Todos os posts de Cinevitor

Cine PE 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Diderot Senat: melhor ator pelo longa Porto Príncipe

Foram anunciados neste sábado, 09/09, no Teatro do Parque, no Recife, em cerimônia apresentada por Nínive Caldas, os vencedores da 27ª edição do Cine PE – Festival Audiovisual. O longa catarinense Porto Príncipe, dirigido por Maria Emília de Azevedo, foi consagrado com a Calunga de Prata de melhor filme e melhor ator para Diderot Senat.

Além disso, o longa-metragem paranaense Entrelinhas, de Guto Pasko, levou cinco prêmios, entre eles, o de melhor direção; o curta pernambucano Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan, também se destacou com cinco prêmios na mostra nacional. Filmado em Condado, na Zona da Mata, Quebra Panela, dirigido por Rafael Anaroli, foi o grande vencedor da mostra pernambucana de curtas-metragens.

Os vencedores do 27º Cine PE no palco

Neste ano, o júri de longas-metragens contou com: Denise Del Cueto, Oswaldo Massaini Filho, Sérgio Fidalgo, Márcio Henrique e Leticia Spiller. Entre os curtas, o time de jurados foi formado por: Carlos Wanderley, Roberta Azevedo Figueira e Séphora Silva. Vale lembrar que a noite deste sábado também foi marcada pela entrega das Calungas de Prata aos vencedores da edição do ano passado do festival. 

O Prêmio da Crítica Abraccine, realizado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, contou com Kel Gomes, Vitor Búrigo e César Castanha no júri. O Prêmio Canal Brasil de Curtas, que oferece um troféu e R$ 15 mil para o melhor filme de curta-metragem, que será exibido na grade de programação, contou com Enoe Lopes, Ismaelino Pinto, Kel Gomes, Luiz Carlos Merten e Miguel Barbieri no júri.

Conheça os vencedores do 27º Cine PE – Festival do Audiovisual:

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Porto Príncipe, de Maria Emília de Azevedo (SC)
Melhor Direção: Guto Pasko, por Entrelinhas
Melhor Roteiro: Agreste, escrito por Newton Moreno e Marcus Aurelius Pimenta
Melhor Ator: Diderot Senat, por Porto Príncipe
Melhor Ator Coadjuvante: Roberto Rezende, por Agreste
Melhor Atriz: Gabriela Freire, por Entrelinhas
Melhor Atriz Coadjuvante: Luci Pereira, por Agreste
Melhor Fotografia: Agreste, por Humberto Bassanello
Melhor Direção de Arte: Entrelinhas, por Isabelle Bittencourt
Melhor Montagem: Entrelinhas, por Lucas Cesario Pereira
Melhor Trilha Sonora: Frevo Michiles, por Jota Michiles
Melhor Edição de Som: Entrelinhas, por Kiko Ferraz
Menção Honrosa: Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia, de José Carlos Arandiba “Zebrinha”, pela relevância do tema abordado, referente à memória, à história e à luta de gerações de mulheres e homens artistas pretos que fizeram de seus corpos e de suas expressões as principais ferramentas de afirmação política e pessoal

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

Melhor Filme: Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan (PE)
Melhor Direção: Douglas Duan, por Eu Nunca Contei a Ninguém
Melhor Roteiro: Instante, escrito por Paola Veiga, Roberta Rangel e Emanuel Lavor
Melhor Ator: Edmilson Filho, por Única Saída
Melhor Atriz: Ju Colombo, por Fossilização
Melhor Fotografia: Fossilização, por Lucas Loureiro
Melhor Direção de Arte: Eu Nunca Contei a Ninguém, por Douglas Duan
Melhor Montagem: Virtual Genesis, por Arthur B. Senra
Melhor Trilha Sonora: Eu Nunca Contei a Ninguém, por Douglas Duan
Melhor Edição de Som: Quintal, por João Milet Meirelles

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Melhor Filme: Quebra Panela, de Rafael Anaroli
Melhor Direção: Rafael Anaroli, por Quebra Panela
Melhor Roteiro: Filhos Ausentes, escrito por Virgínia Guimarães
Melhor Ator: Paulo César Freire, por Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo
Melhor Atriz: Geraldine Maranhão, por Alto do Céu
Melhor Fotografia: Coração da Mata, por Breno César
Melhor Direção de Arte: Quebra Panela, por Lia Letícia
Melhor Montagem: Coração da Mata, por Priscilla Maria, Victória Drahomiro e André Hora
Melhor Trilha Sonora: Depois do Sonho, por Antônio Nogueira
Melhor Edição de Som: Depois do Sonho, por Matheus Mota e Jeff Mandú

OUTROS PRÊMIOS

JÚRI POPULAR
Melhor Curta Pernambucano: Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo, de Hugo Barros Aquino e Maria Eduarda Soares Gazal
Melhor Curta Nacional: Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha (AP)
Melhor longa-metragem: Agreste, de Sergio Roizenblit (SP)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan (PE)

PRÊMIO DA CRÍTICA | ABRACCINE
Melhor Curta Nacional: Moventes, de Jefferson Cabral (RN)
Melhor longa-metragem: Frevo Michiles, de Helder Lopes (PE)

Fotos: Felipe Souto Maior/Vitor Búrigo.

Festival de Veneza 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Yorgos Lanthimos: Leão de Ouro por Poor Things

Foram anunciados neste sábado, 09/09, os vencedores da 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza. O júri, presidido pelo cineasta Damien Chazelle, concedeu o Leão de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, para Poor Things, de Yorgos Lanthimos.

Completavam o time de jurados da Competição Internacional deste ano: Saleh Bakri, Jane Campion, Mia Hansen-Løve, Gabriele Mainetti, Martin McDonagh, Santiago Mitre, Laura Poitras e Shu Qi. Já na mostra Orizzonti, o júri foi presidido pelo cineasta Jonas Carpignano e contou também com Kaouther Ben Hania, Kahlil Joseph, Jean-Paul Salomé e Tricia Tuttle.

Para escolher o vencedor do Prêmio Luigi De Laurentiis, que entrega o Leão do Futuro para o melhor filme de estreia da seleção, o júri foi presidido pela cineasta Alice Diop. O time completou-se com Faouzi Bensaïdi, Laura Citarella, Andrea De Sica e Chloe Domont.

Neste ano, o cinema brasileiro marcou presença com: Sem Coração, de Nara Normande e Tião, na mostra competitiva Orizzonti; e com Finalmente Eu, de Marcio Sal, na competição da mostra Venice Immersive de realidade virtual. Além disso, na mostra Biennale College Cinema VR, que apresenta projetos desenvolvidos em edições passadas do festival, o Brasil apareceu com: Origen, dirigido e produzido por Emilia Sánchez Chiquetti; e Queer Utopia: Act I Cruising, uma coprodução entre Portugal e Brasil, dirigida por Lui Avallos com produção de Rodrigo Moreira. E mais: a atriz Sophie Charlotte integrou o elenco do longa The Killer, dirigido por David Fincher, e o ator Gabriel Leone se destacou em Ferrari, de Michael Mann.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cinema de Veneza 2023:

COMPETIÇÃO | VENEZIA 80

MELHOR FILME | LEÃO DE OURO
Poor Things, de Yorgos Lanthimos (Reino Unido)

GRANDE PRÊMIO DO JÚRI
Aku wa sonzai shinai (Evil Does Not Exist), de Ryusuke Hamaguchi (Japão)

MELHOR DIREÇÃO | LEÃO DE PRATA
Matteo Garrone, por Io Capitano

PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATRIZ
Cailee Spaeny, por Priscilla

PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATOR
Peter Sarsgaard, por Memory

MELHOR ROTEIRO
El Conde, escrito por Guillermo Calderón e Pablo Larraín

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Zielona granica (Green border), de Agnieszka Holland (República Tcheca/Polônia/Bélgica)

PRÊMIO MARCELLO MASTROIANNI | ATOR/ATRIZ EM ASCENSÃO
Seydou Sarr, por Io Capitano

MOSTRA ORIZZONTI

MELHOR FILME
Magyarázat mindenre (Explanation for everything), de Gábor Reisz (Hungria/Eslováquia)

MELHOR DIREÇÃO
Mika Gustafson, por Paradiset brinner (Paradise is burning)

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Una sterminata domenica, de Alain Parroni (Itália/Alemanha/Irlanda)

MELHOR ATRIZ
Margarita Rosa de Francisco, por El Paraíso

MELHOR ATOR
Tergel Bold-Erdene, por Ser Ser Salhi (City of Wind)

