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Margareth Menezes, ministra da Cultura, marca presença na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A ministra da Cultura durante a abertura oficial do festival

A 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado foi oficialmente iniciada em uma solenidade realizada na Sociedade Recreio Gramadense na manhã deste sábado, 12/08, com a presença de diversas autoridades, entre elas, Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, e da Orquestra Sinfônica de Gramado.

Margareth Menezes, ministra da Cultura, também participou do evento, ao lado de Joelma Oliveira Gonzaga, secretária do Audiovisual do MinC: “Eu sempre tive vontade de vir como artista, para assistir. Nunca pensei que estaria aqui como ministra. Prometo voltar ano que vem para ficar mais tempo. É uma grande honra participar desta abertura”, disse Margareth.

Em um bate-papo com a imprensa, que aconteceu antes da cerimônia oficial, Margareth e Joelma abordaram temas importantes. Na conversa, destacaram a diversidade da cultura brasileira e abordaram pautas relevantes sobre o setor audiovisual, como: a Lei Paulo Gustavo, regulação do streaming, economia criativa, descentralização, Lei Rouanet, prioridades do Ministério da Cultura, entre outras.

“Antes nós não tínhamos Ministério. Agora nós temos um Ministério da Cultura com muita gente bacana por lá trabalhando. Muitos jovens com ideias novas. É isso que queremos para o Brasil. Aproveito também para parabenizar o setor audiovisual brasileiro pela luta nessa travessia, já que a perseguição foi muito grande. Quando chegamos, encontramos um desmonte das políticas públicas em todos os setores culturais e áreas sociais do Brasil. A cultura foi muito prejudicada. Estamos lutando pela nossa democracia e a arte precisa da liberdade para acontecer. Estamos em um processo de remontagem”, disse Margareth.

E completou: “Temos longas esperanças e muitas possibilidades de desenvolvimento. Está na hora do povo brasileiro tomar conta e ter acesso às suas próprias riquezas. A diversidade da cultura brasileira nos liberta. É um país imenso”

A ministra também falou sobre as metas e do trabalho da SAv, Secretaria do Audiovisual: “A meta maior desse Ministério é realizar a descentralização e equilibrar para chegar em todos os lugares e buscar uma capilaridade maior com as ações culturais. No setor audiovisual, a secretária Joelma, junto com sua equipe, retomou a comunicação com a Ancine para retomarmos a construção dessa relação. A cultura é transversal e o primeiro sinal disso foi a Lei Paulo Gustavo, na qual conseguimos que 98% das cidades do Brasil mandassem seus planos de cultura”.

Joelma e Margareth na coletiva

Joelma Oliveira Gonzaga destacou novas ações e perspectivas: “A Secretaria do Audiovisual está em processo de reconstrução. Estamos sem cota de tela no cinema desde 2021, que não foi renovada. Tem uma articulação para reverter essa questão. A SAv também está pensando em quem está entrando agora no audiovisual e olhando para questões de gênero e raça. Há muito para entregar. Estamos desenhando um programa de apoio aos festivais de cinema. Gramado, por exemplo, quase não aconteceu esse ano. Estamos pensando em medidas estruturais para os festivais para que eles não passem por isso. Que eles já terminem uma edição anunciando a próxima”, reforçou.

Margareth acrescentou: “Com a Lei Rouanet também retomamos as ações continuadas de patrocínio, algo que estava interrompido. Isso dá um equilíbrio a todos os projetos. O audiovisual tem força e é uma indústria que vem se fortalecendo. Também estamos analisando a questão da regulação do streaming para um fortalecimento no setor. Enxergamos uma possibilidade muito grande de uma independência para os trabalhadores da cultura”.

Ao final da conversa em Gramado, Margareth disse: “O Brasil é uma potência e o audiovisual é um grande vetor de trabalho, que gera emprego e renda. A cultura precisa fortalecer seu vetor econômico. Há muita criatividade nesse setor e essa dinâmica cultural nos dá uma amplitude de criatividade muito grande. Precisamos tirar melhor proveito de toda essa potência”.

*Clique aqui e assista aos melhores momentos da coletiva de imprensa

*O CINEVITOR está em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Festival de Toronto 2023: Retratos Fantasmas, documentário de Kleber Mendonça Filho, é selecionado

por: Cinevitor
O documentário é o quinto longa-metragem do cineasta

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de setembro, revelou os títulos selecionados para as mostras Wavelengths, que apresenta filmes com diferentes maneiras de ver o mundo, e Classics, com obras que não estavam disponíveis há décadas.

Nesta seleção, o cinema brasileiro ganha destaque com o documentário Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista pernambucano Kleber Mendonça Filho, que será exibido na mostra Wavelengths. O filme tem como personagem principal o centro da cidade do Recife como local histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que atravessaram o século 20 como espaços de convívio. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.

Produzido por Emilie Lesclaux para a CinemaScópio Produções e coproduzido pela Vitrine Filmes, de Silvia Cruz e Felipe Lopes, o filme é fruto de sete anos de trabalho de pesquisa, filmagens e montagem: “Palácios de Cinema em centros de cidades são comuns em muitos outros lugares no mundo, mas ocorre que eu sou pernambucano, recifense, e parti para mostrar essa geografia da cidade com um ponto de vista pessoal. Recife é também uma cidade que ainda desfruta de um cinema espetacular como o São Luiz, um palácio de 1952. Hoje, são poucas as cidades no mundo que ainda sabem o que isso representa”, disse o diretor.

