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12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Michele Matalon e Djin Sganzerla no longa O Mel é Mais Doce que o Sangue

Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/05, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados para a 12ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de junho. A programação conta com mais de 80 títulos das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas.

Em formato híbrido, o evento terá suas sessões presenciais no Cine Passeio e no Cineplex Novo Batel, em Curitiba, e sessões on-line no Itaú Cultural Play. Neste ano, a abertura do festival acontecerá em um espaço tradicional de Curitiba, a Ópera de Arame, com o longa Casa Izabel, do realizador paranaense Gil Baroni, que foi o grande vencedor do Cine PE do ano passado. Com a participação de importantes referências da cena artística local, o filme volta aos anos 1970 e fabula um aparente refúgio da realidade brasileira onde homens da alta sociedade se encontram para encarnar mulheres em fantasias de luxo e exuberância. Com o nome de Casa Grande Izabel, o espaço esconde muito mais do que os caprichos e devaneios secretos de seus hóspedes.

O encerramento do 12º Olhar de Cinema aposta no horror feminista com Agressor, de Jennifer Reeder, que foi exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim. O longa conta a história da adolescente Jonny, que ganha habilidades sobrenaturais através de uma transformação mística ao mesmo tempo em que meninas desaparecem em sua nova escola.

Em 2023, o Olhar de Cinema apresenta um novo formato em sua programação com as novas mostras Competitiva Internacional e Competitiva Brasileira, que contará com premiações para melhor filme, direção, roteiro e atuação, entre outras categorias, além do Prêmio do Público para as duas competitivas. O festival, porém, mantém as mostras Novos Olhares, dedicada a filmes que se destacam pela radicalidade em suas propostas estéticas; Pequenos Olhares, dedicada às crianças; e Mirada Paranaense, dedicada a apresentar ao público um panorama da produção audiovisual do Paraná. A mostra Exibições Especiais passa a ser o novo espaço para filmes brasileiros não inéditos, que se destacaram recentemente, somados a filmes internacionais importantes do último ano.

A Mostra Foco também chega diferente nesta 12ª edição, apresentada em parceria com o RIDM, Rencontres Internationales du Documentaire de Montréal, a filmografia de um território: o cinema documental contemporâneo produzido em Quebec, província canadense de colonização francesa. Outra novidade deste ano é a parceria com o Itaú Cultural Play, plataforma em que será exibida a programação on-line do festival; espectadores de todo o Brasil poderão assistir à maior parte dos curtas brasileiros selecionados entre os dias 20 de junho e 4 de julho.

Mostras queridas e esperadas pelo público do Olhar de Cinema também agitam a programação deste ano, como a Olhares Clássicos. Já a mostra Olhar Retrospectivo se volta para um dos cineastas que melhor explorou a modificação dos corpos na tela, na interação entre maquínico e orgânico: David Cronenberg. Nascido em Toronto, em 1943, o realizador canadense dirigiu 47 trabalhos ao longo de quase seis décadas. Frente ao desafio de propor um recorte dessa filmografia tão prolífica quanto provocadora, a mostra privilegiou os primeiros 25 anos da sua trajetória, exibindo sete de seus filmes mais representativos. Suas obras flertam com gêneros reconhecíveis, particularmente a ficção científica e o cinema de terror, mas vão além dos códigos convencionais.

Desde 2012, o festival já exibiu cerca de 900 produções e levou mais de 150 mil pessoas às salas de cinema e mais de 30 mil pessoas para as sessões on-line, valorizando o cinema independente mundial.

Conheça os filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2023:

FILME DE ABERTURA
Casa Izabel, de Gil Baroni (Brasil)

FILME DE ENCERRAMENTO
Agressor (Perpetrator), de Jennifer Reeder (EUA)

COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS
Neirud, de Fernanda Faya
O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon
O Policial e a Pastora, de Alice Riff
Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena
Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin
, de Rafael Conde

COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS
Apocalypses Repentinos, de Pedro Henrique
As Inesquecíveis, de Rafaelly (La Conga Rosa)
Cemitério Verde, de Maurício Chades
Kanau’Kyba, de Gustavo Caboco
O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho
Ramal, de Higor Gomes
Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana
Virtual Genesis, de Arthur B. Senra

COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS
A Migração Silenciosa (Stille Liv), de Malene Choi (Dinamarca)
ANHELL69, de Theo Montoya (Colômbia/Romênia/França/Alemanha)
Lembranças de Todas as Noites (Subete no Yoru wo Omoidasu), de Yui Kiyohara (Japão)
Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese (França)
No Cemitério do Cinema (Au Cimetière de la Pellicule), de Thierno Souleymane Diallo (França/Senegal/Guiné/Arábia Saudita)
Lugar Seguro (Sigurno Mjestro), de Juraj Lerotić (Croácia)

COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS
A Mecânica dos Fluídos (La Mécanique des Fluides), de Gala Hernández López (França/Espanha)
A Moça (The Lady), de Fardin Ansari (Irã)
Fuga de Visão (瞥漏), de Zuqiang Peng (China)
Humano Não-Humano (Human Not Human), de Natan Castay (Bélgica)
Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin (França/EUA)
Paralelo 45º (45TH Parallel), de Lawrence Abu Hamdan (Reino Unido)
Pele de Mãe (Mother’s Skin), de Leah Johnston (Canadá)
Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
Uma Espécie de Testamento (Un Genre de Testament), de Vuillemin Stephen (França)

NOVOS OLHARES
A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (Brasil)
A Vida e as Estranhas e Surpreendentes Aventuras de Robinson Crusoé, que Viveu Vinte e Oito Anos Sozinho em uma Ilha e Disse que Era Dele (Het Leven en de Vreemde Verrassende Avonturen van Robinson Crusoe Die Acht en Twintig Jaar Helemaal Alleen op een Bewoond Eiland Leefde en Zei Dat Het Van Hem Was), de Benjamin Deboosere (Bélgica)
Desvío de Noche, de Paul Chotel e Ariane Falardeau St-Amour (Canadá)
Mudos Testemunhos (Mudos Testigos), de Jerónimo Atehortúa e Luis Ospina (Colômbia/França)
Notas do Eremoceno (Poznámky Z Eremocénu), de Viera Čákanyová (Eslováquia/República Checa)
O Mel é Mais Doce que o Sangue, de André Guerreiro Lopes (Brasil)

MIRADA PARANAENSE | LONGAS
Fale Comigo Verão: O Diário de um Cineasta Amador, de Evandro Scorsin 
Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten

MIRADA PARANAENSE | CURTAS
A Trilha Sonora de um Bairro, de Carlos Alberto Moura e Danilo Custódio
Blackout, de Rodrigo Grota
Menininha, de Débora Zanatta
Midríase, de Eduardo Monteiro
Pés que Sangram, de Roberta Takamatsu
Pixo na Cidade Modelo, de Willian Germano
Sereia, de Estevan de la Fuente
Só por Hoje, de Stilo Eustachio, Dionwiul e Jessica Candal

FOCO QUÉBEC: PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS
Bestiário (Bestiaire), de Denis Côté
Kassinu
, de Uapukun Mestokosho McKenzie
Katatjatuuk Kangirsumi (Cantos Guturais em Kangirsuk)
, de Eva Kaukai e Manon Chamberland
L.A. Tea Time, de Sophie Bédard Marcotte
Manitushiss (Vírus), de Réal Junior Leblanc
Milikᵘ tshishutshelimunuau (Conceda-me sua Confiança), de Isabelle Kanapé
Novembro (Novembre), de Iphigénie Marcoux-Fortier e Karine van Ameringen
O Innu do Futuro (L’Innu du Futur), de Stéphane Nepton
Perdi Minha Mãe (J’ai Placé Ma Mère), de Denys Desjardins
Xalko, de Hind Benchekroun e Sami Mermer

