Com direção de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, um filme original Globoplay, começou a ser rodado neste mês de junho no Rio de Janeiro. O elenco conta com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro como protagonistas; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, com colaboração de Heitor Lorega.
Walter Salles, do consagrado Central do Brasil, volta a rodar um longa de ficção no Brasil depois de Linha de Passe, codirigido por Daniela Thomas e vencedor do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, em 2008, para Sandra Corveloni. O filme é produzido pela VideoFilmes e RT Features, em coprodução com Globoplay, Conspiração e Mact Productions.
Ainda Estou Aqui é um drama emocionante, baseado na história real de Eunice Paiva, uma mãe de cinco filhos, que se confronta com o maior desafio de sua vida: descobrir o paradeiro do marido desaparecido, o ex-deputado Rubens Paiva. No Rio de Janeiro dos anos 1970, durante a ditadura, ele foi arrancado de casa por militares para ser interrogado e nunca mais foi encontrado.
Eunice e Rubens Paiva em foto de arquivo
A busca pela verdade dura 30 longos anos. E quando as respostas começam a aparecer, Eunice sente os primeiros sintomas da doença de Alzheimer. Baseado no best-seller homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens, o filme é uma saga sobre memória e esquecimento.
A atriz Fernanda Montenegro interpretará Eunice na segunda fase da história e o longa marca o reencontro entre ela e o diretor. O filme também marca o reencontro entre Fernanda Torres, atriz de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia, e seus codiretores Walter Salles e Daniela Thomas, produtora associada de Ainda Estou Aqui.
Ainda sem data de estreia nos cinemas, o filme conta também com Valentina Herszage, Luiza Kozovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira, Cora Ramalho, Dan Stulbach, Maeve Jinkings, Humberto Carrão e Carla Ribas no elenco. A direção de fotografia é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais formou nesta sexta-feira, 16/06, a Comissão de Seleção que escolherá o filme brasileiro para concorrer a uma vaga na categoria de melhor filme internacional na 96ª edição do Oscar, premiação realizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que acontecerá no dia 10 de março de 2024.
A Comissão de Seleção é composta por 25 membros titulares, eleitos em votação entre os sócios e sócias da Academia. A presidência da comissão será decidida no início da próxima semana e, em julho, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais abrirá as inscrições para os filmes que concorrerão à indicação.
Na última edição do prêmio da Academia, o Brasil estava representado por Marte Um, de Gabriel Martins, mas, infelizmente, o longa não conseguiu uma vaga entre os 15 semifinalistas. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.
Confira a relação completa dos membros da Comissão de Seleção para o Oscar 2024:
Affonso Beato, diretor de fotografia Alessandra Krueger, diretora de fotografia André Carreira, produtor Ane Siderman, produtora Bruno Torres, ator e produtor Carlos Alberto Mattos, jornalista e crítico de cinema Cecilia Amado, diretora e roteirista Clarisse Goulart, diretora executiva e produtora Cris Cunha, gerente de marketing e produtora Diane Maia, produtora cinematográfica Estevão Ciavatta, diretor e roteirista Fernanda Mandriola, produtora cinematográfica Fernanda Parrado, diretora e arquivista Gabriel Martins, diretor e roteirista Hsu Chien, diretor de TV e cinema Ilda Santiago, diretora executiva João Vieira Jr., produtor de cinema e TV Magali Wistefelt, diretora comercial Michel Tikhomiroff, diretor Plinio Profeta, músico e compositor Renato Barbieri, diretor e roteirista Sol Moraes, produtora Tatiana Carvalho Costa, professora e pesquisadora Virginia Cavendish, atriz e produtora Walter Lima Jr., cineasta
O Festival de Cinema de Tribeca reúne artistas e diversos públicos para celebrar a narrativa em todas as suas formas, incluindo cinema, TV, música, áudio, jogos e realidade virtual. Com fortes raízes no cinema independente, o evento é sinônimo de expressão criativa e entretenimento.
Fundado em 2001 por Robert De Niro, Jane Rosenthal e Craig Hatkoff com a intenção de estimular a revitalização econômica e cultural de Manhattan depois dos ataques ao World Trade Center, o festival defende vozes emergentes e estabelecidas, descobre talentos premiados, organiza experiências inovadoras e apresenta novas ideias por meio de estreias, exposições, conversas e apresentações ao vivo exclusivas.
O cinema brasileiro se destacou nesta 22ª edição com Estranho Caminho, do cineasta cearense Guto Parente, na mostra International Narrative Competition, que foi consagrado com quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme. O longa é um drama fantástico que acompanha a trajetória de David, um jovem cineasta que, ao visitar sua cidade natal, Fortaleza, é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia de Covid-19 e se vê obrigado a procurar o pai, Geraldo, um sujeito peculiar com quem não fala ou tem notícias há mais de dez anos. Após o reencontro dos dois, coisas estranhas começam a acontecer.
O elenco conta com Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene, Fab Nardy, Noá Bonoba, Jennifer Joingley, Déo Cardoso, Larissa Goés, Mumutante, Solon Ribeiro, David Santos, Pedro Breculê e Gabriel de Sousa.
O júri, formado por Brendan Fraser, Zazie Beetz, Shirin Neshat, Alfredo Jaar e Kate Siegel, afirmou em sua deliberação que Estranho Caminho, vencedor de todos os prêmios da Competição Internacional, é um filme que superou expectativas “com o seu surpreendente calor e narrativa profundamente convincente”. Ao consagrar a interpretação de Carlos Francisco, o time de jurados justificou: “Esse ator equilibrou as nuances da humanidade e exigiu ser observado”. Guto Parente também foi lembrado por “um roteiro que nos deu não apenas a dor da reconciliação, mas também uma alegre expressão do absurdo”. Por fim, a fotografia de Linga Acácio foi destacada “não apenas pela beleza natural do local, mas também pela paisagem psicológica do protagonista”.
Realizado inteiramente na cidade Fortaleza, financiado pela Secretaria de Cultura do Ceará por meio de recursos da Lei Aldir Blanc, o longa, que será distribuído pela Embaúba Filmes, foi rodado entre maio e junho de 2021 com uma equipe formada majoritariamente por profissionais cearenses, como: Guto Parente no roteiro e direção; Ticiana Augusto Lima na produção; Linga Acácio na direção de fotografia; Taís Augusto na direção de arte; Lucas Coelho no som e Thais de Campos no figurino; Noá Bonoba na preparação de elenco; e Uirá dos Reis e Fafa Nascimento na trilha musical.
