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Festival de Toronto 2023: Pedágio, de Carolina Markowicz, é selecionado

por: Cinevitor
Maeve Jinkings no longa brasileiro Pedágio

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de setembro, revelou os títulos selecionados para a mostra Centrepiece, antes chamada de Contemporary World Cinema, que celebra as conquistas cinematográficas globais com uma variedade dinâmica de filmes contemporâneos.

A seleção apresenta 47 títulos, de 45 países, e o cinema brasileiro marca presença com Pedágio, de Carolina Markowicz. No ano passado, a cineasta exibiu Carvão na mostra Platform do festival. Neste segundo longa-metragem de sua carreira, Markowicz apresenta o filme que participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual, como o Tribeca All Access, Torino Film Lab e Berlinale Coproduction Market.

Estrelado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, a trama mostra Suellen, uma cobradora de pedágio que percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro. De acordo com a diretora, o longa é “um drama permeado por humor ácido”, além de ser um retrato da opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+ diante das incoerências e atrocidades promovidas por alguns setores da sociedade, de forma mais explícita nos últimos anos.

Pedágio, que foi selecionado recentemente para o Festival de San Sebastián, conta também com Thomás Aquino, Aline Marta Maia e Isac Graça no elenco. A produção é da Biônica Filmes e O Som e a Fúria, com coprodução da Globo Filmes e Paramount Pictures; a distribuição é da Paris Filmes.

“Em pleno 2023, com todos adventos e tecnologias e avanços, chega a ser chocante a preocupação com quem o outro se relaciona sexualmente. O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+. Além da violência, há práticas absurdas e patéticas, como as retratadas pelo filme, que parecem ser ficção, mas estão muito próximas à realidade surreal do brasileiro LGBT, gerando sequelas físicas e emocionais irreparáveis”, disse a diretora. A produção conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”.

Vale destacar também a presença do longa Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Luxemburgo e Chile; a equipe traz a brasileira Julia Alves, da Sancho & Punta, na produção. Além da mostra Centrepiece, o TIFF também anunciou novos títulos nos programas Gala, Special Presentations e Documentaries

Em comunicado oficial, Anita Lee, diretora de programação do TIFF, disse: “Estamos muito entusiasmados em apresentar o novo programa Centrepiece, uma jornada cinematográfica que transcende fronteiras e abraça a arte da experiência humana. O rebranding do programa do TIFF, anteriormente Contemporary World Cinema, é um reflexo da visão do festival de fornecer uma plataforma elevada para o cinema internacional para títulos aclamados em festivais de todo o mundo, estreias altamente esperadas de talentos canadenses e internacionais e os últimos trabalhos de influentes luminares do cinema”.

Conheça os novos filmes selecionados para o 48º Festival de Toronto:

CENTREPIECE

100 Yards, de Xu Haofeng e Xu Junfeng (China)
A Cielo Abierto, de Mariana Arriaga e Santiago Arriaga (México/Espanha)
A Happy Day, de Hisham Zaman (Noruega/Dinamarca)
A Road to A Village (गाउ आएको बाटो), de Nabin Subba (Nepal)
About Dry Grasses (Kuru Otlar Üstüne), de Nuri Bilge Ceylan (Turquia/França/Alemanha/Suécia)
Anak Ka Ng Ina Mo (Your Mother’s Son), de Jun Robles Lana (Filipinas)
Banel & Adama (Banel e Adama), de Ramata-Toulaye Sy (França/Senegal/Mali)
Cerrar Los Ojos, de Víctor Erice (Espanha/Argentina)
Chuck Chuck Baby, de Janis Pugh (Reino Unido)
City of Wind (сэр сэр салхи), de Lkhagvadulam Purev-Ochir (França/Mongólia/Portugal/Holanda/Qatar/Alemanha)
Das Lehrerzimmer (The Teachers’ Lounge), de Ilker Çatak (Alemanha)
Death of a Whistleblower, de Ian Gabriel (África do Sul)
Dispararon Al Pianista, de Fernando Trueba e Javier Mariscal (Espanha/França)
El Viento que Arrasa (A Ravaging Wind), de Paula Hernández (Argentina/Uruguai)
Fitting In, de Molly McGlynn (Canadá)
Hey, Viktor!, de Cody Lightning (Canadá)
Holiday, de Edoardo Gabbriellini (Itália)
Humanist Vampire Seeking Consenting Suicidal Person (Vampire humaniste cherche suicidaire consentant), de Ariane Louis-Seize (Canadá)
I Do Not Come To You By Chance, de Ishaya Bako (Nigéria)
In Flames, de Zarrar Kahn (Canadá/Paquistão)
Inshallah a Boy (Inshallah Walad), de Amjad Al Rasheed (Jordânia/França/Arábia Saudita/Qatar/Egito)
Irena’s Vow, de Louise Archambault (Canadá/Polônia)
Je’vida, de Katja Gauriloff (Finlândia)
Kanaval, de Henri Pardo (Canadá/Luxemburgo)
Kuolleet lehdet (Fallen Leaves), de Aki Kaurismäki (Finlândia/Alemanha)
Limbo, de Ivan Sen (Austrália)
Los Colonos, de Felipe Gálvez Haberle (Chile/Argentina/França/Dinamarca/Reino Unido/Taiwan/Suécia/Alemanha)
Los Delincuentes, de Rodrigo Moreno (Argentina/Brasil/Luxemburgo/Chile)
Lost Ladies (Laapataa Ladies), de Kiran Rao (Índia)
Mountains, de Monica Sorelle (EUA)
National Anthem, de Luke Gilford (EUA)
Pedágio, de Carolina Markowicz (Brasil/Portugal)
Perfect Days, de Wim Wenders (Japão)
Robot Dreams, de Pablo Berger (Espanha/França)
Shadow of Fire, de Shinya Tsukamoto (Japão)
Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
Sira, de Apolline Traoré (Burkina Faso/Senegal/França/Alemanha)
Snow Leopard (Xue Bao), de Pema Tseden (China)
Son Hasat (The Reeds), de Cemil Ağacıkoğlu (Turquia/Bulgária)
Sweet Dreams, de Ena Sendijarević (Holanda/Suécia/Indonésia/França)
The Breaking Ice, de Anthony Chen (China)
The Feeling That the Time for Something Has Passed, de Joanna Arnow (EUA)
The Monk and the Gun, de Pawo Choyning Dorji (Butão/França/EUA/Taiwan)
The Nature of Love (Simple Comme Sylvain), de Monia Chokri (Canadá/França)
We Grown Now, de Minhal Baig (EUA)
Woodland (WALD), de Elisabeth Scharang (Áustria)
Zielona Granica (Green Border), de Agnieszka Holland (Polônia/República Checa/França/Bélgica)

