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52º Annie Awards: brasileiro Fabio Lignini, de Robô Selvagem, é premiado no Oscar da animação

por: Cinevitor
Fabio Lignini: brasileiro premiado por Robô Selvagem

Foram anunciados neste sábado, 08/02, no Royce Hall da UCLA, em Los Angeles, os vencedores da 52ª edição do Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society.

O longa Robô Selvagem, de Chris Sanders, que liderava a lista com dez indicações, foi o grande vencedor com oito prêmios, entre eles, o de melhor animação; Flow, de Gints Zilbalodis, aparece na sequência com dois troféus.

Entre os premiados, vale destacar a presença do brasileiro Fabio Lignini, que venceu na categoria de melhor animação de personagem em animação por Robô Selvagem. No palco, ele agradeceu: “Muito obrigado por acreditarem em mim e por terem me dado o Roz [personagem] para supervisionar. Chris Sanders, nosso diretor, você é um diretor muito inspirado e inspirador. Você quis o nosso melhor e sabíamos que estávamos fazendo algo muito especial. Sou grato por isso. Obrigado, DreamWorks, por ser minha casa há 30 anos. Enalteço também todos os animadores que trabalharam em Robô Selvagem. O talento, a paixão e a crença de vocês no projeto me inspiraram o tempo todo. Eu compartilho esse prêmio com vocês. Muito obrigado!”.

Lignini já tinha sido premiado, em 2015, por Como Treinar o Seu Dragão 2 e já trabalhou em diversos outros filmes de sucesso, como: Gato de Botas 2: O Último Pedido, Os Croods 2: Uma Nova Era, O Príncipe do Egito, O Espanta Tubarões, Bee Movie: A História de uma Abelha, Os Pinguins de Madagascar, Kung Fu Panda 3, entre outros.

Fundada em 1960, a ASIFA-Hollywood premiava os melhores nomes da animação simbolicamente, até criar a cerimônia oficial em 1972. O prêmio de melhor animação cinematográfica só surgiu na 20ª edição do evento, em 1992, que consagrou A Bela e a Fera.

Conheça os vencedores nas categorias de cinema do Annie Awards 2025:

MELHOR ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, de Chris Sanders

MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE
Flow, de Gints Zilbalodis

MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO
Chris Sanders, por Robô Selvagem

MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO
Flow, escrito por Gints Zilbalodis e Matīss Kaža

MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO
Lupita Nyong’o, por Robô Selvagem

MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM
Wander to Wonder, de Nina Gantz

MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL
Adiós, de José Prats

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS DE ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, por Derek Cheung, Michael Losure, David Chow, Nyoung Kim e Steve Avoujageli

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, por Fabio Lignini

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM LIVE-ACTION
Planeta dos Macacos: O Reinado, por Christian Kickenweitz, Aidan Martin, Allison Orr, Radiya Alam e Howard Sly

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, por Genevieve Tsai

MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, por Kris Bowers

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, por Raymond Zibach e Ritchie Sacilioc

MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO
Meu Malvado Favorito 4, por Habib Louati

MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO
Robô Selvagem, por Mary Blee, Collin Erker, Orlando Duenas, Lucie Lyon e Brian Parker

MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL
Orion e o Escuro, de Sean Charmatz

Foto: Reprodução YouTube.

Prêmio Goya 2025: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é eleito o melhor filme ibero-americano no Oscar espanhol

por: Cinevitor
Walter Salles e Fernanda Torres nos bastidores de Ainda Estou Aqui

Foram anunciados neste sábado, 08/02, em Madri, os vencedores do Prêmio Goya, ou Premios Goya, no original, evento realizado pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol.

O drama biográfico El 47, dirigido por Marcel Barrena, que liderava a lista com 14 indicações, se destacou com cinco prêmios, entre eles, o de melhor filme, que foi dividido com La infiltrada, de Arantxa Echevarría, em um empate.

Neste ano, o Brasil se destacou com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, eleito o melhor filme ibero-americano; é a primeira vez que um filme brasileiro é premiado no Goya. O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, que trabalhou com Salles em Diários de Motocicleta e ganhou o Oscar de melhor canção original por Al otro lado del río, recebeu o prêmio em nome da equipe. Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. 

No palco, Drexler leu uma mensagem de Walter Salles: “Estou profundamente agradecido porque este prêmio é muito especial para nós. Não só por ser a primeira vez que um filme brasileiro é indicado, mas é uma grande honra por toda a admiração que eu tenho pela cultura ibero-americana como um todo, pela admiração que tenho pela cinematografia espanhola desde Buñuel, assim como por tantos outros cineastas que influenciaram minha formação. Dedico este prêmio ao cinema brasileiro, para Eunice Paiva e toda sua família, para Fernanda Montenegro e Fernanda Torres”.

A cerimônia, apresentada por Maribel Verdú e Leonor Watling, contou também com homenagens: a atriz espanhola Aitana Sánchez-Gijón recebeu o Goya de Honor; e o ator americano Richard Gere foi honrado com o Goya Internacional, que foi entregue pelo amigo Antonio Banderas. Em seu discurso, disse: “Nós, atores, somos muito loucos. Essa é a coisa boa que temos, que ainda somos meninos e meninas. Gostamos de histórias”. A noite também lembrou a trajetória da consagrada atriz Marisa Paredes, que morreu em dezembro do ano passado.

