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Festival de Veneza 2023 anuncia novo filme de abertura e encerramento com longa de J.A. Bayona

por: Cinevitor
Pierfrancesco Favino em Comandante, de Edoardo De Angelis: filme de abertura

A diretoria da Biennale di Venezia anunciou mudanças na programação da 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro. O drama Challengers, dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino, não será mais o filme de abertura, como foi divulgado anteriormente.

Com Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist no elenco, o filme não participará mais do festival por decisão da produção do longa, segundo comunicado oficial. O martelo foi batido por conta da greve dos atores e roteiristas de Hollywood, que também afetou a data de seu lançamento e agora segue sem estreia definida.

Por conta disso, Challengers foi substituído por Comandante, dirigido pelo cineasta italiano Edoardo De Angelis, e será o novo filme de abertura do Festival de Veneza 2023, exibido em competição: “No quadro dos filmes de época, nos quais o cinema italiano investiu consideráveis recursos de produção, o filme de Edoardo De Angelis reverbera com ecos inequivocamente contemporâneos. A verdadeira história do comandante Salvatore Todaro, que salvou a vida de marinheiros inimigos que sobreviveram ao naufrágio de seu navio mercante, colocando em risco a segurança de seu próprio submarino e de seus homens, é um poderoso apelo à necessidade de colocar os valores da ética e da solidariedade humana antes da lógica brutal do protocolo militar”, disse Alberto Barbera, diretor do festival.

Em comunicado, o cineasta Edoardo De Angelis disse: “É uma grande honra abrir o 80º Festival Internacional de Cinema de Veneza e agradecemos ao diretor, Barbera. Comandante é um filme que fala sobre força e Salvatore Todaro personifica sua forma sublime: combater o inimigo sem jamais esquecer que ele é um ser humano. Pronto para derrotá-los, mas também para resgatá-los e salvar suas vidas, conforme prescreve a lei do mar. Porque assim sempre foi feito e sempre será feito”.

Protagonizado por Pierfrancesco Favino, o filme se passa no início da Segunda Guerra Mundial quando Salvatore Todaro comanda o submarino Cappellini da Marinha Real Italiana. Numa noite escura de outubro de 1940, enquanto navegava no Atlântico, ele se depara com um navio mercante armado navegando com as luzes apagadas. Ele atira seus canhões e o afunda. Nesse momento, o Comandante toma uma decisão que estava destinada a entrar para a história: salva os 26 náufragos belgas que de outra forma teriam se afogado no meio do oceano e os desembarca no porto seguro mais próximo, conforme prescreve a lei do mar. Para dar lugar a eles em seu submarino, é forçado a navegar na superfície da água por três dias, à vista das forças inimigas e colocando em risco sua vida e a de seus homens.

Filme dirigido por J.A. Bayona vai encerrar o festival

Outra novidade anunciada pela organização do Festival de Veneza foi o filme de encerramento da 80ª edição: La Sociedad de la nieve, do cineasta espanhol J.A. Bayona, de O Orfanato e O Impossível; a trama apresenta uma história épica de sobrevivência em condições extremas. Em 1972, o voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que havia sido fretado para levar um time de rúgbi ao Chile, caiu no coração dos Andes. Apenas 29 de seus 45 passageiros sobreviveram ao acidente. Presos em um dos ambientes mais hostis e inacessíveis do planeta, eles precisam tomar medidas extremas para se manterem vivos.

Com roteiro de J.A. Bayona, Nicolás Casariego e Jaime Marques, e distribuição internacional da Netflix, o filme conta com Rafael Federman, Esteban Bigliardi, Simón Hempe, Agustín Pardella, Enzo Vogrincic, Alfonsina Carrocio, Fernando Contigiani García, Juan Diego Eirea, Esteban Kukuriczka, entre outros, no elenco.

O Festival de Veneza também revelou os primeiros títulos selecionados para a mostra Venice Classics, que contará com obras como: O Exorcista, de William Friedkin; O Fundo do Coração, de Francis Ford Coppola; Cinzas no Paraíso, de Terrence Malick; Saz Dahani, de Amir Naderi; A Caça, de Carlos Saura; Andrei Rublev, de Andrei Tarkovsky; As Criaturas, de Agnès Varda; Belíssima, de Luchino Visconti; entre outros.

O pôster desta edição, também revelado recentemente, é assinado pelo ilustrador e artista italiano Lorenzo Mattotti; clique aqui e confira. A imagem escolhida para o cartaz deste ano é inspirada na tradição dos filmes on the road e procura desta forma exprimir sentimentos de liberdade, aventura e descoberta de novos territórios.

Em comunicado, o artista disse: “Brinquei com os gráficos para representar novos mundos que podem ser explorados através do cinema. Estamos convencidos de que há um grande futuro para o cinema que olha para frente e se aventura por novos caminhos. Além disso, o Festival Internacional de Cinema de Veneza está comemorando sua 80ª edição este ano e queríamos comemorar isso em um número que aparece na placa de um carro imaginário. Naturalmente, muitos são os filmes que podem ser evocados por esta imagem, como Aquele que Sabe Viver [de Dino Risi], Sem Destino [de Dennis Hopper] ou Thelma & Louise [de Ridley Scott]. Este é o nosso desejo para o cinema, que vá longe e acelere rumo ao futuro. Um futuro de exploração, em busca de novas fronteiras: um cinema luminoso colorido”, finalizou.

Fotos: Divulgação/01 Distribution/Netflix.

Venice Immersive: produções brasileiras em realidade virtual são selecionadas para o Festival de Veneza 2023

por: Cinevitor
Finalmente Eu, de Marcio Sal: experiência imersiva VR brasileira selecionada

O Festival Internacional de Cinema de Veneza foi um dos primeiros do mundo a mostrar interesse pela Realidade Virtual. Desde 2017, realiza uma competição oficial com diversas obras de vários países; no ano passado, a mostra passou a se chamar Venice Immersive.

Totalmente dedicado à mídia imersiva, a programação inclui todos os meios XR (extended reality) de expressão criativa: vídeos 360° e obras XR de qualquer tamanho, incluindo instalações e mundos virtuais. A seção Venice Immersive faz parte da seleção oficial da 80ª edição do Festival de Veneza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro.

Neste ano, a Venice Immersive apresentará 44 projetos de 25 países, além de 24 obras na seção Worlds Gallery. O Brasil se destaca com Finalmente Eu (Finally Me), de Marcio Sal, na mostra competitiva. Com roteiro de Claudio Formiga e produção da IDEOgraph, por Felipe Haurelhuk e Eduardo Calvet, a experiência imersiva VR conta a história de Seu Saul, um músico envelhecido, sobrecarregado por uma vida inteira de rejeição e vergonha que o forçou a esconder seu verdadeiro lado. Inspirado pelo espírito do Carnaval de rua, ele embarca em uma jornada transformadora de autoaceitação através do poder da música. Clique aqui e assista ao trailer.

O júri internacional será formado por Singing Chen, German Heller e pelo diretor e animador brasileiro Pedro Harres, que foi premiado na edição do ano passado com From the Main Square e exibiu, em 2014, Castillo y el Armado na mostra Orizzonti.

