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Xuxa, o Documentário, que narra a trajetória da Rainha dos Baixinhos, estreia no dia 13 de julho

por: Cinevitor
A Rainha dos Baixinhos na nave do Xou da Xuxa

No dia 27 de março de 2023, Maria da Graça Meneghel completou 60 anos. A gaúcha de Santa Rosa, mais conhecida como Xuxa e consagrada como a Rainha dos Baixinhos, decidiu revisitar seu passado para celebrar sua aclamada trajetória artística e também pessoal.

Com estreia marcada para o dia 13 de julho, Xuxa, o Documentário, uma série original Globoplay, promete contar, em cinco episódios, uma história que o público ainda não conhece. Entre polêmicas, bastidores e nostalgia, o programa, que conta com direção geral de Pedro Bial, narra a trajetória de Maria da Graça Xuxa Meneghel e como ela se tornou um fenômeno e conquistou o Brasil e o mundo.

Além de lembranças pessoais e celebrações, o documentário, com roteiro de Camila Appel e produzido pela Endemol Shine Brasil, contará também com reencontros e depoimentos de pessoas que passaram pela vida da Rainha, entre elas: a ex-empresária Marlene Mattos; as paquitas Andrea VeigaLeticia Spiller e Tatiana Maranhão; Michael Sullivan e Paulo Massadas, responsáveis por algumas canções de sucesso da Xuxa, como Lua de Cristal; a filha Sasha e o namorado Junno Andrade; José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni; os colegas e amigos Sérgio Mallandro, Renato Aragão, Luiza Brunet e Angélica; Luciano Szafir, ex-namorado e pai de sua filha; Marcelo Ribeiro, ator do filme Amor Estranho Amor; entre outros.

Xuxa, que conquistou milhares de fãs e marcou gerações, construiu o maior império de entretenimento infantojuvenil ibero-americano. No início da década de 1990, chegou a apresentar programas de televisão no Brasil, Argentina, Espanha e Estados Unidos simultaneamente, alcançando cerca de 100 milhões de telespectadores diariamente. Também se destacou como cantora e lançou 35 álbuns de estúdio e 23 álbuns de vídeo, que, juntos, somam mais de 50 milhões de cópias vendidas. Com isso, tornou-se uma das artistas recordistas em vendas de discos no mundo. Ao longo de sua carreira, foi premiada duas vezes no Grammy e levou mais de 37 milhões de espectadores aos cinemas.

Xuxa, o Documentário, com direção de Cássia Dian e Mônica Almeida, mostrará a mulher por trás da Rainha. Para isso, Xuxa precisou revisitar seu passado e relembrar situações nem tão agradáveis. Além disso, a série recordará momentos icônicos de sua carreira, como o sucesso do Xou da Xuxa, o encontro com Michael Jackson, entre outros.

Assista ao trailer de Xuxa, o Documentário:

Foto: Divulgação/Memória Globo.

FESTin 2023: Noites Alienígenas e Fogaréu são os grandes vencedores

por: Cinevitor
Gleici Damasceno e Gabriel Knoxx em Noites Alienígenas

Foram anunciados nesta sexta-feira, 07/07, os vencedores da 14ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, já considerado um evento habitual no panorama cultural da cidade de Lisboa, que aconteceu nos cinemas Ideal, São Jorge, Fórum Lisboa e Cine Incrível.

Neste ano, o Prêmio Pessoa de melhor longa de ficção foi para o brasileiro Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, que narra a história de três personagens da periferia de Rio Branco, no Acre, impactados pela violência urbana; o filme também rendeu o troféu de melhor ator para Chico Diaz, que no ano passado foi o vencedor desta mesma categoria com Vermelho Monet. Enquanto isso, Fogaréu, de Flávia Neves, levou três prêmios, entre eles, o de melhor direção.

Léa Teixeira, diretora do FESTin, disse: “Neste ano, exploramos o tema da diversidade com uma variedade espetacular de filmes e de países participantes da lusofonia. Estamos verdadeiramente felizes. No balanço geral do festival, acho que tudo esteve muito acima das nossas expectativas”. Durante o encerramento do FESTin, os atores Marcos Frota e Karla Muga realizaram a leitura da Carta de Lisboa, uma proposta de agenda estratégica comum para o fortalecimento da produção audiovisual na CPLP, Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Além da competição, também foi exibida a tradicional Mostra Cinema Brasileiro, que acontece desde a primeira edição do festival. A seleção deste ano contou com: A Serra do Roncador ao Poente, de Armando Lacerda; Profissão Livreiro, de Pedro Lacerda; Otavio III: O Imperador, de Cavi Borges; Delicadeza, de Ciça Castello; e Pixinguinha, Um Homem Carinhoso, de Denise Saraceni e Allan Fiterman, que encerrou o evento.

Para esta 14ª edição, o júri foi formado por: Mónica de Miranda, Diogo Patrício Laço e Karla Muga nos longas de ficção; Miguel Petchkovsky, Margarida Mercês de Mello e Felipe Eduardo Varela nos documentários; e Rita de Cássia Ramos, Guilherme Peleja e Chloé Dindo nos curtas.

Conheça os vencedores do FESTin 2023:

MELHOR FILME | PRÊMIO PESSOA
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (Brasil)

MENÇÃO HONROSA | FICÇÃO
Fogaréu, de Flávia Neves (Brasil)

MELHOR FILME | PÚBLICO
Fogaréu, de Flávia Neves (Brasil)

MELHOR DIREÇÃO
Flávia Neves, por Fogaréu

MELHOR ATOR
Chico Diaz, por Noites Alienígenas

MELHOR ATRIZ
Carolina Torres, por Barranco do Inferno

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Uma Halibur Hamutuk: A Casa que Nos Une, de Ricardo Dias (Timor-Leste/Portugal)

MENÇÃO HONROSA | DOCUMENTÁRIO
Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie (Brasil)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | PÚBLICO
Lupicínio: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (Brasil)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Monte Clérigo, de Luís Campos (Portugal)

MENÇÃO HONROSA | CURTA-METRAGEM
Caiçara, de Oskar Metsavaht (Brasil)

MELHOR CURTA-METRAGEM | PÚBLICO
Flor de Laranjeira, de Rúben Sevivas (Portugal)

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Começam as filmagens de As Vitrines, novo longa-metragem de Flavia Castro

por: Cinevitor
A atriz Helena O’donnel e a diretora nos bastidores

A diretora e roteirista Flavia Castro, do premiado Deslembro, iniciou, em São Paulo, as filmagens de As Vitrines, seu terceiro longa-metragem, que é inspirado em um período de sua infância quando a família morava no Chile e se refugiou na Embaixada da Argentina em Santiago, durante a ditadura de Pinochet.

Com produção de Marcello Ludwig Maia, Vicente Amorim e Ilda Santiago, o elenco conta com as crianças Helena O’donnel e Gael Nordio como protagonistas e também com Leticia Colin, Sara Antunes, Fabio Herford, Marcos de Andrade, Marina Provenzzano, Roberto Birindelli, Julia Konrad e Gabriel Godoy.

As Vitrines se passa dentro de uma embaixada durante uma ditadura em um universo onde não existe passado, nem futuro, onde duas crianças dividem segredos e uma percepção muito particular do que os rodeia. Delimitado, o espaço representa um país dentro de outro, onde acaba de ocorrer um golpe militar.

No Chile, em setembro de 1973, muitos militantes de esquerda latino-americanos se refugiaram na Embaixada da Argentina à espera de um visto para poder ir embora. Em As Vitrines, a infância é o centro de tudo: filhos de brasileiros exilados no Chile, Pedro tem doze anos, Ana, onze. Ana olha para o mundo através dos cacos de vidro colorido que recolhe pelo jardim para construir suas pequenas instalações. Pedro sofre com a ausência da mãe, enquanto observa os adultos que revelam suas idiossincrasias na situação particular em que se encontram. No espaço circunscrito, eles testemunham o cotidiano dos adultos ritmado pelas reuniões políticas, brigas, jogos de xadrez e namoros.

A sinopse diz: a embaixada da Argentina é um dos poucos lugares seguros em Santiago depois do golpe de 1973 e acolhe centenas de refugiados. É lá que Pedro e Ana experimentam uma rara liberdade e a emoção do primeiro amor. Mas Pedro vive a angústia da mãe, que ainda está lá fora correndo perigo e Ana lida com a sua ansiedade construindo pequenas vitrines pelo jardim. Aos poucos, a ruptura que o golpe trouxe para suas infâncias se revelará.

Equipe do filme nos bastidores

“Golpe é uma das palavras mais antigas da minha vida. Nunca tive que perguntar o seu significado; eu já sabia. A palavra sempre entrava nas discussões políticas que se estendiam noite adentro lá em casa. Muitas vezes, eu adormecia embalada pelo ritmo de palavras como trotskismo, luta de classes, resistência. Eram palavras íntimas, ainda que eu não entendesse o seu significado. Mas ‘golpe’, por ter afetado nossa vida de uma forma drástica e definitiva, eu já sabia o que queria dizer (ou achava que sabia). A história das crianças que acompanharam seus pais na luta contra a ditadura é um exílio invisível sobre o qual ainda foram colocadas poucas imagens ou pouco se falou”, disse a diretora.

E completou: “O golpe de Pinochet foi de uma truculência inesperada. Minha família e eu nos refugiamos na Embaixada da Argentina em Santiago, onde ficamos confinados durante três meses. Chegaram a ser mais de setecentas pessoas numa casa, a comida era contada, e, às vezes, os ânimos se exaltavam. No entanto, quando penso na minha infância, apesar dos tiros, do risco, do medo, lembro da Embaixada como um dos momentos mais alegres da minha vida”.

“Ana e Pedro vivem numa vitrine onde o destino, o exército daquele país, os políticos, a política, seus pais e nós (que somos eles) os observamos. E onde eles se observam e se descobrem nas relações com os outros, com os poderes constituídos na embaixada, na descoberta da amizade e do amor. Ana e Pedro estão expostos. Ana constrói vitrines com pedrinhas, clipes, baganas, botões e as cobre com cacos de vidro. Cacos de vida. Pequenas vitrines onde ela tenta criar um mundo sob controle. Tarefa que é bela por impossível, necessária embora fugaz. E assim, o microcosmo de um outro tempo se torna reflexo do nosso presente, em que uma pandemia nos trancou em espaços fechados, em confinamentos indispensáveis para nossa sobrevivência. Se por um lado o isolamento nos salva, nessa estufa, nessa vitrine onde estão crescendo suas alegrias e angústias (de Ana, Pedro e nossas), vemos exposta nossa própria vida, nossas fraquezas e nossos sonhos”, finalizou a diretora.

Em 2010, Flavia dirigiu o documentário Diário de uma Busca, que conta a trajetória de seu pai, o jornalista de esquerda Celso Castro, morto em circunstâncias suspeitas no apartamento de um ex-oficial nazista, em Porto Alegre. O filme foi contemplado com vários prêmios no Brasil e no exterior, assim como seu segundo longa, Deslembro, ficção que participou da seleção oficial do Festival de Veneza, da Mostra de São Paulo e foi premiada no Festival do Rio.

Fotos: Ana Carolina Ramos.

10º Festival de Cinema de Caruaru: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Talita Mendes e Gustavo Eckel no curta paranaense O Fim da Imagem, de Gil Baroni

A décima edição do Festival de Cinema de Caruaru, que acontecerá entre os dias 21 e 26 de agosto, na região do Agreste Pernambucano, no Teatro João Lyra Filho, acaba de anunciar a lista completa com os selecionados deste ano.

Em 2023, o festival atingiu seu recorde de inscrições: 956 filmes. A curadoria foi realizada por uma equipe formada pelo cineasta e idealizador do evento Edvaldo Santos; o ator e produtor Luciano Torres; a pedagoga e psicanalista Ana Cristina; e as jornalistas Priscila Urpia e Stephanie Sá.

A seleção desta décima edição conta com 66 filmes; as produções são de 14 estados brasileiros e de outros cinco países: Argentina, Colômbia, Chile, México e Venezuela. Além de Caruaru, as exibições também acontecerão em mostras itinerantes, que percorrerão outras cidades do Agreste Pernambucano.

Conheça os filmes selecionados para o 10º Festival de Cinema de Caruaru:

MOSTRA BRASIL

A Espera, de Ana Célia Gomes (PB)
Bauxita, de Thamara Pereira (MG)
Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Cercas, de Ismael Moura (PB)
Cine Pornô: Fragmentos de Desejo e Medo, de Luís Teixeira Mendes (RJ)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (PR)
Estampido, de Djaelton Quirino dos Santos (PE)
Estela, a Menina Maraguá, de Sofia Mazaro Espinoza (SP)
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan Alves de Albuquerque (PE)
Fora do Domínio, de Giulia Valente (SP)
Lilith, de Nayane Nayse (PE)
Memórias do Fogo, de Rita de Cássia Melo, Leandro Olímpio e Irineu Cruzeiro Neto (PB)
Nada se Perde, de Renan Montenegro (DF)
Não Somos Apenas Sombras, de Dino Menezes (SP)
Os Finais de Domingos, de Olavo Júnior (CE)
Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Iuri Salles e Felipe Larozza (SP)
Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo, de Lucas Ribeiro Sousa e Luísa Caria (BA)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Será que as Casas Também Sentem Saudade?, de Leandro Machado da Silva (PE)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Uievô Opará, de Albert Ferreira e Fernando Brandão (AL)
Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ)

MOSTRA AGRESTE

…E o Vento do Norte, de Antonio Fargoni (Taquaritinga do Norte, PE)
Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Campina Grande, PB)
Anarriê, de Neto Astério (São Cristóvão, SE)
Arte e Pólvora, de Emilly Eduarda Marques (Caruaru, PE)
Confins, de Carlos Mosca (Lagoa Seca, PB)
Em Algum Lugar do Tempo, de Erick Marinho (Pesqueira, PE)
Fazendeiras do Barro: Uma História Emergente no Alto do Moura, de Sônia Regina Fortes e Daniel Victor (Caruaru, PE)
Filhos Ausentes, de Jansen Barros e Virgínia Guimarães (Santa Cruz do Capibaribe, PE)
Tesouro em Carros de Barro, de Vinícius Rios (Feira de Santana, BA)
Todo Índio Tem Ciência, de Celso Brandão e Aldemir Barros (Palmeira dos Índios, AL)
Tudo o que Restou, de Bono Siqueira (Caruaru, PE)

MOSTRA LATINO-AMERICANA

Ascendente, de Valentina Paz Camus (Argentina)
Atraso: Tempo e Vínculo, de Gastón Bejas (Argentina)
Carga Animal, de Iván Bustinduy (Argentina)
Casa Assombrada, de Pablo Gutiérrez (Colômbia)
Elena, de Diana Muñoz (México)
Empate Eterno, de Nicolás Franco Cefarelli (Argentina)
Fotógrafo de Rua, de Zoum Domínguez (Venezuela)
O que Deixamos no Caminho, de Branco Fernández Sciafa e Josefina Hidalgo (Argentina)
Promessa, de Santiago Castelo (Argentina)
Sem Pele, de Diego Pezo Paz (Chile)
Três é uma Multidão, de Juan Ignácio Villano (Argentina)

MOSTRA INFANTIL

Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
Aninha em: A Magia do Sonho, de Maria Luciana Rodrigues (PE)
Apolo, de Camila Alexandroni e Lincoln Marterson (SP)
Coelhos e Gambás, de Thomas Larson (SP)
Quintal, de Mariana Netto (BA)

MOSTRA ADOLESCENTE

Eu Youtuber, de Rodrigo Sena (RN)
O Discurso de Txai Suruí, de Alunos do Projeto Multimídia da Escola Parque (RJ)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR)
Trancinhas, de Mariana Stolf Friggi (MG)
Valentina Versus, de E.M.Z. Camargo e Anne Lise Ale (PR)

MOSTRA FANTÁSTICOS

Amor Irreal, de Lucas Reis (RS)
Apneia, de Nathan Cirino e Carol Torquato (PB)
Aurora, 2068, de Gustavo S. D. Brandão (SP)
Beto, de Thiago Morais (AM)
Cabiluda, de Arthur Colleto e Dera Santos (PE)
Cadente, de Antonio Vasconcelos (PE)
Empatia, de Marcos Aurélio Rangel (SP)
O Fim da Imagem, de Gil Baroni (PR)
O Processo, de Eduardo Aliberti (SP)
Reporte Aqui, de Amanda Signorelli (RJ)
Surpresa!, de Jorge Filho (PE)

Foto: Divulgação/Beija Flor Filmes.

Bob Marley: One Love, cinebiografia do ícone do reggae, ganha trailer oficial

por: Cinevitor
Kingsley Ben-Adir interpreta o cantor nas telonas

Dirigido por Reinaldo Marcus Green, de King Richard: Criando Campeãs, a cinebiografia Bob Marley: One Love contará a história do ícone do reggae. Em seu primeiro trailer, divulgado pela Paramount Pictures, destacam-se momentos da vida pública e privada do cantor, como o início na música, o atentado a tiros sofrido por ele em 1976 e sua luta em defesa da paz.

O filme celebra a vida e a música de um ícone que inspirou gerações através da sua mensagem de amor e união. Pela primeira vez nos cinemas, o público descobrirá a poderosa história de superação de adversidades e a jornada por trás da sua música revolucionária. Bob Marley é interpretado pelo ator Kingsley Ben-Adir e o elenco conta também com Lashana Lynch, James Norton, Tosin Cole, Anthony Welsh, Michael Gandolfini, Umi Myers e Nadine Marshall.

Bob Marley: One Love tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros para o primeiro semestre de 2024 e tem roteiro assinado pelo diretor com Zach Baylin e Frank E. Flowers. São responsáveis pela produção Cedella e Ziggy Marley, filhos do cantor e Rita Marley, esposa de Bob. Além dos nomes da família, assinam como produtores Brad Pitt, Robert Teitel, Jeremy Kleiner e Dede Gardner. O filme é uma produção da Paramount Pictures em parceria com a Plan B Entertainment, State Street Production e Tuff Gong Pictures, gravadora jamaicana fundada por Bob Marley em 1970.

Assista ao trailer de Bob Marley: One Love, que estreia em 2024:

Foto: Divulgação/Paramount Pictures.

Challengers, de Luca Guadagnino, será o filme de abertura do 80º Festival de Veneza

por: Cinevitor
Mike Faist, Zendaya e Josh O’Connor em cena

A diretoria da Biennale di Venezia anunciou nesta quinta-feira, 06/07, que o drama Challengers, dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino, será o filme de abertura da 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro.

O longa, que será exibido fora de competição no Palazzo del Cinema, Lido di Venezia, conta com roteiro assinado por Justin Kuritzkes e é estrelado por Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist: “Estou muito entusiasmado para que o público experimente meu novo filme no Festival de Veneza. É uma história ousada, moderna de energia, amor e poder juvenil. Zendaya, Josh e Mike são totalmente originais e frescos, trazendo uma energia como você nunca viu antes. Mal posso esperar para que o público do Lido dance ao som da trilha sonora de Trento e Atticus na noite de abertura da 80ª edição. Como cineasta, é a realização de um sonho e agradeço ao Alberto e toda a família do festival por este maravilhoso reconhecimento ao filme”, disse o cineasta de Me Chame Pelo Seu Nome.

Alberto Barbera, diretor do festival, também comentou: “Luca Guadagnino é um dos poucos diretores italianos que sempre esteve acostumado a trabalhar com atrizes e atores italianos e estrangeiros, obtendo sempre os melhores resultados de todos eles; mesmo quando ele está filmando no exterior, como é o caso de Challengers. Com mão leve e autoconfiança esportiva, Guadagnino não estabelece limites para sua energia criativa neste filme ao lidar com temas como amor, amizade e rivalidade masculina, e dá vida a um filme cativante e comovente, cheio de ironia, sensualidade e boa natureza. Cinema na sua forma mais pura”

Na trama, Zendaya é Tashi Duncan, uma ex-jogadora de tênis que se tornou treinadora e continua uma força da natureza dentro e fora da quadra. Casada com um campeão, vivido por Mike Faist, que vem em uma sequência de derrotas, ela cria uma estratégia para a redenção de seu marido, que dá uma guinada surpreendente ao enfrentar o fracassado Patrick, papel de Josh O’Connor, seu antigo melhor amigo e ex-namorado de Tashi. Quando passado e presente colidem, as tensões aumentam e Tashi passa a se questionar sobre quanto custará vencer.

Em 2022, Guadagnino exibiu Até os Ossos no Festival de Veneza e levou o Leão de Prata de melhor direção. Anteriormente, o cineasta estreou outros títulos no festival, como: The Protagonists, Um Sonho de Amor, Bertolucci on Bertolucci, Um Mergulho no Passado, Suspíria: A Dança do Medo e Salvatore: Shoemaker of Dreams.

Foto: Divulgação/Metro Goldwyn Mayer Pictures.

CINEVITOR #439: Entrevista com Cláudia Abreu | Edição Especial + Virginia

por: Cinevitor
Cláudia Abreu no palco em Virginia, seu primeiro monólogo

Sucesso na TV, nos palcos e nas telonas, Cláudia Abreu é considerada uma das maiores atrizes de sua geração. Formada em Filosofia, acumula sucessos na carreira artística entre tantas personagens marcantes e trabalhos inesquecíveis.

Começou a fazer teatro aos 10 anos e logo se destacou em cena. Nos palcos, trabalhou com nomes como Bia Lessa, em Orlando e Viagem ao Centro da Terra; Antônio Abujamra, em Um Certo Hamlet; Enrique Diaz, em As Três Irmãs; entre outros. Também produziu e estrelou Pluft, o Fantasminha, no Teatro Tablado, em homenagem à Maria Clara Machado e à casa onde iniciou sua carreira.

Na TV, começou em Tele Tema e Hipertensão, em 1986, ambos na Rede Globo. Depois, atuou em O Outro e Fera Radical, apresentou o Globo de Ouro e se destacou em Que Rei Sou Eu? no papel da Princesa Juliette de Avillan. Mas, foi em 1990 que ganhou sua primeira protagonista: a personagem Clara Ribeiro na novela Barriga de Aluguel, escrita por Gloria Perez, que foi um grande sucesso.

Na sequência, em 1992, outra consagração na carreira: a militante Heloísa na minissérie Anos Rebeldes, escrita por Gilberto Braga, que abordava um certo período da ditadura militar. Por esse trabalho, recebeu o Prêmio APCA de melhor atriz em televisão. Depois disso, ainda na TV, atuou em Pátria Minha, Labirinto, Força de um Desejo, O Quinto dos Infernos, entre outros.

Em 2003, interpretou sua primeira vilã: Laura Prudente da Costa na novela Celebridade, de Gilberto Braga. Ao lado da amiga Malu Mader, protagonizou cenas memoráveis na televisão brasileira e conquistou o público com sua Cachorra, apelido da personagem. Por esse trabalho, recebeu diversos prêmios e indicações. Ainda na TV, participou de Belíssima, Três Irmãs, O Dentista Mascarado, Geração Brasil, a série Desalma, no Globoplay, entre muitos outros. Em 2017, criou, ao lado de Flavia Lins e Silva, a série Valentins, voltada ao público infantojuvenil e exibida no canal Gloob.

Em 2012, outro sucesso de público e crítica: a cômica vilã Chayene em Cheias de Charme, novela das sete escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Ao lado de Titina Medeiros, que interpretava Socorro, sua fiel escudeira, protagonizou momentos hilários ao interpretar a cantora de tecnobrega que tentava sabotar as Empreguetes, vividas por Taís Araujo, Leandra Leal e Isabelle Drummond. A vaidosa e vilanesca Chay entrou para a história da teledramaturgia brasileira e é lembrada até hoje pelo público.

Bastidores da entrevista: Cláudia Abreu e Vitor Búrigo

Entre tantos momentos importantes na TV, Cláudia Abreu também se destacou no cinema. Seu primeiro trabalho nas telonas aconteceu em 1996 no longa Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, que logo lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. Na sequência, atuou em O Que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, que disputou a estatueta dourada de melhor filme estrangeiro no Oscar de 1998.

Com Ed Mort, filme de Alain Fresnot, recebeu seu segundo Prêmio APCA. Depois, atuou no épico Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende; Os Desafinados, de Walter Lima Jr., no qual foi premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival; O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, que lhe rendeu uma indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Jr.; O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca; O Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim; Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira; O Rastro, de J. C. Feyer; Berenice Procura, de Allan Fiterman; entre outros.

Há um ano, estreou nos palcos seu primeiro monólogo: Virginia, com direção de Amir Haddad e codireção de Malu Valle. No espetáculo, que já passou por vários estados brasileiros, Cláudia Abreu interpreta a trajetória da escritora Virginia Woolf, marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. A dramaturgia rememora acontecimentos em sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os queridos amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afetos, dores e seu processo criativo.

Virginia é o resultado de vários atravessamentos que Woolf provocou em Cláudia Abreu ao longo de sua trajetória e também marca sua estreia na dramaturgia. A vida e a obra da autora inglesa são os motores de criação do espetáculo, fruto de um longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. Entre maio e junho deste ano, Cláudia Abreu passou por Fortaleza, no Ceará, e Mossoró e Natal, no Rio Grande do Norte, para apresentar o monólogo. O CINEVITOR acompanhou a turnê pelo Nordeste e conversou com a atriz, no Teatro Alberto Maranhão, na capital potiguar, sobre alguns sucessos de sua carreira.

No bate-papo, relembrou momentos marcantes de sua trajetória no teatro, na TV e no cinema. Cláudia Abreu recordou com carinho três filmes rodados no Nordeste: Guerra de Canudos, Tieta do Agreste e O Caminho das Nuvens. Falou também da retomada do cinema brasileiro e da experiência de viver sua primeira protagonista na telinha, aos 20 anos de idade, em Barriga de Aluguel. Outro trabalho citado na entrevista foi sua primeira vilã, na novela Celebridade, a recepção do público e a icônica cena da briga no banheiro entre sua personagem e Maria Clara Diniz, vivida por Malu Mader. Além disso, destacou a parceria com o amigo Allan Fiterman no longa Berenice Procura, o sucesso popular de Chayene, em Cheias de Charme (com direito a selinho no cantor Roberto Carlos), o aguardado filme das Empreguetes (baseado na novela) e sua imersão no universo de Virginia Woolf.

Aperte o play e confira:

Fotos: Brunno Martins.

Festival de Locarno 2023: produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Henrique Bulhões e Ayla Gabriela no curta brasileiro Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli

Foram anunciados nesta quarta-feira, 05/07, os filmes selecionados para a 76ª edição do Festival de Cinema de Locarno, que acontecerá entre os dias 2 e 12 de agosto na Suíça. Com uma programação eclética, o evento é considerado um dos principais festivais de cinema autoral do mundo.

Neste ano, o cinema brasileiro está representado com dois curtas-metragens em competição na mostra Pardi di domani, território de experimentação expressiva e poesia formal inovadora, que exibe curtas e médias-metragens em estreia mundial ou internacional. A seção consiste em três concursos: Concorso internazionale, com trabalhos de cineastas emergentes de todo o mundo; Concorso nazionale, para produções suíças; e Concorso Corti d’autore, com curtas obras de diretores consagrados.

Na competição internacional de curtas, o Brasil aparece com Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli, uma coprodução com o Reino Unido, que traz Ayla Gabriela, Henrique Bulhões, Jard Costa e Kley Hudson no elenco. Vale lembrar que em 2021, Martinelli foi premiado nesta mesma mostra com o Leopardo de Ouro pelo curta-metragem Fantasma Neon.

Outro destaque na Pardi di domani é Du bist so wunderbar, curta-metragem em coprodução entre Alemanha e Brasil, dos cineastas brasileiros Leandro Goddinho e Paulo Menezes, que conta com Murillo Basso, Greta Amend, Cleo Spiro, Marcio Reolon, Blake Kendall, Dilan GeZaza, Daniel-Ryan Spaulding e Zoe Valentini no elenco. Já na mostra Pardi di domani: Concorso Corti d’autore, a cineasta brasileira Ivete Lucas, radicada nos Estados Unidos, aparece com The Passing, uma produção americana e codirigida por Patrick Bresnan.

Murillo Basso no curta Du bist so wunderbar: coprodução alemã e brasileira

Entre os longas, na Competição Internacional, El auge del humano 3, do cineasta argentino Eduardo Williams, aparece na disputa pelo prêmio máximo do evento. O filme é coproduzido por diversos países, entre eles, o Brasil através da Estúdio Giz; com produção executiva de Julia Alves, da Oublaum Filmes. Enquanto isso, na mostra Histoire(s) du cinéma, que dedica homenagens especiais a nomes importantes do cinema, com cópias raras e restauradas, além de filmes sobre a história do cinema, o diretor brasileiro Rogério Sganzerla, um dos representantes do cinema marginal, aparece com duas obras: Abismu (1977) e Documentário (1966).

Neste ano, o ator e musicista britânico Riz Ahmed, de O Som do Silêncio e vencedor do Oscar pelo curta-metragem The Long Goodbye, será homenageado com o Excellence Award Davide Campari: “Ahmed é um talento brilhante e versátil no cinema atual. Como um camaleão, ele pode passar de blockbuster a filmes de autor, igualmente à vontade no palco ou na TV, fazendo rap com um microfone ou intervindo como produtor executivo. Já com um Oscar na bagagem, para não falar de uma pilha de outros prémios, é a personificação de um cinema cada vez melhor, mais receptivo, finalmente capaz de ouvir novas vozes. Riz Ahmed é o rosto de um futuro que finalmente se torna possível”, disse Giona A. Nazzaro, diretor artístico do Festival de Cinema de Locarno.

Para esta 76ª edição, foram 5.520 títulos inscritos e 214 selecionados. Entre os longas que serão exibidos, 30.2% são dirigidos por mulheres e 63.5% por homens; nos curtas, 37% das produções são de diretoras e 48.1% realizadas por homens. Segundo comunicado oficial, a seleção de 2023 promete estar mais ousada e vibrante do que nunca, com um programa que vai colocar o cinema em diálogo com a sua história e o seu futuro, e com outras formas de arte e comunicação.

O clássico O Inquilino (The Lodger: A Story of the London Fog), de Alfred Hitchcock, lançado em 1927 e que integra a mostra Histoire(s) du cinéma, será o filme de abertura. E mais: o ator francês Lambert Wilson foi anunciado como presidente do júri da Competição Internacional; os outros integrantes serão revelados em breve. Além disso, a programação contará com uma retrospectiva dedicada ao cinema mexicano desde os anos 1940 até o final dos anos 1960.

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Locarno 2023:

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Animal, de Sofia Exarchou (Grécia/Áustria/Romênia/Chipre/Bulgária)
Baan, de Leonor Teles (Portugal)
El auge del humano 3, de Eduardo Williams (Argentina/Portugal/Holanda/Taiwan/Brasil/Hong Kong/Sri Lanka/Peru)
Essential Truths of the Lake, de Lav Diaz (Filipinas/França/Portugal/Singapura/Itália/Suíça/Reino Unido)
La imatge permanent, de Laura Ferrés (Espanha/França)
Lousy Carter, de Bob Byington (EUA)
Manga D’Terra, de Basil Da Cunha (Suíça/Portugal)
Mantagheye bohrani, de Ali Ahmadzadeh (Itália/Alemanha)
Nu aștepta prea mult de la sfârșitul lumii, de Radu Jude (Romênia/Luxemburgo/França/Croácia)
Nuit obscure – Au revoir ici, n’importe où, de Sylvain George (França/Suíça)
Nähtamatu võitlus, de Rainer Sarnet (Estônia/Letônia/Grécia/Finlândia)
Patagonia, de Simone Bozzelli (Itália)
Rossosperanza, de Annarita Zambrano (Itália/França)
Stepne, de Maryna Vroda (Ucrânia/Alemanha/Polônia/Eslováquia)
Sweet Dreams, de Ena Sendijarević (Holanda/Suécia/Indonésia/Ilha da Reunião)
The Vanishing Soldier, de Dani Rosenberg (Israel)
Yannick, de Quentin Dupieux (França)

PARDI DI DOMANI | COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

De Imperio, de Alessandro Novelli (Portugal/Espanha)
Du bist so wunderbar, de Leandro Goddinho e Paulo Menezes (Alemanha/Brasil)
En undersøgelse af empati, de Hilke Rönnfeldt (Dinamarca/Alemanha)
Engar madaram geriste bud aan shab, de Hoda Taheri (Alemanha)
Faire un enfant, de Eric K. Boulianne (Canadá)
I look into the mirror and repeat to myself, de Giselle Lin (Singapura)
Kinderfilm, de Total Refusal, Adrian Jonas Haim, Michael Stumpf e Robin Klengel (Áustria)
La Vedova Nera, de fiume e Julian McKinnon (França)
Negahban, de Amirhossein Shojaei (Irã)
Pado, de Yumi Joung (Coreia do Sul)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil/Reino Unido)
Pleine Nuit, de Manon Coubia (Bélgica/França)
Pray, de Caleb Azumah Nelson (Reino Unido)
Scorched Earth, de Markela Kontaratou (Grécia/Reino Unido)
Slimane, de Carlos Pereira (Alemanha)
Solo la luna comprenderá, de Kim Torres (Costa Rica/EUA)
The Currency – Sensing 1 Agbogbloshie, de Elom 20ce, Musquiqui Chihying e Gregor Kasper (Alemanha/Taiwan/Togo)
The Lovers, de Carolina Sandvik (Suécia)
Yi zhi wu gui de ben ming nian, de Yi Xiong (China)
Z.O., de Loris G. Nese (Itália)

CONCORSO CINEASTI DEL PRESENTE

Camping du Lac, de Eléonore Saintagnan (Bélgica/França)
Ein schöner Ort, de Katharina Huber (Alemanha)
Ekskurzija, de Una Gunjak (Bósnia e Herzegovina/Croácia/Sérvia/França/Noruega/Qatar)
Family Portrait, de Lucy Kerr (EUA)
Hao jiu bu jian, de Nelson Yeo (Singapura/Indonésia)
La Morsure, de Romain de Saint-Blanquat (França)
Negu hurbilak, de Colectivo Negu (Espanha)
On the Go, de María Gisèle Royo e Julia de Castro (Espanha)
Rimdogittanga, de Dominic Sangma (Índia/China/Suíça/Holanda/Qatar)
Rivière, de Hugues Hariche (Suíça/França)
Todos los incendios, de Mauricio Calderón Rico (México)
Touched, de Claudia Rorarius (Alemanha)
Und dass man ohne Täuschung zu leben vermag, de Katharina Lüdin (Alemanha/Suíça)
Whispers of Fire & Water, de Lubdhak Chatterjee (Índia)
Xi du, de Yan LUO (China)

PIAZZA GRANDE

Anatomie d’une chute, de Justine Triet (França)
Cidade das Mulheres (La città delle donne), de Federico Fellini (Itália/França)
Continent magnétique, de Luc Jacquet (França)
Čuvari formule, de Dragan Bjelogrlić (Sérvia/Eslovênia/Montenegro/Macedônia do Norte)
Dammi, de Yann Mounir Demange (França)
Falling Stars, de Richard Karpala e Gabriel Bienczycki (EUA)
L’Étoile Filante, de Fiona Gordon e Dominique Abel (França/Bélgica)
La Paloma, de Daniel Schmid (Suíça/França)
La Voie Royale, de Frédéric Mermoud (França/Suíça)
La bella estate, de Laura Luchetti (Itália)
Milsu, de RYOO Seung-wan (Coreia do Sul)
Non sono quello che sono – The Tragedy of Othello di W. Shakespeare, de Edoardo Leo (Itália)
Première affaire, de Victoria Musiedlak (França)
Shayda, de Noora Niasari (Austrália)
The Old Oak, de Ken Loach (Reino Unido/França/Bélgica)
Theater Camp, de Molly Gordon e Nick Lieberman (EUA)

*Clique aqui e confira a programação completa com os filmes selecionados.

Fotos: Divulgação.

Festival de Cinema de Gramado 2023 anuncia os primeiros títulos selecionados e homenageadas

por: Cinevitor
Matheus Nachtergaele no longa cearense Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry

Foram anunciados nesta terça-feira, 04/07, em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Festivais, os primeiros filmes selecionados para as mostras competitivas e detalhes da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto.  

Dos mais de mil títulos inscritos, as curadorias e comissões de seleção escolheram seis longas-metragens brasileiros, cinco longas-metragens documentais, cinco longas-metragens gaúchos e 23 curtas gaúchos. Na próxima semana, faltando um mês para o começo do festival, serão anunciadas as homenageadas com os troféus Eduardo Abelin e Cidade de Gramado e também os curtas-metragens brasileiros selecionados, em um evento realizado no Rio de Janeiro.

Mais uma vez, a diversidade e o ineditismo permeiam a seleção. Dentre os longas brasileiros, as seis produções terão premiére mundial em Gramado. A lista conta com uma representação da diversidade do audiovisual brasileiro, trazendo visões de realizadores e realizadoras do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. Vale ressaltar a pluralidade dos gêneros, englobando thriller, drama, ficção, biografias e documentários; os gaúchos não ficam de fora e demonstram a potência do cinema feito no Estado. 

Os filmes serão exibidos presencialmente em Gramado no tradicional Palácio dos Festivais. Na noite do dia 19 de agosto, serão revelados os vencedores dos kikitos. Ao total, serão entregues 38 kikitos, além das tradicionais homenagens com os troféus Oscarito, Eduardo Abelin, Kikito de Cristal e Cidade de Gramado. Em parceria com a Sedac, Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Iecine, Instituto Estadual de Cinema, o Festival de Gramado entregará, ainda, três Prêmios Novas Façanhas e o Troféu Leonardo Machado. Outra novidade é o Troféu Sirmar Antunes, em parceria com a Assembleia Legislativa

Durante o encontro com os jornalistas, a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, enfatizou que o mais importante desta edição é começar a construção de uma nova década: “Esse será mais um ano para apresentar novidades e continuar evoluindo, sempre vencendo desafios. A nossa equipe está trabalhando intensamente para trazer o melhor do audiovisual a Gramado. Vocês podem observar pela qualidade dos filmes anunciados. Temos a certeza de que vamos começar a década com uma edição que inova nos formatos”, afirmou.

Marcos Santuario, curador do festival, destacou o árduo trabalho que teve ao lado da atriz argentina Soledad Villamil e do ator e diretor Caio Blat na seleção dos filmes: “Essa é uma das seleções mais potentes dos últimos anos, e também uma das mais difíceis. Foram muitos filmes inscritos, e muitos filmes bons. Nossa busca foi por manter a qualidade, sempre com um olhar para produções criativas e que contemplem elementos inovadores. Observar a diversidade geográfica e narrativa, dando espaço para consagrados realizadores e novos talentos que surgem nas produções nacionais, também foram questões às quais nos atemos”, disse. Completando a equipe, o programador Leonardo Bonfim é o encarregado da curadoria dos longas gaúchos, ao lado de Mônica Kanitz

Em sua 51ª edição, Gramado opta pelo ineditismo ao entregar o Troféu Oscarito para duas mulheres de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: as atrizes Laura Cardoso e Léa Garcia. Esta será a primeira oportunidade em que a honraria será entregue para dois nomes: “É impossível olharmos para a história do audiovisual brasileiro e não pensarmos nessas duas mulheres. Poder reverenciar essas lendas da nossa cultura com nossa honraria mais antiga e em uma única edição do Festival é, para nós, mais do que um orgulho”, afirma Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, autarquia municipal responsável pelos eventos da cidade.

Laura Cardoso é uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totalizando mais de oitenta trabalhos na televisão. Já recebeu diversos prêmios, incluindo três Grande Otelo, quatro Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002, foi laureada com o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra e, em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.

Com 95 anos de idade e mais de sete décadas dedicadas ao ofício, Cardoso foi uma pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como Fera Radical, Rainha da Sucata e Mulheres de Areia. Nesta última, contracenou com Glória Pires, homenageada com o Troféu Oscarito durante o 41º Festival de Gramado. A atriz afirma que “Laura Cardoso é exemplo para todos os artistas brasileiros pelo seu legado. Te amo, te admiro e te respeito”.

Seus últimos trabalhos no cinema foram no curta Jadzia, de Acacia Araujo, e no longa De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula, ambos de 2020. Engana-se quem pensa que a idade avançada faz com que Laura pense em se aposentar: “Não gosto de pensar em parar. Quero continuar trabalhando até quando Deus permitir. Adoro trabalhar. Adoro fazer cinema. É realmente a sétima arte, gostaria de ter feito mais”, disse. Sobre receber o Troféu Oscarito, Laura comenta estar emocionada com a honraria: “Representa o reconhecimento do público, é um prêmio importante na minha carreira. Gramado é uma cidade linda e, no Brasil, é o ponto de encontro do cinema. Minha vontade é levar toda a minha família. Se tudo der certo, eles irão, com certeza”.

Alice Carvalho, Thainá Duarte e Marcélia Cartaxo na série Cangaço Novo

Léa Garcia possui uma história antiga com Gramado, conquistando quatro kikitos com As Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Com 90 anos completos, a veterana possui no currículo mais de cem produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Com uma célebre trajetória nas artes, participou do Festival de Cannes, em 1957, com Orfeu Negro, de Marcel Camus, que, em 1960, ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro representando a França

Atuando em produções para televisão, cinema e teatro, Léa consolidou uma carreira de papéis marcantes em produções como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone. Foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados à atrizes negras e tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações: “Quando eu estava começando no mundo das artes ela já brilhava nas telonas. Léa Garcia é uma inspiração. Doce, gentil, talentosa, uma estrela, uma pérola. Precisamos reverenciá-la, todos os dias”, afirma a atriz Zezé Motta, que também recebeu o Troféu Oscarito, em 2007.

Mesmo com suas nove décadas concluídas, Léa segue ativa nas artes cênicas. Recentemente, atuou nos longas Barba, Cabelo e Bigode, Um Dia com Jerusa, Pacificado e O Pai da Rita, trabalhando novamente, neste último, com o prestigiado diretor Joel Zito Araújo. Laura Cardoso e Léa Garcia se juntam à Alice Braga, que será homenageada com o Kikito de Cristal.

Pela primeira vez em sua história, o Festival de Gramado terá uma série como atração. A escolhida foi Cangaço Novo, original Amazon, que estará disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios a partir do dia 18 de agosto; a estreia mundial será em Gramado. Produzida pela O2 Filmes, a obra, que conta com oito episódios, foi criada por Eduardo Melo e Mariana Bardan, tem direção de Aly Muritiba e Fábio Mendonça e roteiro de Fernando Garrido, Mariana Bardan, Eduardo Melo e Erez Milgrom. A produção executiva é de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, Fábio Mendonça e Aly Muritiba.

Cangaço Novo conta a história de Ubaldo, interpretado por Allan Souza Lima. O personagem é um bancário infeliz da zona urbana de São Paulo sem nenhuma lembrança de sua infância. Ubaldo descobre, então, que tem uma herança e duas irmãs no sertão cearense: Dilvânia, que lidera um grupo que adora seu famoso pai falecido, e Dinorah, a única mulher em uma gangue de ladrões de banco. A série conta também com Alice Carvalho, Hermila Guedes, Thainá Duarte, Ricardo Blat, Marcélia Cartaxo, Adélio Lima, Nivaldo Nascimento, Titina Medeiros, Pedro Wagner, Rodrigo García, Múcia Teixeira, César Ferrario, Robson Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Enio Cavalcante, Joálisson Cunha, Pedro Lamin, entre outros, no elenco.

“Era um sonho antigo de Gramado abrirmos as fronteiras para outras possibilidades de realização audiovisual. Esse ano, apesar de todas as dificuldades, conseguimos dar um passo importante para a concretização desse sonho. A exibição dessa série reforça que estamos atentos às novas práticas de produção e consumo, e abre portas para explorarmos no futuro”, afirma Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, autarquia municipal responsável pelos eventos de Gramado

Para Marcos Santuario, a sessão especial demonstra a força do festival: “Estávamos buscando encaixar uma série dentro da programação deste ano. Ficamos muito contentes com o retorno positivo do Prime Video. A série, filmada no Nordeste do Brasil, possui uma equipe maravilhosa e irá promover uma experiência única a quem acompanhar a sessão”. Cangaço Novo terá exibição fora de competição, no dia 14 de agosto, segunda-feira, no Palácio dos Festivais

Como já anunciado anteriormente, o documentário Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, terá sua estreia no Brasil na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado. Após apresentar seus últimos filmes, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, em Gramado, Kleber retorna, depois do Festival de Cannes, com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem.

O Gramado Film Market, braço do Festival de Gramado dedicado ao mercado audiovisual, terá nova edição durante a programação. Em seu sétimo ano, o GFM manterá suas tradicionais atividades como palestras, workshops, rodadas de negócios e Mostra Universitária. Além disso, em sua 13ª edição, o projeto Educavídeo receberá ainda mais destaque. Tradicionalmente, a noite que antecede a abertura do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema. Este ano, estimulando a realização audiovisual dos alunos da rede municipal, os filmes feitos pelos estudantes serão exibidos no Palácio dos Festivais na noite do primeiro dia do evento, 11 de agosto, em uma pré-estreia que prestigia o potencial criativo dos jovens realizadores.

Com curadoria do jornalista e crítico de cinema Matheus Pannebecker, a exposição Memórias do 50º Festival de Cinema de Gramado acontece até 4 de outubro no espaço de exposições temporárias do Museu do Festival de Cinema de Gramado. A mostra, com apoio da TVE, Canal Brasil, Educavídeo e das fotógrafas Avany Cunha e Kätlin Fotografias, apresenta uma coleção única de fotografias, cartazes, vídeos e depoimentos que documentam os momentos inesquecíveis, as personalidades icônicas e as produções cinematográficas aclamadas que passaram pelo Festival de Cinema de Gramado no último ano. Além disso, os visitantes podem eternizar, de maneira virtual, suas mãos e assinatura na parede da fama do museu.

Conheça os primeiros filmes anunciados para o Festival de Gramado 2023:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Angela, de Hugo Prata (SP)
Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (CE)
Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane (RJ)
O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO)
Tia Virgínia, de Fabio Meira (RJ)
Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte (PR)

LONGAS-METRAGENS DOCUMENTAIS

Anhangabaú, de Lufe Bollini (SP)
Da Porta pra Fora, de Thiago Foresti (DF)
Luis Fernando Verissimo: O Filme, de Luzimar Stricher (RS)
Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE)
Roberto Farias: Memórias de um Cineasta, de Marise Farias (RJ)

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS

Céu Aberto, de Elisa Pessoa (Dom Pedrito)
Hamlet, de Zeca Brito (Porto Alegre)
O Acidente, de Bruno Carboni (Porto Alegre)
Sobreviventes do Pampa, de Rogério Rodrigues (Porto Alegre)
Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre, de Boca Migotto (Porto Alegre)

CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS

As Ondas, de Leandro Engelke e Richard Tavares (Porto Alegre)
Aurora, de Bruna Ueno (Pelotas)
Carcinização, de Denis Souza (Pelotas)
Centenário da Minha Bisa, de Cristyelen Ambrozio (Alvorada)
Colapso Terra em Chamas, de Lucas Tergolina e Matheus Melchionna (Porto Alegre)
Combustão Espontânea, de João Werlang e Pedro Bournoukian (Pelotas)
Concha de Água Doce, de Lau Azevedo e João Pires (Porto Alegre)
Concorso Internazionale, de Bruno de Oliveira (Porto Alegre)
Eu Tibano, de Diego Tafarel e Zé Corrêa (Santa Cruz do Sul)
Fiar o Vento, de Mari Moraga (Porto Alegre)
Fitoterapia, de Eduardo Piotroski (Porto Alegre)
Flora, de Ana Moura (Porto Alegre)
Glênio, de Luiz Alberto Cassol (Santa Maria)
Livra-me, de Felipe da Fonseca Peroni (Santa Cruz do Sul)
Messi, de Henrique Lahude e Camila Acosta (Encantado)
Meu Nome é Leco, de Diana Mesquita e Marina Falkembach (Porto Alegre)
Nau, de Renata de Lélis (Porto Alegre)
O Tempo, de Ellen Correa (Porto Alegre)
Os Féders Vão Dormir, de Eder Ramos (Esteio)
Rasgão, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (Porto Alegre)
Restaurante, de Leonardo da Rosa (Taquari)
Sabão Líquido, de Fernanda Reis e Gabriel Faccini (Porto Alegre)
Tremendo Trovão, de Rubens Fabricio Anzolin (Porto Alegre)

Fotos: Petrus Cariry e Aline Arruda.

33º Cine Ceará: inscrições abertas para as mostras competitivas

por: Cinevitor
Cine Ceará 2023: inscrições abertas e gratuitas

A 33ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema está com inscrições abertas até o dia 18 de agosto para as três principais mostras competitivas: ibero-americana de longa-metragem, brasileira de curta-metragem e mostra Olhar do Ceará

A edição de 2023 acontecerá entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro em Fortaleza, com exibições no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE) geridos pelo Instituto Dragão do Mar

Para a seleção, a curadoria do Cine Ceará 2023 prioriza trabalhos inéditos e reservará no mínimo 30% de participação para mulheres diretoras no conjunto das mostras competitivas. Todos os filmes selecionados deverão apresentar legenda descritiva para surdos e ensurdecidos em idioma português, conforme determina o Ministério da Cultura. As inscrições são gratuitas: clique aqui.
 
A Mostra Competitiva ibero-americana de longa-metragem é direcionada a filmes de países da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha, nos gêneros animação, ficção, documentário ou híbrido. Os longas inscritos devem ter sido concluídos a partir de 2022, com duração mínima de 60 minutos. 
 
A Competitiva Brasileira de curta-metragem é aberta a filmes brasileiros de ficção, documentário, animação ou híbrido, com duração máxima de 25 minutos, concluídos a partir de 2022, que não tenham participado do processo seletivo de outras edições do Cine Ceará
 
A mostra Olhar do Ceará é aberta a diretores cearenses, residentes ou não no Ceará. Podem ser inscritos filmes de curta-metragem, de 25 minutos no máximo, e longa-metragem com duração mínima de 60 minutos, concluídos a partir de 2022, nos gêneros de ficção, documentário, animação ou híbrido.

Sobre a premiação, na Mostra Competitiva ibero-americana o Troféu Mucuripe será concedido aos vencedores em diversas categorias; o melhor longa, eleito pelo Júri Oficial, receberá prêmio no valor de R$ 20 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil, dentro dos critérios do regulamento. O Júri Oficial da Mostra Competitiva Brasileira de curta-metragem e da Mostra Olhar do Ceará escolherá os vencedores do Troféu Mucuripe em diversas categorias.

Foto: Luiz Alves.

O Auto da Compadecida 2: Taís Araujo é confirmada no elenco da sequência

por: Cinevitor
Taís Araujo em Medida Provisória, seu mais recente trabalho nas telonas

Depois da confirmação da sequência de O Auto da Compadecida, sucesso que levou às telonas a peça teatral do escritor paraibano Ariano Suassuna, a produção, que já confirmou o retorno de Selton Mello e Matheus Nachtergaele nos papeis de Chicó e João Grilo, revelou um novo nome no elenco.

Taís Araujo será a Compadecida em O Auto da Compadecida 2, continuação do clássico que marcou o cinema brasileiro. A atriz recebe o manto sagrado de Fernanda Montenegro, que interpretou a icônica personagem no primeiro filme e, por incompatibilidade de agenda, não irá repetir o papel. Dirigido por Guel Arraes e Flávia Lacerda, produção da Conspiração e H2O Produções, com distribuição da H2O Films, e roteiro de Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão, o longa tem estreia prevista para o final do ano que vem nos cinemas de todo o Brasil. 

“Nós falamos tanto que ninguém é insubstituível, mas Fernanda Montenegro é. Graças a Deus temos muitas Nossas Senhoras, e interpretar essa nova versão da Compadecida será certamente uma celebração a elas. Fico muito emocionada de fazer essa personagem porque, mesmo não tendo religião, sigo Jesus Cristo, Nossa Senhora e todos os santos. É muito emocionante mergulhar nesse lugar da fé, da bondade, da caridade”, comentou Tais.

A comédia dramática narra as aventuras dessa dupla que vive de enganar o povo do vilarejo onde mora. O Auto da Compadecida e sua continuação refletem a celebração da cultura brasileira e colocam o cinema como espelho de um país plural e mágico em sua força criativa: “Sou fã da linguagem de comédia do Guel e da forma com que ele traz a brasilidade no trabalho que faz. Além de toda essa bondade, a Compadecida tem um humor superinteligente”, disse a atriz, celebrando o reencontro com o diretor neste novo projeto. 

Taís e Flávia Lacerda já trabalharam juntas algumas vezes, em filmes, séries e novelas, mas esta é apenas a segunda vez que a atriz será dirigida por Guel. Como um dos idealizadores de Mister Brau, Guel dirigiu uma das cenas de Taís quando ela interpretava Michele na série: “É preciso ter muita disposição física para ser dirigida pelo Guel porque ele exige muito do ator, mas a cada cena a gente sai melhor que antes. A comédia é um ambiente que eu gosto de flertar porque é muito mais difícil do que fazer drama”, analisa, com entusiasmo. Taís gravou um depoimento especial falando como foi o convite e sua expectativa para interpretar a Compadecida. Clique aqui e assista.

Para entrar no clima do novo filme, assista também (clique aqui) ao nosso programa especial gravado em Cabaceiras, na Paraíba, cidade que serviu de locação para O Auto da Compadecida, em 2000.

Foto: Mariana Vianna.

VIII DIGO: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta gaúcho Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli

O DIGO, Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás, tem como objetivo estimular e promover a conscientização do público, no que tange o respeito integral aos direitos humanos e a inclusão.

Para esta oitava edição, que acontecerá entre os dias 27 e 30 de julho, no Cine Teatro Zabriskie, em Goiânia, foram 459 filmes inscritos. A região Sudeste do Brasil representa 45% dos envios, enquanto a Espanha foi o país com 5% do total de inscrições. Os documentários corresponderam a 18% dos envios, enquanto as animações representam apenas 1%.

Os filmes selecionados serão convidados pela plataforma Cinebrac para exibição e também terão a oportunidade de assinar contratos comerciais. Além disso, concorrem ao Troféu Digo concedido por um júri especializado.

Com direção de Cristiano Sousa, o festival ganha destaque como um ponto de interesse para a exibição de filmes inéditos no Centro-Oeste, com uma curadoria voltada para temáticas LGBTI e filmes emocionantes e contemporâneos. O tema do DIGO Festival deste ano é Para onde vai o seu pink money?.

Conheça os filmes selecionados para o DIGO 2023:

LONGAS-METRAGENS

A Cozinha, de Johnny Massaro (RJ)
Afeminadas, de Wesley Gondim (DF)
Casa Izabel, de Gil Baroni (PR)
Música+Amor+Dança+Sodomia, de Leonardo Menezes e Rian Córdova (RJ)
Não é a Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ)

CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Bela é Poc, de Eric Lima (AM)
A Última Vez que Saímos do Armário, de Bruno Tadeu (MG)
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (SC)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Nunca Estarei Lá, de Rodrigo Campos (SP)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Sereia, de Estevan de la Fuente (PR)
Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP)
Toda Festa, de Eduardo BP (RJ)

CURTAS-METRAGENS GOIANOS

A Jornada, de Mateus Rosa (Alto Paraíso de Goiás)
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (Goiânia)
Até a Luz Voltar, de Alana Ferreira (Cidade de Goiás)
Entredentes, de Daniel Souza Duarte de Sena (Anápolis)
Por Onde Eu For Não Haverá Rastros, de Daniel Pires (Goiânia)
TRANS_FORMAÇÃO de Identidades da Noite, de Patrick Mendes (Goiânia)

CURTAS INTERNACIONAIS

Antes de las cosas, de Daniel Mateo Vallejo (Colômbia)
Catboy, de Cristian Sitjas Martinez (Espanha)
No Nome do Amor, de Xabier Mailán (Espanha)
The Flour Test, de Victor M Fraga (Reino Unido)
Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal)
Unseen Dancer, de Kevin Corbeil Palma (Canadá)

Foto: Divulgação.