Cerca de 60% de Retratos Fantasmas é composto por material de arquivo, com fotografias e imagens em movimento encontradas em acervos pessoais, na produção pernambucana de cinema, televisão e de instituições como a Cinemateca Brasileira, o CTAv, Centro Técnico do Audiovisual, e a Fundação Joaquim Nabuco.

O trabalho de montagem, ao lado de Matheus Farias, reúne imagens dos mais variados formatos: “Retratos Fantasmas traz temas que atravessam toda a obra de Kleber. Inclusive seu primeiro longa-metragem é o documentário Crítico”, disse a produtora Emilie Lesclaux.

Vale destacar também a presença do longa El auge del humano 3, do cineasta argentino Eduardo Williams. O filme é coproduzido por diversos países, entre eles, o Brasil através da Estúdio Giz; com produção executiva de Julia Alves, da Oublaum Filmes.

A programação da Wavelengths deste ano é politicamente carregada, geograficamente diversificada e formalmente emocionante, com uma ampla gama de trabalhos extraídos do mundo dos documentários, arte contemporânea e cinema de arte internacional. A lista apresenta 12 longas-metragens e 19 curtas: “Wavelengths é uma prova da variedade de cinema celebrada no TIFF. Também é uma evidência de que os filmes experimentais dirigidos por artistas estão prosperando e desenvolvendo uma nova geração de cinéfilos”, disse Anita Lee, diretora de programação do festival.

Em comunicado oficial, Andréa Picard, curadora sênior do TIFF, disse: “Wavelengths continua sendo uma celebração da subversão, da expressão pessoal e das vastas e inesgotáveis capacidades do cinema para iluminar, inspirar, admirar, resistir, perturbar e propor novas formas de ver e estar no mundo”.

A mostra Classics desta 48ª edição conta com filmes que foram resgatados e meticulosamente montados em novas restaurações, além de uma homenagem ao 50º aniversário de Touki Bouki: A Viagem da Hiena, do cineasta senegalês Djibril Diop Mambéty.

Conheça os novos filmes selecionados para o 48º Festival de Toronto:

WAVELENGTHS | LONGAS-METRAGENS

Do Not Expect Too Much from the End of the World, de Radu Jude (Romênia/Luxemburgo/França/Croácia)
El auge del humano 3, de Eduardo Williams (Argentina/Portugal/Brasil/Holanda/Taiwan/Hong Kong/Sri Lanka/Peru)
Here, de Bas Devos (Bélgica)
Inside the Yellow Cocoon Shell, de Phạm Thiên n (Vietnã/Singapura/França/Espanha)
Mademoiselle Kenopsia, de Denis Côté (Canadá)
Mambar Pierrette, de Rosine Mbakam (Bélgica/Camarões)
Music, de Angela Schanelec (Alemanha/França/Sérvia)
Nowhere Near, de Miko Revereza (Filipinas)
Orlando, ma biographie politique, de Paul B. Preciado (França)
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
Youth (Spring), de Wang Bing (França/Luxemburgo/Holanda)

WAVELENGTHS | CURTAS-METRAGENS

As Filhas do Fogo, de Pedro Costa (Portugal)
Bouquets 31-40, de Rose Lowder (França)
Chantal Akerman: Her First Look Behind the Camera, de Chantal Akerman (Bélgica)
Film annonce du film qui n’existéra jamais: ‘Drôles de guerres’, de Jean-Luc Godard (França/Suíça)
Film Sculpture (1), de Philipp Fleischmann (Áustria)
Film Sculpture (2), de Philipp Fleischmann (Áustria)
Film Sculpture (3), de Philipp Fleischmann (Áustria)
Film Sculpture (4), de Philipp Fleischmann (Áustria)
It follows It passes on, de Erica Sheu (Taiwan/EUA)
Let’s Talk, de Simon Liu (Hong Kong)
Light, Noise, Smoke, and Light, Noise, Smoke, de Tomonari Nishikawa (Japão)
Mast-del, de Maryam Tafakory (Reino Unido/Irã)
NYC RGB, de Viktoria Schmid (Áustria/EUA)
Quiet as It’s Kept, de Ja’Tovia Gary (EUA)
Shrooms, de Jorge Jácome (Portugal)
Slow Shift, de Shambhavi Kaul (Índia/EUA)
Sundown, de Steve Reinke (EUA/Canadá/Áustria)
We Don’t Talk Like We Used To, de Joshua Gen Solondz (EUA/Japão/Hong Kong)

WAVELENGTHS PAIRINGS

He Thought He Died, de Isiah Medina (Canadá)
Laberint Sequences, de Blake Williams (Canadá)

TIFF CLASSICS

Artie Shaw: Time Is All You’ve Got, de Brigitte Berman (Canadá) (1985)
Adeus, Minha Concubina, de Chen Kaige (China/Hong Kong) (1993)
Amor Louco, de Jacques Rivette (França) (1969)
Touki Bouki: A Viagem da Hiena, de Djibril Diop Mambéty (Senegal) (1973)
Xala, de Ousmane Sembène (Senegal) (1975)

Foto: Divulgação/CinemaScópio.

10º Recifest: conheça os filmes selecionados para o Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero

por: Cinevitor
Cena do curta pernambucano A Vida Secreta de Delly, de Marlom Meirelles

Foram anunciados nesta quinta-feira, 10/08, os filmes selecionados para as mostras competitivas da décima edição do Recifest, Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero, que acontecerá entre os dias 16 e 20 de outubro no Cineteatro do Parque, no Recife.

Considerado um dos maiores e mais importantes festivais do segmento LGBTQIA+ do Brasil, a seleção deste ano apresenta 30 curtas-metragens; foram 170 títulos inscritos. Dos escolhidos, seis concorrem ao prêmio de melhor filme pernambucano e 24 disputam o título de melhor filme nacional. Os vencedores de cada categoria serão escolhidos por um júri técnico e popular.