MELHOR ROTEIRO
El Paraíso, escrito por Enrico Maria Artale

MELHOR CURTA-METRAGEM
A Short Trip, de Erenik Beqiri (França)

OUTROS PRÊMIOS

LEÃO DO FUTURO | MELHOR FILME DE ESTREIA: Ai Shi Yi Ba Qiang (Love is a Gun), de Lee Hong-chi (Hong Kong/Taiwan)
MELHOR FILME | MOSTRA ORIZZONTI EXTRA | PRÊMIO DO PÚBLICO: Felicità, de Micaela Ramazzotti (Itália)
MELHOR FILME RESTAURADO | VENICE CLASSICS: A Mudança (Ohikkoshi), de Shinji Sōmai (Japão) (1993)
MELHOR FILME | VENICE CLASSICS DOCUMENTÁRIO: Thank You Very Much, de Alex Braverman (EUA)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO FIPRESCI | COMPETIÇÃO: Aku wa sonzai shinai (Evil Does Not Exist), de Ryusuke Hamaguchi (Japão)
PRÊMIO FIPRESCI | ORIZZONTI E MOSTRAS PARALELAS: Una sterminata domenica, de Alain Parroni (Itália/Alemanha/Irlanda)
QUEER LION AWARD: Domakinstvo za pocetnici (Housekeeping for beginners), de Goran Stolevski (Macedônia do Norte/Polônia/Croácia/Sérvia/Kosovo)

*Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores da 80ª edição do Festival de Veneza

*Clique aqui e confira a lista completa com os prêmios paralelos, eleitos de forma independente por associações de críticos de cinema, cineclubes e associações culturais e profissionais do cinema

Foto: Divulgação/La Biennale di Venezia.

Cine PE 2023: Caio Blat é homenageado

por: Cinevitor
Calunga de Ouro: trajetória de sucesso

A noite de terça-feira, 05/09, no Cine PE – Festival do Audiovisual foi repleta de emoções. No palco do Teatro do Parque, a apresentadora Nínive Caldas começou seu discurso elogiando o grande homenageado desta 27ª edição: o ator e diretor Caio Blat.

De acordo com Sandra Bertini, diretora do Cine PE, Caio foi escolhido como homenageado pela versatilidade e relevância de sua contribuição para o audiovisual brasileiro: “Ele é um jovem ator com uma trajetória muito bonita no cinema, na TV e no teatro. Tudo que ele faz é com muita intensidade e muita entrega, e o festival entende que sua carreira merece ser exaltada”, disse.

Nascido em São Paulo, no dia 2 de junho de 1980, Caio Blat começou sua carreira artística logo no início dos anos 1990 em uma participação no seriado Mundo da Lua, da TV Cultura, e na série Retrato de Mulher, na TV Globo. Na sequência, foi contratado pelo SBT e assinou seu primeiro trabalho em uma novela: o remake de Éramos Seis. Logo, na mesma emissora, atuou também em As Pupilas do Senhor Reitor.

Ainda na telinha, participou de grandes sucessos da dramaturgia, como: Chiquinha Gonzaga, Andando nas Nuvens, Um Anjo Caiu do Céu, Coração de Estudante, Da Cor do Pecado, Ciranda de Pedra, Caminho das Índias, Lado a Lado, Joia Rara, Império, Liberdade, Liberdade, Sinhá Moça, Deus Salve o Rei, O Sétimo Guardião, Segunda Chamada, Mar do Sertão, entre outros.

Nas telonas, Caio estreou no longa-metragem Caminho dos Sonhos, de Lucas Amberg, ao lado de Taís Araujo, em 1998. Em 2001, atuou no premiado Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho. Depois disso, consolidou sua carreira em outros títulos de sucesso, como: Cama de Gato, que lhe rendeu um prêmio no La Cinema Fe, em Nova York; Carandiru; Quanto Vale ou É por Quilo?; O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, que foi indicado ao Grande Otelo de melhor ator coadjuvante no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; Baixio das Bestas; Proibido Proibir, que lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Festival Internacional de Cinema de Cartagena.

Caio Blat e Cláudio Assis no palco

E mais: Batismo de Sangue; O Bem-Amado; Bróder, que recebeu o kikito de melhor ator no Festival de Gramado; As Melhores Coisas do Mundo, no qual foi premiado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; Xingu; Entre Nós, que recebeu o prêmio de melhor ator no Amazonas Film Festival; Alemão; Ponte Aérea; Califórnia, que recebeu o Prêmio do Público de melhor ator no Festival Sesc Melhores Filmes; BR 716; entre outros. No ano passado, dirigiu seu primeiro longa: O Debate, com Debora Bloch e Paulo Betti no elenco.

Sua carreira nos palcos também foi marcada por grandes sucessos, entre eles, a adaptação de Grande Sertão: Veredas, no qual recebeu o Prêmio Shell e o Prêmio APTR de Teatro de melhor ator por interpretar o personagem Riobaldo.

Para celebrar sua trajetória, Caio Blat subiu ao palco do Cine PE acompanhado pela esposa, a atriz Luisa Arraes, e foi surpreendido pela presença do cineasta pernambucano Cláudio Assis, com quem trabalhou em Baixio das Bestas, e que lhe entregou o troféu Calunga de Ouro: “Que honra ser homenageado na sua terra, cara! Que lindo, que presente!”, disse emocionado.

E continuou seu discurso: “Uma das maiores honras que eu tive na vida foi ser convidado pra filmar com esse cabra. Pra conhecer a Zona da Mata, o Mestre Barachinha e o Siba. E fazer um filme com esse cara! Eu pisei aqui no Recife pela primeira vez na adolescência e fiquei completamente fascinado por esse lugar. Apaixonado pelas pessoas daqui, pelos artistas. Eu queria que minha trajetória passasse por aqui também. Dirigi peças aqui e tive essa honra gigantesca de filmar com o Claudão, de morar em Nazaré da Mata durante dois ou três meses”.

Caio seguiu elogiando Pernambuco, o festival e a esposa: “Vim várias vezes ao Cine PE. Também como público e em outros lugares em que acontecia. Vi filmes e sessões incríveis. E eu fazia de tudo para ser um pouco pernambucano. Sou completamente apaixonado por essa terra. Só mais recentemente que eu consegui casar com uma mulher pernambucana pra ver se oficializava um pouco a coisa. É o amor da minha vida, minha grande companheira, minha grande parceira há seis anos. É uma mulher incrível. Só tava precisando mesmo agora é de uma filha pernambucana. Se vocês puderem me ajudar…”, disse sorrindo.

O homenageado com o cineasta Cláudio Assis

Em seu discurso, falou também da família: “Tenho uma irmã que tá aqui, a Camila, que nasceu no mesmo dia que eu, tem o mesmo DNA e o mesmo mapa astral. O que foi que Camila fez? Largou o trabalho dela, que levava todo dia uma hora no trânsito na Marginal Tietê em São Paulo, e veio morar aqui em Recife. Ela fez o que eu ainda não tive coragem de fazer”.

Antes de finalizar, Caio celebrou a volta da democracia no país: “Esse prêmio é para celebrar a volta de um governo democrático, a volta do Ministério da Cultura com a maravilhosa Margareth Menezes, a volta da Ancine, a liberação do nosso Fundo Setorial. E que venha a regulamentação da nossa cota de tela, que venha a regulamentação dos nossos direitos na internet e no streaming. E que venham muitas edições do Cine PE para mostrarmos todos os filmes que vamos fazer com a Lei Paulo Gustavo!”.

Ovacionado pelo público, finalizou: “Eu achei que fosse jovem para receber essa homenagem, mas isso aqui é um banho de água fria que você leva. E eu penso: agora eu sou homenageado. Antes eu vinha competir com os filmes, agora eu sou homenageado ao lado de Laura Cardoso e tantos outros nomes. É uma honra ser homenageado nessa terra que eu amo, respeito, admiro e onde se faz o melhor cinema do Brasil, o mais instigante. É a realização de um sonho. Essa noite pra mim vai ser sempre inesquecível. Foi tudo muito lindo! Uma boa noite de cinema para todos vocês!”.

Em razão da homenagem, na mesma noite foi exibido um vídeo especial editado pelo Canal Brasil e o curta-metragem Travessia, dirigido por Gabriel Lima e protagonizado por Caio Blat e pela atriz Juliane Araújo. Clique aqui e assista nossa entrevista com o homenageado.