Além disso, na mostra Biennale College Cinema VR, que apresenta projetos desenvolvidos em edições passadas do festival, o Brasil aparece com: Origen, dirigido e produzido por Emilia Sánchez Chiquetti; e Queer Utopia: Act I Cruising, uma coprodução entre Portugal e Brasil, dirigida por Lui Avallos com produção de Rodrigo Moreira.

Gina Lollobrigida será homenageada na pré-abertura

Outra novidade anunciada por Alberto Barbera, diretor do festival, é que a 80ª edição fará uma pré-abertura no dia 29/08 para homenagear a atriz italiana Gina Lollobrigida, que faleceu em janeiro deste ano. A programação especial exibirá dois filmes com a artista: Portrait of Gina (1958), de Orson Welles; e A Provinciana (La provinciale), de Mario Soldati.

E mais: depois de anunciar Damien Chazelle (Competição), Alice Diop (Prêmio Luigi De Laurentiis) e Jonas Carpignano (Orizzonti) como presidentes dos júris internacionais, o Festival de Veneza revelou os integrantes que completam os times.

A Competição, que entrega o Leão de Ouro para o grande vencedor, contará com: Saleh Bakri, Jane Campion, Mia Hansen-Løve, Gabriele Mainetti, Martin McDonagh, Santiago Mitre, Laura Poitras e Shu Qi. A mostra Orizzonti terá Kaouther Ben Hania, Kahlil Joseph, Jean-Paul Salomé e Tricia Tuttle. Para o Prêmio Luigi De Laurentiis, que entrega o Leão do Futuro, o time será formado por Faouzi Bensaïdi, Laura Citarella, Andrea De Sica e Chloe Domont.

O Festival de Veneza 2023 terá como filme de abertura o drama Challengers, dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino; e entregará o Leão de Ouro honorário para Tony Leung Chiu-wai e Liliana Cavani.

Fotos: IDEOgraph/Divulgação.

CINEVITOR Especial: Barbieheimer | Estreias de BARBIE e OPPENHEIMER

por: Cinevitor
Ryan Gosling e Margot Robbie em cena: come on Barbie, let’s go party!

Nos últimos dias, o universo da sétima arte anda bem movimentado. De um lado, atores e roteiristas de Hollywood anunciaram uma greve em busca de melhores condições de trabalho. Paralelo a isso, as salas de cinema do mundo todo se preparam para receber o fenômeno Barbieheimer (ou Barbenheimer).

Mas o que significa esse tal Barbieheimer? A brincadeira de unir os nomes dos filmes Barbie, de Greta Gerwig, e Oppenheimer, de Christopher Nolan, começou na internet por conta das estreias simultâneas dos dois maiores lançamentos da semana (e talvez do ano). A boneca da Mattel e o pai da bomba atômica chegam juntos aos cinemas nesta quinta-feira, 20/07.

Dirigido pela roteirista e cineasta indicada ao Oscar, Greta Gerwig, de Lady Bird: A Hora de Voar e Adoráveis Mulheres, Barbie, protagonizado por Margot Robbie, começa na Barbielândia, um lugar perfeito para viver. Até que uma crise existencial afeta a boneca mais famosa do mundo, agora em versão live-action nas telonas, que acaba se envolvendo em diversas aventuras ao lado de suas amigas e, claro, do vaidoso Ken, interpretado por Ryan Gosling.

Com roteiro assinado por Gerwig e Noah Baumbach, de Frances Ha e História de um Casamento, o longa conta também com America Ferrera, Kate McKinnon, Michael Cera, Ariana Greenblatt, Issa Rae, Rhea Perlman, Will Ferrell, Helen Mirren, Dua Lipa (em uma participação especial e que também assina uma das músicas da trilha sonora, Dance the Night), Ana Cruz Kayne, Emma Mackey, Hari Nef, Alexandra Shipp, Kingsley Ben-Adir, Simu Liu, Ncuti Gatwa, Scott Evans, Jamie Demetriou, Connor Swindells, Sharon Rooney, Nicola Coughlan, Ritu Arya, entre outros.

Enquanto isso, Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan, de DunkirkInterestelar e Batman: O Cavaleiro das Trevas, um thriller épico filmado em IMAX, leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático J. Robert Oppenheimer, que ficou conhecido como o pai da bomba atômica e é interpretado por Cillian Murphy, e que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo.

Baseado no livro vencedor do Prêmio Pulitzer, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, o filme conta também com Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Benny Safdie, Michael Angarano, Josh Hartnett, Rami Malek, Dane DeHaan, Dylan Arnold, David Krumholtz, Alden Ehrenreich, Matthew Modine  e Kenneth Branagh (que marca mais uma parceria com o diretor).

Para falar mais sobre as duas grandes estreias da semana Barbieheimer, Vitor Búrigo, do CINEVITOR, recebe o crítico de cinema Francisco Carbone em um programa especial. No vídeo, falam da expectativa para os lançamentos, entrosamento do elenco e direção, comparação entre os dois filmes, temáticas importantes abordadas nos roteiros, greve em Hollywood, protagonismo feminino, temporada de premiações, público, marketing para as estreias, representação da boneca Barbie nas telonas, entre outros assuntos.

Aperte o play e confira:

Foto: Courtesy Warner Bros. Pictures.

Luz nos Trópicos

por: Cinevitor

Direção: Paula Gaitán

Elenco: Carloto Cotta, Begê Muniz, Clara Choveaux, Kanu Kuikuro, Maíra Senise, Arrigo Barnabé, Daniel Passi, Erik Martíncues, Nilton Amazonas, John Scott-Richardson, Paulo Nazareth, Vincenzo Amato, Carolina Virgüez, Vitor Aurape Peruare, Jack Manley, Benedito Figueiredo, João de Souza Brandão (Jango), Arthur Muxfeldt, Domingas Ribeiro da Silva, Elton Marcio de Pinho, Edinaldo Ribeiro (Neto), Benedito dos Santos Carmo, Manuel Batista da Silva, Brunno Fernandes, Uarlen Oliveira, Francisco Borges, Regiane Catarina Bispo, Francieska Dinarte, Walter Antônio Gonçalves, Aline Besouro, Soilo Urupe Chue, Leon Gurfein, Silvano Chue Muqissai, Gonçalo José Gonçalves, Xisto Rami, Ahuke Kuikuro, Kanu Kuikuro, Moka Ajahi Kuikuro, Agafafa Kuikuro, Takumã Kamaiurá, povo Yanomami.

Ano: 2020

Sinopse: O filme tece uma densa estrutura de histórias e linhas do tempo, enredados por cosmogonias indígenas, cadernos de viagem e literatura antropológica. É um tributo à abundante vegetação das Américas e às populações nativas do continente. Um filme de navegação livre como um rio sinuoso.