Conheça os vencedores do 22º Festival de Cinema de Tribeca:
COMPETIÇÃO AMERICANA
Melhor Filme: Cypher, de Chris Moukarbel (EUA) Melhor Interpretação: Ji-Young Yoo, por Smoking Tigers Melhor Roteiro: Smoking Tigers, escrito por Shelly Yo Melhor Fotografia: The Graduates, por Caroline Costa Menção Especial do Júri: Mountains, de Monica Sorelle (EUA)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Melhor Filme: Estranho Caminho, de Guto Parente (Brasil) Melhor Interpretação: Carlos Francisco, por Estranho Caminho Melhor Roteiro: Estranho Caminho, escrito por Guto Parente Melhor Fotografia: Estranho Caminho, por Linga Acácio
COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIOS
Melhor Filme: Between the Rains, de Andrew H. Brown e Moses Thuranira (Quênia) Melhor Fotografia: Between the Rains, por Andrew H. Brown Melhor Edição: The Gullspång Miracle, por Mark Bukdahl e Orvar Anklew Menção Especial do Júri: Two Walls, de David Gutnik (Ucrânia)
COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS
Melhor Filme: Dead Cat, de Annie-Claude Caron e Danick Audet (Canadá) Menção Especial do Júri: Blond Night, de Gabrielle Demers (Canadá), e Hafekasi, de Annelise Hickey (Austrália) Melhor Animação: Starling, de Mitra Shahidi (EUA) Prêmio Student Visionary: Fairytales, de Daniela Soria Gutiérrez (México) Melhor Documentário: Black Girls Play: The Story of Hand Games, de Joe Brewster e Michele Stephenson (EUA) Melhor Documentário | Menção Especial: Goodbye, Morganza, de Devon Blackwell (EUA)
*Clique aquie confira a lista completa com os vencedores
A sétima edição do Festival ECRÃ, que acontecerá entre os dias 29 de junho e 2 de julho no Rio de Janeiro, contará com um panorama das artes audiovisuais que fogem do formato convencional em forma de filmes, videoartes, performances, instalações e games que apresentam inovações de linguagem.
O festival, que dá espaço para obras que geralmente não chegam ao circuito de cinema, museus e exposições, também acontecerá em formato on-line, entre os dias 6 e 9 de julho com parte das obras selecionadas. As sessões presenciais serão realizadas no Estação Botafogo e na Cinemateca do MAM com entrada gratuita.
Neste ano, o ECRÃ traz destaques de festivais internacionais e lançamentos de caráter mundial, entre eles, a primeira exibição no Brasil de A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima, que totaliza 432 minutos e foi apresentado no Festival de Roterdã e no BAFICI. Outro destaque é Testemunhas Silenciosas, do mestre colombiano Luis Ospina e Jerónimo Atehortúa; Ospina faleceu durante o processo de produção do filme e Atehortúa foi o responsável pela finalização.
Do Festival de Berlim, o ECRÃ apresenta Allensworth, novo longa de James Benning, e O Rosto da Medusa, de Melisa Liebenthal, que acompanha com bom humor e inovação visual um conto de conflito existencial. Do Cinéma du Réel, a seleção traz As Cartas de Didier, da diretora francesa Noelle Pujol. Além disso, dois mestres do cinema experimental americano estreiam seus filmes no festival: Deborah Stratman lança Últimas Coisas, exibido no Festival de Sundance, e Lewis Klahr usa suas tradicionais técnicas de animação em A Rosa Azul do Esquecimento. Um dos maiores nomes do cinema independente argentino, Raúl Perrone, faz a estreia mundial de seu longa SINFON14.
Entre os longas e médias brasileiros, o ECRÃ traz a première mundial de Espaço Liminar, longa-metragem de estreia do diretor carioca Gabriel Papaléo; o vencedor do IndieLisboa, Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky; A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus; o primeiro longa do diretor pernambucano Alcimar Veríssimo, chamado A Função do Outono; o média da multiartista Darks Miranda chamado Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano; e a première do média do diretor paulistano Aloísio Corrêa chamado Ponto Cego.
Na programação de curtas-metragens, o Festival ECRÃ traz atrações de diversos cantos do mundo, que transparecem a diversidade no rigor fílmico, entre eles, Thue Pihi Kuwii: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami; este é o primeiro filme realizado por mulheres indígenas Yanomami. E mais: o vencedor do Prêmio da Crítica do Festival Internacional de Istambul, 8 de Março de 2020: Uma Memória, de Fırat Yücel; e o aclamado diretor Ben Russell com seu novo curta-metragem chamado Contra o Tempo. Também da seleção de Roterdã, Cego por Séculos, da tailandesa Parinda Mai, compõe a seleção.
Nesta sétima edição, o Festival ECRÃ apresenta um programa dedicado a um dos maiores nomes do cinema experimental da história: Stan Brakhage. Entre curtas, médias e longas, o programa reúne sete filmes do diretor produzidos entre as décadas de 1950 e 1960. O ECRÃ também apresenta, em sessão especial, a pré-estreia de Octávio III, novo longa de Cavi Borges, que retrata a carreira e os últimos dias de vida do ator que batiza o filme.
Os jogos exploram caminhos da arte que nos levam para mundos da imaginação, do desconhecido e do inusitado. Este ano, as obras selecionadas exclusivamente para a etapa on-line do ECRÃ refletem a diversidade dessa linguagem como forma de expressão artística, que avança na vanguarda entre as novas possibilidades que a tecnologia permite, e o eterno desejo humano de se expressar. O festival também retorna com a experiência imersiva dos óculos de realidade virtual, o VR.
O ECRÃ também terá em seu Instagram o lançamento exclusivo da websérie Fake Live, de Alexandre Paes Leme, protagonizada pela atriz Fernanda Paes Leme. Os nove episódios acompanham a vida da atriz e influencer durante a quarentena, pelo ponto de vista do seu celular, até que sua identidade seja roubada por uma falsa Fernanda. Fake Live também terá alguns de seus episódios exibidos na sala de cinema durante o festival.
A curadoria de performance do 7º Festival ECRÃ celebra a arte no campo expandido, valorizando as obras que dialogam com campos que não seriam normalmente atribuídos à performance. A performance de abertura do ECRÃ 2023 será Projétil RGB, de Tetsuya Maruyama, artista japonês que estuda cinema e arte no Brasil. E mais: com uma seleção que se expande para 15 países, as videoartes apresentam obras de renomados e iniciantes artistas entre 24 títulos que estarão disponíveis virtualmente.
