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Festival de Cinema de Gramado 2023 anuncia curtas brasileiros; Lucy Barreto e Ingrid Guimarães serão homenageadas

por: Cinevitor
João Vinícius no curta maranhense Casa de Bonecas, de George Pedrosa

Depois de divulgar as 39 produções que compõem as mostras competitivas de longas-metragens brasileiros e documentais e os títulos gaúchos, a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado anunciou os 12 filmes que concorrerão aos kikitos na categoria de curtas-metragens brasileiros e os nomes que fecham o hall de homenagens desta edição: Lucy Barreto e Ingrid Guimarães.

As novidades foram divulgadas em um evento realizado no Hotel Prodigy Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O encontro, apresentado pela jornalista Renata Boldrini, reuniu o vice-prefeito de Gramado e secretário de Turismo, Luia Barbacovi, a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, os curadores Caio Blat e Marcos Santuario, realizadores, produtores, atores e jornalistas. 

Para Caio Blat, estreante na curadoria, Gramado reforça seu papel como o mais importante festival de cinema do país: “Para mim, o que faz um festival grande é uma seleção forte, de qualidade, com diversidade e que mostra a potência do cinema brasileiro. Com a seleção desse ano, posso afirmar que Gramado é o maior festival de cinema do Brasil”. A seleção dos curtas-metragens brasileiros foi realizada por Carolina Canguçu, Giordano Gio e Giuliana Maria. Juntos, a comissão avaliou 635 produções. Os selecionados vêm de quase todas as regiões do país, incluindo filmes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Bahia, Maranhão, Rio Grande Do Sul, São Paulo e Espírito Santo.

Durante o evento, também foi exibido o trailer inédito da série Cangaço Novo, original Amazon que terá estreia mundial em Gramado. A produção terá exibição em sessão especial, fora de competição, no dia 14 de agosto, segunda-feira, no Palácio dos Festivais e, a partir do dia 18, estará disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios: “Estou muito feliz em estrearmos Cangaço Novo em Gramado, um festival que faz parte da minha vida e da minha carreira. Não vemos a hora de dividir com o público tudo o que a gente viveu nesta jornada intensa, emocionante e muito especial”, disse Allan Souza Lima, um dos protagonistas.

Alice Carvalho, estreante em Gramado, reforça a emoção em ver o trabalho finalizado e pronto para o público: “Toda essa força que a série traz é um reflexo das relações que foram construídas dentro e fora do set entre todos os profissionais; desde os motoristas, passando pelo elenco e desembocando na equipe de pós-produção. Todos fomos tocados e transformados por essa imersão de oito meses no cariri paraibano e no seridó potyguar. O resultado é emocionante porque a gente se emocionava, de fato, todos os dias das 110 diárias que filmamos”.

Lucy Barreto: uma vida dedicada ao cinema brasileiro

Em sua 51ª edição, Gramado faz um feito inédito: dedica suas homenagens a cinco mulheres de inestimável importância ao audiovisual brasileiro. A produtora Lucy Barreto receberá o Troféu Eduardo Abelin e, Ingrid Guimarães, o Troféu Cidade de Gramado. Elas se unem às atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia, que recebem o Troféu Oscarito, mais antiga homenagem entregue pelo festival, e à Alice Braga, que receberá o Kikito de Cristal.

Para Rosa Helena Volk, o feito reflete a notoriedade da visão feminina no audiovisual: “Pela primeira vez na nossa história estamos entregando todas as nossas honrarias para mulheres. Assim, refletimos sobre as diversas gerações de mulheres que construíram e constroem o cinema no Brasil. Relembramos a história com Léa Garcia e Laura Cardoso, pilares fundamentais do audiovisual, e vamos aos novos nomes que levam ao exterior a qualidade do nosso cinema com Alice Braga. Agora, saudamos também Lucy, uma produtora que está marcada na cinematografia do nosso país, e Ingrid, que levou milhões de pessoas ao cinema para acompanharem suas obras”, afirma.

Mineira de Uberlândia, Lucy Barreto é sinônimo de cinema brasileiro. Com 90 anos completos em 2023, desde o final da década de 1960 se dedica à carreira cinematográfica, que iniciou na parceria com o diretor Cacá Diegues, como assistente de cenografia em Os Herdeiros, de 1968.  Nesse mais de meio século, ficou reconhecida internacionalmente pela intensa atuação à frente do audiovisual brasileiro. 

Não demorou muito para que encontrasse sua vocação, que lhe renderia participação nos anais da cinematografia brasileira: a produção. Já no primeiro ano da década de 1970, estreou como produtora em O Homem das Estrelas, de Jean-Daniel Pollet. Entre os anos 1970, 1980, 1990 e 2000, produziu importantes obras do cinema brasileiro, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), vencedor de três kikitos, Bye Bye Brasil (1980), O Quatrilho (1995), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, e Flores Raras (2013).

Além de produzir ou coproduzir filmes ao lado de cineastas como Nelson Pereira dos Santos, Miguel Borges, Anselmo Duarte, Marco Altberg e Vicente Amorim, Lucy Barreto é parte fundamental na construção do legado dos homens de sua vida, o marido, Luiz Carlos Barreto, e os filhos, Bruno e Fábio Barreto. Ao lado de LC, é responsável por uma lista de dezenas de títulos produzidos. Em 1982, produziu a estreia do filho Fábio na direção com o longa Índia, a Filha do Sol, fato que se repetiu também nos seus outros títulos: O Rei do Rio (1985), Luzia Homem (1987), Bela Donna (1998) e A Paixão de Jacobina (2002). Para Bruno, assinou a produção de Além da Paixão (1985), Romance da Empregada (1987), Bossa Nova (2000) e o também indicado ao Oscar, O Que é Isso, Companheiro? (1997).   