*Filme visto no 9º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

*Clique aqui e leia a matéria especial sobre o filme com entrevista com a diretora

Nota do CINEVITOR:

nota-3,5-estrelas

Barbie

por: Cinevitor

Direção: Greta Gerwig

Elenco: Margot Robbie, Ryan Gosling, America Ferrera, Simu Liu, Ariana Greenblatt, Will Ferrell, Helen Mirren, Issa Rae, Kate McKinnon, Alexandra Shipp, Emma Mackey, Michael Cera, Hari Nef, Sharon Rooney, Ana Cruz Kayne, Ritu Arya, Dua Lipa, Nicola Coughlan, Emerald Fennell, Kingsley Ben-Adir, Ncuti Gatwa, Scott Evans, John Cena, Rhea Perlman, Connor Swindells, Jamie Demetriou, Andrew Leung, Will Merrick, Zheng Xi Yong, Asim Chaudhry, Ray Fearon, Erica Ford, Hannah Khalique-Brown, Mette Narrative, Marisa Abela, Lucy Boynton, Rob Brydon, Tom Stourton, Chris Taylor, David Mumeni, Olivia Brody, Isla Ashworth, Eire Farrell, Daisy Duczmal, Genvieve Toussaint, Isabella Nightingale Mercado, Manuela Mora, Kayla-Mai Alvares, Luke Mullen, Patrick Luwis, Mac Brandt, Paul Jurewicz, Oraldo Austin, Benjamin Arthur, Carlos Jacott, Adam Ray, George Basil, Ptolemy Slocum, Deb Hiett, James Leon, Oliver Vaquer, Sterling Jones, Ryan Piers Williams, Kathryn Akin, Joelle Dyson, Daniela Marin, Natalie O’Brien, Molly Mcowan.

Ano: 2023

Sinopse: Viver na Barbielândia é ser perfeito e estar no lugar perfeito. A menos que você entre em uma crise existencial total. Ou que você seja um Ken.

*Clique aqui e assista ao nosso programa especial sobre o filme.

Nota do CINEVITOR:

Oppenheimer

por: Cinevitor

Direção: Christopher Nolan

Elenco: Cillian Murphy, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Alden Ehrenreich, Florence Pugh, Matt Damon, Kenneth Branagh, Benny Safdie, Josh Hartnett, Rami Malek, Dane DeHaan, Alex Wolff, Jack Quaid, Casey Affleck, Olli Haaskivi, Scott Grimes, Jason Clarke, Kurt Koehler, Tony Goldwyn, John Gowans, Macon Blair, James D’Arcy, Harry Groener, Gregory Jbara, Ted King, Tim DeKay, Steven Houska, Tom Conti, David Krumholtz, Harrison Gilbertson, Petrie Willink, Matthias Schweighöfer, Josh Zuckerman, Rory Keane, Drew Kenney, Michael Angarano, Dylan Arnold, Emma Dumont, Sadie Stratton, Jefferson Hall, Britt Kyle, Guy Burnet, Tom Jenkins, Matthew Modine, Louise Lombard, David Dastmalchian, Michael Andrew Baker, Jeff Hephner, David Rysdahl, Josh Peck, Brett DelBuono, Gustaf Skarsgård, James Urbaniak, Trond Fausa, Devon Bostick, Danny Deferrari, Christopher Denham, Jessica Erin Martin, Ronald Auguste, Máté Haumann, Olivia Thirlby, Jack Cutmore-Scott, James Remar, Will Roberts, Pat Skipper, Steve Coulter, Jeremy John Wells, Sean Avery, Adam Kroeger, Ryan Stubo, Hap Lawrence, Gary Oldman.

Ano: 2023

Sinopse: O thriller épico leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático homem que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo. O filme conta a história do físico americano J. Robert Oppenheimer e o seu papel no desenvolvimento da bomba atômica no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro American Prometheus: The Triumph and Tragedy de J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin.

*Clique aqui e assista ao nosso programa especial sobre o filme.

Nota do CINEVITOR:

Projeto Território KATU Digital: alunos do Núcleo de Cinema na comunidade indígena do Katu realizam primeiro filme 

por: Cinevitor
O projeto potiguar de formação audiovisual conta com oficinas e entrega de equipamentos

O Território KATU Digital, projeto de formação audiovisual teórica e prática, com instalação de um núcleo de equipamentos (câmera fotográfica, lentes, gravador, som, drone e acessórios), realização de um filme e seu lançamento, começou em maio deste ano e segue com suas atividades direcionadas aos potiguaras da comunidade indígena do Katu em Canguaretama, Rio Grande do Norte.

Depois das primeiras atividades e oficinas, realizadas entre maio e junho, os alunos do Projeto Território KATU Digital desenvolveram um filme, em formato de curta-metragem, na primeira semana do mês de julho. Neste processo de aprendizagem, entre pré-produção e filmagem, vivenciaram experiências práticas de concepção, produção e gravação. Com isso, construíram um entendimento mais sólido de como funcionam os mecanismos cinematográficos.

Kailany Cordeiro, uma das alunas do projeto, falou sobre o processo de filmagem: “O filme conta com três núcleos. Os personagens são indígenas e mostramos o cotidiano deles. Foi muito legal participar desse filme porque mostramos pessoas da comunidade, que conhecemos e convivemos. Foi divertido e uma experiência maravilhosa”.

Sobre as oficinas já realizadas, o projeto contou, até agora, com: Introdução ao Cinema e Roteiro: Cinemando, ministrada por Kennel Rogis, que propôs um despertar ao mundo do cinema, impulsionando o olhar crítico para a leitura do audiovisual, além de incentivar o surgimento dos alunos como novos realizadores; Oficina de Fotografia, com Rodrigo Sena e Damião Paz Pixoré, na qual os alunos receberam a câmera profissional do projeto e praticaram exercícios com o equipamento; Oficina de Operação de Drone, com Thamise Cerqueira; e Oficina de Som, com Gustavo Guedes.

A aluna Kailany também falou sobre a importância do projeto: “Para mim, é muito inovador participar dessas atividades, pois eu sempre quis aprender sobre audiovisual. E, além disso, o projeto traz mais visibilidade para a comunidade, que por muito tempo foi esquecida e deixada de lado; nossas tradições e o próprio tupi. Estou muito feliz e aprendendo muito”.

Os alunos da comunidade indígena do Katu em atividade

Depois da realização do curta-metragem, o calendário segue com novas atividades, como a Oficina de Edição e Finalização, com Wallace Santos, que oferecerá aos alunos uma formação básica nos programas de edição, utilizando o próprio computador e ilha de edição adquiridos exclusivamente para o projeto.

Outra atividade confirmada na programação é a Oficina de Produção e Desenvolvimento de Projetos, ministrada por Arlindo Bezerra, que apresentará um panorama sobre os aspectos da produção em cinema e as diferentes funções; e, também, como desenvolver e elaborar um projeto, visto que os alunos construíram, ao longo do processo, roteiros muito potentes e possíveis de concorrerem em editais públicos e leis de incentivo. O objetivo maior desta oficina é desenvolver uma inteligência coletiva com a turma para que o Projeto Território KATU Digital possa construir autonomias e desenvolver outras narrativas na continuidade do trabalho em cinema para a Comunidade Potiguara do Katu, agora protagonizado pelos alunos.