Outro momento marcante foi a celebração dos 20 anos da estreia do longa Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, que ganhou o Oscar de melhor filme internacional em 2005. O diretor e integrantes do elenco, como Javier Bardem, Lola Dueñas, Tamar Novas e Belén Rueda, se reencontraram no palco: “Sua maior recompensa foi fazer com que as pessoas começassem a falar sobre o direito de morrer com dignidade”, disse Amenábar. Com 14 prêmios no Goya, é o filme mais premiado da história da premiação espanhola.

Conheça os vencedores do Prêmio Goya 2025:

MELHOR FILME
El 47 e La infiltrada

MELHOR DIREÇÃO
Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, por Segundo premio

MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE
Javier Macipe, por La estrella azul

MELHOR ATOR
Eduard Fernández, por Marco

MELHOR ATRIZ
Carolina Yuste, por La infiltrada

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Salva Reina, por El 47

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Clara Segura, por El 47

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Casa en flames, escrito por Eduard Sola

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
O Quarto ao Lado, escrito por Pedro Almodóvar

ATOR REVELAÇÃO
Pepe Lorente, por La estrella azul

ATRIZ REVELAÇÃO
Laura Weissmahr, por Salve Maria

MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
El 47, por Carlos Apolinario

MELHOR FOTOGRAFIA
O Quarto ao Lado, por Edu Grau 

MELHOR MONTAGEM
Segundo premio, por Javi Frutos 

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Virgem Vermelha, por Javier Alvariño

MELHOR FIGURINO
A Virgem Vermelha, por Arantxa Ezquerro

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
Marco, por Karmele Soler, Sergio Pérez Berbel e Nacho Díaz

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Los Almendros, por Antón Álvarez e Yerai Cortés (La guitarra flamenca de Yerai Cortés)

MELHOR SOM
Segundo premio, por Diana Sagrista, Eva Valiño, Alejandro Castillo e Antonin Dalmasso

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
El 47, por Laura Canals e Iván López Hernández

MELHOR ANIMAÇÃO
Mariposas Negras, de David Baute

MELHOR DOCUMENTÁRIO
La guitarra flamenca de Yerai Cortés, de C. Tangana

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)

MELHOR FILME EUROPEU
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
La gran obra, de Àlex Lora

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Semillas de Kivu, de Carlos Valle e Néstor López

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Cafunè, de Carlos Fernández de Vigo e Lorena Ares

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

Festival de Roterdã 2025 anuncia vencedores; Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é premiado pelo público

por: Cinevitor
Selton Mello, Guilherme Silveira e Cora Mora no brasileiro Ainda Estou Aqui

Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/02, no De Doelen, os vencedores da 54ª edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), considerado um dos maiores do mundo e que destaca talentos cinematográficos dirigidos por novos cineastas.

O melhor filme da Tiger Competition, a principal mostra competitiva, eleito pelo júri formado por Yuki Aditya, Winnie Lau, Peter Strickland e Andrea Luka Zimmerman, foi o documentário Fiume o morte!, dirigido por Igor Bezinović. A justificativa diz: “Embora seja um filme brincalhão e travesso, ele apresenta um espelho para os nossos dias atuais”.

Na mostra Big Screen Competition, que faz a ponte entre o cinema popular, clássico e de arte, o júri, formado por Bero Beyer, Dewi Reijs, Jia Zhao, Sara Rajaei e Digna Sinke, escolheu o drama Raptures, de Jon Blåhed. A justificativa diz: “O prêmio vai para um filme que explora temas de moralidade, família, resiliência e dogma, um filme em camadas que encapsula uma história muito local e talvez pouco conhecida em um tema profundamente universal. Impulsionado por um papel principal complexo, o filme é incrivelmente filmado, literalmente compondo sua própria linguagem. Um filme que faz perguntas dolorosas que eram relevantes há quase um século e, como se vê, são ainda mais relevantes hoje”.

No dia seguinte à cerimônia de premiação, o festival holandês divulgou em suas redes sociais o grande vencedor do Prêmio do Público: o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, o filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

Além disso, o cinema brasileiro também marcou presença com outras produções nesta 54ª edição, como: os curtas Fale a ela o que me aconteceu, de Pethrus Tibúrcio; Quem se move, de Stephanie Ricci; Tragédia, de Bernardo Zanotta, uma coprodução entre Holanda, Brasil e França; e Bisagras, de Luis Arnías, uma coprodução entre Estados Unidos, Senegal e Brasil. Na mostra Harbour, apresentou o longa Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. E mais: Caigan las rosas blancas!, de Albertina Carri, uma coprodução com a Argentina e a Espanha, na Big Screen Competition; e Levante, de Lillah Halla, premiado na edição passada, na mostra Education.