Na sequência, a programação do Cine PE seguiu com a exibição dos curtas pernambucanos em competição: Depois do Sonho, de Ayodê França; e Invasão ou Contatos Imediatos de Terceiro Mundo, de Hugo Barros Aquino e Maria Eduarda Soares Gazal.

Já na mostra competitiva nacional de curtas, a programação de terça-feira contou com Eles Não São Estrangeiros, de Pedro Bughay; Quintal, de Mariana Netto; Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha; e Moventes, de Jefferson Cabral. O longa exibido em competição foi o catarinense Porto Príncipe, de Maria Emília de Azevedo.

*O CINEVITOR está no Cine PE e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Felipe Souto Maior.

Oscar 2024: seis longas disputam indicação brasileira ao prêmio de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Chico Diaz e Gabriel Knoxx no longa acriano Noites Alienígenas

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou na manhã desta terça-feira, 05/09, a lista com os seis longas-metragens brasileiros pré-selecionados que seguem na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2024.

Ao todo, foram 28 longas-metragens inscritos e habilitados e a eleição foi realizada em dois turnos. No dia 12 de setembro, próxima terça-feira, será escolhido, entre os seis pré-selecionados, o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga na 96ª edição da premiação realizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que acontecerá no dia 10 de março de 2024.

Neste ano, a Comissão de Seleção é presidida por Ilda Santiago e conta com diversos membros; clique aqui e saiba mais. Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com o drama Marte Um, de Gabriel Martins, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.

Recentemente, durante a cerimônia da 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, anunciou que o longa Carvão, de Carolina Markowicz, será o representante brasileiro no Prêmio Goya, conhecido como o Oscar espanhol e realizado pela Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España.

Conheça os seis filmes pré-selecionados:

Estranho Caminho, de Guto Parente
Noites Alienígenas, de Sergio de Carvalho
Nosso Sonho: A História de Claudinho e Buchecha, de Eduardo Albergaria
Pedágio, de Carolina Markowicz
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho
Urubus, de Claudio Borrelli

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

FAM 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Luciana Souza no longa Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena

A 27ª edição do FAM, Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul, acontecerá entre os dias 21 e 27 de setembro com 89 filmes na programação, sendo 61 para mostras competitivas e 28 convidados.

Realizado pela Associação Cultural Panvision, o festival teve recorde histórico em número de filmes inscritos neste ano: foram 1.545 produções. No total, 90 obras serão exibidas, contando com o curta-metragem que será realizado durante a Oficina de Audiovisual para Povos Originários.

Nesta 27ª edição, seis mostras competitivas fazem parte da programação do festival: Work In Progress (filmes em processo de finalização), Mostra Curtas, Mostra Infantojuvenil, Mostra Curtas Catarinense, Mostra Longas e Mostra Videoclipe. Na Mostra WIP e na Mostra Catarinense, todas as produções são inéditas. Na mostra de longas-metragens vale destacar o Selo Marias de Cinema nas obras; o título simboliza o reconhecimento de filmes que retratam mulheres de maneira mais complexa, que traçam seus próprios caminhos e que, fugindo dos padrões, saem da sombra de personagens masculinos.

Em 2023, o festival contará também com uma sessão surpresa, que será exibida no último dia da programação com os curtas mais votados pelo Júri Popular. As exibições serão no CineShow Beiramar Shopping. Já o Encontro de Coprodução do Mercosul – ECM+LAB 2023 e o Fórum terão lugar no Majestic Palace Hotel; e o IFSC – Campus Florianópolis também será espaço para as atividades formativas do festival.

Marilha Naccari, diretora de programação do FAM, disse: “Nós somos o festival de cinema do Mercosul em Florianópolis e temos um carinho muito especial pelas produções catarinenses. A Mostra Curtas Catarinense, que está dentro das nossas sessões de curtas, que esse ano incluiu videoclipe, é a nossa cota de tela catarinense. Isso garante a relação do público e produtores na primeira janela que eles têm, como as premiers. É muito bom ser a casa de estreia do cinema catarinense”.

Alissa Azambuja, diretora de Comunicação da Panvision, comentou: “Estamos na contagem regressiva para o FAM 2023! A programação está incrível, além da exibição de 90 filmes, temos oficinas e importantes encontros, mesas, assinaturas de acordos, o que mostra a força e a importância do festival para o Mercosul”. Nesta edição, a novidade é a Mostra Especial Nossos Mundos, composta por filmes convidados. Os títulos dessa mostra poderão ser assistidos na plataforma Itaú Cultural Play entre os dias 20 de setembro e 4 de outubro.

A noite de abertura contará com a exibição do curta-metragem convidado As Três, de Daniela Farina e Ricardo Sékula; o encerramento terá o longa convidado Porto Príncipe, dirigido por Maria Emília de Azevedo.

Conheça os filmes selecionados para o FAM 2023:

MOSTRA LONGAS

A Outra Forma, de Diego Felipe Guzmán Ramírez (RJ)
Amanhã, de Marcos Pimentel (MG)
Diòba, de Adriana Marcela Rojas Espitia (Colômbia)
Este Fue Nuestro Castigo, de Luis Cintora (Peru)
Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena (CE)
Surdes, de Carol Argamim Gouvêa e Thays Prado (SP)

MOSTRA CURTAS

Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (SC)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Caradeloca, de Cinthia Varela (Argentina)
Colchão D’Água, de Livia Motta (RN)
Concordia, de Diego Véliz (Chile)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
El Árbol, de Guillermo Arias (Chile)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Escopaestesia, de Rickxer Soto (Equador)
Foi um Tempo de Dor, de Vinicius de Oliveira e Thiago Nunes (DF)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
Kryartura e Ganjão, de Eduardo Ferreira (SP)
La Chagra: Un Camino de Vida, de Edgar Medina Fetecua (Colômbia/Equador/Grécia)
Mi Primer Cumpleaños, de Fernando Montemarani (Argentina)
Moventes, de Jefferson Cabral (RN)
Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn: Não Somos Apenas Sombras, de Dino Menezes (SP)
Nostalgia para el Lago, de Arturo Maciel (Argentina/Paraguai)
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE)
PoemAto, de Fernando Sá, Gabriel Arruda e Elirone Rosa (SP)
Porcelanas, de Flora Campero (Argentina)
Revolução 2020, de Élcio Verçosa Filho (SP)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF/GO)
Virus, de Iván Luna (Colômbia)
Volar, de Catherine Mazoyer (Chile)

MOSTRA CURTAS CATARINENSE

Adorável Evolução, de Jordana Beck (Florianópolis)
Apresuntado, de Bianca Pirmez (Florianópolis/Palhoça)
Être: Fronteiras que Falam, de Yohana Fukui (Balneário Camboriú/Porto Belo)
Guerra Branca, de Fernando Machado (Lages/São José do Cerrito)
Mar que Nos Rodeia, de Beatriz Silva (Balneário Camboriú)
Não me Mande Flores, de Vinicius Figueiredo (Imbituba)
Plutão, de Paula Chiodo (Florianópolis)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ)
Agosto dos Ventos, de Paulo Antunes (MG)
Astronauta de Pano, de Deborah Seixas Xavier, Jérémie Bonheure, Deborah Seix e Ruth Steyer (SC)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Con un Ovillo de Lana, de Belén Ricardes (Argentina)
Contos Mirabolantes: O Olho do Mapinguari, de Andrei Miralha e Petronio Medeiros (PA)
Medo, de Bibiana Lauretti (SP)
Memórias da Infância, de Alunas e alunos EMEF Manuel Pereira Ramalho (MG)
Miedo, de Fernanda Ribeiz (Argentina)
Órbita, de Marco Antonio Pereira (SP)
Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal (PR)

MOSTRA VIDEOCLIPE

Antes de las 3, de Nina Romero; direção: Pierina Espinoza (Venezuela)
My Meisie, de Winnit; direção: Pedro H. M. Marques (SP)
Ode à Dalí, de Omar; direção: Guilherme Jardim e Samuel Fávero (MG)
Sin Combate, de Anahi Mariluan; direção: Maria Manzanares (Argentina)
Timon, Papel e Letra, de Jaísa Caldas; direção: Renata Fortes (PI/MA)
Voces en Soledad, de La Banda Rude Ska; direção: Simón N (Colômbia)

MOSTRA ESPECIAL | NOSSOS MUNDOS

As Faces de Ali, de Diana Griebeler (SC)
Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha (AP)
Kunhã Karai e as Narrativas da Terra, de Paola Mallmann (RS/SC/PR/SP/MG/AC/DF)
Mulher Vestida de Sol, de Patrícia Moreira (BA)
Nunca Pensei que Seria Assim, de Meibe Rodrigues (MG)
Tô Esperando Você Voltar, de Marina Lavarini (BA/SP/MG)
Valentina Versus, de Anne Lise Ale e E. M. Z. Camargo (PR)
Yasmin, de Ludmila Curi (RJ)

MOSTRA WIP

Adios al Amigo, de Ivan David Gaona (Colômbia)
Alegria do Amor, de Marcia Paraiso (Brasil, SC)
Dos Manzanas, de Eduardo Raspo (Argentina)
El Diario de Viña, de Edison Gómez Amaya (Colômbia)
Lo que Queda, de ​​Mariel Escobar (Argentina)
Nico, de Salomón Reyes (Uruguai)

Foto: Divulgação.

