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Festival do Rio 2024: conheça os curtas selecionados para a Première Brasil

por: Cinevitor
Pedro Lucas no pernambucano Queimando por Dentro, de Enock Carvalho e Matheus Farias

Depois de anunciar os longas, a 26ª edição do Festival do Rio, que acontecerá entre os dias 3 e 13 de outubro, divulgou a lista com os 28 curtas-metragens selecionados para a Première Brasil, considerada a maior vitrine do cinema brasileiro.

Participam da competição: 19 curtas, sendo que 11 títulos fazem parte da Competição Oficial e 8 integram a mostra Novos Rumos. Além disso, mais 9 curtas terão exibições especiais hors concours durante a programação.

Os curtas que concorrem ao Troféu Redentor serão exibidos nas galas do Cine Odeon-CCLSR, na Cinelândia, sempre junto com um longa também selecionado para a competição. O público poderá ainda assistir aos curtas da Competição Oficial nas sessões a preços populares que também ocorrem no Odeon no dia seguinte às galas. A programação completa do festival será divulgada até o fim do mês no site oficial.

O Festival do Rio também revelou que o filme O Quarto ao Lado, no original The Room Next Door, primeiro longa em língua inglesa de Pedro Almodóvar, está confirmado na programação; a obra, que conta com Julianne Moore e Tilda Swinton no elenco, foi consagrada recentemente com o Leão do Ouro no Festival de Veneza.

Outro destaque desta edição é o também premiado Emilia Pérez, de Jacques Audiard, que será o filme de abertura. Vencedor do Prêmio do Júri e do prêmio de melhor atriz para Selena Gomez, Karla Sofía Gascón, Adriana Paz e Zoe Saldaña no Festival de Cannes, o longa une drama, comédia e trama policial no formato de um musical.

Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival do Rio 2024:

PREMIÈRE BRASIL | COMPETIÇÃO OFICIAL

A Arte de Morrer ou Marta Diptero Braquícero, de Rodolpho de Barros (PB)
A Cabana, de Barbara Sturm (SP)
A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
A Natureza, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
Linda do Rosário, de Vladimir Seixas (RJ)
Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni (SP)
O Tempo é um Pássaro, de Yasmin Thayná (RJ)
Procura-se uma Rosa, de Julia Moraes (RJ)
Queimando por Dentro, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)
Stella do Patrocínio e a Gênese da Poesia, de Milena Manfredini (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS

Carne Fresca, de Giovani Barros (RJ)
Corpo Aberto, de João Victor Borges e Will Domingos (RJ)
E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
Fenda, de Lis Paim (CE)
O Céu Não Sabe o Meu Nome, de Carol Aó (BA)
Pequenos Traficantes Brancos, de José Pedro Diegues Bial (RJ)
Ressaca, de Pedro Estrada (MG)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)

EXIBIÇÕES ESPECIAIS

HORS CONCOURS | FORA DE COMPETIÇÃO

Amarela, de André Hayato Saito (SP)
Asa Real, de Diogo Oliveira (BA)
Bela LX-404, de Luiza Botelho (SP)
Viva Volta, de Heloísa Passos (RJ)

PANORAMA CURTAS CARIOCAS 

Como Chorar sem Derreter, de Giulia Butler 
Eu Sou um Pastor Alemão, de Angelo Defanti 
Mestiço, de Sandro Garcia
Ponto e Vírgula, de Thiago Kistenmacker

MOSTRA RETRATOS 

Mergulho no Escuro, de Isis Mello e Anna Costa e Silva

Foto: Divulgação/Gatopardo Filmes.

CINEVITOR #471: Entrevista com David Schurmann | Meu Amigo Pinguim

por: Cinevitor
Jean Reno em cena com o pinguim: protagonistas

O drama Meu Amigo Pinguim, no original My Penguin Friend, produção norte-americana baseada em uma história real brasileira, retrata a amizade entre um pescador e um pinguim e chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 12/09.

Dirigido pelo cineasta brasileiro David Schurmann, de Pequeno Segredo e O Mundo em Duas Voltas, o longa foi filmado em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e também contou com cenas rodadas em Paraty, no Rio de Janeiro, e na Patagônia, Argentina.

O filme é um conto de amizade entre um pai solitário e um pequeno pinguim perdido, que recarrega seu espírito e cura a sua família com uma lealdade inabalável que atravessa o oceano. O humilde pescador João, interpretado pelo ator francês Jean Reno, se afastou do mundo após uma tragédia, mas, quando ele descobre um pinguim à deriva sozinho no oceano, encharcado de óleo de um vazamento, seu primeiro instinto é ajudar. Para desespero de sua esposa, papel de Adriana Barraza, atriz mexicana indicada ao Oscar por Babel, ele não apenas resgata a criatura marinha, mas cuida do pássaro o colocando sob suas asas e o apelida de DinDim.

Meu Amigo Pinguim conta ainda com Alexia Moyano, Nicolás Francella, Rócio Hernandez, Juan José Garnica, Thalma de Freitas, Duda Galvão e Ravel Cabral no elenco com talentos brasileiros e de diversas nacionalidades e tem roteiro assinado por Kristen Lazarian e Paulina Lagudi. A direção de fotografia é de Anthony Dod Mantle, vencedor do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?; a edição fica com a mesma montadora de Pedro Almodóvar, a espanhola Tereza Font; e os efeitos especiais são liderados pelos também espanhóis Ferran Piquer e Francisco Porras, ganhadores de dois prêmios Goya. A produção é da City Hall Arts, Schurmann Filmes e Content Studios com distribuição nacional da Paris Filmes.

As filmagens contaram com a participação de pinguins do Aquário de Ubatuba (SP) e do Oceanic Aquarium, em Balneário Camboriú (SC), além do apoio do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, que treinou os animais antes das filmagens.

Para falar mais sobre o longa, que será lançado em mais de 40 países, conversamos com o diretor David Schurmann. No bate-papo, falou sobre a origem do projeto, filmagens no Brasil, escolha do elenco e exigências do estúdio, convite para Sonia Braga, curiosidades sobre os pinguins e expectativa para o lançamento.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Paris Filmes.

Festival de Veneza 2024: Ainda Estou Aqui ganha prêmio de melhor roteiro; conheça os vencedores

por: Cinevitor
Heitor Lorega e Murilo Hauser: cinema brasileiro premiado

Foram anunciados neste sábado, 07/09, os vencedores da 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza. O júri, presidido pela atriz francesa Isabelle Huppert, concedeu o Leão de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, para The Room Next Door, de Pedro Almodóvar, primeiro filme em inglês do consagrado cineasta espanhol.

Completavam o time de jurados da Competição Internacional deste ano: o diretor e roteirista brasileiro Kleber Mendonça Filho, James Gray, Agnieszka Holland, Andrew Haigh, Julia von Heinz, Abderrahmane Sissako, Giuseppe Tornatore e Zhang Ziyi. Já na mostra Orizzonti, o júri foi presidido pela diretora e produtora Debra Granik e contou também com Ali Asgari, Soudade Kaadan, Christos Nikou, Tuva Novotny, Gábor Reisz e Valia Santella.