GALA

A Normal Family, de Hur Jin-ho (Coreia do Sul)
Finestkind, de Brian Helgeland (EUA)
Smugglers, de Ryoo Seung-wan (Coreia do Sul)
Thank You For Coming, de Karan Boolani (Índia)

SPECIAL PRESENTATIONS

Bastarden (The Promised Land), de Nikolaj Arcel (Dinamarca/Alemanha/Suécia)
Daddio, de Christy Hall (EUA)
El Sabor de la Navidad, de Alejandro Lozano (México)
Evil Does Not Exist (Aku wa sonzai shinai), de Ryûsuke Hamaguchi (Japão)
La contadora de películas, de Lone Scherfig (Espanha/França/Chile)
Quiz Lady, de Jessica Yu (EUA)
Ru, de Charles-Olivier Michaud (Canadá)

TIFF DOCS

I am Sirat, de Deepa Mehta e Sirat Taneja (Canadá)

Foto: Divulgação.

Ursinho Pooh: Sangue e Mel

por: Cinevitor

Winnie-the-Pooh: Blood and Honey

Direção: Rhys Frake-Waterfield

Elenco: Nikolai Leon, Maria Taylor, Natasha Rose Mills, Amber Doig-Thorne, Danielle Ronald, Natasha Tosini, Paula Coiz, May Kelly, Danielle Scott, Craig David Dowsett, Chris Cordell, Gillian Broderick, Marcus Massey, Richard D. Myers, Simon Ellis, Jase Rivers, Frederick Dallaway, Mark Haldor, Toby Wynn-Davies, Nicola Wright, Richard Harfst, Bao Tieu.

Ano: 2023

Sinopse: Após serem abandonados por Christopher, que foi para a faculdade, Pooh e Piglet enlouquecem, juram vingança contra os seres humanos e matam qualquer um que se atreva a se aventurar no Bosque dos Cem Acres. Assim, partem para uma caçada sangrenta em busca de uma nova fonte de comida.

Nota do CINEVITOR:

Asteroid City

por: Cinevitor

Direção: Wes Anderson

Elenco: Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Tom Hanks, Jeffrey Wright, Tilda Swinton, Bryan Cranston, Edward Norton, Adrien Brody, Liev Schreiber, Hope Davis, Stephen Park, Rupert Friend, Maya Hawke, Steve Carell, Matt Dillon, Hong Chau, Willem Dafoe, Margot Robbie, Tony Revolori, Jake Ryan, Jeff Goldblum, Seu Jorge, Grace Edwards, Aristou Meehan, Ethan Josh Lee, Sophia Lillis, Ella Faris, Gracie Faris, Willan Faris, Deanna Dunagan, Vandi Clark, Pedro Placer, Iván López, Aaron Ziobrowski, Celia Bermejo, Zoe Bernard, Brayden Frasure, Preston Mota, Kyleigh Fuller, Henry Rhoades, Jack Eyman, Sebastian Stephens, Willa Skye, Annalise Mackulin, Calhoun Metcalf, Jarvis Cocker, Pere Mallén, Jean-Yves Lozac’h, Damien Bonnard, Ramón Ródenas, Wendy Nottingham, Bob Balaban, Fisher Stevens, Michael Maggart, Elvira Arce, Nicolas Avinée, Mohamed Belhadjine, Katy Heffernan Smith, Paul Kynman, Sam Marra, Rita Wilson, Ara Hollyday, Kenneth Bate, Christian Bate, Sandy Hamilton, Roberto Moreno De Matias, Francisco Serrano, Francisco Javier Gomez, Jacinto Domingo Torija, Alvaro Olivas Marques, Dominique Fouassier, Pablo Amorós, Yann Tremblay, Sébastien Fouassier, Carlos Arimón, Antonio Graziano, Stéphane Bak, Tom Hudson, Rodolphe Pauly, Aimee Mullins, Avery Looser, Sonia Gascón, Timothy Cordukes, Carmen Méndez, Ainhoa Aldanondo, Susana Hornos, Guillermo Garcia, Jay Lau, Randall Poster, Erika Godwin.

Ano: 2023

Sinopse: Asteroid City é ambientado numa cidade ficcional do deserto americano por volta do ano de 1955. Nela, o roteiro de uma convenção dos Astrônomos Júnior/Cadetes do Espaço, organizada para reunir estudantes de todo o país, e suas famílias, para uma competição escolar de bolsas de estudos, é espetacularmente interrompido por eventos que podem impactar e transformar o mundo.

Nota do CINEVITOR:

Rheingold: O Roubo do Sucesso

por: Cinevitor

Direção: Fatih Akin

Elenco: Emilio Sakraya, Mona Pirzad, Karim Günes, Sogol Faghani, Kazim Demirbas, Baselius Göze, Marlon Heidel, Samir Jebrelli, Arman Kashani, Aurel Klug, Marcus Krone, Minú Köchermann, Denis Moschitto, Ilyes Moutaoukkil, Meryem Moutaoukkil, Salih Murat, Kardo Razzazi, Greta Sophie Schmidt, Harald Schwaiger, Adjmal Sheerzoi, Loretta Stern, Jonathan Sussner, Hüseyin Top, Ivar Wafaei, Jennifer Woß, Ugur Yücel, Alkan Çöklü, Denis ‘Marshall’ Ölmez , Christian Skibinski, Ensar Albayrak, Doga Gürer, Jesse Albert, José Barros, Felix Bold, Shaima Boone, Ruben Brinkman, Tyrese Bukenya, Meto Ege, Hussein Eliraqui, Julia Goldberg.