Conheça os filmes selecionados para o Festival ECRÃ 2023:
LONGA E MÉDIA-METRAGEM
A Função do Outono, de Alcimar Veríssimo (Brasil) A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima (Brasil) A Rosa Azul do Esquecimento (The Blue Rose of Forgetfulness), de Lewis Klahr (EUA) A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus (Brasil/Portugal) Allensworth, de James Benning (EUA) Aposentadoria ou a Última Casa de Meu Pai (Das Retireé or the last house of my father), de Julie Pfleiderer (Alemanha/Bélgica/Holanda) As Cartas de Didier (Les Lettres de Didier), de Noelle Pujol (França) Ciclos da Criação (Cycles of Creation), de Guli Silberstein (Reino Unido) Diários de Lockdown (Lockdown Diaries), de Jeff Zorrilla (Argentina) Enez, de Emmanuel Piton (França) Espaço Liminar, de Gabriel Papaléo (Brasil) Herbaria, de Leandro Listorti (Argentina) Mangostão (Mangosteen), de Tulapop Saenjaroen (Tailândia) O Rosto da Medusa (El Rostro de la Medusa), de Melisa Liebenthal (Argentina) Perucas Loiras (Blonde Wigs), de Chris Martin (EUA) Ponto Cego, de Aloísio Corrêa (Brasil) RGNCNTRL, de Alvin Santoro (Canadá) SINFON14, de Raúl Perrone (Argentina) Testemunhas Silenciosas (Mudos Testigos), de Luis Ospina e Jerónimo Arteaga (Colômbia) Três Margens (Three Shores), de Damien Cattinari (França) Últimas Coisas (Last Things), de Deborah Stratman (EUA) Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano, de Darks Miranda (Brasil) Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky (Brasil)
CURTA-METRAGEM
8 de Março de 2020: Uma Memória (March 8 2020: A Memory), de Firat Yücel (Turquia/Holanda) Aburidashi, de Nonoho Suzuki (Japão) As Coisas que te Digo (Las Cosas Que Te Digo), de Daniela Silva Solórzano (Portugal/México) Capítulo 3: Pacifica um Mentiroso (Chapter 3: Pacifies a Lier), de Better Lovers e Hsin-Yu Chen (EUA) Casa de Luzia, de Rodrigo Antonio Silva (Brasil) Cego por Séculos (Blinded By Centuries), de Parinda Main (Tailândia/EUA) Cemitério Verde, de Maurício Dias Chades de Alencar (Brasil) Cinema para os Mortos, de Bruno Moreno e Renato Sircilli (Brasil) Contexto da Arte (Art Context), de Ira Konyukhova (Alemanha) Contra o Tempo (Against Time), de Ben Russel (França) Crescendo Absurdo (Growing Up Absurd), de Ben Balcom e Julie Niemi (EUA) Flashback Antes da Morte (Flashback Before Death), de Hiroyuki Onogawa e Rii Ishihara (Japão) Gargaú, de Bruno Ribeiro (Brasil) Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (Brasil) Lalabis, de Noá Bonoboa (Brasil) Licantropia, de Janaína Wagner (Brasil) Locais Verdadeiros (True Places), de Gloria Chung (EUA) Máquinas Simples, Intervenções e Oscilações, de Natália Reis e Lucas Stamford (Brasil) Nada Haver, de Juliano Gomes (Brasil) O Chá dos Gatinhos (The Kitten’s Tea Party), de Miru Fiyu (Canadá) O que é Saudade?, de Uriel Filipe Marques Silva (Brasil) Ob Scene, de Paloma Orlandini Castro (Argentina) Primavera em Cada Vida, de Joaquim Castro (Brasil) Primeiro Beijo Tristeza Prematura, de João Pedro Faro (Brasil) Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil) Quilombo, Continuum, de Juliana M. Streva (Brasil) Sonho do Esplendor (梦华录), de Getong Wang (EUA/China) Sunset Fever, de Randolpho Lamonier e Victor Galvão (Brasil) Thue Pihi Kuiwii: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana (Brasil) Vendo de Olhos Fechados, de Anália Alencar (Brasil) Visão do Paraíso, de Leonardo Pirondi (Brasil/EUA/Reino Unido)
Depois de passar pelo Festival de Cannes, Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, terá sua estreia no Brasil na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado. Após apresentar seus últimos filmes, Crítico, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau em Gramado, o diretor pernambucano retorna com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem.
Retratos Fantasmas é uma viagem multidimensional pelo tempo, pelo som, pela arquitetura e pelo próprio cinema. O filme tem o centro da cidade do Recife como personagem importante, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas de rua que serviram como espaços de convívio durante o século XX. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.
Para o curador Marcos Santuario, a presença do longa na abertura do evento reforça o peso do gênero documentário no Brasil, além das multifacetas de Mendonça Filho: “O Kleber é um parceiro de Gramado. Tivemos a oportunidade de exibir alguns de seus mais fabulosos projetos. E, agora, Retratos Fantasmas, que foi exibido em Cannes, marca seu retorno em mais uma premiére brasileira proporcionada por Gramado. Abrirmos nosso festival com um documentário de Kleber demonstra a potencialidade desse gênero, no ano em que a mostra de longas-metragens documentais passa a ser exibida também presencialmente no Palácio dos Festivais”, afirmou.
“Eu conheci Gramado como crítico e jornalista em 1998. Anos depois, convidado por José Carlos Avellar, voltei com Crítico (2008), documentário exatamente sobre a profissão que me levou a Gramado em primeiro lugar. Com O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, creio que já ficou evidente o meu respeito por esse festival, que faz parte e ajuda a construir a história do Cinema Brasileiro já há 51 anos”, disse Kleber Mendonça Filho.
O longa-metragem, que chega aos cinemas no dia 24 de agosto pela Vitrine Filmes, terá única exibição, fora de competição, na noite de abertura da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto.
Elenco: Luke Pasqualino, Lilit Lesser, Clare Perkins, Kayla Meikle, Debris Stevenson, Heider Ali, Kae Alexander, Harriet Webb, Nicholas Karimi, Darrell D’Silva, Anita-Joy Uwajeh, Logan Porter, James Porter, John Alan Roberts, Estelle Digridi, Victory Pearl Maburutse, Mitesh Soni, Michelle Parker, Isabella-Rae Royle, Joshua Royle, Nina Anderson, Dawn Royle, David Whicker.
Ano: 2022
Sinopse: Depois que um cabeleireiro é encontrado morto em um concurso de penteados, os participantes restantes decidem descobrir quem é o assassino. Rivalidades e desconfiança crescem, enquanto um grupo de determinados hairstylists suspeita de que alguém está tentando fraudar a competição, eliminando competidores de forma macabra.
*Filme visto na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo
A 18ª edição da CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto acontecerá entre os dias 21 e 26 de junho no tricentenário município mineiro Patrimônio Histórico da Humanidade. O evento é o único que trata cinema como patrimônio e estrutura sua programação em três frentes temáticas: preservação, história e educação. Cada temática com um enfoque e discussões próprias, que se aproximam em mesas e atividades propostas.
As equipes de curadoria propuseram a temática geral Memória e criação para futuro, que vai permear as ações ao longo de toda a Mostra. Entre as ideias está a de dar visibilidade para a Música Preta no Basil por cineastas indígenas, seus processos de realização, seus tipos de cinema, memórias, cotidianos, desafios e aprendizados e a reforçar a importância da memória como perspectiva para o futuro e um desafio à preservação.
“A CineOP cumpre mais uma vez seu papel de atuar pela salvaguarda do imenso patrimônio audiovisual brasileiro e reafirma a importância de dar continuidade aos encontros anuais presenciais para fortalecer o setor audiovisual em diálogo com a educação e continuar florescendo para preservar nossa história, criar pontes e conexões, desvendar obras e talentos, olhares e diversidade em meio à multiplicação de telas e inovações interativas”, destacou Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora da CineOP.
Durante seis dias de programação gratuita, o público desfrutará de mais de 30 sessões de cinema com exibição de filmes para todas as idades em dois cinemas instalados para atender o evento: o Cine-Praça, cinema ao ar livre a ser instalado na Praça Tiradentes, com uma plateia de 500 lugares; e o Cine-Teatro, a ser instalado no Centro de Convenções (com uma plateia de 510 lugares). E mais: debates, masterclasses, rodas de conversas, oficinas, Mostrinha, atrações musicais e várias outras atividades que acontecem em espaços ouropretanos.
Serão exibidos 125 filmes em pré-estreias e mostras temáticas: 30 longas, 9 médias e 86 curtas-metragens, vindos de 5 países (Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, EUA) e de 14 estados brasileiros distribuídos em nove mostras: Contemporânea, Homenagem, Preservação, Histórica, Educação, Valores, Mostrinha e Cine-Escola.
Espaço referencial de discussões e definições de profissionais e educadores, a CineOP terá também o 18º Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e o Encontro da Educação: XV Fórum da Rede Kino. Entre diversas atividades previstas, desde seminários, exibições de filmes, palestras e masterclasses intercionais, serão 31 debates e rodas de conversa, com a participação de 83 profissionais nacionais e internacionais.