Conheça os vencedores do International Film Festival Rotterdam 2025:

TIGER COMPETITION
Melhor Filme: Fiume o morte!, de Igor Bezinović (Croácia/Itália/Eslovênia)
Prêmio Especial do Júri: L’arbre de l’authenticité, de Sammy Baloji (República Democrática do Congo/Bélgica) e Im Haus meiner Eltern, de Tim Ellrich (Alemanha)

BIG SCREEN COMPETITION
Melhor Filme: Raptures, de Jon Blåhed (Suécia/Finlândia)

PRÊMIO FIPRESCI
Fiume o morte!, de Igor Bezinović (Croácia/Itália/Eslovênia)

PRÊMIO NETPAC
Bad Girl, de Varsha Bharath (Índia)

MELHOR FILME | JÚRI JOVEM
The Visual Feminist Manifesto, de Farida Baqi (Síria/Líbano/Alemanha/Suécia/Holanda)

TIGER SHORT AWARDS
A Metamorphosis, de Lin Htet Aung (Mianmar)
Temo Re, de Anka Gujabidze (Geórgia)
Merging Bodies, de Adrian Paci (Itália)

EUROPEAN SHORT FILM AWARDS NOMINATION
La durmiente, de Maria Inês Gonçalves (Portugal/Espanha)

PRÊMIO KNF | CURTA-METRAGEM
Temo Re, de Anka Gujabidze (Geórgia)

PRÊMIO DO PÚBLICO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)

Foto: Alile Dara Onawale.

Critics Choice Awards 2025: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Demi Moore: melhor atriz por A Substância

Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/02, os vencedores da 30ª edição do Critics Choice Awards, importante premiação que elege os melhores da TV e do cinema e é realizada pela Broadcast Film Critics Association, maior organização de críticos americanos e canadenses, que conta com mais de 600 membros.

Neste ano, Anora, de Sean Baker, foi eleito o melhor filme. Emilia Pérez, de Jacques Audiard, e Wicked, de Jon M. Chu, também se destacaram e levaram três prêmios cada. O Brasil estava na disputa na categoria de melhor filme estrangeiro com o consagrado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles; mas, infelizmente, perdeu para o francês Emilia Pérez.

Assim como no Globo de Ouro, Demi Moore, eleita melhor atriz por A Substância, fez um discurso inspirador: “Esta foi uma jornada tão louca que eu nunca poderia imaginar estar aqui. Está muito além do que eu esperava. Para qualquer um que ainda esteja em sua jornada, que ainda esteja lutando para encontrar seu caminho porque ainda não aconteceu… não significa que não esteja acontecendo. Os sonhos se tornam realidade”.

A surpresa da noite ficou por conta do prêmio de melhor direção. Ao subir no palco para apresentar o nome consagrado, Orlando Bloom contou que nos últimos anos o vencedor desta categoria no Critics Choice também levou o Oscar. Porém, Jon M. Chu, premiado por Wicked, foi esnobado pela Academia. Em seu discurso, brincou: “Eu vou ganhar esse Oscar… Eu não fui indicado, eu não fui indicado”.

Nas categorias televisivas, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Hacks, Ninguém Quer, Falando a Real, Matlock, Bebê Rena, Pinguim e O Casal Perfeito se destacaram. O Brasil estava na disputa na categoria de melhor série estrangeira com Senna, mas, infelizmente, perdeu para Round 6.

A cerimônia, inicialmente marcada para acontecer no dia 12 de janeiro, teve sua data alterada por conta dos incêndios em Los Angeles. E mais: as votações foram encerradas no dia 10 de janeiro; sendo assim, as últimas polêmicas de Hollywood envolvendo Emilia Pérez, por exemplo, não afetaram os resultados finais.

Conheça os vencedores do 30º Critics Choice Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME
Anora, de Sean Baker

MELHOR ATOR
Adrien Brody, por O Brutalista

MELHOR ATRIZ
Demi Moore, por A Substância

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Maisy Stella, por Meu Eu do Futuro

MELHOR ELENCO
Conclave

MELHOR DIREÇÃO
Jon M. Chu, por Wicked

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Substância, escrito por Coralie Fargeat

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Conclave, escrito por Peter Straughan

MELHOR FOTOGRAFIA
Nosferatu, por Jarin Blaschke

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Wicked, por Nathan Crowley e Lee Sandales

MELHOR EDIÇÃO
Rivais, por Marco Costa

MELHOR FIGURINO
Wicked, por Paul Tazewell

MELHOR PENTEADO E MAQUIAGEM
A Substância, por Stéphanie Guillon, Frédérique Arguello e Pierre-Olivier Persin

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Duna: Parte Dois, por Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer

MELHOR FILME DE COMÉDIA
A Verdadeira Dor e Deadpool & Wolverine

MELHOR ANIMAÇÃO
Robô Selvagem

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)

MELHOR FILME PARA TV ou STREAMING
Rebel Ridge, de Jeremy Saulnier

MELHOR CANÇÃO
El Mal, por Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón e Camille (Emilia Pérez)

MELHOR TRILHA SONORA
Rivais, por Trent Reznor e Atticus Ross

Foto: Kevin Winter/Getty Images.

Set Decorators Society of America: conheça os vencedores do SDSA Film Awards 2024

por: Cinevitor
Cynthia Erivo e Ariana Grande em Wicked: filme premiado

Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/02, os vencedores da sétima edição do SDSA Awards, realizado pela Set Decorators Society of America, que celebra a excelência na arte da decoração de cenários em produções cinematográficas e televisivas.

Além das categorias específicas de melhor decoração de cenário, a premiação também elege o melhor filme segundo seus votantes. Neste ano, Conclave, de Edward Berger, foi o escolhido. E mais: a grande homenageada deste ano foi a cenógrafa K. C. Fox, indicada ao Emmy por A Trajetória do Sucesso, que faleceu em 2024.

