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Festival de Locarno 2023: produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Henrique Bulhões e Ayla Gabriela no curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli

Foram anunciados nesta quarta-feira, 05/07, os filmes selecionados para a 76ª edição do Festival de Cinema de Locarno, que acontecerá entre os dias 2 e 12 de agosto na Suíça. Com uma programação eclética, o evento é considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo.

Neste ano, o cinema brasileiro está representado com dois curtas-metragens em competição na mostra Pardi di domani, território de experimentação expressiva e poesia formal inovadora, que exibe curtas e médias-metragens em estreia mundial ou internacional. A seção consiste em três concursos: Concorso internazionale, com trabalhos de cineastas emergentes de todo o mundo; Concorso nazionale, para produções suíças; e Concorso Corti d’autore, com curtas obras de diretores consagrados.

Na competição internacional de curtas, o Brasil aparece com Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, uma coprodução com o Reino Unido, que traz Ayla Gabriela, Henrique Bulhões, Jard Costa e Kley Hudson no elenco. Vale lembrar que em 2021, Martinelli foi premiado nesta mesma mostra com o Leopardo de Ouro pelo curta-metragem Fantasma Neon.

Outro destaque na Pardi di domani é Du bist so wunderbar, curta-metragem em coprodução entre Alemanha e Brasil, dos cineastas brasileiros Leandro Goddinho e Paulo Menezes, que conta com Murillo Basso, Greta Amend, Cleo Spiro, Marcio Reolon, Blake Kendall, Dilan GeZaza, Daniel-Ryan Spaulding e Zoe Valentini no elenco. Já na mostra Pardi di domani: Concorso Corti d’autore, a cineasta brasileira Ivete Lucas, radicada nos Estados Unidos, aparece com The Passing, uma produção americana e codirigida por Patrick Bresnan.

Murillo Basso no curta Du bist so wunderbar: coprodução alemã e brasileira

Entre os longas, na Competição Internacional, El auge del humano 3, do cineasta argentino Eduardo Williams, aparece na disputa pelo prêmio máximo do evento. O filme é coproduzido por diversos países, entre eles, o Brasil através da Estúdio Giz; com produção executiva de Julia Alves, da Oublaum Filmes. Enquanto isso, na mostra Histoire(s) du cinéma, que dedica homenagens especiais a nomes importantes do cinema, com cópias raras e restauradas, além de filmes sobre a história do cinema, o diretor brasileiro Rogério Sganzerla, um dos representantes do cinema marginal, aparece com duas obras: Abismu (1977) e Documentário (1966).

Neste ano, o ator e musicista britânico Riz Ahmed, de O Som do Silêncio e vencedor do Oscar pelo curta-metragem The Long Goodbye, será homenageado com o Excellence Award Davide Campari: “Ahmed é um talento brilhante e versátil no cinema atual. Como um camaleão, ele pode passar de blockbuster a filmes de autor, igualmente à vontade no palco ou na TV, fazendo rap com um microfone ou intervindo como produtor executivo. Já com um Oscar na bagagem, para não falar de uma pilha de outros prémios, é a personificação de um cinema cada vez melhor, mais receptivo, finalmente capaz de ouvir novas vozes. Riz Ahmed é o rosto de um futuro que finalmente se torna possível”, disse Giona A. Nazzaro, diretor artístico do Festival de Cinema de Locarno.

Para esta 76ª edição, foram 5.520 títulos inscritos e 214 selecionados. Entre os longas que serão exibidos, 30.2% são dirigidos por mulheres e 63.5% por homens; nos curtas, 37% das produções são de diretoras e 48.1% realizadas por homens. Segundo comunicado oficial, a seleção de 2023 promete estar mais ousada e vibrante do que nunca, com um programa que vai colocar o cinema em diálogo com a sua história e o seu futuro, e com outras formas de arte e comunicação.

O clássico O Inquilino (The Lodger: A Story of the London Fog), de Alfred Hitchcock, lançado em 1927 e que integra a mostra Histoire(s) du cinéma, será o filme de abertura. E mais: o ator francês Lambert Wilson foi anunciado como presidente do júri da Competição Internacional; os outros integrantes serão revelados em breve. Além disso, a programação contará com uma retrospectiva dedicada ao cinema mexicano desde os anos 1940 até o final dos anos 1960.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Locarno 2023:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Animal, de Sofia Exarchou (Grécia/Áustria/Romênia/Chipre/Bulgária)
Baan, de Leonor Teles (Portugal)
El auge del humano 3, de Eduardo Williams (Argentina/Portugal/Holanda/Taiwan/Brasil/Hong Kong/Sri Lanka/Peru)
Essential Truths of the Lake, de Lav Diaz (Filipinas/França/Portugal/Singapura/Itália/Suíça/Reino Unido)
La imatge permanent, de Laura Ferrés (Espanha/França)
Lousy Carter, de Bob Byington (EUA)
Manga D’Terra, de Basil Da Cunha (Suíça/Portugal)
Mantagheye bohrani, de Ali Ahmadzadeh (Itália/Alemanha)
Nu aștepta prea mult de la sfârșitul lumii, de Radu Jude (Romênia/Luxemburgo/França/Croácia)
Nuit obscure – Au revoir ici, n’importe où, de Sylvain George (França/Suíça)
Nähtamatu võitlus, de Rainer Sarnet (Estônia/Letônia/Grécia/Finlândia)
Patagonia, de Simone Bozzelli (Itália)
Rossosperanza, de Annarita Zambrano (Itália/França)
Stepne, de Maryna Vroda (Ucrânia/Alemanha/Polônia/Eslováquia)
Sweet Dreams, de Ena Sendijarević (Holanda/Suécia/Indonésia/Ilha da Reunião)
The Vanishing Soldier, de Dani Rosenberg (Israel)
Yannick, de Quentin Dupieux (França)

PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

De Imperio, de Alessandro Novelli (Portugal/Espanha)
Du bist so wunderbar, de Leandro Goddinho e Paulo Menezes (Alemanha/Brasil)
En undersøgelse af empati, de Hilke Rönnfeldt (Dinamarca/Alemanha)
Engar madaram geriste bud aan shab, de Hoda Taheri (Alemanha)
Faire un enfant, de Eric K. Boulianne (Canadá)
I look into the mirror and repeat to myself, de Giselle Lin (Singapura)
Kinderfilm, de Total Refusal, Adrian Jonas Haim, Michael Stumpf e Robin Klengel (Áustria)
La Vedova Nera, de fiume e Julian McKinnon (França)
Negahban, de Amirhossein Shojaei (Irã)
Pado, de Yumi Joung (Coreia do Sul)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil/Reino Unido)
Pleine Nuit, de Manon Coubia (Bélgica/França)
Pray, de Caleb Azumah Nelson (Reino Unido)
Scorched Earth, de Markela Kontaratou (Grécia/Reino Unido)
Slimane, de Carlos Pereira (Alemanha)
Solo la luna comprenderá, de Kim Torres (Costa Rica/EUA)
The Currency – Sensing 1 Agbogbloshie, de Elom 20ce, Musquiqui Chihying e Gregor Kasper (Alemanha/Taiwan/Togo)
The Lovers, de Carolina Sandvik (Suécia)
Yi zhi wu gui de ben ming nian, de Yi Xiong (China)
Z.O., de Loris G. Nese (Itália)