Lucy ressalta a ligação de Gramado com sua trajetória profissional: “É com minha alegria e gratidão que aceito essa homenagem. Gramado faz parte da minha vida e da história da empresa que construí ao lado de Luiz Carlos e que completa seis décadas este ano”, disse.

Ingrid Guimarães: sucesso de bilheteria

Natural de Goiânia, Ingrid Guimarães começou sua trajetória no teatro, ainda nos anos de 1980. Nesses mais de 35 anos de carreira, coleciona sucessos no teatro, televisão e, principalmente, no cinema. Ingrid fez parte de uma revolução no cinema nacional, promovida a partir dos anos 2000. Suas obras, como a trilogia De Pernas Pro Ar (2010-2019) e Fala Sério, Mãe! (2017), renderam-lhe a alcunha de atriz brasileira mais vista nos cinemas do século. Antes dela, apenas duas outras mulheres chegaram tão longe: Xuxa e Sonia Braga. A atriz se prepara para o lançamento do longa Minha Irmã e Eu, estrelado ao lado de Tatá Werneck, previsto para estrear em janeiro de 2024.

Em seus mais de 20 trabalhos nas telonas, Ingrid privilegiou obras humorísticas, gênero que a consagrou na televisão com o seriado Sob Nova Direção, que foi ao ar entre 2004 e 2007 pela TV Globo. Defensora do gênero, a atriz sempre se posicionou sobre o menosprezo do seguimento: “A comédia é tão desvalorizada, vista como um gênero menor, mais fácil. Por que a crítica é tão desrespeitosa com ela?”, questiona.

Em 1997, recebeu o Prêmio Cantão de Teatro Jovem na categoria de melhor atriz pela peça Confissões de Adolescente; também se destacou com a peça humorística Cócegas, ao lado da amiga Heloísa Périssé, que foi um sucesso de crítica e público. Na TV também foram muitas personagens marcantes em trabalhos como: Caras & Bocas, Macho Man, Novo Mundo, Bom Sucesso, Nos Tempos do Imperador, entre outros.

Mesmo sob o prisma da desconsideração, Ingrid possui no currículo indicações às mais importantes premiações do país, como Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e Prêmio ACIE de Cinema. Sobre a valorização do cinema nacional, Ingrid é categórica: “É preciso manter o nosso público fiel ao cinema brasileiro, senão daqui a pouco vamos estar consumindo apenas séries gringas e filmes de super-heróis”. Entre seus trabalhos nas telonas, vale destacar: Minha Mãe é uma Peça, Loucas pra Casar, Um Homem Só (exibido em Gramado), entre outros.

O Troféu Eduardo Abelin é uma homenagem concedida a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do cinema brasileiro; a honraria leva o nome de um dos pioneiros do cinema gaúcho. Já o Troféu Cidade de Gramado é dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, contribuindo para o crescimento e divulgação da cidade e do evento.

Conheça os curtas brasileiros selecionados para o 51º Festival de Cinema de Gramado:

A Última Vez que Ouvi Deus Chorar, de Marco Antonio Pereira (MG)
Camaco, de Breno Alvarenga (MG)
Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Remendo, de Roger Ghil (ES)
Sabão Líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (RS)
Yãmî Yah-Pá, de Vladimir Seixas (RJ)

Fotos: Divulgação/Rogerio Resende/Emmanuele Jacobson-Roques.

Wonka, protagonizado por Timothée Chalamet, ganha trailer oficial

por: Cinevitor
O ator interpreta um jovem Willy Wonka

Baseado no personagem principal de A Fantástica Fábrica de Chocolate, o mais celebrado livro infantil de Roald Dahl, e um dos livros para crianças mais vendidos de todos os tempos, o filme Wonka, que acaba de divulgar seu primeiro trailer, conta a história de como o maior inventor, mágico e fabricante de chocolate do mundo se tornou o conhecido Willy Wonka.

Dirigido Paul King, de As Aventuras de Paddington, que também assina o roteiro ao lado de Simon Farnaby, Wonka traz uma mistura inebriante de magia e música, caos e afeição, narrada com emoção e humor. Protagonizado por Timothée Chalamet, o filme apresenta um jovem Willy Wonka cheio de ideias e determinado a mudar o mundo provando que as melhores coisas da vida sempre começam com um sonho.

O elenco conta também com Sally Hawkins, Olivia Colman, Hugh Grant como Oompa-Loompa, Calah Lane, Keegan-Michael Key, Paterson Joseph, Matt Lucas, Mathew Baynton, Rowan Atkinson, Jim Carter, Natasha Rothwell, Rich Fulcher, Rakhee Thakrar, Tom Davis e Kobna Holdbrook-Smith.

Além disso, Neil Hannon, da banda The Divine Comedy, compôs músicas originais para o filme. Com distribuição mundial da Warner Bros., o longa tem estreia prevista para dezembro deste ano.

Confira o primeiro trailer oficial de Wonka:

Foto: Reprodução YouTube.

Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança, com Cláudia Abreu, ganha trailer; filme é dirigido por Marcos Bernstein

por: Cinevitor
Protagonista: Cláudia Abreu em cena

Dirigido por Marcos Bernstein, de O Outro Lado da Rua, Meu Pé de Laranja Lima e O Amor Dá Voltas, o thriller Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança, acaba de ganhar seu primeiro trailer. Com estreia marcada para o dia 17 de agosto, o longa será distribuído pela Paris Filmes.