Festival do Rio 2023: conheça os filmes selecionados para a Première Brasil

por: Cinevitor
Maya de Vicq e Maeve Jinkings no longa pernambucano Sem Coração

O Festival do Rio 2023, que acontecerá entre os dias 5 e 15 de outubro, anunciou os títulos selecionados para a Première Brasil, considerada uma das principais vitrines do cinema brasileiro. Para esta 25ª edição, foram selecionadas 91 produções nacionais, entre longas e curtas, formando um grande panorama de jovens e consagrados realizadores, com toda a diversidade e criatividade do cinema brasileiro.

Neste ano, o Festival do Rio recebeu 1.108 inscrições: 790 curtas e 318 longas de cineastas de todo o Brasil, assim como coproduções com nosso país. A Première Brasil leva ao público estas 91 produções nas mostras competitivas (Competição Oficial e Novos Rumos) e nas seleções especiais (Hors Concours, Retratos e O Estado das Coisas).

A Première Brasil também realiza sessões e debates presenciais com as equipes dos filmes e traz para o público uma oportunidade única de conhecer o cinema brasileiro que estará nas telonas durante o próximo ano; coproduções com o Brasil e clássicos nacionais restaurados também compõem uma seleção vasta, capaz de criar novas plateias para o nosso cinema.

A programação traz 40 estreias mundiais, 54 longas e 38 curtas, em uma grande celebração da produção brasileira. Em sua histórica edição comemorando 25 anos, o Festival do Rio celebra todos os cinemas e todos os públicos, se espalhando por toda a cidade do Rio de Janeiro e convidando novas plateias a fazer parte dessa história.

Conheça os filmes selecionados para a Première Brasil 2023:

PREMIÈRE BRASIL | COMPETITIVAS

LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO

Ana, de Marcus Faustini (RJ)
A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito (SP)
A Festa de Léo, de Luciana Bezerra e Gustavo Melo (RJ)
As Polacas, de João Jardim (RJ)
Até que a Música Pare, de Cristiane Oliveira (RS)
Cinco da Tarde, de Eduardo Nunes (RJ)
Estranho Caminho, de Guto Parente (CE)
Levante, de Lillah Halla (SP)
O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
O Mensageiro, de Lúcia Murat (RJ)
Onoff, de Lírio Ferreira (RJ)
Pedágio, de Carolina Markowicz (SP)
Sem Coração, de Nara Normande e Tião (PE)

LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO

Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (RJ)
Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (RJ)
Helô, de Lula Buarque de Hollanda (RJ)
Línguas da Nossa Língua, de Estevão Ciavatta (RJ)
O Coro do Te-Ato, de Stella Oswaldo Cruz Penido (RJ)
Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ)
Utopia Tropical, de João Amorim (DF)

COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS

A Lama da Mãe Morta, de Camilo Pellegrini (RJ)
Bença, de Mano Cappu (PR)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Cassandra, de Paula Granato (SP)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Diamantes de Acayaca, de Francisco Nora Franco e Fernanda Roque (MG)
Engole o Choro, de Fábio Rodrigo (SP)
Mergulho, de Marton Olympio e Anderson Jesus (RJ)
Nina e o Abismo, de Alice Name-Bontempo (SP)
Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury (SP)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Pequenas Insurreições, de William de Oliveira (PR)
Quarto de Hotel, de Marcelo Ribas Grabowsky e Mauro Pinheiro Jr. (RJ)
Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Edmar Tokorino Yanomami (SP)
Tudo o que Cresce e Voa, de Maria Fanchin (SP)
Vão das Almas, de Edileuza Penha e Santiago Dellape (DF)

PREMIÈRE BRASIL | HORS CONCOURS

A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora (Brasil/Portugal)
A Paixão Segundo G.H., de Luiz Fernando Carvalho (RJ)
Leme do Destino, de Julio Bressane (RJ)
Meu Nome é Gal, de Dandara Ferreira e Lô Politi (SP)
Meu Sangue Ferve Por Você, de Paulo Machline (SP)
Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane (RJ)
O Diabo da Rua no Meio do Redemunho, de Bia Lessa (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | GALA DE ENCERRAMENTO
O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini (SP)

PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS

COMPETIÇÃO LONGAS

Atmosfera, de Paulo Caldas (SP)
Bizarros Peixes das Fossas Abissais, de Marão (RJ)
Eu sou Maria, de Clara Linhart (RJ)
Iracemas, de Tuca Siqueira (PE)
Nada Será Como Antes, de Ana Rieper (RJ)
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA)
Termodielétrico, de Ana Costa Ribeiro (RJ)
Tudo que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr (MG)

COMPETIÇÃO CURTAS

A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ)
As Miçangas, de Rafaela Camelo e Emanuel Lavor (DF)
Castanho, de Adanilo (AM)
Dependências, de Luísa Arraes (RJ)
Erva de Gato, de Novíssimo Edgar (SP)
Jaguanum, de Samuel Lobo (RJ)
Queime Este Corpo, de Denis Cisma e Mauricio Bouzon (SP)
Se Precisar de Algo, de Mariana Cobra (SP)

PREMIÈRE BRASIL: RETRATOS

LONGAS-METRAGENS

Aretha no Everest, de Roberta Estrela D’Alva e Tatiana Lohmann (RJ)
Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite (BA)
Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria (RJ)
Nelson Pereira dos Santos: Uma Vida de Cinema, de Ivelise Ferreira e Aída Marques (RJ)
Peréio, Eu Te Odeio, de Tasso Dourado e Allan Sieber (RJ)
Rio da Dúvida, de Joel Pizzini (RJ)
Roberto Farias: Memórias de um Cineasta, de Marise Farias (RJ)
Samuel Wainer, de Dario Menezes (RJ)

CURTAS-METRAGENS

A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN)
Arruma um Pessoal pra Gente Botar uma Macumba num Disco, de Chico Serra (RJ)
Celebrazione, de Luís Carlos Lacerda (RJ)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
Teatro de Máscaras, de Eduardo Ades (RJ)

PREMIÈRE BRASIL: O ESTADO DAS COISAS

LONGAS-METRAGENS

Aqui en la Frontera, de Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi (RR)
Bye, Bye Amazônia, de Neville de Almeida (RJ)
Corpos Invisíveis, de Quézia Lopes (RJ)
Incompatível com a Vida, de Eliza Capai (RJ)
Rapacidade, de Julia de Simone e Ricardo Pretti (RJ)
Rejeito, de Pedro de Filippis (SP)
Toda Noite Estarei Lá, de Tati Franklin e Suellen Vasconcelos (ES)

CURTAS-METRAGENS

Camorim, de Renan Barbosa Brandão (RJ)
Por Favor Leiam para que Eu Descanse Em Paz, de Anna Costa e Silva e Nanda Félix (RJ)
Quarta-Feira, de Bárbara Santos e João Pedro Prado (Brasil/Alemanha)
Yãmî Yah-Pá: Fim da Noite, de Vladimir Seixas (RJ)

EXIBIÇÃO ESPECIAL DE CURTAS

Aquela Mulher, de Cristina Lago e Marina Erlanger (RJ)
Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ)
Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ)
Noturna, de Gabriela Poester (RJ)
O Chá de Alice, de Simone Spoladore (RJ)

SESSÕES ESPECIAIS

Fala, Tu, de Guilherme Coelho (aniversário 20 anos)
Quantos dias quantas noites, de Cacau Rhoden

ITINERÁRIOS ÚNICOS

Egili: Rainha Retinta do Carnaval, de Carolina Reucker (RJ)
Mulheres Radicais, de Isabel Nascimento Silva (RJ)
Raoni, Uma Amizade Improvável, de Jean-Pierre Dutilleux (RJ)