CONCORSO CINEASTI DEL PRESENTE

Camping du Lac, de Eléonore Saintagnan (Bélgica/França)
Ein schöner Ort, de Katharina Huber (Alemanha)
Ekskurzija, de Una Gunjak (Bósnia e Herzegovina/Croácia/Sérvia/França/Noruega/Qatar)
Family Portrait, de Lucy Kerr (EUA)
Hao jiu bu jian, de Nelson Yeo (Singapura/Indonésia)
La Morsure, de Romain de Saint-Blanquat (França)
Negu hurbilak, de Colectivo Negu (Espanha)
On the Go, de María Gisèle Royo e Julia de Castro (Espanha)
Rimdogittanga, de Dominic Sangma (Índia/China/Suíça/Holanda/Qatar)
Rivière, de Hugues Hariche (Suíça/França)
Todos los incendios, de Mauricio Calderón Rico (México)
Touched, de Claudia Rorarius (Alemanha)
Und dass man ohne Täuschung zu leben vermag, de Katharina Lüdin (Alemanha/Suíça)
Whispers of Fire & Water, de Lubdhak Chatterjee (Índia)
Xi du, de Yan LUO (China)

PIAZZA GRANDE

Anatomie d’une chute, de Justine Triet (França)
Cidade das Mulheres (La città delle donne), de Federico Fellini (Itália/França)
Continent magnétique, de Luc Jacquet (França)
Čuvari formule, de Dragan Bjelogrlić (Sérvia/Eslovênia/Montenegro/Macedônia do Norte)
Dammi, de Yann Mounir Demange (França)
Falling Stars, de Richard Karpala e Gabriel Bienczycki (EUA)
L’Étoile Filante, de Fiona Gordon e Dominique Abel (França/Bélgica)
La Paloma, de Daniel Schmid (Suíça/França)
La Voie Royale, de Frédéric Mermoud (França/Suíça)
La bella estate, de Laura Luchetti (Itália)
Milsu, de RYOO Seung-wan (Coreia do Sul)
Non sono quello che sono – The Tragedy of Othello di W. Shakespeare, de Edoardo Leo (Itália)
Première affaire, de Victoria Musiedlak (França)
Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
The Old Oak, de Ken Loach (Reino Unido/França/Bélgica)
Theater Camp, de Molly Gordon e Nick Lieberman (EUA)

*Clique aqui e confira a programação completa com os filmes selecionados.

Fotos: Divulgação.

Festival de Cinema de Gramado 2023 anuncia os primeiros títulos selecionados e homenageadas

por: Cinevitor
Matheus Nachtergaele no longa cearense Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry

Foram anunciados nesta terça-feira, 04/07, em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Festivais, os primeiros filmes selecionados para as mostras competitivas e detalhes da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto.  

Dos mais de mil títulos inscritos, as curadorias e comissões de seleção escolheram seis longas-metragens brasileiros, cinco longas-metragens documentais, cinco longas-metragens gaúchos e 23 curtas gaúchos. Na próxima semana, faltando um mês para o começo do festival, serão anunciadas as homenageadas com os troféus Eduardo Abelin e Cidade de Gramado e também os curtas-metragens brasileiros selecionados, em um evento realizado no Rio de Janeiro.

Mais uma vez, a diversidade e o ineditismo permeiam a seleção. Dentre os longas brasileiros, as seis produções terão premiére mundial em Gramado. A lista conta com uma representação da diversidade do audiovisual brasileiro, trazendo visões de realizadores e realizadoras do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. Vale ressaltar a pluralidade dos gêneros, englobando thriller, drama, ficção, biografias e documentários; os gaúchos não ficam de fora e demonstram a potência do cinema feito no Estado. 

Os filmes serão exibidos presencialmente em Gramado no tradicional Palácio dos Festivais. Na noite do dia 19 de agosto, serão revelados os vencedores dos kikitos. Ao total, serão entregues 38 kikitos, além das tradicionais homenagens com os troféus Oscarito, Eduardo Abelin, Kikito de Cristal e Cidade de Gramado. Em parceria com a Sedac, Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Iecine, Instituto Estadual de Cinema, o Festival de Gramado entregará, ainda, três Prêmios Novas Façanhas e o Troféu Leonardo Machado. Outra novidade é o Troféu Sirmar Antunes, em parceria com a Assembleia Legislativa

Durante o encontro com os jornalistas, a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, enfatizou que o mais importante desta edição é começar a construção de uma nova década: “Esse será mais um ano para apresentar novidades e continuar evoluindo, sempre vencendo desafios. A nossa equipe está trabalhando intensamente para trazer o melhor do audiovisual a Gramado. Vocês podem observar pela qualidade dos filmes anunciados. Temos a certeza de que vamos começar a década com uma edição que inova nos formatos”, afirmou.

Marcos Santuario, curador do festival, destacou o árduo trabalho que teve ao lado da atriz argentina Soledad Villamil e do ator e diretor Caio Blat na seleção dos filmes: “Essa é uma das seleções mais potentes dos últimos anos, e também uma das mais difíceis. Foram muitos filmes inscritos, e muitos filmes bons. Nossa busca foi por manter a qualidade, sempre com um olhar para produções criativas e que contemplem elementos inovadores. Observar a diversidade geográfica e narrativa, dando espaço para consagrados realizadores e novos talentos que surgem nas produções nacionais, também foram questões às quais nos atemos”, disse. Completando a equipe, o programador Leonardo Bonfim é o encarregado da curadoria dos longas gaúchos, ao lado de Mônica Kanitz

Em sua 51ª edição, Gramado opta pelo ineditismo ao entregar o Troféu Oscarito para duas mulheres de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: as atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia. Esta será a primeira oportunidade em que a honraria será entregue para dois nomes: “É impossível olharmos para a história do audiovisual brasileiro e não pensarmos nessas duas mulheres. Poder reverenciar essas lendas da nossa cultura com nossa honraria mais antiga e em uma única edição do Festival é, para nós, mais do que um orgulho”, afirma Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, autarquia municipal responsável pelos eventos da cidade.

Laura Cardoso é uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totalizando mais de oitenta trabalhos na televisão. Já recebeu diversos prêmios, incluindo três Grande Otelo, quatro Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002, foi laureada com o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra e, em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.

Com 95 anos de idade e mais de sete décadas dedicadas ao ofício, Cardoso foi uma pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como Fera Radical, Rainha da Sucata e Mulheres de Areia. Nesta última, contracenou com Glória Pires, homenageada com o Troféu Oscarito durante o 41º Festival de Gramado. A atriz afirma que “Laura Cardoso é exemplo para todos os artistas brasileiros pelo seu legado. Te amo, te admiro e te respeito”.