Na trama, durante uma tentativa de assalto, a filha da advogada Carla, interpretada por Cláudia Abreu, é baleada e fica em estado grave. Sem respostas, Carla tenta seguir a vida buscando ajuda em grupos de apoio. Sem conseguir aceitar o destino da filha e a falta de soluções por parte da polícia, transforma a busca por justiça em uma procura por vingança e testa o seu próprio limite para ver até onde poderia ir.

Marcos Bernstein, que assina os roteiros de Central do Brasil, Terra Estrangeira, O Xangô de Baker Street, Zuzu Angel, Faroeste Caboclo, entre outros, escreveu Tempos de Barbárie ao lado de Victor Altherino e Paulo Dimantas. A produção é da Passaro Films, Hungry Man e Neanthertal, em coprodução com a Globo Filmes.

O elenco conta também com Julia Lemmertz, Alexandre Borges, César Mello, Kikito Junqueira, Pierre Santos, Adriano Garib, Claudia Di Moura, Roberto Frota e Giovanna Lima. A direção de fotografia é de Gustavo Hadba; Tiago Marques assina a direção de arte; e Fernando Meirelles como produtor associado.

Confira o trailer de Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança:

*Clique aqui e assista nossa entrevista especial com a atriz Cláudia Abreu.

Foto: Rachel Tanugi.

Com Mariana Ximenes, Capitu e o Capítulo, de Julio Bressane, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
Mariana Ximenes assume o famoso papel de Capitu

Depois de ser exibido no Festival de Roterdã, Capitu e o Capítulo, dirigido por Julio Bressane, será lançado nos cinemas brasileiros no dia 27 de julho. Um dos maiores clássicos da literatura nacional, Dom Casmurro, de Machado de Assis, ganha uma nova leitura cinematográfica pelas mãos do consagrado cineasta.

O título parte de um pequeno poema que Haroldo de Campos declamou ao próprio Bressane, em 1984: “O importante no Dom Casmurro não é a Capitu, mas o capítulo…”. O cineasta comentou: “Este breve e lapidar poema, logo que o ouvi pela primeira vez, fiquei enfeitiçado, possuído por sua brevidade musical. Porém, naquele momento, não percebi, não alcancei, não compreendi toda sua extensão. Extensão na qual o Capítulo é pathos, emoção ultra acumulada, emoção extrema represada, escondida lá no fundo, oculta por severa sombra, bloqueada, sem saída. Pathologico”.

No longa, o diretor parte do que há de mais cinematográfico em Machado de Assis: “A trama machadiana, distorcida, é transpassada por cenas, trechos, farrapos de filmes e texturas que se desdobram em capítulos de uma ficção escondida, ainda não vista, que se desvela, e recomeça em outro solo, em outro cosmos…”, disse Bressane.

No filme, Mariana Ximenes assume o famoso papel de Capitu, cujos “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” seduzem o jovem Bentinho, interpretado por Vladimir Brichta, que, anos mais tarde, na maturidade, narra toda essa história, assumindo o apelido de Casmurro, papel de Enrique Diaz. O que era amor se tornou um ciúme doentio, em devaneios do protagonista, que acabaram consumindo a paixão.

Bressane viu em Machado a possibilidade de o transformar em filme, novamente, como já fizera com Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1985: “A prosa capitular sugere a montagem cinematográfica. Os capítulos são retalhos de outros capítulos, de outras ficções, de outros recomeços, traço apagado de um perfil”, comentou sobre Dom Casmurro. E completou: “Machado de Assis um inovador e inventor, momento alto na língua portuguesa, escreveu no século XIX e início do século XX. Viveu toda sua vida, sua existência, no Rio de Janeiro. Em um meio importado, Machado chamava ‘cultura de empréstimo’, procurou fixar e expandir e respirar, naquele solo hostil, a literatura (clube Rabelais) e a música (clube Beethoven)”.

Vladimir Brichta é Bentinho no longa

Com fotografia assinada por Lucas Barbi, o filme encontra na pintura um de seus principais diálogos. Nessas imagens, as flores, os arranjos de flores, os vestidos de flores e as pinturas de flores surgem como um forte elemento. A música, por sua vez, é outro elemento importante em Capitu e o Capítulo: “A trilha é feita da contribuição dos sons provenientes do instante da gravação da própria cena. Longos silêncios, pios de pássaros, passos, abalos sísmicos, trovões, castanholas, gotejar da água, roçar do vento, rangidos de madeira seca, o fervor das ondas revoltas do mar, a sonoridade de certas palavras, a sonoridade de certas imagens, cordas da viola e do violino, o samba na voz grave de Jamelão, toda essa colcha sonora de retalhos compõe a música do filme”, disse o cineasta.

Entre outras coisas, o longa ressalta a importância de Machado para a cultura brasileira e o Brasil como um todo: “O genial escritor brasileiro, preto, nascido pobre, marcado pelo temor da epilepsia, do implacável ataque imprevisto, foi um escritor e leitor miraculoso. Leitor forte ele desborda, ultrapassa, reescreve, recria, introduz uma música de beleza nova em uma planta transplantada de outro chão”, finalizou Bressane.

O longa foi o grande vencedor da 16ª edição do Fest Aruanda, em 2021, com cinco prêmios, entre eles, melhor filme pelo júri e crítica. Além disso, foi exibido no Olhar de Cinema, Mostra de Cinema de Tiradentes, Festival do Rio, Festival Biarritz Amérique Latine, entre outros.

Com roteiro de Julio Bressane e Rosa Dias, Capitu e o Capítulo conta também com Djin Sganzerla, Saulo Rodrigues, Josie Antello e Claudio Mendes. A produção é assinada pela TB Produções, por Tande Bressane e Bruno Safadi, e coproduzido pela Globo Filmes com distribuição da Pandora Filmes; Cacá Diegues aparece como produtor associado. A direção de arte é de Isabela Azevedo e Moa Batsow; o figurino é assinado por Daniela Aparecida Gavaldão e Luísa Horta; e a montagem de Rodrigo Lima.