Dirigido por Walter Salles, o brasileiro Ainda Estou Aqui foi premiado na categoria de melhor roteiro para Murilo Hauser e Heitor Lorega. O longa é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello com participação especial de Fernanda Montenegro. O filme reúne a Sony Pictures Classics com Walter Salles, 26 anos depois da trajetória de sucesso de Central do Brasil. Em 2001, o cineasta esteve em competição com Abril Despedaçado, sendo a última vez que o Brasil disputou o Leão de Ouro.

Ainda Estou Aqui é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil. O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

A direção de fotografia de Ainda Estou Aqui é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto. A montagem é de Affonso Gonçalves e a preparação de elenco de Amanda Gabriel; Daniela Thomas assina como produtora associada.

Para escolher o vencedor do Prêmio Luigi De Laurentiis, que entrega o Leão do Futuro para o melhor filme de estreia da seleção, o júri foi presidido pelo crítico de cinema italiano Gianni Canova. O time completou-se com: a brasileira Bárbara Paz, Ricky D’Ambrose, Taylor Russell e Jacob Wong.

Além disso, em uma premiação paralela, o Brasil se destacou com a Queer Lion Award, prêmio que reconhece o melhor filme com temática LGBTQIA+ do festival: a coprodução entre Colômbia e Brasil, Alma do Deserto, de Monica Taboada Tapia, exibida na Giornate degli Autori, foi escolhida pelo júri. A justificativa diz: “Por ter abordado, por meio de um poderoso olhar cinematográfico que transcende o gênero documentário, as complexas questões de identidade de gênero, etnia, cidadania e direitos civis, mesclando a busca por maior legitimidade da população Wayuu com a luta da protagonista transgênero Georgina que, por meio de uma batalha pacífica, digna e estoica de 45 anos, alcançou o reconhecimento oficial de sua identidade anagráfica”.

Outros títulos brasileiros se destacaram em Veneza este ano: Manas, de Marianna Brennand, foi o grande vencedor da mostra paralela Giornate degli Autori. Foram exibidos também: Apocalipse nos Trópicos, novo documentário de Petra Costa; a realidade virtual 40 Dias Sem o Sol, de Joao Furia; o curta-metragem Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni; e A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos, na Venice Classics.

O Prêmio SIGNIS, concedido pela World Catholic Association for Communication, tem sido uma marca registrada de filmes que exploram a dignidade humana, a justiça e a paz. Neste ano, o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, foi o grande vencedor. A SIGNIS, um movimento eclesial leigo católico romano para profissionais dos meios de comunicação, incluindo imprensa, rádio, televisão, cinema, vídeo, educação para a mídia, internet e novas tecnologias, premia filmes em Veneza desde 1948, reconhecendo obras que promovem a dignidade humana, a justiça e a solidariedade. A organização continua a servir como uma voz global na promoção dos valores de paz e justiça por meio do cinema.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cinema de Veneza 2024:

COMPETIÇÃO | VENEZIA 81

MELHOR FILME | LEÃO DE OURO
The Room Next Door, de Pedro Almodóvar (Espanha)

GRANDE PRÊMIO DO JÚRI
Vermiglio, de Maura Delpero (Itália/França/Bélgica)

MELHOR DIREÇÃO | LEÃO DE PRATA
Brady Corbet, por The Brutalist

PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATRIZ
Nicole Kidman, por Babygirl

PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATOR
Vincent Lindon, por Jouer avec le feu

MELHOR ROTEIRO
Ainda Estou Aqui, escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega 

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
April, de Dea Kulumbegashvili (Geórgia/Itália/França)

PRÊMIO MARCELLO MASTROIANNI | ATOR/ATRIZ EM ASCENSÃO
Paul Kircher, por Leurs enfants après eux

MOSTRA ORIZZONTI

MELHOR FILME
Anul nou care n-a fost (The new year that never came), de Bogdan Muresanu (Romênia)

MELHOR DIREÇÃO
Sarah Friedland, por Familiar Touch

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Hemme’nin öldüğü günlerden biri (One of those days when Hemme dies), de Murat Fıratoğlu (Turquia)

MELHOR ATRIZ
Kathleen Chalfant, por Familiar Touch

MELHOR ATOR
Francesco Gheghi, por Familia

MELHOR ROTEIRO
Yin’ād alīku (Happy Holidays), escrito por Scandar Copti

MELHOR CURTA-METRAGEM
Who loves the sun, de Arshia Shakiba (Canadá)

VENICE IMMERSIVE

Grande Prêmio: Ito Meikyu, de Boris Labbé (França/Luxemburgo)
Prêmio Especial do Júri: Oto’s Planet, de Gwenael François (Luxemburgo/Canadá/França)
Prêmio de Realização: Impulse: playing with reality, de Barry Gene Murphy e May Abdalla (Reino Unido/França)

OUTROS PRÊMIOS

LEÃO DO FUTURO | MELHOR FILME DE ESTREIA: Familiar Touch, de Sarah Friedland (EUA)
MELHOR FILME | MOSTRA ORIZZONTI EXTRA | PRÊMIO DO PÚBLICO: Shahed (The witness), de Nader Saeivar (Irã)
MELHOR FILME RESTAURADO | VENICE CLASSICS: Ecce bombo, de Nanni Moretti (1978) (Itália)
MELHOR FILME | VENICE CLASSICS DOCUMENTÁRIO: Chain reactions, de Alexandre O. Philippe (EUA)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO FIPRESCI | COMPETIÇÃO: The Brutalist, de Brady Corbet (Reino Unido)
PRÊMIO FIPRESCI | ORIZZONTI E MOSTRAS PARALELAS: Anul nou care n-a fost (The new year that never came), de Bogdan Muresanu (Romênia)
QUEER LION AWARD: Alma do Deserto (Alma del desierto), de Monica Taboada Tapia (Colômbia/Brasil)
PRÊMIO SIGNIS: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil/França)

*Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores da 81ª edição do Festival de Veneza

*Clique aqui e confira a lista completa com os prêmios paralelos, eleitos de forma independente por associações de críticos de cinema, cineclubes e associações culturais e profissionais do cinema

Foto: Alberto Pizzoli/La Biennale di Venezia.

Veneza 2024: Manas, de Marianna Brennand, é o grande vencedor da mostra Giornate degli Autori

por: Cinevitor
Manas, de Marianna Brennand: filme brasileiro ovacionado

Foram anunciados nesta sexta-feira, 06/09, os vencedores da Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, que foi criada em 2004 e inspirada na Quinzena dos Realizadores, de Cannes, com o objetivo de chamar a atenção para um cinema de alta qualidade, sem qualquer tipo de restrição, e com um cuidado especial em inovação, pesquisa, originalidade e independência.

Nesta 21ª edição, o cinema brasileiro se destacou com Manas, de Marianna Brennand, que ganhou o prêmio principal da mostra paralela do Festival de Veneza, cujo objetivo é destacar obras autorais e cineastas emergentes com visão cinematográfica inovadora. Em comunicado oficial, a diretora disse: “Estou transbordando de felicidade e emoção. Esse prêmio é importante para mim como diretora, para toda a equipe brilhante que fez esse filme, para todas as manas do Pará, do Brasil e do mundo. E é um prêmio que eu recebo em nome do nosso cinema brasileiro, ele representa nossa força, nossa verdade, nossa ousadia e coragem em resistir assim como nossa protagonista resiste e reage bravamente”.