Seus últimos trabalhos no cinema foram no curta Jadzia, de Acacia Araujo, e no longa De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula, ambos de 2020. Engana-se quem pensa que a idade avançada faz com que Laura pense em se aposentar: “Não gosto de pensar em parar. Quero continuar trabalhando até quando Deus permitir. Adoro trabalhar. Adoro fazer cinema. É realmente a sétima arte, gostaria de ter feito mais”, disse. Sobre receber o Troféu Oscarito, Laura comenta estar emocionada com a honraria: “Representa o reconhecimento do público, é um prêmio importante na minha carreira. Gramado é uma cidade linda e, no Brasil, é o ponto de encontro do cinema. Minha vontade é levar toda a minha família. Se tudo der certo, eles irão, com certeza”.

Alice Carvalho, Thainá Duarte e Marcélia Cartaxo na série Cangaço Novo

Léa Garcia possui uma história antiga com Gramado, conquistando quatro kikitos com As Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Com 90 anos completos, a veterana possui no currículo mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, participou do Festival de Cannes, em 1957, com Orfeu Negro, de Marcel Camus, que, em 1960, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro representando a França

Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados à atrizes negras e tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações: “Quando eu estava começando no mundo das artes ela já brilhava nas telonas. Léa Garcia é uma inspiração. Doce, gentil, talentosa, uma estrela, uma pérola. Precisamos reverenciá-la, todos os dias”, afirma a atriz Zezé Motta, que também recebeu o Troféu Oscarito, em 2007.

Mesmo com suas nove décadas concluídas, Léa segue ativa nas artes cênicas. Recentemente, atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Um Dia com Jerusa, Pacificado e O Pai da Rita, trabalhando novamente, neste último, com o prestigiado diretor Joel Zito Araújo. Laura Cardoso e Léa Garcia se juntam à Alice Braga, que será homenageada com o Kikito de Cristal.

Pela primeira vez em sua história, o Festival de Gramado terá uma série como atração. A escolhida foi Cangaço Novo, original Amazon, que estará disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios a partir do dia 18 de agosto; a estreia mundial será em Gramado. Produzida pela O2 Filmes, a obra, que conta com oito episódios, foi criada por Eduardo Melo e Mariana Bardan, tem direção de Aly Muritiba e Fábio Mendonça e roteiro de Fernando Garrido, Mariana Bardan, Eduardo Melo e Erez Milgrom. A produção executiva é de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, Fábio Mendonça e Aly Muritiba.

Cangaço Novo conta a história de Ubaldo, interpretado por Allan Souza Lima. O personagem é um bancário infeliz da zona urbana de São Paulo sem nenhuma lembrança de sua infância. Ubaldo descobre, então, que tem uma herança e duas irmãs no sertão cearense: Dilvânia, que lidera um grupo que adora seu famoso pai falecido, e Dinorah, a única mulher em uma gangue de ladrões de banco. A série conta também com Alice Carvalho, Hermila Guedes, Thainá Duarte, Ricardo Blat, Marcélia Cartaxo, Adélio Lima, Nivaldo Nascimento, Titina Medeiros, Pedro Wagner, Rodrigo García, Múcia Teixeira, César Ferrario, Robson Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Enio Cavalcante, Joálisson Cunha, Pedro Lamin, entre outros, no elenco.

“Era um sonho antigo de Gramado abrirmos as fronteiras para outras possibilidades de realização audiovisual. Esse ano, apesar de todas as dificuldades, conseguimos dar um passo importante para a concretização desse sonho. A exibição dessa série reforça que estamos atentos às novas práticas de produção e consumo, e abre portas para explorarmos no futuro”, afirma Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, autarquia municipal responsável pelos eventos de Gramado

Para Marcos Santuario, a sessão especial demonstra a força do festival: “Estávamos buscando encaixar uma série dentro da programação deste ano. Ficamos muito contentes com o retorno positivo do Prime Video. A série, filmada no Nordeste do Brasil, possui uma equipe maravilhosa e irá promover uma experiência única a quem acompanhar a sessão”. Cangaço Novo terá exibição fora de competição, no dia 14 de agosto, segunda-feira, no Palácio dos Festivais

Como já anunciado anteriormente, o documentário Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, terá sua estreia no Brasil na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado. Após apresentar seus últimos filmes, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, em Gramado, Kleber retorna, depois do Festival de Cannes, com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem.

O Gramado Film Market, braço do Festival de Gramado dedicado ao mercado audiovisual, terá nova edição durante a programação. Em seu sétimo ano, o GFM manterá suas tradicionais atividades como palestras, workshops, rodadas de negócios e Mostra Universitária. Além disso, em sua 13ª edição, o projeto Educavídeo receberá ainda mais destaque. Tradicionalmente, a noite que antecede a abertura do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema. Este ano, estimulando a realização audiovisual dos alunos da rede municipal, os filmes feitos pelos estudantes serão exibidos no Palácio dos Festivais na noite do primeiro dia do evento, 11 de agosto, em uma pré-estreia que prestigia o potencial criativo dos jovens realizadores.

Com curadoria do jornalista e crítico de cinema Matheus Pannebecker, a exposição Memórias do 50º Festival de Cinema de Gramado acontece até 4 de outubro no espaço de exposições temporárias do Museu do Festival de Cinema de Gramado. A mostra, com apoio da TVE, Canal Brasil, Educavídeo e das fotógrafas Avany Cunha e Kätlin Fotografias, apresenta uma coleção única de fotografias, cartazes, vídeos e depoimentos que documentam os momentos inesquecíveis, as personalidades icônicas e as produções cinematográficas aclamadas que passaram pelo Festival de Cinema de Gramado no último ano. Além disso, os visitantes podem eternizar, de maneira virtual, suas mãos e assinatura na parede da fama do museu.

Conheça os primeiros filmes anunciados para o Festival de Gramado 2023:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Angela, de Hugo Prata (SP)
Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (CE)
Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane (RJ)
O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO)
Tia Virgínia, de Fabio Meira (RJ)
Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte (PR)

LONGAS-METRAGENS DOCUMENTAIS

Anhangabaú, de Lufe Bollini (SP)
Da Porta pra Fora, de Thiago Foresti (DF)
Luis Fernando Verissimo: O Filme, de Luzimar Stricher (RS)
Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE)
Roberto Farias: Memórias de um Cineasta, de Marise Farias (RJ)

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS

Céu Aberto, de Elisa Pessoa (Dom Pedrito)
Hamlet, de Zeca Brito (Porto Alegre)
O Acidente, de Bruno Carboni (Porto Alegre)
Sobreviventes do Pampa, de Rogério Rodrigues (Porto Alegre)
Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre, de Boca Migotto (Porto Alegre)

CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS

As Ondas, de Leandro Engelke e Richard Tavares (Porto Alegre)
Aurora, de Bruna Ueno (Pelotas)
Carcinização, de Denis Souza (Pelotas)
Centenário da Minha Bisa, de Cristyelen Ambrozio (Alvorada)
Colapso Terra em Chamas, de Lucas Tergolina e Matheus Melchionna (Porto Alegre)
Combustão Espontânea, de João Werlang e Pedro Bournoukian (Pelotas)
Concha de Água Doce, de Lau Azevedo e João Pires (Porto Alegre)
Concorso Internazionale, de Bruno de Oliveira (Porto Alegre)
Eu Tibano, de Diego Tafarel e Zé Corrêa (Santa Cruz do Sul)
Fiar o Vento, de Mari Moraga (Porto Alegre)
Fitoterapia, de Eduardo Piotroski (Porto Alegre)
Flora, de Ana Moura (Porto Alegre)
Glênio, de Luiz Alberto Cassol (Santa Maria)
Livra-me, de Felipe da Fonseca Peroni (Santa Cruz do Sul)
Messi, de Henrique Lahude e Camila Acosta (Encantado)
Meu Nome é Leco, de Diana Mesquita e Marina Falkembach (Porto Alegre)
Nau, de Renata de Lélis (Porto Alegre)
O Tempo, de Ellen Correa (Porto Alegre)
Os Féders Vão Dormir, de Eder Ramos (Esteio)
Rasgão, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (Porto Alegre)
Restaurante, de Leonardo da Rosa (Taquari)
Sabão Líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (Porto Alegre)
Tremendo Trovão, de Rubens Fabricio Anzolin (Porto Alegre)

Fotos: Petrus Cariry e Aline Arruda.