Entre os selecionados, obras de diversos gêneros cinematográficos. São 18 obras de ficção, sete documentários, três filmes híbridos e três curtas experimentais, vindos da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo.

As obras foram escolhidas por curadores convidados pelo festival. O grupo conta com nomes de peso, como: Ander Beça, realizador e psicanalista que atua em diversas frentes do audiovisual, como direção, montagem, preparação de elenco e atuação; Chico Ludermir, jornalista, artista multimídia e educador popular, sendo mestre em sociologia e integrante do Coquevídeo; e Mariana Souza, curadora de cinema com foco nas fronteiras entre linguagens visuais, sendo também idealizadora da Correnteza – Mostra Internacional de Cinema Atlântico e do curso O cinema lésbico e as práticas de visibilidade.

Esta edição faz uma homenagem à memória do ator, diretor e produtor de elenco Rutílio de Oliveria (in memoriam), um dos fundadores do festival e responsável por plantar as sementes da representatividade e da igualdade no cenário cinematográfico brasileiro anos atrás.

Vale lembrar que a 10ª edição do Recifest vai além das mostras competitivas. De forma geral, o festival se estende até o dia 30 de outubro com atividades presenciais e virtuais nas cidades do Recife e Vicência. Entre as atividades programadas, mostras não competitivas, ações formativas e de interação de linguagens. O Recifest 2023 é produzido pela Olinda Produções Audiovisuais e Casa de Cinema de Olinda. A direção geral é de Rosinha Assis e a direção artística é de Carla Francine.

Conheça os filmes selecionados para as mostras competitivas do 10º Recifest:

A Vida Secreta de Delly, de Marlom Meirelles (PE)
Aceso, de Elissa de Brito (SP)
Anarriê, de Neto Astério (SE)
Arapuca, de Joel Caetano (SP)
As Inesquecíveis, de Rafaelly (La Conga Rosa) (DF)
Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)
Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA)
De noite, na cama, de Malu Rizzo (PE)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Lalabis, de Noá Bonoba (CE)
L’Esquisse, de Tomas Cali (SP)
Milkshake, de Rosa Fernanda (PE)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB)
O Fim da Imagem, de Gil Baroni (PR)
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Pe ataju jumali/Hot air (Ar quente), de Unides contra a colonização: muitos olhos, um só coração (RJ/SP)
Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA)
Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP)
Quando a Noite Ainda Não Existia, de Gabriel Coêlho (PE/RJ)
Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE)
Rosa Neon, de Tiago Tereza (MG)
Se trans for mar, de Cibele Appes (SP)
Shoes Off, de Everton Melo (PE)
Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira (BA)
Tese de Mestrado em História, de Emi (SP)
Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva (PE)
Travessias, de Ana Graziela Aguiar (DF)
Transviar, de Maíra Tristão (ES)
Um Transe de Dez Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá (BA)

Foto: Divulgação/Eixo Audiovisual.

Giornate degli Autori: cinema indígena Yanomami terá programação especial em mostra paralela ao Festival de Veneza 2023

por: Cinevitor
Cena do curta Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari

Criada em 2004, a Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, foi inspirada na Quinzena dos Realizadores, de Cannes, com o objetivo de chamar a atenção para um cinema de alta qualidade, sem qualquer tipo de restrição, e com um cuidado especial em inovação, pesquisa, originalidade e independência.

Nesta 20ª edição, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro, o cinema brasileiro marca presença com foco na produção cinematográfica indígena Yanomami no país. A Isola Edipo, uma associação cultural, em parceria com a Giornate degli Autori, reservou um dia especial para o cinema indígena Yanomami. Em 4 de setembro, acontecerá o Gli occhi della foresta, Olhos da Floresta, que exibirá filmes Yanomami na Sala Laguna. Será um dia dedicado ao primeiro cineasta yanomami, Morzaniel Ɨramari, e ao cinema indígena Yanomami no Brasil.

O evento da Isola Edipo, por ocasião da 80ª edição do Festival de Veneza, faz parte do foco anual Cinema da Inclusão entre Visão e Formação (Il cinema dell’Inclusione tra visione e formazione), que está em sua sétima edição. A programação especial pretende valorizar o olhar direto de uma das populações indígenas mais conhecidas da Amazônia e sua centralidade no cenário cinematográfico internacional. Um ato político que devolve à floresta seus olhos, seus corpos e suas vozes, e que leva ao foco de uma reflexão sobre a proteção do pulmão verde da terra, a questão ambiental e cultural dos Yanomami. O evento contará com a presença de Morzaniel Ɨramari e dos produtores e diretores Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha.

A seleção traz Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari, eleito o melhor curta documental no Festival É Tudo Verdade deste ano, que já o qualifica como um concorrente ao Oscar 2024. O filme conta com a participação do grande líder e xamã Davi Kopenawa, que conduz tal experiência apresentando o conhecimento dos Yanomami sobre os sonhos: “Este filme vai ajudar a fazer com que os não-indígenas conheçam o povo Yanomami, conheçam as nossas imagens. Assim todos podem conhecer como nós vivemos na nossa casa e como nós sonhamos, como os xamãs sonham”, disse Morzaniel.

Yuri u xëatima thë: A Pesca com Timbó também será exibido

A programação exibirá também Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando e Yuri u xëatima thë: A Pesca com Timbó, ambos de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino. Estes são os primeiros filmes dos cineastas e estão entre os primeiros filmes dirigidos por mulheres Yanomami, que farão sua estreia em um festival internacional.