OLHARES CLÁSSICOS
A Paixão da Lembrança (The Passion of Remembrance), de Maureen Blackwood e Isaac Julien (1986) (Reino Unido)
A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (1974) (Brasil)
Cría Cuervos, de Carlos Saura (1976) (Espanha)
En Rachâchant, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (1982) (França)
Jeanne Dielman (Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles), de Chantal Akerman (1975) (Bélgica)
No Calor da Noite (In The Heat of the Night), de Norman Jewison (1967) (EUA)
Salomé, de Charles Bryant e Alla Nazimova (1923) (EUA)

OLHAR RETROSPECTIVO | DAVID CRONENBERG
A Mosca (The Fly) (1986) (EUA/Canadá)
Calafrios (Shivers) (1975) (Canadá)
Crash: Estranhos Prazeres (1996) (Canadá/Reino Unido)
eXistenZ (1999) (Canadá/Reino Unido/França)
Gêmeos: Mórbida Semelhança (Dead Ringers) (1988) (EUA/Canadá)
Ralo Acima (From the drain) (1967) (Canadá)
Videodrome: A Síndrome do Vídeo (1983) (Canadá)

EXIBIÇÕES ESPECIAIS
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)
Anotações para um Filme (Notas Para Una Película), de Ignacio Agüero (Chile)
Caixa Preta, de Bernardo Oliveira e Saskia (Brasil)
Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (Brasil)
Lá nas Matas Tem, de Pedro Aspahan e César Guimarães (Brasil)
O Acidente, de Bruno Carboni (Brasil)
O Muro das Mortes (Le Mur Des Morts), de Eugène Green (França)

PEQUENOS OLHARES | LONGA-METRAGEM
Fabulosos João e Maria, de Arnaldo Galvão (Brasil)

PEQUENOS OLHARES | CURTAS-METRAGENS
A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (Brasil)
A Pedra Mágica (La piedra mágica), de Paula Herrera Vivas (Argentina)
Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (Brasil)
De Miau a Pior, de Rodrigo Toporov (Brasil)
Diafragma, de Robson Cavalcante (Brasil)
Jussara, de Camila Ribeiro (Brasil)
Shackle, de Ainslie Henderson (Escócia)
Teo, o menino azul, de Hygor Amorim (Brasil)

Foto: André Guerreiro Lopes.

Indie Festival 2023 anuncia seleção com 21 longas; evento acontecerá em Belo Horizonte

por: Cinevitor
Cena do longa polonês EO, de Jerzy Skolimowski

O Indie Festival foi criado em 2001, em Belo Horizonte com a missão de levar o cinema independente internacional ao maior público possível no Brasil. O festival visa fornecer uma alternativa cultural à experiência do cinema comercial, apoiar cineastas independentes e promover a arte do cinema.

Com curadoria de Daniella Azzi e Francesca Azzi, em sua 21ª edição, que acontecerá entre os dias 25 e 31 de maio, em Belo Horizonte, no Centro Cultural Unimed-BH Minas, a programação gratuita contará com títulos de João Canijo, Bas Devos, Angela Schanelec, André Téchine, Abbas Fahdel, Ira Sachs, Jerzy Skolimowski, Laura Citarella e muito mais.

A programação deste ano apresenta 21 longas, de 13 países, e está dividida em três programas. A Mostra Mundial traz dez filmes contemporâneos que fazem sua estreia no Brasil, entre eles: o português Mal Viver, de João Canijo, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Berlim deste ano; Music, da diretora alemã Angela Schanelec, eleito o melhor roteiro da Berlinale; Here, do belga Bas Devos, que levou o prêmio de melhor filme da mostra Encounters, em Berlim; entre outros.

A mostra Première traz cinco filmes em pré-estreia que em breve estarão no circuito brasileiro. Destaque para a estreia nacional de Passages, do diretor americano Ira Sachs com roteiro do brasileiro Mauricio Zacharias; e o polonês EO, de Jerzy Skolimowski, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes e indicado ao Oscar de melhor filme internacional.

A Sessão Clássica, que destaca títulos restaurados e cults, apresenta filmes de Robert Bresson, Pedro Costa, Jean-Luc Godard, Jim Jarmusch, Alain Resnais e Roberto Rossellini. O Indie traz também dois filmes com recursos de acessibilidade com Libras, audiodescrição e legenda descritiva: Acossado, de Godard, que será exibido em duas versões, com acessibilidade e sem acessibilidade; e o filme argentino O Futuro Perfeito, de Nele Wohlatz.

Conheça os filmes selecionados para o Indie Festival 2023:

MOSTRA MUNDIAL

Almas Gêmeas (Les Âmes Soeurs), de André Téchiné (França)
Contos da Casa Roxa (Tales of The Purple House), de Abbas Fahdel (Líbano)
Here, de Bas Devos (Bélgica)
Jornada ao Oeste (Journey To The West), de Kong Dashan (China)
Mal Viver, de João Canijo (Portugal)
Music, de Angela Schanalec (Alemanha/França/Sérvia)
O Cordão da Vida (The Cord Of Life), de Qiao Sixue (China)
Trenque Lauquen – parte 1, de Laura Citarella (Argentina)
Trenque Lauquen – parte 2, de Laura Citarella (Argentina)
Viver Mal, de João Canijo (Portugal)

PREMIÈRE

A História da Minha Mulher (A feleségem története), de Ildikó Enyedi (Alemanha/França/Hungria/Itália)
Crônica de uma Relação Passageira (Chronique d’une liaison passagère), de Emmanuel Mouret (França)
EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália)
Passages, de Ira Sachs (França)
Uma Vida Sem Ele (À propos de Joan), de Laurent Larivière (França/Alemanha/Irlanda)

SESSÃO CLÁSSICA

A Grande Testemunha (Au Hazard Balthazar), de Robert Bresson (1966) (França/Suécia)
Acossado (À bout de souffle), de Jean-Luc Godard (1960) (França)
Estranhos no Paraíso (Stranger Than Paradise), de Jim Jarmusch (1984) (EUA)
Hiroshima, Meu Amor (Hiroshima mon amour), de Alain Resnais (1959) (França/Japão)
O Sangue, de Pedro Costa (1989) (Portugal)
Stromboli, de Roberto Rossellini (1950) (Itália)

Foto: Divulgação.

Festival de Veneza 2023: Damien Chazelle, Alice Diop e Jonas Carpignano serão presidentes dos júris internacionais

por: Cinevitor
Damien Chazelle: o vencedor do Oscar comandará o júri da Competição

A 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro, acaba de anunciar os nomes dos presidentes dos júris internacionais deste ano: Damien Chazelle, Alice Diop e Jonas Carpignano. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da Biennale di Venezia por recomendação de Alberto Barbera, diretor artístico do festival. 

O cineasta americano Damien Chazelle, que participou de Veneza com La La Land: Cantando Estações e O Primeiro Homem, presidirá o Júri Internacional da Competição, que designará o Leão de Ouro e outros prêmios oficiais. Em comunicado, disse: “Durante dez dias todos os anos, esta cidade das artes, de Tintoretto, Ticiano e Veronese, torna-se uma cidade do cinema e estou honrado e feliz por ser convidado para liderar o júri deste ano. Mal posso esperar para descobrir uma nova safra de grandes filmes”.

A diretora francesa Alice Diop comandará o júri do Prêmio Luigi De Laurentiis, Leão do Futuro, entregue a um filme de estreia; no ano passado, seu longa Saint Omer venceu nesta mesma categoria e também o Grande Prêmio do Júri. Ao aceitar o convite, disse: “Que grande honra e que grande alegria ter sido escolhida para presidir o Luigi De Laurentiis em um festival que me acolheu e tanto me ofereceu no ano passado. Estou feliz por passar o bastão este ano e trabalhar para ver uma nova voz emergir na paisagem cinematográfica que o Festival de Veneza sempre procurou renovar”.

Jonas Carpignano, cineasta ítalo-americano dos filmes Mediterrânea, Ciganos da Ciambra (coprodução brasileira) e A Chiara, foi convidado para presidir o júri da mostra Orizzonti. O diretor, premiado em Veneza com o curta-metragem A Chjàna, em 2011, disse: “É uma grande honra presidir o júri da Orizzonti este ano. Estou muito grato ao Festival de Cinema de Veneza por este privilégio. Ano após ano, a rica e ousada seleção da Orizzonti nos oferece uma profunda imersão no mundo do cinema. Mal posso esperar para viver as emoções e vivenciar as diversas realidades que vamos conhecer nas salas do Lido. Ter a oportunidade de ver alguns dos melhores filmes do ano em um dos locais mais bonitos do mundo é algo verdadeiramente especial”.

O Festival de Veneza também revelou que a atriz italiana Caterina Murino, dos filmes Meu Irmão, Minha Irmã, Maestro(s) e Encurralados em Veneza, será a anfitriã das noites de abertura e encerramento no Palazzo del Cinema no Lido. Além disso, Tony Leung Chiu-wai e Liliana Cavani serão homenageados com o Leão de Ouro honorário

Foto: Aaron Poole/©A.M.P.A.S.

Mostra Cinema Novo Britânico será realizada na Cinemateca Brasileira com programação gratuita

por: Cinevitor
David Bradley no filme Kes, de Ken Loach

A Cinemateca Brasileira exibirá 19 títulos na Mostra Cinema Novo Britânico, que acontecerá entre os dias 18 e 28 de maio na sala Grande Otelo e na área externa. A programação é gratuita e os ingressos serão distribuídos na bilheteria uma hora antes de cada sessão.

Os Cinemas Novos das décadas de 1950 e 1960 até hoje fazem espectadores se levantarem de seus sofás para encherem as salas de cinema. Esse fenômeno cinematográfico internacional deu proeminência a autores como Godard e Truffaut na França; Wim Wenders, Herzog e Fassbinder na Alemanha; Miloš Forman, Věra ChytilováFrantišek Vláčil na Checoslováquia; e Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Joaquim Pedro de Andrade no Brasil. Porém, pouca atenção é dada ao Cinema Novo Britânico.

Lindsay Anderson, um dos pioneiros do movimento, há muito reclamava que o cinema havia adquirido uma estrutura esnobe, anti-intelectual e emocionalmente inibida. Querendo revolucionar essa estrutura, cineastas como Tony Richardson, John Schlesinger e Ken Loach apostaram em temáticas sociais (as dificuldades da classe trabalhadora do Norte da Inglaterra), no estilo observacional do cinema direto, e, principalmente, no personagem do Jovem Homem Revoltado (Angry Young Man). A Mostra Cinema Novo Britânico traz um panorama dessa mistura de neorrealismo, linguagem experimental e anti-heróis.

A mostra será acompanhada de um curso ministrado pela professora Drª da Universidade de São Paulo, Cecília Mello Antakly, composto por quatro aulas: O Free Cinema dos anos 1950; O Cinema Novo Britânico dos anos 1950 e 1960; Reverberações do Cinema Novo Britânico na televisão: Ken Loach; e Reverberações do Cinema Novo Britânico na música: dos Beatles ao Arctic Monkeys. As aulas são gratuitas e presenciais aos sábados e domingos das 16h às 18h; as inscrições devem ser feitas pelo site da Cinemateca Brasileira.

Conheça os filmes que serão exibidos na Mostra Cinema Novo Britânico:

A Mulher que Pecou (The L-Shaped Room), de Bryan Forbes (1962)
A Solidão de uma Corrida sem Fim (The Loneliness of the Long Distance Runner), de Tony Richardson (1962)
Almas em Leilão (Room at the Top), de Jack Clayton (1958)
Cathy Come Home, de Ken Loach (1966)
Como Conquistar as Mulheres (Alfie), de Lewis Gilbert (1966)
Kes, de Ken Loach (1969)
O Criado (The Servant), de Joseph Losey (1963)
O Mundo Fabuloso de Billy Liar, de John Schlesinger (1963)
O Pranto de um Ídolo (This Sporting Life), de Lindsay Anderson (1963)
Odeio Essa Mulher (Look Back In Anger), de Tony Richardson (1959)
Se… (If…), de Lindsay Anderson (1968)
Tudo Começou num Sábado (Saturday Night and Sunday Morning), de Karel Reisz (1960)
Um Gosto de Mel (A Taste of Honey), de Tony Richardson (1961)
Up the Junction, de Ken Loach (1965)

*Clique aqui e confira a programação completa.

Foto: Divulgação.

MTV Movie & TV Awards 2023: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Pedro Pascal: premiado por The Last of Us

Foram revelados neste domingo, 07/05, os vencedores do MTV Movie & TV Awards 2023, considerado um dos prêmios mais divertidos do cinema e da TV, que conta com votação do público. O terror Pânico VI, de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, se destacou e levou dois prêmios, entre eles, o de melhor filme

Neste ano, a cerimônia de premiação, que aconteceria no Barker Hangar, em Los Angeles, sofreu algumas alterações por conta da greve dos roteiristas. O show, que seria ao vivo, foi pré-gravado e transmitido para o público no domingo. A decisão da Paramount Global e do produtor executivo do MTV Movie & TV Awards, Bruce Gillmer, foi tomada depois da desistência de alguns convidados e também por conta de uma suposta manifestação que seria realizada pelo Writers Guild of America em frente ao local do evento.

A consagrada atriz e produtora Drew Barrymore, que estava confirmada como apresentadora oficial da cerimônia e foi uma das premiadas da noite, desistiu do cargo em apoio aos colegas roteiristas, mas confirmou sua participação na edição do próximo ano.

Entre os vencedores, Pedro Pascal foi eleito o melhor herói pela série The Last of Us, levou a pipoca dourada e fez um discurso emocionante: “Sou um filho da MTV, cresci na MTV. Isso significa muito para mim. Gostaria que estivéssemos todos juntos para poder olhar nos olhos de cada um e dizer que todos os jovens do mundo são meus heróis. Eu não estaria aqui se não fosse por vocês. Vocês merecem verdadeiros heróis neste mundo porque são verdadeiros heróis para mim”.

A atriz Jennifer Coolidge, destaque na premiada série The White Lotus, recebeu o prêmio Gênio da Comédia, honraria já entregue para nomes como Jack Black, Will Ferrell, Kevin Hart, Melissa McCarthy e Sacha Baron Cohen. Em seu discurso pré-gravado expressou apoio aos roteiristas e pela luta por direitos dos artistas em todos os lugares. O Comedic Genius Award homenageia atores e atrizes que fizeram contribuições incomparáveis ao mundo da comédia, proporcionando uma grande influência por meio de seu trabalho e transformando o gênero em geral.

Conheça os vencedores do MTV Movie & TV Awards 2023:

MELHOR FILME
Pânico VI

MELHOR SÉRIE
The Last of Us

MELHOR ATUAÇÃO | FILME
Tom Cruise, por Top Gun: Maverick

MELHOR ATUAÇÃO | SÉRIE
Jenna Ortega, por Wandinha

MELHOR HERÓI
Pedro Pascal, por The Last of Us

MELHOR VILÃO/VILÃ
Elizabeth Olsen, por Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

MELHOR BEIJO
Madison Bailey e Rudy Pankow, por Outer Banks

MELHOR ATUAÇÃO | COMÉDIA
Adam Sandler, por Mistério em Paris

MELHOR ATUAÇÃO | REVELAÇÃO
Joseph Quinn, por Stranger Things

MELHOR LUTA
Courteney Cox vs. Ghostface, em Pânico VI

MELHOR ATUAÇÃO ASSUSTADA
Jennifer Coolidge, por The White Lotus

MELHOR DUPLA
Pedro Pascal e Bella Ramsey, por The Last of Us

MELHOR ELENCO INCRÍVEL
Stranger Things

MELHOR MÚSICA
Carolina, por Taylor Swift (Um Lugar Bem Longe Daqui)

MELHOR DOCUMENTÁRIO MUSICAL
Selena Gomez: Eu e a Minha Mente

MELHOR REALITY SHOW | DOCUMENTÁRIO
The Kardashians

MELHOR SÉRIE DE COMPETIÇÃO
RuPaul’s Drag Race: All Stars

MELHOR APRESENTADOR/APRESENTADORA
Drew Barrymore, por The Drew Barrymore Show

MELHOR EQUIPE | REALITY SHOW
Ariana Madix, Katie Maloney, Scheana Shay e LaLa Kent, por Vanderpump Rules

MELHOR MOMENTO MUSICAL
Come Back Home, por Sofia Carson; em Continência ao Amor

Foto: Reprodução YouTube/MTV.

Prêmio ABC 2023: Associação Brasileira de Cinematografia anuncia finalistas

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry

A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.

Hoje são mais de 450 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC e do Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.

A ABC ainda atua na área do direito autoral, seguindo a tendência de reconhecimento dos direitos legais de coautoria nas obras audiovisuais nos moldes que já vêm ocorrendo em alguns países europeus. Aperfeiçoando-se no dia a dia da convivência entre os colegas, a Associação, hoje a maior do gênero no país, planeja um crescimento orgânico, com ênfase na qualidade dos seus quadros, para proporcionar uma melhor qualificação técnica, artística e ética para os profissionais da produção audiovisual brasileira.

O Prêmio ABC de Cinematografia teve sua primeira edição em 2001 e os vencedores deste ano serão anunciados no sábado, 13/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Os finalistas foram selecionados no segundo turno pelas sócias e sócios da ABC, que escolheram os cinco melhores trabalhos entre os sete que foram selecionados pelos júris de cada categoria no primeiro turno.

Conheça os finalistas ao Prêmio ABC 2023:

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
A Colmeia, por Bruno Polidoro
A Praia do Fim do Mundo, por Petrus Cariry
Doutor Gama, por Cristiano Conceição
Marte Um, por Leonardo Feliciano
Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, por Uli Burtin

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Eneida, por Heloisa Passos, Hellen Braga e Julia Zakia
Imagine 2030, por Caio Mazzilli
Kobra Auto Retrato, por Lauro Escorel
Pasajeras, por Luciana Baseggio
Segredos do Putumayo, por André Lorenz Michiles e Fabio Bardella

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Bem-vinda a Quixeramobim, por Juliana Ribeiro
Carvão, por Marinês Mencio
Eduardo e Mônica, por Thiago Marques
O Clube dos Anjos, por Fernanda Carlucci
O Pastor e o Guerrilheiro, por Ana Paula Cardoso
Vale Night, por Glauce Queiroz

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Aldeotas, por Helena Maura
Galeria Futuro, por Saulo Simão e Alexandre Boechat
Mar de Dentro, por Willem Alves Dias
Noites Alienígenas, por André Sampaio
Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, por Renato Lima

MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Exu e o Universo, por Danilo J. Santos
Kobra Auto Retrato, por Lina Chamie
O Presidente Improvável, por Lyana Peck
Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, por Washington Deoli
Segredos do Putumayo, por André Finotti

MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Eduardo e Mônica, por Pedro Sá, Miriam Biderman, Ricardo Reis e Toco Cerqueira
Ela e Eu, por Valéria Ferro, Daniel Turini, Fernando Henna, Henrique Chiurciu, Lars Halvorsen e Morten Green
Marte Um, por Marcos Lopes, Tiago Bello e Marcos Lopes
O Clube dos Anjos, por Juliano Zoppi, Tiago Raposinho e Pedro Gois
Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, por Kiko Tchilian e Luiz Adelmo

MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Kobra Auto Retrato, por Juliano Zoppi e Pedro Noizyman
Miúcha, a Voz da Bossa Nova, por Emiliano Sette, Rodrigo Sacic e Pierre-Yves Gauthier
O Presidente Improvável, por Ivan Muniz, Miriam Biderman e Ricardo Reis
Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, por Andressa Clain Neves, Hyran de Mula, Ruben Valdes, Marilia Mencucini e Daniel Turini
Segredos do Putumayo, por Léo Bortolin, Miriam Biderman e Ricardo Reis

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM
Chronos, por Gui Merlino e Caetano Braga
Da Ponte pra Cá, por Junior Malta
O Afinador de Silêncios, por Paul Bessa
O Caminho de Hans, por Kairo Lenz
Queime este Corpo, por Lícia Arosteguy
Último Domingo, por Fernando Macedo

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV
Irmandade (2º temporada, episódio 1), por Kauê Zilli
Manhãs de Setembro (episódio 3), por Lito Mendes da Rocha
Pico da Neblina (episódio 1), por Glauco Firpo, Cristiano Conceição e Flavio Zangrandi
Rota 66: A Polícia que Mata (episódio 1), por Eduardo Dalle Piagge
Vale dos Esquecidos (episódio 10), por Felipe Reinheimer e Gustavo Hadba

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV
El Presidente: Jogo da Corrupção (episódio 2), por Frederico Pinto
O Cangaceiro do Futuro (episódio 2), por Juliana Ribeiro
O Rei da TV (episódio 5), por Rafael Ronconi
Rota 66: A Polícia que Mata (episódio 2), por Marcos Alberto Pedroso
Turma da Mônica – A Série (episódio 1), por Mariana Falvo

MELHOR EQUIPE DE SOM | SÉRIE DE TV
Encantado’s (episódio 1), por João Curvello e Ariel Henrique
Manhãs de Setembro (2ª temporada, episódio 1), por Evandro Lima, Gabi Cunha, Miriam Biderman e Ricardo Reis
Rota 66: A Polícia que Mata (episódio 2), por Gabriela Alves da Cunha, Loud+ e Gustavo Garbato
Sintonia (3ª temporada, episódio 6), por Leandro Lima, Alessandro Laroca e Eduardo Virmond Lima
Sob Pressão (5ª temporada, episódio 1), por Jorge Saldanha, Yan Saldanha, Pedro Saldanha, Alessandro Laroca e Eduardo Virmond Lima

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE
AMEIANOITE, de Pabllo Vittar e Gloria Groove; por Adolpho Veloso
Depois do Universo, de Giulia Be; por Kauê Zilli
La Biquera, de Garibaldi; por Maria Navarro e Rafael Mattar
My Meisie, de WinniT; por Paul Bessa
Pra Gente Acordar, de Gilsons; por Bernardo Negri

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL
Afluências, por Iasmin Soares (Universidade Federal da Paraíba)
Batimentos, por Lucas Vespero (Universidade de São Paulo)
Madrugada, por Rebeca Francoff (Universidade Federal de Pelotas)
Olhares Trêmulos, por Luiza Tomaz e Natalia Evangelista (Universidade de São Paulo)
Para Joana, por Beatriz Potenza (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO
Black Princess 140 anos, por Felipe Hermini
Natura Essencial, por Alex Akira Vecchi
Nike Veste a Garra, por Adolpho Veloso
Spaten, por Fernando Bertoluci
Thirst, por Larissa Zaidan

Foto: Petrus Cariry.

IndieLisboa 2023: conheça os vencedores; filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
Cena do documentário Miúcha, a Voz da Bossa Nova: premiado

Foram anunciados neste sábado, 06/05, os vencedores da 20ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema, conhecido por promover filmes independentes e apoiar a divulgação destes títulos na capital portuguesa, sendo considerado o maior festival português de cinema. 

Neste ano, o cinema brasileiro, que marcou presença com diversos títulos, se destacou na Competição Internacional com Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky, que recebeu Menção Especial. A justificativa do júri diz: “A Menção Especial vai para o filme, que com o seu compromisso com histórias de mulheres e do seu cotidiano, nos coloca diretamente numa luta contemporânea única de mães durante os tempos liminares de um drama social. De uma forma extremamente conceitual, o filme confronta-nos com as complexidades de ser um sujeito feminino em tempos de populismo de direita radical. Mostra-nos que é possível uma outra forma de resistência”.

O documentário Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Liliane Mutti e Daniel Zarvos, foi eleito o melhor filme da mostra IndieMusic. A justificativa do júri diz: “Sobre Miúcha, posso referir que pessoalmente me marcou assistir certa vez, durante uma estadia no Rio, um famoso concerto de 1978. Acompanhada de Tom Jobim, Vinicius e Toquinho, interpretou temas deles e do seu irmão Chico Buarque. Cantava com um sorriso gigante que a caracteriza; e a química que existia entre eles era notória e efervescente. Como ela mesma diz às tantas no documentário, teve relações muito estreitas e intensas com os grandes nomes da bossa nova; bebeu na fonte. Neste filme, conhecemos seu percurso de forma muito íntima, narrado em primeira pessoa, através de uma rica documentação de áudio, filmes, fotografias, cartas, aquarelas em formas animadas… Assistimos a um lado mais “negro” e real de um casamento com João Gilberto, que causou grandes entraves à sua carreira artística; e como mais tarde se liberou. Cosmopolita e com uma voz que se distingue do padrão clássico da bossa nova, celebramos assim a vida desta cantora que saiu da sombra de um gigante e se tornou um deles”.

O júri desta edição foi formado por: Adolfo Luxúria Canibal, Aistė Račaitytė e Marta Popivoda na Competição Internacional de longas-metragens; Annabelle Aventurin, Ary Zara e Gabriel Böhmer na Competição de curtas-metragens; a cineasta brasileira Anita Rocha da Silveira, Mads K. Mikkelsen e Pedro Segura na Competição Nacional; Falcão Nhaga e Lur Olaizola na mostra Novíssimos; Claire Simon, Djamila Grandits e Yasuhiro Morinaga na mostra Silvestre; e João Branco Kyron, José Marmeleira e Rita Braga na IndieMusic.

Confira a lista completa com os vencedores do IndieLisboa 2023:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGA-METRAGEM

Grande Prêmio Cidade de Lisboa: Safe Place, de Juraj Lerotić (Croácia)
Prêmio Especial do Júri: Le Barrage, de Ali Cherri (França/Sudão/Líbano/Alemanha/Sérvia)
Menção Especial: Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky (Brasil)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | CURTA-METRAGEM

Grande Prêmio: Suddenly TV, de Roopa Gogineni (Qatar/Sudão)
Melhor Curta de Animação: Hotel Kalura, de Sophie Koko Gate (Reino Unido)
Melhor Curta Documentário: La mécanique des fluides, de Gala Hernández Lopez (França)
Melhor Curta Ficção: Howling, de Aya Kawazoe (Japão)

COMPETIÇÃO NACIONAL

Melhor Filme Português: Mal Viver | Viver Mal, de João Canijo (Portugal/França)
Melhor Direção: Catarina Mourão, por Astrakan 79
Melhor curta-metragem português: Dildotectónica, de Tomás Paula Marques (Portugal)
Prêmio Novo Talento: Dias de Cama, de Tatiana Ramos (Portugal)

COMPETIÇÃO NOVÍSSIMOS

Prêmio Novíssimos: A Minha Raiva é Underground, de Francisca Antunes (Portugal)

MOSTRA SILVESTRE

Melhor longa-metragem: Trenque Lauquen, de Laura Citarella (Argentina/Alemanha)
Menção Especial: Saint Omer, de Alice Diop (França)
Melhor curta-metragem: House of the Wickedest Man in the World, de Jan Ijäs (Finlândia)
Menção Especial: A History Of The World According To Getty Images, de Richard Misek (Noruega/Reino Unido)

MOSTRA INDIEMUSIC

Prêmio IndieMusic: Miúcha, a Voz da Bossa Nova, de Liliane Mutti e Daniel Zarvos (Brasil/França/EUA) e The Elephant 6 Recording Co., de C.B. Stockfleth (EUA)
Menção Especial: Even Hell has its Heroes, de Clyde Petersen (EUA)

PRÊMIO DO PÚBLICO

Longa-metragem: Remember to Blink, de Austéja Urbaité (Lituânia)
Curta-metragem: The Diamond, de Vedran Rupic (Suécia)
IndieJúnior: Mexilhões e Batatas Fritas (Moules-Frites), de Nicolas Hu (França)

OUTROS PRÊMIOS

Prêmio Árvore da Vida | Melhor filme português: Rosinha e Outros Bichos do Mato, de Marta Pessoa (Portugal)
Prêmio Árvore da Vida | Menção Especial: As Lágrimas de Adrian, de Miguel Moraes Cabral (Portugal/Bélgica)
Prêmio Amnistia Internacional: Endless Sea, de Sam Shainberg (EUA)
Prêmio MUTIM: A Minha Raiva é Underground, de Francisca Antunes (Portugal)
Prêmio Escolas: Dias de Cama, de Tatiana Ramos (Portugal)
Prêmio Escolas | Menção Especial: Morte em Agosto, de Bruno Abib (Portugal)
Prêmio Universidades: Índia, de Telmo Churro (Portugal)
Prêmio Universidades | Menção Especial: Mal Viver | Viver Mal, de João Canijo (Portugal/França)

Foto: Divulgação.

Rio LGBTQIA+ 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Paulo Lima Firmino e Enio Cavalcante no curta potiguar BOYCAM

A 12ª edição do Rio Festival de Cinema LGBTQIA+ acontecerá entre os dias 6 e 12 de julho com filmes brasileiros e internacionais, entre longas, médias e curtas-metragens de ficção, documentário, animação e experimental. O evento é dedicado à exibição e celebração de obras que abordam temas relacionados à comunidade com o objetivo de promover a visibilidade, a representatividade e a diversidade das histórias LGBTQIA+ na tela.

Neste ano, foram selecionados 80 títulos: 14 longas e 66 curtas; 35 curtas são brasileiros e 31 internacionais. A programação deste ano apresenta representação para pessoas LGBTQIA+ maduras. Ao mostrar personagens em diferentes fases da vida, esses filmes ajudam a quebrar estereótipos, promover a visibilidade e a diversidade dentro da comunidade, e desafiar o mito de que a identidade LGBTQIA+ está restrita à juventude. 

O júri desta 12ª edição será formado por: Aleques Eiterer, Antonio Carlos Moreira, Luiz Carlos Lacerda e Mércia Britto na mostra de longas-metragens; Erly Vieira Jr, Leticia Carolina Nascimento e Marcelo Cuhexê na mostra de curtas-metragens; e Anderson Mahanski, Leonardo Cesar e Zé Pedro Rosa na mostra Div.A. Os filmes escolhidos pelo Júri Oficial receberão prêmios da Naymovie, do CTAv, Centro Técnico Audiovisual, e o troféu do festival.

A programação completa do Rio LGBTQIA+ 2023 acontecerá no Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural Justiça Federal, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Estação, Instituto Cervantes e Consulado Geral da Argentina. O Coro LGBTQIA+ da Rocinha, sob regência de Anderson Vieira, se apresentará na sessão de abertura do festival.

Conheça os filmes selecionados para o 12º Rio LGBTQIA+:

LONGAS-METRAGENS

A Cozinha, de Johnny Massaro (RJ)
Afeminadas, de Wesley Gondim (DF)
Capim-Navalha, de Michel Queiroz (GO)
Casa Izabel, de Gil Baroni (PR)
Comigo Num Se Pode, de Tássia Araújo (PI)
Corpo Presente, de Leonardo Barcelos (MG)
Cross Dreamers, de Soledad Velasco (Argentina)
Germino Pétalas no Asfalto, de Coraci Ruiz e Julio Matos (SP)
Los Agitadores, de Marco Berger (Argentina)
Música+Amor+Dança+Sodomia, de Rian Córdova e Leonardo Menezes (RJ)
Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ)
Peixe Abissal, de Rafael Saar (RJ)
Surdes, de Carol Argamim Gouvêa e Thays Prado (SP)

CURTAS NACIONAIS

Ana Rúbia, de Diego Baraldi e Íris Alves Lacerda (MT)
Anarriê, de Neto Astério (SE)
Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira (GO)
Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (SC)
BOYCAM, de Arlindo Bezerra, Rodrigo Sena e Ernani Silveira (RN)
Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA)
Concha de Água Doce, de Lau Azevedo e João Pires (RS)
Dois Elefantes, de Leonel Costa (SP)
Gorete Canivete, de Rivanildo Feitosa (PI)
Jeniffer, de Matheus Mendes (RN)
Lalabis, de Noá Bonoba (CE)
Manchas de Sol, de Martha Mariot (RS)
Naquele Dia Escuro, de Daniel Guarda (SP)
Nem o Mar tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB)
No Reflexo do Meu Nome, de Sillas H e Vini Poffo (SC)
O Tratado do Vão Combate ou A Pequena História de uma Bixinha Qualquer, de Márcio Januário e Henrique Drebes (BA)
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Procura-se Bixas Pretas, de Vinicius Eliziário (BA)
Promessa de um Amor Selvagem, de Davi Mello (SP)
Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE)
Recife, Marrocos, de Alexandre Figueirôa (PE)
Se Trans For Mar, de Cibele Appes (SP)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira (BA)

CURTAS CARIOCAS

A Luta Continua, de Janice Ghiraldini e Francisco Santos
A Ronda, de Rogerio Cavalcante e Castro
APP Oficina do Diabo, de Daniel Manhães 
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna 
Iceberg, de Will Domingos 
Íris, de Sofia Travassos
O Fundo dos Nossos Corações, de Letícia Leão

CURTAS INTERNACIONAIS

Ad Achshav, de Daniel Gat (Israel)
Amo Cada Átomo de tu Cuerpo, de Alejandro Lobo León (Espanha)
Bigger Is Better, de Larry Tung (Taiwan/EUA)
Buffer Zone, de Savvas Stavrou (Chipre/Reino Unido)
Celebracion, de Ricardo Silva Ortega (México)
Despierta, de Cecilia Gessa (Espanha)
Eating Papaw on the Seashore, de Rae Wiltshire e Nickose Layne (Guiana)
Everyman, de Jack Goessens (Reino Unido)
Flores del Otro Patio, de Jorge Cadena (Suíça/Colômbia)
Glitter, de Mauricio Sandoval Ron (Argentina)
Grafting Self, de Ian Kaler (Alemanha/Áustria)
Hex The Patriarchy, de Anne Brashier (EUA)
Incomplete, de Sasha Korbut (EUA)
Intimità, de Matteo Giampetruzzi (Itália)
Le Feu Au Lac, de Pierre Menahem (França)
Le Roi Qui Contemplait la Mer, de Jean-Sébastien Chauvin (França)
Love, Barbara, de Brydie O’Connor (EUA)
Luz de Presença, de Diogo Costa Amarante (Portugal)
Madrid, Mala Vida, de Ignacio Ruiz, Isabela Bianchi, Pablo Adiego Almudevar e María Gómez (Espanha)
Muñeca, de Carlos González Fernández e Alberto Macasoli (Espanha)
Nhím, de Nicolas Graux e Tru’o’ng Minh Quý (Bélgica/Singapura/Vietnã)
Nube, de Cooperativa Lavaca (Argentina)
Scred TBM, de Kevin Le Dortz (França)
The Dalles, de Angalis Field (EUA)
Write Here, de Jake Muñoz Consing (Filipinas)

Div.A – DIVERSIDADE EM ANIMAÇÃO

A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
Central Tocaia, de Thiago Pombo (PE)
Christopher at Sea, de Tom C J Brown (França)
Íris, de Sofia Travassos (RJ)
Luv U Cuz, de Eric Pumphrey (EUA)
O Teu Nome É, de Paulo Patrício (Portugal)
Strass, de Julián Lassa Ortiz (Argentina)
The Perpetrators, de Richard Squires (Reino Unido)
The Secret Lives of Lesbians Cats, de Kate Jessop (Reino Unido)

*Clique aqui e confira a seleção completa das Mostras Especiais.

Foto: Rodrigo Sena.

Cannes Classics 2023 exibirá documentário sobre Nelson Pereira dos Santos

por: Cinevitor
O cineasta brasileiro disputou a Palma de Ouro três vezes

Desde o início dos anos 2000, o Festival de Cannes criou a mostra Cannes Classics, uma seleção que permite exibir o trabalho de valorização do cinema patrimonial realizado por produtoras, proprietários de direitos, cinematecas e arquivos nacionais de todo o mundo. Atualmente, faz parte da Seleção Oficial do evento e apresenta obras-primas e raridades do cinema em cópias restauradas, além de homenagens e títulos inéditos. 

Nesta edição de 2023, a mostra Cannes Classics é dedicada ao consagrado cineasta Jean-Luc Godard, que faleceu em setembro do ano passado. A programação exibirá o clássico O Desprezo, protagonizado por Brigitte Bardot, em cópia restaurada, além de Drôles de guerres, seu último trabalho; a seleção traz também o documentário inédito Godard par Godard, de Florence Platarets.

O cinema brasileiro marca presença com o documentário Nelson Pereira dos Santos: Vida de Cinema, de Aida Marques e Ivelise Ferreira, que narra o legado do consagrado cineasta, que disputou a Palma de Ouro três vezes: em 1964 com Vidas Secas; em 1970 com Azyllo Muito Louco; e em 1975 com O Amuleto de Ogum. Em 1984, ganhou o Prêmio FIPRESCI com Memórias do Cárcere, que foi exibido na Quinzena dos Realizadores. O cinema de Nelson Pereira dos Santos, precursor do Cinema Novo e que morreu em 2018, projeta o Brasil aos olhos do mundo há seis décadas.

Outro destaque da seleção da Cannes Classics é Chambre 999, de Lubna Playoust. Em 1982, Wim Wenders pediu para 16 colegas diretores que falassem sobre o futuro do cinema, resultando no filme Quarto 666. Agora, 40 anos depois, em Cannes, a diretora Lubna Playoust repete ao próprio Wim Wenders e a uma nova geração de cineastas, entre eles, James Gray, Rebecca Zlotowski, Claire Denis, Olivier Assayas, Nadav Lapid, Asghar Farhadi e Alice Rohrwacher, a mesma pergunta: “o cinema é uma linguagem prestes a se perder ou uma arte prestes a morrer?”.

A programação conta também com Liv Ullmann – A Road Less Travelled, de Dheeraj Akolkar, que explora a vida multifacetada da icônica atriz, escritora, diretora, autora e ativista Liv Ullmann e sua extraordinária carreira internacional; e La Saga Rassam-Berri, le cinéma dans les veines, de Michel Denisot e Florent Maillet, documentário que conta a emocionante e desconhecida história da dinastia Berri-Rassam com o produtor Paul Rassam.

A mostra Cannes Classics também celebra o legado do cineasta japonês Yasujirō Ozu, que morreu em 1963, com exibições em cópias restauradas de Discurso de um Proprietário (Nagaya shinshiroku), de 1947, e As Irmãs Munekata (Munekata kyōdai), de 1950. Além disso, Jim Jarmusch e Carter Logan, membros fundadores do grupo Sqürl, compuseram uma trilha sonora para quatro filmes do cineasta Man Ray como se estivessem formando uma peça única. A exibição de Le retour à la raison celebra o 100º aniversário da obra cinematográfica do diretor e revela o diálogo único entre dois artistas multitalentosos.

Para celebrar Michael Douglas, que será homenageado com a Palma de Ouro honorária, a mostra exibirá Michael Douglas, le fils prodige, de Amine Mestari, documentário que narra como o ator teve que lidar com a semelhança com o pai, o consagrado Kirk Douglas, ao longo de sua carreira para afirmar sua diferença.

Além da Cannes Classics, o festival também divulgou a programação da mostra Cinéma de la Plage, que foi criada em 2001 com a proposta de exibir ao ar livre, na praia de Macé, filmes antológicos e também títulos em estreia mundial fora de competição. Neste ano, a seleção exibe o clássico Thelma & Louise; celebra o ator Jean-Pierre Bacri, que morreu em 2021, com o filme Assim é a Vida; homenageia o ator e diretor Bruce Lee nos 50 anos de sua morte; presta um tributo ao cineasta espanhol Carlos Saura, que faleceu em fevereiro deste ano, com o clássico Carmen, que disputou a Palma de Ouro em 1983; faz uma homenagem ao produtor Ed Pressman, que faleceu em janeiro deste ano, com a exibição de Terra de Ninguém, de Terrence Malick; entre outros.

Conheça os novos filmes selecionados para o Festival de Cannes 2023:

CANNES CLASSICS

A Vila da Esperança (Sie fanden eine Heimat), de Leopold Lindtberg (Suíça) (1953)
Amor Louco (L’Amour fou), de Jacques Rivette (França) (1967)
Barev, yes em, de Frounze Dovlatian (Armênia) (1965)
Calígula, de Tinto Brass (EUA/Itália) (1976)
Ces Messieurs de la santé, de Pierre Colombier (França) (1934)
Como Fera Encurralada (Classe tous risques), de Claude Sautet (França/Itália) (1970)
Es, de Ulrich Schamoni (Alemanha) (1966)
Hombre de la esquina rosada, de René Mugica (Argentina) (1962)
Ishanou, de Aribam Syam Sharma (Índia) (1990)
Le Rendez-vous des quais, de Paul Carpita (França) (1955)
Mississippi Blues, de Bertrand Tavernier e Robert Parrish (França) (1983)
O Esqueleto da Sra. Morales (El esqueleto de la Señora Morales), de Rogelio A. González (México) (1959)
O Ferroviário (Il ferroviere), de Pietro Germi (Itália) (1956)
Quando Fala o Coração (Spellbound), de Alfred Hitchcock (EUA) (1945)
Sziget a szárazföldön, de Judit Elek (Hungria) (1969)

DOCUMENTÁRIOS

100 Years of Warner Bros., de Leslie Iwerks (EUA)
Anita, de Svetlana Zill e Alexis Bloom (EUA)
Nelson Pereira dos Santos: Vida de Cinema, de Aida Marques e Ivelise Ferreira (Brasil)
Viva Varda!, de Pierre-Henri Gibert (França)

LE CINÉMA DE LA PLAGE

Alberto Express, de Arthur Joffé (França) (1990)
Assim é a Vida (Le Sens de la fête), de Éric Tolédano e Olivier Nakache (França) (2017)
Carmen, de Carlos Saura (Espanha) (1982)
Flo, de Géraldine Danon (França) (2023)
L’Eté en pente douce, de Gérard Krawczyk (França) (1987)
Mars Express, de Jérémie Périn (França) (2023)
O Voo do Dragão (The Way of the Dragon), de Bruce Lee (Hong Kong) (1972)
Robot Dreams, de Pablo Berger (Espanha/França) (2023)
Sarafina! O Som da Liberdade, de Darrell Roodt (África do Sul/Reino Unido/França/EUA) (1992)
Terra de Ninguém (Badlands), de Terrence Malick (EUA) (1973)
Thelma & Louise, de Ridley Scott (EUA) (1990)
Underground: Mentiras de Guerra, de Emir Kusturica (Iugoslávia) (1995)
Verão Assassino (L’Été meurtrier), de Jean Becker (França) (1983)

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

Vladimir Carvalho será homenageado no 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

por: Cinevitor
O cineasta paraibano já realizou mais de vinte filmes

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou a data e o local da 22ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro: 23 de agosto, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. A maior premiação do audiovisual do país, que reúne anualmente centenas de realizadores, atores e profissionais do setor, será transmitida ao vivo para todo o país pelo canal da Academia no YouTube e pelo Canal Brasil.

Neste ano, o homenageado será o cineasta Vladimir Carvalho. Nascido em Itabaiana, na Paraíba, o documentarista tem uma vasta obra e mais de vinte filmes, como: O País de São Saruê (1971), Quilombo (1975), Conterrâneos Velhos de Guerra (2001) e Rock Brasília: Era de Ouro (2011). Hoje, aos 88 anos, Vladimir segue como referência e inspiração para novas gerações de documentaristas. Suas produções, carregadas de elementos do Cinema Novo, contam a história da nossa gente, permitindo que o Brasil se reconheça diante da tela.

Na cerimônia, que terá direção artística de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, serão anunciados 32 prêmios para longas-metragens, curtas-metragens e séries independentes brasileiras. O primeiro turno das votações tem início nesta sexta-feira, dia 5 de maio, e termina no dia 22 deste mês. Nesta fase, os sócios da Academia Brasileira de Cinema votam, entre todos os inscritos, nos títulos e profissionais que seguirão para a próxima etapa. Os cinco finalistas de cada categoria deverão ser anunciados no final de maio.

No segundo turno, os profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais elegem os vencedores. Nessa etapa, prevista para acontecer em junho, o público também poderá votar pelo site da Academia entre os finalistas nas categorias de melhor longa-metragem de ficção, melhor longa-metragem documental e melhor longa-metragem de comédia, que concorrem ao disputado prêmio de melhor filme pelo Júri Popular. Este ano, o vencedor da categoria de melhor longa de comédia será decidido exclusivamente pelo público na votação aberta. Como de costume, a abertura de todos os envelopes com os vencedores será ao vivo, sendo os resultados apurados e acompanhados pela PwC Brasil.

Para esta edição, foram inscritos: 85 longas-metragens de ficção, 35 longas-metragens documentários, 6 longas-metragens infantis, 5 longas-metragens de animação, 29 séries de ficção TV Aberta e TV Paga/OTT, 31 séries documentário TV Paga/OTT, 4 séries de animação TV Paga/OTT, 18 curtas-metragens de animação, 23 curtas documentais, 20 curtas de ficção, 12 filmes ibero-americanos e 40 filmes internacionais. Clique aqui e confira a lista completa.

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 conta com o apoio da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, por meio da RioFilme, órgão que integra a Secretaria Municipal de Cultura, e a apuração e acompanhamento pela PwC Brasil.

Foto: Walter Carvalho.

Festival de Cannes 2023: conheça os integrantes do júri

por: Cinevitor
Brie Larson: a atriz vencedora do Oscar será uma das integrantes do júri

Presidido pelo cineasta sueco Ruben Östlund, que já foi premiado com a Palma de Ouro duas vezes, o júri da 76ª edição do Festival de Cannes agora está completo. Foram anunciados nesta quinta-feira, 04/05, os nomes das personalidades da sétima arte que terão a missão de avaliar e premiar os filmes da Competição.

O time que escolherá o grande vencedor da Palma de Ouro, entre 21 filmes selecionados, conta com uma nova geração de artistas que dirigem, atuam, cantam e escrevem. Os premiados serão revelados na cerimônia de encerramento no dia 27 de maio, que contará também com a exibição da animação Elementos, de Peter Sohn.

Conheça os integrantes do júri deste ano: a cineasta marroquina Maryam Touzani, que passou por Cannes como atriz em Casablanca Beats, de Nabil Ayouch, em 2021, e como realizadora com Adam, em 2019, na mostra Un Certain Regard, e com Túnica Turquesa, no qual foi premiada no ano passado na mesma mostra; o ator francês Denis Ménochet, conhecido por filmes como Custódia, Bastardos Inglórios, A Crônica Francesa, Grand Central, Peter von Kant, o recente As Bestas, entre tantos outros; a cineasta e roteirista zambiana Rungano Nyoni, do premiado Eu Não Sou uma Bruxa; a atriz, cantora e diretora norte-americana Brie Larson, vencedora do Oscar por O Quarto de Jack e protagonista de Capitã Marvel

E mais: a cineasta e roteirista francesa Julia Ducournau, vencedora da Palma de Ouro, em 2021, com Titane; o escritor e cineasta afegão Atiq Rahimi, que foi premiado na mostra Un Certain Regard com Terra e Cinzas, em 2004, além de dirigir também A Pedra da Paciência e Nossa Senhora do Nilo; o ator e diretor norte-americano Paul Dano, que, entre tantos sucessos, passou por Cannes com A Juventude, de Paolo Sorrentino, e Okja, de Bong Joon Ho; e o cineasta argentino Damián Szifrón, que disputou a Palma de Ouro, em 2014, com Relatos Selvagens.

Julia Ducournau, vencedora da Palma de Ouro por Titane

Além disso, o Festival de Cannes também anunciou recentemente os integrantes do júri da mostra Un Certain Regard, que será presidido pelo ator norte-americano John C. Reilly, e contará com: Alice Winocour, cineasta francesa que passou por Cannes com o curta-metragem Kitchen e com os longas Augustine e Transtorno; Paula Beer, atriz alemã de Undine e Frantz; o cineasta cambojano-francês Davy Chou, que exibiu Retour à Séoul na Un Certain Regard e foi premiado na Semana da Crítica com Diamond Island; e a atriz belga Émilie Dequenne, do premiado Close, de Lukas Dhont, e vencedora dos prêmios de melhor atriz por Rosetta, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, que também levou a Palma de Ouro, e por Perder a Razão, na mostra Un Certain Regard.

Outro anúncio recente do Festival de Cannes foi o júri da Caméra d’or, que escolherá o melhor primeiro filme em exibição no festival e em suas mostras paralelas. O time será presidido pela atriz francesa Anaïs Demoustier e contará também com: Raphaël Personnaz, ator francês; a francesa Nathalie Durand, diretora de fotografia; o diretor francês Mikael Buch; Sophie Frilley, da Fédération des industries du Cinéma, de l’Audiovisuel et du Multimédia; e Nicolas Marcadé, crítico de cinema.

O Festival de Cannes 2023, que traz a atriz francesa Catherine Deneuve no pôster, em foto dos bastidores de A Chamada do Amor, de Alain Cavalier, acontecerá entre os dias 16 e 27 de maio.

Fotos: Jesse Grant e Kate Green/Getty Images.

Festival de Cannes 2023: Michael Douglas será homenageado com a Palma de Ouro honorária

por: Cinevitor
Homenagem à sua brilhante carreira

O Festival de Cannes 2023, que acontecerá entre os dias 16 e 27 de maio, anunciou nesta quarta-feira, 03/05, que o ator e produtor norte-americano Michael Douglas será o grande homenageado desta 76ª edição com a Palma de Ouro honorária.

Seguindo Forest Whitaker, Jeanne Moreau, Bernardo Bertolucci, Jane Fonda, Jean-Paul Belmondo, Manoel de Oliveira, Jean-Pierre Léaud, Agnès Varda, Alain Delon e Jodie Foster, Michael Douglas receberá a honraria, na cerimônia de abertura, em reconhecimento à sua brilhante carreira e ao seu engajamento no cinema.

Em comunicado oficial, o ator declarou: “É sempre uma lufada de ar fresco estar em Cannes, que há muito oferece uma plataforma maravilhosa para criadores ousados, audácias artísticas e excelência em narrativas. Desde minha primeira vez aqui, em 1979, com Síndrome da China, até minha estreia mais recente, em 2013, com Minha Vida com Liberace, o festival sempre me lembrou que a magia do cinema não está apenas no que vemos na tela, mas em sua capacidade de impactar as pessoas ao redor o mundo. Depois de mais de 50 anos no ramo, é uma honra retornar à Croisette para abrir o festival e abraçar e compartilhar nossa linguagem global de cinema”.

Michael Douglas participou do Festival de Cannes pela primeira vez em 1979, na 32ª edição, com Síndrome da China, de James Bridges, que disputou a Palma de Ouro. Treze anos depois, em 1992, voltou com Instinto Selvagem, de Paul Verhoeven, ao lado de Sharon Stone, na Competição. Sua terceira participação em Cannes foi no ano seguinte com Um Dia de Fúria, de Joel Schumacher, também na disputa pelo prêmio máximo.

Vinte anos depois, em 2013, voltou ao festival com Minha Vida com Liberace, de Steven Soderbergh, no qual interpreta o pianista Wladziu Valentino Liberace; o filme disputou a Palma de Ouro. Porém, sua história com o Festival de Cannes começou muito antes de tudo isso, através de seu pai, o consagrado ator Kirk Douglas, que presidiu o júri da Competição, em 1980.

Além de atuar, também assinou a produção de alguns títulos, entre eles, Um Estranho no Ninho, de Miloš Forman, que lhe rendeu o Oscar de melhor filme; em 1988, levou a estatueta dourada de melhor ator por Wall Street: Poder e Cobiça. Sua carreira inclui também: Atração Fatal, Garotos Incríveis, Meu Querido Presidente, A Guerra dos Roses, Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, O Solteirão, Homem-Formiga, Traffic, Um Crime Perfeito, A Maratona de Michael, Tudo por uma Esmeralda, Chuva Negra, Assédio Sexual, The Streets of San Francisco, O Método Kominsky, entre outros.

Além de sua valiosa contribuição ao cinema, Michael Douglas também defende múltiplas causas. Na qualidade de Mensageiro da Paz da ONU, ele está comprometido com o desarmamento nuclear em todo o mundo desde 1998 e também é defensor de longa data do controle de armas nos Estados Unidos.

Foto: Leon Bennett/Getty Images North America.