Ano: 2022

Sinopse: Após sair da prisão que guarda suas primeiras memórias, o pequeno Giwar se muda do Iraque para a Alemanha com a família nos anos 1980. Entre pequenos delitos e obstáculos, passa de um tímido criminoso para um destemido traficante, que depois de perder uma grande carga de cocaína se vê enclausurado por uma enorme dívida com o fornecedor. Para saldar suas dívidas, planeja um lendário roubo a uma carga de ouro que marcará para sempre a história. Baseado na autobiografia Tudo ou Nada do rapper, empresário e produtor musical Giwar Hajabi, mais conhecido como Xatar.

Nota do CINEVITOR:

Cláudia Abreu e Silvio Guindane serão os apresentadores do 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

por: Cinevitor
Cláudia Abreu no filme O Silêncio da Chuva

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou nesta quarta-feira, 09/08, os apresentadores oficiais da 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: a atriz Cláudia Abreu e o ator e diretor Silvio Guindane.

Considerada a maior premiação do setor audiovisual nacional, a cerimônia acontecerá no dia 23 de agosto, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Cláudia Abreu, que apresentará o evento pela primeira vez, já foi indicada três vezes: em 2001, como atriz coadjuvante por O Xangô de Baker Street; em 2009, como melhor atriz por Os Desafinados; e no ano passado pelo filme O Silêncio da Chuva na categoria de melhor atriz coadjuvante. Já Silvio Guindane, que também assumirá a função de apresentador, foi indicado em 2021 como melhor ator por dois filmes: Boca de Ouro e A Divisão.

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro reúne anualmente centenas de realizadores, atores e profissionais do setor na maior premiação do audiovisual do país. Neste ano, a direção do evento é de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes; a cerimônia será transmitida ao vivo para todo o país pelo YouTube da Academia e pelo Canal Brasil, que estará com sinal aberto para não assinantes dentro do Globoplay.

Ao todo serão anunciados os vencedores de 29 troféus Grande Otelo escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais do setor associados à Academia Brasileira de Cinema e pelo público, que elege o melhor filme do Júri Popular.

Silvio Guindane no filme Boca de Ouro

O grande homenageado de 2023 é o cineasta paraibano Vladimir Carvalho e a lista dos finalistas reúne mais de 200 profissionais indicados em 34 diferentes longas-metragens brasileiros e 12 longas estrangeiros; também estão na disputa 15 curtas brasileiros. Neste ano, as séries de ficção passam a concorrer em uma única categoria; o melhor longa-metragem de comédia concorrerá exclusivamente ao Voto Popular. Uma novidade desta edição é que, pela primeira vez, os filmes finalistas ibero-americanos foram indicados não pelos distribuidores, mas pelas academias de seus respectivos países. Clique aqui e conheça os indicados.

“Chegar à 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro significa que somos muito mais poderosos do que poderíamos imaginar. Estarmos aqui, tendo ultrapassado tudo o que passamos nos últimos anos, significa que, certamente, dias muito melhores estão à nossa espera. Viva o cinema brasileiro!”, disse a produtora Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais.

Nesta 22ª edição, Medida Provisória, de Lázaro Ramos, lidera a lista com 15 indicações, entre elas, melhor longa de ficção. Na sequência, aparece Marte Um, de Gabriel Martins, com 13 indicações.

Fotos: Divulgação.

Festival de Toronto 2023: curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, é selecionado

por: Cinevitor
Ayla Gabriela no curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de setembro, divulgou os curtas-metragens selecionados para este ano; a lista traz 42 títulos, de 23 países.

O cinema brasileiro marca presença na mostra Short Cuts com Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, uma coprodução com o Reino Unido, que traz Ayla Gabriela, Henrique Bulhões, Jard Costa e Kley Hudson no elenco. A sinopse diz: um pássaro chamado Memória esqueceu como voltar para casa. Lua, uma mulher trans, tenta encontrá-la nas ruas do Rio de Janeiro, mas a cidade pode ser um lugar hostil.

Jason Anderson, programador dos curtas, disse: “Estamos entusiasmados em apresentar uma gama tão diversificada de novos trabalhos incríveis de talentos emergentes e consagrados do cinema de todo o mundo. Ficamos impressionados com o nível de habilidade e engenhosidade desses filmes, bem como a ousadia demonstrada por tantos cineastas ao explorar assuntos e temas que não poderiam ser mais oportunos ou pessoais. Isso é especialmente verdadeiro para os filmes que estamos gratos por apresentar, que são de mulheres e cineastas que se identificam com mulheres, que compreendem quase 60% da seleção deste ano”.

A seleção deste ano conta com 21 estreias mundiais e uma variedade de perspectivas novas e únicas. Vale destacar também a presença da cineasta brasileira Ivete Lucas, radicada nos Estados Unidos, que aparece na lista com The Passing, uma produção americana e codirigida por Patrick Bresnan.

O festival também anunciou, recentemente, a exibição de Sly, documentário dirigido por Thom Zimny, que narra a trajetória ilustre de Sylvester Stallone. O longa será o filme de encerramento da 48ª edição do evento.

Em comunicado oficial, Cameron Bailey, CEO do TIFF, comentou: “A história de Stallone é de perseverança, triunfo e sua marca indelével deixada no mundo do cinema. Não poderíamos estar mais honrados em compartilhá-la com nosso público como nosso filme de encerramento. Celebrando o legado de um verdadeiro ícone, Sly leva o público a uma viagem íntima pela vida de Stallone, um marco cultural cujo impacto no cinema dura quase meio século. Sly oferece uma exploração inesperada e sincera do homem por trás da megaestrela de ação”.

Conheça os curtas-metragens selecionados para o 48º Festival de Toronto:

PROGRAMA 1 | CURTAS

Been There, de Corina Schwingruber Ilić (Suíça)
DAMMI, de Yann Mounir Demange (França)
Gaby’s Hills, de Zoé Pelchat (Canadá)
La Perra, de Carla Melo Gampert (Colômbia/França)
Meteor, de Atefeh Khademolreza (Canadá)
Nun or Never!, de Heta Jäälinoja (Finlândia)
Primetime Mother, de Sonny Calvento (Filipinas/Singapura)

PROGRAMA 2 | CURTAS

1001 Nights, de Rea Rajčić (Croácia)
Bloom, de Kasey Lum (Canadá)
Electra, de Daria Kashcheeva (República Checa/França/Eslováquia)
Fár, de Gunnur Martinsdóttir Schlüter (Islândia)
Nada de todo esto, de Francisco Cantón e Patricio Martínez (Argentina/Espanha/EUA)
Redlights, de Eva Thomas (Canadá)
The Skates, de Halima Ouardiri (Canadá)

