrano, que em 2015 lançou o curta Dá Licença de Contar, que já trazia o trio central no elenco fazendo os mesmos personagens, e, em 2020, lançou o documentário Adoniran: Meu Nome é João Rubinato. Agora com o longa, ampliou a história do curta trazendo mais elementos do universo do compositor paulista. Além de Saudosa Maloca, o roteiro traz episódios, falas e personagens presentes em diversos sambas do compositor, costurados numa só trama e compondo assim uma crônica social bem humorada da cidade de São Paulo.

Elenco de Saudosa Maloca na roda de samba

O longa tem roteiro de Serrano, Guilherme Quintela e Rubens Marinellie, com consultoria de Lusa Silvestre. O elenco conta também com Paulo Tiefenthaler, Carlos Gimenez, Izak Dahora, Zemanuel Piñero, Ney Piacentini, Noemi Marinho, Leiza Maria, Tassia Cabanas, Guilherme Rodio, Dagoberto Feliz, Raimundo Moura, Victor Salomão, Guilherme Conceição, Rodrigo Mazzoni, Eduardo Zanotti, Fabio Carvalho, Nataly Cabanas, Bruno Faldini e Alex Mazzanti

O Domingo Musical começou na Cinemateca Brasileira com uma roda de samba comandada por Everson Pessoa, integrante da banda Demônios da Garoa, com músicas de Adoniran Barbosa. Ao longo da apresentação, que aconteceu antes da exibição, integrantes do elenco, como Paulo Miklos, Gustavo Machado e Leilah Moreno, cantaram algumas músicas e agitaram o público.

Já no palco, o diretor Pedro Serrano discursou: “Hoje é uma noite que encerra um ciclo de nove anos e a Mostra tem participação desde o começo. Em 2015, exibimos o curta Dá Licença de Contar. A recepção do público foi maravilhosa e isso impulsionou nossa ideia de virar um longa. O cinema é muito difícil e anos depois desse lançamento na Mostra, estamos aqui, de novo, apresentando o longa nesse evento que mora no coração de todo mundo que gosta de cinema”.

Depois de Saudosa Maloca, foi a vez de Meu Sangue Ferve por Você, longa de Paulo Machline que conta a história de amor entre Sidney Magal e Magali West, uma paixão à primeira vista que aconteceu em 1982 e segue viva até os dias de hoje. A produção é assinada pela Mar Filmes e Amaia Produções e a distribuição será da Manequim Filmes, com previsão de estreia para março de 2024.

Protagonizado por Filipe Bragança e Giovana Cordeiro, nos papéis do casal, o filme é um musical colorido e vibrante, repleto de ginga e bom humor; os próprios Sidney Magal e Magali aparecem em uma participação especial. O longa tem a produção assinada por Joana Mariani e Diane Maia, e roteiro final de Roberto Vitorino; o elenco conta ainda com Caco Ciocler, Emanuelle Araujo, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes, Pablo Morais e Tânia Toko.

Protagonistas cantam clássicos de Sidney Magal 

No palco, Sidney Magal foi ovacionado pelo público durante a apresentação: “Desde o momento em que Joana, Diane e Paulo se interessaram pelo filme eu vi brilho nos olhos deles. E é isso que eu faço a minha vida inteira: provocar o brilho nos olhos de vocês e também no coração. Quando eu vi o filme pela primeira vez, me coloquei no lugar do público. Me emocionei e fiquei muito agradecido por tanto carinho, principalmente do elenco”.

Os protagonistas também discursaram: “Que lindo ver essa sessão lotada nesse lugar tão importante para o nosso cinema. É muito emocionante estar aqui hoje!”, disse Filipe Bragança. Giovana Cordeiro completou: “Esse projeto atravessou muitos momentos da nossa cultura, muitos momentos de insegurança. Então, estar aqui, realizando isso com toda essa equipe é muito gratificante. Uma felicidade imensa! Eu espero muito que vocês gostem do resultado dessa grande alegria que foi contar a história de Sidney Magal”.

Emanuelle Araujo também marcou presença na Cinemateca Brasileira: “Eu sou fã do Sidney Magal desde que tenho cinco anos de idade. Foi uma alegria imensa fazer parte de um filme que reverencia esse grande artista da nossa música e cultura brasileira”.