O evento oficial de abertura acontece na noite de 22 de junho na Praça Tiradentes. Para inaugurar as exibições da Mostra, esse ano será exibida a versão restaurada de A Rainha Diaba (1974), clássico de Antônio Carlos da Fontoura, que tem o ator Milton Gonçalves interpretando a mítica Madame Satã. Mas, antes da sessão, acontece na praça uma performance audiovisual apresentando as três temáticas de cada seção da CineOP (Histórica, Preservação e Educação) e a homenagem ao ator e músico Tony Tornado, no embalo da Temática Histórica Imagens da MPB (Música Preta no Brasil).
Tony Tornado receberá o Troféu Vila Rica
Mais longevo profissional da atuação em atividade no país, Tornado, atualmente no ar na novela Amor Perfeito, da Rede Globo, estará presente para receber o Troféu Vila Rica. Nascido em Presidente Prudente, São Paulo, em 1930, estabeleceu-se a partir dos anos 1960 como um dos precursores do movimento da black music brasileira, inspirada na luta pelos direitos civis. Logo, se tornou também um dos rostos negros mais conhecidos da TV e do cinema.
Para Tatiana Carvalho Costa, uma das curadoras, a imagem de Tony Tornado“nas dezenas de trabalhos nos quais atuou entrecruza as memórias de um povo e sugere muito mais do que deveriam dizer a maioria dos papéis coadjuvantes que fez com tanta dignidade, um fenômeno de resiliência e reconfiguração a exibir a força dos personagens”. Além de estar na tela com os filmes, Tony Tornado também marcará presença na mesa em tributo à sua obra, junto com Bernardo Oliveira (professor, pesquisador, crítico e produtor), Black Josie (DJ, musicista e produtora cultural) e Dom Filó (CEO da Cultne TV e produtor cultural), com mediação de Tatiana Carvalho Costa.
As curadorias de cada eixo da 18ª CineOP desenvolveram trajetos de reflexão e discussão que conectam filmes, aprendizados, pesquisas e conhecimentos para debates e exibições a serem promovidos em todos os dias. Na Temática Histórica, o conceito Imagens da MPB (Música Preta no Brasil) enfatiza a presença da criação musical de artistas pretas e pretos nas trilhas sonoras e nos elencos de filmes e novelas, como personagens em ficção, documentários, videoclipes e performatividades variadas.
A dupla de curadoria Cleber Eduardo e Tatiana Carvalho Costa definiu por colocar em evidência a música preta em seus contextos históricos e culturais nos séculos XX e XXI na criação e inventividade de universos populares. Assim, buscam mostrar a herança de tradições atualizadas do passado e de outras geografias e refletir sobre a riqueza a ser preservada na relação com as imagens.
Os filmes da Mostra Histórica dialogam com a proposta a partir dessas percepções. Uma das pérolas do evento é Uma Nêga Chamada Tereza (1973), clássico perdido do cinema brasileiro, dirigido por Fernando Coni Campos e protagonizado por Jorge Ben Jor. Inédito há décadas, a comédia ficcional mostra o cantor na história de um casal de africanos que vem participar de um festival da canção no Brasil.
A temática, assim como parte dos filmes, estará no centro das discussões de duas mesas com críticos, pesquisadores e professores: O corpo-tela e o som que pensa o fillme, sobre as formas como o cinema pode trazer a força do som antes mesmo das imagens e de que forma essas relações se dão; e Polifonia e memória: Reverberações no futuro, sobre as formas como plataformas digitais atuam na produção, reverberação, sampleamento e amplificação de memórias, além de meios de acesso a um acervo de imagens, sons e experiências gravadas, fundamentais na irradiação e amplitude da Música Preta no Brasil e das expressões audiovisuais a partir dela.
Na Temática Educação, a curadoria de Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga vai trabalhar Cinema e educação digital: Deslocamentos, a partir de uma reflexão do educador Paulo Freire sobre o poder da televisão, em 1983. As conversas dos debates e dos Encontros de Educação deverão se pautar na relação entre a importância e necessidade da educação digital, com todos os seus desafios de acesso e democratização, e a necessidade urgente de entendimento de seus riscos. Entre as palavras-chave adotadas, vão aparecer algoritmos, metaverso, realidade aumentada, realidade mista, inteligência artificial e chatGPT.
Entre os debates do recorte, com presença de professores e profissionais da educação de todo o Brasil, reunidos pela Rede Kino, estão as conversas Políticas públicas para o cinema e para a educação digital: Marcos legais, com a proposta de discutir a regulamentação da Política Nacional de Educação Digital; Cultura digital e os desafios da sociedade contemporânea, com objetivo de problematizar as relações entre cinema, audiovisual e educação digital, avaliando as potências e os riscos no ato de ver, produzir e compartilhar conteúdos num contexto de educação que ainda transita do analógico ao digital; e Cinema, território e soberania digital, sobre as relações entre processos educacionais e audiovisuais com a relação e aproximação com a terra e com a política a partir do interesse pela vida mais que pelo mercado; entre outras.
Cena do curta potiguar A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza
Na Temática Preservação, o eixo será Patrimônio Audiovisual Brasileiro em Rede, proposta pela curadoria de Fernanda Coelho e Vitor Graize e que vai reunir integrantes da ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, para mais uma rodada de conversas e articulações em prol do cinema patrimônio. Os debates vão se organizar por três tópicos: o diálogo para políticas públicas de preservação num novo ciclo de governo, representadas pela atualização do Plano Nacional de Preservação Audiovisual; o debate sobre a imposição do digital e suas questões éticas, técnicas e políticas; e a reflexão sobre a criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais.
O Encontro de Arquivos, que faz parte da programação da Temática Preservação, contará com a presença de dezenas de profissionais do setor e a realização de diversos encontros e debates em torno dos três pontos destacados, entre eles, iniciativas de mapeamento de arquivos audiovisuais; criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais; a rede e suas conexões: produção; e a rede e suas conexões: difusão e exibição.
Uma das mesas, Memória e criação para o futuro, propõe um balanço da última década no segmento da preservação a partir de perspectivas e desafios políticos, econômicos, tecnológicos e educacionais e deverá ter a presença de nomes do Governo Federal, como Margareth Menezes, Ministra da Cultura; de Denise Pires de Carvalho, secretária de Educação Superior do Ministério da Educação; e Alex Braga, presidente da Ancine, Agência Nacional do Cinema.
Anualmente, a CineOP conta com a participação de importantes profissionais internacionais numa série de masterclasses e mesas de debates. Além disso, inteligência artificial, Lei Paulo Gustavo, Argumento Cinematográfico, Memória Sonora, Marketing Digital e Cinema Comunitário são alguns dos diversos temas das 10 modalidades do programa de formação: quatro oficinas, dois workshops e quatro masterclasses que serão realizadas durante o evento.
A CineOP leva o universo cinematográfico para mais perto de crianças, adolescentes e educadores da rede pública de Ouro Preto através da realização do programa Cine-Expressão – A Escola vai ao cinema, que oferece uma programação gratuita que propõe criar um espaço de aprendizado entre estudantes, unindo cinema e educação; com oferta de sete sessões de cinema seguidas de debates, elaboração de material didático para trabalhar os filmes na sala de aula e lançamento de livros.
As sessões Cine-Escola são pensadas para faixas etárias específicas e seguidas de cine-debates após a sessão com o propósito de usar o cinema como ferramenta pedagógica e beneficiar as escolas de Ouro Preto e região. Os filmes foram selecionados pela curadora Ramina El Shadai e têm potencial de revelar percepções e despertar sensações e conexões. Para a criançada, a CineOP realiza a Mostrinha de Cinema, que terá uma sessão especial inclusiva que oferece as três medidas de acessibilidade ( legendagem descritiva, libras e audiodescrição).