COPRODUÇÕES COM O BRASIL

Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno (Brasil/Argentina/Luxemburgo/Chile)
Los de Abajo (Os de Baixo), de Alejandro Quiroga Guerra (Brasil/Argentina/Bolívia/Colômbia)
Posto Avançado, de Edoardo Morabito (Brasil/Itália)
Puan, de Benjamín Naishtat e María Alché (Brasil/ Argentina/França/Itália/Alemanha)
Scab Vendor: The Life and Times of Jonathan Shaw, de Mariana Thomé e Lucas de Barros (Brasil/EUA)
Somos Guardiões, de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman (Brasil/EUA)
The Ballad of a Hustler (Sem Pátria), de Heitor Dhalia (Brasil/EUA)
El auge del humano 3 (O Auge do Humano 3), de Eduardo ‘Teddy’ Williams (Brasil/Taiwan/Argentina/Portugal/Holanda/Peru/Hong Kong/Sri Lanka)
Nas Pegadas de Mengele, de Alejandro Venturini e Tomás de Leone (Brasil/Argentina)

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

CINEVITOR #446: Entrevista com Grazi Massafera | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A atriz no tapete vermelho do Festival de Gramado

A atriz paranaense Grazi Massafera passou pela 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado para exibir, no Palácio dos Festivais, Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte, na mostra competitiva de longas brasileiros.

O filme, que marca o reencontro entre o diretor e a atriz nas telonas depois de Billi Pig, lançado comercialmente em 2012, é um thriller psicológico que foi rodado em Curitiba, no Paraná; este é o 15º longa da carreira do cineasta.

Na trama, Grazi é Eva, uma mulher acusada pela sociedade de ser a principal suspeita dos estranhos acontecimentos que envolvem suas duas filhas gêmeas e seu filho recém-nascido. Para provar sua inocência e ter seu marido, interpretado por Reynaldo Gianecchini, e sua família feliz de volta, ela começa a investigar a situação.

Grazi Massafera, que foi Miss Paraná em 2004, começou sua trajetória artística em 2005 quando ficou em segundo lugar no reality show Big Brother Brasil. Carismática, cativou o público e logo foi convidada para se aventurar na TV; fez participações em programas como A Turma do Didi, TV Xuxa e Caldeirão do Huck. No ano seguinte, estreou em sua primeira novela: Páginas da Vida, de Manoel Carlos, que lhe rendeu alguns prêmios, entre eles, o Troféu Imprensa.

Depois disso, foram inúmeros trabalhos na teledramaturgia, como: Desejo Proibido, Negócio da China, Tempos Modernos, As Cariocas, Aquele Beijo, Flor do Caribe, Geração Brasil, Bom Sucesso, Travessia. Com Verdades Secretas, de Walcyr Carrasco, foi indicada ao Emmy Internacional e recebeu o Troféu APCA de melhor atriz de televisão. Também apresentou o programa Superbonita, no GNT, e fez participações em séries como Mister Brau e A Grande Família.

Na sétima arte, Grazi fez sua estreia em Didi, o Caçador de Tesouros ao lado de Renato Aragão; depois protagonizou a comédia Billi Pig com Selton Mello e dublou a animação O Mar Não Está para Peixe. Agora, depois de Gramado, retornará aos cinemas com Uma Família Feliz, com roteiro de Raphael Montes, que tem estreia prevista para o primeiro semestre de 2024.

No dia seguinte à exibição do longa no festival, conversamos com a protagonista Grazi Massafera. No bate-papo, falou sobre sua carreira de atriz, inquietações, conflitos, segurança, autoconhecimento e construção de personagens. Além disso, elogiou o trabalho do diretor José Eduardo Belmonte e se declarou cinéfila, principalmente em relação a filmes de terror e suspense, citando Freddy Krueger, Sexta-Feira 13, O Iluminado, O Sexto Sentido, Brinquedo Assassino, entre outros. A atriz também relembrou sua estreia nas telonas e contou histórias da infância no interior do Paraná, na cidade de Jacarezinho, quando se reunia com os primos para ver filmes e ouvir histórias assustadoras que sua avó contava.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR esteve em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Conheça os vencedores do 14º Festival de Cinema de Triunfo

por: Cinevitor
Os premiados com o Troféu Caretas

Foram anunciados neste sábado, 02/09, os vencedores da 14ª edição do Festival de Cinema de Triunfo em cerimônia realizada no Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco. Ao longo do evento, foram exibidas 42 obras de 11 estados do país.

A programação contou também com diversas atividades paralelas, como a Mostra Judith Quinto, oficinas, debates na Praça do Avião, visita guiada pelo Theatro Cinema Guarany realizada pelo coletivo CineRuaPE, entre outras.

Os homenageados deste ano foram: Mauricéia Conceição, camareira, figurinista e atriz; Geraldo Pinho (in memoriam), lendário programador do Cine São Luiz; e Jr. Black (in memoriam), músico, ator e compositor.

O Troféu Caretas é concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial e popular, uma referência às tradicionais figuras dos Caretas, manifestação da cultura popular triunfense. O time de jurados desta edição foi formado por: Marlom Meirelles, Priscila Urpia e Vanessa Vieira nas mostras de curtas e médias-metragens e filmes experimentais; Bruna Tavares, Julio Cavani e Leo Tabosa na mostra de longa-metragem; Antônio Carrilho, Douglas Henrique e Jorge Filho no Troféu ABD/APECI, da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas de Pernambuco e Associação Pernambucana de Cineastas; e Karla Fagundes, Rafael Nascimento e Richard Soares no Troféu Cineclubista, entregue pela FEPEC, Federação Pernambucana de Cineclubes.

Conheça os vencedores do Festival de Cinema de Triunfo 2023:

JÚRI OFICIAL | LONGA-METRAGEM

MELHOR FILME
Rama Pankararu, de Pedro Sodré (PE)

MELHOR DIREÇÃO
Severino, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem

MELHOR ROTEIRO
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, escrito por Juliana Soares, Luiz Otávio Pereira, Maria Cardozo, Severino e Yuri Lins

MELHOR ATRIZ
Ana Flavia Cavalcanti, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem

MELHOR ATOR
Marcos Codeço, por Marcos

MELHOR PERSONAGEM | TROFÉU FERNANDO SPENCER
Bia Pankararu, por Rama Pankararu

MELHOR PRODUÇÃO
Terruá Pará, por Ofir Figueiredo

MELHOR FOTOGRAFIA
Terruá Pará, por Beto Martins

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Cíntia Lima

MELHOR TRILHA SONORA
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Amaro Freitas

MELHOR SOM
Terruá Pará, por Márcio Câmara

MELHOR MONTAGEM
Terruá Pará, por Juliana Guanais

JÚRI OFICIAL | CURTAS, MÉDIAS E EXPERIMENTAL

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM NACIONAL
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF)

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM INFANTOJUVENIL
Os Três Porquinhos, de Tamires Campos (PB)

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM PERNAMBUCANO
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (Recife)

MELHOR CURTA OU MÉDIA-METRAGEM DOS SERTÕES
Festejar São Benedito pra Todo Ano Chover, de Gabriela Fernandes e João Diniz (Curaçá, BA)

MELHOR FILME EXPERIMENTAL
Cru, de Diego Ruiz de Aquino (SP)

Melhor Direção: Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape, por Vão das Almas
Melhor Roteiro: Dente, escrito por Rita Luna
Melhor Ator: Guilherme Alves, por Mãe
Melhor Atriz: Catarina Almanova, por Tornar-se Monstra ou Humana
Melhor Fotografia: Céu de Lua, Chão de Estrelas, por Camilo Soares
Melhor Direção de Arte: Amor by Night, por Henrique Arruda
Melhor Trilha Sonora: Dorme Pretinho, por Lia de Itamaracá
Melhor Som: Samba de Latada, por Hugo Coutinho
Melhor Montagem: Das Águas, por Adalberto Oliveira 
Melhor Produção: Estampido, por Toró de Ideias e Teatro de Retalhos

JÚRI POPULAR

LONGA-METRAGEM NACIONAL
Rama Pankararu, de Pedro Sodré (PE)

CURTA OU MÉDIA NACIONAL
Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN)

CURTA OU MÉDIA INFANTOJUVENIL
Filha da Mãe D’água, de Bruno Pereira e Siderlane Souza (AM)

CURTA OU MÉDIA PERNAMBUCANO
Tornar-se Monstra ou Humana, de Catarina Almanova (Recife)

CURTA OU MÉDIA DOS SERTÕES
Trans Nordestina, de Rafael Costa (Salgueiro, PE)

FILME EXPERIMENTAL
Hiatos, de Marcela Coêlho (PE)

OUTROS PRÊMIOS

TROFÉU ABD/APECI
Melhor curta-metragem dos Sertões: Amaná, de Antonio Fargoni (Pedra Branca, CE)
Melhor curta-metragem Nacional: Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Melhor curta-metragem Pernambucano: Mãe, de Natalia Tavares de Moura (Petrolina)
Melhor curta-metragem Infantojuvenil: Pomodora, de Rafael Silvério (SP)
Melhor curta-metragem Experimental: Azul Royal, de Carlon Hardt (PR)

PRÊMIO FEPEC
Melhor Filme para reflexão: Cantigas de Pai Francisco, de Iyadirê Zidanes (Recife)
Menção Honrosa: Sethico, de Wagner Montenegro (Recife) e Tornar-se Monstra ou Humana, de Catarina Almanova (Recife)

Foto: Felipe Souto Maior/SecultPE/Fundarpe.