Por fim, o cronograma encerra com um planejamento, entre equipe do projeto e alunos, sobre o lançamento do filme na comunidade com uma exibição especial. Na sequência, a ideia é que o curta-metragem participe de outros eventos, como festivais de cinema, exibições em escolas, internet, entre outras possibilidades, para que o conteúdo desse material atravesse fronteiras, ganhe espaço, abrangência, reconhecimento e que reverbere em públicos variados proporcionando um amplo diálogo entre espectadores diversos e seus realizadores.

Sobre o curta-metragem rodado pelos alunos, Kennel Rogis, realizador audiovisual que ministrou uma das oficinas, falou: “Vem um filme muito bonito por aí, que fala sobre o passado e a preservação do meio ambiente. Foi muito especial gravar com eles, pois tudo está diretamente ligado à nossa história. É a história indígena, que, na verdade, é a história de todos nós”, concluiu.

O Cacique Luiz Katu e os alunos

O objetivo principal do Projeto Território KATU Digital é que estas iniciativas impulsionem os alunos na qualificação profissional com um direcionamento ao mercado de trabalho para que, assim, possam contar suas histórias. Um projeto cinematográfico desta natureza reforça, através da linguagem audiovisual, os problemas ambientais que o território atravessa; sendo um espaço de voz coletiva e ampliação de discurso da comunidade do Katu.

Os 15 alunos da comunidade selecionados para a formação do Núcleo de Cinema recebem uma bolsa mensal para contribuir em sua renda ao longo do processo formativo. Ao final do projeto, os equipamentos serão doados para a comunidade e ficarão à disposição dos jovens para que possam produzir e construir novos desdobramentos e narrativas.

Kennel também relatou sua experiência no projeto: “Foi incrível estar nesse lugar, fazendo e pensando um cinema que é deles, com seus próprios filmes e temáticas sobre a ancestralidade indígena”. E completou: “Foi muito enriquecedor perceber a forma em que olham para a própria história, como falam com orgulho do lugar que vivem e como se reconhecem como povos originários”.

A relação da equipe do projeto com a comunidade do Katu teve início em 2007 quando o diretor Rodrigo Sena esteve presente para a produção de fotografias em comemoração ao Dia Nacional dos Povos Indígenas. Dez anos depois, o cineasta retornou à comunidade, já com o produtor Arlindo Bezerra, da BOBOX Produções, para a produção do curta-metragem A Tradicional Família Brasileira KATU, que recebeu o prêmio de Direitos Humanos no Festival de Brasília. Em 2020, foi realizado o projeto Cinema em Debate – Katu, que circulou por escolas públicas; em 2021, foi realizado Antes do Livro Didático, o Cocar, que venceu o Edital Conexão Juventudes e foi exibido no Curta Kinoforum.

O Núcleo de Cinema está instalado na Escola Indígena Municipal João Lino Dias, espaço central e democrático na comunidade, em uma relação de parceria com o município de Canguaretama: “Teremos visibilidade com essas oficinas e os jovens estão tendo acesso aos meios audiovisuais. É muito importante usar esse conhecimento para divulgar nossa cultura e a luta do nosso povo”, disse o Cacique Luiz Katu, que assina a coordenação didática e pedagógica do projeto.

Sobre a importância dos estudantes nas oficinas, disse: “Com esses jovens empoderados, que estão produzindo seus próprios materiais audiovisuais, quebraremos a invisibilidade”.

Idealizado pela produtora BOBOX Produções, em parceria com a ORI Audiovisual e o Cacique Luiz Katu (liderança indígena da comunidade), o projeto tem patrocínio da Neoenergia COSERN e Instituto Neoenergia através do Programa Câmara Cascudo e Governo do Estado do Rio Grande do Norte.

Fotos: Divulgação/ORI Audiovisual.

2º Muído – Festival de Cinema de Campina Grande: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta paraibano Era uma Noite de São João, de Bruna Velden

A segunda edição do Muído – Festival de Cinema de Campina Grande, que acontecerá entre os dias 17 e 20 de agosto, no Cineteatro São José, traz o mote O Cinema sempre foi janela das amplidões e abre um importante espaço de exibição para filmes paraibanos e nordestinos.

Neste ano, foram 153 títulos inscritos e a programação contará com três mostras: duas competitivas e uma paralela. A curadoria foi assinada por Amanda Ramos, Cris Lima, Juca Gonzaga e Dani Drumond. Já o time de jurados será formado por: Veruza Guedes, Ricardo André e Fabiano Raposo.

O Muído é um festival genuinamente paraibano e que tem como um dos objetivos ser uma tela para a produção do estado, do litoral ao sertão, passando pelo Cariri, Curimataú, Brejo, Seridó, entre outros. Além dos filmes, a programação contará também com atividades paralelas.

Conheça os filmes selecionados para o 2º Muído – Festival de Cinema de Campina Grande:

MOSTRA MUNDARÉU | COMPETITIVA

A Humanidade que me Resta, de Fran Nascimento (Sobral, CE)
Apocalypses Repentinos, de Pedrokas (Fortaleza, CE)
Busca, de Rodrigo Sousa e Sousa (Itabuna, BA)
Contatos Desiguais, de Gabriel Silveira (Fortaleza, CE)
Elos da Matriarca, de Thor de Moraes Neukranz (Recife, PE)
Jaqueline, de Júlia Balista (Salvador, BA)
Lilith, de Nayane Nayse (Afogados da Ingazeira, PE)
Mundo 1, de Pedro Fiuza e Rudá Almeida (Natal, RN)
Muxima, de Juca Badaró (Lençóis, BA)
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (Fortaleza, CE)
Peixinho, de Edson Germinio (Jataúba, PE)
Poeira, de Alisson Severino (Fortaleza, CE)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (Condado, PE)
Sethico, de Wagner Montenegro (Recife, PE)
Sucata Esperança, de Rogério Luiz Oliveira e Filipe Gama (Vitória da Conquista, BA)

MOSTRA FACHEIRO LUZENTE | FILMES PARAIBANOS | COMPETITIVA

Afluências, de Iasmin Soares (João Pessoa)
Anjos Cingidos, de Laercio Ferreira Filho (Aparecida)
Apneia, de Nathan Cirino e Carol Torquato (Campina Grande)
Avôa, de Lucas Mendes (João Pessoa)
Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (João Pessoa)
Extinção, de Eriko Renan e Maycon Carvalho (São José de Piranhas)
Guardiões de Sementes, de Túlio Martins (Esperança/Queimadas/Lagoa Seca/Remígio)
Museu Vivo do Nordeste, de Yago Paolo (Campina Grande)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (Cabedelo)
Nordeste Futurista, de Luana Flores (João Pessoa/Santa Luzia/Conde/Rio Tinto)
O Brilho Cega, de Carlos Mosca (Lagoa Seca)
O que os Machos Querem, de Ana Dinniz (João Pessoa)
Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (Cabedelo)
Seu Félix, de Verônica Cavalcanti (João Pessoa)

MOSTRA NORDESTE DIVERSO | NÃO COMPETITIVA

A Revolução Felina, de Victor Viana (AL)
Ampulheta, de Gilmar de Souto (PB)
Areia, Memória e Cinema, de Letícia Damasceno Barreto (PB)
Desconserto, de Haniel Lucena (CE)
Geruzinho, de Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim (SE)
Jeniffer, de Matheus Mendes (RN)
Kenzo ou o Triunfo da Auto-Desintegração, de Pedrokas (CE)
Mais que 1000 Palavras, de Eduardo P. Moreira (PB)
Para Onde Vou?, de Fabi Melo (PB)
Persona, de Caio Vinicius do Nascimento Sousa (PB)
Quando o Passado For Presente Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Villarouca (CE)
Ubiquidade, de Plínio Gomes (BA)
Warao: Tecendo Diálogos de Igualdade, de Aníbal Cardona, Damião Paz e Fábio de Oliveira (RN)

Foto: Divulgação.