A Set Decorators Society of America é uma associação sem fins lucrativos que preserva o legado da arte da decoração de cenários em filmes e televisão desde sua fundação em 1993. Dedica-se à preservação do passado, à celebração das conquistas atuais e à garantia de um futuro de sucesso para aqueles que escolhem esta profissão.

Os decoradores de cenário (set decorators) são chefes de departamento e membros da equipe de design para filmes, televisão e comerciais. Eles colaboram junto com o designer de produção (conhecidos como diretores de arte no Brasil), diretor, produtores e outros colegas, como diretores de fotografia e figurinistas, em relação ao design, cor, iluminação e considerações práticas para cada cenário no projeto. Os decoradores de cenários e suas equipes pesquisam, propõem, fornecem, projetam, constroem e adquirem uma vasta gama de objetos necessários para decorar os cenários.

Com a equipe de decoração que contratam, eles garantem que cada cenário, seja em locação ou estúdio, interior ou exterior, baseado em fantasia ou realidade, seja decorado de acordo com os parâmetros de cada projeto. Na estrutura do cinema brasileiro, esta função muitas vezes é realizada pelo próprio diretor de arte, assistentes ou cenógrafos.

Conheça os vencedores do SDSA Film Awards 2024:

MELHOR DECORAÇÃO DE CENÁRIO | FILME DE ÉPOCA
Um Completo Desconhecido, por Regina Graves (set decoration) e François Audouy (design de produção)

MELHOR DECORAÇÃO DE CENÁRIO | FANTASIA ou FICÇÃO CIENTÍFICA
Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, por David Morison e Lori Mazuer (set decoration) e Mark Scruton (design de produção)

MELHOR DECORAÇÃO DE CENÁRIO | COMÉDIA ou MUSICAL
Wicked, por Lee Sandales (set decoration) e Nathan Crowley (design de produção)

MELHOR FILME
Conclave, por Cynthia Sleiter (set decoration) e Suzie Davies (design de produção)

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

CDG Awards 2025: conheça os vencedores do prêmio do Sindicato de Figurinistas

por: Cinevitor
Ariana Grande em Wicked: figurino premiado

Foram anunciados nesta quinta-feira, 06/02, em cerimônia apresentada pela atriz e cantora Jackie Tohn, no The Ebell of Los Angeles, os vencedores do CDG Awards, premiação anual realizada pelo Costume Designers Guild, que elege os melhores figurinos da TV e do cinema.

Entre os longas indicados, Conclave, Nosferatu e Wicked foram premiados; os três também disputam o Oscar 2025. Vale lembrar que desde 1999, quando o Sindicato criou sua premiação, a categoria de melhor figurino do Oscar foi para um filme de época a cada ano, exceto em três: Mad Max: Estrada da Fúria (2016), Pantera Negra (2019) e Pantera Negra: Wakanda para Sempre (2023), contrariando a tendência. Pobres Criaturas continuou essa corrida no ano passado, ganhando o Oscar depois de vencer o prêmio do CDG.

Nas categorias televisivas, as séries Hacks e Xógum: A Gloriosa Saga do Japão; o programa The Masked Singer; o comercial Can’t B Broken, da Verizon, protagonizado por Beyoncé, entre outros, também se destacaram.

Nesta 27ª edição, nomes importantes do entretenimento foram homenageados: a atriz Zoe Saldaña, de Emilia Pérez, recebeu o Spotlight Award; a cantora e atriz Janelle Monáe foi honrada com o Vanguard Spotlight Award; a consagrada figurinista Jenny Beavan, vencedora do Oscar por Uma Janela para o Amor, Mad Max: Estrada da Fúria e Cruella, foi honrada com o Career Achievement Award; e o designer de figurinos Salvador Perez, indicado ao Emmy por Abracadabra 2 e The Mindy Project, recebeu o Distinguished Service Award. O figurinista Van Smith, que faleceu em 2006, foi introduzido ao Hall da Fama. Fundado em 1953, o Sindicato de Figurinistas começou com um grupo de 30 pessoas e hoje conta com mais de 1.200 membros.

Conheça os vencedores do Costume Designers Guild Awards 2025 nas categorias de cinema:

EXCELÊNCIA EM FILME CONTEMPORÂNEO
Conclave, por Lisy Christl, Waris Klampfer e Laura Rhi Sausi

EXCELÊNCIA EM FILME DE ÉPOCA
Nosferatu, por Linda Muir, Alima Meyboom e Anna Munro

EXCELÊNCIA EM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA OU FANTASIA
Wicked, por Paul Tazewell, Eleanor Landgrebe e Bobby Soutar

