Elenco: Cillian Murphy, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Alden Ehrenreich, Florence Pugh, Matt Damon, Kenneth Branagh, Benny Safdie, Josh Hartnett, Rami Malek, Dane DeHaan, Alex Wolff, Jack Quaid, Casey Affleck, Olli Haaskivi, Scott Grimes, Jason Clarke, Kurt Koehler, Tony Goldwyn, John Gowans, Macon Blair, James D’Arcy, Harry Groener, Gregory Jbara, Ted King, Tim DeKay, Steven Houska, Tom Conti, David Krumholtz, Harrison Gilbertson, Petrie Willink, Matthias Schweighöfer, Josh Zuckerman, Rory Keane, Drew Kenney, Michael Angarano, Dylan Arnold, Emma Dumont, Sadie Stratton, Jefferson Hall, Britt Kyle, Guy Burnet, Tom Jenkins, Matthew Modine, Louise Lombard, David Dastmalchian, Michael Andrew Baker, Jeff Hephner, David Rysdahl, Josh Peck, Brett DelBuono, Gustaf Skarsgård, James Urbaniak, Trond Fausa, Devon Bostick, Danny Deferrari, Christopher Denham, Jessica Erin Martin, Ronald Auguste, Máté Haumann, Olivia Thirlby, Jack Cutmore-Scott, James Remar, Will Roberts, Pat Skipper, Steve Coulter, Jeremy John Wells, Sean Avery, Adam Kroeger, Ryan Stubo, Hap Lawrence, Gary Oldman.
Ano: 2023
Sinopse: O thriller épico leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático homem que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo. O filme conta a história do físico americano J. Robert Oppenheimer e o seu papel no desenvolvimento da bomba atômica no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro American Prometheus: The Triumph and Tragedy de J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin.
*Clique aqui e assista ao nosso programa especial sobre o filme.
O projeto potiguar de formação audiovisual conta com oficinas e entrega de equipamentos
O Território KATU Digital, projeto de formação audiovisual teórica e prática, com instalação de um núcleo de equipamentos (câmera fotográfica, lentes, gravador, som, drone e acessórios), realização de um filme e seu lançamento, começou em maio deste ano e segue com suas atividades direcionadas aos potiguaras da comunidade indígena do Katu em Canguaretama, Rio Grande do Norte.
Depois das primeiras atividades e oficinas, realizadas entre maio e junho, os alunos do Projeto Território KATU Digital desenvolveram um filme, em formato de curta-metragem, na primeira semana do mês de julho. Neste processo de aprendizagem, entre pré-produção e filmagem, vivenciaram experiências práticas de concepção, produção e gravação. Com isso, construíram um entendimento mais sólido de como funcionam os mecanismos cinematográficos.
Kailany Cordeiro, uma das alunas do projeto, falou sobre o processo de filmagem: “O filme conta com três núcleos. Os personagens são indígenas e mostramos o cotidiano deles. Foi muito legal participar desse filme porque mostramos pessoas da comunidade, que conhecemos e convivemos. Foi divertido e uma experiência maravilhosa”.
Sobre as oficinas já realizadas, o projeto contou, até agora, com: Introdução ao Cinema e Roteiro: Cinemando, ministrada por Kennel Rogis, que propôs um despertar ao mundo do cinema, impulsionando o olhar crítico para a leitura do audiovisual, além de incentivar o surgimento dos alunos como novos realizadores; Oficina de Fotografia, com Rodrigo Sena e Damião Paz Pixoré, na qual os alunos receberam a câmera profissional do projeto e praticaram exercícios com o equipamento; Oficina de Operação de Drone, com Thamise Cerqueira; e Oficina de Som, com Gustavo Guedes.
A aluna Kailany também falou sobre a importância do projeto: “Para mim, é muito inovador participar dessas atividades, pois eu sempre quis aprender sobre audiovisual. E, além disso, o projeto traz mais visibilidade para a comunidade, que por muito tempo foi esquecida e deixada de lado; nossas tradições e o próprio tupi. Estou muito feliz e aprendendo muito”.
Os alunos da comunidade indígena do Katu em atividade
Depois da realização do curta-metragem, o calendário segue com novas atividades, como a Oficina de Edição e Finalização, com Wallace Santos, que oferecerá aos alunos uma formação básica nos programas de edição, utilizando o próprio computador e ilha de edição adquiridos exclusivamente para o projeto.
Outra atividade confirmada na programação é a Oficina de Produção e Desenvolvimento de Projetos, ministrada por Arlindo Bezerra, que apresentará um panorama sobre os aspectos da produção em cinema e as diferentes funções; e, também, como desenvolver e elaborar um projeto, visto que os alunos construíram, ao longo do processo, roteiros muito potentes e possíveis de concorrerem em editais públicos e leis de incentivo. O objetivo maior desta oficina é desenvolver uma inteligência coletiva com a turma para que o Projeto Território KATU Digital possa construir autonomias e desenvolver outras narrativas na continuidade do trabalho em cinema para a Comunidade Potiguara do Katu, agora protagonizado pelos alunos.
Por fim, o cronograma encerra com um planejamento, entre equipe do projeto e alunos, sobre o lançamento do filme na comunidade com uma exibição especial. Na sequência, a ideia é que o curta-metragem participe de outros eventos, como festivais de cinema, exibições em escolas, internet, entre outras possibilidades, para que o conteúdo desse material atravesse fronteiras, ganhe espaço, abrangência, reconhecimento e que reverbere em públicos variados proporcionando um amplo diálogo entre espectadores diversos e seus realizadores.
Sobre o curta-metragem rodado pelos alunos, Kennel Rogis, realizador audiovisual que ministrou uma das oficinas, falou: “Vem um filme muito bonito por aí, que fala sobre o passado e a preservação do meio ambiente. Foi muito especial gravar com eles, pois tudo está diretamente ligado à nossa história. É a história indígena, que, na verdade, é a história de todos nós”, concluiu.
O Cacique Luiz Katu e os alunos
O objetivo principal do Projeto Território KATU Digital é que estas iniciativas impulsionem os alunos na qualificação profissional com um direcionamento ao mercado de trabalho para que, assim, possam contar suas histórias. Um projeto cinematográfico desta natureza reforça, através da linguagem audiovisual, os problemas ambientais que o território atravessa; sendo um espaço de voz coletiva e ampliação de discurso da comunidade do Katu.
Os 15 alunos da comunidade selecionados para a formação do Núcleo de Cinema recebem uma bolsa mensal para contribuir em sua renda ao longo do processo formativo. Ao final do projeto, os equipamentos serão doados para a comunidade e ficarão à disposição dos jovens para que possam produzir e construir novos desdobramentos e narrativas.
Kennel também relatou sua experiência no projeto: “Foi incrível estar nesse lugar, fazendo e pensando um cinema que é deles, com seus próprios filmes e temáticas sobre a ancestralidade indígena”. E completou: “Foi muito enriquecedor perceber a forma em que olham para a própria história, como falam com orgulho do lugar que vivem e como se reconhecem como povos originários”.