O registro dos três filmes foi feito na grande casa coletiva de Watorikɨ, na região do Demini (TIY), produzidos pela Aruac Filmes durante as filmagens do longa-metragem A Queda do Céu, filme livremente inspirado na obra homônima de Davi Kopenawa e Bruce Albert, dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Em 2022, a Aruac organizou junto à Hutukara Associação Yanomami (HAY) e ao Instituto Socioambiental (ISA) uma oficina de montagem audiovisual, que ensejou a produção dos três curtas. Além disso, também será exibido o média-metragem Urihi Haromatipë: Curadores da Terra-Floresta, de Morzaniel Ɨramari, realizado em 2014. 

“Nós, Yanomami, somos habitantes da floresta Amazônica. No Brasil, somos quase 30 mil pessoas. A terra-floresta é nossa mãe e cuida do povo Yanomami. Desejamos viver em paz, com alegria e fazendo nossas festas. Os napë pë (brancos, inimigos) gostam de destruir a floresta e pegar as riquezas da terra. Hoje, o garimpo ilegal invadiu nosso território. Estamos tristes por perder tantos parentes e ver nossas crianças morrendo por doenças. Nosso rio está sujo de lama e mercúrio, mas nosso território é forte por dentro. Com a árvore do sonho, nós sonhamos longe e os xamãs sonham ainda mais longe, conhecem o canto e a dança dos espíritos, o sonho do rio, o sonho do mundo”, disse Morzaniel Ɨramari, que também promoverá uma masterclass no evento.

Os três curtas são uma produção Aruac Filmes com coprodução da Hutukara Associação Yanomami e produção associada da Gata Maior Filmes. Os títulos contam com o apoio institucional do Instituto Socioambiental e apoio de uma rede de fundações e instituições internacionais que trabalham diretamente com a Amazônia Brasileira.

Fotos: Divulgação.

Dirigido por Diego Freitas, Tire 5 Cartas, com Lilia Cabral, ganha trailer

por: Cinevitor
Lilia Cabral e Claudia Di Moura em cena

Dirigido por Diego Freitas, de O Segredo de Davi e Depois do Universo, a comédia Tire 5 Cartas, protagonizada por Lilia Cabral e totalmente produzida e rodada em São Luís, no Maranhão, chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de setembro.

Na trama, Fátima, interpretada por Lilia, é uma taróloga que enrola seus clientes com a ajuda de seu marido, Lindoval, papel de Stepan Nercessian. Sua sorte muda quando um valioso anel roubado cruza o seu caminho. Decidida a ficar com o objeto, Fátima foge dos bandidos e vai para sua terra natal, São Luís do Maranhão, embarcando em uma aventura divertida e emocionante.

O elenco de Tire 5 Cartas conta também com Claudia Di Moura, Guilherme Piva, Gabriel Godoy, Sérgio Malheiros, Giulia Bertolli, Cesar Boaes, Allan Souza Lima, Claudiana Cotrim, Thaynara OG, Mathy Lemos, Amanda Lee, Áurea Maranhão, Clara Anne, Déo Garcez, Flávia Bittencourt, Giselle De Prattes, João Gerude, Rodolfo Macedo, Sérgio Silveira, Tássia Dur e Xyko Pedrosa; além de participações especiais de Alcione e Sidney Magal.

Com roteiro assinado por Joaquim Haickel, Gustavo Pinheiro, Melina Dalboni, Diego Freitas, Giulia Bertolli e Julia Antuerpem, o filme conta com direção de fotografia de Victor Alencar; a direção de arte é de Sérgio Silveira e o figurino é assinado por Kika Lopes. A música é de Ed Côrtes e a montagem de Alexandre Boechat e Fábio Jordão. Realizado pela Guarnicê Produções e pela EH! Filmes, o longa tem distribuição nacional da Vinny Filmes e EH! Filmes Distribuidora. A produção é de Joaquim Haickel e Elisa Tolomelli.

Confira o trailer de Tire 5 Cartas:

Foto: Divulgação.

Festival de Toronto 2023: Pedágio, de Carolina Markowicz, é selecionado

por: Cinevitor
Maeve Jinkings no longa brasileiro Pedágio

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de setembro, revelou os títulos selecionados para a mostra Centrepiece, antes chamada de Contemporary World Cinema, que celebra as conquistas cinematográficas globais com uma variedade dinâmica de filmes contemporâneos.

A seleção apresenta 47 títulos, de 45 países, e o cinema brasileiro marca presença com Pedágio, de Carolina Markowicz. No ano passado, a cineasta exibiu Carvão na mostra Platform do festival. Neste segundo longa-metragem de sua carreira, Markowicz apresenta o filme que participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual, como o Tribeca All Access, Torino Film Lab e Berlinale Coproduction Market.

Estrelado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, a trama mostra Suellen, uma cobradora de pedágio que percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro. De acordo com a diretora, o longa é “um drama permeado por humor ácido”, além de ser um retrato da opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ diante das incoerências e atrocidades promovidas por alguns setores da sociedade, de forma mais explícita nos últimos anos.

Pedágio, que foi selecionado recentemente para o Festival de San Sebastián, conta também com Thomás Aquino, Aline Marta Maia e Isac Graça no elenco. A produção é da Biônica Filmes e O Som e a Fúria, com coprodução da Globo Filmes e Paramount Pictures; a distribuição é da Paris Filmes.