Ao final da sessão, Magal, Filipe e Giovana voltaram ao palco e cantaram clássicos como Tenho e Meu Sangue Ferve por Você; Emanuelle Araujo se juntou ao grupo depois: “É realmente muito especial. Tem pessoas aqui que acompanham minha carreira há 50 anos e eu tenho certeza de que se elas estão emocionadas e vibrando, vocês também curtiram. Eu choro copiosamente quando assisto. Essa história de amor é totalmente verdadeira. O meu trabalho e as minhas músicas representam um pouquinho na cabeça e no coração de cada pessoa”, finalizou Magal.

*Clique aqui e confira alguns trechos das apresentações

Fotos: Claudio Pedroso.

Conheça os curtas-metragens paraibanos selecionados para o 18º Fest Aruanda

por: Cinevitor
Cena do curta Abrição de Portas, de Jaime Guimarães

A 18ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 6 de dezembro, em João Pessoa, na Paraíba, anunciou os curtas-metragens paraibanos selecionados para a mostra competitiva Sob o Céu Nordestino e também a identidade visual desta edição comemorativa dos 18 anos do festival.

Neste ano, foram sete curtas-metragens paraibanos selecionados e que disputarão o Troféu Aruanda: “Um ponto a ser destacado e valorizado na seleção é a interiorização da produção, com três filmes produzidos no interior, três em Campina Grande e um na capital, João Pessoa. Há também que salientar a preocupação dos realizadores, novatos e diretores mais experientes, em tratar de assuntos diversos que vão da luta pela terra, ao feminicídio, a discussão de gênero nas tradicionais quadrilhas, a valorização da cultura de reisado e de personagens do meio artístico paraibano, como Jackson do Pandeiro e Anayde Beiriz; e a ludicidade entre o que tem que prevalecer, a razão ou a emoção. São filmes que olham o passado como formação e orientação para os desafios do presente, que são imensos e urgentes”, disse o curador e diretor artístico do Fest Aruanda, Amilton Pinheiro.

Lúcio Vilar, fundador e diretor-executivo do festival, completou: “Mais uma vez o curta-metragem paraibano cumpre seu papel histórico como expressão relevante de nossa cinematografia e, apesar de vivermos uma entressafra, até pela falta de editais como Walfredo Rodriguez, por exemplo, teremos dez curtas locais nas duas mostras competitivas (nacional e nordestina)”.

Sobre a identidade visual deste ano, Vilar destacou o fato do aniversário do festival contemplar como homenageados os atores naturais que participaram do ­filme Aruanda (1960), de Linduarte Noronha, que inspirou o nome do próprio evento. O cinema que ensina o mundo a enxergar o Brasil é o conceito deste ano, que reforça o papel do cinema brasileiro em mostrar essa brasilidade para todo o mundo e ao mesmo tempo resgata a importância histórica dos ­filmes que, de fato, ajudaram o mundo a enxergar o Brasil, como é com o caso de Aruanda e de tantas outras obras-primas do Cinema Novo nos anos 1960.

Para essa temática, foi reimaginada uma paleta de cores que poderia fazer parte do cenário real do ­filme. Uma paleta de cores quente e de matriz acentuadamente nordestina que ajuda a compor o clima de homenagem ao Aruanda de uma forma mais moderna, contemporânea e atual. Clique aqui e confira.

“A peça principal foi composta a partir de uma releitura de uma cena emblemática do ­filme, onde todos os elementos estão representados: os atores, o pote de barro, que é marca do festival, e a composição de cena que é uma clara alusão à obra”, disse o fundador do festival para justificar o projeto gráfico assinado pela agência Mud Comunicação, de João Pessoa. Além disso, a edição irá celebrar os 100 anos do primeiro longa-metragem paraibano: Carnaval Paraibano e Pernambucano, de Walfredo Rodriguez, produzido em 1923.