Repetindo a bem-sucedida parceria cultural com o Sesc em Minas, a programação artística da CineOP vai acontecer no Sesc Cine-Lounge Show, que será instalado no Centro de Artes e Convenções. Além do tradicional Cortejo da Arte, que percorre as ruas tricentenárias de Ouro Preto, destaca-se, pelo segundo ano consecutivo, a Festa Junina da CineOP, que será promovida como parte da programação da Mostra Valores e reunirá três quadrilhas da cidade.
Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir atrações artísticas, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação e debates temáticos de forma gratuita.
Conheça os filmes selecionados para a CineOP 2023:
MOSTRA HOMENAGEM | LONGA-METRAGEM Quilombo, de Cacá Diegues (RJ, 1984)
MOSTRA HISTÓRICA | LONGAS Baile Soul, de Cavi Borges e Marcio Graffiti (RJ, 2023) (filme de abertura) Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP, 2022) Paulinho da Viola, Meu Tempo é Hoje, de Izabel Jaguaribe (RJ, 2003) Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (RJ, 1957) Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Eu Dei, de Calvito Leal, Cláudio Manoel e Micael Lange (RJ, 2008) Sou Feia, Mas Tô Na Moda, de Denise Garcia (RJ, 2005) Trem do Soul, de Clementino Jr. (SP, 2021) Uma Nêga Chamada Tereza, de Fernando Coni Campos (SP, 1973)
MOSTRA HISTÓRICA | CURTAS A Voz e o Vazio: a vez de Vassourinha, de Carlos Adriano (SP, 1998) Alma no Olho, de Zózimo Bulbul (RJ, 1973) Aniceto do Império em Dia de Alforria, de Zózimo Bulbul (RJ, 1980) As Mina do Rap, de Juliana Vicente (SP, 2015) Brasilianas: Cantos de Trabalho – Música Folclórica Brasileira, de Humberto Mauro (MG, 1955) Elekô, de Coletivo Mulheres de Pedra (RJ, 2015) Gurufim na Mangueira, de Dandara (RJ, 2000) Inocentes 30 anos, de Carol Thomé (RJ, 2011) Nelson Cavaquinho, de Leon Hirzsman (RJ, 1969) Nelson Sargento, de Estevão Ciavatta (RJ, 1997) Partido Alto, de Leon Hirszman (RJ, 1982) Tim Maia, de Flavio Tambellini (RJ, 1984) Transgressão Parte II, de Jup do Bairro e Rodrigo de Carvalho (RJ, 2020)
MOSTRA PRESERVAÇÃO | LONGA A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (RJ, 1974)
MOSTRA PRESERVAÇÃO | MÉDIA Joga a Rede no Mar: Histórias e Memórias dos Pescadores da Maré, de Studio Line Filmes em cooperação com Museu da Maré/CEASM (RJ, 2011) Ligya Pape, de Paula Gaitán (SP, 1981)
MOSTRA PRESERVAÇÃO | CURTAS Anna Bella Geiger, de Vivian Ostrovsky (RJ, 2019) Centerminal, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974) Declaração em Retrato I, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974) Local da Ação, de Anna Bella Geiger (RJ, 1978) Mira, Um Imigrante, de Rubens Gerchman e João Carlos Horta (RJ, 1982) O Casamento na Palafita, de Camila Moura, Fraão Luz e Jefferson Melo (RJ, 2021) Passages I, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974) Perto de Clarice, de João Carlos Horta (RJ, 1982) Rola-Rola na Maré, de Jairo Costa (RJ, 1977)
MOSTRA EDUCAÇÃO | LONGA-METRAGEM Território, de Alexandra Cuesta (Equador, 2016)
MOSTRA EDUCAÇÃO | MÉDIAS Série Paulo Freire: A Formação do Pensamento, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: As 40 Horas de Angicos, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: Do Pátio do Colégio à Pedagogia do Oprimido, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: O Exílio, de Cristiano Burlan (SP, 2020) Série Paulo Freire: O Mundo Não É, Está Sendo, de Cristiano Burlan (SP, 2020)
MOSTRA EDUCAÇÃO | CURTAS 1,2,3… Alice Filmando, de Marli França Silva (SP, 2022) A Ficha Caiu, de Rodneia Nogueira Duarte (MG, 2022) A Lenda do Monstro da Panela do Candal, de Adriana Gonçalves Ferreira e Alunos (RS, 2019) A Pá Morreu, de Lucas Brito de Araujo, Lucas Henrique de Sousa Silva, Melissa Jerônimo França, Samuel Alves da Silva, Samuel Fernandes Araújo e Karla Lopes Beck (SP, 2022) A Realidade de um Sonho (La realidad de un sueño), de Braian Bautista (Colômbia, 2022) Ansiedade e Solidão: Uma barreira contra tudo e contra todos, de Ana Clara Lobato e Eduarda Maciel (SP, 2022) Antolho, de Gabriela Bastos (MG, 2023) Brasil Colônia, de Rodrigo Soares Chaves (MG, 2021) Brincadeiras, de Coletiva (RJ, 2022) Despedida, de Alexandra Cuesta (EUA/Equador, 2013) Do Vento, de Julia S Oliveira (SP, 2022) E se…, de Nicolly Mafra (SP, 2022) Em Busca da Autodestruição, de Isadora Poeiras (MG, 2022) Fotocópia, de Cristiano Barbosa, Marco Paraná, Vitor Silva, Isabela Mesquita, Paula Vitória, Heitor Rios, Enzo Gabriel, Larissa Neves, Ruth Carvalho, Raquel Carvalho, Raissa Neves, Victor Melauro e Mateus Pe (MG, 2023) Geométricos, de Valentina Pereira (Colômbia, 2020) Girando, de Isadora Franco Di Gianni (SP, 2022) Histórias do Campo (Historias del Campo), de Carolina Dorado Lozano (Colômbia, 2021) Manipulador, de Marcela Fernandes (MG, 2022) Montaulas: cenas do ver filmes juntos, de Liana Lobo (MG, 2023) Não Vão Me Queimar (A Mi No Me Van A Quemar), de Carolina Dorado Lozano (Colômbia, 2021) O Que o Escuro Abriga?, de Henrique, Beatriz, Laura, João, Levi, Lívia e Marcelle (MG, 2022) O Recomeço, de Uanda Giorgini Lima Costa, Anna Clara de Souza e Isadora Almeida Silva (MG, 2022) O Roteiro ao Redor, de Bárbara Soares Silva (MG, 2022) Ovos, de Karla Lopes Beck, Melissa Jerônimo França e Mirella Vitoria Alves dos Santos (SP, 2022) Para o Resgate do Mundo (Al Rescate Por El Mundo), de Carol Dayana Pereira López (Colômbia, 2021) Planos, de Anna Sant’Ana (MG, 2023) Porta Secreta, de Sara Rogieri Dias, Karla Lopes Beck, Isabella Regina Marialva e Isabella Bueno (SP, 2023) Primeira Sessão, de Lavínnia Drumond (MG, 2022) Primeiras Experimentações, de Isabelle Louise Padilha Ocampo Evangelista (SP, 2023) Rotinas, de Maria Fernanda Alves (MG, 2023) Sons que Inspiram, de Função Coletiva (Estudantes do Cap Uerj – Ensino Fundamental l) (RJ, 2021) Tartaruga Contaminada (Tortuga Contaminada), de Felipe Méndez (Colômbia, 2021) Vaso Ruim de Quebrar, de Yasmin Freitas (MG, 2022) Vidrados, de Alice Carvalho (MG, 2022) Visita ao Pasado (Visita al pasado), de Adrián Pérez (Colômbia, 2023)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | LONGAS Amanhã, de Marcos Pimentel (MG, 2023) Antunes Filho, Do Coração Para o Olho, de Cristiano Burlan (SP, 2023) Confissões de um Cinema em Formação, de Eugenio Puppo (SP, 2023) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP, 2022) Elton Medeiros: O Sol Nascerá, de Pedro