A relação da equipe do projeto com a comunidade do Katu teve início em 2007 quando o diretor Rodrigo Sena esteve presente para a produção de fotografias em comemoração ao Dia Nacional dos Povos Indígenas. Dez anos depois, o cineasta retornou à comunidade, já com o produtor Arlindo Bezerra, da BOBOX Produções, para a produção do curta-metragem A Tradicional Família Brasileira KATU, que recebeu o prêmio de Direitos Humanos no Festival de Brasília. Em 2020, foi realizado o projeto Cinema em Debate – Katu, que circulou por escolas públicas; em 2021, foi realizado Antes do Livro Didático, o Cocar, que venceu o Edital Conexão Juventudes e foi exibido no Curta Kinoforum.
O Núcleo de Cinema está instalado na Escola Indígena Municipal João Lino Dias, espaço central e democrático na comunidade, em uma relação de parceria com o município de Canguaretama: “Teremos visibilidade com essas oficinas e os jovens estão tendo acesso aos meios audiovisuais. É muito importante usar esse conhecimento para divulgar nossa cultura e a luta do nosso povo”, disse o Cacique Luiz Katu, que assina a coordenação didática e pedagógica do projeto.
Sobre a importância dos estudantes nas oficinas, disse: “Com esses jovens empoderados, que estão produzindo seus próprios materiais audiovisuais, quebraremos a invisibilidade”.
Idealizado pela produtora BOBOX Produções, em parceria com a ORI Audiovisual e o Cacique Luiz Katu (liderança indígena da comunidade), o projeto tem patrocínio da NeoenergiaCOSERN e Instituto Neoenergia através do Programa Câmara Cascudo e Governo do Estado do Rio Grande do Norte.
Cena do curta paraibano Era uma Noite de São João, de Bruna Velden
A segunda edição do Muído – Festival de Cinema de Campina Grande, que acontecerá entre os dias 17 e 20 de agosto, no Cineteatro São José, traz o mote O Cinema sempre foi janela das amplidões e abre um importante espaço de exibição para filmes paraibanos e nordestinos.
Neste ano, foram 153 títulos inscritos e a programação contará com três mostras: duas competitivas e uma paralela. A curadoria foi assinada por Amanda Ramos, Cris Lima, Juca Gonzaga e Dani Drumond. Já o time de jurados será formado por: Veruza Guedes, Ricardo André e Fabiano Raposo.
O Muído é um festival genuinamente paraibano e que tem como um dos objetivos ser uma tela para a produção do estado, do litoral ao sertão, passando pelo Cariri, Curimataú, Brejo, Seridó, entre outros. Além dos filmes, a programação contará também com atividades paralelas.
Conheça os filmes selecionados para o 2º Muído – Festival de Cinema de Campina Grande:
MOSTRA MUNDARÉU | COMPETITIVA
A Humanidade que me Resta, de Fran Nascimento (Sobral, CE) Apocalypses Repentinos, de Pedrokas (Fortaleza, CE) Busca, de Rodrigo Sousa e Sousa (Itabuna, BA) Contatos Desiguais, de Gabriel Silveira (Fortaleza, CE) Elos da Matriarca, de Thor de Moraes Neukranz (Recife, PE) Jaqueline, de Júlia Balista (Salvador, BA) Lilith, de Nayane Nayse (Afogados da Ingazeira, PE) Mundo 1, de Pedro Fiuza e Rudá Almeida (Natal, RN) Muxima, de Juca Badaró (Lençóis, BA) Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (Fortaleza, CE) Peixinho, de Edson Germinio (Jataúba, PE) Poeira, de Alisson Severino (Fortaleza, CE) Quebra Panela, de Rafael Anaroli (Condado, PE) Sethico, de Wagner Montenegro (Recife, PE) Sucata Esperança, de Rogério Luiz Oliveira e Filipe Gama (Vitória da Conquista, BA)
MOSTRA FACHEIRO LUZENTE | FILMES PARAIBANOS | COMPETITIVA
Afluências, de Iasmin Soares (João Pessoa) Anjos Cingidos, de Laercio Ferreira Filho (Aparecida) Apneia, de Nathan Cirino e Carol Torquato (Campina Grande) Avôa, de Lucas Mendes (João Pessoa) Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia) Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (João Pessoa) Extinção, de Eriko Renan e Maycon Carvalho (São José de Piranhas) Guardiões de Sementes, de Túlio Martins (Esperança/Queimadas/Lagoa Seca/Remígio) Museu Vivo do Nordeste, de Yago Paolo (Campina Grande) Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (Cabedelo) Nordeste Futurista, de Luana Flores (João Pessoa/Santa Luzia/Conde/Rio Tinto) O Brilho Cega, de Carlos Mosca (Lagoa Seca) O que os Machos Querem, de Ana Dinniz (João Pessoa) Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (Cabedelo) Seu Félix, de Verônica Cavalcanti (João Pessoa)
MOSTRA NORDESTE DIVERSO | NÃO COMPETITIVA
A Revolução Felina, de Victor Viana (AL) Ampulheta, de Gilmar de Souto (PB) Areia, Memória e Cinema, de Letícia Damasceno Barreto (PB) Desconserto, de Haniel Lucena (CE) Geruzinho, de Juliana Teixeira, Luli Morante e Rafael Amorim (SE) Jeniffer, de Matheus Mendes (RN) Kenzo ou o Triunfo da Auto-Desintegração, de Pedrokas (CE) Mais que 1000 Palavras, de Eduardo P. Moreira (PB) Para Onde Vou?, de Fabi Melo (PB) Persona, de Caio Vinicius do Nascimento Sousa (PB) Quando o Passado For Presente Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Villarouca (CE) Ubiquidade, de Plínio Gomes (BA) Warao: Tecendo Diálogos de Igualdade, de Aníbal Cardona, Damião Paz e Fábio de Oliveira (RN)
Camila Márdila e Grace Passô em O Nosso Pai, de Anna Muylaert
Foram anunciados neste sábado, 15/07, os filmes selecionados para a 34ª edição do Curta Kinoforum, que acontecerá entre os dias 24 de agosto e 3 de setembro. Com todas as atividades gratuitas, o evento ocupará diversas salas e espaços da cidade de São Paulo.
Neste ano, foram mais de 3.200 títulos inscritos e foram selecionadas 210 produções. Do Brasil, a programação conta com curtas de 19 estados e do Distrito Federal. No total, estão representados 50 países. Outros 60 títulos convidados, que vão compor os programas especiais e o Foco, serão anunciados em breve.
Criado em 1990, o Festival Internacional de Curtas de São Paulo é reconhecido como um dos mais importantes eventos mundiais dedicados ao filme de curta duração. Dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, o evento é organizado pela Associação Cultural Kinoforum, entidade também responsável pelas Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual, entre outras atividades.
O comitê de visionamento dos Programas Brasileiros foi composto por Francisco Cesar Filho, Julia Katharine, Karkará Tunga, Leandro Pardí, Thiago Gallego, Val Gomes e Victória Negreiros. Já na Mostra Internacional responderam pelo visionamento: Anne Fryszman, Amanda Pó, Beth Sá Freire, Christian Saghaard, Caetano Simões, Duda Leite, Felipe Gayotto, Fernanda Ramos, Flora Papalardo, Jean Costa, João Piovan, Lorenna Montenegro, Matheus Nery, Nathalya Macchia e Taline Caetano. Para a Mostra Latino-Americana, o comitê de visionamento contou com Joana Rochadel, Marcio Miranda Perez, Raffaela Rosset e Vitória Di Bonesso.