PROGRAMA 3 | CURTAS

Aftercare, de Anubha Momin (Canadá)
All the Days of May, de Miryam Charles (Canadá)
Bird, de Ana Cristina Barragán (Equador/Espanha)
Human Resources, de Trinidad Plass Caussade, Titouan Tillier e Isaac Wenzek (França)
Making Babies, de Eric K. Boulianne (Canadá)
Shé (Snake), de Renee Zhan (Reino Unido)
This is TMI, de Subarna Dash e Vidushi Gupta (Índia)
Titanic, Suitable Version for Iranian Families, de Farnoosh Samadi (Irã/França)

PROGRAMA 4 | CURTAS

Alberto and the Beast, de John Paul Lopez-Ali (EUA)
Baigal Nuur – Lake Baikal, de Alisi Telengut (Alemanha/Canadá)
Express, de Ivan D. Ossa (Canadá)
Mboa Matanda, de Jules Kalla Eyango (Camarões)
Mothers and Monsters, de Edith Jorisch (Canadá)
The Passing, de Ivete Lucas e Patrick Xavier Bresnan (EUA)

PROGRAMA 5 | CURTAS

Aphasia, de Marielle Dalpé (Canadá)
Ever Since, I Have Been Flying, de Aylin Gökmen (Suíça)
I Used to Live There, de Ryan McKenna (Canadá)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil/Reino Unido)
Sawo Matang, de Andrea Nirmala Widjajanto (Canadá/Indonésia/EUA)
This is Not About Swimming, de Marni Van Dyk (Canadá)
WOACA, de Mackenzie Davis (Reino Unido)

PROGRAMA 6 | CURTAS

27, de Flóra Anna Buda (França/Hungria)
6 Minutes Per Kilometer, de Catherine Boivin (Canadá)
Modern Goose, de Karsten Wall (Canadá)
Motherland, de Jasmin Mozaffari (Canadá)
Sheephead, de Spencer Creigh (EUA)
The Heart, de Malia Ann (EUA)
Xie Xie, Ollie, de James Michael Chiang (Canadá)

Foto: Divulgação.

51º Festival de Cinema de Gramado: conheça os integrantes dos júris

por: Cinevitor
A atriz Leticia Colin na edição do ano passado: confirmada no júri

A 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que começa nesta sexta-feira, 11/08, e segue até 19 de agosto, revelou os nomes dos profissionais que escolherão os vencedores dos kikitos deste ano.

Como de costume, realizadores, produtores, atores e atrizes, pesquisadores, acadêmicos, profissionais do audiovisual e críticos de cinema têm a missão de escolher quem leva os prêmios do Festival de Cinema de Gramado. Cada categoria tem um júri próprio que define os vencedores, além do Júri da Crítica, que escolhe os melhores do ponto de vista dos jornalistas especializados.

Os membros do júri de longas-metragens brasileiros são: a roteirista Elena Soarez, a especialista em pós-produção de som Catarina Apolonio, o professor e diretor de cinema e teatro Cristiano Burlan, o diretor e ator Fabrício Boliveira e a atriz Leticia Colin.

Os vencedores da mostra competitiva de longas-metragens documentais serão escolhidos por Daniela Cardarelo, diretora artística do Festival Internacional de Cinema de Punta del Este; o ator, diretor e produtor Emanoel Freitas; e Paola Mallmann, diretora, produtora cultural e audiovisual, pesquisadora e atriz. O júri de longas-metragens gaúchos é composto pelo jornalista Danilo Fantinel, o roteirista e diretor Iberê Carvalho e a Head de Produção de Conteúdo da Paramount, Maria Angela de Jesus.

Gabriela Bervian, técnica de som direto e desenhista de som, a cineasta Janaina Oliveira ReFem, o ator João Carlos Castanha, a produtora e roteirista Vânia Matos e Juliana Costa são os nomes que formam o júri de curtas-metragens brasileiros. O júri de curtas-metragens gaúchos é composto pela diretora e roteirista Danielle Bertolini, o roteirista e ator Aldri Anunciação, o diretor e roteirista André Novais Oliveira, o professor de história do cinema e crítico Humberto Pereira da Silva e Laura Castro, diretora, atriz e roteirista.

O Júri da Crítica conta com a jornalista e crítica Bruna Haas, o crítico e pesquisador de cinema Paulo Casa Nova, o crítico Bruno Carmelo, o jornalista Daniel Schenker e a jornalista Suzana Uchôa Itiberê.

Neste ano, a programação conta com a ampliação da tradicional cerimônia de entrega dos kikitos. Agora, as noites de sexta e sábado serão reservadas para a grande celebração do cinema brasileiro. A medida visa dar maior visibilidade aos vencedores da mostra de curtas-metragens brasileiros, que passam a ter uma noite especial de premiação na sexta, 18. No sábado, 19, serão conhecidos os melhores dentre as mostras de longas brasileiros, documentais e gaúchos

Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

William Friedkin, diretor de O Exorcista, morre aos 87 anos

por: Cinevitor
O cineasta foi homenageado no Festival de Veneza em 2013

Morreu nesta segunda-feira, 07/08, aos 87 anos, em Los Angeles, o consagrado cineasta estadunidense William Friedkin. A informação foi confirmada por sua esposa, Sherry Lansing; a causa da morte foi insuficiência cardíaca e pneumonia.

Conhecido mundialmente pelo clássico O Exorcista, lançado em 1973, Friedkin começou sua carreira artística na década de 1960 quando fez parte de um movimento chamado Nova Hollywood, formado por jovens cineastas que dominavam cinematografias nacionais desde o pós-guerra e criaram um cinema americano moderno.

Nascido em Chicago, em 1935, filho de um casal de imigrantes judeus vindos da Ucrânia, foi trabalhar em uma rede de televisão local depois de terminar o colégio. Lá, dirigiu alguns documentários televisivos, como The People vs. Paul Crump, sobre um detento no corredor da morte acusado de roubo e assassinato, The Bold Men, além de um episódio de The Alfred Hitchcock Hour

Em 1967, lançou seu primeiro longa-metragem: a comédia musical Good Times com Cher no elenco. Depois disso, realizou Feliz Aniversário, baseado na peça homônima de Harold Pinter, Quando o Strip-Tease Começou e Os Rapazes da Banda, que rendeu uma indicação no Globo de Ouro para Kenneth Nelson. Já em 1971, ganha destaque com Operação França, trabalho que elevou o patamar de sua carreira. O drama policial venceu cinco estatuetas douradas no Oscar, entre elas, melhor filme e melhor direção para Friedkin; e lhe rendeu também um prêmio no DGA Awards, do Sindicato dos Diretores.