Conheça os curtas paraibanos selecionados para o Fest Aruanda 2023:

Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Campina Grande)
Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia)
Flor dos Canaviais, de Lívio Brandão e Lucas Machado (Alhandra)
Flora, a Mãe do Rei, de Geóstenys de Melo Barbosa (Alagoa Grande)
O Orgulho Não é Junino, de Dimas Carvalho (Campina Grande)
Pantera dos Olhos Dormentes, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (João Pessoa)
Para Onde Eu Vou?, de Fabi Melo (Campina Grande)

Foto: Divulgação.

Maeve Jinkings apresenta Pedágio, de Carolina Markowicz, na 47ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Carolina Markowicz e Maeve Jinkings na exibição do filme

Depois de passar pelos festivais de Toronto, San Sebastián e levar quatro prêmios no Festival do Rio, Pedágio, segundo longa-metragem de Carolina Markowicz, foi exibido pela primeira vez em São Paulo nesta sexta-feira, 20/10, no CineSesc, na Mostra Brasil da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Estrelado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, a trama mostra Suellen, uma cobradora de pedágio que percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro. O longa é um retrato da opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ diante das incoerências e atrocidades promovidas por alguns setores da sociedade, de forma mais explícita nos últimos anos.

A diretora Carolina Markowicz, que recebeu o TIFF Emerging Talent Award no Festival de Toronto deste ano, apresentou o filme ao lado de vários integrantes da equipe, entre eles, os protagonistas e a produtora Karen Castanho: “Estou muito honrada por estar aqui com grande parte da equipe do filme. É uma noite muito especial apresentar o filme em casa”, disse a cineasta, que no ano passado também passou pela Mostra com Carvão.

Em entrevista ao CINEVITOR antes da sessão, Maeve Jinkings falou sobre sua parceria com Markowicz: “Estamos na primeira sessão de Pedágio aqui em São Paulo, na Mostra, que eu tenho muito carinho. É muito emocionante e até difícil falar de Pedágio sem falar da trajetória de Carvão, que é o primeiro longa da Carolina. São dois filmes que fizemos em um espaço muito curto. Eu, como atriz, quando fui fazer Pedágio ainda não sabia exatamente o que funcionava e o que não funcionava em termos de linguagem. E eu digo isso porque a linguagem da Carolina é algo que eu nunca tinha feito, que vejo muito pouco no audiovisual brasileiro e que gostaria de ver com mais frequência, que traz esse humor ácido. Inclusive dando conta de temas muito densos”.

E completou: “Eu sinto que a chegada de Pedágio, de alguma maneira, consolida a recepção de Carvão. Consolida o entendimento do público sobre a linguagem da Carolina. Eu tô curiosa pra ver como que o público vai reagir. Acima de tudo, perceber como o radar de um artista é uma coisa poderosa. É um espelho, uma chance de uma nação, de uma cultura se ver”.

Maeve também falou sobre a cura gay, já que a produção conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”: “Cura gay é um nome patético para um ritual perverso. Não existe cura onde não há doença. Como parte da comunidade LGBTQIA+, eu acho que rir do patético não é rir da comunidade e nem da dor de quem sofre esse tipo de tortura. Mas é deixar muito claro onde está o patético. Patético é você inventar uma doença. Isso, sim, é para ser ridicularizado. A Carolina se apropria disso, que é usado como entretenimento no meio conservador, e reverte para o patético”. Clique aqui e confira a entrevista completa com a atriz. 

Pedágio, que conta também com Thomás Aquino, Aline Marta Maia e Isac Graça no elenco, tem produção da Biônica Filmes e O Som e a Fúria, com coprodução da Globo Filmes e Paramount Pictures; a distribuição é da Paris Filmes. A próxima sessão do filme na Mostra de São Paulo será na terça-feira, 24/10, às 17h40, no Reserva Cultural.

Foto: Alex Gonçalves.

10º Recifest: conheça os vencedores do Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero

por: Cinevitor
Os vencedores no palco do Cine Teatro do Parque

Foram anunciados nesta sexta-feira, 20/10, no Cine Teatro do Parque, no Recife, os vencedores da décima edição do Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero, que fez jus à história do evento e prezou pela diversidade nas escolhas dos premiados.

Foram várias categorias com curtas de diversos estados consagrados com o Troféu Rutílio de Oliveira, como Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Pernambuco. O júri deste ano foi formado por Patrício Jr., Sharlene Esse e Isabela Cribari; já o júri popular contou com 361 votantes virtuais.