Eleito por um júri presidido pela cineasta britânica Joanna Hogg e composto por dez ex-participantes do 27 Times Cinema, programa que reúne anualmente cinéfilos de 27 países europeus para assistirem aos filmes da Giornate degli Autori, o prêmio é concedido ao realizador do melhor longa da mostra. Além disso, o GdA Director’s Award, cuja votação é deliberada ao vivo (assista aqui) pelo júri, oferece uma bonificação em dinheiro de € 20.000, a ser dividido igualmente entre o cineasta e o distribuidor internacional do filme, para promover sua circulação.

A justificativa do júri diz: “Nós nos envolvemos em discussões apaixonadas de 10 filmes que exploram a arte do cinema de maneiras incrivelmente tocantes e versáteis e gostaríamos de agradecer à visão curatorial da Giornate degli Autori. No final das contas, nós, o júri, estamos felizes por termos nos encontrado em uma experiência compartilhada com um filme em especial. Manas é uma janela para um mundo que é criado com tantos detalhes que acolhe o público em uma jornada envolvente e emocional a ser mudada. Manas conquistou nossos corações ao abordar com cuidado e carinho o tópico extremamente sensível e difícil do abuso, tanto em contextos domésticos quanto mais sistemáticos. Embora o cenário da Ilha de Marajó ainda não tivesse sido descoberto, a diretora retratou algo tão universal, com o qual cada um poderia ressoar profundamente. Este filme se destacou na programação com seu artesanato magistral, performances brilhantes e mensagem forte que acreditamos que ressoará com muitas pessoas ao redor do mundo, aumentando a conscientização e pedindo mudanças. Obrigada, Marianna Brennand por tornar essas histórias visíveis. Obrigada Giornate degli Autori por dar palco a esse filme”.

“Acabei de assistir a deliberação do júri e a conexão deles com o filme, a maneira emocionada com que falaram do Manas, como reconheceram a importância cinematográfica do filme, a delicadeza com que essa história tão difícil é contada, de uma maneira respeitosa, verdadeira, usando a potência do cinema para colocar o espectador dentro da alma e do coração da Marcielle enquanto ela vive as maiores violências que uma mulher pode passar”, celebra Marianna. “Mais ainda, reconheceram a importância de uma história que precisa ser contada, dividida, porque ela é brasileira, mas universal. É possível tocar as pessoas com delicadeza, sem trazer mais violência para quebrar ciclos e padrões. Foi preciso ter coragem para fazer esse filme e espero que Manas possa lançar luz e encorajar mulheres a quebrarem silêncios e o tabu perpetuado por anos sobre todas mulheres do mundo. Axé Manas!”.

A produção traz no elenco a estreante Jamilli Correa, no papel principal, Dira Paes, Fátima Macedo e Rômulo Braga, além de atores e atrizes locais da região amazônica, onde foi filmado. O roteiro vencedor do Sam Spiegel International Film Lab é assinado por Felipe Sholl, Marcelo Grabowsky, Marianna Brennand, Antonia Pellegrino, Camila Agustini e Carolina Benevides.

Manas narra a história de Marcielle/Tielle, uma jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó, no Pará, junto ao pai, Marcílio, à mãe, Danielle, e a três irmãos. Ela cultua a imagem de Claudinha, sua irmã mais velha, que teria partido para bem longe após arrumar um homem bom nas balsas que passam pela região. Conforme amadurece, Tielle vê ruírem muitas das suas idealizações e se percebe presa entre dois ambientes abusivos. Preocupada com a irmã mais nova e ciente de que o futuro não lhe reserva muitas opções, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege a sua família e as mulheres da sua comunidade.

A fagulha inicial para a realização do filme ocorreu quando Marianna tomou conhecimento de casos de exploração sexual de crianças nas balsas do Rio Tajapuru, na Ilha do Marajó (PA). Em 2014, ela ganhou um edital de desenvolvimento de roteiro promovido pela Ancine, Agência Nacional de Cinema, e deu início às pesquisas para o trabalho, que incluíram diversas viagens para a região. Primeiramente, havia a intenção de realizar um documentário, campo no qual a cineasta atuava, mas logo essa ideia foi abandonada.

O elenco conta também com Emilly Pantoja, Samira Eloá, Enzo Maia, Gabriel Rodrigues, Ingrid Trigueiro, Clebia Sousa, Nena Inoue e Rodrigo Garcia. A direção de fotografia é de Pierre de Kerchove; Marcos Pedroso assina a direção de arte e o figurino é de Kika Lopes. A montagem é de Isabela Monteiro de Castro e a edição de som de Ricardo Reis; René Guerra fez a preparação de elenco. Com produção de Carolina Benevides, da Inquietude, Manas conta também com Jean-Pierre e Luc Dardenne como produtores associados, além da VideoFilmes, de Walter Salles, entre outros nomes. Com distribuição da Bretz Filmes, a coprodução é da Globo Filmes, Canal Brasil, Pródigo e Fado Filmes.

Conheça os vencedores da mostra Giornate degli Autori 2024:

GdA Director’s Award
Melhor Filme: Manas, de Marianna  Brennand (Brasil)
Prêmio do Público: Taxi Monamour, de Ciro De Caro (Itália)

OUTROS PRÊMIOS

Europa Cinemas Venice Label | Melhor Filme Europeu: Alpha., de Jan-Willem Van Ewijk (Eslovênia/Suíça/Holanda)

Foto: Divulgação.

Maratona Nordeste Fantástico: mostra audiovisual exibirá filmes nordestinos

por: Cinevitor
Lucas Limeira no longa cearense Estranho Caminho, de Guto Parente

A Maratona Nordeste Fantástico, voltada para a difusão e o fomento de produções audiovisuais nordestinas, ocupará a Casa da Ribeira, em Natal, no Rio Grande do Norte, entre os dias 12 e 14 de setembro. As produções, de diferentes estados do Nordeste, passeiam por distintos universos fantásticos nos subgêneros fantasia, ficção científica, suspense e gêneros mistos.

O objetivo principal da Maratona é valorizar e difundir a produção de cinema de gênero realizada no nordeste brasileiro, de modo a proporcionar aos espectadores um maior conhecimento sobre as experimentações em termos de linguagem cinematográfica e do que foi e está sendo pensado e produzido a partir das realidades nordestinas, seus universos simbólicos e imagéticos: “A mostra promove a diversidade cultural, fortalece a identidade regional, amplia o acesso a conteúdos diversos, bem como estimula o diálogo e a reflexão. Toda a programação foi pensada e construída para dar evidência à realidade nordestina em sua diversidade e riqueza”, disse Rodolfo Holanda, diretor da mostra. 

Beatriz Saldanha, curadora da mostra, reforça: “Flutuando entre tradições e inovações, o cinema fantástico nordestino é essa amálgama forjada em um caldeirão cultural profundamente rico e variado. Longe de querer tecer uma historiografia em um espaço que não daria conta da imensidão e da complexidade do tema, desejamos acima de tudo fazer um convite para que as obras que habitam esse espaço imaginário que contempla uma efusiva e expansiva usina de criação artística no país, sejam descobertas, redescobertas e celebradas em toda a sua diversidade”.