Foi em 1973 que William Friedkin começou a ser visto como um dos mais importantes diretores americanos de sua época. Tudo por conta do lançamento de O Exorcista, com Ellen Burstyn no elenco, filme icônico e fenômeno cultural que modernizou o gênero e alterou o rumo das produções de terror. A obra tornou-se um dos maiores sucessos de bilheteria da história do cinema e se destacou em diversas premiações: no Oscar levou a estatueta de melhor roteiro e melhor som; no Globo de Ouro foi consagrado nas categorias de melhor filme dramático, direção, atriz coadjuvante para Linda Blair e roteiro para William Peter Blatty. Também foi indicado ao BAFTA e exibido no Festival de Veneza.

No set de O Exorcista com a atriz Linda Blair

Depois disso, em 1977 dirigiu O Comboio do Medo, segunda adaptação cinematográfica do romance Le Salaire de la Peur, de Georges Arnaud, que foi indicado ao Oscar de melhor som. Sua filmografia segue com Um Golpe Muito Louco, indicado ao Oscar de melhor direção de arte; Parceiros da Noite, com Al Pacino e Paul Sorvino no elenco; Viver e Morrer em Los Angeles, um clássico policial; Síndrome do Mal, A Árvore da Maldição, Jogando as Fichas Fora, o videoclipe Somewhere de Barbra Streisand, entre outros.

Na sequência, dirigiu outros longas-metragens, como: Jade (1995), Regras do Jogo (2000) e Caçado (2003). Nesse período, conciliou seu trabalho no cinema com a direção de episódios de séries e filmes para a TV, como uma nova versão de 12 Homens e Uma Sentença (1997), refilmagem do clássico homônimo de Sidney Lumet, que lhe rendeu uma indicação ao Emmy. Em 2006, exibiu Possuídos na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes e recebeu o Prêmio FIPRESCI.

Em 2011, com Killer Joe: Matador de Aluguel disputou o Leão de Ouro no Festival de Veneza; o filme, com Matthew McConaughey, Emile Hirsch e Juno Temple no elenco, foi indicado ao Spirit Awards e exibido no Festival de Munique. Em 2017, lançou O Diabo e o Padre Amorth (The Devil and Father Amorth), que fez parte da programação do Festival do Rio e de Veneza.

Ao longo dos anos, Friedkin se destacou em diversos festivais ao redor do mundo. Em 2016, foi homenageado na 40ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo com o Prêmio Leon Cakoff; em 2013 recebeu o Leão de Ouro honorário no Festival de Veneza. Também recebeu honrarias pela carreira no Sitges Film Festival, Karlovy Vary International Film Festival, Festival de Oldenburg, Festival de Munique, entre outros. Em 1997, ganhou uma estrela na Calçada da Fama e em 2009 foi consagrado com o Leopardo de Honra no Festival de Locarno.

Seu próximo trabalho, o inédito The Caine Mutiny Court-Martial será exibido fora de competição no Festival de Veneza deste ano. Com roteiro de Herman Wouk, o longa conta com Kiefer Sutherland, Jason Clarke e Jake Lacy no elenco.

Fotos: Divulgação/Pascal Le Segretain/Getty Images.

Motel Destino: Karim Aïnouz começa a filmar seu novo longa-metragem

por: Cinevitor
O cineasta volta às raízes cearenses com thriller erótico

Depois de ter rodado, no ano passado, sua primeira produção internacional em inglês, o inédito Firebrand, estrelado por Alicia Vikander e Jude Law, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, Karim Aïnouz volta para as cores fortes e vibrantes do Ceará, seu estado natal, para dar a tônica visual-narrativa de sua nova obra.

Elemento recorrente na filmografia do cineasta, o erotismo é o pano de fundo de Motel Destino, seu oitavo longa-metragem de ficção. O novo trabalho, cujas filmagens se iniciaram no dia 31 de julho, também representa um retorno do cineasta às próprias raízes. Dois talentos locais, Iago Xavier e Nataly Rocha, selecionados por testes entre mais de 500 atores, protagonizam a trama ao lado de Fabio Assunção.

Sobre o novo trabalho, Karim disse: “Eu imagino um filme de cores incendiárias, de corpos suados e rijos de tesão. Onde o desejo é maior que tudo, é razão e finalidade. Sob um céu azul e mar infinitos, os personagens brilham de suor e vontade, e não resistem à tentação de poder ser finalmente donos dos próprios destinos. Em uma coreografia do desejo, eles se consomem para a vida e para a morte sob o laranja e verde intensos do equador”.

O estabelecimento de beira de estrada que dá título ao filme é, segundo Karim, “o principal personagem do enredo” e o local onde se entrecruzam questões crônicas da realidade brasileira. É um retrato íntimo de uma juventude que teve seu futuro roubado por uma elite tóxica e esmagadora, contra a qual a insurreição e a violência são, não raramente, a saída possível.

“Poderia resumir Motel Destino como um thriller erótico, mas ele é, antes de tudo, uma história de amor. O amor entre um jovem periférico que vive à revelia de um sistema que o quer morto e uma mulher que resiste aos atentados do patriarcado contra a sua própria vida. Motel é a saga brasileira do encontro de uma pessoa em fuga, absolutamente desamparada, com outra que está sendo massacrada em um casamento abusivo”, adianta Aïnouz, que foi o grande vencedor da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes, com A Vida Invisível, em 2019.

A narrativa nasceu da parceria de Karim com o Laboratório de Cinema da Porto Iracema das Artes, escola de formação em artes da Secretaria de Cultura do Ceará, gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar com sede em Fortaleza. O diretor é um dos criadores do laboratório, o CENA 15, onde atuou como tutor durante nove anos e do qual hoje é mentor. Foi lá que ele descobriu e convidou o roteirista cearense Wislan Esmeraldo para desenvolver o roteiro do projeto. Mais tarde, Mauricio Zacharias se juntou ao processo, repetindo a parceria realizada com o cineasta em Madame Satã e O Céu de Suely.