Curta Kinoforum 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
João Fontenele e Alda Pessoa no curta cearense Quentinha, de Rwanyto Oscar Santos

Foram anunciados nesta sexta-feira, 01/09, na Cinemateca Brasileira, em cerimônia apresentada por Nayara de Deus, os vencedores da 34ª edição do Curta Kinoforum, Festival Internacional de Curtas de São Paulo.

Neste ano, o evento, dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, exibiu 301 filmes, representando 53 países. Com todas as atividades gratuitas, o festival ocupou 45 salas de cinema e pontos de exibição na região metropolitana de São Paulo.

O Prêmio Revelação, para cineastas de filmes realizados em cursos e oficinas audiovisuais, foi entregue para Solos, de Pedro Vargas, que foi exibido na mostra La Cinef do Festival de Cannes, e aborda um estranho som que vem do chão em um canteiro de obras. Esse prêmio tem como objetivo incentivar jovens talentos do audiovisual brasileiro em sua próxima produção, da gravação à finalização de um curta de até 15 minutos. Para isso, o festival estabelece parcerias com empresas do setor e o curta-metragem viabilizado pelo Prêmio Revelação tem como compromisso estrear no 35º Curta Kinoforum

O júri deste ano foi formado por: Luiza Thesin, pesquisadora, produtora e gestora cultural; Luiz Alberto Zakir, jornalista e realizador; e Viviane Pistache, pesquisadora, crítica, curadora e roteirista. A justificativa sobre o vencedor diz: “O filme aponta para uma reflexão madura sobre a ocupação dos espaços urbanos”. Uma Menção Honrosa foi outorgada para Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta, sobre uma mulher negra em meio às chamas que tomam sua casa. Na justificativa, o júri apontou ser uma “ode ao cinema que incendeia de múltiplas maneiras”.

Além disso, prêmios de aquisição, fruto de parcerias do evento com emissoras de TV e plataformas digitais de streaming, foram revelados. O Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil e um contrato de licenciamento para o melhor filme dos programas brasileiros, escolhido por um júri especializado, teve como vencedor o mineiro Lapso, de Caroline Cavalcanti, que focaliza dois adolescentes da periferia de Belo Horizonte cumprindo medidas socioeducativas. O júri foi composto pelos jornalistas Bruno Carmelo, Orlando Margarido e Suzana Uchôa Itiberê.

O Prêmio TV Cultura, no valor de R$ 8 mil e destinado a um curta produzido no estado de São Paulo a ser exibido na grade de programação da emissora, foi conquistado por LYB, de Felipe Poroger. O canal concedeu ainda Menção Honrosa para dois curtas produzidos em oficinas de realização audiovisual, garantindo uma janela de exibição na grade da emissora. Os contemplados são filmes das oficinas do Instituto Querô, de Santos: Ouçam-Me: Um Manifesto, de João Pedro Muniz e Elisa Cecci, e Sob(re) a Pele, de Beatriz Nunes e Ana Carolina Gomes. O júri foi composto pela artista visual Claudia Colagrande e pelos cineastas Daniel Santiago e Toni Venturi

O Prêmio SescTV, destinado a diretores estreantes, contempla um filme brasileiro e um filme estrangeiro com R$ 6 mil cada, além de licenciamento pelo período de dois anos. O Prêmio Porta Curtas é um prêmio de aquisição no valor de R$ 2 mil oferecido pela plataforma para cinco filmes brasileiros eleitos de forma on-line pelos usuários do site.

Já o Prêmio API é concedido pela Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro para um filme da Mostra Limite, um título da Mostra Latino-Americana e outro da Mostra Horizontes. O Troféu Borboleta de Ouro reconhece três destaques (um brasileiro, um estrangeiro e um prêmio especial) para curtas que tratam da diversidade sexual. Por sua vez, o Troféu Kaiser – Destaque ABCA, promovido pela Associação Brasileira de Cinema de Animação, elege o melhor filme animado exibido no evento.

Vale lembrar que a programação do 34º Curta Kinoforum continua neste fim de semana em formato presencial. Além disso, recortes de sua programação ficam disponíveis até 10/09 nas plataformas digitais gratuitas Itaú Cultural Play, Sesc Digital e Spcine Play. E mais: o Porta Curtas oferece uma seleção especial da Mostra Brasil, com diversas produções que apresentam um panorama amplo da nossa brasilidade, de forma gratuita, até este fim de semana.

Conheça os vencedores do Curta Kinoforum 2023:

PRÊMIO REVELAÇÃO
Solos, de Pedro Vargas (SP)
Menção Honrosa: Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP)

10+ BRASIL | FAVORITOS DO PÚBLICO

Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP)
Destemor, de João Vitor Araújo (SP)
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)
Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury (SP)
Os Muitos Mundos de Piero Maria, de Helena Guerra (SP)
Peixe Vivo, de Frederico Evaristo e Bob Yang (SP)
Quentinha, de Rwanyto Oscar Santos (CE)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Ramal, de Higor Gomes (MG)
Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Aida Harika Yanomami (RR)

10+ ESTRANGEIROS | FAVORITOS DO PÚBLICO

À Beira do Delírio (Au Bord du Délire), de Maria Claudia Blanco (França/Colômbia)
A Menos que Bailemos, de Fernanda Pineda e Hanz Rippe Gabriel (Colômbia)
Aeromoça-737 (Airhostess-737), de Thanasis Neofotistos (Grécia)
Ángel e Perla (Ángel y Perla), de Jenni Merla e Denise Anzarut (Argentina)
Caranguejo (Krab), de Piotr Chmielewski (Polônia/França)
Dance Off (El Dance Off), de Nicolás Keller Sarmiento (Argentina)
Esfolada (Écorchée), de Joachim Hérissé (França)
Experiências Desconhecidas (Things Unheard Of), de Ramazan Kilic (Turquia)
Maruja, de Berta Garcia-Lacht (Espanha)
Takanakuy, de Gustavo Vokos (Peru/Brasil)

DESTAQUE LGBTQIA+ | TROFÉU BORBOLETA DE OURO
Brasileiro: Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Estrangeiro: Mãos Alheias (Manos Ajenas), de Adrián Monroy Molina (México)
Prêmio Especial: Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)

DESTAQUE ABCA | MELHOR ANIMAÇÃO | TROFÉU KAISER
Melhor Filme: A Cadela (La Perra), de Carla Melo Gampert (Colômbia/França)
Menção Honrosa: Y, de Matea Kovač (Croácia)

PRÊMIO API | ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS INDEPENDENTES DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
Mostra Limite | Melhor Filme: Espectro Restauración, de Felippe Mussel (RJ)
Mostra Limite | Menção Honrosa: Aqui Onde Tudo Acaba, de Juce Filho e Cláudia Cárdenas (SC)
Mostra Horizonte | Melhor Filme: Pouco a Pouco (Stück Für Stück), de Reza Rasouli (Áustria)
Mostra Latino-Americana | Melhor Filme: O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho (Cuba/Brasil)
Mostra Latino-Americana | Menção Honrosa: Aí Vêm as Rachaduras (Vienen las Grietas), de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia/Holanda)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)

PRÊMIO AQUISIÇÃO | PORTA CURTAS
A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ)
Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP)
O Condutor da Cabine, de Cristiano Burlan (SP)
Ode, de Diego Lisboa (BA)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)

PRÊMIO AQUISIÇÃO SESC TV
Nacional: Romeu e Julieta em Libras, de Adriana Somacal (RS)
Estrangeiro: Dance Off (El Dance Off), de Nicolás Keller Sarmiento (Argentina)

PRÊMIO AQUISIÇÃO TV CULTURA
LYB, de Felipe Poroger (SP)
Menção Honrosa: Ouçam-Me: Um Manifesto, de João Pedro Muniz e Elisa Cecci (SP)
Menção Honrosa: Sob(re) a Pele, de Beatriz Nunes e Ana Carolina Gomes (SP)

Foto: Divulgação.