A Maratona Nordeste Fantástico, que conta com programação gratuita, reúne obras que dialogam com a identidade nordestina, ressaltando as nuances dessa categoria hegemônica a partir do cinema de gênero. A curadoria evidencia processos constituintes de imaginários dissidentes, cuja representação de mundos humanos e mais-que-humanos questionam os limites entre tradição/modernidade e estimulam novos olhares sobre vida e arte nordestinas: “A pesquisa para a montagem da programação da Maratona Nordeste Fantástico destaca produções de todos os nove estados nordestinos, não os colocando como concorrentes em quantidade, muito menos em conformidade técnica, mas como uma união de propostas fílmicas que traduzem as possíveis identidades do cinema fantástico realizado nessa região”, completa Diego Benevides Nogueira, curador.

No dia 14/09, a partir das 19h, a Maratona Nordeste Fantástico, em parceria com a distribuidora mineira Embaúba Filmes, exibirá Estranho Caminho, o mais novo filme do diretor cearense Guto Parente. Em sua estreia mundial no Festival de Tribeca, a obra conquistou todos os prêmios da Competição Internacional; no Festival do Rio, recebeu os prêmios de melhor roteiro e ator coadjuvante para Carlos Francisco; e no Festival de Cinema de Havana foi consagrado com o Prêmio Casa de Las Américas. Após a exibição, o diretor participará de um bate-papo com o público presente; a conversa será mediada pelo curador da Maratona, o também cearense Diego Benevides.

A Maratona Nordeste contará ainda com um programa de curtas para estudantes da rede pública de ensino, sessão com acessibilidade, além da masterclass Pílula de Sangue: panorama de curtas-metragens de horror realizados por mulheres, com a pesquisadora e crítica Beatriz Saldanha, que acontecerá no dia 16/09, no auditório do Departamento de Comunicação da UFRN.

Conheça os filmes que serão exibidos na Maratona Nordeste Fantástico:

CURTAS-METRAGENS

Abjetas 288, de Júlia da Costa e Renata Mourão (SE)
Autômato do Tempo, de Rubens dos Anjos (RN)
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (PE)
Castelo da Xelita, de Lara Ovídio (RN/RJ)
Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur (AL)
Cordel da Vila: A Rainha Louca contra o Escandaloso, de Gil Leal (RN)
Encruzilhada Bar, de Johann Jean (RN)
Estalos, de F. Monteiro Júnior (PI)
Ímã de Geladeira, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (SE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Macho Carne, de George Pedrosa (MA)
Nebulosa, de Bárbara Cabeça e Noá Bonoba (CE)
O Verbo se Fez Carne, de Ziel Karapotó (PE)
Pataki, de Everlane Moraes (SE/BA/Cuba)
Pranto, de Jaime Guimarães (PB)
Vale do Vento Eterno, de Pedro Medeiros (RN)
Vislumbres, de Andre Pyrrho (RN)

LONGAS-METRAGENS

Açucena, de Isaac Donato (BA)
Cipriano e a Morte de Cipriano, de Douglas Machado (PI)
Estranho Caminho, de Guto Parente (CE)

Foto: Divulgação/Embaúba Filmes.

Festival Biarritz Amérique Latine 2024: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta-metragem brasileiro Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos

O Festival Biarritz Amérique Latine é um evento realizado desde 1979 com o objetivo de promover o cinema latino-americano na França, além de oferecer oportunidades de distribuição e coprodução para os realizadores.

A seleção conta com três mostras competitivas, de longas de ficção, curtas e documentários, além de sessões especiais fora de competição. O festival também se propõe a descobrir a cultura latino-americana de outras formas, com exposições de fotografia, concertos, encontros literários e universitários em parceria com o IHEAL, Instituto de Estudos Avançados da América Latina, entre outras atividades.

Nesta 33ª edição, que acontecerá entre os dias 21 e 27 de setembro, o cinema brasileiro ganha destaque com diversas produções, entre elas: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que será o filme de abertura; o longa é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro.

Na mostra competitiva de longas-metragens, o cinema nacional apresenta: Baby, de Marcelo Caetano, premiado na Semana da Crítica, em Cannes; Senhoritas, da cineasta pernambucana Mykaela Plotkin, que narra a história de uma arquiteta aposentada de classe média alta que encara a busca pela perfeição como prioridade em sua vida e que também se reconecta com sua juventude e com os desejos que manteve reprimidos por anos; e Zafari, de Mariana Rondón, uma coprodução entre Peru, Venezuela, México, Brasil, França, Chile e República Dominicana.

Na seleção de documentários em competição, destaque para No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, que foi rodado ao longo do ano de 2022 e acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, no dia 8 de janeiro de 2023.

Entre os curtas-metragens, o Brasil aparece com alguns títulos, entre eles: Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos, uma coprodução Delírio Filmes, Instituto Stanislavsky e Casa da Praia Filmes, que foi rodada nas ruas de São Paulo em película 16mm: “Nossa equipe pequena mas indomável foi pro meio da rua com alguns rolos de película e desenvolveu uma proposta visual provocadora para contar a história de duas irmãs nordestinas e um segredo que pode ser mortal. As conversas, entrevistas, pesquisas e experiências pessoais que inspiraram o roteiro do filme deixaram mais claro do que nunca que é perigoso ser mulher no Brasil. E é por isso que nosso filme precisou existir”, disse a diretora.

Os curtas brasileiros seguem com: A Visita, de Ivan Cordeiro, que utiliza imagens de arquivo restauradas em Super 8 da visita de campanha de Lula ao Recife, em 1982; Utopia Muda, de Julio Matos, que narra a luta pela democratização da mídia no Brasil pela história da Rádio Muda, a mais antiga estação de rádio livre, que desafiou o sistema para defender a liberdade de expressão; e Mala Facha, de Ilén Juambeltz, uma coprodução entre Uruguai e Brasil.

Neste ano, o consagrado cineasta mexicano Alfonso Cuarón, vencedor do Oscar por Gravidade e Roma, será o grande homenageado e receberá o Abrazo d’honneur: “O festival sempre admirou o trabalho excepcional de Alfonso Cuarón. Foi mesmo o primeiro festival europeu a convidá-lo, desde seu primeiro longa-metragem. Hoje, cada novo projeto de Alfonso traz um novo desafio, uma nova dimensão e confirma o seu talento inimitável. Foi natural atribuir a homenagem a esse artista, intelectual e homem excepcional que soube fazer brilhar e aplaudir a cultura latino-americana em todo o mundo. Ele é um dos maiores mestres do cinema contemporâneo”, disse Jean-Christophe Berjon, diretor geral do festival.