33º Cine Ceará: inscrições abertas para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Cine Ceará 2023: inscrições abertas e gratuitas

A 33ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema está com inscrições abertas até o dia 18 de agosto para as três principais mostras competitivas: ibero-americana de longa-metragem, brasileira de curta-metragem e mostra Olhar do Ceará

A edição de 2023 acontecerá entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro em Fortaleza, com exibições no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE) geridos pelo Instituto Dragão do Mar

Para a seleção, a curadoria do Cine Ceará 2023 prioriza trabalhos inéditos e reservará no mínimo 30% de participação para mulheres diretoras no conjunto das mostras competitivas. Todos os filmes selecionados deverão apresentar legenda descritiva para surdos e ensurdecidos em idioma português, conforme determina o Ministério da Cultura. As inscrições são gratuitas: clique aqui.
 
A Mostra Competitiva ibero-americana de longa-metragem é direcionada a filmes de países da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha, nos gêneros animação, ficção, documentário ou híbrido. Os longas inscritos devem ter sido concluídos a partir de 2022, com duração mínima de 60 minutos. 
 
A Competitiva Brasileira de curta-metragem é aberta a filmes brasileiros de ficção, documentário, animação ou híbrido, com duração máxima de 25 minutos, concluídos a partir de 2022, que não tenham participado do processo seletivo de outras edições do Cine Ceará
 
A mostra Olhar do Ceará é aberta a diretores cearenses, residentes ou não no Ceará. Podem ser inscritos filmes de curta-metragem, de 25 minutos no máximo, e longa-metragem com duração mínima de 60 minutos, concluídos a partir de 2022, nos gêneros de ficção, documentário, animação ou híbrido.

Sobre a premiação, na Mostra Competitiva ibero-americana o Troféu Mucuripe será concedido aos vencedores em diversas categorias; o melhor longa, eleito pelo Júri Oficial, receberá prêmio no valor de R$ 20 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil, dentro dos critérios do regulamento. O Júri Oficial da Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem e da Mostra Olhar do Ceará escolherá os vencedores do Troféu Mucuripe em diversas categorias.

Foto: Luiz Alves.

O Auto da Compadecida 2: Taís Araujo é confirmada no elenco da sequência

por: Cinevitor
Taís Araujo em Medida Provisória, seu mais recente trabalho nas telonas

Depois da confirmação da sequência de O Auto da Compadecida, sucesso que levou às telonas a peça teatral do escritor paraibano Ariano Suassuna, a produção, que já confirmou o retorno de Selton Mello e Matheus Nachtergaele nos papeis de Chicó e João Grilo, revelou um novo nome no elenco.

Taís Araujo será a Compadecida em O Auto da Compadecida 2, continuação do clássico que marcou o cinema brasileiro. A atriz recebe o manto sagrado de Fernanda Montenegro, que interpretou a icônica personagem no primeiro filme e, por incompatibilidade de agenda, não irá repetir o papel. Dirigido por Guel Arraes e Flávia Lacerda, produção da Conspiração e H2O Produções, com distribuição da H2O Films, e roteiro de Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão, o longa tem estreia prevista para o final do ano que vem nos cinemas de todo o Brasil. 

“Nós falamos tanto que ninguém é insubstituível, mas Fernanda Montenegro é. Graças a Deus temos muitas Nossas Senhoras, e interpretar essa nova versão da Compadecida será certamente uma celebração a elas. Fico muito emocionada de fazer essa personagem porque, mesmo não tendo religião, sigo Jesus Cristo, Nossa Senhora e todos os santos. É muito emocionante mergulhar nesse lugar da fé, da bondade, da caridade”, comentou Tais.

A comédia dramática narra as aventuras dessa dupla que vive de enganar o povo do vilarejo onde mora. O Auto da Compadecida e sua continuação refletem a celebração da cultura brasileira e colocam o cinema como espelho de um país plural e mágico em sua força criativa: “Sou fã da linguagem de comédia do Guel e da forma com que ele traz a brasilidade no trabalho que faz. Além de toda essa bondade, a Compadecida tem um humor superinteligente”, disse a atriz, celebrando o reencontro com o diretor neste novo projeto. 

Taís e Flávia Lacerda já trabalharam juntas algumas vezes, em filmes, séries e novelas, mas esta é apenas a segunda vez que a atriz será dirigida por Guel. Como um dos idealizadores de Mister Brau, Guel dirigiu uma das cenas de Taís quando ela interpretava Michele na série: “É preciso ter muita disposição física para ser dirigida pelo Guel porque ele exige muito do ator, mas a cada cena a gente sai melhor que antes. A comédia é um ambiente que eu gosto de flertar porque é muito mais difícil do que fazer drama”, analisa, com entusiasmo. Taís gravou um depoimento especial falando como foi o convite e sua expectativa para interpretar a Compadecida. Clique aqui e assista.

Para entrar no clima do novo filme, assista também (clique aqui) ao nosso programa especial gravado em Cabaceiras, na Paraíba, cidade que serviu de locação para O Auto da Compadecida, em 2000.

Foto: Mariana Vianna.

VIII DIGO: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta gaúcho Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli

O DIGO, Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, tem como objetivo estimular e promover a conscientização do público, no que tange o respeito integral aos direitos humanos e a inclusão.

Para esta oitava edição, que acontecerá entre os dias 27 e 30 de julho, no Cine Teatro Zabriskie, em Goiânia, foram 459 filmes inscritos. A região Sudeste do Brasil representa 45% dos envios, enquanto a Espanha foi o país com 5% do total de inscrições. Os documentários corresponderam a 18% dos envios, enquanto as animações representam apenas 1%.

Os filmes selecionados serão convidados pela plataforma Cinebrac para exibição e também terão a oportunidade de assinar contratos comerciais. Além disso, concorrem ao Troféu Digo concedido por um júri especializado.

Com direção de Cristiano Sousa, o festival ganha destaque como um ponto de interesse para a exibição de filmes inéditos no Centro-Oeste, com uma curadoria voltada para temáticas LGBTI e filmes emocionantes e contemporâneos. O tema do DIGO Festival deste ano é Para onde vai o seu pink money?.