Murad (RJ, 2022) Filme Particular, de Janaína Nagata (SP, 2022) Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia, de José Carlos Arandiba “Zebrinha” (BA, 2022) Lô Borges: Toda Essa Água, de Rodrigo de Oliveira (RJ, 2023) Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP, 2022) Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ/SP/BA/Argentina/EUA, 2022) O Cangaceiro da Moviola, de Luís Rocha Melo (MG/RJ, 2022) O Lugar Mais Seguro do Mundo, de Aline Lata e Helena Wolfenson (MG/SP, 2022) O sucesso e o abstrato, de Virginia Simone e Matheus Walter (RS, 2023) Ópera Cabaré Casa Barbosa, de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques (SP, 2022) Primo da Cruz, de Alexis Zelensky (RJ, 2022) Procura-se Meteorango Kid: Vivo ou Morto, de Marcel Gonnet e Daniel Fróes (BA, 2023) Zé, de Rafael Conde (MG, 2023) (filme de encerramento)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | MÉDIA Caixa Preta, de Saskia e Bernardo Oliveira (RJ/SP, 2022) Uma Tarde pra Tirar Retrato, de André Sandino Costa (RJ, 2023)
MOSTRA CONTEMPORÂNEA | CURTAS (des)conhecidos, de Adriano Monteiro (RJ, 2022) 20 Giros, de Leo Lopes (MG, 2022) A Bata do Milho, de Eduardo Liron (SP/BA, 2023) A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN, 2023) A Jornada do Valente, de Rodrigo de Janeiro (RJ, 2022) Anjos Cingidos, de Laercio Filho e Maria Tereza de Azevedo (PB, 2022) Arruma um Pessoal pra Gente Botar uma Macumba num Disco, de Chico Serra (RJ, 2023) Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP, 2022) Cicatriz Tatuada, de Eugênio Lima, Gabriela Miranda e Matheus Brant (SP, 2022) Isso não é tudo, de Stefane Eskelsen (SP, 2022) Nada Haver, de Juliano Gomes (MG/ES/RJ, 2022) Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes (MG, 2022) O Voo, de Igor Barradas (RJ, 2023) sanc_pc1317_03_01_a_1 – versão 2, de Henrique Amud e Hakaima Sadamitsu (AM, 2023) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC/RJ/SP, 2022) Temos Muito Tempo para Envelhecer, de Bruna Schelb Corrêa (MG, 2022) Zoila, de Fabrício Jabar (BA, 2022)
MOSTRA VALORES | LONGA As Linhas da Minha Mão, de João Dumans (MG, 2023)
CINE ESCOLA | LONGA Últimas Conversas, de Eduardo Coutinho (RJ, 2015)
CINE ESCOLA | CURTAS A Baleia Mágica, de Douglas Alves Ferreira (SP, 2022) A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ, 2022) Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP, 2023) Bola da Vez, de Elder Patrick (GO, 2022) Bolha, de Leandro Wenceslau (MG, 2023) João no Reino de Papelão, de Rodrigo Vulcano e Lucas Lima (SP, 2022) Marlon, de Ludmila Curi (RJ, 2022) O Monstro do Pântano do Sul, de Marko Martinz (SC, 2022) Pedro, de Leo Silva (CE, 2022) Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal (PR, 2022) Super-heróis, de Rafael de Andrade (DF, 2022) Teo, o Menino Azul, de Hygor Amorim (SP, 2022)
MOSTRINHA | LONGA A Ilha dos Ilús, de Paulo G C Miranda (GO/2022)
Foram anunciados os vencedores da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, e o documentário brasileiro A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, foi consagrado com dois prêmios: melhor filme pelo júri e pelo público.
O filme retrata a maior expedição das últimas décadas na Amazônia para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubos, em estado de vulnerabilidade, e ainda promover um delicado reencontro com parte da família já contactada poucos anos antes.
Segundo o júri da Competição na categoria de longa-metragem, formado por Anna Muylaert, Helena Ignez e Zienhe Castro, o filme foi escolhido “pela precisão ética e estética na construção de um olhar que leva ao mesmo tempo ao mundo do outro e ao mundo esquecido de si”. A obra receberá o Troféu Ecofalante e um prêmio de 15 mil reais.
Duas menções honrosas foram concedidas para longas-metragens nesta edição: Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis, foi escolhido “pelo seu trabalho emocionante em mostrar o povo Guarani Kaiowá lutando por sua ancestralidade e suas terras e o crescente poder político ruralista”; já No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil, recebeu “pela delicadeza na abordagem sobre a precariedade, crime e machismo na aviação de pequeno porte na Amazônia Brasileira”.
O Prêmio do Júri de melhor curta foi para Quem de Direito, dirigido por Ana Galizia. O filme, que receberá o Troféu Ecofalante e 5 mil reais, mostra a organização popular pelo acesso à terra no território do Vale do Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, e as mobilizações recentes contra um projeto de barragem na região.
Segundo o júri da categoria, formado por Guilherme Moura Fagundes, Kátia Coelho e Thomaz Pedro, Quem de Direito é um filme urgente e envolvente: “Enquanto terra e água adquirem centralidade na ecologia das lutas populares de Cachoeiras de Macacu, a narrativa fílmica interpela esses elementos a partir do tempo e do espaço. (…) Acima de tudo, Quem de Direito amplia nossos horizontes sobre o que pode ser um cinema ativista que se opera através das imagens, constituindo camadas de resistências”.
O colombiano Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar, recebeu Menção Honrosa na categoria curta-metragem: “o filme se comunica mostrando o mundo real de forma onírica, quase irreal, e bastante forte na sua apresentação do universo transgênero indígena colombiano (…) um filme que evoca, ao mesmo tempo, áspera e delicadamente, fortes reflexões que vão além da sua cinematografia”, disse a justificativa do júri.
O grande vencedor do Concurso Curta Ecofalante foi As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (estudante da Vila das Artes, em Fortaleza). No filme, que combina performance, ilustrações e música, filhos de lavadeiras compartilham suas memórias do Rio Acaraú, que atravessa a cidade de Sobral, no Ceará. O júri, formado por Joana Moncau, Izabel de Fátima Cruz Melo e Sergio Silva, justificou: “por tratar de forma surpreendente e poderosa, a partir dos caminhos da memória, um entrelaçamento pouco usual do território com identidade, memória, gênero e linguagens”. O curta ganhará o Troféu Ecofalante e R$ 4 mil de prêmio.
O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, recebeu Menção Honrosa: “através da montagem nos eletriza e nos implica em uma dimensão coletiva a respeito da violência e da destruição do meio ambiente e de seus povos”, disse a justificativa.