“Em pleno 2023, com todos adventos e tecnologias e avanços, chega a ser chocante a preocupação com quem o outro se relaciona sexualmente. O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+. Além da violência, há práticas absurdas e patéticas, como as retratadas pelo filme, que parecem ser ficção, mas estão muito próximas à realidade surreal do brasileiro LGBT, gerando sequelas físicas e emocionais irreparáveis”, disse a diretora. A produção conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”.

Vale destacar também a presença do longa Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Luxemburgo e Chile; a equipe traz a brasileira Julia Alves, da Sancho & Punta, na produção. Além da mostra Centrepiece, o TIFF também anunciou novos títulos nos programas Gala, Special Presentations e Documentaries

Em comunicado oficial, Anita Lee, diretora de programação do TIFF, disse: “Estamos muito entusiasmados em apresentar o novo programa Centrepiece, uma jornada cinematográfica que transcende fronteiras e abraça a arte da experiência humana. O rebranding do programa do TIFF, anteriormente Contemporary World Cinema, é um reflexo da visão do festival de fornecer uma plataforma elevada para o cinema internacional para títulos aclamados em festivais de todo o mundo, estreias altamente esperadas de talentos canadenses e internacionais e os últimos trabalhos de influentes luminares do cinema”.

Conheça os novos filmes selecionados para o 48º Festival de Toronto:

CENTREPIECE

100 Yards, de Xu Haofeng e Xu Junfeng (China)
A Cielo Abierto, de Mariana Arriaga e Santiago Arriaga (México/Espanha)
A Happy Day, de Hisham Zaman (Noruega/Dinamarca)
A Road to A Village (गाउ आएको बाटो), de Nabin Subba (Nepal)
About Dry Grasses (Kuru Otlar Üstüne), de Nuri Bilge Ceylan (Turquia/França/Alemanha/Suécia)
Anak Ka Ng Ina Mo (Your Mother’s Son), de Jun Robles Lana (Filipinas)
Banel & Adama (Banel e Adama), de Ramata-Toulaye Sy (França/Senegal/Mali)
Cerrar Los Ojos, de Víctor Erice (Espanha/Argentina)
Chuck Chuck Baby, de Janis Pugh (Reino Unido)
City of Wind (сэр сэр салхи), de Lkhagvadulam Purev-Ochir (França/Mongólia/Portugal/Holanda/Qatar/Alemanha)
Das Lehrerzimmer (The Teachers’ Lounge), de Ilker Çatak (Alemanha)
Death of a Whistleblower, de Ian Gabriel (África do Sul)
Dispararon Al Pianista, de Fernando Trueba e Javier Mariscal (Espanha/França)
El Viento que Arrasa (A Ravaging Wind), de Paula Hernández (Argentina/Uruguai)
Fitting In, de Molly McGlynn (Canadá)
Hey, Viktor!, de Cody Lightning (Canadá)
Holiday, de Edoardo Gabbriellini (Itália)
Humanist Vampire Seeking Consenting Suicidal Person (Vampire humaniste cherche suicidaire consentant), de Ariane Louis-Seize (Canadá)
I Do Not Come To You By Chance, de Ishaya Bako (Nigéria)
In Flames, de Zarrar Kahn (Canadá/Paquistão)
Inshallah a Boy (Inshallah Walad), de Amjad Al Rasheed (Jordânia/França/Arábia Saudita/Qatar/Egito)
Irena’s Vow, de Louise Archambault (Canadá/Polônia)
Je’vida, de Katja Gauriloff (Finlândia)
Kanaval, de Henri Pardo (Canadá/Luxemburgo)
Kuolleet lehdet (Fallen Leaves), de Aki Kaurismäki (Finlândia/Alemanha)
Limbo, de Ivan Sen (Austrália)
Los Colonos, de Felipe Gálvez Haberle (Chile/Argentina/França/Dinamarca/Reino Unido/Taiwan/Suécia/Alemanha)
Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno (Argentina/Brasil/Luxemburgo/Chile)
Lost Ladies (Laapataa Ladies), de Kiran Rao (Índia)
Mountains, de Monica Sorelle (EUA)
National Anthem, de Luke Gilford (EUA)
Pedágio, de Carolina Markowicz (Brasil/Portugal)
Perfect Days, de Wim Wenders (Japão)
Robot Dreams, de Pablo Berger (Espanha/França)
Shadow of Fire, de Shinya Tsukamoto (Japão)
Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
Sira, de Apolline Traoré (Burkina Faso/Senegal/França/Alemanha)
Snow Leopard (Xue Bao), de Pema Tseden (China)
Son Hasat (The Reeds), de Cemil Ağacıkoğlu (Turquia/Bulgária)
Sweet Dreams, de Ena Sendijarević (Holanda/Suécia/Indonésia/França)
The Breaking Ice, de Anthony Chen (China)
The Feeling That the Time for Something Has Passed, de Joanna Arnow (EUA)
The Monk and the Gun, de Pawo Choyning Dorji (Butão/França/EUA/Taiwan)
The Nature of Love (Simple Comme Sylvain), de Monia Chokri (Canadá/França)
We Grown Now, de Minhal Baig (EUA)
Woodland (WALD), de Elisabeth Scharang (Áustria)
Zielona Granica (Green Border), de Agnieszka Holland (Polônia/República Checa/França/Bélgica)

GALA

A Normal Family, de Hur Jin-ho (Coreia do Sul)
Finestkind, de Brian Helgeland (EUA)
Smugglers, de Ryoo Seung-wan (Coreia do Sul)
Thank You For Coming, de Karan Boolani (Índia)

SPECIAL PRESENTATIONS

Bastarden (The Promised Land), de Nikolaj Arcel (Dinamarca/Alemanha/Suécia)
Daddio, de Christy Hall (EUA)
El Sabor de la Navidad, de Alejandro Lozano (México)
Evil Does Not Exist (Aku wa sonzai shinai), de Ryûsuke Hamaguchi (Japão)
La contadora de películas, de Lone Scherfig (Espanha/França/Chile)
Quiz Lady, de Jessica Yu (EUA)
Ru, de Charles-Olivier Michaud (Canadá)

TIFF DOCS

I am Sirat, de Deepa Mehta e Sirat Taneja (Canadá)

Foto: Divulgação.