Curta Kinoforum 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Camila Márdila e Grace Passô em O Nosso Pai, de Anna Muylaert

Foram anunciados neste sábado, 15/07, os filmes selecionados para a 34ª edição do Curta Kinoforum, que acontecerá entre os dias 24 de agosto e 3 de setembro. Com todas as atividades gratuitas, o evento ocupará diversas salas e espaços da cidade de São Paulo.

Neste ano, foram mais de 3.200 títulos inscritos e foram selecionadas 210 produções. Do Brasil, a programação conta com curtas de 19 estados e do Distrito Federal. No total, estão representados 50 países. Outros 60 títulos convidados, que vão compor os programas especiais e o Foco, serão anunciados em breve.

Criado em 1990, o Festival Internacional de Curtas de São Paulo é reconhecido como um dos mais importantes eventos mundiais dedicados ao filme de curta duração. Dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, o evento é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade também responsável pelas Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, entre outras atividades.

O comitê de visionamento dos Programas Brasileiros foi composto por Francisco Cesar Filho, Julia Katharine, Karkará Tunga, Leandro Pardí, Thiago Gallego, Val Gomes e Victória Negreiros. Já na Mostra Internacional responderam pelo visionamento: Anne Fryszman, Amanda Pó, Beth Sá Freire, Christian Saghaard, Caetano Simões, Duda Leite, Felipe Gayotto, Fernanda Ramos, Flora Papalardo, Jean Costa, João Piovan, Lorenna Montenegro, Matheus Nery, Nathalya Macchia e Taline Caetano. Para a Mostra Latino-Americana, o comitê de visionamento contou com Joana Rochadel, Marcio Miranda Perez, Raffaela Rosset e Vitória Di Bonesso.

Além disso, a atriz Gilda Nomacce será a grande homenageada do Curta Kinoforum 2023. Com 47 curtas-metragens no currículo, transformou-se em musa de toda uma geração de jovens cineastas brasileiros. Com 21 prêmios ao longo de sua trajetória, a atriz acumula mais de 100 personagens, foi destaque em Cannes e Berlim e está em séries da Netflix, Star+ e Disney+. Também concorreu duas vezes ao Prêmio Shell de Teatro e ganhou o Troféu Candango de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro por Trabalhar Cansa.

Para celebrar o trabalho de Gilda Nomacce, a programação exibirá alguns de seus curtas, entre eles: Romance, de Karine Teles; This is Not Dancing Days, de Julia Katharine; Nua por Dentro do Couro, de Lucas Sá; Minha Única Terra é na Lua, de Sergio Silva; e Saudável de Insanidade, de Mariana Bastos e Rafael Gomes.

Conheça os filmes selecionados para o Curta Kinoforum 2023:

MOSTRA BRASIL

A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ)
A Última Vez que Ouvi Deus Chorar, de Marco Antonio Pereira (MG)
Arrimo, de Rogério Borges (SP)
As Miçangas, de Emanuel Lavor e Rafaela Camelo (DF)
Ava Mocoi, os Gêmeos, de Vinicius Toro e Luiza Calagian (PR/Cuba)
Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)
Avisa se Voltar, de Jota Carmo (SP)
Big Bang, de Carlos Segundo (MG/França)
Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP)
Cama Vazia, de Jean-Claude Bernardet e Fábio Rogério (SP)
Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA)
Castanho, de Adanilo Reis da Costa (AM)
Contando Aviões, de Fabio Rodrigo (SP)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Despovoado, ou Tudo Que a Gente Podia Ser, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
Drapo A, de Henrique Lahude e Alix Georges (RS)
Energúmeno, de Luis Calil (GO)
Estrelas de um só Hit, de Luisa Guarnieri (SP)
Eu Sou uma Arara, de Mariana Lacerda e Rivane Neuenschwander (AP)
Fala da Terra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (PA/PE)
Feira da Ladra, de Diego Migliorini (SP)
Firmina, de Izah Neiva (SP)
Habitar, de Antonio Fargoni (SP)
Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL)
Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG)
LYB, de Felipe Poroger (SP)
Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR)
Mborairapé, de Roney Freitas (SP)
Nada Haver, de Juliano Gomes (RJ)
Nhe‘en-Mongarai (Batismo da Alma), de Alberto Alvares (SP/RJ)
Noite No Ar, de Nino Pereira (SP)
O Chá de Alice, de Simone Spoladore (PR)
O Condutor da Cabine, de Cristiano Burlan (SP)
O Filme Perdido, de Luiza Sader (RN)
O Itinerário de Cicatrizes, de Gloria Albues (MT)
O Nosso Pai, de Anna Muylaert (SP)
Ode, de Diego Lisboa (BA)
Olhares Trêmulos, de Leno Taborda (SP)
Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury (SP)
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Pedro e Inácio, de Caio Dornelas (PE)
Peixe Vivo, de Frederico Evaristo e Bob Yang (SP)
Peixes Vivos, de Bru Fotin, Bob Yang e Frederico Evaristo (SP)
Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES)
Provisório, de Wilq Vicente (SP)
Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Quentinha, de Rwanyto Oscar Santos (CE)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Ramal, de Higor Gomes (MG)
Rasgão, de Marcio Picoli e Victor Di Marco (RS)
Romeu e Julieta em Libras, de Adriana Somacal (RS)
Solos, de Pedro Vargas (SP)
Tapuia, de Begê Muniz e Kay Sara (SP)
Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Aida Harika Yanomami (RR)
Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ)
Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, de Flávia Person, Walderes Coctá Priprá e Barbara Pettres (SC)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF)
Verde, de Rodrigo Ribeyro e Gustavo Auricchio (SP)
Yuri U Xëatima Thë: A Pesca com Timbó, de Roseane Yariana Yanomami, Aida Harika Yanomami e Edmar Tokorino Yanomami (RR)

CINEMA EM CURSO

As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE)
Batimentos, de Pedro Petriche e Clara Dias (SP)
Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP)
Filhos do Caos, de Lucca Carvalho e Mateus RVC (SP)
Fique na Luz, de David Alves (SP)
JIB, de Lira Kim (SP)
Jorge, de Bruno Laiso Felix (SP)
Manchas de Sol, de Martha Mariot (RS)
Provérbios 26:27, de Plínio Luís Pereira Lopes e Daniel Barbosa (PR)
Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE)
Remendo, de Roger Ghil (ES)
Tô Esperando Você Voltar, de Marina Lavarini (SP)