A francesa Hélène Louvart, presente nos créditos de A Vida Invisível e Firebrand, assina a direção de fotografia do novo projeto, enquanto o paranaense Marcos Pedroso (Madame Satã, O Céu de Suely, O Abismo Prateado e Praia do Futuro), outro antigo colaborador de Aïnouz, responde pela direção de arte. Além dos três protagonistas já mencionados, completam o elenco: Renan Capivara, Yuri Yamamoto, Fabíola Líper e Jupyra Carvalho.

“Me interessa muito falar de crime, mas não do crime sórdido, e sim como o único escape do lugar em que estamos vivendo, no mundo que vivemos. Como você sai do desamparo absoluto? É um tema muito presente no Brasil contemporâneo, embora não haja muitos filmes sobre personagens nesta situação. Não no sentido vitimizante, mas no sentido de que estão completamente à margem”, explica Aïnouz.

Antes de Motel Destino, o diretor rodou Firebrand no Reino Unido, Marinheiro das Montanhas e Nardjes A. (previstos para chegarem às telonas nacionais em setembro de 2023) na Argélia, A Vida Invisível no Rio de Janeiro e Aeroporto Central em Berlim. Com filmagens divididas entre Brasil e Alemanha, Praia do Futuro foi o último projeto realizado por Karim em solo cearense.

Na sequência do atual longa-metragem, o diretor voltará a atenção para Rosebushpruning, seu segundo projeto em língua inglesa. Anunciado no Festival de Cannes deste ano, o filme será estrelado por Kristen Stewart, Josh O’Connor e Elle Fanning, com filmagens previstas para o início de 2024.

Motel Destino é uma produção da Cinema Inflamável e Gullane, em coprodução com Globo Filmes, Telecine, Canal Brasil, Maneki Films (França) e The Match Factory (Alemanha), com apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. O longa-metragem tem produção associada da Brouhaha Entertainment e Written Rock, ambas do Reino Unido, e distribuição nacional da Pandora Filmes.

“Estamos muito contentes com o início das filmagens de Motel Destino em uma produção com parceiros do Brasil, além da França, Alemanha e Inglaterra. Estar ao lado do Karim, filmando em paisagens tão incríveis do nosso país, é uma honra para a Gullane”, disse Fabiano Gullane, sócio-diretor da produtora que leva o seu sobrenome.

Foto: Maria Lobo.

Morre, aos 83 anos, a atriz Aracy Balabanian

por: Cinevitor
Aracy em cena como Dona Armênia: década de 1990

Morreu na manhã desta segunda-feira, 07/08, aos 83 anos, a atriz sul-mato-grossense Aracy Balabanian, que se consolidou na profissão por seus diversos trabalhos, principalmente na TV, e personagens icônicas. Segundo informações divulgadas, ela estava internada em uma clínica no Rio de Janeiro e fazia um tratamento contra um câncer de pulmão.

Nascida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, seus pais fugiram da Armênia para o Brasil por conta do genocídio promovido pelos turcos otomanos. Aos 14 anos, foi morar em São Paulo e começou a se dedicar ao teatro depois de ter passado em um teste no Teatro Paulista do Estudante. Seu primeiro trabalho nos palcos foi na peça Almanjarra, de Arthur Azevedo, que lhe rendeu elogios da crítica. Depois, participou do TBC, Teatro Brasileiro de Comédia, e integrou o elenco da primeira montagem do musical Hair no Brasil.

Na TV, também começou na década de 1960 em participações especiais em séries e novelas, como: Marcados pelo Amor, na RecordTV; O Amor Tem Cara de Mulher, Um Rosto Perdido, Antônio Maria e Meu Filho, Minha Vida, na TV Tupi; Sublime Amor, na TV Excelsior; Vila Sésamo, na Rede Globo; entre outras.

Entre tantos papéis marcantes na televisão, conquistou ainda mais o público com a icônica socialite decadente Cassandra no humorístico Sai de Baixo. Na época, Aracy chegou a declarar que, logo no início, pediu para sair do elenco por não conseguir segurar o riso diante dos colegas. Até que Daniel Filho, diretor do programa, pediu para que ela deixasse sua risada em cena. O elenco contava também com Miguel Falabella, Marisa Orth, Luis Gustavo, Tom Cavalcante, Cláudia Jimenez, entre outros; o sitcom era gravado ao vivo no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, entre 1996 e 2002, e exibido aos domingos na Rede Globo.

O elenco de Sai de Baixo reunido: sucesso na TV

Sua personagem Dona Armênia, que apareceu primeiro em Rainha da Sucata, da Rede Globo, em 1990, também conquistou o público e voltou a aparecer na novela Deus nos Acuda, em 1992 e 1993; ambas escritas por Silvio de Abreu. Ao longo da carreira, muitos papéis icônicos trouxeram Aracy Balabanian aos holofotes: a matriarca Filomena Ferreto, de A Próxima Vítima; a idealista Violeta, de O Casarão; a sofrida Maria Faz-Favor, de Coração Alado; a ardilosa Marta, de Ti Ti Ti; Milena Cabral, de Locomotivas.

E mais: a misteriosa Maria Fromet, de Que Rei Sou Eu?; Helena Aranha Muniz, de Elas por Elas; Germana, de Da Cor do Pecado; Gemma Matoli, de Passione; Dona Pupu, no remake de Saramandaia; Máslova Tilman, em Cheias de Charme; Janete Kavaco, em Malhação: Vidas Brasileiras; entre outros. Seu último trabalho na TV foi em 2019, no especial de fim de ano Juntos a Magia Acontece, também da Rede Globo

No cinema, atuou em A Primeira Viagem, de Geraldo Vietri, em 1972; no curta-metragem Caramujo-flor, de Joel Pizzini, em 1988; no filme televisivo Uma Professora Muito Maluquinha, de Sonia Garcia; no longa Policarpo Quaresma, Herói do Brasil, de Paulo Thiago, em 1997; De Corpo Inteiro Entrevistas, de Nicole Algranti, em 2010, no qual interpretou Clarice Lispector; e Sai de Baixo: O Filme, de Cris D’Amato, lançado em 2019.