Ursinho Pooh: Sangue e Mel

por: Cinevitor

Winnie-the-Pooh: Blood and Honey

Direção: Rhys Frake-Waterfield

Elenco: Nikolai Leon, Maria Taylor, Natasha Rose Mills, Amber Doig-Thorne, Danielle Ronald, Natasha Tosini, Paula Coiz, May Kelly, Danielle Scott, Craig David Dowsett, Chris Cordell, Gillian Broderick, Marcus Massey, Richard D. Myers, Simon Ellis, Jase Rivers, Frederick Dallaway, Mark Haldor, Toby Wynn-Davies, Nicola Wright, Richard Harfst, Bao Tieu.

Ano: 2023

Sinopse: Após serem abandonados por Christopher, que foi para a faculdade, Pooh e Piglet enlouquecem, juram vingança contra os seres humanos e matam qualquer um que se atreva a se aventurar no Bosque dos Cem Acres. Assim, partem para uma caçada sangrenta em busca de uma nova fonte de comida.

Nota do CINEVITOR:

Asteroid City

por: Cinevitor

Direção: Wes Anderson

Elenco: Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Jeffrey Wright, Tilda Swinton, Bryan Cranston, Edward Norton, Adrien Brody, Liev Schreiber, Hope Davis, Stephen Park, Rupert Friend, Maya Hawke, Steve Carell, Matt Dillon, Hong Chau, Willem Dafoe, Margot Robbie, Tony Revolori, Jake Ryan, Jeff Goldblum, Seu Jorge, Grace Edwards, Aristou Meehan, Ethan Josh Lee, Sophia Lillis, Ella Faris, Gracie Faris, Willan Faris, Deanna Dunagan, Vandi Clark, Pedro Placer, Iván López, Aaron Ziobrowski, Celia Bermejo, Zoe Bernard, Brayden Frasure, Preston Mota, Kyleigh Fuller, Henry Rhoades, Jack Eyman, Sebastian Stephens, Willa Skye, Annalise Mackulin, Calhoun Metcalf, Jarvis Cocker, Pere Mallén, Jean-Yves Lozac’h, Damien Bonnard, Ramón Ródenas, Wendy Nottingham, Bob Balaban, Fisher Stevens, Michael Maggart, Elvira Arce, Nicolas Avinée, Mohamed Belhadjine, Katy Heffernan Smith, Paul Kynman, Sam Marra, Rita Wilson, Ara Hollyday, Kenneth Bate, Christian Bate, Sandy Hamilton, Roberto Moreno De Matias, Francisco Serrano, Francisco Javier Gomez, Jacinto Domingo Torija, Alvaro Olivas Marques, Dominique Fouassier, Pablo Amorós, Yann Tremblay, Sébastien Fouassier, Carlos Arimón, Antonio Graziano, Stéphane Bak, Tom Hudson, Rodolphe Pauly, Aimee Mullins, Avery Looser, Sonia Gascón, Timothy Cordukes, Carmen Méndez, Ainhoa Aldanondo, Susana Hornos, Guillermo Garcia, Jay Lau, Randall Poster, Erika Godwin.

Ano: 2023

Sinopse: Asteroid City é ambientado numa cidade ficcional do deserto americano por volta do ano de 1955. Nela, o roteiro de uma convenção dos Astrônomos Júnior/Cadetes do Espaço, organizada para reunir estudantes de todo o país, e suas famílias, para uma competição escolar de bolsas de estudos, é espetacularmente interrompido por eventos que podem impactar e transformar o mundo.

Nota do CINEVITOR:

Rheingold: O Roubo do Sucesso

por: Cinevitor

Direção: Fatih Akin

Elenco: Emilio Sakraya, Mona Pirzad, Karim Günes, Sogol Faghani, Kazim Demirbas, Baselius Göze, Marlon Heidel, Samir Jebrelli, Arman Kashani, Aurel Klug, Marcus Krone, Minú Köchermann, Denis Moschitto, Ilyes Moutaoukkil, Meryem Moutaoukkil, Salih Murat, Kardo Razzazi, Greta Sophie Schmidt, Harald Schwaiger, Adjmal Sheerzoi, Loretta Stern, Jonathan Sussner, Hüseyin Top, Ivar Wafaei, Jennifer Woß, Ugur Yücel, Alkan Çöklü, Denis ‘Marshall’ Ölmez , Christian Skibinski, Ensar Albayrak, Doga Gürer, Jesse Albert, José Barros, Felix Bold, Shaima Boone, Ruben Brinkman, Tyrese Bukenya, Meto Ege, Hussein Eliraqui, Julia Goldberg.

Ano: 2022

Sinopse: Após sair da prisão que guarda suas primeiras memórias, o pequeno Giwar se muda do Iraque para a Alemanha com a família nos anos 1980. Entre pequenos delitos e obstáculos, passa de um tímido criminoso para um destemido traficante, que depois de perder uma grande carga de cocaína se vê enclausurado por uma enorme dívida com o fornecedor. Para saldar suas dívidas, planeja um lendário roubo a uma carga de ouro que marcará para sempre a história. Baseado na autobiografia Tudo ou Nada do rapper, empresário e produtor musical Giwar Hajabi, mais conhecido como Xatar.