Confira o trailer de Capitu e o Capítulo:

Fotos: Viviane D’Avilla

Dirigido por Ridley Scott, Napoleão, com Joaquin Phoenix, ganha trailer e data de estreia

por: Cinevitor
A ascensão e a queda de Napoleão Bonaparte nas telonas

Dirigido por Ridley Scott, de Gladiador, Blade Runner e Perdido em Marte, o épico Napoleão é protagonizado por Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar por Coringa, e tem previsão de estreia para o dia 23 de novembro nos cinemas brasileiros.

Produzido pela Apple, o filme é um épico de ação que traz um olhar pessoal e original da ascensão e queda do imperador francês Napoleão Bonaparte, uma das figuras públicas mais famosas da história mundial. Táticas militares e políticas visionárias são embaladas pelo seu amor volátil e viciante por Josefina, interpretada por Vanessa Kirby, indicada ao Oscar por Pieces of a Woman.

Com roteiro assinado por David Scarpa, de Todo o Dinheiro do Mundo, A Última Fortaleza e O Homem do Castelo Alto, Napoleão conta também com Ludivine Sagnier, Tahar Rahim, Catherine Walker, Youssef Kerkour, Paul Rhys, Matthew Needham, John Hollingworth, Scott Handy, entre outros, no elenco.

Confira o primeiro trailer de Napoleão:

Foto: Reprodução YouTube.

Xuxa, o Documentário, que narra a trajetória da Rainha dos Baixinhos, estreia no dia 13 de julho

por: Cinevitor
A Rainha dos Baixinhos na nave do Xou da Xuxa

No dia 27 de março de 2023, Maria da Graça Meneghel completou 60 anos. A gaúcha de Santa Rosa, mais conhecida como Xuxa e consagrada como a Rainha dos Baixinhos, decidiu revisitar seu passado para celebrar sua aclamada trajetória artística e também pessoal.

Com estreia marcada para o dia 13 de julho, Xuxa, o Documentário, uma série original Globoplay, promete contar, em cinco episódios, uma história que o público ainda não conhece. Entre polêmicas, bastidores e nostalgia, o programa, que conta com direção geral de Pedro Bial, narra a trajetória de Maria da Graça Xuxa Meneghel e como ela se tornou um fenômeno e conquistou o Brasil e o mundo.

Além de lembranças pessoais e celebrações, o documentário, com roteiro de Camila Appel e produzido pela Endemol Shine Brasil, contará também com reencontros e depoimentos de pessoas que passaram pela vida da Rainha, entre elas: a ex-empresária Marlene Mattos; as paquitas Andrea VeigaLeticia Spiller e Tatiana Maranhão; Michael Sullivan e Paulo Massadas, responsáveis por algumas canções de sucesso da Xuxa, como Lua de Cristal; a filha Sasha e o namorado Junno Andrade; José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni; os colegas e amigos Sérgio Mallandro, Renato Aragão, Luiza Brunet e Angélica; Luciano Szafir, ex-namorado e pai de sua filha; Marcelo Ribeiro, ator do filme Amor Estranho Amor; entre outros.

Xuxa, que conquistou milhares de fãs e marcou gerações, construiu o maior império de entretenimento infantojuvenil ibero-americano. No início da década de 1990, chegou a apresentar programas de televisão no Brasil, Argentina, Espanha e Estados Unidos simultaneamente, alcançando cerca de 100 milhões de telespectadores diariamente. Também se destacou como cantora e lançou 35 álbuns de estúdio e 23 álbuns de vídeo, que, juntos, somam mais de 50 milhões de cópias vendidas. Com isso, tornou-se uma das artistas recordistas em vendas de discos no mundo. Ao longo de sua carreira, foi premiada duas vezes no Grammy e levou mais de 37 milhões de espectadores aos cinemas.

Xuxa, o Documentário, com direção de Cássia Dian e Mônica Almeida, mostrará a mulher por trás da Rainha. Para isso, Xuxa precisou revisitar seu passado e relembrar situações nem tão agradáveis. Além disso, a série recordará momentos icônicos de sua carreira, como o sucesso do Xou da Xuxa, o encontro com Michael Jackson, entre outros.

Assista ao trailer de Xuxa, o Documentário:

Foto: Divulgação/Memória Globo.

FESTin 2023: Noites Alienígenas e Fogaréu são os grandes vencedores

por: Cinevitor
Gleici Damasceno e Gabriel Knoxx em Noites Alienígenas

Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/07, os vencedores da 14ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu nos cinemas Ideal, São Jorge, Fórum Lisboa e Cine Incrível.

Neste ano, o Prêmio Pessoa de melhor longa de ficção foi para o brasileiro Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, que narra a história de três personagens da periferia de Rio Branco, no Acre, impactados pela violência urbana; o filme também rendeu o troféu de melhor ator para Chico Diaz, que no ano passado foi o vencedor desta mesma categoria com Vermelho Monet. Enquanto isso, Fogaréu, de Flávia Neves, levou três prêmios, entre eles, o de melhor direção.

Léa Teixeira, diretora do FESTin, disse: “Neste ano, exploramos o tema da diversidade com uma variedade espetacular de filmes e de países participantes da lusofonia. Estamos verdadeiramente felizes. No balanço geral do festival, acho que tudo esteve muito acima das nossas expectativas”. Durante o encerramento do FESTin, os atores Marcos Frota e Karla Muga realizaram a leitura da Carta de Lisboa, uma proposta de agenda estratégica comum para o fortalecimento da produção audiovisual na CPLP, Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Além da competição, também foi exibida a tradicional Mostra Cinema Brasileiro, que acontece desde a primeira edição do festival. A seleção deste ano contou com: A Serra do Roncador ao Poente, de Armando Lacerda; Profissão Livreiro, de Pedro Lacerda; Otavio III: O Imperador, de Cavi Borges; Delicadeza, de Ciça Castello; e Pixinguinha, Um Homem Carinhoso, de Denise Saraceni e Allan Fiterman, que encerrou o evento.