Além disso, a atriz Gilda Nomacce será a grande homenageada do Curta Kinoforum 2023. Com 47 curtas-metragens no currículo, transformou-se em musa de toda uma geração de jovens cineastas brasileiros. Com 21 prêmios ao longo de sua trajetória, a atriz acumula mais de 100 personagens, foi destaque em Cannes e Berlim e está em séries da Netflix, Star+ e Disney+. Também concorreu duas vezes ao Prêmio Shell de Teatro e ganhou o Troféu Candango de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro por Trabalhar Cansa.
Para celebrar o trabalho de Gilda Nomacce, a programação exibirá alguns de seus curtas, entre eles: Romance, de Karine Teles; This is Not Dancing Days, de Julia Katharine; Nua por Dentro do Couro, de Lucas Sá; Minha Única Terra é na Lua, de Sergio Silva; e Saudável de Insanidade, de Mariana Bastos e Rafael Gomes.
Conheça os filmes selecionados para o Curta Kinoforum 2023:
MOSTRA BRASIL
A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ) A Última Vez que Ouvi Deus Chorar, de Marco Antonio Pereira (MG) Arrimo, de Rogério Borges (SP) As Miçangas, de Emanuel Lavor e Rafaela Camelo (DF) Ava Mocoi, os Gêmeos, de Vinicius Toro e Luiza Calagian (PR/Cuba) Ave Maria, de Pê Moreira (RJ) Avisa se Voltar, de Jota Carmo (SP) Big Bang, de Carlos Segundo (MG/França) Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN) Cabana, de Adriana de Faria (PA) Cadim, de Luiza Pugliesi Villaça (SP) Cama Vazia, de Jean-Claude Bernardet e Fábio Rogério (SP) Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA) Castanho, de Adanilo Reis da Costa (AM) Contando Aviões, de Fabio Rodrigo (SP) Deixa, de Mariana Jaspe (RJ) Despovoado, ou Tudo Que a Gente Podia Ser, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP) Diafragma, de Robson Cavalcante (AL) Drapo A, de Henrique Lahude e Alix Georges (RS) Energúmeno, de Luis Calil (GO) Estrelas de um só Hit, de Luisa Guarnieri (SP) Eu Sou uma Arara, de Mariana Lacerda e Rivane Neuenschwander (AP) Fala da Terra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (PA/PE) Feira da Ladra, de Diego Migliorini (SP) Firmina, de Izah Neiva (SP) Habitar, de Antonio Fargoni (SP) Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL) Lapso, de Caroline Cavalcanti (MG) LYB, de Felipe Poroger (SP) Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR) Mborairapé, de Roney Freitas (SP) Nada Haver, de Juliano Gomes (RJ) Nhe‘en-Mongarai (Batismo da Alma), de Alberto Alvares (SP/RJ) Noite No Ar, de Nino Pereira (SP) O Chá de Alice, de Simone Spoladore (PR) O Condutor da Cabine, de Cristiano Burlan (SP) O Filme Perdido, de Luiza Sader (RN) O Itinerário de Cicatrizes, de Gloria Albues (MT) O Nosso Pai, de Anna Muylaert (SP) Ode, de Diego Lisboa (BA) Olhares Trêmulos, de Leno Taborda (SP) Onde a Floresta Acaba, de Otavio Cury (SP) Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP) Pedro e Inácio, de Caio Dornelas (PE) Peixe Vivo, de Frederico Evaristo e Bob Yang (SP) Peixes Vivos, de Bru Fotin, Bob Yang e Frederico Evaristo (SP) Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES) Provisório, de Wilq Vicente (SP) Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB) Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE) Quentinha, de Rwanyto Oscar Santos (CE) Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP) Ramal, de Higor Gomes (MG) Rasgão, de Marcio Picoli e Victor Di Marco (RS) Romeu e Julieta em Libras, de Adriana Somacal (RS) Solos, de Pedro Vargas (SP) Tapuia, de Begê Muniz e Kay Sara (SP) Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Edmar Tokorino Yanomami, Roseane Yariana Yanomami e Aida Harika Yanomami (RR) Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ) Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, de Flávia Person, Walderes Coctá Priprá e Barbara Pettres (SC) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF) Verde, de Rodrigo Ribeyro e Gustavo Auricchio (SP) Yuri U Xëatima Thë: A Pesca com Timbó, de Roseane Yariana Yanomami, Aida Harika Yanomami e Edmar Tokorino Yanomami (RR)
CINEMA EM CURSO
As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE) Batimentos, de Pedro Petriche e Clara Dias (SP) Combustão Não Espontânea, de Boni Zanatta (SP) Filhos do Caos, de Lucca Carvalho e Mateus RVC (SP) Fique na Luz, de David Alves (SP) JIB, de Lira Kim (SP) Jorge, de Bruno Laiso Felix (SP) Manchas de Sol, de Martha Mariot (RS) Provérbios 26:27, de Plínio Luís Pereira Lopes e Daniel Barbosa (PR) Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE) Remendo, de Roger Ghil (ES) Tô Esperando Você Voltar, de Marina Lavarini (SP)
MOSTRA LIMITE
Aqui Onde Tudo Acaba, de Juce Filho e Cláudia Cárdenas (SC) E6-D7, de Eno Swinnen (Bélgica) Espectro Restauración, de Felippe Mussel (RJ) Estranhos no Escuro (Strangers in the Dark), de Jenni Pystynen e Perttu Inkilä (Finlândia) Mais ou Menos Trabalhando (Hardly Working), de Total Refusal (Áustria) Mas Onde Fica Ornicar? (Mais Où Est Donc Ornicar?), de Oscar Maso e Guëll Rivet (França) Mulika, de Maene Maisha (Congo) Nostalgia para o Lago (Nostalgia para el Lago), de Arturo Maciel (Paraguai/Argentina) O Mal dos Ardentes (Le Mal des Ardents), de Alice Brygo (França) O Toque Fantasma (The Phantom Touch), de Pablo Cuturrufo (Chile) Observe o Fogo ou Queime Nele (Il Faut Regarder le Feu ou Brûler Dedans), de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França) Realtà Porosa, de Tiberio Suppressa (França) Spiti, de Marcio Miranda Perez e Nivaldo Godoy Jr. (SP) Suplício Noturno, de João Rubio Rubinato (SP)
OFICINAS AUDIOVISUAIS
Alex, de Ludmila Curi (RJ) Caramba, Cacilda!, de Ágatha Bueno (SP) Destemor, de João Vitor Araújo (SP) Essentia, de Thami Silva (SP) Promoção, de Hellen Nicolau (SP) Sob(re) a Pele, de Beatriz Nunes e Ana Carolina Gomes (SP) Zona Noroeste: Daqui Sou, Aqui Estou, de Rafael Souza e Elizabete Ataliba (SP)
MOSTRA INFANTOJUVENIL
A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ) Balanço para a Lua (Swing to the Moon), de N. de Boer, V. Levrero, M. Bordessoule, E. Drique, S. Moreau, A. Bouissie e C. Lazau (França) Barra Nova, de Diego Maia (CE) Coração de Concreto (Coeur Béton), de Enrika Panero (França) Cósmica, de Ana Bárbara Ramos (PB) Impurrfection, de Chiang Yao (Taiwan) Jules & Juliette, de Chantal Peten (Bélgica) Marlon, de Ludmila Curi (RJ) Me Enxergo Quando Te Vejo, de Guillermo Alves e Michelle Brito (SP) O Carrossel (La Calesita), de Augusto Schillaci (Argentina/Canadá/França) O Cinema dos Meus Sonhos, de Realização Coletiva (SP) Os Muitos Mundos de Piero Maria, de Helena Guerra (SP) Ouçam-Me: Um Manifesto, de João Pedro Muniz e Elisa Cecci (SP) Super-Heróis, de Rafael de Andrade (DF)