Ao longo dos anos, foi homenageada com o Troféu Mário Lago, em 2018, e recebeu o Prêmio CinEuphoria, em 2019; venceu o Troféu APCA de melhor atriz por seu trabalho em A Próxima Vítima; e foi indicada diversas vezes ao Troféu Imprensa.

Fotos: Acervo TV Globo.

2ª Mostra da Diversidade Sexual no Sertão do Pajeú: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Layla Sah no curta cearense Quinze Primaveras, de Leão Neto

A segunda edição da Mostra da Diversidade Sexual no Sertão do Pajeú acontecerá entre os dias 21 e 25 de agosto no Cine São José, em Afogados da Ingazeira, Pernambuco. A programação destaca filmes de curta-metragem com a temática LGBTQIAP+ e/ou realizados por pessoas que se identificam como pertencentes à comunidade LGBTQIAP+.

Neste ano, foram 137 filmes inscritos e 15 selecionados; a curadoria foi assinada por Dayanna Louise e Bruna Tavares: “São filmes que produzem riscos, rasuras e rasgos em contratos tidos como inegociáveis, provocando descompasso no discurso neoconservador ao adotar formas outras de habitar, sentir e como(ver) o mundo. Em tempos de retomada do projeto de democracia brasileira, fazer/ser parte da (cura)doria desta mostra é um convite à ruptura de silêncios, tática de guerra contra o conservadorismo que insiste em censurar palavras, restringir liberdades, criminalizar existência e condenar amores. Para além dos muros e barreiras erguidos para nos capturar, (re)conheci um cinema brasileiro comprometido em saciar a fome por narrativas produzidas a partir de olhares dissidentes”, disse o comunicado das curadoras.

A arte desta edição foi criada por Fito Araújo, que falou sobre inspirações e referências para o material: “A intenção dessa criação visual, entre lagartas, casulos e borboletas, teve intuito de registrar ‘um ciclo contínuo’ da presença dissidente neste território que, organicamente, são responsáveis por instigar essa ação no cinema: Pajeú são tantas! Pensei muito nas ações de liberdade e política (cineclubes; ocupações nas ruas Serra, Tuparetama, Triunfo, São José, Tabira, Afogados…; rodas de diálogo, formação, bares com diálogo…) vivenciadas no Pajeú”.

Além dos filmes, a Mostra contará também com atividades de formação, entre elas, a Oficina de Elaboração de Projetos, com Bruna Tavares e William Tenorio, visando qualificar os produtores locais quanto a captação de recursos, estrutura de projetos e editais de fomento à cultura; e a Oficina de Minidocumentário com o cineasta Marlom Meirelles.

A Mostra da Diversidade Sexual no Sertão do Pajeú nasceu da iniciativa do Xerém Cultural, em parceria com o Grupo LGBTQIA+ Filhes do Pajeú, visando o fortalecimento de discussões voltadas para as demandas e expressões da comunidade LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais/transgêneros/travestis, queer, intersexual, assexual, pansexual) na cidade.

Conheça os filmes selecionados para a 2ª Mostra da Diversidade Sexual no Sertão do Pajeú:

Amor by Night, de Henrique Arruda (PE)
Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)
Avôa, de Lucas Mendes (PB)
Céu, de Valtyennya Pires (PB)
Dance, de Jorja Moura (PB)
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan (PE)
Justa Causa, de Ubirajara Gonçalves Filho (SP)
No Início do Mundo, de Gabriel Marcos (MG)
No Reflexo do Meu Nome, de Sillas H e Vini Poffo (SC)
Nordeste Futurista, de Luana Flores (PB)
Nunca Estarei Lá, de Rodrigo Campos (SP)
Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE)
São Marino, de Leide Jacob (SP)
Sethico, de Wagner Montenegro (PE)
Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira (BA)

Foto: Divulgação.

Festival de Toronto 2023 anuncia novos filmes e homenagem a Pedro Almodóvar e Spike Lee

por: Cinevitor
Pedro Almodóvar nos bastidores de Estranha Forma de Vida

A 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontecerá entre os dias 7 e 17 de setembro, divulgou os primeiros homenageados deste ano, novidades em sua programação e os filmes selecionados para as mostras Platform, Discovery e Midnight Madness.

Na mostra competitiva Platform, a seleção traz títulos com perspectivas únicas de direção e visões arrojadas; a lista apresenta filmes de 12 países. O júri será formado pelo diretor Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight: Sob a Luz do Luar; Nadine Labaki, premiada em Cannes com Cafarnaum; e Anthony Shim, vencedor deste prêmio no ano passado por Riceboy Sleeps.

“A seleção diversificada deste ano se distingue por estudos de personagens ousados e histórias clássicas contadas por meio de narrativas dinâmicas e abordagens de gênero. O público testemunhará o surgimento de tópicos temáticos como exílio social e reconexão, tecidos de maneiras inesperadamente emocionantes por uma variedade de vozes locais e internacionais cativantes”, disse Robyn Citizen, programador da mostra.

Além disso, o programa Midnight Madness, que apresenta uma seleção iconoclasta e destaca o estranho e o perverso, traz dez títulos; a mostra Discovery, que oferece uma janela para o cinema internacional contemporâneo e apresenta ao público os primeiros filmes de novos cineastas talentosos, conta com 26 filmes. Notavelmente, 13 cineastas femininas representam 50% do programa total.

Em comunicado oficial, Anita Lee, diretora de programação do TIFF, disse: “Estamos entusiasmados por apresentar novas vozes, visão audaciosa e um cinema que mistura gêneros. Os programas Discovery e Midnight Madness do TIFF 2023 serão, mais uma vez, o destino final para formadores de opinião e caçadores de experiências”. Dorota Lech, programadora do TIFF, também comentou: “A seção Discovery, com curadoria de uma equipe brilhante de programadores internacionais, é uma vitrine ousada e empolgante de cinema com talentos emergentes de todo o mundo. Temos a honra de destacar vozes novas e distintas de artistas que criam seu primeiro ou segundo longa em nosso palco global”.

Nicolas Cage em Dream Scenario: filme de abertura da mostra Platform

Neste ano, dois diretores consagrados serão homenageados no festival: Pedro Almodóvar receberá o Jeff Skoll Impact Media Award, que reconhece a liderança na criação de uma união entre impacto social e cinema; e Spike Lee será honrado com o TIFF Ebert Director Award, batizado em homenagem ao lendário crítico de cinema Roger Ebert e que reconhece cineastas que exemplificaram a grandeza em suas carreiras.