Para esta 14ª edição, o júri foi formado por: Mónica de Miranda, Diogo Patrício Laço e Karla Muga nos longas de ficção; Miguel Petchkovsky, Margarida Mercês de Mello e Felipe Eduardo Varela nos documentários; e Rita de Cássia Ramos, Guilherme Peleja e Chloé Dindo nos curtas.

Conheça os vencedores do FESTin 2023:

MELHOR FILME | PRÊMIO PESSOA
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | FICÇÃO
Fogaréu, de Flávia Neves (Brasil)

MELHOR FILME | PÚBLICO
Fogaréu, de Flávia Neves (Brasil)

MELHOR DIREÇÃO
Flávia Neves, por Fogaréu

MELHOR ATOR
Chico Diaz, por Noites Alienígenas

MELHOR ATRIZ
Carolina Torres, por Barranco do Inferno

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Uma Halibur Hamutuk: A Casa que Nos Une, de Ricardo Dias (Timor-Leste/Portugal)

MENÇÃO HONROSA | DOCUMENTÁRIO
Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie (Brasil)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | PÚBLICO
Lupicínio: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (Brasil)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Monte Clérigo, de Luís Campos (Portugal)

MENÇÃO HONROSA | CURTA-METRAGEM
Caiçara, de Oskar Metsavaht (Brasil)

MELHOR CURTA-METRAGEM | PÚBLICO
Flor de Laranjeira, de Rúben Sevivas (Portugal)

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Começam as filmagens de As Vitrines, novo longa-metragem de Flavia Castro

por: Cinevitor
A atriz Helena O’donnel e a diretora nos bastidores

A diretora e roteirista Flavia Castro, do premiado Deslembro, iniciou, em São Paulo, as filmagens de As Vitrines, seu terceiro longa-metragem, que é inspirado em um período de sua infância quando a família morava no Chile e se refugiou na Embaixada da Argentina em Santiago, durante a ditadura de Pinochet.

Com produção de Marcello Ludwig Maia, Vicente Amorim e Ilda Santiago, o elenco conta com as crianças Helena O’donnel e Gael Nordio como protagonistas e também com Leticia Colin, Sara Antunes, Fabio Herford, Marcos de Andrade, Marina Provenzzano, Roberto Birindelli, Julia Konrad e Gabriel Godoy.

As Vitrines se passa dentro de uma embaixada durante uma ditadura em um universo onde não existe passado, nem futuro, onde duas crianças dividem segredos e uma percepção muito particular do que os rodeia. Delimitado, o espaço representa um país dentro de outro, onde acaba de ocorrer um golpe militar.

No Chile, em setembro de 1973, muitos militantes de esquerda latino-americanos se refugiaram na Embaixada da Argentina à espera de um visto para poder ir embora. Em As Vitrines, a infância é o centro de tudo: filhos de brasileiros exilados no Chile, Pedro tem doze anos, Ana, onze. Ana olha para o mundo através dos cacos de vidro colorido que recolhe pelo jardim para construir suas pequenas instalações. Pedro sofre com a ausência da mãe, enquanto observa os adultos que revelam suas idiossincrasias na situação particular em que se encontram. No espaço circunscrito, eles testemunham o cotidiano dos adultos ritmado pelas reuniões políticas, brigas, jogos de xadrez e namoros.

A sinopse diz: a embaixada da Argentina é um dos poucos lugares seguros em Santiago depois do golpe de 1973 e acolhe centenas de refugiados. É lá que Pedro e Ana experimentam uma rara liberdade e a emoção do primeiro amor. Mas Pedro vive a angústia da mãe, que ainda está lá fora correndo perigo e Ana lida com a sua ansiedade construindo pequenas vitrines pelo jardim. Aos poucos, a ruptura que o golpe trouxe para suas infâncias se revelará.

Equipe do filme nos bastidores

“Golpe é uma das palavras mais antigas da minha vida. Nunca tive que perguntar o seu significado; eu já sabia. A palavra sempre entrava nas discussões políticas que se estendiam noite adentro lá em casa. Muitas vezes, eu adormecia embalada pelo ritmo de palavras como trotskismo, luta de classes, resistência. Eram palavras íntimas, ainda que eu não entendesse o seu significado. Mas ‘golpe’, por ter afetado nossa vida de uma forma drástica e definitiva, eu já sabia o que queria dizer (ou achava que sabia). A história das crianças que acompanharam seus pais na luta contra a ditadura é um exílio invisível sobre o qual ainda foram colocadas poucas imagens ou pouco se falou”, disse a diretora.

E completou: “O golpe de Pinochet foi de uma truculência inesperada. Minha família e eu nos refugiamos na Embaixada da Argentina em Santiago, onde ficamos confinados durante três meses. Chegaram a ser mais de setecentas pessoas numa casa, a comida era contada, e, às vezes, os ânimos se exaltavam. No entanto, quando penso na minha infância, apesar dos tiros, do risco, do medo, lembro da Embaixada como um dos momentos mais alegres da minha vida”.