MOSTRA LIMITE

Aqui Onde Tudo Acaba, de Juce Filho e Cláudia Cárdenas (SC)
E6-D7, de Eno Swinnen (Bélgica)
Espectro Restauración, de Felippe Mussel (RJ)
Estranhos no Escuro (Strangers in the Dark), de Jenni Pystynen e Perttu Inkilä (Finlândia)
Mais ou Menos Trabalhando (Hardly Working), de Total Refusal (Áustria)
Mas Onde Fica Ornicar? (Mais Où Est Donc Ornicar?), de Oscar Maso e Guëll Rivet (França)
Mulika, de Maene Maisha (Congo)
Nostalgia para o Lago (Nostalgia para el Lago), de Arturo Maciel (Paraguai/Argentina)
O Mal dos Ardentes (Le Mal des Ardents), de Alice Brygo (França)
O Toque Fantasma (The Phantom Touch), de Pablo Cuturrufo (Chile)
Observe o Fogo ou Queime Nele (Il Faut Regarder le Feu ou Brûler Dedans), de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
Realtà Porosa, de Tiberio Suppressa (França)
Spiti, de Marcio Miranda Perez e Nivaldo Godoy Jr. (SP)
Suplício Noturno, de João Rubio Rubinato (SP)

OFICINAS AUDIOVISUAIS

Alex, de Ludmila Curi (RJ)
Caramba, Cacilda!, de Ágatha Bueno (SP)
Destemor, de João Vitor Araújo (SP)
Essentia, de Thami Silva (SP)
Promoção, de Hellen Nicolau (SP)
Sob(re) a Pele, de Beatriz Nunes e Ana Carolina Gomes (SP)
Zona Noroeste: Daqui Sou, Aqui Estou, de Rafael Souza e Elizabete Ataliba (SP)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ)
Balanço para a Lua (Swing to the Moon), de N. de Boer, V. Levrero, M. Bordessoule, E. Drique, S. Moreau, A. Bouissie e C. Lazau (França)
Barra Nova, de Diego Maia (CE)
Coração de Concreto (Coeur Béton), de Enrika Panero (França)
Cósmica, de Ana Bárbara Ramos (PB)
Impurrfection, de Chiang Yao (Taiwan)
Jules & Juliette, de Chantal Peten (Bélgica)
Marlon, de Ludmila Curi (RJ)
Me Enxergo Quando Te Vejo, de Guillermo Alves e Michelle Brito (SP)
O Carrossel (La Calesita), de Augusto Schillaci (Argentina/Canadá/França)
O Cinema dos Meus Sonhos, de Realização Coletiva (SP)
Os Muitos Mundos de Piero Maria, de Helena Guerra (SP)
Ouçam-Me: Um Manifesto, de João Pedro Muniz e Elisa Cecci (SP)
Super-Heróis, de Rafael de Andrade (DF)

MOSTRA HORIZONTES

A Menos que Bailemos, de Fernanda Pineda e Hanz Rippe Gabriel (Colômbia)
Comida de Quintal, de Luisa Macedo (MG)
Dance Off (El Dance Off), de Nicolás Keller Sarmiento (Argentina)
De Repente TV (Suddenly TV), de Roopa Gogineni (Sudão/Qatar)
E Eu, Estou Dançando Também (And Me, I’m Dancing Too), de Mohammad Valizadegan (Alemanha/República Tcheca)
Fantasmas (Ghosts), de (LA)HORDE Ballet National de Marseille (França/EUA)
Nada Importante (Rien d’Important), de François Robic (França)
No Início do Mundo, de Gabriel Marcos (MG)
O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
Pouco a Pouco (Stück Für Stück), de Reza Rasouli (Áustria)
Se Trans For Mar, de Cibele Appes (SP)
Te Amo, Se Cuida, de André Vidigal e Liz Dórea (SP)
Últimos Dias de Verão (Last Days of Summer), de Stenzin Tankong (Índia/França)

MOSTRA LATINO-AMERICANA

A Cadela (La Perra), de Carla Melo Gampert (Colômbia/França)
Aí Vêm as Rachaduras (Vienen las Grietas), de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia/Holanda)
Ángel e Perla (Ángel y Perla), de Jenni Merla e Denise Anzarut (Argentina)
Apneia (Apnea), de Natalia Bermúdez (México)
Arkhé, de Armando Navarro (México)
Carne de Deus (Carne de Dios), de Patricio Plaza (Argentina/México)
Contos Excepcionais de uma Jovem Equipe Feminina: As Rubras (Contos Excepcionales de un Equipo Juvenil Femenino: Las Rojas), de Tom Espinoza (Argentina/Venezuela)
Gloria, de Diego Cortés, Daniela Briceño e Blanca Castellar (Colômbia)
Mãos Alheias (Manos Ajenas), de Adrián Monroy Molina (México)
Maré Baixa (Bajamar), de Juana Castro (Colômbia/Espanha)
Mein Buch, de Max Mirelmann (Argentina)
Negro o Mar (Negro el Mar), de Juan David Mejía Vásquez (Colômbia)
O Fim Justifica os Medos (El Fin Justifica los Miedos), de Marcos Montes de Oca (Argentina)
O Golfinho (El Delfín), de Manuela Roca (Uruguai)
O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho (Cuba/Brasil)
Os Nadadores (Los Nadadores), de Charlie López (Costa Rica)
Somos Nós Duas (Somos las Dos), de Emilia Herbst (Argentina)
Takanakuy, de Gustavo Vokos (Peru/Brasil)
Três Cinematecas, de Nicolás Suárez (Argentina/Brasil)
Um Quarto de Hora (Cuarto de Hora), de Nemo Arancibia (Chile/França)
Zarzal, de Sebastian Valencia Muñoz (Colômbia)