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

Emilia Pérez

por: Cinevitor

Direção: Jacques Audiard

Elenco: Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón, Selena Gomez, Adriana Paz, Edgar Ramírez, Mark Ivanir, Eduardo Aladro, Emiliano Hasan, Gaël Murguia-Fur, Tirso Pietriga, Xiomara Melissa Ahumada Quito, Magali Brito, Jarib dit Javier Zagoya Montiel, Sébastien Fruit, Alejandra Reyes, Anabel Lopez, Daniel Velasco-Acosta, James Gerard, Braulio Gómez Bernal, Stéphane Ly-Cuong, Tulika Srivastava, Jonas Paz-Benavides, Zelda Rittner, Eric Geynes, Lin Chun-Ting, Rose Harlean, Yohan Levy, Daniel Peraldi, Paul Kai Te, Johanna Rebolledo Marin, Alejandra Ambrosi, Karla Lazo, Gabriela Ceceña, Lucile Chriqui, Sarah Gfeller, Luis Gabriel Gonzalez, Loïc Percheron Lazo, Rosario Zamora, Nathalie Saucedo, Marysol Cordourier, Monica Ortiz, Alonso Venegas Flores, Ana Laura Fortuit, Tiphanie Ham, Théo Guarin, Lucas Varoclier, Clara Jimenez, Ángel Romero, Eduardo Lubo, Manuel Sol Mateo.

Ano: 2024

Sinopse: México, hoje. Superqualificada e desvalorizada, a advogada Rita trabalha em uma empresa que prefere encobrir crimes do que servir à justiça. Um dia, ela recebe uma proposta inesperada para ajudar um chefe de cartel a se aposentar e desaparecer. Há anos ele planeja se transformar na mulher que sempre sonhou ser. Livremente adaptado do romance Ecoute, de Boris Razon.

*Filme visto no Festival do Rio 2024

Nota do CINEVITOR:

Prêmio Abraccine 2024: Associação Brasileira de Críticos de Cinema elege os melhores do ano

por: Cinevitor
Fernanda Torres e Walter Salles nos bastidores de Ainda Estou Aqui: filme premiado

Foram anunciados nesta quarta-feira, 05/02, os vencedores do Prêmio Abraccine 2024. O resultado foi revelado em uma transmissão ao vivo no canal da entidade no YouTube com a participação de associados e associadas da Associação Brasileira de Críticos de Cinema, que votaram, definiram e elegeram seus lançamentos favoritos.

Além dos três premiados, escolhidos em uma votação realizada entre mais de 180 críticos e críticas de todas as regiões do país, a Abraccine divulgou também seu TOP 10 de melhores filmes em cada uma das três categorias, a partir da mesma votação e em ordem alfabética de título.

A transmissão foi mediada por Renato Silveira, presidente da entidade, e contou ainda com comentários de Barbara Demerov, Camila Henriques, Francisco Carbone, Nayara Reynaud, Amanda Aouad e Flavia Guerra.

Conheça os vencedores do Prêmio Abraccine 2024:

LONGA-METRAGEM BRASILEIRO

VENCEDOR
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (RJ)

COMPLETAM O TOP 10 EM ORDEM ALFABÉTICA
A Filha do Palhaço, de Pedro Diogenes (CE)
Cidade; Campo, de Juliana Rojas (MS/SP)
Estranho Caminho, de Guto Parente (CE)
Greice, de Leonardo Mouramateus (CE)
Malu, de Pedro Freire (RJ)
Motel Destino, de Karim Aïnouz (CE)
O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA)
Sem Coração, de Nara Normande e Tião (PE)

LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO

VENCEDOR
Anatomia de uma Queda, de Justine Triet (França)

COMPLETAM O TOP 10 EM ORDEM ALFABÉTICA
A Substância, de Coralie Fargeat (Reino Unido/França)
Dias Perfeitos, de Wim Wenders (Japão/Alemanha)
Jurado Nº 2, de Clint Eastwood (EUA)
O Quarto ao Lado, de Pedro Almodóvar (Espanha/EUA/França)
Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos (Irlanda/Reino Unido/EUA/Hungria)
Rivais, de Luca Guadagnino (Itália/EUA)
Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia (Índia/EUA/França)
Vidas Passadas, de Celine Song (EUA/Coreia do Sul)
Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)

CURTA ou MÉDIA-METRAGEM BRASILEIRO

VENCEDORES
Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Quando Aqui, de André Novais Oliveira (MG)

COMPLETAM O TOP 10 EM ORDEM ALFABÉTICA
A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio, de Silvino Mendonça (DF)
Cavaram uma Cova no meu Coração, de Ulisses Arthur (AL)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Fenda, de Lis Paim (CE)
Kabuki, de Tiago Minamisawa (SC)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)

Foto: Adrian Teijido.

Festival de Cannes 2025: Juliette Binoche será presidente do júri da 78ª edição

por: Cinevitor
Juliette Binoche: confirmada no festival francês

A 78ª edição do Festival de Cannes, que acontecerá entre os dias 13 e 24 de maio, acaba de anunciar o nome da consagrada atriz francesa Juliette Binoche como presidente do júri da mostra competitiva de longas-metragens, a principal do evento.

Em comunicado oficial, Binoche, que terá a missão de escolher o vencedor da Palma de Ouro ao lado de seus colegas de júri, disse: “Estou ansiosa para compartilhar essas experiências de vida com os membros do júri e com o público. Em 1985, subi os degraus pela primeira vez com o entusiasmo e a incerteza de uma jovem atriz. Nunca imaginei que voltaria 40 anos depois no papel honorário de presidente do júri. Agradeço o privilégio, a responsabilidade e a necessidade absoluta de humildade”.