“Ana e Pedro vivem numa vitrine onde o destino, o exército daquele país, os políticos, a política, seus pais e nós (que somos eles) os observamos. E onde eles se observam e se descobrem nas relações com os outros, com os poderes constituídos na embaixada, na descoberta da amizade e do amor. Ana e Pedro estão expostos. Ana constrói vitrines com pedrinhas, clipes, baganas, botões e as cobre com cacos de vidro. Cacos de vida. Pequenas vitrines onde ela tenta criar um mundo sob controle. Tarefa que é bela por impossível, necessária embora fugaz. E assim, o microcosmo de um outro tempo se torna reflexo do nosso presente, em que uma pandemia nos trancou em espaços fechados, em confinamentos indispensáveis para nossa sobrevivência. Se por um lado o isolamento nos salva, nessa estufa, nessa vitrine onde estão crescendo suas alegrias e angústias (de Ana, Pedro e nossas), vemos exposta nossa própria vida, nossas fraquezas e nossos sonhos”, finalizou a diretora.

Em 2010, Flavia dirigiu o documentário Diário de uma Busca, que conta a trajetória de seu pai, o jornalista de esquerda Celso Castro, morto em circunstâncias suspeitas no apartamento de um ex-oficial nazista, em Porto Alegre. O filme foi contemplado com vários prêmios no Brasil e no exterior, assim como seu segundo longa, Deslembro, ficção que participou da seleção oficial do Festival de Veneza, da Mostra de São Paulo e foi premiada no Festival do Rio.

Fotos: Ana Carolina Ramos.

10º Festival de Cinema de Caruaru: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Talita Mendes e Gustavo Eckel no curta paranaense O Fim da Imagem, de Gil Baroni

A décima edição do Festival de Cinema de Caruaru, que acontecerá entre os dias 21 e 26 de agosto, na região do Agreste Pernambucano, no Teatro João Lyra Filho, acaba de anunciar a lista completa com os selecionados deste ano.

Em 2023, o festival atingiu seu recorde de inscrições: 956 filmes. A curadoria foi realizada por uma equipe formada pelo cineasta e idealizador do evento Edvaldo Santos; o ator e produtor Luciano Torres; a pedagoga e psicanalista Ana Cristina; e as jornalistas Priscila Urpia e Stephanie Sá.

A seleção desta décima edição conta com 66 filmes; as produções são de 14 estados brasileiros e de outros cinco países: Argentina, Colômbia, Chile, México e Venezuela. Além de Caruaru, as exibições também acontecerão em mostras itinerantes, que percorrerão outras cidades do Agreste Pernambucano.

Conheça os filmes selecionados para o 10º Festival de Cinema de Caruaru:

MOSTRA BRASIL

A Espera, de Ana Célia Gomes (PB)
Bauxita, de Thamara Pereira (MG)
Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Cercas, de Ismael Moura (PB)
Cine Pornô: Fragmentos de Desejo e Medo, de Luís Teixeira Mendes (RJ)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (PR)
Estampido, de Djaelton Quirino dos Santos (PE)
Estela, a Menina Maraguá, de Sofia Mazaro Espinoza (SP)
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan Alves de Albuquerque (PE)
Fora do Domínio, de Giulia Valente (SP)
Lilith, de Nayane Nayse (PE)
Memórias do Fogo, de Rita de Cássia Melo, Leandro Olímpio e Irineu Cruzeiro Neto (PB)
Nada se Perde, de Renan Montenegro (DF)
Não Somos Apenas Sombras, de Dino Menezes (SP)
Os Finais de Domingos, de Olavo Júnior (CE)
Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Iuri Salles e Felipe Larozza (SP)
Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo, de Lucas Ribeiro Sousa e Luísa Caria (BA)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Será que as Casas Também Sentem Saudade?, de Leandro Machado da Silva (PE)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Uievô Opará, de Albert Ferreira e Fernando Brandão (AL)
Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ)

MOSTRA AGRESTE

…E o Vento do Norte, de Antonio Fargoni (Taquaritinga do Norte, PE)
Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Campina Grande, PB)
Anarriê, de Neto Astério (São Cristóvão, SE)
Arte e Pólvora, de Emilly Eduarda Marques (Caruaru, PE)
Confins, de Carlos Mosca (Lagoa Seca, PB)
Em Algum Lugar do Tempo, de Erick Marinho (Pesqueira, PE)
Fazendeiras do Barro: Uma História Emergente no Alto do Moura, de Sônia Regina Fortes e Daniel Victor (Caruaru, PE)
Filhos Ausentes, de Jansen Barros e Virgínia Guimarães (Santa Cruz do Capibaribe, PE)
Tesouro em Carros de Barro, de Vinícius Rios (Feira de Santana, BA)
Todo Índio Tem Ciência, de Celso Brandão e Aldemir Barros (Palmeira dos Índios, AL)
Tudo o que Restou, de Bono Siqueira (Caruaru, PE)

MOSTRA LATINO-AMERICANA

Ascendente, de Valentina Paz Camus (Argentina)
Atraso: Tempo e Vínculo, de Gastón Bejas (Argentina)
Carga Animal, de Iván Bustinduy (Argentina)
Casa Assombrada, de Pablo Gutiérrez (Colômbia)
Elena, de Diana Muñoz (México)
Empate Eterno, de Nicolás Franco Cefarelli (Argentina)
Fotógrafo de Rua, de Zoum Domínguez (Venezuela)
O que Deixamos no Caminho, de Branco Fernández Sciafa e Josefina Hidalgo (Argentina)
Promessa, de Santiago Castelo (Argentina)
Sem Pele, de Diego Pezo Paz (Chile)
Três é uma Multidão, de Juan Ignácio Villano (Argentina)

MOSTRA INFANTIL

Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
Aninha em: A Magia do Sonho, de Maria Luciana Rodrigues (PE)
Apolo, de Camila Alexandroni e Lincoln Marterson (SP)
Coelhos e Gambás, de Thomas Larson (SP)
Quintal, de Mariana Netto (BA)