Conheça os vencedores da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:
PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME DA 12ª MOSTRA ECOFALANTE A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR LONGA-METRAGEM A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)
MENÇÃO HONROSA No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil (Brasil) Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR CURTA-METRAGEM Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil)
MENÇÃO HONROSA Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar (Colômbia/Alemanha)
PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR LONGA-METRAGEM Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Brasil)
PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR CURTA-METRAGEM A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil) Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (Brasil)
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
PRÊMIO DO JÚRI As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (CE)
PRÊMIO DO PÚBLICO (D)elas: Mulheres Pretas e o Direito de Ocupar, de Bruna Lazari Antonio (SP)
MENÇÃO HONROSA O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães (RJ)
Foram anunciados neste sábado, 10/06, os vencedores da 17ª edição do Festival Taguatinga de Cinema, que exibiu, em quatro dias, 24 filmes na Mostra Competitiva. Além disso, a programação contou também com diversas atividades paralelas, como: oficinas, debates e shows.
Os premiados deste ano receberam o Troféu FesTaguá, feito pelo aclamado artista plástico Omar Franco, além de prêmios em dinheiro. O pernambucano Quebra Panela, de Rafael Anaroli, foi o primeiro escolhido pelo Júri Oficial, que foi formado por Edileuza Souza, Kakau Teixeira e Takumã Kuikuro. A justificativa diz: “pela construção de um cinema que é vida, que nos possibilita vida e que transforma nossas vidas. Por um cinema que diverte e diz NÃO ao adoecimento. Pela alegria de fazer cinema”.
O segundo filme eleito pelo júri foi Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê: “pela urgência do planeta, das pessoas que cuidam da terra e que são a própria terra. Não ao marco temporal, não à ganância e sim pela vida dos povos indígenas e pela vida do planeta”, disse a justificativa do júri. O terceiro foi Um Transe de 10 Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá: “pela autenticidade, pela profundidade, pelo lugar do Cinema Negro no feminino, pela vivência, por pensar num cinema de ser e existir, pelo corpo e pela memória”, disse o júri.
Também foram entregues duas menções honrosas para Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro, e Filhos da Noite, de Henrique Arruda: “Pelas infâncias que trazem os sabores da aventura de viver, e pelas velhices de corpos que trazem a memória da vida, das alegrias, do colorido e da continuidade”, disse a justificativa do júri. O Festival Taguá de Cinema também entregou o Prêmio Aicon Ações Cinematográficas, oferecido ao melhor filme do Distrito Federal, que, segundo o júri, foi Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê.
William Alves, idealizador do festival, encerrou a noite com um discurso: “O Festival Taguá de Cinema, nesta 17ª edição, se firma como terreiro dentro de um território ancestral onde as tabas dos povos acroás, os xacriabás, os caiapós e os javaés, dentre outros, eram feitas de tagwá tinga ou barro branco. No encerramento dessa edição, com o encontro do cinema do povo indígena, preto e brasileiros, de todas as regiões, nos alegramos por poder somar forças às lutas de nossos parentes ancestrais, pelo seus direitos à terra, à água e às florestas. Pelo seus direitos de existirem a seu modo. Pelo direito às suas vidas. O Festival Taguá de Cinema, também diz SIM à demarcação imediata das terras dos povos indígenas”.
Conheça os vencedores do 17º Festival Taguatinga de Cinema:
MOSTRA COMPETITIVA Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE) Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê (DF) Um Transe de 10 Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá (BA)
MOSTRA COMPETITIVA | JÚRI POPULAR Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) (58% dos votos) Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes (MG) (56% dos votos) Manual da Pós-Verdade, de Thiago Foresti (DF) (48% dos votos)
MENÇÃO HONROSA Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE) Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)
PRÊMIO AICON Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê (DF)
Foram anunciados neste domingo, 11/06, os vencedores da primeira edição do Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda, que surgiu como uma janela para a difusão de filmes pernambucanos com atividades que aconteceram no Sítio Histórico (Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa) e em Xambá (Centro Cultura Grupo Bongar).
Idealizado pelo cineasta Adalberto Oliveira, o Cine Marim apresentou três mostras, competitivas e não competitivas. A Mostra O Tempo de Agora, com curadoria de Lia Letícia, reuniu produções que giram em torno da tradição e insurreições das culturas afro-brasileiras sob várias perspectivas; a Mostra Acessível, com curadoria de Amanda Ramos, foi composta por filmes que possuam recursos acessíveis para PcD; a Mostra Olinda, com curadoria de Adalberto Oliveira e Caio Sales, teve como temática principal a própria cidade; e a Mostra Farol, também com curadoria de Amanda Ramos, exibiu filmes do estado de Pernambuco, que através de uma comissão de júri específica premiou os destaques técnicos das produções selecionadas.
A etapa formativa do Cine Marim contou com as oficinas: Documentando, com Marlom Meirelles, no formato on-line; e Oficina Rápida de Cinema Ligeiro, com Eva Jofilsan, em formato presencial. Além disso, a programação contou também com masterclasses on-line de Liliana Tavares, Marcelo Ikeda e Juliana Lima. O Júri Oficial desta primeira edição, que teve identidade visual assinada por Célio Gouveia, foi formado por Cynthia Falcão, Daniel Bandeira e Mia Aragão.
Conheça os vencedores do 1º Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda:
MOSTRA FAROL
Melhor Filme: Criaturas Celestiais, de Pedro Andrade e Pedro Stilo (Recife) Menção Honrosa: Senhor da Terra, de Coletivo Ficcionalizar (Paulista) Menção Honrosa: Diabolim e o Circo Esperança, de Cauê Rocha (Olinda)
A 46ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, o quarto mais longevo e um dos mais tradicionais do país, acontecerá entre os dias os dias 9 e 16 de junho, em formato híbrido, com exibições presenciais em São Luís, no Maranhão, e virtuais por meio da plataforma e aplicativo CineGuarnicê.
A cerimônia de abertura acontecerá no Teatro Arthur Azevedo com a exibição de Peróla, longa-metragem dirigido por Murilo Benício e baseado em um dos maiores sucessos do teatro brasileiro, escrito por Mauro Rasi. O ator Leonardo Fernandes, que divide o protagonismo do filme com Drica Moraes, é presença confirmada na noite de abertura do Guarnicê.
No dia seguinte, o festival passa a ocupar os teatros João do Vale, com as exibições das mostras competitivas; Sesc Napoleão Ewerton, que receberá algumas mostras paralelas; e Aldo Leite, com as conferências do seminário Ciência Cine Guarnicê.
Neste ano, o festival homenageará a atriz Áurea Maranhão. A manauara, que é Cidadã Ludovicense, é egressa da Escola de Arte Dramática da USP, Universidade de São Paulo. Na televisão, teve sua estreia na novela A Dona do Pedaço, dirigida por Amora Mautner e escrita por Walcyr Carrasco. Na Netflix, estreou na série Cidade Invisível, criada por Carlos Saldanha e dirigida por Luis Carone e Julia Jordão. Nascida em Manaus e radicada no Maranhão, Áurea Barros Teixeira leva o estado no nome artístico e em diversos e reconhecidos trabalhos.
Áurea Maranhão também atuou em filmes como O Baldio Som de Deus, Terminal Praia Grande, Bodas de Papel, Anna e Prova de Coragem. Já recebeu também diversos prêmios no Festival Guarnicê de Cinema, a exemplo do troféu de melhor atriz por Carnavalha, filme em que divide a direção com Ramusyo Brasil, e melhor direção de arte por Afrescos de Outono.