Conheça os selecionados para o Festival Biarritz Amérique Latine 2024:

LONGA-METRAGEM | FICÇÃO | COMPETIÇÃO

Baby, de Marcelo Caetano (Brasil/França)
Cuadrilátero, de Daniel Rodríguez Risco (Peru)
El aroma del pasto recién cortado, de Celina Murga (Argentina/Uruguai/Alemanha/México/EUA)
El ladrón de perros, de Vinko Tomicic (Bolívia/México/Chile/França)
La piel en primavera, de Yennifer Uribe Alzate (Colômbia/Chile)
Penal Cordillera, de Felipe Carmona (Chile)
Querido Trópico, de Ana Endara (Panamá/Colômbia)
Raíz, de Franco García Becerra (Peru)
Senhoritas, de Mykaela Plotkin (Brasil)
Zafari, de Mariana Rondón (Peru/Venezuela/México/Brasil/França/Chile/República Dominicana)

LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO | COMPETIÇÃO

Amor Fantasma, de Marusia Estrada (México)
Imprenteros, de Lorena Vega e Gonzalo Javier Zapico (Argentina)
La Laguna del Soldado, de Pablo Álvarez Mesa (Colômbia/Canadá)
Los Últimos, de Sebastián Peña Escobar (Paraguai/Uruguai/França)
Luz de Obra, de Germán Tejeira (Uruguai)
No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (Brasil)
Oasis, de Tamara Uribe e Felipe Morgado (Chile)
Ozogoche, de Joe Houlberg Silva (Equador/Bélgica/Qatar)
Sapos, Momentos de infancia en dictadura, de Lucas Brunetto (Argentina)
Una canción para mi tierra, de Mauricio Albornoz Iniesta (Argentina/Alemanha/Colômbia)

CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO

A Visita, de Ivan Cordeiro (Brasil/EUA)
Algo Nuevo, de Emilia Mark (Argentina)
Dos Menos, de Taroa Zúñiga Silva e Carlos Zerpa (Venezuela/Chile)
El Canon, de Martín Seeger (Chile)
Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos (Brasil)
Fieras, de Andrés Felipe Ángel Machete (Colômbia/EUA)
La Marcha del Liquen, de Tania Ximena (México)
Mala Facha, de Ilén Juambeltz (Uruguai/Brasil)
Utopia Muda, de Julio Matos (Brasil)
Xquipi, de Juan Pablo Villalobos (México)

FILME DE ABERTURA
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil/França)

FILME DE ENCERRAMENTO
Mexico 86, de Cesar Díaz (Bélgica/México/França/Alemanha/Guatemala)

Foto: Divulgação.

Festival do Rio 2024: conheça os longas selecionados para a Première Brasil

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em Lispectorante, de Renata Pinheiro

A 26ª edição do Festival do Rio, que acontecerá entre os dias 3 e 13 de outubro, anunciou os longas-metragens selecionados para as mostras da Première Brasil. Ao todo, foram 752 inscrições neste ano: 530 curtas e 222 longas.

A cinematografia do país estará representada em sua diversidade, reunindo obras inéditas de diretores consagrados e novos expoentes, nas mostras competitivas Competição Oficial e Novos Rumos, que concorrem ao Troféu Redentor, e nas seleções especiais Hors Concours, Retratos e O Estado das Coisas.

A Première Brasil promove a formação de público com a realização de sessões e debates com elenco e equipe dos filmes, com ingressos a preços populares, além de sessões de gala para convidados e público. As sessões populares com debates são realizadas no clássico Cine Odeon CCLSR, localizado na Cinelândia, região central da cidade e proporcionam uma troca com o público, para além das telas dos cinemas.

As cinco mostras dedicadas ao cinema brasileiro também reúnem coproduções com outros países, clássicos restaurados e curtas em competição, que serão anunciados nos próximos dias. São 31 estreias mundiais e inúmeras estreias nacionais, exibidas na Première Brasil, considerada a principal vitrine do cinema nacional.

Em sua 26ª edição, o Festival do Rio ocupará, como tradicionalmente acontece, diversos locais na cidade, entre cinemas e espaços de projeção alternativos com programação cultural intensa que promete agradar os mais variados gostos. Este ano, a sede do festival volta a ocupar o Armazém da Utopia, no Cais do Porto do Rio de Janeiro, um espaço de cinco mil metros quadrados onde será oferecida uma programação especial de encontros e debates para o público mediante inscrição prévia on-line, sempre divulgada no site do festival e em suas redes sociais. A sede do festival também abrigará o RioMarket, área de mercado e negócios do evento, e receberá centenas de profissionais do audiovisual brasileiro e internacional.

O Cinema Circulação traz uma novidade: agora fazem parte da programação as salas recém- reformadas do Circuito da Prefeitura do Rio: Cine Carioca Penha, Cine Carioca Nova Brasília (Complexo do Alemão) e Ponto Cine Guadalupe. Além disso, o Festival do Rio segue com o compromisso de avançar nas metas de inclusão de pessoas com deficiência, com a ampliação de exibição de conteúdos acessíveis em todas as linguagens, em parte da programação.

Conheça os longas selecionados para a Première Brasil 2024:

PREMIÈRE BRASIL | COMPETITIVAS

LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO

Baby, de Marcelo Caetano (SP)
Betânia, de Marcelo Botta (SP)
Enterre Seus Mortos, de Marco Dutra (SP)
Kasa Branca, de Luciano Vidigal (RJ)
Lispectorante, de Renata Pinheiro (PE)
Malu, de Pedro Freire (RJ)
Manas, de Marianna Brennand (RJ)
O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG)
Os Enforcados, de Fernando Coimbra (SP)
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (RJ)
Serra das Almas, de Lírio Ferreira (PE)

LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO

3 Obás de Xangô, de Sergio Machado (RJ)
A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (SP)
Alma Negra, do Quilombo ao Baile, de Flavio Frederico (SP)
Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa (SP)
Mambembe, de Fabio Meira (GO)
Quando Vira a Esquina, de Chris Alcazar (RJ)
Salão de Baile, de Juru e Vitã (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS

COMPETIÇÃO LONGAS

A Procura de Martina, de Márcia Faria (RJ)
Ainda Não é Amanhã, de Milena Times (PE)
Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim (RJ)
Centro Ilusão, de Pedro Diógenes (CE)
Continente, de Davi Pretto (RS)
Incondicional: O Mito da Maternidade, de Patrícia Fróes (RJ)
O Deserto de Akin, de Bernard Lessa (ES)
Paradeiros, de Rita Piffer (RJ)

PREMIÈRE BRASIL: RETRATOS

Armando Costa: Televisão pra Mim Não é Bico, de Victor Vasconcellos (RJ)
Brizola, Anotações para uma História, de Silvio Tendler (RJ)
Carta a un viejo master, de Paz Encina (RJ)
Janis, Amores de Carnaval, de Ana Isabel Cunha (SP)
Moacyr Luz, O Embaixador Dessa Cidade, de Tarsilla Alves (RJ)
Noel Rosa, Um Espírito Circulante, de Joana Nin (PR)
O Nascimento de H. Teixeira, de Roberta Canuto (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | HORS CONCOURS

A Vilã das Nove, de Teodoro Poppovic (RJ)
Câncer com Ascendente em Virgem, de Rosane Svartman (RJ)
Filhos do Mangue, de Eliane Caffé (RN)
Kopenawa, de Marco Altberg (RJ)
Malês, de Antonio Pitanga (RJ)
Os Afro-Sambas, o Brasil de Baden e Vinícius, de Emílio Domingos (RJ)
Precisamos Falar, de Pedro Waddington e Rebeca Diniz (RJ)
Virgínia e Adelaide, de Jorge Furtado e Yasmin Thayná (RS)

PREMIÈRE BRASIL | O ESTADO DAS COISAS

Alarme Silencioso, de Ricardo Favilla (RJ)
Eu Sou Neta dos Antigos, de Adriana Miranda (RJ)
Insubmissas, de Carol Benjamin, Tais Amordivino, Julia Katharine, Luh Maza e Ana do Carmo (RJ)
No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (RJ)
Pele de Vidro, de Denise Zmekhol (SP)
Sabores, de Claudia Calabi e Fernando Grostein (SP)

MIDNIGHT MOVIES

Abraço de Mãe, de Cristian Ponce (RJ)
A Herança, de João Cândido Zacharias (RJ)

COPRODUÇÕES COM O BRASIL | PREMIÈRE LATINA
Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz (Brasil/Alemanha/Taiwan/Argentina)

COPRODUÇÕES COM O BRASIL | PANORAMA DO CINEMA MUNDIAL
Transamazonia, de Pia Marais (França/Alemanha/Suiça/Taiwan/Brasil)

Foto: Divulgação.