MOSTRA HORIZONTES
A Menos que Bailemos, de Fernanda Pineda e Hanz Rippe Gabriel (Colômbia) Comida de Quintal, de Luisa Macedo (MG) Dance Off (El Dance Off), de Nicolás Keller Sarmiento (Argentina) De Repente TV (Suddenly TV), de Roopa Gogineni (Sudão/Qatar) E Eu, Estou Dançando Também (And Me, I’m Dancing Too), de Mohammad Valizadegan (Alemanha/República Tcheca) Fantasmas (Ghosts), de (LA)HORDE Ballet National de Marseille (França/EUA) Nada Importante (Rien d’Important), de François Robic (França) No Início do Mundo, de Gabriel Marcos (MG) O Último Rock, de Diego de Jesus (ES) Pouco a Pouco (Stück Für Stück), de Reza Rasouli (Áustria) Se Trans For Mar, de Cibele Appes (SP) Te Amo, Se Cuida, de André Vidigal e Liz Dórea (SP) Últimos Dias de Verão (Last Days of Summer), de Stenzin Tankong (Índia/França)
MOSTRA LATINO-AMERICANA
A Cadela (La Perra), de Carla Melo Gampert (Colômbia/França) Aí Vêm as Rachaduras (Vienen las Grietas), de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia/Holanda) Ángel e Perla (Ángel y Perla), de Jenni Merla e Denise Anzarut (Argentina) Apneia (Apnea), de Natalia Bermúdez (México) Arkhé, de Armando Navarro (México) Carne de Deus (Carne de Dios), de Patricio Plaza (Argentina/México) Contos Excepcionais de uma Jovem Equipe Feminina: As Rubras (Contos Excepcionales de un Equipo Juvenil Femenino: Las Rojas), de Tom Espinoza (Argentina/Venezuela) Gloria, de Diego Cortés, Daniela Briceño e Blanca Castellar (Colômbia) Mãos Alheias (Manos Ajenas), de Adrián Monroy Molina (México) Maré Baixa (Bajamar), de Juana Castro (Colômbia/Espanha) Mein Buch, de Max Mirelmann (Argentina) Negro o Mar (Negro el Mar), de Juan David Mejía Vásquez (Colômbia) O Fim Justifica os Medos (El Fin Justifica los Miedos), de Marcos Montes de Oca (Argentina) O Golfinho (El Delfín), de Manuela Roca (Uruguai) O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho (Cuba/Brasil) Os Nadadores (Los Nadadores), de Charlie López (Costa Rica) Somos Nós Duas (Somos las Dos), de Emilia Herbst (Argentina) Takanakuy, de Gustavo Vokos (Peru/Brasil) Três Cinematecas, de Nicolás Suárez (Argentina/Brasil) Um Quarto de Hora (Cuarto de Hora), de Nemo Arancibia (Chile/França) Zarzal, de Sebastian Valencia Muñoz (Colômbia)
MOSTRA INTERNACIONAL
A Arte de Desviar (Sztuka Mijania), de Tobiasz Wałkiewicz (Polônia) A Balada Pós Fim do Mundo (El After del Mundo), de Florentina Gonzalez (França) À Beira do Delírio (Au Bord du Délire), de Maria Claudia Blanco (França/Colômbia) A Ferida Luminosa (La Herida Luminosa), de Christian Avilés (Espanha) A Floresta Emaranhada (The Entangled Forest), de Nick Jordan (Reino Unido) A História do Mundo Segundo a Getty Images (A History of the World According to Getty Images), de Richard Misek (Reino Unido/Noruega) A Que Lugar Pertenço? (Where do I Belong?), de Jordie Koko (Bélgica) Aeromoça-737 (Airhostess-737), de Thanasis Neofotistos (Grécia) Anaklia, de Elisa Baccolo (Geórgia/Itália) Ao Vivo (Na Żywo), de Mara Tamkovich (Polônia) Arquivo (Parvandeh), de Sonia Hadad (Irã) Bergie, de Dian Weys (África do Sul) Caranguejo (Krab), de Piotr Chmielewski (Polônia/França) Carcaças (Carcasses), de Mehdi Ouahab (França) Carniça, de Yvonne Zhang (EUA) Caros Passageiros (Kallid Reisijad), de Madli Lääne (Estônia) Conto Selvagem (Conte Sauvage), de Alice Quertain (Bélgica/França) Coração de um Astronauta (Heart of an Astronaut), de Jennifer Rainsford (Suécia) Despertando em Silêncio (Waking Up in Silence), de Mila Zhluktenko e Daniel Asadi Faezi (Alemanha/Ucrânia) Dinheiro e Felicidade (Money and Happiness), de Ana Nedeljković e Nikola Majdak (Sérvia/Eslovênia/Eslováquia) E Quão Miserável é o Lar do Demônio (And How Miserable is Home of the Evil), de Saleh Kashefi (Suíça) E Se as Mulheres Mandassem no Mundo? (What If Women Ruled the World?), de Giulia Magno (Itália/EUA) Encenando a Morte (Staging Death), de Jan Soldat (Áustria) Entrada de Animais Vivos (Ingresso Animali Vivi), de Igor Grubic (Croácia) Escapada (L’Échappée), de Philémon Vanorle e Justine Pluvinage (França) Eu Venho do Mar (I Come From the Sea), de Feyrouz Serhal (Líbano) Experiências Desconhecidas (Things Unheard Of), de Ramazan Kilic (Turquia) Flyby Kathy, de Pedro Bastos (Portugal) III, de Salomé Villeneuve (Canadá) Long Time No Techno, de Eugenia Bakurin (Alemanha) Mãe (Mother), de Iurii Leuta (Ucrânia/Polônia) Marie Louise, de Régis Fortino (França) Marie.Eduardo.Sophie, de Thomas Corriveau (Canadá) Maruja, de Berta Garcia-Lacht (Espanha) Mastigue! (Chomp It!), de Mark Chua e Li Shuen Lam (Cingapura) Natal no Inferno (Noël en Enfer), de Solal Dreyfus e Nejma Dreyfus (França) O Desenho (L’Esquisse), de Tomas Cali (França) O Nabo (Naeris), de Silja Saarepuu e Piret Sigus (Estônia) O Ritual (The Ritual), de Mikhail Zheleznikov (Rússia/Israel) Patanegra, de Méryl Fortunat-Rossi (França/Bélgica) Perdido no Mar (Lost at Sea), de Andrés Bartos Amory e Lucija Stojevic (Espanha/Reino Unido) Quanto a Nós (In Quanto a Noi), de Simone Massi (Itália) Recomeçar (Nowy Początek), de Daniel Szajdek (Polônia) Sem Rastros (Otpechatki), de Serafim Orekhanov (Rússia) Serviço Militar (Palvelus), de Mikko Makela (Finlândia) Sonho de Rolinho Primavera (Spring Roll Dream), de Mai Vu (Reino Unido) Surpresa (Surprise), de Laerke Herthoni (Suécia) Terra Mater (Mother Land), de Kantarama Gahigiri (Ruanda/Suíça) Tigre Místico, de Marc Martínez Jordan (Espanha) Todas as Festas de Amanhã (All Tomorrow’s Parties), de Dalei Zhang (China) Transfusão (Transfuzija), de Igor Bojan Vilagoš (Croácia) Trilha (Tria), de Giulia Grandinetti (Itália) Um Astronauta Perdido e a Cidade de Pegadas (A Lost Astronaut and a City of Footprints), de Khue Vu Nguyen Nam (Vietnã) Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal) Y, de Matea Kovač (Croácia) Ymor, de Julien Lahmi (França)
NOCTURNU | CINE FANTÁSTICO E DE HORROR
A Máquina de Alex (La Machine d’Alex), de Mael La Mée (França) Esfolada (Écorchée), de Joachim Hérissé (França) Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP) Tem Algo Estranho Com a Minha Avó, de Pedro Balderama e Rimai Sojo (Brasil, PE/Equador/Argentina) Você Verá (You Will See), de Kathleen Bu (Cingapura)
Sharlene Esse no curta pernambucano Amor by Night, de Henrique Arruda
A 14ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, que acontecerá entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro, no centenário Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, contará com 43 filmes na programação entre curtas, médias e longas-metragens.