Conheça os filmes selecionados para o DIGO 2023:

LONGAS-METRAGENS

A Cozinha, de Johnny Massaro (RJ)
Afeminadas, de Wesley Gondim (DF)
Casa Izabel, de Gil Baroni (PR)
Música+Amor+Dança+Sodomia, de Leonardo Menezes e Rian Córdova (RJ)
Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ)

CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Bela é Poc, de Eric Lima (AM)
A Última Vez que Saímos do Armário, de Bruno Tadeu (MG)
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (SC)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Nunca Estarei Lá, de Rodrigo Campos (SP)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Sereia, de Estevan de la Fuente (PR)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Toda Festa, de Eduardo BP (RJ)

CURTAS-METRAGENS GOIANOS

A Jornada, de Mateus Rosa (Alto Paraíso de Goiás)
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (Goiânia)
Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira (Cidade de Goiás)
Entredentes, de Daniel Souza Duarte de Sena (Anápolis)
Por Onde Eu For Não Haverá Rastros, de Daniel Pires (Goiânia)
TRANS_FORMAÇÃO de Identidades da Noite, de Patrick Mendes (Goiânia)

CURTAS INTERNACIONAIS

Antes de las cosas, de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia)
Catboy, de Cristian Sitjas Martinez (Espanha)
No Nome do Amor, de Xabier Mailán (Espanha)
The Flour Test, de Victor M Fraga (Reino Unido)
Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
Unseen Dancer, de Kevin Corbeil Palma (Canadá)

Foto: Divulgação.

Mostra Povos Originários da América Latina será exibida na Cinemateca Brasileira no Festival Cultura e Sustentabilidade

por: Cinevitor
Cena do filme Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!

O Festival Cultura e Sustentabilidade: Criatividade para um Mundo Possível acontecerá entre os dias 10 e 16 de julho na Cinemateca Brasileira com palestras, debates, feira e mostra de filmes. O evento coloca em foco o impacto da pauta ESG (ambiental, social e governança) no setor cultural e proporcionará ao público diferentes perspectivas para discutir ideias sobre a temática da sustentabilidade.

Com inscrições gratuitas e abertas ao público em geral, o festival reunirá especialistas, representantes de instituições culturais e empresas engajadas com a temática para discutir o papel da cultura na busca de soluções para os desafios ambientais globais. A ação integra o Viva Cinemateca, projeto que prevê o aprimoramento das instalações da Cinemateca Brasileira para guarda e processamento de seus acervos com o objetivo de garantir sua missão institucional. A proposta também contempla uma grande programação cultural que vai passar por São Paulo e outros 12 estados no país.

Dora Mourão, diretora da Cinemateca Brasileira, disse: “Queremos trazer um novo olhar sobre esses temas urgentes, que não se restringem a grupos específicos, mas toda a sociedade. É uma oportunidade para o setor cultural compartilhar experiências e apontar alternativas criativas para desafios que não podem mais ser negligenciados”.

Na programação do festival, convidados de referência em suas áreas de atuação irão compartilhar práticas consistentes que já estão sendo desenvolvidas no setor, bem como ações consolidadas em diversos outros segmentos econômicos, que possam ser aplicadas ao segmento cultural. Os temas das quatro mesas foram pensados para trazer reflexões sobre sustentabilidade ambiental, social e econômica e seu impacto na produção cultural, considerando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os princípios do Pacto Global e o próprio poder de sensibilização da arte. Clique aqui e saiba mais sobre as mesas.

Paralelamente aos painéis de discussão, está prevista a realização de uma feira, com estandes dedicados a instituições e empresas com trabalhos relevantes no setor ambiental. Em consonância com seus objetivos, o festival recebeu o Selo Evento Neutro por compensar as suas emissões de carbono apoiando projetos ambientais certificados.

Luna Marán no filme mexicano Tío Yim

O Festival Cultura e Sustentabilidade culminará com a abertura da Mostra Povos Originários da América Latina, que traz uma seleção de filmes destacando a relação dos povos originários com a natureza e a importância de se preservar suas culturas e territórios. Na abertura, no dia 11 de julho, às 18h, Ailton Krenak e Anna Dantes receberão o público para uma sessão dos sete curtas da série As Flechas, seguido por um debate com os realizadores. A série faz parte do projeto Ciclo Selvagem, que abre caminhos para a coexistência de saberes tradicionais, científicos e artísticos.

A mostra segue até 16 de julho revelando ora proximidades de lutas e resistências, ora pluralidades linguísticas, culturais e de vivências. O público poderá assistir títulos do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México e Peru; a maioria dos filmes, alguns inéditos no Brasil, foi realizada em nossos países vizinhos. As produções brasileiras, por sua vez, contam com longas e curtas-metragens de diferentes etnias e povos, como Ashaninka, Baniwa, Ikpeng, Kisêdjê, Kuikuro, Laklãnõ-Xokleng, Maxacali, Mbyá-Guarani, Huni Kui (Kaxinawá), Xavante, Yanomami, entre outros. Serão 15 sessões compostas por um curta e um longa-metragem de países diferentes. A programação é inteiramente gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.

Os filmes tratam de temas como a memória e a história, instigando discussões sobre a importância do registro audiovisual para a preservação de línguas e tradições. Outra constante é resistência, que aparece atrelada aos processos de colonização, à luta por demarcação de terras e aos empreendimentos econômicos que devastam a floresta. Religiosidades, cosmologias, artes e alimentação são outros elementos recorrentes nos títulos selecionados.

A mostra conta com uma diversidade de gêneros cinematográficos que vão desde o documentário aos experimentais, animações e ficções, manifestação da criatividade e do domínio da técnica audiovisual pelos tantos povos indígenas do continente. A curadoria privilegia filmes feitos por cineastas indígenas, mas inclui também alguns poucos feitos por não indígenas. Estes, contudo, foram feitos em diálogo com as comunidades que, por vezes, trabalharam na produção, no roteiro ou em outras áreas da realização audiovisual.

Conheça os filmes da Mostra Povos Originários da América Latina:

A Fera e a Esfera, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
A Porta-Voz, de Luciana Kaplan (México)
A Selva e a Seiva, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
A Serpente e a Canoa, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Abdzé Wede’õ: O Vírus Tem Cura?, de Divino Xavante (Brasil, MT)
Amuhuelai-Mi, de Marilú Mallet (Chile)
Ayvu-Pora, Las Bellas Palabras, de Vanessa Ragone (Argentina)
Dolores, de Joaquín Eyzaguirre (Chile)
El Silencio del Rio, de Francesca Canepa (Peru)
Jakawisa, de Delia Yujra Chura (Bolívia)
Kaiser Wilhelm Institut Für Anthropologie Tupiniquim, de Denilson Baniwa (Brasil, RR)
Kene Yuxi, As Voltas do Kene, de Zezinho Yube (Brasil, AC)
La Vida de Una Familia Ikoods, de Teófila Palafox (México)
Marangmotxíngmo Mïrang: Das Crianças Ikpeng para o Mundo, de Natuyu Yuwipo Txicão, Kumaré Ikpeng e Karané Ikpeng (Brasil, MT)
Mãri Hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari Yanomami (Brasil, RR)
Metamorfose, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Nakua Pewerewerekae Jawabelia (Hasta el Fin del Mundo/Até o Fim do Mundo), de Margarita Rodriguez Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá (Colômbia/Brasil, PE/RJ)
Nasa Yuwe, La Lengua Madre, de Mateo Leguizamón e Yaid Bolaños (Colômbia)
Nguné Elü, O Dia em que a Lua Menstruou, de Maricá Kuikuro e Takumã Kuikuro (Brasil, MT)
No Tempo do Verão, de Wewito Piyãko (Brasil, AC)
Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (Brasil, MG)
O Sol e a Flor, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Opy’i Regua, de Júlia Gimenes e Sérgio Guidoux (Brasil, RS)
Pakucha, de Tito Catacora (Peru)
Tava, A Casa de Pedra, de Kuaray Poty (Ariel Ortega), Pará Yxapy (Patricia Ferreira), Vincent Carreli e Ernesto de Carvalho (Brasil, RS/Argentina)
Tejiendo Mar y Viento, de Teófila Palafox e Luis Lupone (México)
Tempo e Amor, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Tío Yim, de Luna Marán (México)
Txêjkhô Khâm Mby: Mulheres Guerreiras, de Whinti Suyá, Kambrinti Suya, Yaiku Suya, Kamikia P.T. Kisedje e Kokoyamaratxi Suya (Brasil, MT)
Ukamau, de Jorge Sanjinés (Bolívia)
Uma Flecha Invisível, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Ushui, La Luna y El Trueno, de Rafael Mojica Gil (Colômbia)
Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, de Walderes Coctá Priprá, Barbara Pettres e Flávia Person (Brasil, SC)
Yakuqñan, Caminos Del Agua, de Juan Durán (Peru)

Fotos: Divulgação.

Morre, aos 89 anos, o ator e diretor Alan Arkin

por: Cinevitor
O ator no filme brasileiro O Que é Isso, Companheiro?

Morreu nesta sexta-feira, em sua casa, em San Marcos, na Califórnia, aos 89 anos, o ator, diretor e músico estadunidense Alan Arkin. A notícia foi confirmada pelos filhos Adam, Matthew e Anthony em um comunicado oficial: “Nosso pai era uma força da natureza excepcionalmente talentosa, tanto como artista quanto homem. Um marido amoroso, pai, avô e bisavô, era adorado e sua falta será profundamente sentida”. Segundo informações divulgadas, ele sofria de doenças cardíacas.

Vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por Pequena Miss Sunshine, em 2007, foi indicado outras três vezes ao prêmio da Academia: em 1967, por Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!, e em 1969, por Por que Tem que Ser Assim?, na categoria principal; e em 2013, novamente como coadjuvante, por Argo.

Entre tantos sucessos internacionais, Arkin também se destacou no cinema brasileiro ao interpretar um embaixador americano sequestrado em O Que é Isso, Companheiro?, dirigido por Bruno Barreto. Com Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Luiz Fernando Guimarães e Cláudia Abreu no elenco, o longa foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1998.

Nascido no Brooklyn, no dia 26 de março de 1934, Arkin costumava dizer que já sabia que queria ser ator desde os cinco anos de idade. Na adolescência, ganhou uma bolsa de estudos para teatro no Bennington College, em Vermont. Além de atuar, também tocava violão, piano, flauta e vibrafone e chegou a se apresentar com o grupo folk The Tarriers pela Europa. Depois disso, foi descoberto pelo diretor teatral Paul Sills, que lhe convidou para aprimorou suas habilidades cômicas com a famosa trupe de improvisação Second City, entre Chicago e Nova York.

Com uma carreira marcada por personagens diversos, Arkin ganhou reconhecimento em 1963 quando foi premiado com um Tony ao interpretar David Kolowitz na peça Enter Laughing, exibida na Broadway. Nas telonas, apareceu pela primeira vez em uma participação no longa Ao Compasso do Calypso, de Fred F. Sears, em 1957.

O ator com o cineasta brasileiro Bruno Barreto nos bastidores de O Que é Isso, Companheiro?

Depois disso, acumulou trabalhos marcantes em diversas obras, como: Popi, Fuga de Sobibor e a série O Método Kominsky, que lhe renderam indicações ao Globo de Ouro; Treze Visões, Inspetor Clouseau, Cooperstown, O Grande Sonho de Simon, Edward Mãos de Tesoura, O Sucesso a Qualquer Preço, E Estrelando Pancho Villa, Joshua Then and Now, Improper Channels, ChuChu e Philly Flash, Do Oeste para a Fama, Ardil 22, entre outros.

Na TV, foi indicado ao Emmy por Chicago Hope, ABC Stage 67 e O Método Kominsky. Com Pequena Miss Sunshine, foi indicado ao BAFTA, SAG Awards (no qual levou o prêmio de melhor elenco), Satellite Awards, Critics Choice Awards, Gotham Awards, entre outros; e premiado no Spirit Awards e Vancouver Film Critics Circle.

Ganhou uma estrela na Calçada da Fama, em 2019, e foi homenageado na CinemaCon e no Boulder International Film Festival, em 2015. Como diretor, realizou alguns curtas e os longas Pequenos Assassinatos e Os Incendiários Estão Chegando; além de dirigir dois episódios da série Trying Times. Também dirigiu uma produção original da Broadway chamada The Sunshine Boys, de Neil Simon, estrelada por Jack Albertson e Sam Levene.

Outros destaques de sua carreira foram: Um Clarão nas Trevas, que rendeu uma indicação ao Oscar para Audrey Hepburn; Visões de Sherlock Holmes, onde interpretou Sigmund Freud; a comédia Despedida em Grande Estilo, com Morgan Freeman e Michael Caine; e mais: Rocketeer, O Outro Lado de Beverly Hills, O Cadillac Azul, Havana, O Melhor Verão de Nossas Vidas, Dois Malas Sem Alça, Heck: Ninguém Segura Esse Cachorro, Gattaca: A Experiência Genética, Os Queridinhos da América, Will e Grace, Firewall: Segurança em Risco, Marley & Eu, Os Muppets, Amigos Inseparáveis, Dumbo, Minions 2: A Origem de Gru e The Smack, de David M. Rosenthal, no qual estava em pré-produção.

Ao longo dos anos, Arkin também foi compositor de mais de 100 canções e gravou álbuns para crianças, entre eles, com o grupo folk infantil The Baby Sitters. Também escreveu livros infantis, como The Lemming Condition, publicado em 1976, e um livro de memórias, em 2011, chamado An Improvised Life: A Memoir.

Fotos: Divulgação.

O Micronauta, primeira animação com imagens captadas por microscópio eletrônico de varredura, é lançada

por: Cinevitor
O curta-metragem já está disponível na internet

Dirigida por Emerson Rodrigues, com produção executiva de Daniela Fiuza, a animação infantil O Micronauta, que já está disponível no YouTube (clique aqui), possui a particularidade de ser a primeira animação sobre imagens capturadas por Microscópio de Varredura Eletrônica realizada no mundo.

Mas muito além do simples ineditismo, isso confere um grande potencial criativo e educativo para a proposta, promovendo também o acesso do público a incríveis imagens geradas por um equipamento de altíssima tecnologia. O curta-metragem destina-se à crianças em idade pré-escolar, tem objetivos educativos e científicos, nos quais reside seu valor social e cultural.