Oscar 2025: 12 longas estão habilitados e disputam indicação brasileira na categoria de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Fernanda Vianna em Cidade; Campo, de Juliana Rojas

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou a lista com todos os 12 longas-metragens brasileiros que estão habilitados e seguem na disputa por uma indicação à vaga na categoria melhor filme internacional no Oscar 2025.

As reuniões da Comissão de Seleção acontecerão em duas etapas: dia 16 de setembro de 2024, segunda-feira, quando serão selecionados seis títulos entre os inscritos, e a reunião final, no dia 23 de setembro, segunda-feira, para a escolha do título que representará o Brasil na disputa por uma vaga na categoria na categoria de melhor filme internacional na 97ª edição do Oscar, premiação realizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que acontecerá no dia 2 de março de 2025.

O título escolhido será divulgado por meio de release para a imprensa e nas redes sociais da Academia Brasileira de Cinema. Neste ano, a Comissão de Seleção, presidida por Bárbara Paz, é composta por 25 membros titulares, sendo 21 eleitos em votação entre os sócios da Academia e outros quatro membros indicados pela diretoria, todos profissionais do ambiente cinematográfico brasileiro, mas não necessariamente associados.

Os integrantes da Comissão de Seleção do Oscar 2025 são: Allan Deberton (CE), Andre Pellenz (RJ), Bárbara Paz (RJ), Bernardo Uzeda (RJ), Bia Oliveira (RJ), Carol Bentes (RJ), Cíntia Domit Bittar (SC), Diogo Dahl (RJ), Edson Ferreira (ES), Eloisa Lopez-Gomez (SP), Flavio Tambellini (RJ), Gabriel Mellin (RJ), Gláucia Camargos (RJ), Ilana Brakarz (RJ), Leo M. Barros (RJ), Lô Politi (SP), Lucy Barreto (RJ), Malu Miranda (RJ), Marcelo Serrado (RJ), Monica Trigo (SP), Plinio Profeta (RJ), Renata Martins (SP), Sandra Kogut (RJ), Gal Buitoni (SP) e Alfredo Alves (MG).

Na última edição do prêmio da Academia, o Brasil estava representado por Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, mas, infelizmente, o longa não conseguiu uma vaga entre os 15 semifinalistas. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

Conheça os 12 longas-metragens brasileiros habilitados:

A Metade de Nós, de Flávio Botelho
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles
Cidade; Campo, de Juliana Rojas
Estômago 2: O Poderoso Chef, de Marcos Jorge
Levante, de Lillah Halla
Motel Destino, de Karim Aïnouz
Ninguém Sai Vivo Daqui, de André Ristum
O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges
Sem Coração, de Nara Normande e Tião
Vermelho Monet, de Halder Gomes
Votos, de Ângela Patrícia Reiniger

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Mostra Sumé de Cinema 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli

A Mostra Sumé de Cinema, realizada no Cariri paraibano, aconteceu pela última vez em setembro de 2022. Agora, duas novas edições serão realizadas ao mesmo tempo entre os dias 10 e 15 de setembro.

Sendo assim, o evento idealizado e coordenado por Ana Célia Gomes, divulgou duas listas de selecionados: os títulos da terceira edição, que aconteceria no ano passado mas foi adiada, e também da quarta edição.

Com exibições de filmes e videoclipes, além de diversas atividades paralelas, a Mostra Sumé de Cinema homenageará o cineasta paraibano André da Costa Pinto. Formado em Comunicação Social pela UEPB e Mestre em Cinema pela UFF, construiu uma trajetória brilhante como educador audiovisual, diretor, roteirista e produtor.

Conheça os títulos selecionados para a e 4ª Mostra Sumé de Cinema:

IV MOSTRA SUMÉ DE CINEMA

MOSTRA BRASIL

As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE)
Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (SP)
Criaturas Celestiais, de Pedro Andrade e Pedro Stilo (PE)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Nós Duas, de Wéllima Kelly e Leandro Alves (AL)
Os Três Porquinhos, de Tamires Campos (PB)
Time de Dois, de André Santos (RN)
Trançando Afetos, de Igor Gomes e Ana Clara (RN)
Vai Ficar Tudo Bem, de Wescley Di Luna (RJ)

MOSTRA PARAÍBA

A Gente Tava Era com Saudade, de Vanessa Oliveira (Patos)
Aqueles que Estamos Esquecendo, de R.B. Lima (João Pessoa)
Aratu, de Firmino de Almeida (João Pessoa)
Brasiliana, de Sebastião Formiga (João Pessoa)
Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (Cabedelo)
Incúria, de Tiago A. Neves (Cabedelo)
Labuta, de Bruno Nogueira (São José da Lagoa Tapada)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (Cabedelo)
Querida Abayomi, de Sebastião Formiga (Pombal)

MOSTRA RITMOS

A Dança do Caos, de Sargaço Nightclub; direção: Vito Quintans (PE)
A Morte Nos Nivela, de RODRIC; direção: Rodrigo Amaro (MG)
Afago, de Caju; direção: Gabriel Freire (RS)
Amor ao Meu Sertão, de Carlos Cardozo e Elias Barros; direção: Luiz Rodrigues Jr. (PE)
Mola de Ratoeira, de Cláudio Rabeca; direção: Luiz Rodrigues (PE)
Uma Volta na Veneza Brasileira, de Carlos Cardozo; direção: Luiz Rodrigues Jr. (PE)

III MOSTRA SUMÉ DE CINEMA

MOSTRA BRASIL

Bicicleta Vermelha, de Rodolpho Pinotti (SP)
Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (SC)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP)
Elo, de Layla Sah (CE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Laguna Plena, de Carlos H. e Rimon Guimarães (PR)
Lilith, de Nayane Nayse (PE)
Luz, Câmera, Produção!, de Adriana Manolio e Charles Northrup (AL)
Mundo 1, de Pedro Fiuza e Rudá Almeida (RN)
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE)

MOSTRA PARAÍBA

Ao Redor de Casa, de Maisa P. e Virginia O. (Remígio)
Bom de Golpe, de Bruno Dantas (Pirpirituba)
Flor dos Canaviais, de Lucas Machado e Lívio Brandão (Santa Rita)
Jacu, de Ramon Batista (Nazarezinho)
Juremeiras, de Clayton Ferrer (João Pessoa)
Ladário, de Ed Junior (Catolé do Rocha)
Nascentes, de Raysa Prado (João Pessoa)
O Brilho Cega, de Carlos Mosca (Lagoa Seca)
O Rebanho de Quincas, de Rebeca Sousa (Boa Vista)
Um Sertão Profundo, de Vitor Daniel Cartaxo (Cachoeira dos Índios)

MOSTRA RITMOS

Abaixa que é Tiro, de Bloco do Caos e GOG; direção: Rodrigo Rímoli (SP)
Boy Magia, de Almério; direção: Marcos Castro (PE)
Depois de Mim, de Regiane Araújo; direção: Jessica Lauane (MA)
Liquidificador, de Bloco do Caos e Pelé MilFlows; direção: Rodrigo Rímoli (SE)
Meu Lugar, de Gutasso; direção: Igor Lira (PE)
O Futuro que me Alcance, de Reynaldo Bessa; direção: Nat Grego (SP)
Receita de Vó, de Renan Inquérito e Liah Vitória; direção: Carlos Hardt (PR)
Resumo da Ópera, de Dani Carmesim; direção: Nathaly Barreto (PE)

Foto: Divulgação.