MOSTRA ADOLESCENTE

Eu Youtuber, de Rodrigo Sena (RN)
O Discurso de Txai Suruí, de Alunos do Projeto Multimídia da Escola Parque (RJ)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR)
Trancinhas, de Mariana Stolf Friggi (MG)
Valentina Versus, de E.M.Z. Camargo e Anne Lise Ale (PR)

MOSTRA FANTÁSTICOS

Amor Irreal, de Lucas Reis (RS)
Apneia, de Nathan Cirino e Carol Torquato (PB)
Aurora, 2068, de Gustavo S. D. Brandão (SP)
Beto, de Thiago Morais (AM)
Cabiluda, de Arthur Colleto e Dera Santos (PE)
Cadente, de Antonio Vasconcelos (PE)
Empatia, de Marcos Aurélio Rangel (SP)
O Fim da Imagem, de Gil Baroni (PR)
O Processo, de Eduardo Aliberti (SP)
Reporte Aqui, de Amanda Signorelli (RJ)
Surpresa!, de Jorge Filho (PE)

Foto: Divulgação/Beija Flor Filmes.

Bob Marley: One Love, cinebiografia do ícone do reggae, ganha trailer oficial

por: Cinevitor
Kingsley Ben-Adir interpreta o cantor nas telonas

Dirigido por Reinaldo Marcus Green, de King Richard: Criando Campeãs, a cinebiografia Bob Marley: One Love contará a história do ícone do reggae. Em seu primeiro trailer, divulgado pela Paramount Pictures, destacam-se momentos da vida pública e privada do cantor, como o início na música, o atentado a tiros sofrido por ele em 1976 e sua luta em defesa da paz.

O filme celebra a vida e a música de um ícone que inspirou gerações através da sua mensagem de amor e união. Pela primeira vez nos cinemas, o público descobrirá a poderosa história de superação de adversidades e a jornada por trás da sua música revolucionária. Bob Marley é interpretado pelo ator Kingsley Ben-Adir e o elenco conta também com Lashana Lynch, James Norton, Tosin Cole, Anthony Welsh, Michael Gandolfini, Umi Myers e Nadine Marshall.

Bob Marley: One Love tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros para o primeiro semestre de 2024 e tem roteiro assinado pelo diretor com Zach Baylin e Frank E. Flowers. São responsáveis pela produção Cedella e Ziggy Marley, filhos do cantor e Rita Marley, esposa de Bob. Além dos nomes da família, assinam como produtores Brad Pitt, Robert Teitel, Jeremy Kleiner e Dede Gardner. O filme é uma produção da Paramount Pictures em parceria com a Plan B Entertainment, State Street Production e Tuff Gong Pictures, gravadora jamaicana fundada por Bob Marley em 1970.

Assista ao trailer de Bob Marley: One Love, que estreia em 2024:

Foto: Divulgação/Paramount Pictures.

Challengers, de Luca Guadagnino, será o filme de abertura do 80º Festival de Veneza

por: Cinevitor
Mike Faist, Zendaya e Josh O’Connor em cena

A diretoria da Biennale di Venezia anunciou nesta quinta-feira, 06/07, que o drama Challengers, dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino, será o filme de abertura da 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro.

O longa, que será exibido fora de competição no Palazzo del Cinema, Lido di Venezia, conta com roteiro assinado por Justin Kuritzkes e é estrelado por Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist: “Estou muito entusiasmado para que o público experimente meu novo filme no Festival de Veneza. É uma história ousada, moderna de energia, amor e poder juvenil. Zendaya, Josh e Mike são totalmente originais e frescos, trazendo uma energia como você nunca viu antes. Mal posso esperar para que o público do Lido dance ao som da trilha sonora de Trento e Atticus na noite de abertura da 80ª edição. Como cineasta, é a realização de um sonho e agradeço ao Alberto e toda a família do festival por este maravilhoso reconhecimento ao filme”, disse o cineasta de Me Chame Pelo Seu Nome.

Alberto Barbera, diretor do festival, também comentou: “Luca Guadagnino é um dos poucos diretores italianos que sempre esteve acostumado a trabalhar com atrizes e atores italianos e estrangeiros, obtendo sempre os melhores resultados de todos eles; mesmo quando ele está filmando no exterior, como é o caso de Challengers. Com mão leve e autoconfiança esportiva, Guadagnino não estabelece limites para sua energia criativa neste filme ao lidar com temas como amor, amizade e rivalidade masculina, e dá vida a um filme cativante e comovente, cheio de ironia, sensualidade e boa natureza. Cinema na sua forma mais pura”

Na trama, Zendaya é Tashi Duncan, uma ex-jogadora de tênis que se tornou treinadora e continua uma força da natureza dentro e fora da quadra. Casada com um campeão, vivido por Mike Faist, que vem em uma sequência de derrotas, ela cria uma estratégia para a redenção de seu marido, que dá uma guinada surpreendente ao enfrentar o fracassado Patrick, papel de Josh O’Connor, seu antigo melhor amigo e ex-namorado de Tashi. Quando passado e presente colidem, as tensões aumentam e Tashi passa a se questionar sobre quanto custará vencer.

Em 2022, Guadagnino exibiu Até os Ossos no Festival de Veneza e levou o Leão de Prata de melhor direção. Anteriormente, o cineasta estreou outros títulos no festival, como: The Protagonists, Um Sonho de Amor, Bertolucci on Bertolucci, Um Mergulho no Passado, Suspíria: A Dança do Medo e Salvatore: Shoemaker of Dreams.

Foto: Divulgação/Metro Goldwyn Mayer Pictures.