Os filmes selecionados concorrem ao Troféu Caretas com prêmios do Júri Oficial e Júri Popular. Cada prêmio destinará R$ 3 mil para o melhor longa, R$ 2 mil para os melhores curtas de cada categoria e R$ 1 mil para o melhor filme experimental. O Troféu Caretas também será entregue em outras categorias; já o Troféu Fernando Spencer será concedido para o melhor personagem das obras concorrentes.
O festival, que em breve anunciará outras atividades em sua programação, é realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe.
Conheça os filmes selecionados para o 14º Festival de Cinema de Triunfo:
LONGA-METRAGEM NACIONAL
Além da Lenda: O Filme, de Marília Mafé e Marcos França (PE) Diaspóricas, de Ana Clara Gomes (GO) Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Severino (PE) Marcos, de Filipe Codeço (RJ) Rama Pankararu, de Pedro Sodré (PE) Terruá Pará, de Jorane Castro (PA)
CURTA E MÉDIA-METRAGEM PERNAMBUCANO
Amor by Night, de Henrique Arruda (Recife) Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (Recife) Cantigas de Pai Francisco, de Iyadirê Zidanes (Recife) Céu de Lua, Chão de Estrelas, de Camilo Soares e Orun Santana (Recife) Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo (Recife) Dente, de Rita Luna (Camaragibe) Dorme Pretinho, de Lia Letícia (Ilha de Itamaracá) Invasão ou Contatos Imediatos do Terceiro Mundo, de Maria Gazal e Hugo Aquino (Recife) Mãe, de Natalia Tavares de Moura (Petrolina) Samba de Latada, de João Lucas Melo (Tacaratu) Semente de Caruá, de Laís Domingues (Buíque) Sethico, de Wagner Montenegro (Recife) Tornar-se Monstra ou Humana, de Catarina Almanova (Recife)
CURTA E MÉDIA-METRAGEM NACIONAL
Até que ponto?, de Ricardo Soares (RJ) Bucho de Peixe, de Johann Jean (RN) Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP) Controle, de Ricardo Manjaro (AM) Mergulho, de Marton Olympio e Anderson Jesus (SP) Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn (Não somos apenas sombras), de Dino Menezes (SP) Vão das Almas, de Edileuza Penha de Souza e Santiago Dellape (DF)
CURTA E MÉDIA-METRAGEM DOS SERTÕES
A gente tava era com saudade, de Vanessa Oliveira (Patos, PB) Amaná, de Antonio Fargoni (Pedra Branca, CE) Estampido, de Djaelton Quirino (Arcoverde, PE) Festejar São Benedito pra Todo Ano Chover, de Gabriela Fernandes e João Diniz (Curaçá, BA) Trans Nordestina, de Rafael Costa (Salgueiro, PE)
CURTA E MÉDIA-METRAGEM EXPERIMENTAL
A Jornada, de Edvaldo Santos (PE) Azul Royal, de Carlon Hardt (PR) Cru, de Diego Ruiz de Aquino (SP) Hiatos, de Marcela Coêlho (PE) La Caramella, de Gian Orsini (PB)
CURTA E MÉDIA-METRAGEM INFANTOJUVENIL
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE) Filha da Mãe D’água, de Bruno Pereira e Siderlane Souza (AM) Os Guerreiros da Rua 2: A Missão, de Erickson Marinho (PE) Os Três Porquinhos, de Tamires Campos (PB) Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR) Pomodora, de Rafael Silvério (SP)
Cena do curta Naquele Dia Escuro, de Daniel Guarda: melhor direção
Foram anunciados os vencedores da 12ª edição do Festival Internacional de Cinema Rio LGBTQIA+, que aconteceu em diversos espaços do Rio de Janeiro, com filmes brasileiros e internacionais de longa, média e curta-metragem de ficção, documentário, animação e experimental.
Desde 2011, o festival, anteriormente conhecido como Rio Festival Gay de Cinema, é uma importante janela para a exibição de filmes LGBTQIA+ nacionais e internacionais na cidade do Rio de Janeiro. Sua relevância na cena cultural local tem agregado uma série de parcerias com distribuidoras, instituições culturais, empresas privadas e importantes salas de exibição.
Neste ano, foram selecionados 80 títulos: 14 longas e 66 curtas; 35 curtas eram brasileiros e 31 internacionais. A programação apresentou representação para pessoas LGBTQIA+ maduras. Ao mostrar personagens em diferentes fases da vida, esses filmes ajudam a quebrar estereótipos, promover a visibilidade e a diversidade dentro da comunidade, e desafiar o mito de que a identidade LGBTQIA+ está restrita à juventude.
O júri do Rio LGBTQIA+ 2023 foi formado por: Aleques Eiterer, Antonio Carlos Moreira, Luiz Carlos Lacerda e Mércia Britto na mostra de longas-metragens; Erly Vieira Jr, Leticia Carolina Nascimento e Marcelo Cuhexê na mostra de curtas-metragens; e Anderson Mahanski, Leonardo Cesar e Zé Pedro Rosa na mostra Div.A. Os filmes escolhidos pelo Júri Oficial recebem prêmios da Naymovie, do CTAv, Centro Técnico Audiovisual, e o troféu do festival.
Conheça os vencedores do 12º Rio Festival de Cinema LGBTQIA+:
LONGAS-METRAGENS
MELHOR FILME Casa Izabel, de Gil Baroni (PR) Justificativa: por seu argumento inusitado, ao tratar de um clube de crossdressers que acolhe homens para vivenciarem diferentes papéis de gênero, na casa grande de uma antiga fazenda. Do simples fetiche à construção de uma possível identidade de gênero. Esta obra de ficção traz a temática queer para o cenário da ditadura civil-militar, instalada em 1964 no Brasil. O trabalho de direção de atores é primoroso. As atuações e o roteiro desnudam a idiossincrasia das personagens. A direção sustenta um clima de tensão crescente da trama, culminando com o apoteótico desfecho do incêndio da casa grande. Locação, figurinos e produção impecáveis.