Curta Kinoforum 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Zagêro, de Márcio Picoli e Victor Di Marco: filme premiado

Foram anunciados nesta sexta-feira, 30/08, na Cinemateca Brasileira, os vencedores da 35ª edição do Curta Kinoforum, Festival Internacional de Curtas de São Paulo. Neste ano, o evento, dirigido pela produtora cultural Zita Carvalhosa, exibiu 287 filmes, representando 66 países.

O Prêmio Revelação, para cineastas de filmes realizados em cursos e oficinas audiovisuais, foi entregue para Carcinização, de Denis Souza. Esse prêmio tem como objetivo incentivar jovens talentos do audiovisual brasileiro em sua próxima produção, da gravação à finalização de um curta de até 15 minutos. Para isso, o festival estabelece parcerias com empresas do setor e o curta-metragem viabilizado pelo Prêmio Revelação tem como compromisso estrear no 36º Curta Kinoforum

O júri deste ano foi formado por: Juliano Gomes, crítico e professor; Lorenna Montenegro, jornalista, crítica de cinema, curadora, roteirista e professora; e Sophia Pinheiro, Doutoranda em Cinema e Audiovisual, mestre em Antropologia Social e graduada em Artes Visuais Bacharelado em Design Gráfico.

Além disso, prêmios de aquisição, fruto de parcerias do evento com emissoras de TV e plataformas digitais de streaming, foram revelados. O Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil e um contrato de licenciamento para o melhor filme dos programas brasileiros, escolhido por um júri especializado, teve como vencedor o gaúcho Zagêro, de Márcio Picoli e Victor Di Marco.

O Prêmio TV Cultura, no valor de R$ 8 mil e destinado a um curta produzido no estado de São Paulo a ser exibido na grade de programação da emissora, foi conquistado por Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane. O Prêmio SescTV, destinado a diretores estreantes, contempla um filme brasileiro e um filme estrangeiro com R$ 6 mil cada, além de licenciamento pelo período de dois anos. O Prêmio Porta Curtas é um prêmio de aquisição no valor de R$ 5 mil oferecido pela plataforma para o filme brasileiro eleito de forma on-line pelos usuários do site.

Já o Prêmio API é concedido pela Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro. O Troféu Borboleta de Ouro reconhece três destaques (um brasileiro, um estrangeiro e um prêmio especial) para curtas que tratam da diversidade sexual. Por sua vez, o Troféu Kaiser Destaque ABCA, promovido pela Associação Brasileira de Cinema de Animação, elege o melhor filme animado exibido no evento.

Conheça os vencedores do Curta Kinoforum 2024:

PRÊMIO REVELAÇÃO
Carcinização, de Denis Souza (RS)

10+ BRASIL | FAVORITOS DO PÚBLICO

A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (SP)
Javyju, de Cunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (SP)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
Km 100, de Lucas Ribeiro (SP)
Macaléia, de Rejane Zilles (RJ)
O que Fica de Quem Vai, de André Zamith e Vinícius Cerqueira (SP)
Rosa, de Pedro Murad (RJ)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)
Zagêro, de Márcio Picoli e Victor Di Marco (RS)

10+ ESTRANGEIROS | FAVORITOS DO PÚBLICO

Apaixonando-se por Greta (Falling For Greta), de Gustavo Arteaga (Reino Unido)
Bailarina (بالرین/Ballerina), de Farima Khalili e Soheil Babaie (Irã)
Fique Quieto ou Te Amo (Quedate Quieto o Te Amo), de Federico Luis (Argentina/França)
Nado Borboleta (Papillon), de Florence Miailhe (França)
O Filé (The Steak), de Kiarash Dadgar Mohebi (Irã)
O Homem que Não se Calou (The Man Who Could Not Remain Silent), de Nebojša Slijepčević (Croácia/Bulgária/França/Eslovênia)
Sonhos como Barcos de Papel (Des Rêves en Bateaux Papiers), de Samuel Suffren (Haiti)
Uma Promessa para o Mar (A Promise To The Sea), de Hend Sohail (Egito/Suécia)
Win-Win, de Benjamin Clavel (França)
Yaya, de Leticia Akel Escarate (Chile)

DESTAQUE LGBTQIA+ | TROFÉU BORBOLETA DE OURO
Brasileiro: Carcinização, de Denis Souza (RS)
Estrangeiro: Merecemos un Imperio, de Mauricio Maldonado (Colômbia)
Prêmio Especial: Notas de Yakecan, de André Moura Lopes (CE)

DESTAQUE ABCA | MELHOR ANIMAÇÃO | TROFÉU KAISER
Melhor Filme: Wander To Wonder, de Nina Gantz (Holanda/França/Bélgica)

PRÊMIO API | ASSOCIAÇÃO DAS PRODUTORAS INDEPENDENTES DO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
Mostra Novos Horizontes | Melhor Filme: Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni (Brasil, RS)
Mostra Novos Horizontes | Menção Honrosa: Na Marei, de Léa-Jade Horlier (França)
Mostra Latino-Americana | Melhor Filme: A Cascata (La Cascada), de Pablo Delgado (México)
Mostra Latino-Americana | Menção Honrosa: Alien0089, de Valeria Hofmann (Chile/Argentina)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Zagêro, de Márcio Picoli e Victor Di Marco (RS)

PRÊMIO AQUISIÇÃO | PORTA CURTAS
Mandinga de Gorila, de Luzé Luzé e Juliana Gonçalves (RJ)

PRÊMIO AQUISIÇÃO SESC TV
Nacional: Desconserto, de Haniel Lucena (CE)
Estrangeiro: O Filé (The Steak), de Kiarash Dadgar Mohebi (Irã)

PRÊMIO AQUISIÇÃO TV CULTURA
Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane (SP)
Menção Honrosa: Nalua, de Isabelly Cristiny (Brasil, SP)
Menção Honrosa: Maremoto, de Cristina Lima e Juliana Bezerra (RN)
Menção Honrosa: Além do Impedimento, de Heloisa Lawanda (SP)

Foto: Divulgação.

Curta Caicó 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta potiguar Lagrimar, de Paula Vanina

Foram anunciados nesta quinta-feira, 29/08, em uma live apresentada por Vitor Búrigo no YouTube, os selecionados para as mostras competitivas e paralelas da sétima edição do Curta Caicó, que acontecerá entre os dias 8 e 19 de outubro.