Sobre Almodóvar, Cameron Bailey, CEO do TIFF, disse: “É uma verdadeira emoção reconhecer Pedro Almodóvar como o Jeff Skoll Impact Media Award em 2023. Pedro vem ao TIFF há anos e cada vez é melhor do que a anterior. Sua visão artística, narrativa ousada e compromisso inabalável de ultrapassar os limites do cinema tiveram um impacto profundo. Ele desafia as normas sociais, defende a diversidade e ilumina a experiência humana com sensibilidade e graça. Aplaudimos suas contribuições para o cinema e celebramos sua capacidade de inspirar e provocar o público em todo o mundo”. O prêmio já foi entregue para Buffy Sainte-Marie, Alanis Obomsawin e Mira Nair.

Cameron Bailey também falou sobre Spike Lee: “Um dos principais contadores de histórias de nossa era, seus filmes Ela Quer Tudo, Faça a Coisa Certa, Mais e Melhores Blues e American Utopia inspiraram o público e fizeram uma história duradoura. Um impacto na arte de fazer filmes”. O prêmio já foi entregue para Martin Scorsese, Claire Denis, Ava DuVernay, Wim Wenders, Agnès Varda, entre outros.

Além disso, o Festival de Toronto também revelou recentemente que o tão esperado longa-metragem épico fantástico do Studio Ghibli, The Boy and the Heron (Kimitachi wa Dou Ikiru ka), do visionário diretor japonês Hayao Miyazaki, vencedor do Oscar por A Viagem de Chihiro, será o filme de abertura desta 48ª edição.

Cameron Bailey comentou: “Estamos honrados em abrir o 48º Festival Internacional de Cinema de Toronto com o trabalho de um dos maiores artistas do cinema. Já aclamado como uma obra-prima no Japão, o novo filme de Hayao Miyazaki começa como uma simples história de perda e amor e se eleva a um impressionante trabalho de imaginação. Estou ansioso para que nosso público descubra seus mistérios por si mesmo, mas posso prometer uma experiência singular e transformadora”.

The Boy and the Heron, que estreou com sucesso recorde no Japão, é um filme de animação desenhado à mão e o primeiro longa-metragem do diretor Miyazaki em dez anos; e conta com trilha sonora do colaborador de longa data de Miyazaki, Joe Hisaishi. Em uma extraordinária ruptura com a tradição, o Studio Ghibli lançou o filme no Japão sem nenhuma promoção, material de marketing ou descrição, permitindo que o público descobrisse o título por si mesmo.

Conheça os novos filmes selecionados para o 48º Festival de Toronto:

PLATFORM

Dear Jassi, de Tarsem Singh Dhandwar (Índia)
Dream Scenario, de Kristoffer Borgli (EUA) (filme de abertura)
Great Absence, de Kei Chika-ura (Japão)
HLM Pussy (Sisterhood), de Nora El Hourch (França)
I Told You So (Te l’avevo detto), de Ginevra Elkann (Itália)
La Vénus d’argent (Spirit of Ecstasy), de Héléna Klotz (França)
Not A Word (Kein Wort), de Hanna Slak (Alemanha/Eslovênia/França)
O Corno (The Rye Horn), de Jaione Camborda (Espanha/Bélgica/Portugal)
Syndabocken (Shame on Dry Land), de Axel Petersén (Suécia/Malta)
The King Tide, de Christian Sparkes (Canadá)

MIDNIGHT MADNESS

AGGRO DR1FT, de Harmony Korine (EUA)
Boy Kills World, de Moritz Mohr (Alemanha/África do Sul/EUA)
Dicks: The Musical, de Larry Charles (EUA) (filme de abertura)
Hell of a Summer, de Finn Wolfhard e Billy Bryk (EUA/Canadá)
KILL, de Nikhil Nagesh Bhat (Índia)
NAGA, de Meshal Aljaser (Arábia Saudita)
Riddle of Fire, de Weston Razooli (EUA) (filme de encerramento)
Sleep, de Jason Yu (Coreia do Sul)
When Evil Lurks, de Demián Rugna (Argentina)
Working Class Goes to Hell, de Mladen Đorđević (Sérvia)

DISCOVERY

A Match (Sthal), de Jayant Digambar Somalkar (Índia)
Andragogy, de Wregas Bhanuteja (Indonésia/Singapura)
Arthur & Diana, de Sara Summa (Alemanha)
Ashil (Achilles), de Farhad Delaram (Alemanha/Irã/França)
Avant que les flammes ne s’éteignent (After the fire), de Mehdi Fikri (França)
Backspot, de D.W. Waterson (Canadá)
Frybread Face and Me, de Billy Luther (EUA)
Gonzo Girl, de Patricia Arquette (EUA) (filme de abertura)
Hajjan, de Abu Bakr Shawky (Arábia Saudita/Jordânia)
How to Have Sex, de Molly Manning Walker (Reino Unido)
I Don’t Know Who You Are, de M. H. Murray (Canadá)
La Suprema, de Felipe Holguín Caro (Colômbia)
Mandoob, de Ali Kalthami (Arábia Saudita)
Mimang, de Kim Taeyang (Coreia do Sul)
Seagrass, de Meredith Hama-Brown (Canadá)
Solitude, de Ninna Pálmadóttir (Islândia/Eslováquia/França)
Tautuktavuk (What We See), de Carol Kunnuk e Lucy Tulugarjuk (Canadá)
The Queen of My Dreams, de Fawzia Mirza (Canadá)
The Teacher, de Farah Nabulsi (Reino Unido/Palestina/Qatar)
The Tundra Within Me (Eallugierdi), de Sara Margrethe Oskal (Noruega)
Una sterminata domenica (An Endless Sunday), de Alain Parroni (Itália/Alemanha/Irlanda)
Valentina o la serenidad (Valentina or the Serenity), de Ángeles Cruz (México)
Widow Clicquot, de Thomas Napper (Reino Unido/França)
Wild Woman, de Alán González (Cuba)
Without Air, de Katalin Moldovai (Hungria)
Yellow Bus, de Wendy Bednarz (Emirados Árabes Unidos)

Fotos: Divulgação/A24/Iglesias Más.