MELHOR DIREÇÃO Johnny Massaro, por A Cozinha Justificativa: pela construção de uma atmosfera conduzida através de potente direção de atores e a construção de uma dramaturgia cinematográfica numa ascendente e conflituosa relação entre seus personagens.
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ) Justificativa: por apresentar um rico painel, com importantes nomes, do começo da militância no Brasil, durante um dos mais tenebrosos momentos de nossa história recente, a ditadura civil-militar iniciada em 1964, criando um paralelo com outro grave período da atualidade.
MENÇÃO HONROSA Surdes, de Carol Argamim Gouvêa e Thays Prado (SP) Justificativa: por trazer uma narrativa interseccional e transversal ao abordar o cotidiano de pessoas LGBTQIAP+ surdas. A linguagem das mídias sociais, utilizada para apresentar as histórias de influencers digitais surdos, aproxima o documentário de um público mais jovem e ouvinte. Boa direção e edição.
CURTAS-METRAGENS
MELHOR CURTA NACIONAL Se Trans For Mar, de Cibele Appes (SP) Justificativa: pela construção de uma imagética da esperança na qual corporalidades dissidentes de pessoas transvestigêneres e negras podem ser (re)pensadas a partir de possibilidades de cuidado coletivo, uma resistência que se desmancha no mar transformando-se em afeto, mantendo vivo o horizonte utópico.
MELHOR DIREÇÃO Daniel Guarda, por Naquele Dia Escuro Justificativa: pela cuidadosa construção de um enredo que cativa as gradativas de emoções diversas em relação a perda de uma pessoa amada.
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA) Justificativa: pela sensibilidade catalisadora de depoimentos viscerais sobre as experiências de afeto entre bichas pretas afeminadas numa encruzilhada de narrativas.
MENÇÃO HONROSA Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP) Justificativa: revela com intensidade a possibilidade de viver o desenho sexual na velhice LGBTQIA+ numa trama instigante que revela mais a cada camada.
MENÇÃO HONROSA Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE) Justificativa: pela construção de um enredo repleto de sutilezas que descortina a experiência da velhice LGBTQIA+ após a perda de uma pessoa amada.
MELHOR CURTA CARIOCA O Fundo dos Nossos Corações, de Letícia Leão Justificativa: pela maneira generosa, lúdica e pertinente com a qual aborda a parentalidade lésbica, construindo uma história ao mesmo tempo leve e profunda na qual as emoções transpassam com bastante verdade na interpretação das personagens.
MENÇÃO HONROSA | CURTA CARIOCA Deus Não Deixa, de Marçal Vianna Justificativa: pelo modo corajoso em que o enredo apresenta a impossibilidade da experiência LGBTQIA+ frente aos preconceitos sociais.
MELHOR CURTA INTERNACIONAL Flores del Otro Patio, de Jorge Cadena (Suíça/Colômbia) Justificativa: um curta-metragem poderoso que desafia normas heteropatriarcais e une um grupo de ativistas queer no Caribe colombiano para combater injustiças sociais através de uma resistência performativa. Este filme é resolutamente queer e merecedor do prêmio.
Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Vanessa Kirby, Esai Morales, Pom Klementieff, Henry Czerny, Shea Whigham, Greg Tarzan Davis, Frederick Schmidt, Mariela Garriga, Cary Elwes, Charles Parnell, Mark Gatiss, Indira Varma, Rob Delaney, Marcello Walton, Brian Law, Lincoln Conway, Alex James-Phelps, Marcin Dorocinski, Ivan Ivashkin, Zachary Baharov, Adrian Bouchet, Sam Barrett, Louis Vaughan, Jean Kartal, Nikolaos Brahimllari, Damian Rozanek, Christopher Sciueref, Andrea Scarduzio, Barnaby Kay, Gloria Obianyo, Alex Brock, Taylor Goodridge, Marc Wesley DeHaney, Hamza Butt, Dani Dupont, Lampros Kalfuntzos, Rachel Kwok, Andy M Milligan, Nico Toffoli, Anton Valensi.
Ano: 2023
Sinopse: Ethan Hunt e seu time IMF embarcam na missão mais perigosa até aqui: rastrear uma aterrorizante nova arma que ameaça toda a humanidade antes que caia nas mãos erradas. Com o controle do futuro e o destino do mundo em risco, além de antigos inimigos do passado se aproximando, uma corrida mortal ao redor do mundo se inicia. Confrontado por misteriosos e poderosos inimigos, Ethan se vê forçado a considerar que nada é mais relevante do que essa missão, nem mesmo a vida das pessoas com quem ele mais se importa.
João Vinícius no curta maranhense Casa de Bonecas, de George Pedrosa
Depois de divulgar as 39 produções que compõem as mostras competitivas de longas-metragens brasileiros e documentais e os títulos gaúchos, a 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado anunciou os 12 filmes que concorrerão aos kikitos na categoria de curtas-metragens brasileiros e os nomes que fecham o hall de homenagens desta edição: Lucy Barreto e Ingrid Guimarães.
As novidades foram divulgadas em um evento realizado no Hotel Prodigy Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O encontro, apresentado pela jornalista Renata Boldrini, reuniu o vice-prefeito de Gramado e secretário de Turismo, Luia Barbacovi, a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, os curadores Caio Blat e Marcos Santuario, realizadores, produtores, atores e jornalistas.
Para Caio Blat, estreante na curadoria, Gramado reforça seu papel como o mais importante festival de cinema do país: “Para mim, o que faz um festival grande é uma seleção forte, de qualidade, com diversidade e que mostra a potência do cinema brasileiro. Com a seleção desse ano, posso afirmar que Gramado é o maior festival de cinema do Brasil”. A seleção dos curtas-metragens brasileiros foi realizada por Carolina Canguçu, Giordano Gio e Giuliana Maria. Juntos, a comissão avaliou 635 produções. Os selecionados vêm de quase todas as regiões do país, incluindo filmes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Bahia, Maranhão, Rio Grande Do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
Durante o evento, também foi exibido o trailer inédito da série Cangaço Novo, original Amazon que terá estreia mundial em Gramado. A produção terá exibição em sessão especial, fora de competição, no dia 14 de agosto, segunda-feira, no Palácio dos Festivais e, a partir do dia 18, estará disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios: “Estou muito feliz em estrearmos Cangaço Novo em Gramado, um festival que faz parte da minha vida e da minha carreira. Não vemos a hora de dividir com o público tudo o que a gente viveu nesta jornada intensa, emocionante e muito especial”, disse Allan Souza Lima, um dos protagonistas.
Alice Carvalho, estreante em Gramado, reforça a emoção em ver o trabalho finalizado e pronto para o público: “Toda essa força que a série traz é um reflexo das relações que foram construídas dentro e fora do set entre todos os profissionais; desde os motoristas, passando pelo elenco e desembocando na equipe de pós-produção. Todos fomos tocados e transformados por essa imersão de oito meses no cariri paraibano e no seridó potyguar. O resultado é emocionante porque a gente se emocionava, de fato, todos os dias das 110 diárias que filmamos”.