Esta edição faz uma homenagem à memória do ator, diretor e produtor de elenco Rutílio de Oliveria (in memoriam), um dos fundadores do festival e responsável por plantar as sementes da representatividade e da igualdade no cenário cinematográfico brasileiro anos atrás.

“Nós estamos muito felizes. Éramos universitários quando fizemos esse curta, estamos começando nessa jornada dos filmes ainda e de viver de arte também. Abrindo o coração e acreditando nas coisas. E essa equipe inteira fez acreditando na beleza desse filme e eu acredito que conseguimos passar esse carinho pra vocês”, disse Malu Rizzo, diretora do curta De noite, na cama.

Carla Francine, diretora artística do Recifest, destacou a importância do público para o festival: “Só temos a agradecer todas as pessoas que apoiaram esse festival ao longo dos últimos dias porque é uma luta muito grande, um desafio enorme fazer o Recifest e a gente encontra sentido nessa troca com vocês”. Mauro Lima, produtor do festival, completou: “O Recifest vai além de um festival de cinema. É um projeto político que defende a causa LGBTQIA+ em Pernambuco, que infelizmente ainda mantém o dado de maior índice de mortalidade de mulheres trans, homens trans, gays, lésbicas e isso é muito triste”.

Já a diretora geral do festival, Rosinha Assis, estendeu os agradecimentos aos trabalhadores do audiovisual: “Agradecemos especialmente a todos os realizadores que mandam seus filmes para o festival. Nós não conseguimos mensurar quantos filmes já exibimos nesses 10 anos do Recifest e é sempre muito emocionante. Então, viva a arte! Sem arte, a vida não tem sentido”.

No início da noite, uma conversa com os curadores do festival explicou os processos de seleção e o recorte das escolhas dos filmes que compuseram as mostras do festival. Ander Beça representou seus colegas, Chico Ludermir e Mariana Souza, e detalhou quais os critérios foram utilizados na hora de selecionar os participantes.

Além disso, o longa-metragem convidado Máquina do Desejo, de Joaquim Castro e Lucas Weglinski, foi exibido na última noite e emocionou ao retratar a trajetória de 60 anos de luta e resistência do Teatro Oficina Uzyna Uzona, além de celebrar o legado do seu mentor o icônico Zé Celso Martinez. O filme é construído a partir do acervo audiovisual da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona que ultrapassa os palcos e penetra na história do Brasil influenciando inúmeros artistas e movimentos artísticos que surgiram.

Vale destacar que o Recifest segue com suas atividades: entre os dias 22 e 28 de outubro, o festival levará, de forma itinerante, atividades para escolas públicas, penitenciárias e centros sociais do Recife e Vicência. Além disso, na segunda-feira, 23/10, haverá uma Mostra Retrospectiva no cinema da UFPE com filmes marcantes que já foram exibidos em outras edições do festival.

Conheça os vencedores da 10ª edição do Recifest:

MELHOR FILME PERNAMBUCANO | JÚRI OFICIAL
Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva

MELHOR FILME NACIONAL | JÚRI OFICIAL
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)

MELHOR FILME NACIONAL | JÚRI POPULAR
Aceso, de Elissa de Brito (SP)

MELHOR FILME PERNAMBUCANO | JÚRI POPULAR
De noite, na cama, de Malu Rizzo

MELHOR DIREÇÃO
Renato Sircilli, por Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo

MELHOR ROTEIRO OU ARGUMENTO
A Vida Secreta de Delly, escrito por Marlom Meirelles

MELHOR INTERPRETAÇÃO
Paulo Goya e Wilson Rabelo, por Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo

MELHOR PRODUÇÃO
Yannick Beauquis e Quentin Brayer, por L’Esquisse

MELHOR FOTOGRAFIA
Arapuca, por Thiago Amaral

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
L’Esquisse, por Tomas Cali

MELHOR SOM
Transviar, por Gisele Bernardes

MELHOR MONTAGEM
O Fim da Imagem, por Arthur Tuoto

MENÇÃO HONROSA
De noite, na cama, de Malu Rizzo (PE)
Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA)

Foto: Heudes Regis.