Áurea Maranhão já foi premiada diversas vezes no Guarnicê
Outra homenageada desta 46ª edição será Alessandra Negrini, um dos nomes mais importantes do audiovisual brasileiro. Em 2023, a atriz completa 30 anos de carreira. Seu primeiro papel na televisão foi como Clara, personagem da novela Olho no Olho, do autor Antonio Calmon, da TV Globo. Já a estreia como protagonista veio na minissérie Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados, inspirada no romance de Nelson Rodrigues e escrita por Leopoldo Serran.
Nos anos seguintes, Negrini consolidou sua carreira com papéis em diversas produções, tanto na TV quanto nas telonas. Sua estreia nas salas de cinema foi com o filme O Que é Isso, Companheiro?, dirigido por Bruno Barreto e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 2007, protagonizou Cleópatra, de Júlio Bressane, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília. Sua trajetória na sétima arte conta ainda com Acqua Movie, Mulheres Alteradas, Beduino, 2 Coelhos, Os Desafinados, entre outros. Seu trabalho mais recente foi na novela Travessia, de Glória Perez. Além disso, teve destaque na série Cidade Invisível, exibida na Netflix, na qual contracenou com Áurea Maranhão.
Além das homenageadas, o 46º Festival Guarnicê de Cinema também anunciou a seleção da mostra acessível Faz Todo Sentido, que será realizada pelo terceiro ano consecutivo. Em caráter competitivo, possui um júri composto por pessoas com deficiência. Entre as mostras competitivas e paralelas, o Festival Guarnicê de Cinema 2023 promoverá um terceiro tipo de programação: as mostras especiais, formadas por filmes convidados diretamente pela coordenação do evento. A Faz Todo Sentido, além de competitiva, também é classificada como uma programação especial.
As outras três mostras especiais são: Eu Canto Porque o Instante Existe, com título inspirado no poema de Cecília Meireles e composta majoritariamente por documentários musicais, mas também por ficções ligadas à música; Os Filhos Pródigos do Brasil, constituída de filmes sobre personalidades, conhecidas ou anônimas, que contribuíram ou contribuem com a história do país; e Mostra ALEMA, Assembleia Legislativa do Maranhão, que abrange os últimos documentários produzidos pelo Complexo de Comunicação do Legislativo Estadual.
As duas primeiras mostras possuem curadoria e produção de Paulo Vinícius Coelho, assessor de imprensa do Guarnicê. A Mostra ALEMA tem curadoria da própria instituição. As três mostras podem ser assistidas no site oficial e no aplicativo entre os dias 10 e 15 de junho.
Conheça os novos títulos selecionados para o 46ª Festival Guarnicê de Cinema:
FAZ TODO SENTIDO
À Sombra do Mar, de João Vitor Pires (RJ) Coletânea de Histórias Extremamente Curtas, de Pedro Fraga Villaça (SP) Curta Diferenças, de Lisandro Santos (RS) Fragmentos ao Vento, de Ulisses Da Motta (RS) Grito do Coletivo, de Vinícius de Oliveira e Thiago Nunes (DF) Isso Sempre Acontece, de Lara Koer (SC) Os Olhos na Rua do Arvoredo, de Cláudio Mourão (RS) Tem Boi na Trilha, de Libertu (SC) Teo, o Menino Azul, de Hygor Amorim (SP)
EU CANTO PORQUE O INSTANTE EXISTE
A Orquestra das Diretas, de Caue Nunes (SP) Carnaval de Passarela Vai Passar, de Ione Coelho (MA) Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP) Luz do Mundo, de Manoel Cordeiro; direção: Cícero Pedrosa Neto e San Marcelo (PA) O Auto do Bumba Meu Boi da Fé em Deus, de Murilo Santos (MA) O Sol Nascerá, de Elton Medeiros; direção: Pedro Murad (RJ) Tribo de Jah na Rota das Emoções, de Johnny Kelvin (MA)
OS FILHOS PRÓDIGOS DO BRASIL
Alegorias, de Leonel Costa (SP) Cabocolino, de João Marcello (PE) Mestre Pascoal, de Valderi Duarte (PI) Minha Perna, Minha Classe, de Arturo Saboia (MA) No Palco com Aldo Leite, de Inaldo Lisboa (MA)
MOSTRA ALEMA *todos os filmes dirigidos por Edwin Jinkings e produzidos pela TV Assembleia
Me Chame Donana Jansen; roteiro de Márcia Carvalho (MA) Nações Indígenas: Povo Guajajara; roteiro de Márcia Carvalho e Elda Borges (MA) Nações Indígenas: Povo Krikati; roteiro de Márcia Carvalho (MA)
*Clique aquie confira os selecionados para outras mostras competitivas
A 13ª edição do Circuito Penedo de Cinema, que acontecerá entre os dias 13 e 19 de novembro, em formato híbrido, já está com inscrições abertas para as mostras competitivas. O evento consolida-se como uma janela para difusão de filmes alagoanos e brasileiros, além de ser um instrumento para novos olhares e perspectivas sobre essa vasta produção.
As inscrições seguem até 14 de julho exclusivamente através da plataforma FilmFreeway: clique aqui. As obras audiovisuais podem ser inscritas em uma das três mostras competitivas que compõem o Circuito: 16º Festival do Cinema Brasileiro, aberto para todos os realizadores, sem nenhuma restrição de abordagem, exceto filmes publicitários e institucionais; 13º Festival do Cinema Universitário de Alagoas, direcionado para produções feitas nas instituições de ensino superior e escolas técnicas de cinema de qualquer parte do país; e 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental que recebe curtas com temáticas direcionadas ao meio ambiente, com abordagem nos ambientes natural e antrópico.
Para concorrer, os proponentes têm que ser diretores ou produtores dos filmes, que devem ter até 25 minutos de duração, incluindo os créditos, e não haver participado de seletivas em edições anteriores do Circuito Penedo. Além disso, precisam ter sido produzidos a partir de 2021. O resultado da seleção está programado para ser divulgado no dia 31 de agosto, podendo haver prorrogação.
As produções selecionadas para as mostras competitivas serão avaliadas por um Júri Oficial convidado pelo evento, a ser divulgado posteriormente, e também por um Júri Popular, que será definido a partir da votação do público através do site. Os realizadores concorrerão ao troféu Canoa de Tolda de melhor filme em cada mostra.
Além das tradicionais mostras competitivas, o Circuito apresenta uma outra sem caráter competitivo: a 12ª edição da Mostra de Cinema Infantil, que também recebe propostas de curtas-metragens. A seleção da curadoria se dará a partir das inscrições voluntárias dos realizadores, conforme o edital lançado recentemente.
Ano após ano, o Circuito se reinventa e busca abrir espaço para novas discussões, sempre reafirmando seu papel como instrumento para olhares e perspectivas sobre o vasto patrimônio audiovisual alagoano e nacional, sempre em diálogo com a educação. Durante sete dias, a cidade histórica de Penedo recebe uma programação gratuita e intensa. Com a execução também digital do Circuito, os filmes selecionados para mostras competitivas ficam disponibilizados no site oficial durante toda a semana do evento. O programa ainda engloba a exibição de longas-metragens, debate com realizadores, roda de conversas, oficinas, feira criativa e apresentações culturais.
Há mais de uma década, o Circuito se apresenta como um lugar de resistência e luta, promovendo a retomada dos grandes festivais de cinema que ocuparam a cidade histórica de Penedo, nas décadas de 1970 e 1980. É nesse contexto de reafirmação do cinema nacional, de suas produções e da empregabilidade promovida pelo setor que o evento se faz ainda mais importante.