Nota do CINEVITOR:

Cláudia Abreu e Silvio Guindane serão os apresentadores do 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

por: Cinevitor
Cláudia Abreu no filme O Silêncio da Chuva

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou nesta quarta-feira, 09/08, os apresentadores oficiais da 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: a atriz Cláudia Abreu e o ator e diretor Silvio Guindane.

Considerada a maior premiação do setor audiovisual nacional, a cerimônia acontecerá no dia 23 de agosto, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Cláudia Abreu, que apresentará o evento pela primeira vez, já foi indicada três vezes: em 2001, como atriz coadjuvante por O Xangô de Baker Street; em 2009, como melhor atriz por Os Desafinados; e no ano passado pelo filme O Silêncio da Chuva na categoria de melhor atriz coadjuvante. Já Silvio Guindane, que também assumirá a função de apresentador, foi indicado em 2021 como melhor ator por dois filmes: Boca de Ouro e A Divisão.

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro reúne anualmente centenas de realizadores, atores e profissionais do setor na maior premiação do audiovisual do país. Neste ano, a direção do evento é de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes; a cerimônia será transmitida ao vivo para todo o país pelo YouTube da Academia e pelo Canal Brasil, que estará com sinal aberto para não assinantes dentro do Globoplay.

Ao todo serão anunciados os vencedores de 29 troféus Grande Otelo escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais do setor associados à Academia Brasileira de Cinema e pelo público, que elege o melhor filme do Júri Popular.

Silvio Guindane no filme Boca de Ouro

O grande homenageado de 2023 é o cineasta paraibano Vladimir Carvalho e a lista dos finalistas reúne mais de 200 profissionais indicados em 34 diferentes longas-metragens brasileiros e 12 longas estrangeiros; também estão na disputa 15 curtas brasileiros. Neste ano, as séries de ficção passam a concorrer em uma única categoria; o melhor longa-metragem de comédia concorrerá exclusivamente ao Voto Popular. Uma novidade desta edição é que, pela primeira vez, os filmes finalistas ibero-americanos foram indicados não pelos distribuidores, mas pelas academias de seus respectivos países. Clique aqui e conheça os indicados.

“Chegar à 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro significa que somos muito mais poderosos do que poderíamos imaginar. Estarmos aqui, tendo ultrapassado tudo o que passamos nos últimos anos, significa que, certamente, dias muito melhores estão à nossa espera. Viva o cinema brasileiro!”, disse a produtora Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais.

Nesta 22ª edição, Medida Provisória, de Lázaro Ramos, lidera a lista com 15 indicações, entre elas, melhor longa de ficção. Na sequência, aparece Marte Um, de Gabriel Martins, com 13 indicações.

Fotos: Divulgação.

Festival de Toronto 2023: curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, é selecionado

por: Cinevitor
Ayla Gabriela no curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de setembro, divulgou os curtas-metragens selecionados para este ano; a lista traz 42 títulos, de 23 países.

O cinema brasileiro marca presença na mostra Short Cuts com Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, uma coprodução com o Reino Unido, que traz Ayla Gabriela, Henrique Bulhões, Jard Costa e Kley Hudson no elenco. A sinopse diz: um pássaro chamado Memória esqueceu como voltar para casa. Lua, uma mulher trans, tenta encontrá-la nas ruas do Rio de Janeiro, mas a cidade pode ser um lugar hostil.

Jason Anderson, programador dos curtas, disse: “Estamos entusiasmados em apresentar uma gama tão diversificada de novos trabalhos incríveis de talentos emergentes e consagrados do cinema de todo o mundo. Ficamos impressionados com o nível de habilidade e engenhosidade desses filmes, bem como a ousadia demonstrada por tantos cineastas ao explorar assuntos e temas que não poderiam ser mais oportunos ou pessoais. Isso é especialmente verdadeiro para os filmes que estamos gratos por apresentar, que são de mulheres e cineastas que se identificam com mulheres, que compreendem quase 60% da seleção deste ano”.

A seleção deste ano conta com 21 estreias mundiais e uma variedade de perspectivas novas e únicas. Vale destacar também a presença da cineasta brasileira Ivete Lucas, radicada nos Estados Unidos, que aparece na lista com The Passing, uma produção americana e codirigida por Patrick Bresnan.

O festival também anunciou, recentemente, a exibição de Sly, documentário dirigido por Thom Zimny, que narra a trajetória ilustre de Sylvester Stallone. O longa será o filme de encerramento da 48ª edição do evento.

Em comunicado oficial, Cameron Bailey, CEO do TIFF, comentou: “A história de Stallone é de perseverança, triunfo e sua marca indelével deixada no mundo do cinema. Não poderíamos estar mais honrados em compartilhá-la com nosso público como nosso filme de encerramento. Celebrando o legado de um verdadeiro ícone, Sly leva o público a uma viagem íntima pela vida de Stallone, um marco cultural cujo impacto no cinema dura quase meio século. Sly oferece uma exploração inesperada e sincera do homem por trás da megaestrela de ação”.