Lucy Barreto: uma vida dedicada ao cinema brasileiro
Em sua 51ª edição, Gramado faz um feito inédito: dedica suas homenagens a cinco mulheres de inestimável importância ao audiovisual brasileiro. A produtora Lucy Barreto receberá o Troféu Eduardo Abelin e, Ingrid Guimarães, o Troféu Cidade de Gramado. Elas se unem às atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia, que recebem o Troféu Oscarito, mais antiga homenagem entregue pelo festival, e à Alice Braga, que receberá o Kikito de Cristal.
Para Rosa Helena Volk, o feito reflete a notoriedade da visão feminina no audiovisual: “Pela primeira vez na nossa história estamos entregando todas as nossas honrarias para mulheres. Assim, refletimos sobre as diversas gerações de mulheres que construíram e constroem o cinema no Brasil. Relembramos a história com Léa Garcia e Laura Cardoso, pilares fundamentais do audiovisual, e vamos aos novos nomes que levam ao exterior a qualidade do nosso cinema com Alice Braga. Agora, saudamos também Lucy, uma produtora que está marcada na cinematografia do nosso país, e Ingrid, que levou milhões de pessoas ao cinema para acompanharem suas obras”, afirma.
Mineira de Uberlândia, Lucy Barreto é sinônimo de cinema brasileiro. Com 90 anos completos em 2023, desde o final da década de 1960 se dedica à carreira cinematográfica, que iniciou na parceria com o diretor Cacá Diegues, como assistente de cenografia em Os Herdeiros, de 1968. Nesse mais de meio século, ficou reconhecida internacionalmente pela intensa atuação à frente do audiovisual brasileiro.
Não demorou muito para que encontrasse sua vocação, que lhe renderia participação nos anais da cinematografia brasileira: a produção. Já no primeiro ano da década de 1970, estreou como produtora em O Homem das Estrelas, de Jean-Daniel Pollet. Entre os anos 1970, 1980, 1990 e 2000, produziu importantes obras do cinema brasileiro, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), vencedor de três kikitos, Bye Bye Brasil (1980), O Quatrilho (1995), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, e Flores Raras (2013).
Além de produzir ou coproduzir filmes ao lado de cineastas como Nelson Pereira dos Santos, Miguel Borges, Anselmo Duarte, Marco Altberg e Vicente Amorim, Lucy Barreto é parte fundamental na construção do legado dos homens de sua vida, o marido, Luiz Carlos Barreto, e os filhos, Bruno e Fábio Barreto. Ao lado de LC, é responsável por uma lista de dezenas de títulos produzidos. Em 1982, produziu a estreia do filho Fábio na direção com o longa Índia, a Filha do Sol, fato que se repetiu também nos seus outros títulos: O Rei do Rio (1985), Luzia Homem (1987), Bela Donna (1998) e A Paixão de Jacobina (2002). Para Bruno, assinou a produção de Além da Paixão (1985), Romance da Empregada (1987), Bossa Nova (2000) e o também indicado ao Oscar, O Que é Isso, Companheiro? (1997).
Lucy ressalta a ligação de Gramado com sua trajetória profissional: “É com minha alegria e gratidão que aceito essa homenagem. Gramado faz parte da minha vida e da história da empresa que construí ao lado de Luiz Carlos e que completa seis décadas este ano”, disse.
Ingrid Guimarães: sucesso de bilheteria
Natural de Goiânia, Ingrid Guimarães começou sua trajetória no teatro, ainda nos anos de 1980. Nesses mais de 35 anos de carreira, coleciona sucessos no teatro, televisão e, principalmente, no cinema. Ingrid fez parte de uma revolução no cinema nacional, promovida a partir dos anos 2000. Suas obras, como a trilogia De Pernas Pro Ar (2010-2019) e Fala Sério, Mãe! (2017), renderam-lhe a alcunha de atriz brasileira mais vista nos cinemas do século. Antes dela, apenas duas outras mulheres chegaram tão longe: Xuxa e Sonia Braga. A atriz se prepara para o lançamento do longa Minha Irmã e Eu, estrelado ao lado de Tatá Werneck, previsto para estrear em janeiro de 2024.
Em seus mais de 20 trabalhos nas telonas, Ingrid privilegiou obras humorísticas, gênero que a consagrou na televisão com o seriado Sob Nova Direção, que foi ao ar entre 2004 e 2007 pela TV Globo. Defensora do gênero, a atriz sempre se posicionou sobre o menosprezo do seguimento: “A comédia é tão desvalorizada, vista como um gênero menor, mais fácil. Por que a crítica é tão desrespeitosa com ela?”, questiona.
Em 1997, recebeu o Prêmio Cantão de Teatro Jovem na categoria de melhor atriz pela peça Confissões de Adolescente; também se destacou com a peça humorística Cócegas, ao lado da amiga Heloísa Périssé, que foi um sucesso de crítica e público. Na TV também foram muitas personagens marcantes em trabalhos como: Caras & Bocas, Macho Man, Novo Mundo, Bom Sucesso, Nos Tempos do Imperador, entre outros.
Mesmo sob o prisma da desconsideração, Ingrid possui no currículo indicações às mais importantes premiações do país, como Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e Prêmio ACIE de Cinema. Sobre a valorização do cinema nacional, Ingrid é categórica: “É preciso manter o nosso público fiel ao cinema brasileiro, senão daqui a pouco vamos estar consumindo apenas séries gringas e filmes de super-heróis”. Entre seus trabalhos nas telonas, vale destacar: Minha Mãe é uma Peça, Loucas pra Casar, Um Homem Só (exibido em Gramado), entre outros.
O Troféu Eduardo Abelin é uma homenagem concedida a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do cinema brasileiro; a honraria leva o nome de um dos pioneiros do cinema gaúcho. Já o Troféu Cidade de Gramado é dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, contribuindo para o crescimento e divulgação da cidade e do evento.
Conheça os curtas brasileiros selecionados para o 51º Festival de Cinema de Gramado:
A Última Vez que Ouvi Deus Chorar, de Marco Antonio Pereira (MG) Camaco, de Breno Alvarenga (MG) Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP) Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA) Deixa, de Mariana Jaspe (RJ) Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA) Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR) Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ) Remendo, de Roger Ghil (ES) Sabão Líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (RS) Yãmî Yah-Pá, de Vladimir Seixas (RJ)
Baseado no personagem principal de A Fantástica Fábrica de Chocolate, o mais celebrado livro infantil de Roald Dahl, e um dos livros para crianças mais vendidos de todos os tempos, o filme Wonka, que acaba de divulgar seu primeiro trailer, conta a história de como o maior inventor, mágico e fabricante de chocolate do mundo se tornou o conhecido Willy Wonka.
Dirigido Paul King, de As Aventuras de Paddington, que também assina o roteiro ao lado de Simon Farnaby, Wonka traz uma mistura inebriante de magia e música, caos e afeição, narrada com emoção e humor. Protagonizado por Timothée Chalamet, o filme apresenta um jovem Willy Wonka cheio de ideias e determinado a mudar o mundo provando que as melhores coisas da vida sempre começam com um sonho.