A sinopse diz: o programa de maior audiência em sete sistemas estelares, finalmente chegou até a Terra. Micronauta, o grande explorador espacial, vai explorar esse imenso e exótico planeta, mas para essa difícil tarefa vai contar com a ajuda da cadete Keka e Xb-12, seu companheirinho robô. O planeta Terra pode ser incrivelmente perigoso quanto se tem apenas 30 mícrons de altura; uma pequena formiga pode ser a criatura mais assustadora que já se viu.

Os cenários por onde Micronauta, cadete Keka e Xb-12 viverão suas aventuras foram capturados por meio de um microscópio eletrônico (recurso inédito no uso de um produto audiovisual); ou seja, a interação do personagem é sobre imagens reais, na escala real: o protagonista tem 30 mícrons de altura, nenhum mícron a menos (um mícron corresponde à milésima parte do milímetro, também chamado de micrômetro). Esse cuidado especial com a escala é importante para o curta-metragem pelo seu teor científico.

Com o lançamento do curta, busca-se ainda a difusão do conhecimento de uma maneira mais abrangente, pois O Micronauta descreve, em uma escala microscópica, o ambiente que nos cerca e que é comum a todos nós. As imagens capturadas e utilizadas no filme estão presentes na animação, que está disponível na internet, e também na geração de material de apoio para professores utilizarem o curta-metragem pedagogicamente em sala de aula, fazendo com que um equipamento caríssimo como o microscópio eletrônico de varredura esteja de certa forma disponível em salas de aula de qualquer escola com acesso a internet.

Vale destacar que todos os produtos culturais gerados pelo projeto terão sua distribuição 100% gratuita, potencializando a democratização do seu acesso. Para saber mais sobre a animação, clique aqui.

Assista ao curta-metragem O Micronauta:

Foto: Divulgação.

Com Sophie Charlotte, Meu Nome é Gal, filme sobre Gal Costa, ganha trailer oficial

por: Cinevitor
Sophie Charlotte em cena: protagonista

Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, e protagonizado por Sophie Charlotte, Meu Nome é Gal, um dos filmes mais esperados do ano e que conta a história da maior voz do Brasil, Gal Costa, acaba de ganhar seu primeiro trailer oficial. A data de estreia nos cinemas está marcada para o dia 19 de outubro.

O vídeo mostra a chegada de Gracinha, como era conhecida antes de ser tornar Gal Costa, ao Rio de Janeiro, onde se junta aos companheiros de vida: Caetano Veloso, interpretado por Rodrigo Lelis; Maria Bethânia, vivida pela diretora Dandara Ferreira; Gilberto Gil, papel de Dan Ferreira; e Dedé Gadelha, interpretada por Camila Márdila. Luis Lobianco aparece no papel do empresário Guilherme Araújo, que acompanha a escolha do nome artístico de Maria da Graça para Gal Costa, assim como o lançamento de sua carreira. George Sauma interpreta o poeta, compositor e diretor Waly Salomão, fundamental na construção do contexto estético da turnê Fa-Tal, Gal a Todo Vapor, de 1971, considerada um marco em sua trajetória e que a consolidou como a voz da contracultura brasileira.

Com 57 anos de carreira musical, Gal Costa, que morreu em novembro do ano passado, soma mais de 30 álbuns e diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino à Excelência Musical, recebido pelo conjunto de sua obra. Seus sucessos atemporais, que são parte da cultura nacional, integram a trilha sonora do filme. Meu Nome é Gal, canção composta por Erasmo e Roberto Carlos, em 1969, e a preferida da atriz Sophie Charlotte no vasto repertório da cantora, Baby, Aquarela do Brasil e Divino Maravilhoso embalam o trailer do longa-metragem. O filme também destaca Eu Vim da Bahia, Alegria, Alegria, Coração Vagabundo, Mamãe, Coragem, Vaca Profana, Festa do Interior, entre outras.

A cinebiografia Meu Nome é Gal acompanha de perto e de dentro o breve e efervescente momento da Tropicália, o principal movimento da contracultura no Brasil, responsável pela maior mudança musical e comportamental que o país já viveu. Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo, mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira e também toda uma geração, principalmente de mulheres. O filme mostra como ela e seus companheiros, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Waly Salomão, ainda muito jovens, enfrentaram a dificuldade de serem tão vanguardistas em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil.

Com direção de fotografia de Pedro Sotero, a direção de arte é de Juliana Lobo e Thales Junqueira. O figurino é de Gabriella Marra e a maquiagem de Tayce Vale. A trilha sonora ficou por conta de Otavio de Moraes e a montagem por Eduardo Serrano. Além disso, o elenco conta também com Chica Carelli e Fabio Assunção em uma participação especial na pele de um diretor de televisão.

Lô Politi também assina o roteiro e a produção é da Paris Entretenimento e Dramática Filmes, em coprodução com Globo Filmes e Telecine. A distribuição é da Paris Filmes e codistribuição da Spcine e da Secretaria Municipal da Cultura.

Assista ao trailer de Meu Nome é Gal:

Foto: Stella Carvalho.

Avenida Beira-Mar, longa com Andrea Beltrão e Isabel Teixeira, começa a ser filmado

por: Cinevitor
Andrea Beltrão e Milena Pinheiro em cena

Começaram as filmagens de Avenida Beira-Mar, longa-metragem dirigido por Maju de Paiva e Bernardo Florim. O filme trata da amizade entre Rebeca, interpretada por Milena Pinheiro, e Mika, papel de Milena Gerassi, duas meninas de 13 anos de idade, que se tornam inseparáveis. 

As atrizes Andrea Beltrão e Isabel Teixeira também integram o elenco como Marta e Viviane, mães de Rebeca e Mika. Com produção da Elo Studios e coprodução da Viralata e do Telecine, o longa conta com filmagens em Niterói, Rio de Janeiro, e pretende discutir a questão da diversidade de gênero: “Avenida Beira-Mar abordará essa temática sob um viés ainda mais delicado: a infância”, conta Maju de Paiva.

As duas meninas têm muito em comum e estão em busca de seu lugar no mundo, apesar de lutarem batalhas diferentes. Os adultos não verão com bons olhos a proximidade entre elas. Em 1998, o mundo está prestes a se abrir para as garotas. “O projeto parte do desejo de ressignificação do gênero coming of age. Durante muito anos, fomos bombardeados com uma imagem dourada da infância e da adolescência, pautada sempre por filmes estadunidenses. Acredito que agora seja um tempo de encontrarmos novas protagonistas, que têm problemas mais próximos aos nossos e que se unem justamente porque encontram pertencimento uma na outra e juntas não se sentem tão desajustadas assim”, disse a diretora. 

E completou: “Eu acredito que o cinema seja uma ferramenta poderosa justamente por isso. O cinema nos dá a possibilidade de nos identificarmos, mas também de empatizarmos com experiências diferentes das nossas. A história de Mika, Rebeca e Marta é sobre o que temos em comum, não sobre nossas diferenças”. O diretor Bernardo Florim também comentou: “A infância é um período de testes, uma época de aprendizado na qual formamos nossa visão de mundo. Preconceitos de cor, raça e gênero não estão cristalizados no imaginário das crianças. Avenida Beira-Mar é uma parábola sobre os conflitos entre o mundo adulto e o infantil”.