CINEVITOR #445: Entrevista com Laura Cardoso | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A consagrada atriz no tapete vermelho ao lado do bisneto

Em sua 51ª edição, o Festival de Cinema de Gramado entregou o Troféu Oscarito para duas atrizes de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: Laura Cardoso e Léa Garcia. Neste ano, pela primeira vez, todas as homenagens foram concedidas para mulheres.

Depois da triste notícia da morte de Léa Garcia no dia em que seria homenageada ao lado de sua amiga e colega de trabalho, a organização do festival decidiu adiar a entrega do Troféu Oscarito para Laura Cardoso. A cerimônia, que seria na terça-feira, aconteceu na sexta antes da premiação dos curtas-metragens brasileiros.

Nesta mesma noite, o público presente no Palácio dos Festivais acompanhou a entrega de três homenagens: a produtora Lucy Barreto recebeu o Troféu Eduardo Abelin; a atriz Alice Braga recebeu o Kikito de Cristal; e Laura Cardoso, que estava acompanhada pelo bisneto Fernando Faria, foi ovacionada ao receber o Troféu Oscarito das mãos das outras homenageadas, entre elas, Ingrid Guimarães, que recebeu o Troféu Cidade de Gramado na noite anterior.

Laura Cardoso, uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totaliza mais de oitenta trabalhos na televisão. Já recebeu diversos prêmios, incluindo três Grande Otelo, quatro Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002, foi laureada com o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra e, em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.

Laura Cardoso recebe o Troféu Oscarito ao lado das outras homenageadas desta edição

Com 95 anos de idade e mais de sete décadas dedicadas ao ofício, Dona Laura foi pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como: As Pupilas do Senhor Reitor, A Viagem, Explode Coração, Fera Radical, Rainha da Sucata, Mulheres de Areia, Irmãos Coragem, O Profeta, Flor do Caribe, Chocolate com Pimenta, Caminho das Índias, Gabriela, A Dona do Pedaço, entre outras.

Sua trajetória também passa pelos palcos em montagens como: Helena de Tróia, A Megera Domada, Crimes Delicados, A Bela e a Fera, Todo Mundo Sabe que Todo Mundo Sabe, Veneza, Hoje Eu Me Chamo Dinorah, Vem Buscar-me que Ainda sou Teu, Vereda da Salvação, que também lhe rendeu o Prêmio Mambembe, A Última Sessão, entre outras.

Nas telonas, atuou em diversos filmes, como: Corisco, o Diabo Loiro, Tiradentes, O Mártir da Independência, Quincas Borba, Terra Estrangeira, Através da Janela, Copacabana, Clarita, O Outro Lado da Rua, Muito Gelo e Dois Dedos d’Água, Primo Basílio, A Casa da Mãe Joana, Muita Calma Nessa Hora, De Onde Eu Te Vejo, O Crime da Cabra, entre tantos outros. Seus últimos trabalhos no cinema foram no curta Jadzia, de Acacia Araujo, e no longa De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula, ambos de 2020.

No dia da homenagem, conversamos com a brilhante Laura Cardoso horas antes da cerimônia. No bate-papo, ela celebrou sua carreira e suas colegas, elogiou o festival e o Rio Grande do Sul, falou da importância do audiovisual brasileiro e mandou um recado carinhoso para as novas gerações.

Aperte o play e confira:

*O CINEVITOR esteve em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

Curta Caicó 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Malu no curta pernambucano Filhos da Noite, de Henrique Arruda

Foram anunciados nesta quinta-feira, 31/08, em uma live apresentada por Vitor Búrigo no YouTube, os selecionados para as mostras competitivas e paralelas da sexta edição do Curta Caicó, que acontecerá entre os dias 25 de setembro e 8 de outubro.

Serão exibidos 84 curtas-metragens, além dos filmes produzidos pelo festival durante suas ações ocorridas ainda no primeiro semestre, fruto de oficinas realizadas em sete escolas da região como também do 2º Laboratório de Roteiro, cujo resultado foi a produção de nove documentários sobre mestras e mestres da cultura popular seridoenses, totalizando, assim, mais de 100 curtas na seleção do festival.

Com programação totalmente gratuita, as mostras serão apresentadas em Caicó e em outras cidades do Seridó em palcos diversos como universidades, escolas, institutos federais, praças públicas e unidade do SESC Seridó, além do Cineland e do Centro Cultural Adjuto Dias: “Com as ações do Curta Caicó vamos democratizar o acesso ao audiovisual e estimular a formação de público nos municípios seridoenses”, ressaltou Raildon Lucena, diretor do festival.

As mostras Seridó e Potiguar tiveram como curadores Sandro Alves, Priscila Urpia e Pattrícia de Aquino. Já a Mostra Nacional Acauã contou com curadoria de Bethise Cabral, Laíse Trojake, Nelson Marques, Rômulo Sckaff e Tatiana Lima. As mostras Ambiental e Universitária tiveram como curadores o núcleo do grupo Semear do CERES-UFRN, coordenado pelo professor Leandro Cavalcante, e os alunos: Brenda Bezerra, Flávia Dantas, Geovana Barrros, Lorena Bezerra e Márcio Lima; Gleydson Virgulino assinou a curadoria da mostra de videoclipes. As demais mostras tiveram como curadoria a coordenação interna do festival.

Realizado no interior do Rio Grande do Norte, o festival vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional. Para esta edição, recebeu 1.087 inscrições de todo o país, acumulando mais de 4.300 filmes que já se inscreveram durante toda a história do evento. 

Conheça os filmes selecionados para o 6º Curta Caicó:

MOSTRA ACAUÃ | NACIONAL

Big Bang, de Carlos Segundo (MG/RN)
Contragolpe, de Victor Uchôa (BA)
Corpo (in)finito?, de Ramon Reis (PA)
De Frente pro Escuro, de Danilo Sacramento (RJ)
Ela Mora Logo Ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO)
Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ)
Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
O Que é a Felicidade?, de John Lennon Moreira Campos (MG)
Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (SP)
Trancinhas, de Mariana Stolf (MG)

MOSTRA POTIGUAR

Colchão d’água, de Livia Motta
Curta os Congos, de Raquel Cardoso
Encruzilhada Bar, de Johann Jean
Faça Chuva ou Faça Sol, de Erivelton Santos
Foguete, de Ernani Silveira
Orgulho e Preconceito, de Freddie Araújo
Querida Helena, de Albert Mateus
Renascente, de Gustavo Wanderley
Terra Arrasada, de Guesc
Torpor, de Danilo Guanabara

MOSTRA SERIDÓ

A Menina que Nunca Viu o Mar, de Felipe Santelli
Espera, de Julhin de Tia Lica
Existirmos: a que será que se destina?, de Wellington Costa
História de uma Devoção, de Erick Henrique
Lá no Interior, de Carito Cavalcanti e Fernando Suassuna
Maysa Matarazzo, de Acácio Medeiros
Oiticica: Sonhos Debaixo D’água, de Saulo Medeiros
Sertão Bruto, de Lourival Andrade

MOSTRA NORDESTE

A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques (MA)
Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Cercas, de Ismael Moura (PB)
Eneida: Na Ribalta da Vida, de Aladim Monteiro (PB)
Geruzinho, de Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim (SE)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Ytwã, de Kian Shaikhzadeh (BA)

MOSTRA AMBIENTAL

A Espera, de Ana Célia Gomes (PB)
Dorme Pretinho, de Lia Leticia (PE)
Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha (AP)
Itinerário de Cicatrizes, de Gloria Albues (MT)
Nas(SER): O Desafio da Sobrevivência, de Diogo Sanquetta (MG)
Tapajós: Uma Breve História da Transformação de um Rio, de Alan Schvarsberg e C. Fraga (DF/PA)         
Teo, o menino azul, de Hygor Amorim (SP)
Yabá, de Rodrigo Sena (RN)