Exatamente 40 anos depois de sua primeira aparição no festival, quando exibiu, em 1985, Rendez-vous, de André Téchiné, Juliette Binoche sucederá a diretora americana Greta Gerwig. Assim, pela segunda vez na história de Cannes, uma mulher assumirá o cargo de outra.

Todos os anos, o Festival de Cannes reúne e explora nacionalidades, cinematografias, sensibilidades, gêneros e assuntos. Foi exatamente isso que Juliette Binoche escolheu fazer desde o início de uma carreira que já acumula mais de 70 filmes e 40 anos de curiosidade artística. Quatro décadas depois, ela se tornou uma estrela internacional. Sua jornada instintiva pela cena criativa mundial logo lhe deu uma aura que atraiu cineastas de uma constelação sem fronteiras, como: Michael Haneke (Áustria), David Cronenberg e Abel Ferrara (EUA), Olivier Assayas, Leos Carax e Claire Denis (França), Amos Gitaï (Israel), Naomi Kawase e Hirokazu Koreeda (Japão), Krzysztof Kieślowski (Polônia), Hou Hsiao-hsien (Taiwan), Patricia Riggen (México), entre muitos outros.

Nenhum filme expressa melhor esse apetite sem limites do que Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz em Cannes em 2010. Após seu quinto filme na Seleção Oficial, mais quatro se seguiram, até O Sabor da Vida, de Trần Anh Hùng, em 2023.

Binoche em Cannes, em 2023, na exibição de O Sabor da Vida

Vencedora dos prêmios mais prestigiosos, como Oscar (melhor atriz coadjuvante por O Paciente Inglês), BAFTA (melhor atriz coadjuvante por O Paciente Inglês), César (melhor atriz por A Liberdade é Azul), prêmios nos festivais de Berlim (melhor atriz por O Paciente Inglês) e Veneza (melhor atriz por A Liberdade é Azul), Juliette Binoche também se destacou em diversos trabalhos, como os filmes Perdas e Danos, de Louis Malle, Camille Claudel 1915 e Mistério na Costa Chanel, de Bruno Dumont; as séries The Staircase, Dix pour cent e The New Look; além de peças teatrais, dança, música e pintura.

Além disso, em 2001 foi indicada ao Oscar por seu trabalho em Chocolate, um dos mais aclamados de sua carreira, que também lhe rendeu uma indicação ao SAG Awards. Nas telonas, seguiu com: Invasão de Domicílio, Entre Dois Mundos, Deixe a Luz do Sol Entrar, Acima das Nuvens, A Viúva de Saint-Pierre, A Espera, Caché, Ninguém Deseja a Noite, Os 33, Quem Você Pensa que Sou, Mil Vezes Boa Noite, Vidas Duplas, Cosmópolis, entre muitos outros. Já foi homenageada nos festivais de Locarno, San Sebastián, Cairo, Thessaloniki, Valladolid, Marrakech, Zurich, Lisboa e Málaga; e no Goya e no European Film Awards.

Ao longo de sua carreira, também se destacou em outros momentos: é presidente da European Film Academy, protestou em Cannes contra a prisão de Jafar Panahi, faz parte do movimento #MeToo e também usa sua influência para aumentar a conscientização sobre os perigos ecológicos que ameaçam nosso planeta.

Seus compromissos de longo alcance lembram aqueles de Olivia de Havilland, conhecida por desafiar a onipotência dos estúdios americanos. Essa lenda de Hollywood foi presidente do júri do Festival de Cannes em 1965, passando o bastão pela primeira vez para outra mulher, também uma lenda da Cinecittà, Sophia Loren, há 60 anos. Como em uma longa e bela linhagem familiar, a presidência de Juliette Binoche no festival deste ano celebra e reúne as estrelas do passado.

Fotos: Gisela Schober e Daniele Venturelli/Getty Images.

CINEVITOR #476: Entrevista com Bruna Linzmeyer | Homenagem | 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Bruna Linzmeyer: homenageada com o Troféu Barroco

Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, Bruna Linzmeyer, que transita entre o cinema independente e produções televisivas de grande alcance, foi a grande homenageada da 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes e recebeu o Troféu Barroco.

Nascida em Corupá, Santa Catarina, começou sua trajetória artística aos 16 anos quando se mudou para São Paulo para estudar teatro. Estreou na televisão em 2010, na série Afinal, o que Querem as Mulheres?, de Luiz Fernando Carvalho, e acumula papéis marcantes em novelas como Gabriela (2012), Meu Pedacinho de Chão (2014), Amor à Vida (2013) e Pantanal (2022).

No cinema, Linzmeyer tem uma filmografia significativa, com filmes como Medusa (2023), de Anita Rocha da Silveira, e Cidade; Campo (2024), de Juliana Rojas. Para além dos longas, seu currículo chama atenção por uma substantiva presença de filmes de curta-metragem, coisa rara para uma atriz já consagrada. Ela atuou em Alfazema, de Sabrina Fidalgo, Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Eri Sarmet e Se Eu Tô aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro.

Sua trajetória conta também com os longas Baby, de Marcelo Caetano; A Frente Fria que a Chuva Traz, de Neville d’Almeida; O Filme da Minha Vida, de Selton Mello; e O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues. E mais: a série Notícia Populares, de Marcelo Caetano, exibida no Canal Brasil. Em breve poderá será vista em Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente, série de Marcelo Gomes e Carol Minên, que foi selecionada para o Festival de Berlim deste ano.