O longa faz parte do Selo ELAS, iniciativa da Elo Studios que visa fomentar o cinema feito por mulheres, na intenção de contribuir para a equidade de gênero no audiovisual. Além disso, foi o vencedor do Prêmio Selo ELAS Cabíria Telecine 2020. Como parte do prêmio, o Telecine fez uma pré-compra do filme, entrando no projeto desde o início, como grande parceiro: “A parceria com o Selo ELAS e o Cabíria abriu caminho para que projetos que já buscávamos há algum tempo no mercado chegassem a nós, através de uma confluência de curadorias. A partir da aquisição do título, a associação como coprodutores foi o caminho natural para este projeto, alinhado, sob diferentes aspectos, a pilares que consideramos essenciais na nossa carteira de conteúdo: diversidade e representatividade. Como especialistas em cinema, é nossa missão apostar em novos talentos e em filmes com potencial de renovar o olhar e ampliar o debate sobre esses temas”, comentou Bruna Brasil, coordenadora de aquisição de conteúdo do Telecine.

Com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2024, Avenida Beira-Mar conta também com Ângela Rebello, Emiliano Queiroz, Cesar Augusto, Analu Prestes, Bruno Bernardini, Dinho Valladares, Daniel Breda, Pedro Enrico Madruga, Tayê Couto e Aline Bourseau.

A direção de fotografia é de Luis Abramo; Emily Pirmez assina a direção de arte e Carolina Louceiro o figurino, com caracterização de Isabella Pamplona. Ana Luiza Penna é a técnica de som, Paula Alves é diretora de produção e Ana Izabel Aguiar assina como primeira assistente de direção.

Foto: Luis Abramo.

Conheça os vencedores do 9º Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos

por: Cinevitor
Cena do longa Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta: premiado

Foram anunciados nesta quarta-feira, 28/06, os vencedores da nona edição do Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos, que aconteceu em 13 espaços da cidade litorânea, com sessões esgotadas e presenças de artistas de várias partes do país.

A cerimônia de encerramento, realizada no Open House Idiomas, destacou 24 premiados, divididos entre: Prêmio Cinefilia, uma novidade do festival que agradece aos espectadores mais assíduos; Mostra Animação, Mostra de Terror, Mostra Regional e Mostra Nacional de curtas e de longas.

O documentário Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta, foi o grande vencedor deste ano e recebeu o troféu de melhor longa-metragem nacional. O júri foi formado por: Andrea Pasquini, Diego da Costa e Jamer Guterrez de Mello na Mostra Competitiva Nacional; Tamirys O’Hanna, Márcia Okida e Wanderley Camargo nas mostras Regional e Animação; e Rogério Ferraraz, Leandro Cesar Caraça e Ondina Clais na Mostra de Terror.

O Prêmio Cinefilia, entregue pela presença constante nas atividades do Santos Film Fest 2023, foi para Fabrício de Lima Luiz, Renata Luiz Nogueira e Rodrigo dos Santos Rema. Neste ano, o tema escolhido foi Levanta, Sacode a Poeira e dá a Volta por Cima e os homenageados foram: o cantor e ator Paulo Miklos e a atriz Tamirys O’Hanna, do longa O Homem Cordial, que abriu o evento. 

Conheça os vencedores do 9º Santos Film Fest:

MOSTRA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta (SP)
Melhor Filme | Voto Popular: O SKT Me Levou, de Lecuk Ishida (SP)
Menção Honrosa: Rio Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa (RJ)
Melhor Direção: Filipe Gontijo, por Capitão Astúcia

MOSTRA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Provisório, de Wilq Vicente (SP)
Melhor Filme | Voto Popular: Rock Pé Vermelho, de Letícia Tonon e Wagner Tonin (SP)
Menção Honrosa: Caquinho, de Denise Szabo (SP)
Melhor Direção: Anderson Bardot, por Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem (ES)

MOSTRA ANIMAÇÃO

Melhor Filme: O Futuro que me Alcance, de Nat Grego (SP)
Menção Honrosa: Cem Pilum – A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM)
Melhor Direção: Rafael Valles, por Ensaio Sobre o Grito
Melhor Roteiro: Jussara, escrito por Camila Ribeiro

MOSTRA DE TERROR

Melhor Filme: Lobo, de Giovani Beloto (SP)
Menção Honrosa: Voa Passarinho, de Otto Cortes (DF)
Melhor Direção: Danny D. Weirdo e Thais de Almeida Prado, por B – Há Algo de Errado com Charlie
Melhor Roteiro: Noites em Claro, escrito por Celina Ximenes e Elvis Alves

MOSTRA REGIONAL

Melhor Filme: Se trans for mar, de Cibele Appes
Melhor Filme | Voto Popular: Parabéns, Aline, de Fabrício De Lima
Menção Honrosa: Por Trás do Congá, de Lara Freire
Melhor Direção: Cibele Appes, por Se trans for mar
Melhor Roteiro: Parabéns, Aline, escrito por Nilma Nunes

Foto: Divulgação.

Nosso Sonho: filme sobre Claudinho e Buchecha ganha teaser e data de estreia

por: Cinevitor
Uma história de amizade que se transforma em força de superação e conquista

Dirigido por Eduardo Albergaria e produzido por Leonardo Edde, o longa Nosso Sonho divulgou seu primeiro teaser com uma prévia do que o público poderá ver a partir de 21 de setembro nos cinemas. O vídeo revela trechos da emocionante história da dupla Claudinho e Buchecha, que começa com uma amizade ainda na infância, em uma comunidade de Niterói, até conquistar o Brasil todo com a poesia da periferia.

Também resgata a história por trás da fama que poucos conhecem, as dificuldades enfrentadas no caminho para o sucesso, os desafios e dramas pessoais, e mostra os familiares e amigos que marcaram a trajetória dos músicos. Os protagonistas Lucas Penteado e Juan Paiva dão vida a Claudinho e Buchecha na tela grande e cantam sucessos da dupla como Só Love, Coisa de Cinema e a icônica Nosso Sonho, que dá título ao filme.

Com distribuição da Manequim Filmes, a trama é contada a partir do ponto de vista de Buchecha e destaca a força de superação da dupla diante dos dramas e tragédias. O público também conhecerá como foram compostas algumas das canções que conquistam gerações até hoje.

No elenco se destacam Tatiana Tiburcio e Nando Cunha, que interpretam Dona Etelma e Souza, os pais do Buchecha; Lellê Landim e Clara Moneke são Rosana e Vanessa, as namoradas dos músicos; e Vinicius Boca de 09 e Gustavo Coelho interpretam Claudinho e Buchecha na infância, respectivamente. O filme conta ainda com participações especiais de Antonio Pitanga como Seu Américo; Isabela Garcia como Dona Judite; Negão da BL como DJ do baile; e FP do Trem Bala e Gabriel do Borel como a dupla Cidinha e Doca.

A produção musical do longa é do cantor Buchecha e da agência Atabaque, que também está desenvolvendo com a produtora Urca Filmes a trilha sonora com uma série de lançamentos reunindo diferentes gerações de funkeiros.

Assista ao teaser de Nosso Sonho:

Foto: Angélica Goudinho.