CINEVITOR #439: Entrevista com Cláudia Abreu | Edição Especial + Virginia

por: Cinevitor
Cláudia Abreu no palco em Virginia, seu primeiro monólogo

Sucesso na TV, nos palcos e nas telonas, Cláudia Abreu é considerada uma das maiores atrizes de sua geração. Formada em Filosofia, acumula sucessos na carreira artística entre tantas personagens marcantes e trabalhos inesquecíveis.

Começou a fazer teatro aos 10 anos e logo se destacou em cena. Nos palcos, trabalhou com nomes como Bia Lessa, em Orlando e Viagem ao Centro da Terra; Antônio Abujamra, em Um Certo Hamlet; Enrique Diaz, em As Três Irmãs; entre outros. Também produziu e estrelou Pluft, o Fantasminha, no Teatro Tablado, em homenagem à Maria Clara Machado e à casa onde iniciou sua carreira.

Na TV, começou em Tele Tema e Hipertensão, em 1986, ambos na Rede Globo. Depois, atuou em O Outro e Fera Radical, apresentou o Globo de Ouro e se destacou em Que Rei Sou Eu? no papel da Princesa Juliette de Avillan. Mas, foi em 1990 que ganhou sua primeira protagonista: a personagem Clara Ribeiro na novela Barriga de Aluguel, escrita por Gloria Perez, que foi um grande sucesso.

Na sequência, em 1992, outra consagração na carreira: a militante Heloísa na minissérie Anos Rebeldes, escrita por Gilberto Braga, que abordava um certo período da ditadura militar. Por esse trabalho, recebeu o Prêmio APCA de melhor atriz em televisão. Depois disso, ainda na TV, atuou em Pátria Minha, Labirinto, Força de um Desejo, O Quinto dos Infernos, entre outros.

Em 2003, interpretou sua primeira vilã: Laura Prudente da Costa na novela Celebridade, de Gilberto Braga. Ao lado da amiga Malu Mader, protagonizou cenas memoráveis na televisão brasileira e conquistou o público com sua Cachorra, apelido da personagem. Por esse trabalho, recebeu diversos prêmios e indicações. Ainda na TV, participou de Belíssima, Três Irmãs, O Dentista Mascarado, Geração Brasil, a série Desalma, no Globoplay, entre muitos outros. Em 2017, criou, ao lado de Flavia Lins e Silva, a série Valentins, voltada ao público infantojuvenil e exibida no canal Gloob.

Em 2012, outro sucesso de público e crítica: a cômica vilã Chayene em Cheias de Charme, novela das sete escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Ao lado de Titina Medeiros, que interpretava Socorro, sua fiel escudeira, protagonizou momentos hilários ao interpretar a cantora de tecnobrega que tentava sabotar as Empreguetes, vividas por Taís Araujo, Leandra Leal e Isabelle Drummond. A vaidosa e vilanesca Chay entrou para a história da teledramaturgia brasileira e é lembrada até hoje pelo público.

Bastidores da entrevista: Cláudia Abreu e Vitor Búrigo

Entre tantos momentos importantes na TV, Cláudia Abreu também se destacou no cinema. Seu primeiro trabalho nas telonas aconteceu em 1996 no longa Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, que logo lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. Na sequência, atuou em O Que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, que disputou a estatueta dourada de melhor filme estrangeiro no Oscar de 1998.

Com Ed Mort, filme de Alain Fresnot, recebeu seu segundo Prêmio APCA. Depois, atuou no épico Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende; Os Desafinados, de Walter Lima Jr., no qual foi premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival; O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, que lhe rendeu uma indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Jr.; O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca; O Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim; Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira; O Rastro, de J. C. Feyer; Berenice Procura, de Allan Fiterman; entre outros.

Há um ano, estreou nos palcos seu primeiro monólogo: Virginia, com direção de Amir Haddad e codireção de Malu Valle. No espetáculo, que já passou por vários estados brasileiros, Cláudia Abreu interpreta a trajetória da escritora Virginia Woolf, marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. A dramaturgia rememora acontecimentos em sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os queridos amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afetos, dores e seu processo criativo.

Virginia é o resultado de vários atravessamentos que Woolf provocou em Cláudia Abreu ao longo de sua trajetória e também marca sua estreia na dramaturgia. A vida e a obra da autora inglesa são os motores de criação do espetáculo, fruto de um longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. Entre maio e junho deste ano, Cláudia Abreu passou por Fortaleza, no Ceará, e Mossoró e Natal, no Rio Grande do Norte, para apresentar o monólogo. O CINEVITOR acompanhou a turnê pelo Nordeste e conversou com a atriz, no Teatro Alberto Maranhão, na capital potiguar, sobre alguns sucessos de sua carreira.

No bate-papo, relembrou momentos marcantes de sua trajetória no teatro, na TV e no cinema. Cláudia Abreu recordou com carinho três filmes rodados no Nordeste: Guerra de Canudos, Tieta do Agreste e O Caminho das Nuvens. Falou também da retomada do cinema brasileiro e da experiência de viver sua primeira protagonista na telinha, aos 20 anos de idade, em Barriga de Aluguel. Outro trabalho citado na entrevista foi sua primeira vilã, na novela Celebridade, a recepção do público e a icônica cena da briga no banheiro entre sua personagem e Maria Clara Diniz, vivida por Malu Mader. Além disso, destacou a parceria com o amigo Allan Fiterman no longa Berenice Procura, o sucesso popular de Chayene, em Cheias de Charme (com direito a selinho no cantor Roberto Carlos), o aguardado filme das Empreguetes (baseado na novela) e sua imersão no universo de Virginia Woolf.

Aperte o play e confira:

Fotos: Brunno Martins.