Ao todo, serão exibidos 65 curtas-metragens, além dos filmes produzidos pelo Curta Caicó durante suas ações ao longo do primeiro semestre de 2024. Essas ações incluem oficinas realizadas em seis escolas do Seridó e o 3º Laboratório de Roteiro (LAB RN), que resultou na produção de oito documentários abordando a temática do patrimônio material e imaterial.

Contando com programação totalmente gratuita, as mostras serão apresentadas na cidade de Caicó e em outros municípios do Seridó potiguar ocupando espaços diversos como universidades, escolas, praças públicas e outros ambientes culturais.

Segundo o coordenador curatorial do festival, Júlio Oliveira, a seleção levou em conta o trabalho crescente de formação do olhar cinematográfica do público seridoense, optando assim por uma diversidade de filmes de vários estados e gêneros, mas preservando a conexão com temáticas e abordagens que dialoguem com a região. Para isso ser possível, foi montada uma equipe diversa e multidisciplinar, com membros do Narrativa Clube, cineclube on-line organizado por Júlio Oliveira, formada pelos seguintes curadores: Luana Meira, Sthefaniy Henriques, Vitória Batalha, Guilherme Pereira, Bruno Tude e Caíque Henry.

Realizado no interior do Rio Grande do Norte, o evento se consolida cada vez mais como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema potiguar, nordestino e nacional. Para esta edição, o festival recebeu cerca de 1.131 inscrições de todo o país, acumulando mais de 5.400 filmes inscritos ao longo da história do evento que já soma sete edições.

Conheça os filmes selecionados para o 7º Curta Caicó:

MOSTRA ACAUÃ | NACIONAL

Aquela Mulher, de Cristina Lago e Marina Erlanger (RJ)
As Marias, de Dannon Lacerda (MS)
Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane (SP)
Corpo Cheio, de Fernando Marques (PE)
O que Nos Espera, de Bruno Xavier e Chico Bahia (SP)
Pensão Alimentícia, de Silvana Beline (GO)
Pequenas Insurreições, de William de Oliveira (PR)
Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB)

MOSTRA SERIDÓ

Agora Eu Sou Negro, de Pedro Andrade (RN)
De Filha para Pai, de Dedé Carnaúba (RN)
Desiré, de Catarina Calungueira (RN)
Existencial, de Dynho Silva (RN)
Filarmônica Elino Julião e sua História, de Gabriel Medeiros (RN)
Memórias de Fé: O Roubo da Santa de Serra Negra do Norte, de Hyago de León (RN)
Na Descida da Avenida Martins, de Erick Medeiros (RN)
No Seridó, a Reza é Forte, de Santana Taciana (Akripe Yan) (RN)

MOSTRA POTIGUAR

Diga ao Povo que Avance, de Evelyn Freitas (RN)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Moventes, de Jefferson Cabral (RN)
Navio, de Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real (RN)
No Batente, de Badu Morais e Humberto Bassanello (RN)
Queride Bowie, de Flora Valverde (RN)
Três Igrejas, de Wigna Ribeiro (RN)
Yby Katu, de Jessé Carlos, Ladivan Soares, Kaylany Cordeiro, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)

MOSTRA NORDESTE

A Vida em Arte: Tiago Amorim, de Theo Grahl (PE)
Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Rei da Ciranda Pesada, de Cíntia Lima (PE)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)

MOSTRA RIO BRANCO

Alvará, de Fernando Abreu (PB)
Com Carinho, de Pablo Félix (RJ)
Juzé, de Raquel Garcia (CE)
Lia Ficou Sozinha em Casa, de Paula Pardillos (RN)
Maréu, de Nicole Schlegel (RJ)

MOSTRA PAX

Digital Originário, de Jesús Pérez (MA)
Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (PR)
Nunca Pensei que Seria Assim, de Meibe Rodrigues (MG)
Ode, de Diego Lisboa (BA)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)

MOSTRA SÃO FRANCISCO

Ada, de Giulia Piacesi (DF)
Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes (CE)
Checkmates, de Cler Reizale (SP)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP)
Eu, Girassol, de Bruno Granata (RS)

MOSTRA ALVORADA

Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Convenium, de Allan Riggs e Murilo da Rosa (RS)
Farol Alto, de Brunno Bimbati (SP)
O Encontro de Cego Aderaldo e Robert Johnson, de Jesivan Ribeiro (DF)
Re-Éksodos, de Julia Horta Paiva (BA)

MOSTRA AMBIENTAL

A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (DF)
Cores Queimam, de Felippy Damian (MS)
Maré Braba, de Pâmela Peregrino (CE)
Resistência, de Juraci Júnior (RO)
Sobre a Cabeça os Aviões, de Amanda Costa e Fausto Borges (GO)

MOSTRA VIDEOCLIPE

A Botija, de Fábio Xavier (PE)
Boca do Cais, de Murica feat. yung vegan; direção: Luna Colazante (DF)
Cobra Coral, de Julia K. Rojas (SC)
Forte, de Renata Voss (BA)
Natureza Curandeira, de Julhin de Tia Lica (RN)
Todo Santo Dia, de Paulo Philippe (PB)

SESSÃO ESPECIAL

A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN)
Ana Rúbia, de Diego Baraldi e Íris Alves Lacerda (MS)
Elizabeth, de Alceu Luís Castilho, Luís Indriunas e Vanessa Nicolav (SP)
Margem, de Domingos Antonio e Flávio Ermírio (SP)
Nós do Audiovisual, de Clara Leal e Maisa Tavares (RN)

Foto: Divulgação.

Virtuosas, com Bruna Linzmeyer: terminam as filmagens do primeiro longa de Cíntia Domit Bittar

por: Cinevitor
O longa tem estreia prevista para 2025

Chegaram ao fim, neste domingo, 25/08, as filmagens de Virtuosas, primeiro longa-metragem de ficção da Novelo Filmes e de Cíntia Domit Bittar como diretora. Estrelado por Bruna Linzmeyer, Maria Galant e Juliana Lourenção no elenco principal, a obra explora o universo do movimento coach cristão em um retiro de empoderamento de mulheres virtuosas, com muito humor ácido, suspense e terror. 

A produção aconteceu inteiramente em Florianópolis e traz também entre o elenco principal as atrizes Sarah Motta e Brisa Marques; Nenê Borges e Fernando Bispo completam o elenco, que ainda conta com a participação especial de Gabriel Godoy

Cineasta e ativista, sócia da Novelo Filmes, com sede na capital catarinense, produtora independente de audiovisual e liderada por mulheres, Cíntia Domit Bittar já realizou diversos trabalhos, entre eles, os premiados curtas: Baile, que foi qualificado para o Oscar 2021, Qual Queijo Você Quer?, O Tempo que Leva e O Segredo da Família Urso. Em transição para formatos maiores, a cineasta está atualmente com outras obras em pós-produção, como o longa documental Gugie e a série Quero Ser Veg.

Virtuosas teve sua produção realizada com recursos do Prêmio Catarinense de Cinema e será distribuído pela Olhar Filmes, com previsão de estreia para 2025. A direção de fotografia é assinada por Gabriel Rinaldi e a direção de som é de Daniel Becker; a direção de arte é de Dicezar Leandro e Tati Tanaka é a diretora de produção.

Foto: Divulgação/Novelo Filmes.