Para falar mais sobre esse momento, conversamos com Bruna Linzmeyer durante a 28ª Mostra de Tiradentes. No bate-papo, a atriz falou da alegria de ser homenageada pela primeira vez e contou sobre projetos futuros, entre eles, o longa Virtuosas, de Cíntia Domit Bittar. Além disso, revelou suas expectativas para o cinema brasileiro em 2025 e comentou o sucesso internacional de Ainda Estou Aqui, recentemente indicado ao Oscar.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR esteve em Tiradentes e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Conheça os vencedores do 45º London Critics’ Circle Film Awards

por: Cinevitor
Zoe Saldaña em Emilia Pérez: premiada e homenageada

Foram anunciados neste domingo, 02/02, em cerimônia apresentada pelo crítico de cinema Mark Kermode, no May Fair Hotel, em Londres, os vencedores do London Critics’ Circle Film Awards, prêmio realizado pela The Critics’ Circle, associação que conta com mais de 210 críticos do Reino Unido que se dividem entre teatro, música, filme, dança, artes visuais e livros.

Nesta 45ª edição, Conclave, de Edward Berger, se destacou com dois prêmios. Porém, O Brutalista, de Brady Corbet, que liderava a lista junto com Anora, foi eleito o melhor filme do ano. Vale lembrar que os títulos são automaticamente elegíveis se forem lançados nos cinemas do Reino Unido ou em serviços de streaming de estreia entre meados de fevereiro de 2024 e meados de fevereiro de 2025.

Neste ano, o cinema brasileiro estava na disputa com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na categoria de melhor filme estrangeiro do ano, mas perdeu para o indiano Tudo que Imaginamos como Luz, dirigido por Payal Kapadia.

A atriz Zoe Saldaña, que foi premiada por seu trabalho de coadjuvante em Emilia Pérez, do francês Jacques Audiard, foi homenageada com o Derek Malcolm Award for Innovation, entregue por America Ferrera e Colman Domingo. O ator Daniel Craig recebeu o Dilys Powell Award for Excellence in Film das mãos de Lesley Manville, sua colega em Queer, vinte anos depois de ser premiado pelos críticos como melhor ator britânico do ano por Amor Obsessivo, em 2005.

Conheça os vencedores do 45º London Critics’ Circle Film Awards:

FILME DO ANO
O Brutalista, de Brady Corbet

FILME ESTRANGEIRO DO ANO
Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia (Índia/EUA/França)

DOCUMENTÁRIO DO ANO
No Other Land, de Yuval Abraham, Basel Adra e Hamdan Ballal

ANIMAÇÃO DO ANO
Wallace & Gromit: Avengança, de Merlin Crossingham e Nick Park

FILME BRITÂNICO OU IRLANDÊS DO ANO | PRÊMIO ATTENBOROUGH
Conclave, de Edward Berger

DIREÇÃO DO ANO
RaMell Ross, por Nickel Boys

ROTEIRISTA DO ANO
Jesse Eisenberg, por A Verdadeira Dor

ATRIZ DO ANO
Marianne Jean-Baptiste, por Hard Truths

ATOR DO ANO
Ralph Fiennes, por Conclave

ATRIZ COADJUVANTE DO ANO
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

ATOR COADJUVANTE DO ANO
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor

REVELAÇÃO DO ANO
Mikey Madison, por Anora

INTERPRETAÇÃO DO ANO | ATOR ou ATRIZ BRITÂNICO/IRLANDÊS
Saoirse Ronan, por Blitz e The Outrun

ATOR/ATRIZ JOVEM BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO
Nykiya Adams, por Bird

CINEASTA BRITÂNICO/IRLANDÊS REVELAÇÃO DO ANO | PRÊMIO PHILIP FRENCH
Rich Peppiatt, por Kneecap: Música e Liberdade

CURTA-METRAGEM BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO
Wander to Wonder, de Nina Gantz

TECHNICAL ACHIEVEMENT AWARD
Nickel Boys, por Jomo Fray (fotografia)

DILYS POWELL AWARD FOR EXCELLENCE IN FILM
Daniel Craig

DEREK MALCOLM AWARD FOR INNOVATION
Zoe Saldaña

Foto: Shanna Besson/Pathé Films.

28ª Mostra de Cinema de Tiradentes: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Um Minuto é uma Eternidade para Quem Está Sofrendo: filme premiado

Foram anunciados neste sábado, 01/02, os vencedores do Troféu Barroco da 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, em cerimônia realizada no Cine-Tenda. O filme sergipano Um Minuto é uma Eternidade para Quem Está Sofrendo, de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro, venceu como melhor longa-metragem da Mostra Aurora.

O Júri Jovem, formado por Clara Prado, Duds Tuts, Giulia Belmonte, Otávio Osaki e Sofia Carlos, justificou a escolha por ser “um filme que nos incita à vulnerabilidade que é própria do erro” e que “abre casa, corpo e palavras para toda a significação possível a partir do princípio do desejo”.