MOSTRA INTERNACIONAL

A Arte de Desviar (Sztuka Mijania), de Tobiasz Wałkiewicz (Polônia)
A Balada Pós Fim do Mundo (El After del Mundo), de Florentina Gonzalez (França)
À Beira do Delírio (Au Bord du Délire), de Maria Claudia Blanco (França/Colômbia)
A Ferida Luminosa (La Herida Luminosa), de Christian Avilés (Espanha)
A Floresta Emaranhada (The Entangled Forest), de Nick Jordan (Reino Unido)
A História do Mundo Segundo a Getty Images (A History of the World According to Getty Images), de Richard Misek (Reino Unido/Noruega)
A Que Lugar Pertenço? (Where do I Belong?), de Jordie Koko (Bélgica)
Aeromoça-737 (Airhostess-737), de Thanasis Neofotistos (Grécia)
Anaklia, de Elisa Baccolo (Geórgia/Itália)
Ao Vivo (Na Żywo), de Mara Tamkovich (Polônia)
Arquivo (Parvandeh), de Sonia Hadad (Irã)
Bergie, de Dian Weys (África do Sul)
Caranguejo (Krab), de Piotr Chmielewski (Polônia/França)
Carcaças (Carcasses), de Mehdi Ouahab (França)
Carniça, de Yvonne Zhang (EUA)
Caros Passageiros (Kallid Reisijad), de Madli Lääne (Estônia)
Conto Selvagem (Conte Sauvage), de Alice Quertain (Bélgica/França)
Coração de um Astronauta (Heart of an Astronaut), de Jennifer Rainsford (Suécia)
Despertando em Silêncio (Waking Up in Silence), de Mila Zhluktenko e Daniel Asadi Faezi (Alemanha/Ucrânia)
Dinheiro e Felicidade (Money and Happiness), de Ana Nedeljković e Nikola Majdak (Sérvia/Eslovênia/Eslováquia)
E Quão Miserável é o Lar do Demônio (And How Miserable is Home of the Evil), de Saleh Kashefi (Suíça)
E Se as Mulheres Mandassem no Mundo? (What If Women Ruled the World?), de Giulia Magno (Itália/EUA)
Encenando a Morte (Staging Death), de Jan Soldat (Áustria)
Entrada de Animais Vivos (Ingresso Animali Vivi), de Igor Grubic (Croácia)
Escapada (L’Échappée), de Philémon Vanorle e Justine Pluvinage (França)
Eu Venho do Mar (I Come From the Sea), de Feyrouz Serhal (Líbano)
Experiências Desconhecidas (Things Unheard Of), de Ramazan Kilic (Turquia)
Flyby Kathy, de Pedro Bastos (Portugal)
III, de Salomé Villeneuve (Canadá)
Long Time No Techno, de Eugenia Bakurin (Alemanha)
Mãe (Mother), de Iurii Leuta (Ucrânia/Polônia)
Marie Louise, de Régis Fortino (França)
Marie.Eduardo.Sophie, de Thomas Corriveau (Canadá)
Maruja, de Berta Garcia-Lacht (Espanha)
Mastigue! (Chomp It!), de Mark Chua e Li Shuen Lam (Cingapura)
Natal no Inferno (Noël en Enfer), de Solal Dreyfus e Nejma Dreyfus (França)
O Desenho (L’Esquisse), de Tomas Cali (França)
O Nabo (Naeris), de Silja Saarepuu e Piret Sigus (Estônia)
O Ritual (The Ritual), de Mikhail Zheleznikov (Rússia/Israel)
Patanegra, de Méryl Fortunat-Rossi (França/Bélgica)
Perdido no Mar (Lost at Sea), de Andrés Bartos Amory e Lucija Stojevic (Espanha/Reino Unido)
Quanto a Nós (In Quanto a Noi), de Simone Massi (Itália)
Recomeçar (Nowy Początek), de Daniel Szajdek (Polônia)
Sem Rastros (Otpechatki), de Serafim Orekhanov (Rússia)
Serviço Militar (Palvelus), de Mikko Makela (Finlândia)
Sonho de Rolinho Primavera (Spring Roll Dream), de Mai Vu (Reino Unido)
Surpresa (Surprise), de Laerke Herthoni (Suécia)
Terra Mater (Mother Land), de Kantarama Gahigiri (Ruanda/Suíça)
Tigre Místico, de Marc Martínez Jordan (Espanha)
Todas as Festas de Amanhã (All Tomorrow’s Parties), de Dalei Zhang (China)
Transfusão (Transfuzija), de Igor Bojan Vilagoš (Croácia)
Trilha (Tria), de Giulia Grandinetti (Itália)
Um Astronauta Perdido e a Cidade de Pegadas (A Lost Astronaut and a City of Footprints), de Khue Vu Nguyen Nam (Vietnã)
Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
Y, de Matea Kovač (Croácia)
Ymor, de Julien Lahmi (França)

NOCTURNU | CINE FANTÁSTICO E DE HORROR

A Máquina de Alex (La Machine d’Alex), de Mael La Mée (França)
Esfolada (Écorchée), de Joachim Hérissé (França)
Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP)
Tem Algo Estranho Com a Minha Avó, de Pedro Balderama e Rimai Sojo (Brasil, PE/Equador/Argentina)
Você Verá (You Will See), de Kathleen Bu (Cingapura)

Foto: Divulgação/África Filmes.

14º Festival de Cinema de Triunfo: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Sharlene Esse no curta pernambucano Amor by Night, de Henrique Arruda

A 14ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro, no centenário Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, contará com 43 filmes na programação entre curtas, médias e longas-metragens.

Os filmes selecionados concorrem ao Troféu Caretas com prêmios do Júri Oficial e Júri Popular. Cada prêmio destinará R$ 3 mil para o melhor longa, R$ 2 mil para os melhores curtas de cada categoria e R$ 1 mil para o melhor filme experimental. O Troféu Caretas também será entregue em outras categorias; já o Troféu Fernando Spencer será concedido para o melhor personagem das obras concorrentes.

O festival, que em breve anunciará outras atividades em sua programação, é realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe.

Conheça os filmes selecionados para o 14º Festival de Cinema de Triunfo:

LONGA-METRAGEM NACIONAL

Além da Lenda: O Filme, de Marília Mafé e Marcos França (PE)
Diaspóricas, de Ana Clara Gomes (GO)
Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Severino (PE)
Marcos, de Filipe Codeço (RJ)
Rama Pankararu, de Pedro Sodré (PE)
Terruá Pará, de Jorane Castro (PA)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM PERNAMBUCANO

Amor by Night, de Henrique Arruda (Recife)
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (Recife)
Cantigas de Pai Francisco, de Iyadirê Zidanes (Recife)
Céu de Lua, Chão de Estrelas, de Camilo Soares e Orun Santana (Recife)
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (Recife)
Dente, de Rita Luna (Camaragibe)
Dorme Pretinho, de Lia Letícia (Ilha de Itamaracá)
Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo, de Maria Gazal e Hugo Aquino (Recife)
Mãe, de Natalia Tavares de Moura (Petrolina)
Samba de Latada, de João Lucas Melo (Tacaratu)
Semente de Caruá, de Laís Domingues (Buíque)
Sethico, de Wagner Montenegro (Recife)
Tornar-se Monstra ou Humana, de Catarina Almanova (Recife)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM NACIONAL

Até que ponto?, de Ricardo Soares (RJ)
Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN)
Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Controle, de Ricardo Manjaro (AM)
Mergulho, de Marton Olympio e Anderson Jesus (SP)
Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn (Não somos apenas sombras), de Dino Menezes (SP)
Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM DOS SERTÕES

A gente tava era com saudade, de Vanessa Oliveira (Patos, PB)
Amaná, de Antonio Fargoni (Pedra Branca, CE)
Estampido, de Djaelton Quirino (Arcoverde, PE)
Festejar São Benedito pra Todo Ano Chover, de Gabriela Fernandes e João Diniz (Curaçá, BA)
Trans Nordestina, de Rafael Costa (Salgueiro, PE)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM EXPERIMENTAL

A Jornada, de Edvaldo Santos (PE)
Azul Royal, de Carlon Hardt (PR)
Cru, de Diego Ruiz de Aquino (SP)
Hiatos, de Marcela Coêlho (PE)
La Caramella, de Gian Orsini (PB)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM INFANTOJUVENIL

Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Filha da Mãe D’água, de Bruno Pereira e Siderlane Souza (AM)
Os Guerreiros da Rua 2: A Missão, de Erickson Marinho (PE)
Os Três Porquinhos, de Tamires Campos (PB)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR)
Pomodora, de Rafael Silvério (SP)

Foto: Divulgação/Filmes de Marte.