O elenco conta também com Sally Hawkins, Olivia Colman, Hugh Grant como Oompa-Loompa, Calah Lane, Keegan-Michael Key, Paterson Joseph, Matt Lucas, Mathew Baynton, Rowan Atkinson, Jim Carter, Natasha Rothwell, Rich Fulcher, Rakhee Thakrar, Tom Davis e Kobna Holdbrook-Smith.
Além disso, Neil Hannon, da banda The Divine Comedy, compôs músicas originais para o filme. Com distribuição mundial da Warner Bros., o longa tem estreia prevista para dezembro deste ano.
Dirigido por Marcos Bernstein, de O Outro Lado da Rua, Meu Pé de Laranja Lima e O Amor Dá Voltas, o thriller Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança, acaba de ganhar seu primeiro trailer. Com estreia marcada para o dia 17 de agosto, o longa será distribuído pela Paris Filmes.
Na trama, durante uma tentativa de assalto, a filha da advogada Carla, interpretada por Cláudia Abreu, é baleada e fica em estado grave. Sem respostas, Carla tenta seguir a vida buscando ajuda em grupos de apoio. Sem conseguir aceitar o destino da filha e a falta de soluções por parte da polícia, transforma a busca por justiça em uma procura por vingança e testa o seu próprio limite para ver até onde poderia ir.
Marcos Bernstein, que assina os roteiros de Central do Brasil, Terra Estrangeira, O Xangô de Baker Street, Zuzu Angel, Faroeste Caboclo, entre outros, escreveu Tempos de Barbárie ao lado de Victor Altherino e Paulo Dimantas. A produção é da Passaro Films, Hungry Man e Neanthertal, em coprodução com a Globo Filmes.
O elenco conta também com Julia Lemmertz, Alexandre Borges, César Mello, Kikito Junqueira, Pierre Santos, Adriano Garib, Claudia Di Moura, Roberto Frota e Giovanna Lima. A direção de fotografia é de Gustavo Hadba; Tiago Marques assina a direção de arte; e Fernando Meirelles como produtor associado.
Confira o trailer de Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança:
*Clique aqui e assista nossa entrevista especial com a atriz Cláudia Abreu.
Depois de ser exibido no Festival de Roterdã, Capitu e o Capítulo, dirigido por Julio Bressane, será lançado nos cinemas brasileiros no dia 27 de julho. Um dos maiores clássicos da literatura nacional, Dom Casmurro, de Machado de Assis, ganha uma nova leitura cinematográfica pelas mãos do consagrado cineasta.
O título parte de um pequeno poema que Haroldo de Campos declamou ao próprio Bressane, em 1984: “O importante no Dom Casmurro não é a Capitu, mas o capítulo…”. O cineasta comentou: “Este breve e lapidar poema, logo que o ouvi pela primeira vez, fiquei enfeitiçado, possuído por sua brevidade musical. Porém, naquele momento, não percebi, não alcancei, não compreendi toda sua extensão. Extensão na qual o Capítulo é pathos, emoção ultra acumulada, emoção extrema represada, escondida lá no fundo, oculta por severa sombra, bloqueada, sem saída. Pathologico”.
No longa, o diretor parte do que há de mais cinematográfico em Machado de Assis: “A trama machadiana, distorcida, é transpassada por cenas, trechos, farrapos de filmes e texturas que se desdobram em capítulos de uma ficção escondida, ainda não vista, que se desvela, e recomeça em outro solo, em outro cosmos…”, disse Bressane.
No filme, Mariana Ximenes assume o famoso papel de Capitu, cujos “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” seduzem o jovem Bentinho, interpretado por Vladimir Brichta, que, anos mais tarde, na maturidade, narra toda essa história, assumindo o apelido de Casmurro, papel de Enrique Diaz. O que era amor se tornou um ciúme doentio, em devaneios do protagonista, que acabaram consumindo a paixão.
Bressane viu em Machado a possibilidade de o transformar em filme, novamente, como já fizera com Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1985: “A prosa capitular sugere a montagem cinematográfica. Os capítulos são retalhos de outros capítulos, de outras ficções, de outros recomeços, traço apagado de um perfil”, comentou sobre Dom Casmurro. E completou: “Machado de Assis um inovador e inventor, momento alto na língua portuguesa, escreveu no século XIX e início do século XX. Viveu toda sua vida, sua existência, no Rio de Janeiro. Em um meio importado, Machado chamava ‘cultura de empréstimo’, procurou fixar e expandir e respirar, naquele solo hostil, a literatura (clube Rabelais) e a música (clube Beethoven)”.
Vladimir Brichta é Bentinho no longa
Com fotografia assinada por Lucas Barbi, o filme encontra na pintura um de seus principais diálogos. Nessas imagens, as flores, os arranjos de flores, os vestidos de flores e as pinturas de flores surgem como um forte elemento. A música, por sua vez, é outro elemento importante em Capitu e o Capítulo: “A trilha é feita da contribuição dos sons provenientes do instante da gravação da própria cena. Longos silêncios, pios de pássaros, passos, abalos sísmicos, trovões, castanholas, gotejar da água, roçar do vento, rangidos de madeira seca, o fervor das ondas revoltas do mar, a sonoridade de certas palavras, a sonoridade de certas imagens, cordas da viola e do violino, o samba na voz grave de Jamelão, toda essa colcha sonora de retalhos compõe a música do filme”, disse o cineasta.
Entre outras coisas, o longa ressalta a importância de Machado para a cultura brasileira e o Brasil como um todo: “O genial escritor brasileiro, preto, nascido pobre, marcado pelo temor da epilepsia, do implacável ataque imprevisto, foi um escritor e leitor miraculoso. Leitor forte ele desborda, ultrapassa, reescreve, recria, introduz uma música de beleza nova em uma planta transplantada de outro chão”, finalizou Bressane.
Com roteiro de Julio Bressane e Rosa Dias, Capitu e o Capítulo conta também com Djin Sganzerla, Saulo Rodrigues, Josie Antello e Claudio Mendes. A produção é assinada pela TB Produções, por Tande Bressane e Bruno Safadi, e coproduzido pela Globo Filmes com distribuição da Pandora Filmes; Cacá Diegues aparece como produtor associado. A direção de arte é de Isabela Azevedo e Moa Batsow; o figurino é assinado por Daniela Aparecida Gavaldão e Luísa Horta; e a montagem de Rodrigo Lima.
A ascensão e a queda de Napoleão Bonaparte nas telonas
Dirigido por Ridley Scott, de Gladiador, Blade Runner e Perdido em Marte, o épico Napoleão é protagonizado por Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar por Coringa, e tem previsão de estreia para o dia 23 de novembro nos cinemas brasileiros.
Produzido pela Apple, o filme é um épico de ação que traz um olhar pessoal e original da ascensão e queda do imperador francês Napoleão Bonaparte, uma das figuras públicas mais famosas da história mundial. Táticas militares e políticas visionárias são embaladas pelo seu amor volátil e viciante por Josefina, interpretada por Vanessa Kirby, indicada ao Oscar por Pieces of a Woman.
Com roteiro assinado por David Scarpa, de Todo o Dinheiro do Mundo, A Última Fortaleza e O Homem do Castelo Alto, Napoleão conta também com Ludivine Sagnier, Tahar Rahim, Catherine Walker, Youssef Kerkour, Paul Rhys, Matthew Needham, John Hollingworth, Scott Handy, entre outros, no elenco.