Conheça os curtas-metragens selecionados para o 48º Festival de Toronto:

PROGRAMA 1 | CURTAS

Been There, de Corina Schwingruber Ilić (Suíça)
DAMMI, de Yann Mounir Demange (França)
Gaby’s Hills, de Zoé Pelchat (Canadá)
La Perra, de Carla Melo Gampert (Colômbia/França)
Meteor, de Atefeh Khademolreza (Canadá)
Nun or Never!, de Heta Jäälinoja (Finlândia)
Primetime Mother, de Sonny Calvento (Filipinas/Singapura)

PROGRAMA 2 | CURTAS

1001 Nights, de Rea Rajčić (Croácia)
Bloom, de Kasey Lum (Canadá)
Electra, de Daria Kashcheeva (República Checa/França/Eslováquia)
Fár, de Gunnur Martinsdóttir Schlüter (Islândia)
Nada de todo esto, de Francisco Cantón e Patricio Martínez (Argentina/Espanha/EUA)
Redlights, de Eva Thomas (Canadá)
The Skates, de Halima Ouardiri (Canadá)

PROGRAMA 3 | CURTAS

Aftercare, de Anubha Momin (Canadá)
All the Days of May, de Miryam Charles (Canadá)
Bird, de Ana Cristina Barragán (Equador/Espanha)
Human Resources, de Trinidad Plass Caussade, Titouan Tillier e Isaac Wenzek (França)
Making Babies, de Eric K. Boulianne (Canadá)
Shé (Snake), de Renee Zhan (Reino Unido)
This is TMI, de Subarna Dash e Vidushi Gupta (Índia)
Titanic, Suitable Version for Iranian Families, de Farnoosh Samadi (Irã/França)

PROGRAMA 4 | CURTAS

Alberto and the Beast, de John Paul Lopez-Ali (EUA)
Baigal Nuur – Lake Baikal, de Alisi Telengut (Alemanha/Canadá)
Express, de Ivan D. Ossa (Canadá)
Mboa Matanda, de Jules Kalla Eyango (Camarões)
Mothers and Monsters, de Edith Jorisch (Canadá)
The Passing, de Ivete Lucas e Patrick Xavier Bresnan (EUA)

PROGRAMA 5 | CURTAS

Aphasia, de Marielle Dalpé (Canadá)
Ever Since, I Have Been Flying, de Aylin Gökmen (Suíça)
I Used to Live There, de Ryan McKenna (Canadá)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil/Reino Unido)
Sawo Matang, de Andrea Nirmala Widjajanto (Canadá/Indonésia/EUA)
This is Not About Swimming, de Marni Van Dyk (Canadá)
WOACA, de Mackenzie Davis (Reino Unido)

PROGRAMA 6 | CURTAS

27, de Flóra Anna Buda (França/Hungria)
6 Minutes Per Kilometer, de Catherine Boivin (Canadá)
Modern Goose, de Karsten Wall (Canadá)
Motherland, de Jasmin Mozaffari (Canadá)
Sheephead, de Spencer Creigh (EUA)
The Heart, de Malia Ann (EUA)
Xie Xie, Ollie, de James Michael Chiang (Canadá)

Foto: Divulgação.

51º Festival de Cinema de Gramado: conheça os integrantes dos júris

por: Cinevitor
A atriz Leticia Colin na edição do ano passado: confirmada no júri

A 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que começa nesta sexta-feira, 11/08, e segue até 19 de agosto, revelou os nomes dos profissionais que escolherão os vencedores dos kikitos deste ano.

Como de costume, realizadores, produtores, atores e atrizes, pesquisadores, acadêmicos, profissionais do audiovisual e críticos de cinema têm a missão de escolher quem leva os prêmios do Festival de Cinema de Gramado. Cada categoria tem um júri próprio que define os vencedores, além do Júri da Crítica, que escolhe os melhores do ponto de vista dos jornalistas especializados.

Os membros do júri de longas-metragens brasileiros são: a roteirista Elena Soarez, a especialista em pós-produção de som Catarina Apolonio, o professor e diretor de cinema e teatro Cristiano Burlan, o diretor e ator Fabrício Boliveira e a atriz Leticia Colin.

Os vencedores da mostra competitiva de longas-metragens documentais serão escolhidos por Daniela Cardarelo, diretora artística do Festival Internacional de Cinema de Punta del Este; o ator, diretor e produtor Emanoel Freitas; e Paola Mallmann, diretora, produtora cultural e audiovisual, pesquisadora e atriz. O júri de longas-metragens gaúchos é composto pelo jornalista Danilo Fantinel, o roteirista e diretor Iberê Carvalho e a Head de Produção de Conteúdo da Paramount, Maria Angela de Jesus.

Gabriela Bervian, técnica de som direto e desenhista de som, a cineasta Janaina Oliveira ReFem, o ator João Carlos Castanha, a produtora e roteirista Vânia Matos e Juliana Costa são os nomes que formam o júri de curtas-metragens brasileiros. O júri de curtas-metragens gaúchos é composto pela diretora e roteirista Danielle Bertolini, o roteirista e ator Aldri Anunciação, o diretor e roteirista André Novais Oliveira, o professor de história do cinema e crítico Humberto Pereira da Silva e Laura Castro, diretora, atriz e roteirista.

O Júri da Crítica conta com a jornalista e crítica Bruna Haas, o crítico e pesquisador de cinema Paulo Casa Nova, o crítico Bruno Carmelo, o jornalista Daniel Schenker e a jornalista Suzana Uchôa Itiberê.

Neste ano, a programação conta com a ampliação da tradicional cerimônia de entrega dos kikitos. Agora, as noites de sexta e sábado serão reservadas para a grande celebração do cinema brasileiro. A medida visa dar maior visibilidade aos vencedores da mostra de curtas-metragens brasileiros, que passam a ter uma noite especial de premiação na sexta, 18. No sábado, 19, serão conhecidos os melhores dentre as mostras de longas brasileiros, documentais e gaúchos

Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.