O longa-metragem mineiro Deuses da Peste, da dupla Tiago Mata Machado e Gabriela Luíza, foi o vencedor do Prêmio Carlos Reichenbach, concedido pelo Júri Oficial da Mostra Olhos Livres. O time de jurados, composto por Juçara Marçal, Carlos Francisco, Cíntia Gil, Rita Vênus e Paulo Maya, destacou que o filme “começa do meio e não se estabiliza em lugar nenhum, com a coragem de experimentar o desvio”. Além disso, a obra foi elogiada por “usar múltiplas materialidades e ferramentas de linguagem para expandir a percepção da matéria filmada”.

O Júri Popular votou em sua maioria no documentário 3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado, como o melhor longa-metragem. Já o prêmio de melhor curta pelo Júri Popular ficou com Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro.

O Prêmio da Crítica foi para o mineiro Parque de Diversões, de Ricardo Alves Jr. O júri da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, contou com André Guerra, Barbara Demerov e Ismaelino Pinto, e destacou a “originalidade e ousadia ao revelar uma realidade oculta” e a “capacidade de ressignificar um espaço de lazer a partir de uma lógica de prazer em suas múltiplas camadas”.

O Prêmio Helena Ignez, dedicado ao destaque feminino da Mostra e dado pelo Júri Oficial, foi entregue à atriz Ticiane Simões, por sua atuação no curta-metragem Entre Corpos. O júri destacou sua “precisão nos gestos, postura e olhar impenetrável”, comparando sua presença cênica a “um enigma, uma esfinge irresistível”.

Pela Mostra Foco, o Júri Oficial premiou o curta alagoano Entre Corpos, de Mayra Costa, por ser “sensualmente prosaico, numa colagem obsessivamente erótica dos corpos masculinos”. Já o Prêmio Canal Brasil de Curtas foi para Marmita, de Guilherme Peraro, num júri formado pelas jornalistas Viviane Pistache, Elisabetta Mazocoli e Marília Barbosa. Para elas, o curta tem “conexão com a poesia de Manoel de Barros” e é “despretensioso como quem apanha desperdícios, respeitando os seres (des)importantes”.

O júri da Mostra Formação, composto por Ivo Lopes Araújo, Sheila Schvarzman e Eduardo Valente, escolheu Desconstruindo Lene, de Guilherme Maia, como melhor curta. Segundo eles, o filme “enxerga o ambiente acadêmico como um espaço de experiência coletiva de construção” e “afirma-se plenamente no contexto mais amplo da produção audiovisual brasileira”.

Na categoria Work in Progress (WIP) do programa Conexão Brasil CineMundi, A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos, recebeu os prêmios Cinecolor e O2 Pós, em escolha do crítico e programador Roger Koza. Ele defendeu que o filme “investiga cuidadosamente várias personagens sem se apressar a julgá-las” e que “nada é mais necessário do que filmar as condições de possibilidade do pensamento reacionário”. Já o Prêmio Málaga WIP, definido por Walter Tiepelmann, diretor artístico do FIDBA, International Documentary Film Festival, foi para Morte e Vida Madalena, de Guto Parente, por “contar de modo eficaz a construção de laços de amizade, família e amor pelo cinema”.

A cerimônia contou também com o Prêmio Retrato Filmes, que foi para Prédio Vazio, de Rodrigo Aragão, que recebeu um contrato de distribuição no valor de cem mil reais. Além disso, a Universo Produção, em parceria com a plataforma Festival Scope Pro, premiou filmes da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes visando ampliar sua distribuição e visibilidade internacional. O prêmio disponibiliza os filmes para profissionais da indústria, como programadores, distribuidoras e imprensa. Foram premiados 20 filmes, incluindo os longas das mostras Aurora e Olhos Livres, além dos vencedores das mostras Autorias, Foco e Formação, dos prêmios Canal Brasil de Curtas e Helena Ignez e das escolhas do Júri Popular. Prêmios de parceiros, como Mistika, Naymovie, The End, Dot, e o Prêmio Edina Fujii, também foram entregues.

Confira a lista completa com os vencedores da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes:

MELHOR LONGA-METRAGEM | MOSTRA AURORA | JÚRI JOVEM
Um Minuto é uma Eternidade para Quem Está Sofrendo, de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro (SE)

MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR
3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado (BA)

MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro (RJ)

TROFÉU CARLOS REICHENBACH | MELHOR LONGA | MOSTRA OLHOS LIVRES | JÚRI OFICIAL
Deuses da Peste, de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado (SP/MG)

MELHOR CURTA-METRAGEM | MOSTRA FOCO | JÚRI OFICIAL
Entre Corpos, de Mayra Costa (AL)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Marmita, de Guilherme Peraro (PR/SP)

MELHOR LONGA | MOSTRA AUTORIAS | PRÊMIO ABRACCINE
Parque de Diversões, de Ricardo Alves Jr. (MG)

PRÊMIO HELENA IGNEZ | DESTAQUE FEMININO
Ticiane Simões, atriz de Entre Corpos

MELHOR CURTA | MOSTRA FORMAÇÃO
Desconstruindo Lene, de Guilherme Maia (BA)

PRÊMIO RETRATO FILMES
Prédio Vazio, de Rodrigo Aragão (ES)

CONEXÃO BRASIL CINEMUNDI | MOSTRA WIP | CORTE FINAL
Prêmio Cinecolor e O2 Pós: A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos (SP)
Prêmio Festival de Málaga: Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (CE)

*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.