Rio LGBTQIA+ 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta Naquele Dia Escuro, de Daniel Guarda: melhor direção

Foram anunciados os vencedores da 12ª edição do Festival Internacional de Cinema Rio LGBTQIA+, que aconteceu em diversos espaços do Rio de Janeiro, com filmes brasileiros e internacionais de longa, média e curta-metragem de ficção, documentário, animação e experimental.

Desde 2011, o festival, anteriormente conhecido como Rio Festival Gay de Cinema, é uma importante janela para a exibição de filmes LGBTQIA+ nacionais e internacionais na cidade do Rio de Janeiro. Sua relevância na cena cultural local tem agregado uma série de parcerias com distribuidoras, instituições culturais, empresas privadas e importantes salas de exibição.

Neste ano, foram selecionados 80 títulos: 14 longas e 66 curtas; 35 curtas eram brasileiros e 31 internacionais. A programação apresentou representação para pessoas LGBTQIA+ maduras. Ao mostrar personagens em diferentes fases da vida, esses filmes ajudam a quebrar estereótipos, promover a visibilidade e a diversidade dentro da comunidade, e desafiar o mito de que a identidade LGBTQIA+ está restrita à juventude. 

O júri do Rio LGBTQIA+ 2023 foi formado por: Aleques Eiterer, Antonio Carlos Moreira, Luiz Carlos Lacerda e Mércia Britto na mostra de longas-metragens; Erly Vieira Jr, Leticia Carolina Nascimento e Marcelo Cuhexê na mostra de curtas-metragens; e Anderson Mahanski, Leonardo Cesar e Zé Pedro Rosa na mostra Div.A. Os filmes escolhidos pelo Júri Oficial recebem prêmios da Naymovie, do CTAv, Centro Técnico Audiovisual, e o troféu do festival.

Conheça os vencedores do 12º Rio Festival de Cinema LGBTQIA+:

LONGAS-METRAGENS

MELHOR FILME
Casa Izabel, de Gil Baroni (PR)
Justificativa: por seu argumento inusitado, ao tratar de um clube de crossdressers que acolhe homens para vivenciarem diferentes papéis de gênero, na casa grande de uma antiga fazenda. Do simples fetiche à construção de uma possível identidade de gênero. Esta obra de ficção traz a temática queer para o cenário da ditadura civil-militar, instalada em 1964 no Brasil. O trabalho de direção de atores é primoroso. As atuações e o roteiro desnudam a idiossincrasia das personagens. A direção sustenta um clima de tensão crescente da trama, culminando com o apoteótico desfecho do incêndio da casa grande. Locação, figurinos e produção impecáveis.

MELHOR DIREÇÃO
Johnny Massaro, por A Cozinha
Justificativa: pela construção de uma atmosfera conduzida através de potente direção de atores e a construção de uma dramaturgia cinematográfica numa ascendente e conflituosa relação entre seus personagens.

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ)
Justificativa: por apresentar um rico painel, com importantes nomes, do começo da militância no Brasil, durante um dos mais tenebrosos momentos de nossa história recente, a ditadura civil-militar iniciada em 1964, criando um paralelo com outro grave período da atualidade.

MENÇÃO HONROSA
Surdes, de Carol Argamim Gouvêa e Thays Prado (SP)
Justificativa: por trazer uma narrativa interseccional e transversal ao abordar o cotidiano de pessoas LGBTQIAP+ surdas. A linguagem das mídias sociais, utilizada para apresentar as histórias de influencers digitais surdos, aproxima o documentário de um público mais jovem e ouvinte. Boa direção e edição.

CURTAS-METRAGENS

MELHOR CURTA NACIONAL
Se Trans For Mar, de Cibele Appes (SP)
Justificativa: pela construção de uma imagética da esperança na qual corporalidades dissidentes de pessoas transvestigêneres e negras podem ser (re)pensadas a partir de possibilidades de cuidado coletivo, uma resistência que se desmancha no mar transformando-se em afeto, mantendo vivo o horizonte utópico.

MELHOR DIREÇÃO
Daniel Guarda, por Naquele Dia Escuro
Justificativa: pela cuidadosa construção de um enredo que cativa as gradativas de emoções diversas em relação a perda de uma pessoa amada.

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA)
Justificativa: pela sensibilidade catalisadora de depoimentos viscerais sobre as experiências de afeto entre bichas pretas afeminadas numa encruzilhada de narrativas.

MENÇÃO HONROSA
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Justificativa: revela com intensidade a possibilidade de viver o desenho sexual na velhice LGBTQIA+ numa trama instigante que revela mais a cada camada.

MENÇÃO HONROSA
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE)
Justificativa: pela construção de um enredo repleto de sutilezas que descortina a experiência da velhice LGBTQIA+ após a perda de uma pessoa amada.

MELHOR CURTA CARIOCA
O Fundo dos Nossos Corações, de Letícia Leão
Justificativa: pela maneira generosa, lúdica e pertinente com a qual aborda a parentalidade lésbica, construindo uma história ao mesmo tempo leve e profunda na qual as emoções transpassam com bastante verdade na interpretação das personagens.

MENÇÃO HONROSA | CURTA CARIOCA
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna 
Justificativa: pelo modo corajoso em que o enredo apresenta a impossibilidade da experiência LGBTQIA+ frente aos preconceitos sociais.

MELHOR CURTA INTERNACIONAL
Flores del Otro Patio, de Jorge Cadena (Suíça/Colômbia)
Justificativa: um curta-metragem poderoso que desafia normas heteropatriarcais e une um grupo de ativistas queer no Caribe colombiano para combater injustiças sociais através de uma resistência performativa. Este filme é resolutamente queer e merecedor do prêmio.

Foto: Divulgação.

Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1

por: Cinevitor

Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One

Direção: Christopher McQuarrie

Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Vanessa Kirby, Esai Morales, Pom Klementieff, Henry Czerny, Shea Whigham, Greg Tarzan Davis, Frederick Schmidt, Mariela Garriga, Cary Elwes, Charles Parnell, Mark Gatiss, Indira Varma, Rob Delaney, Marcello Walton, Brian Law, Lincoln Conway, Alex James-Phelps, Marcin Dorocinski, Ivan Ivashkin, Zachary Baharov, Adrian Bouchet, Sam Barrett, Louis Vaughan, Jean Kartal, Nikolaos Brahimllari, Damian Rozanek, Christopher Sciueref, Andrea Scarduzio, Barnaby Kay, Gloria Obianyo, Alex Brock, Taylor Goodridge, Marc Wesley DeHaney, Hamza Butt, Dani Dupont, Lampros Kalfuntzos, Rachel Kwok, Andy M Milligan, Nico Toffoli, Anton Valensi.

Ano: 2023

Sinopse: Ethan Hunt e seu time IMF embarcam na missão mais perigosa até aqui: rastrear uma aterrorizante nova arma que ameaça toda a humanidade antes que caia nas mãos erradas. Com o controle do futuro e o destino do mundo em risco, além de antigos inimigos do passado se aproximando, uma corrida mortal ao redor do mundo se inicia. Confrontado por misteriosos e poderosos inimigos, Ethan se vê forçado a considerar que nada é mais relevante do que essa missão, nem mesmo a vida das pessoas com quem ele mais se importa.

Nota do CINEVITOR: