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Mostra Povos Originários da América Latina será exibida na Cinemateca Brasileira no Festival Cultura e Sustentabilidade

por: Cinevitor
Cena do filme Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!

O Festival Cultura e Sustentabilidade: Criatividade para um Mundo Possível acontecerá entre os dias 10 e 16 de julho na Cinemateca Brasileira com palestras, debates, feira e mostra de filmes. O evento coloca em foco o impacto da pauta ESG (ambiental, social e governança) no setor cultural e proporcionará ao público diferentes perspectivas para discutir ideias sobre a temática da sustentabilidade.

Com inscrições gratuitas e abertas ao público em geral, o festival reunirá especialistas, representantes de instituições culturais e empresas engajadas com a temática para discutir o papel da cultura na busca de soluções para os desafios ambientais globais. A ação integra o Viva Cinemateca, projeto que prevê o aprimoramento das instalações da Cinemateca Brasileira para guarda e processamento de seus acervos com o objetivo de garantir sua missão institucional. A proposta também contempla uma grande programação cultural que vai passar por São Paulo e outros 12 estados no país.

Dora Mourão, diretora da Cinemateca Brasileira, disse: “Queremos trazer um novo olhar sobre esses temas urgentes, que não se restringem a grupos específicos, mas toda a sociedade. É uma oportunidade para o setor cultural compartilhar experiências e apontar alternativas criativas para desafios que não podem mais ser negligenciados”.

Na programação do festival, convidados de referência em suas áreas de atuação irão compartilhar práticas consistentes que já estão sendo desenvolvidas no setor, bem como ações consolidadas em diversos outros segmentos econômicos, que possam ser aplicadas ao segmento cultural. Os temas das quatro mesas foram pensados para trazer reflexões sobre sustentabilidade ambiental, social e econômica e seu impacto na produção cultural, considerando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os princípios do Pacto Global e o próprio poder de sensibilização da arte. Clique aqui e saiba mais sobre as mesas.

Paralelamente aos painéis de discussão, está prevista a realização de uma feira, com estandes dedicados a instituições e empresas com trabalhos relevantes no setor ambiental. Em consonância com seus objetivos, o festival recebeu o Selo Evento Neutro por compensar as suas emissões de carbono apoiando projetos ambientais certificados.

Luna Marán no filme mexicano Tío Yim

O Festival Cultura e Sustentabilidade culminará com a abertura da Mostra Povos Originários da América Latina, que traz uma seleção de filmes destacando a relação dos povos originários com a natureza e a importância de se preservar suas culturas e territórios. Na abertura, no dia 11 de julho, às 18h, Ailton Krenak e Anna Dantes receberão o público para uma sessão dos sete curtas da série As Flechas, seguido por um debate com os realizadores. A série faz parte do projeto Ciclo Selvagem, que abre caminhos para a coexistência de saberes tradicionais, científicos e artísticos.

A mostra segue até 16 de julho revelando ora proximidades de lutas e resistências, ora pluralidades linguísticas, culturais e de vivências. O público poderá assistir títulos do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México e Peru; a maioria dos filmes, alguns inéditos no Brasil, foi realizada em nossos países vizinhos. As produções brasileiras, por sua vez, contam com longas e curtas-metragens de diferentes etnias e povos, como Ashaninka, Baniwa, Ikpeng, Kisêdjê, Kuikuro, Laklãnõ-Xokleng, Maxacali, Mbyá-Guarani, Huni Kui (Kaxinawá), Xavante, Yanomami, entre outros. Serão 15 sessões compostas por um curta e um longa-metragem de países diferentes. A programação é inteiramente gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.

Os filmes tratam de temas como a memória e a história, instigando discussões sobre a importância do registro audiovisual para a preservação de línguas e tradições. Outra constante é resistência, que aparece atrelada aos processos de colonização, à luta por demarcação de terras e aos empreendimentos econômicos que devastam a floresta. Religiosidades, cosmologias, artes e alimentação são outros elementos recorrentes nos títulos selecionados.

A mostra conta com uma diversidade de gêneros cinematográficos que vão desde o documentário aos experimentais, animações e ficções, manifestação da criatividade e do domínio da técnica audiovisual pelos tantos povos indígenas do continente. A curadoria privilegia filmes feitos por cineastas indígenas, mas inclui também alguns poucos feitos por não indígenas. Estes, contudo, foram feitos em diálogo com as comunidades que, por vezes, trabalharam na produção, no roteiro ou em outras áreas da realização audiovisual.

Conheça os filmes da Mostra Povos Originários da América Latina:

A Fera e a Esfera, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
A Porta-Voz, de Luciana Kaplan (México)
A Selva e a Seiva, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
A Serpente e a Canoa, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Abdzé Wede’õ: O Vírus Tem Cura?, de Divino Xavante (Brasil, MT)
Amuhuelai-Mi, de Marilú Mallet (Chile)
Ayvu-Pora, Las Bellas Palabras, de Vanessa Ragone (Argentina)
Dolores, de Joaquín Eyzaguirre (Chile)
El Silencio del Rio, de Francesca Canepa (Peru)
Jakawisa, de Delia Yujra Chura (Bolívia)
Kaiser Wilhelm Institut Für Anthropologie Tupiniquim, de Denilson Baniwa (Brasil, RR)
Kene Yuxi, As Voltas do Kene, de Zezinho Yube (Brasil, AC)
La Vida de Una Familia Ikoods, de Teófila Palafox (México)
Marangmotxíngmo Mïrang: Das Crianças Ikpeng para o Mundo, de Natuyu Yuwipo Txicão, Kumaré Ikpeng e Karané Ikpeng (Brasil, MT)
Mãri Hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari Yanomami (Brasil, RR)
Metamorfose, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Nakua Pewerewerekae Jawabelia (Hasta el Fin del Mundo/Até o Fim do Mundo), de Margarita Rodriguez Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá (Colômbia/Brasil, PE/RJ)
Nasa Yuwe, La Lengua Madre, de Mateo Leguizamón e Yaid Bolaños (Colômbia)
Nguné Elü, O Dia em que a Lua Menstruou, de Maricá Kuikuro e Takumã Kuikuro (Brasil, MT)
No Tempo do Verão, de Wewito Piyãko (Brasil, AC)
Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero (Brasil, MG)
O Sol e a Flor, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Opy’i Regua, de Júlia Gimenes e Sérgio Guidoux (Brasil, RS)
Pakucha, de Tito Catacora (Peru)
Tava, A Casa de Pedra, de Kuaray Poty (Ariel Ortega), Pará Yxapy (Patricia Ferreira), Vincent Carreli e Ernesto de Carvalho (Brasil, RS/Argentina)
Tejiendo Mar y Viento, de Teófila Palafox e Luis Lupone (México)
Tempo e Amor, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Tío Yim, de Luna Marán (México)
Txêjkhô Khâm Mby: Mulheres Guerreiras, de Whinti Suyá, Kambrinti Suya, Yaiku Suya, Kamikia P.T. Kisedje e Kokoyamaratxi Suya (Brasil, MT)
Ukamau, de Jorge Sanjinés (Bolívia)
Uma Flecha Invisível, de Anna Dantes e Ailton Krenak (Brasil)
Ushui, La Luna y El Trueno, de Rafael Mojica Gil (Colômbia)
Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, de Walderes Coctá Priprá, Barbara Pettres e Flávia Person (Brasil, SC)
Yakuqñan, Caminos Del Agua, de Juan Durán (Peru)

Fotos: Divulgação.

Morre, aos 89 anos, o ator e diretor Alan Arkin

por: Cinevitor
O ator no filme brasileiro O Que é Isso, Companheiro?

Morreu nesta sexta-feira, em sua casa, em San Marcos, na Califórnia, aos 89 anos, o ator, diretor e músico estadunidense Alan Arkin. A notícia foi confirmada pelos filhos Adam, Matthew e Anthony em um comunicado oficial: “Nosso pai era uma força da natureza excepcionalmente talentosa, tanto como artista quanto homem. Um marido amoroso, pai, avô e bisavô, era adorado e sua falta será profundamente sentida”. Segundo informações divulgadas, ele sofria de doenças cardíacas.

Vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por Pequena Miss Sunshine, em 2007, foi indicado outras três vezes ao prêmio da Academia: em 1967, por Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!, e em 1969, por Por que Tem que Ser Assim?, na categoria principal; e em 2013, novamente como coadjuvante, por Argo.

Entre tantos sucessos internacionais, Arkin também se destacou no cinema brasileiro ao interpretar um embaixador americano sequestrado em O Que é Isso, Companheiro?, dirigido por Bruno Barreto. Com Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Luiz Fernando Guimarães e Cláudia Abreu no elenco, o longa foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1998.

Nascido no Brooklyn, no dia 26 de março de 1934, Arkin costumava dizer que já sabia que queria ser ator desde os cinco anos de idade. Na adolescência, ganhou uma bolsa de estudos para teatro no Bennington College, em Vermont. Além de atuar, também tocava violão, piano, flauta e vibrafone e chegou a se apresentar com o grupo folk The Tarriers pela Europa. Depois disso, foi descoberto pelo diretor teatral Paul Sills, que lhe convidou para aprimorou suas habilidades cômicas com a famosa trupe de improvisação Second City, entre Chicago e Nova York.

Com uma carreira marcada por personagens diversos, Arkin ganhou reconhecimento em 1963 quando foi premiado com um Tony ao interpretar David Kolowitz na peça Enter Laughing, exibida na Broadway. Nas telonas, apareceu pela primeira vez em uma participação no longa Ao Compasso do Calypso, de Fred F. Sears, em 1957.

O ator com o cineasta brasileiro Bruno Barreto nos bastidores de O Que é Isso, Companheiro?

Depois disso, acumulou trabalhos marcantes em diversas obras, como: Popi, Fuga de Sobibor e a série O Método Kominsky, que lhe renderam indicações ao Globo de Ouro; Treze Visões, Inspetor Clouseau, Cooperstown, O Grande Sonho de Simon, Edward Mãos de Tesoura, O Sucesso a Qualquer Preço, E Estrelando Pancho Villa, Joshua Then and Now, Improper Channels, ChuChu e Philly Flash, Do Oeste para a Fama, Ardil 22, entre outros.

Na TV, foi indicado ao Emmy por Chicago Hope, ABC Stage 67 e O Método Kominsky. Com Pequena Miss Sunshine, foi indicado ao BAFTA, SAG Awards (no qual levou o prêmio de melhor elenco), Satellite Awards, Critics Choice Awards, Gotham Awards, entre outros; e premiado no Spirit Awards e Vancouver Film Critics Circle.

Ganhou uma estrela na Calçada da Fama, em 2019, e foi homenageado na CinemaCon e no Boulder International Film Festival, em 2015. Como diretor, realizou alguns curtas e os longas Pequenos Assassinatos e Os Incendiários Estão Chegando; além de dirigir dois episódios da série Trying Times. Também dirigiu uma produção original da Broadway chamada The Sunshine Boys, de Neil Simon, estrelada por Jack Albertson e Sam Levene.

Outros destaques de sua carreira foram: Um Clarão nas Trevas, que rendeu uma indicação ao Oscar para Audrey Hepburn; Visões de Sherlock Holmes, onde interpretou Sigmund Freud; a comédia Despedida em Grande Estilo, com Morgan Freeman e Michael Caine; e mais: Rocketeer, O Outro Lado de Beverly Hills, O Cadillac Azul, Havana, O Melhor Verão de Nossas Vidas, Dois Malas Sem Alça, Heck: Ninguém Segura Esse Cachorro, Gattaca: A Experiência Genética, Os Queridinhos da América, Will e Grace, Firewall: Segurança em Risco, Marley & Eu, Os Muppets, Amigos Inseparáveis, Dumbo, Minions 2: A Origem de Gru e The Smack, de David M. Rosenthal, no qual estava em pré-produção.

Ao longo dos anos, Arkin também foi compositor de mais de 100 canções e gravou álbuns para crianças, entre eles, com o grupo folk infantil The Baby Sitters. Também escreveu livros infantis, como The Lemming Condition, publicado em 1976, e um livro de memórias, em 2011, chamado An Improvised Life: A Memoir.

Fotos: Divulgação.

O Micronauta, primeira animação com imagens captadas por microscópio eletrônico de varredura, é lançada

por: Cinevitor
O curta-metragem já está disponível na internet

Dirigida por Emerson Rodrigues, com produção executiva de Daniela Fiuza, a animação infantil O Micronauta, que já está disponível no YouTube (clique aqui), possui a particularidade de ser a primeira animação sobre imagens capturadas por Microscópio de Varredura Eletrônica realizada no mundo.

Mas muito além do simples ineditismo, isso confere um grande potencial criativo e educativo para a proposta, promovendo também o acesso do público a incríveis imagens geradas por um equipamento de altíssima tecnologia. O curta-metragem destina-se à crianças em idade pré-escolar, tem objetivos educativos e científicos, nos quais reside seu valor social e cultural.

A sinopse diz: o programa de maior audiência em sete sistemas estelares, finalmente chegou até a Terra. Micronauta, o grande explorador espacial, vai explorar esse imenso e exótico planeta, mas para essa difícil tarefa vai contar com a ajuda da cadete Keka e Xb-12, seu companheirinho robô. O planeta Terra pode ser incrivelmente perigoso quanto se tem apenas 30 mícrons de altura; uma pequena formiga pode ser a criatura mais assustadora que já se viu.

Os cenários por onde Micronauta, cadete Keka e Xb-12 viverão suas aventuras foram capturados por meio de um microscópio eletrônico (recurso inédito no uso de um produto audiovisual); ou seja, a interação do personagem é sobre imagens reais, na escala real: o protagonista tem 30 mícrons de altura, nenhum mícron a menos (um mícron corresponde à milésima parte do milímetro, também chamado de micrômetro). Esse cuidado especial com a escala é importante para o curta-metragem pelo seu teor científico.

Com o lançamento do curta, busca-se ainda a difusão do conhecimento de uma maneira mais abrangente, pois O Micronauta descreve, em uma escala microscópica, o ambiente que nos cerca e que é comum a todos nós. As imagens capturadas e utilizadas no filme estão presentes na animação, que está disponível na internet, e também na geração de material de apoio para professores utilizarem o curta-metragem pedagogicamente em sala de aula, fazendo com que um equipamento caríssimo como o microscópio eletrônico de varredura esteja de certa forma disponível em salas de aula de qualquer escola com acesso a internet.

Vale destacar que todos os produtos culturais gerados pelo projeto terão sua distribuição 100% gratuita, potencializando a democratização do seu acesso. Para saber mais sobre a animação, clique aqui.

Assista ao curta-metragem O Micronauta:

Foto: Divulgação.

Com Sophie Charlotte, Meu Nome é Gal, filme sobre Gal Costa, ganha trailer oficial

por: Cinevitor
Sophie Charlotte em cena: protagonista

Com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi, e protagonizado por Sophie Charlotte, Meu Nome é Gal, um dos filmes mais esperados do ano e que conta a história da maior voz do Brasil, Gal Costa, acaba de ganhar seu primeiro trailer oficial. A data de estreia nos cinemas está marcada para o dia 19 de outubro.

O vídeo mostra a chegada de Gracinha, como era conhecida antes de ser tornar Gal Costa, ao Rio de Janeiro, onde se junta aos companheiros de vida: Caetano Veloso, interpretado por Rodrigo Lelis; Maria Bethânia, vivida pela diretora Dandara Ferreira; Gilberto Gil, papel de Dan Ferreira; e Dedé Gadelha, interpretada por Camila Márdila. Luis Lobianco aparece no papel do empresário Guilherme Araújo, que acompanha a escolha do nome artístico de Maria da Graça para Gal Costa, assim como o lançamento de sua carreira. George Sauma interpreta o poeta, compositor e diretor Waly Salomão, fundamental na construção do contexto estético da turnê Fa-Tal, Gal a Todo Vapor, de 1971, considerada um marco em sua trajetória e que a consolidou como a voz da contracultura brasileira.

Com 57 anos de carreira musical, Gal Costa, que morreu em novembro do ano passado, soma mais de 30 álbuns e diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino à Excelência Musical, recebido pelo conjunto de sua obra. Seus sucessos atemporais, que são parte da cultura nacional, integram a trilha sonora do filme. Meu Nome é Gal, canção composta por Erasmo e Roberto Carlos, em 1969, e a preferida da atriz Sophie Charlotte no vasto repertório da cantora, Baby, Aquarela do Brasil e Divino Maravilhoso embalam o trailer do longa-metragem. O filme também destaca Eu Vim da Bahia, Alegria, Alegria, Coração Vagabundo, Mamãe, Coragem, Vaca Profana, Festa do Interior, entre outras.

A cinebiografia Meu Nome é Gal acompanha de perto e de dentro o breve e efervescente momento da Tropicália, o principal movimento da contracultura no Brasil, responsável pela maior mudança musical e comportamental que o país já viveu. Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo, mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira e também toda uma geração, principalmente de mulheres. O filme mostra como ela e seus companheiros, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Waly Salomão, ainda muito jovens, enfrentaram a dificuldade de serem tão vanguardistas em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil.

Com direção de fotografia de Pedro Sotero, a direção de arte é de Juliana Lobo e Thales Junqueira. O figurino é de Gabriella Marra e a maquiagem de Tayce Vale. A trilha sonora ficou por conta de Otavio de Moraes e a montagem por Eduardo Serrano. Além disso, o elenco conta também com Chica Carelli e Fabio Assunção em uma participação especial na pele de um diretor de televisão.

Lô Politi também assina o roteiro e a produção é da Paris Entretenimento e Dramática Filmes, em coprodução com Globo Filmes e Telecine. A distribuição é da Paris Filmes e codistribuição da Spcine e da Secretaria Municipal da Cultura.

Assista ao trailer de Meu Nome é Gal:

Foto: Stella Carvalho.

Avenida Beira-Mar, longa com Andrea Beltrão e Isabel Teixeira, começa a ser filmado

por: Cinevitor
Andrea Beltrão e Milena Pinheiro em cena

Começaram as filmagens de Avenida Beira-Mar, longa-metragem dirigido por Maju de Paiva e Bernardo Florim. O filme trata da amizade entre Rebeca, interpretada por Milena Pinheiro, e Mika, papel de Milena Gerassi, duas meninas de 13 anos de idade, que se tornam inseparáveis. 

As atrizes Andrea Beltrão e Isabel Teixeira também integram o elenco como Marta e Viviane, mães de Rebeca e Mika. Com produção da Elo Studios e coprodução da Viralata e do Telecine, o longa conta com filmagens em Niterói, Rio de Janeiro, e pretende discutir a questão da diversidade de gênero: “Avenida Beira-Mar abordará essa temática sob um viés ainda mais delicado: a infância”, conta Maju de Paiva.

As duas meninas têm muito em comum e estão em busca de seu lugar no mundo, apesar de lutarem batalhas diferentes. Os adultos não verão com bons olhos a proximidade entre elas. Em 1998, o mundo está prestes a se abrir para as garotas. “O projeto parte do desejo de ressignificação do gênero coming of age. Durante muito anos, fomos bombardeados com uma imagem dourada da infância e da adolescência, pautada sempre por filmes estadunidenses. Acredito que agora seja um tempo de encontrarmos novas protagonistas, que têm problemas mais próximos aos nossos e que se unem justamente porque encontram pertencimento uma na outra e juntas não se sentem tão desajustadas assim”, disse a diretora. 

E completou: “Eu acredito que o cinema seja uma ferramenta poderosa justamente por isso. O cinema nos dá a possibilidade de nos identificarmos, mas também de empatizarmos com experiências diferentes das nossas. A história de Mika, Rebeca e Marta é sobre o que temos em comum, não sobre nossas diferenças”. O diretor Bernardo Florim também comentou: “A infância é um período de testes, uma época de aprendizado na qual formamos nossa visão de mundo. Preconceitos de cor, raça e gênero não estão cristalizados no imaginário das crianças. Avenida Beira-Mar é uma parábola sobre os conflitos entre o mundo adulto e o infantil”.

O longa faz parte do Selo ELAS, iniciativa da Elo Studios que visa fomentar o cinema feito por mulheres, na intenção de contribuir para a equidade de gênero no audiovisual. Além disso, foi o vencedor do Prêmio Selo ELAS Cabíria Telecine 2020. Como parte do prêmio, o Telecine fez uma pré-compra do filme, entrando no projeto desde o início, como grande parceiro: “A parceria com o Selo ELAS e o Cabíria abriu caminho para que projetos que já buscávamos há algum tempo no mercado chegassem a nós, através de uma confluência de curadorias. A partir da aquisição do título, a associação como coprodutores foi o caminho natural para este projeto, alinhado, sob diferentes aspectos, a pilares que consideramos essenciais na nossa carteira de conteúdo: diversidade e representatividade. Como especialistas em cinema, é nossa missão apostar em novos talentos e em filmes com potencial de renovar o olhar e ampliar o debate sobre esses temas”, comentou Bruna Brasil, coordenadora de aquisição de conteúdo do Telecine.

Com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2024, Avenida Beira-Mar conta também com Ângela Rebello, Emiliano Queiroz, Cesar Augusto, Analu Prestes, Bruno Bernardini, Dinho Valladares, Daniel Breda, Pedro Enrico Madruga, Tayê Couto e Aline Bourseau.

A direção de fotografia é de Luis Abramo; Emily Pirmez assina a direção de arte e Carolina Louceiro o figurino, com caracterização de Isabella Pamplona. Ana Luiza Penna é a técnica de som, Paula Alves é diretora de produção e Ana Izabel Aguiar assina como primeira assistente de direção.

Foto: Luis Abramo.

Conheça os vencedores do 9º Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos

por: Cinevitor
Cena do longa Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta: premiado

Foram anunciados nesta quarta-feira, 28/06, os vencedores da nona edição do Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos, que aconteceu em 13 espaços da cidade litorânea, com sessões esgotadas e presenças de artistas de várias partes do país.

A cerimônia de encerramento, realizada no Open House Idiomas, destacou 24 premiados, divididos entre: Prêmio Cinefilia, uma novidade do festival que agradece aos espectadores mais assíduos; Mostra Animação, Mostra de Terror, Mostra Regional e Mostra Nacional de curtas e de longas.

O documentário Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta, foi o grande vencedor deste ano e recebeu o troféu de melhor longa-metragem nacional. O júri foi formado por: Andrea Pasquini, Diego da Costa e Jamer Guterrez de Mello na Mostra Competitiva Nacional; Tamirys O’Hanna, Márcia Okida e Wanderley Camargo nas mostras Regional e Animação; e Rogério Ferraraz, Leandro Cesar Caraça e Ondina Clais na Mostra de Terror.

O Prêmio Cinefilia, entregue pela presença constante nas atividades do Santos Film Fest 2023, foi para Fabrício de Lima Luiz, Renata Luiz Nogueira e Rodrigo dos Santos Rema. Neste ano, o tema escolhido foi Levanta, Sacode a Poeira e dá a Volta por Cima e os homenageados foram: o cantor e ator Paulo Miklos e a atriz Tamirys O’Hanna, do longa O Homem Cordial, que abriu o evento. 

Conheça os vencedores do 9º Santos Film Fest:

MOSTRA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS

Melhor Filme: Quando Falta o Ar, de Ana Petta e Helena Petta (SP)
Melhor Filme | Voto Popular: O SKT Me Levou, de Lecuk Ishida (SP)
Menção Honrosa: Rio Negro, de Fernando Sousa e Gabriel Barbosa (RJ)
Melhor Direção: Filipe Gontijo, por Capitão Astúcia

MOSTRA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Provisório, de Wilq Vicente (SP)
Melhor Filme | Voto Popular: Rock Pé Vermelho, de Letícia Tonon e Wagner Tonin (SP)
Menção Honrosa: Caquinho, de Denise Szabo (SP)
Melhor Direção: Anderson Bardot, por Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem (ES)

MOSTRA ANIMAÇÃO

Melhor Filme: O Futuro que me Alcance, de Nat Grego (SP)
Menção Honrosa: Cem Pilum – A História do Dilúvio, de Thiago Morais (AM)
Melhor Direção: Rafael Valles, por Ensaio Sobre o Grito
Melhor Roteiro: Jussara, escrito por Camila Ribeiro

MOSTRA DE TERROR

Melhor Filme: Lobo, de Giovani Beloto (SP)
Menção Honrosa: Voa Passarinho, de Otto Cortes (DF)
Melhor Direção: Danny D. Weirdo e Thais de Almeida Prado, por B – Há Algo de Errado com Charlie
Melhor Roteiro: Noites em Claro, escrito por Celina Ximenes e Elvis Alves

MOSTRA REGIONAL

Melhor Filme: Se trans for mar, de Cibele Appes
Melhor Filme | Voto Popular: Parabéns, Aline, de Fabrício De Lima
Menção Honrosa: Por Trás do Congá, de Lara Freire
Melhor Direção: Cibele Appes, por Se trans for mar
Melhor Roteiro: Parabéns, Aline, escrito por Nilma Nunes

Foto: Divulgação.

Nosso Sonho: filme sobre Claudinho e Buchecha ganha teaser e data de estreia

por: Cinevitor
Uma história de amizade que se transforma em força de superação e conquista

Dirigido por Eduardo Albergaria e produzido por Leonardo Edde, o longa Nosso Sonho divulgou seu primeiro teaser com uma prévia do que o público poderá ver a partir de 21 de setembro nos cinemas. O vídeo revela trechos da emocionante história da dupla Claudinho e Buchecha, que começa com uma amizade ainda na infância, em uma comunidade de Niterói, até conquistar o Brasil todo com a poesia da periferia.

Também resgata a história por trás da fama que poucos conhecem, as dificuldades enfrentadas no caminho para o sucesso, os desafios e dramas pessoais, e mostra os familiares e amigos que marcaram a trajetória dos músicos. Os protagonistas Lucas Penteado e Juan Paiva dão vida a Claudinho e Buchecha na tela grande e cantam sucessos da dupla como Só Love, Coisa de Cinema e a icônica Nosso Sonho, que dá título ao filme.

Com distribuição da Manequim Filmes, a trama é contada a partir do ponto de vista de Buchecha e destaca a força de superação da dupla diante dos dramas e tragédias. O público também conhecerá como foram compostas algumas das canções que conquistam gerações até hoje.

No elenco se destacam Tatiana Tiburcio e Nando Cunha, que interpretam Dona Etelma e Souza, os pais do Buchecha; Lellê Landim e Clara Moneke são Rosana e Vanessa, as namoradas dos músicos; e Vinicius Boca de 09 e Gustavo Coelho interpretam Claudinho e Buchecha na infância, respectivamente. O filme conta ainda com participações especiais de Antonio Pitanga como Seu Américo; Isabela Garcia como Dona Judite; Negão da BL como DJ do baile; e FP do Trem Bala e Gabriel do Borel como a dupla Cidinha e Doca.

A produção musical do longa é do cantor Buchecha e da agência Atabaque, que também está desenvolvendo com a produtora Urca Filmes a trilha sonora com uma série de lançamentos reunindo diferentes gerações de funkeiros.

Assista ao teaser de Nosso Sonho:

Foto: Angélica Goudinho.

Mostra Aruanda SP exibirá panorama do novo cinema paraibano no CineSesc

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo no longa O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira)

Em 2023, o Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontece em João Pessoa, na Paraíba, completa 18 anos. Com isso, realizará a primeira edição da Mostra Aruanda SP entre os dias 20 e 26 de julho no CineSesc, um dos mais tradicionais cinemas de rua de São Paulo. A programação contará com um panorama do novo cinema paraibano, que desembarca na capital paulista com sessões sempre a partir das 20h30.

A seleção traz 14 filmes em exibição, entre curtas e longas-metragens, produzidos no período entre 2018 e 2022; todos premiados no Fest Aruanda e em outros festivais do país, com grande parte das obras inéditas no Sudeste. São títulos que trazem no DNA a marca do que foi nomeada pelo crítico de cinema Luiz Zanin Oricchio, do Estadão, como a ‘primavera do cinema paraibano’, em um balanço que fez da edição de 2018 em que esteve presente, e testemunhou a emergência dessa nova tendência cinematográfica.

“Foi uma efetiva virada de página na cinematografia paraibana marcada por uma hegemonia de filmes documentais ao longo do século 20, e que a partir dos anos 1990 registra incursões no terreno ficcional (curta-metragem). Mas foi o Fest Aruanda 2018 o divisor de águas do novíssimo cinema paraibano que pedia passagem, com uma substancial safra longas-metragens ficcionais”, destaca Lúcio Vilar, fundador e produtor executivo do festival que assina a curadoria.

Na noite de abertura da Mostra Aruanda SP, serão exibidos fragmentos de fotogramas salvos da extinção do filme Carnaval Paraibano e Pernambucano, dirigido pelo cineasta paraibano Walfredo Rodriguez, em 1923, no contexto do cinema silencioso brasileiro da época. O material foi localizado na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a partir de pesquisa de doutorado do jornalista e professor Lúcio Vilar. Serão conhecidas as imagens que foram telecinadas de 35mm para o digital e que chamam a atenção pela riqueza do documento histórico.

Na ocasião, também serão exibidos o curta-metragem Era Uma Noite de São João, uma animação da diretora estreante Bruna Velden, e o longa-metragem Jackson: Na Batida do Pandeiro, que tem direção de Marcus Vilar e Cacá Teixeira, sobre o icônico personagem paraibano que influenciou várias gerações de músicos e compositores da MPB. Para o diretor do filme, a oportunidade oferecida pelo Sesc é de fundamental importância: “Essa exibição dos filmes produzidos na Paraíba, em São Paulo, no CineSesc, vem na hora certa, já que temos poucas janelas de exibição e temos que mostrar essa produção que pulsa e cresce a cada dia, e vem dando continuidade à tradição do cinema paraibano, que é reconhecida nacionalmente e internacionalmente, tendo como nosso marco maior o filme Aruanda, de Linduarte Noronha”, pontuou Marcus Vilar.

Sobre sua participação, disse se sentir muito honrado com o filme na sessão de abertura, uma obra que tem direção compartilhada com Cacá Teixeira e produção de Heleno Bernardo: “Especialmente por saber que Jackson do Pandeiro teve uma relação com São Paulo muito estreita, além de ser uma exibição inédita na cidade”, destacou Vilar.

Para Bruna Velden, diretora da animação que será exibida na primeira noite, a mostra faz “pelo nosso cinema algo quase inédito: levar para o Sudeste o que é produzido no Nordeste, na contramão do que acontece mais comumente. É um intercâmbio cultural valioso, onde todos os realizadores (sejam da Paraíba ou de São Paulo) vão sair muito enriquecidos! Só tenho a agradecer por essa oportunidade”, disse.

Ao longo da programação, a Mostra Aruanda SP exibirá uma sessão por dia composta por um curta e um longa-metragem paraibanos. Destaca-se também o documentário híbrido O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira), do diretor Bertrand Lira, e que tem Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Danny Barbosa no elenco: “Trata-se de uma janela necessária para o cinema paraibano frente ao gigantesco iceberg das salas comerciais que dificultam esse acesso”, disse o cineasta, que também é professor universitário da UFPB e pesquisador do campo audiovisual.

Na mesma linha, se coloca a diretora Kalyne Almeida ao reiterar que a mostra será “uma janela mais que importante e urgente porque se faz necessário ocuparmos os espaços de exibições de filmes, sobretudo, porque temos os cinemas brasileiros, produzidos por pessoas plurais, corpos plurais, lugares diferentes. E isso precisa estar nas telas de todo o país”.

A programação contará também com o bate-papo Conversas sobre o Novo Cinema Paraibano, no dia 21 de julho, às 19h, sobre os 100 anos do primeiro longa-metragem (1923) e a contemporaneidade do cinema paraibano (2023) em filmes, críticas, pesquisas e leituras. Com mediação de Amilton Pinheiro, a mesa contará com Lúcio Vilar, Marcus Vilar, Bruna Velden, Marília Franco e Luiz Zanin.

O evento é uma parceria do Sesc São Paulo com a Bolandeira Arte & Films, produtora responsável pelo festival paraibano que completa 18 anos de existência em 2023 e tem sede em João Pessoa.

Conheça os filmes que serão exibidos na 1ª Mostra Aruanda SP:

ABERTURA
Carnaval Paraibano e Pernambucano, de Walfredo Rodriguez (1923)

LONGAS-METRAGENS
Aponta pra Fé ou Todas as Músicas da Minha Vida, de Kalyne Almeida (2020)
Beiço de Estrada, de Eliézer Rolim (2018)
Bia, de Taciano Valério (2022)
Desvio, de Arthur Lins (2019)
Jackson: Na Batida do Pandeiro, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira (2019)
Miami Cuba, de Caroline Oliveira (2021)
O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira), de Bertrand Lira (2019)

CURTAS-METRAGENS
Animais na Pista, de Otto Cabral (2020)
BOYZIN, de R. B. Lima (2021)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (2022)
Faixa de Gaza, de Lúcio César Fernandes (2019)
Não Existe Pôr do Sol, de Janaína Lacerda (2022)
O que os Machos Querem, de Ana Dinniz (2021)
Seiva, de Ramon Batista (2019)

Foto: Divulgação.

22ª Goiânia Mostra Curtas: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta mineiro Ramal, de Higor Gomes

A 22ª Goiânia Mostra Curtas, que acontecerá entre os dias 3 e 8 de outubro, no Teatro Goiânia, selecionou 67 filmes para as quatro categorias competitivas do festival: Curta Mostra Brasil, Curta Mostra Goiás, Curta Mostra Animação e Mostrinha; a Curta Mostra Especial não é competitiva e será divulgada em breve.

São 31 curtas de ficção, 10 documentários, 14 animações e 12 experimentais, sendo produções de 16 estados brasileiros e do Distrito Federal. Além disso, outras dez estarão na Curta Mostra Especial. Ao todo, a programação conta com 77 filmes que serão exibidos gratuitamente.

A curadoria da Goiânia Mostra Curtas 2023 foi formada por: Rafael de Almeida na Curta Mostra Brasil; Fabio Rodrigues Filho na Curta Mostra Goiás; Cesar Cabral na Curta Mostra Animação; Lorenna Rocha e Luiz Fernando Moura na Curta Mostra Especial; e Gabriela Romeu na Mostrinha.

O número significativo de obras audiovisuais recebidas nesta edição demonstra a força da produção audiovisual brasileira, mesmo diante dos desafios impostos pelo desmonte e escassez de políticas públicas em prol da cultura.

Conheça os filmes selecionados para a 22ª Goiânia Mostra Curtas:

CURTA MOSTRA BRASIL

12 Minutos de Crepúsculo para Orientar a Navegação, de Amanda Copstein (RS)
15 quase 16, de Thais Fujinaga (SP)
A Espiral do Retorno, de Victor Furtado e Gabriel Silveira (CE)
A Velhice Ilumina o Vento, de Juliana Segóvia (MT)
Apocalypses Repentinos, de Pedrokas (CE)
Aqui Onde Tudo Acaba, de Cláudia Cárdenas e Juce Filho (SC)
Arrimo, de Rogério Borges (SP)
As Inesquecíveis, de Rafaelly (La Conga Rosa) (DF)
As Miçangas, de Rafaela Camelo e Emanuel Lavor (DF)
Ave Maria, de Pê Moreira (RJ)
Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Cabana, de Adriana de Faria (PA)
Cama Vazia, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA)
Casa Segura, de Allan Ribeiro (RJ)
Conserva, de Diego Benevides (PB)
Do Tanto de Telha no Mundo, de Bruno Brasileiro (CE)
Febre, de Marcio Abreu (MG)
Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)
Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (BA)
Grandes Senhoras, de Milena Manfredini (RJ)
Lubrina, de Leonardo Hecht e Vinícius Fernandes (DF)
Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (PB)
O que Vi, de Victor Abreu (SP)
Ode, de Diego Lisboa (BA)
Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP)
Pirenopolynda, de Tita Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor (GO)
Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (ES)
Ramal, de Higor Gomes (MG)
Remendo, de Roger Ghil (ES)
Rosa Neon, de Tiago Tereza (MG)
Solos, de Pedro Vargas (SP)
Teatro de Máscaras, de Eduardo Ades (RJ)
Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami (RR)
Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva (PE)
Último Domingo, de Renan Barbosa Brandão e Joana Claude (RJ)
Vãnh gõ tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá (SC)
Verde, de Rodrigo Ribeyro e Gustavo Auricchio (SP)
Virtual Genesis, de Arthur B. Senra (DF)
Visão do Paraíso, de Leonardo Pirondi (SP)

CURTA MOSTRA GOIÁS

À Beira do Rio das Almas, de Taize Inácia
A Jornada, de Mateus Rosa
Afro X, de Gleyde Lopes
Anomalia, de Raio
Avôa, de Lucas Mendes
Chuva: Este Filme Não é Meu, de Antônio Fabrício
Entredentes, de Daniel Souza Duarte de Sena
O Clube do Filme do Mundo, de Jarleo Barbosa
Pirenopolynda, de Tita Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor
Por Onde Eu For Não Haverá Rastros, de Daniel Pires

CURTA MOSTRA ANIMAÇÃO

A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (SP)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
Ensaio Sobre o Grito, de Rafael Valles (RS)
Ernesto, de Fernanda Roque (MG)
Máquina Dançante, de Stefano Nogueira de Azevedo (SP)
Mulher Vestida de Sol, de Patricia Moreira (BA)
O Buraco, de Victor Lima e Ricardo Graça (RJ)
O Caçador e a Mula Sem Cabeça, de Silas Marciano (SP)
O Cacto, de Ricardo Kump (SP)
Palavras Mágicas, de Carlon Hardt (PR)
Pressure, de Che Marcheti (SP)

21ª MOSTRINHA

Cósmica, de Ana Bárbara Ramos (PB)
Ciranda Feiticeira, de Lula Gonzaga e Tiago Delácio (PE)
De Onde Nasce o Sol, de Gabriele Stein (ES)
Jussara, de Camila Cordeiro Ribeiro (BA)
O Futuro que me Alcance, de Nat Grego (SP)
Trinca-Ferro, de Maria Fabiola (ES)

CURTA MOSTRA ESPECIAL | DE LUGAR NENHUM

A Lenda do Galeto Vegano, de Sosha e Amandla Veludo (2016) (PE/RJ)
A Terra Segue Azul Quando Saio do Trabalho, de Sergio Silva (2021) (SC/SP)
Abá, de Raquel Gerber e Cristina Amaral (1992) (SP)
Allegro ma non troppo, de Everlane Moraes (2016) (BA/Cuba)
Anatomia do Espectador, de Ana Carolina (1975) (RJ)
Brainstorm: Chuva na Vidraça da Mente, de Odilon Lopez (2001) (RS/MG)
O Trabalho Enobrece o Homem, de Lincoln Péricles (2013) (SP)
Resgate Cultural, o Filme, de Telephone Colorido (2001) (PE)
Um clássico, dois em casa, nenhum jogo fora, de Djalma Limongi Batista (1968) (SP)
Vexations, de Leonardo Mouramateus (2022) (CE/Portugal)

Foto: Divulgação/Ponta de Anzol Filmes.

18ª CineOP: Cartas de Ouro Preto apresentam novo plano de preservação audiovisual e inserção do digital na educação

por: Cinevitor
Encontros de Arquivos e Educação em Ouro Preto

Nesta segunda-feira, 26/06, último dia da 18ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, os Encontros de Arquivos e os Encontros de Educação apresentaram os resultados finais de uma semana intensa de debates, discussões e aprimoramentos de seus trabalhos. Diversas novidades foram anunciadas e reforçadas e um contato direto entre entidades dos dois setores e o Governo Federal foi realizado no intuito de levar ao poder público as definições e perspectivas de áreas essenciais no desenvolvimento do país.

Na Carta de Ouro Preto da ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, a entidade exalta duas iniciativas lançadas durante a CineOP: a criação, por parte do Ministério da Cultura, de uma diretoria de Preservação e Difusão Audiovisual; e a fundação do Fórum Brasileiro de Museus da Imagem e do Som (MIS) em rede.

Além disso, a Carta reforça a atualização do PNPA, Plano Nacional de Preservação Audiovisual, documento desenvolvido durante vários anos em encontros da CineOP e que seria protocolado no Governo Federal em 2016, quando o setor foi surpreendido pelo impeachment de Dilma Rousseff, e o posterior descaso das gestões federais com a área de preservação audiovisual. Com a recriação do Ministério da Cultura em janeiro de 2023, a ABPA encontrou novos canais de diálogo, que culminaram em um novo Plano e sua ocasional entrega ao governo.

“Após seis anos de ataques à democracia e violência contra valores fundamentais da sociedade, como a cultura e a educação, apresentamos o Plano Nacional de Preservação Audiovisual na sua versão atualizada e aprovada em Assembleia Geral ordinária da ABPA. Trata-se de um documento essencial para subsidiar as políticas públicas voltadas para a área de preservação audiovisual no Brasil e promover o desenvolvimento do setor”, destaca a Carta.

Por sua vez, a Carta de Ouro Preto apresentada pelo Encontro da Educação e XV Fórum da Rede Kino chamou atenção para a implantação de uma nova PNED, Política Nacional de Educação Digital: “Nosso diagnóstico revela a necessidade de uma PNED que inclua o audiovisual como um de seus eixos estruturantes, tendo em vista que 82% do conteúdo digital que circula na internet é audiovisual. Dessa forma, com base em nossa experiência, um eixo audiovisual atua na transversalização, descentralização e territorialização da educação digital em todo o Brasil, tendo potencialidade de incentivar a adoção de leis e políticas semelhantes em outros países latino-americanos”, registram os educadores.

Neste cenário, pensa-se “uma educação digital que não sirva estritamente aos interesses de uma inovação industrial e mercadológica, à compra e venda de novos aparelhos tecnológicos, forçando uma obsolescência programada com impactos ambientais irreversíveis e um excessivo consumo de energia que coloca em risco a sustentabilidade da vida planetária”, mas sim, “o acesso básico da escola pública a equipamentos, formação e tecnologias assistivas e, especialmente, uma educação digital crítica alinhada a processos criadores e inventivos de mundos mais justos, menos desiguais e menos violentos”. Clique aqui e leia as cartas na íntegra.

Joelma Gonzaga, Secretária do Audiovisual

Outro momento importante da CineOP 2023 foi a presença de Joelma Gonzaga, Secretária do Audiovisual do MinC. A retomada do Ministério da Cultura tem causado um impacto positivo, depois de anos de dificuldades do setor de preservação audiovisual por conta da ineficiência das políticas públicas nos últimos seis anos. A perspectiva na área, enfim, é de esperança, como disse a professora e pesquisadora Laura Bezerra na mesa Memória e criação para o futuro, que aconteceu na sexta-feira, 23/06.

“É um momento de comemorar e de reconhecer a existência de uma SAv, Secretaria do Audiovisual, atenta e preocupada com a preservação e com os caminhos a serem construídos”, disse Bezerra. Isso porque, minutos antes, a Secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, em Ouro Preto representando a ministra Margareth Menezes, garantiu que a preservação “é uma prioridade na atual gestão do MinC”.

Joelma aproveitou o Encontro de Arquivos e Educação, fórum que reúne profissionais das duas áreas durante a CineOP, para anunciar a volta da revista Filme Cultura, cuja edição 64 deverá ser publicada em versão impressa nos próximos meses, além de planos de ações voltados à preservação audiovisual: “É urgente traçar políticas estruturantes para que a preservação seja tratada com a importância que ela tem”, afirmou.

Outras novidades da Secretaria do Audiovisual anunciadas na CineOP foram: suplementação de 70% do valor do contrato de gestão da Cinemateca Brasileira; regulamentação do Plano Nacional de Preservação Audiovisual, que foi retrabalhado e atualizado durante a Mostra; instituir a Rede Nacional de Acervos e Arquivos Audiovisuais; levantamento de equipamentos culturais e seus acervos audiovisuais; e inserção da preservação na Lei Paulo Gustavo.

*O CINEVITOR está em Ouro Preto e você acompanha a cobertura da 18ª CineOP por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Leo Lara e Leo Fontes/Universo Produção.

18ª CineOP: Uma Nega Chamada Tereza e A Rainha Diaba, clássicos brasileiros, são exibidos na Mostra de Cinema de Ouro Preto

por: Cinevitor
Jorge Ben Jor no filme Uma Nega Chamada Tereza

A programação da Mostra Histórica da 18ª edição da CineOP enfatiza a presença da criação musical de artistas pretas e pretos nas trilhas sonoras e nos elencos de filmes e novelas, como personagens em ficção, documentários, videoclipes e performatividades variadas.

Um dos destaques desta seleção da Mostra de Cinema de Ouro Preto foi o longa Uma Nega Chamada Tereza, de Fernando Coni Campos e lançado em 1973, um clássico perdido do cinema brasileiro. Inédito há décadas, a comédia ficcional mostra o cantor Jorge Ben Jor na história de um casal de africanos que vem participar de um festival da canção no Brasil. O filme é, possivelmente, entre todos os títulos programados para o segmento histórico da CineOP, o de exibição e conhecimento mais raro.

Há pouco material escrito sobre o título, mesmo em seu ano de lançamento. Não é uma das obras mais celebradas de seu importante diretor e também não está colado diretamente à imagem de Jorge Ben Jor. O filme foi realizado num contexto de época em que músicos de grande popularidade eram chamados para serem personagens principais em filmes nos quais eles faziam versões ficcionais de si mesmos (o caso mais conhecido é o de Roberto Carlos e sua trilogia dirigida por Roberto Farias nos anos 1970).

A sessão de Uma Nega Chamada Tereza na CineOP aconteceu no sábado, 24/06, no Centro de Convenções da UFOP, e foi apresentada pela pesquisadora Isabel Mello. No palco, ela relembrou que Coni Campos, cineasta reconhecido por filmes reflexivos e existenciais, foi procurado pela produtora Aurora Duarte com o roteiro pronto, já pensado para Jorge Ben. Diversos problemas e desentendimentos de produção provocaram a insatisfação do realizador com o resultado do trabalho: “O Coni se dizia chateado porque não teve ingerência no corte final e não gostou de como o filme acabou sendo feito”

E completou: “É um filme com algumas questões bem visíveis que estão muito envolvidas com o próprio processo de produção. A Aurora Duarte tem uma versão sobre isso e o próprio Coni Campos tem a sua. Eu consegui acompanhar tudo isso através da troca de correspondência e também pela trajetória crítica nos jornais, além do processo de exibição e distribuição do filme”, disse Isabel.

Jorge Ben Jor e a produtora e atriz Aurora Duarte nos bastidores

Coni Campos faleceu em 1988 e foi representado, em Ouro Preto, por seu filho, o músico Ruben Campos. Logo após a sessão, ele conversou com o público e relembrou a dificuldade do pai em ter autonomia no projeto de Uma Nêga Chamada Tereza porque o contrato não permitia mudanças no roteiro, que ele considerava ruim. “É um filme bem louco, como todos repararam. Meu pai foi convidado para dirigir um roteiro, que ele próprio constatou, infilmável por questões técnicas e por ser uma história fraca. Ele tinha um outro filme na cabeça e que gostaria de fazer, que se chamaria Tupi or not Tupi, um filme bem oswaldiano”. A gravidez da atriz Pepita Rodrigues antes das filmagens acabou forçando a produção a alterar alguns rumos da história, e Coni aproveitou para inserir novos personagens que dessem outros fluxos ao enredo.

Lançado no ápice da ditadura militar, o filme sofreu cortes da censura federal: “A ditadura não deixou passar muita coisa que falava de racismo. O governo queria manter a falsa ideia de que a questão racial era coisa dos EUA, não do Brasil”, contou Ruben Campos. Segundo o filho, Fernando Coni cogitou retirar o próprio nome do filme, por não ter nem visto a montagem definitiva, mas acabou mantendo: “Assistindo hoje, percebemos muitas questões atuais, até mais do que na época em uma série de camadas”, finalizou.

Em Uma Nega Chamada Tereza, exibido em Ouro Preto com cortes da censura militar, Jorge Ben interpreta a si mesmo e também a um sósia do cantor Jorge Ben envolvido numa série de confusões para levá-lo a um festival de música. O elenco tem ainda Antonio Pitanga como um homem vindo da África para ensinar aos brasileiros de que forma pensar a cultura e relevância negra no país; e Marlene França, Carlos Alberto Batista, Lirio Bertelli, Arnaud Rodrigues, Irene Kramer, Marina Montini, a própria Aurora Duarte, entre outros.

Outro título que se destacou na programação da CineOP foi a nova versão digital de A Rainha Diaba, clássico de Antonio Carlos da Fontoura, lançado em 1974, que foi exibido no mesmo dia, só que na Mostra Preservação, e contou com a presença do diretor. Coordenado pela preservadora audiovisual Débora Butruce, o projeto de digitalização 4K, realizado em 2022, destaca a atualidade desta obra referencial do cinema brasileiro prestes a completar 50 anos. A nova cópia digital foi apresentada em fevereiro na programação do Festival de Berlim.

O diretor Antonio Carlos da Fontoura no Encontro de Arquivos

No palco, antes da sessão, Antonio Carlos da Fontoura discursou: “A Rainha Diaba, que fiz há 50 anos, se tornou o meu mais novo filme. E isso é muito interessante. Todo o potencial do filme, que foi muito forte nos anos 1970, encontra agora um novo público, que dá uma nova feição. Os olhos de quem assiste é que fazem os filmes”, disse. 

Protagonizado por Milton Gonçalves, que foi premiado como melhor ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 1975 [o longa também levou o Candango de melhor fotografia para José Medeiros], a sinopse diz: do quarto dos fundos de um bordel, a cruel Rainha Diaba controla o tráfico de maconha. Para livrar da prisão um belo protegido, a Rainha ordena que Catitu, seu braço direito, envolva em uma onda de crimes o ingênuo Bereco, gigolô da cantora de cabaré Isa, para entregá-lo à polícia. A situação sai do controle da Rainha e tudo se decidirá de maneira sangrenta.

O elenco conta ainda com Odete Lara, Stepan Nercessian, Nelson Xavier, Yara Cortes, Wilson Grey, Edgar Gurgel Aranha, Haroldo de Oliveira, Geraldo Sobreira, Kim Negro, Sidney Becker, Zezé Motta, Hilton do Prado, Procópio Mariano, Selma Caronezzi, Samuca, Marquinhos Rebu, Arnaldo Moniz Freire, Lutero Luiz, Arthur Maia, Fabio Camargo e Carlos Prieto.

No dia seguinte à exibição, aconteceu, com mediação de Fernanda Coelho, curadora da Temática Preservação, o Encontro de Arquivos: Case de Restauro. Participam da mesa o diretor de A Rainha Diaba, Antonio Carlos da Fontoura; Débora Butruce, preservadora audiovisual e coordenadora técnica da digitalização; e Aarão Marins, supervisor técnico do escaneamento.

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Fotos: Divulgação e Leo Lara/Universo Produção.

18ª CineOP: documentário sobre Lô Borges estreia na Mostra de Cinema de Ouro Preto

por: Cinevitor
Sessão lotada na Praça Tiradentes

Neste sábado, 24/06, foi exibido, em pré-estreia mundial, na programação da CineOP, dentro da Mostra Contemporânea, o documentário Lô Borges – Toda Essa Água, dirigido por Rodrigo de Oliveira, dos premiados Todos os Paulos do Mundo e Os Primeiros Soldados.

O longa, produzido por Vania Catani, da Bananeira Filmes, acompanha Lô Borges enquanto trabalha em um novo disco de músicas inéditas e circula pelo Brasil com a turnê que resgata o repertório que compôs em 1972 para os míticos Clube da Esquina, com Milton Nascimento, e o Disco do Tênis, seu primeiro disco solo.

Entre o garoto de 20 anos e o experiente músico que acaba de ultrapassar os 70, uma trajetória de brilhos, medos, sonhos e o eterno desejo pela estrada e pela aventura da composição. Além de Lô Borges, o elenco traz também  Milton Nascimento, Beto Guedes, Márcio Borges, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Com a Praça Tiradentes lotada, a equipe apresentou o filme no palco: “Eu tô muito feliz esta noite. Eu falei da minha vida o filme inteiro, encontrei muita gente querida. E quero muito ver esse filme!”, disse Lô Borges. Ao final da sessão, em um momento de muita emoção, o artista foi ovacionado pelo público presente: “A primeira sensação que me provocou uma coisa extraordinária depois dessa exibição foi o tamanho que eu me vi. Nunca me vi tão grande! O filme foi muito bem produzido, fiquei super feliz! É um retrato da minha vida e eu ainda tive a oportunidade de reencontrar amigos, familiares e público”, disse sob muitos aplausos.

A equipe do filme durante a coletiva de imprensa

O diretor Rodrigo de Oliveira, também muito emocionado e acompanhado dos pais, falou sobre a primeira exibição pública do longa: “Faz muito sentido que um filme sobre Lô Borges nasça numa praça pública, em Minas Gerais, de onde ele vem. Foi uma sensação incrivelmente emocionante. Esse final de sessão parecia o final de um show”. A produtora e codiretora Vania Catani também marcou presença, assim como Joelma Gonzaga, atual Secretária do Audiovisual, e produtora executiva do filme.

Horas antes da sessão, em uma coletiva de imprensa realizada no Centro de Convenções da UFOP, a equipe do documentário conversou com jornalistas: “Esse filme foi um grande presente. A Vania Catani me convidou depois de ver meu show no Circo Voador. Eu topei correndo. Logo entrei em contato com o Rodrigo e começamos a filmar. Conciliamos as agendas e marcamos encontros muito interessantes com amigos maravilhosos. Foi um presentaço! É um passeio pela minha vida. É muito bom trabalhar com pessoas que lhe passam confiança e são competentes”, disse Lô Borges.

Rodrigo de Oliveira completou: “Espero que o filme passe a intimidade da nossa dinâmica. É a história de alguém que está ao mesmo tempo olhando de novo para esse começo da vida e absolutamente ativo no ofício da composição e da música”, finalizou. 

*Clique aqui e assista aos melhores momentos da exibição!

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Fotos: Leo Lara e Leo Fontes/Universo Produção.