MOSTRA SÃO FRANCISCO | UNIVERSITÁRIA

Ada, de Rafaela Uchoa (BA)
Afluências, de Iasmin Soares (PB)
Baseado em Fatos, de Amanda Rezer (RS)
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (PE)
Dois no Asfalto, de Daniel Chagas (RJ)
Escameiras, de Italo Zaccaron e Gus HOF (SC)
Irã, de Iferrdo (SP)
Midríase, de Eduardo Monteiro (PR)

MOSTRA ALVORADA | CURTAS FANTÁSTICOS

Apneia, de Nathan Cirino (PB)
Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN)
Eternidade, de Lara Salsa (PE)
Lágrima Negra em Pele de Loba, de Guilherme Bonini (SP)
Manga, de San Marcelo e Cicero Pedrosa Neto (PA)
Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (PB)
Solum, de Vitória Vasconcellos (PE)
Sou uma Máquina de Fazer Sonhos, de Luciana Brandão e Henrique Bocelli (MG)

MOSTRA PAX | DIVERSIDADE DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA

Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Festa de Pajés, de Iberê Périssé (AM)
Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)
Nazo, Dia e Noite Maria, de Andréa Paiva (AL)
O Arco-íris, de Franklin Pires (PI)
Porto A Drag!, de Mel Eichler (RS)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ)

MOSTRA RIO BRANCO | INFANTOJUVENIL

Amei Te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
Anjos Cingidos, de Laercio Filho e Maria Tereza de Azevedo (PB)
Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Em Cantos do Gurupi, de Judite Nascimento e San Marcelo (PA)
Quintal, de Mariana Netto (BA)
Super-herói do Clipe no Meio da Praça, de Felipe Aufiero (PR)
Trinca-Ferro, de Maria Fabiola (ES)

MOSTRA VIDEOCLIPE

A Grande Jornada, de Jorge Furtado e Alex Sernambi (RS)
Caos, de Gustavo de Carvalho (SP)
Contemporaneidade, de Jackson Abacatu (MG)
Copo de Silêncio, de Farofa Sintética (SE)
Lamento de Força Travesti, de Renna Costa (PE)
Pisa Ligeiro, de Rafaela Orneles (PE)
Quem é teu Baby?, de Lucas Paz (CE)
Tudo Eu, de Elirone Rosa, Fernando Sá e Ione Maria (SP)

Foto: Sylara Silvério.

Para Onde Voam as Feiticeiras

por: Cinevitor

Direção: Eliane Caffé, Carla Caffé, Beto Amaral

Elenco: Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes, Wan Gomez, Helena Vieira, Judith Butler, Sonia Barbosa Ara Mirim, David Karai Popygua Guaraní Mbya, Beth Beli, Ilú Obá De Min, Carmen Silva, Diego Moraes, Ivaneti Araújo, Erika Hilton, Renata Carvalho, Verónica Valenttino, Amara Moira, Pastor Henrique Vieira, Jomarina Abreu Pires da Fonseca, Cindy Tobias da Silva, Joservaldo Alves de Sena, Bea Oliveira, Carolina Silvano, Samantha Cristina, Stella Yeshua, Wera MC, Thiago Henrique Karai Djekupe, Heleno Lemos, Felipe Botelho, Frente de Luta por Moradia, Valdelice Veron, Alessandra Korap, Xamõi Hortêncio, Helena Borvão, Spartakus Santiago, Rene Silva, Setor Proibido, Mônica Francisco, Sylvia Rivera, Angel, Buck Angel.

Ano: 2020

Sinopse: Artistas LGBTQIA+ ocupam um quadrilátero do centro de São Paulo e transformam o espaço público em território de humor e tragédia naquilo que testemunham do preconceito em várias nuances. O filme une encenações e improvisos de sete artistas expondo a permanência de antigos preconceitos de gênero e raça. Para Onde Voam as Feiticeiras torna visível a persistência de preconceitos arcaicos de gênero e raça no imaginário comum. No centro desta narrativa polifônica está a importância da resistência política através das alianças de luta comum entre coletivos LGBTQIA+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.

Crítica: A arte está presente em nossas vidas diariamente, seja por opção ou involuntariamente. Há quem diga que não tem o hábito de consumi-la, mas não percebe que o simples fato de ligar a TV para assistir um filme já contradiz tal discurso. A música que toca no fone de ouvido enquanto você caminha, o livro que te acompanha na cama antes de dormir ou até mesmo aquele prédio histórico que chama atenção quando você atravessa a rua: tudo isso é arte. Em Para Onde Voam as Feiticeiras, documentário dirigido por Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, arte é o que não falta; seja nos corpos daqueles artistas, nos figurinos, nos discursos, na movimentação da equipe de filmagem. Tudo se encaixa perfeitamente. Com a proposta de dialogar sobre temas importantes e constantemente questionados, porém, muitas vezes sem ganhar a atenção necessária, o filme amplia tais debates por meio de um grupo carismático, entrosado, diversificado e formado por talentosos artistas. Ave Terrena Alves, Fernanda Ferreira Ailish, Gabriel Lodi, Mariano Mattos Martins, Preta Ferreira, Thata Lopes e Wan Gomez são os protagonistas deste registro. É no centro de São Paulo, em meio ao caos urbano, que eles se instalam. Acompanhados por uma aglomeração formada pela equipe de filmagem, que já chama a atenção de quem passa, só a presença daqueles corpos já seria o suficiente para fazer alguém parar para observar o que está acontecendo. Ainda mais com adereços e figurinos coloridos que se contrapõem ao cinza da cidade. Outro aspecto interessante do filme é a escolha de seus realizadores em revelar os bastidores da produção: é possível ver a equipe se movimentando de um lado para o outro, inclusive com a participação de alguns integrantes em cena. Com isso, é como se um novo filme surgisse dentro de Para Onde Voam as Feiticeiras; os personagens assumem a direção de suas performances, se posicionam em frente à câmera e direcionam as participações dos transeuntes; além de também conduzirem os debates, seja com um grupo de indígenas sobre preconceito ou com mulheres negras sobre o padrão branco imposto pela sociedade. O filme dentro do filme traz um certo humor diante de situações de improviso, mas também alguns momentos de tensão com opiniões divergentes e abordagens que beiram à violência de participantes de fora. A costura dessas narrativas conta com influências externas muito bem utilizadas e montadas por Eliane Caffé. Além das apresentações e participações, as imagens de arquivo aparecem como uma quebra desse entrosamento descontraído do grupo, revelando um lado mais impetuoso de situações discutidas pelos artistas. Para Onde Voam as Feiticeiras consegue realizar um retrato atual do país ao colocar o povo cara a cara com seus preconceitos; os olhares atravessados e as reações questionáveis de alguns daqueles que passam pelo grupo evidenciam ainda mais uma sociedade tomada por intolerância. Porém, há também uma parte que se identifica e enxerga a necessidade de dar voz a quem sente na pele as dores físicas e emocionais causadas pelas ignorância social e cultural. Fala-se de ridicularização, machismo, racismo, homofobia, preconceitos, aceitação e a descoberta do corpo; seja ele trans, negro, índio, gay, mulher, homem, branco, lésbica, bissexual, intersexo. Ou seja: ser humano. Convidadas especiais, como a atriz Renata Carvalho e a pesquisadora de Gênero e Sexualidade, Helena Vieira, entre tantas outras, contribuem para a relevância dos temas abordados. As próprias discussões entre os protagonistas realçam ainda mais a proposta do documentário, de expandir a liberdade de expressão daqueles que, rotineiramente, costumam ser reprimidos por uma maioria intolerante. Participações como as do Pastor Henrique Vieira ou do rapper indígena Wera MC, por exemplo, também complementam esse encontro plural de classes. Para Onde Voam as Feiticeiras é potente por ecoar temas relevantes com vozes que vivenciam efetivamente aquilo que discutem. É potente também por criar um espaço democrático de fala com criatividade e descontração sem perder a seriedade dos casos. É potente porque coloca seus artistas protagonistas em evidência com suas angústias, mas também com suas conquistas. Não faltam sorrisos nestes rostos retratados, ainda que carreguem árduas histórias de luta que resultaram em lágrimas. Há o carisma evidente, que se junta às vivências e experiências pessoais de cada um, mas é com a arte que eles seguem em frente, que marcam presença com seus corpos e tomam seus lugares. É com a arte que eles encantam e passam suas mensagens com veracidade. (Vitor Búrigo)

*Filme visto no 9º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas