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VII Cine Jardim: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Matteus Cardoso no curta Sideral, de Carlos Segundo

Foram anunciados neste sábado, 27/05, os vencedores da sétima edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, que contou com dezenas de filmes na programação. O curta-metragem potiguar Sideral, de Carlos Segundo, se destacou e foi premiado com o Troféu Conceição Moura

O VII Cine Jardim aconteceu em formato presencial na cidade de Belo Jardim, no interior de Pernambuco, e de forma remota pela plataforma Cardume. A programação contou também com a Oficina Documentando, ministrada pelo cineasta Marlom Meirelles, e com uma exibição especial do premiado Pacarrete, de Allan Deberton.

O júri oficial da Mostra Competitiva de curtas-metragens latino-americanos foi formado pela atriz Hermila Guedes, pelo crítico de cinema André Guerra e pela atriz e diretora Danny Barbosa. Entre os premiados, três curtas-metragens pernambucanos também foram destaques: Um Filme com Celso Marconi, Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer e Recife, Marrocos.

O júri jovem foi formado por Tainá Margarida, Ruan Gabriel e Taune Erivalda, que participaram da oficina Crítica de Cinema para Formação do Júri Jovem, ministrada por André Guerra, oferecida gratuitamente durante o festival. Os estudantes concederam o troféu de melhor curta-metragem para o gaúcho Perfection, de Guilherme G. Pacheco.

Além da competição, o Cine Jardim realizou as mostras paralelas Diversidade de Voos, em homenagem à atriz Roberta Gretchen Coppola, com histórias sobre pessoas transgêneros; Revoada, que discute memória, preservação e identidade cultural; Voo Livre, apresentando mulheres como protagonistas de suas próprias histórias; Rotas de Migração, com abordagens variadas para o público jovem; e Passarinho, formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações. A Mostra Especial VouSer Acessibilidade exibiu filmes pernambucanos com acessibilidade comunicacional: audiodescrição, janela de libras e legendas descritivas.

Conheça os vencedores do Cine Jardim 2023:

Melhor Filme: Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Prêmio Especial do Júri: Um Filme com Celso Marconi, de Helder Lopes e Paulo de Sá Vieira (PE)
Melhor Direção: Leonardo Martinelli, por Fantasma Neon
Melhor Roteiro: Recife, Marrocos, escrito por Alexandre Figueirôa
Melhor Atuação: Marcus Curvelo, em Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer
Melhor Imagem: Perfection, de Guilherme G. Pacheco
Melhor Montagem: Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, por Felipe André Silva
Melhor Concepção de Som: Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Fiel
Prêmio do Júri Popular: Pedro Faz Chover, de Felipe César de Almeida (PE)
Prêmio do Júri Jovem: Perfection, de Guilherme G. Pacheco (RS)

Foto: Divulgação/Casa da Praia Filmes.

Festival de Cannes 2023: conheça os vencedores; filme de Justine Triet leva a Palma de Ouro

por: Cinevitor
Jane Fonda entrega a Palma de Ouro para Justine Triet

Foram anunciados neste sábado, 27/05, os vencedores da 76ª edição do Festival de Cannes, que este ano contou com o cineasta sueco Ruben Östlund na presidência do júri. Maryam Touzani, Denis Ménochet, Rungano Nyoni, Brie Larson, Julia Ducournau, Atiq Rahimi, Paul Dano e Damián Szifrón completavam o time responsável por avaliar e premiar os filmes da Competição.

Neste ano, o suspense francês Anatomie d’une chute, de Justine Triet e protagonizado por Sandra Hüller, recebeu a Palma de Ouro, prêmio máximo do evento. Com isso, a cineasta se torna a terceira mulher da história do festival a ser premiada nessa categoria; a primeira foi Jane Campion, em 1993, com O Piano; a segunda foi Julia Ducournau com Titane, em 2021.

Nesta edição, o cinema brasileiro se destacou com o longa Levante, de Lillah Halla, exibido na Semana da Crítica, e que recebeu o Prêmio FIPRESCI de melhor filme das mostras paralelas; a honraria é entregue pela Federação Internacional de Críticos de Cinema.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cannes 2023:

COMPETIÇÃO

PALMA DE OURO
Anatomie d’une chute, de Justine Triet (França)

GRAND PRIX
The Zone of Interest, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)

MELHOR DIREÇÃO
Trần Anh Hùng, por La Passion de Dodin-Bouffant

PRÊMIO DO JÚRI
Kuolleet Lehdet (Les Feuilles Mortes), de Aki Kaurismäki (Finlândia)

MELHOR ROTEIRO
Kaibutsu (Monster), escrito por Yûji Sakamoto

MELHOR ATRIZ
Merve Dizdar, por Kuru Otlar Üstüne

MELHOR ATOR
Koji Yakusho, por Perfect Days

PALMA DE OURO | CURTA-METRAGEM
27, de Flóra Anna Buda (Hungria/França)

MENÇÃO ESPECIAL | CURTA-METRAGEM
Fár, de Gunnur Martinsdóttir Schlüter (Islândia)

OUTROS PRÊMIOS

CÂMERA DE OURO | Caméra d’Or
Bên trong vỏ kén vàng, de Thien An Pham (Vietnã) (Quinzena dos Realizadores)

LA CINEF
1º Prêmio: Norwegian Offspring, de Marlene Emilie Lyngstad (Dinamarca) (Den Danske Filmskole)
2º Prêmio: Hole, de Hwang Hyein (Coreia do Sul) (KAFA)
3º Prêmio: Ayyur, de Zineb Wakrim (Marrocos) (ÉSAV Marrakech)

PRÊMIOS FIPRESCI | Federação Internacional de Críticos de Cinema
Competição Oficial: The Zone of Interest, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)
Un Certain Regard: Los Colonos, de Felipe Gálvez (Chile)
Semana da Crítica/Quinzena dos Realizadores: Levante, de Lillah Halla (Brasil/Uruguai/França)

L’Œil d’or (Olho de Ouro) | MELHOR DOCUMENTÁRIO
Les Filles d’Olfa, de Kaouther Ben Hania (Tunísia)
Kadib Abyad, de Asmae El Moudir (Marrocos)

JÚRI ECUMÊNICO | MELHOR FILME
The Old Oak, de Ken Loach (França)

QUEER PALM
Melhor longa-metragem: Monster, de Hirokazu Koreeda (Japão)
Melhor curta-metragem: Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)

PALM DOG
Border Collie Messi em Anatomie d’une chute, de Justine Triet

*Clique aqui e conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard

*Clique aqui e conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores

*Clique aqui e conheça os vencedores da Semana da Crítica

Foto: Andreas Rentz/Getty Images.

Cannes 2023: A Flor do Buriti é premiado na mostra Un Certain Regard

por: Cinevitor
A equipe de A Flor do Buriti no tapete vermelho do festival

Foram anunciados nesta sexta-feira, 26/05, os vencedores da mostra Un Certain Regard, também conhecida como Um Certo Olhar, que coloca em evidência filmes artísticos e artisticamente ousados dirigidos por novos cineastas, porém mais atípicos aos que disputam a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

O cinema brasileiro se destacou com A Flor do Buriti, que recebeu o Prix d’Ensemble (algo como melhor equipe e/ou elenco, na tradução). O longa é dirigido pelo português João Salaviza e pela brasileira Renée Nader Messora, de Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que recebeu o Prêmio Especial do Júri nesta mesma mostra, em 2018. Novamente com os Krahô, no norte do Tocantins, o filme traz um dos temas mais urgentes da atualidade: a luta pela terra e as diferentes formas de resistência implementadas pela comunidade da aldeia Pedra Branca.

O longa, produzido por Ricardo Alves Jr. e Julia Alves, por meio da produtora mineira Entre Filmes, que será distribuído no Brasil pela Embaúba Filmes, atravessa os últimos 80 anos dos Krahô, trazendo para a tela um massacre ocorrido em 1940, onde morreram dezenas de pessoas. Perpetrado por dois fazendeiros da região, as violências praticadas naquele momento continuam a ecoar na memória das novas gerações. O elenco conta com Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô, Sonia Guajajara, entre outros.

A Flor do Buriti foi rodado durante quinze meses em quatro aldeias diferentes, dentro da Terra Indígena Kraholândia, e assim como em Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipe era muito pequena e se dividia entre indígenas e não indígenas. As manifestações em Brasília durante a votação do Marco Temporal e as ameaças que a Terra Indígena vem sofrendo nos últimos anos, como roubo de animais silvestres, extração de madeira e reativação de uma barragem ilegal, são absorvidas pelo filme, em uma narrativa onde passado e presente coexistem e formam um corpo só.

A estreia mundial do filme aconteceu na terça-feira, 23/05, e ao final da emocionante sessão foi ovacionado por mais de dez minutos. Vale destacar que em toda a história da Un Certain Regard, o Prix d’Ensemble só foi concedido em outras duas edições: em 2014, para Party Girl, de Marie Amachoukeli-Barsacq, Claire Burger e Samuel Theis; e em 2021, para A Boa Mãe, de Hafsia Herzi.

Neste ano, o júri foi presidido pelo ator norte-americano John C. Reilly, e contou também com: Alice Winocour, cineasta francesa que passou por Cannes com o curta-metragem Kitchen e com os longas Augustine e Transtorno; Paula Beer, atriz alemã de Undine e Frantz; o cineasta cambojano-francês Davy Chou, que exibiu Retour à Séoul na Un Certain Regard e foi premiado na Semana da Crítica com Diamond Island; e a atriz belga Émilie Dequenne, do premiado Close, de Lukas Dhont, e vencedora dos prêmios de melhor atriz por Rosetta, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, que também levou a Palma de Ouro, e por Perder a Razão, na mostra Un Certain Regard.

Conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard 2023:

PRÊMIO UN CERTAIN REGARD
How to Have Sex, de Molly Manning Walker (Reino Unido)

PRÊMIO DO JÚRI
Les meutes, de Kamal Lazraq (França)

PRIX DE LA NOUVELLE VOIX
Augure, de Baloji Tshiani (Bélgica/Holanda/Congo/Alemanha/África do Sul)

PRIX D’ENSEMBLE
A Flor do Buriti (Crowrã), de João Salaviza e Renée Nader Messora (Brasil/Portugal)

PRIX DE LA LIBERTÉ
Goodbye Julia, de Mohamed Kordofani (Sudão/Suécia)

MELHOR DIREÇÃO | PRIX DE LA MISE EN SCÈNE
Asmae El Moudir, por Kadib Abyad (Marrocos)

Foto: Pascal le Segretain/Getty Images.

FALA São Chico 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta baiano Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo

A segunda edição do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul, o FALA São Chico, acontecerá entre os dias 21 e 24 de junho e contará com 25 títulos na programação; oito são internacionais e Santa Catarina aparece com três produções.

Nove países serão representados na tela de oito metros montada especialmente para o festival em uma CineTenda na Praia da Enseada, em São Francisco do Sul, norte de Santa Catarina. Além do Brasil, fazem parte da listagem: Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México e Peru; França e Suíça também aparecem como coproduções. 

Do Brasil, três dos filmes selecionados são de Santa Catarina, sendo um de São Francisco do Sul, cidade sede do FALA, e dois da capital Florianópolis. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro e São Paulo também com três filmes cada; Bahia e Rio Grande do Norte com dois filmes cada; e Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná com um representante por estado.

Dos 25 selecionados, três são filmes convidados; dois curtas completam a Mostra Infantojuvenil, que este ano exibirá seis filmes ao todo; e o terceiro é o tradicional longa-metragem convidado, que encerra o festival. Da diretora Juliana Vicente, o documentário Diálogos com Ruth de Souza será exibido no sábado, dia 24 de junho.

Nesta segunda edição, realizada pela Associação Cultural Panvision, nove filmes terão a primeira exibição e quatro diretores fazem sua estreia. Como pontuado pela diretora de programação, Marilha Naccari, a curadoria do II FALA São Chico buscou dar foco principalmente às obras que conversem com a comunidade na qual o festival é inserido. Temas ligados ao mar, ao meio ambiente e ao cotidiano, por exemplo, serão representados na tela através de personagens reais, unindo cinema e história de diversas culturas.

Também vale destacar o protagonismo feminino: 12 produções selecionadas contam com o Selo Marias de Cinema, que é aplicado em obras que retratam personagens mulheres com complexidade, dimensionalidade e presença relevante, mesmo não estando no lugar de personagem principal da história contada.

Conheça os filmes selecionados para o FALA São Chico 2023:

MOSTRA CURTAS CATARINENSE E LATINOS
Apenas Mais um Dia, de Samantha Joanne (Brasil, SC)
Aqui é o Meu Lugar, de Breno Soares (Brasil, RJ)
Bruno Joanne, de Allan Constancio (Brasil, PR)
Chagra de la Vida: El Camino de las Mujeres Sabedoras, de Edgar Medina Fetecua (Colômbia)
Colchão d’água, de Livia Motta (Brasil, RN)
Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha (Brasil, AP)
Fantasmagoría, de Juan Francisco González (Chile/França/Suíça)
Juanchito: El Limpia Alcantarillas, de María Isabel Caro Zamora (Colômbia)
Mulheres de São Chico, de Ney Inacio (Brasil, SC)
Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn (Não Somos Apenas Sombras), de Dino Menezes (Brasil, SP)
Nunca Pensei que Seria Assim, de Meibe Rodrigues (Brasil, MG)
Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo, de Lucas Ribeiro e Luísa Caria (Brasil, BA)
Postales de un Paraíso Olvidado, de José Oliva Gaytán (Guatemala)
¿Quién es?, de Víctor Augusto Mendívil (Peru)
Repugnancia, de Benjamín Romero Salinas (México)
Romão, de Clementino Junior (Brasil, RJ)
Tesouro em Carros de Barro, de Vinicius Rios (Brasil, BA)
Valéria Divina e as Histórias do Vovô Moju, de François Muleka (Brasil, SC)

MOSTRA CURTAS INFANTOJUVENIL
Cota Não é Esmola, de Val Gomes (Brasil, SP)
Esquecimento, de Uri Bezerra Soares (Brasil, MT)
La Ferroviaria, de Participantes da oficina Living Legends: Cumandá Gordón, Doménica Flores, Jorge Ojeda, Robinson Chanastasig e Salvador Yugcha; Tutora: Doménica Guarderas (Equador) (filme convidado)
Flores da Macambira, de Crianças e Adolescentes da Comunidade de Macambira; Projeto Animação Ambiental (Brasil, RN)
El Tigre y el Totumo, de Participantes da oficina Living Legends: Delcia Fuentes, Heriberto Herrera, Nolberto Fuentes, Richard Segundo, Silvio Hildebrando e Yorely Dorantes; Tutores: Nadja Bulow e Julia Schneeweiss (Colômbia) (filme convidado)
Yasmin, de Ludmila Curi (Brasil, RJ)

LONGA DE ENCERRAMENTO | FILME CONVIDADO
Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP)

Foto: Divulgação.

Cannes 2023: conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores

por: Cinevitor
Cena de Un Prince, de Pierre Creton

Foram anunciados nesta quinta-feira, 25/05, os vencedores da Quinzena dos Realizadores, Quinzaine des Cinéastes, mostra paralela ao Festival de Cannes, organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF) desde 1969 e que destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com diretores talentosos e originais.

Neste ano, o francês Un Prince, de Pierre Creton, se destacou e recebeu o prêmio entregue pela SACD, Sociedade de Autores e Compositores Dramáticos. Dirigido por Elena Martín, o espanhol Creatura foi eleito o melhor filme europeu.

Além disso, o cineasta maliano Souleymane Cissé, de A Luz, Waati e O Ka, foi o grande homenageado com o Carrosse d’Or na cerimônia de abertura. Diretor, produtor, roteirista e exibidor, tornou-se, em 50 anos de carreira, o símbolo da liberdade criativa, tanto poética quanto política. O encerramento da 55ª edição contou com a exibição de In Our Day, de Hong Sang-soo, e também com uma roda de conversas com Quentin Tarantino.

Conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores 2023:

PRÊMIO SACD (Society of Dramatic Authors and Composers)
Un Prince, de Pierre Creton (França)

LABEL CINEMA EUROPA | MELHOR FILME EUROPEU
Creatura, de Elena Martín (Espanha)

CARROSSE D’OR
Souleymane Cissé

Foto: Divulgação/JHR Films.

Festival de Gramado 2023: Alice Braga será homenageada com o Kikito de Cristal

por: Cinevitor
Alice Braga: carreira consagrada

A organização da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto, acaba de anunciar o primeiro nome dentre os homenageados deste ano: a atriz brasileira Alice Braga, que receberá o troféu Kikito de Cristal. Com sólida carreira no cinema nacional e internacional, Braga já participou de mais de trinta produções, atuando ao lado de nomes como Anthony Hopkins, Margot Robbie e Matt Damon.

O laço de Alice Braga com o mundo das artes vem de berço. Filha de pai jornalista e mãe atriz, acompanhava a rotina de gravações de sua mãe, Ana, e tia, Sonia, ao lado da irmã, a produtora Rita Moraes. Teve sua estreia nas telas ainda adolescente, em 1998, no curta-metragem Trampolim, de Fiapo Barth

Em 2002, atuou no longa Cidade de Deus, que lhe rendeu indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Sua estreia em filmes estrangeiros aconteceu em 2006, ao lado de Brendan Fraser, Mos Def e Catalina Sandino Moreno, em 12 Horas até o Amanhecer. Atuou em filmes como Entre Idas e Vindas, Os Amigos, Ensaio Sobre a Cegueira, O Cheiro do Ralo, Muitos Homens Num Só, Cabeça a Prêmio, A Via Láctea, Eu Sou a Lenda, A Cabana, Elysium, O Ritual, Os Novos Mutantes, O Esquadrão Suicida, entre outros.

Entre 2016 e 2021, protagonizou a série Queen of the South, baseada no romance La Reina Del Sur, exibida originalmente pelo canal USA Network. Em 2020, deu voz à personagem Jerry na animação Soul, da Pixar. Em 2022, protagonizou, ao lado de Gabriel Leone, o consagrado longa Eduardo e Mônica, inspirado na canção composta por Renato Russo, e dirigido por René Sampaio. Por sua atuação, recebeu o Prêmio APCA de melhor atriz; em 2006 recebeu o mesmo prêmio por Cidade Baixa, de Sergio Machado.

Ao longo da carreira, coleciona vitórias em alguns dos mais prestigiados festivais e premiações de cinema do Brasil e do mundo, incluindo Verona Love Screens Film Festival, Festival do Rio, Miami International Film Festival, Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro, Festival de Cinema de Punta del Este e Cine PE. Além disso, Alice Braga faz parte do elenco de Hypnotic, novo filme de Robert Rodriguez, recentemente exibido no Festival de Cannes.

A homenagem será entregue durante a programação do Festival de Gramado e Alice participará do rito de confecção do troféu, esculpido em cristal, que será entregue ao homenageado da próxima edição. A solenidade, única no mundo, coloca os agraciados em contato com a composição da honraria.  

Vale destacar que o Kikito de Cristal é dedicado a expoentes do cinema internacional e foi entregue pela primeira vez em 2007 ao cineasta Eduardo Coutinho. O cineasta Ruy Guerra, os atores Jean Pierre Noher, César Troncoso e Leonardo Sbaraglia e as atrizes Paulina García, Cecilia Roth, Soledad Villamil e Natalia Oreiro foram outros nomes homenageados.

Foto: Egon Endrenyi/New Line Productions.

CINEVITOR #438: Roliúde Nordestina | O Auto da Compadecida + Lajedo de Pai Mateus | Edição Especial

por: Cinevitor
Selton Mello e Matheus Nachtergaele em O Auto da Compadecida

A cidade de Cabaceiras, localizada no Cariri paraibano, fica na área mais baixa do Planalto da Borborema. Com pouco mais de cinco mil habitantes, predomina o clima tropical semiárido e é composta de caatinga arbustiva. Sua história conta que foi fundada em 1735, mas só recebeu o título de cidade em novembro de 1938.

Entre belas paisagens, artesanatos, iguarias bodísticas e festividades, como a Festa do Bode Rei, Cabaceiras já foi conhecida como o município que menos chove no Brasil. Porém, em 1999, um acontecimento cinematográfico colocou a cidade do Nordeste em evidência: as filmagens da consagrada série O Auto da Compadecida, baseada na obra de Ariano Suassuna e exibida na Rede Globo, que logo virou filme.

Dirigido por Guel Arraes, o longa foi um sucesso de crítica e público; foi visto por mais de dois milhões de espectadores, sendo o filme brasileiro de maior bilheteria do ano 2000. Considerado um grande sucesso comercial no país, arrecadou mais de onze milhões de reais e foi premiado em quatro categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

A obra conta as divertidas aventuras de João Grilo, papel de Matheus Nachtergaele, e Chicó, vivido por Selton Mello. O elenco reúne também Fernanda Montenegro, Diogo Vilela, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, Marco Nanini, Enrique Diaz, Paulo Goulart, Luís Melo, Maurício Gonçalves, Virgínia Cavendish, Aramis Trindade e Bruno Garcia. O diretor é também o coautor da adaptação ao lado de Adriana Falcão e João Falcão. Recentemente, uma continuação do longa-metragem foi confirmada: O Auto da Compadecida 2 tem estreia prevista para 2024.

Por conta do sucesso da obra, Cabaceiras passou a receber turistas do mundo todo. Conhecida como a Roliúde Nordestina, com direito a um letreiro que faz referência à Hollywood, hoje, a Rota Cinematográfica é um dos atrativos da cidade, que fica a 180 km de João Pessoa, capital da Paraíba

Mas, a sétima arte já se destacava na região há muitos anos: em 1924, Walfredo Rodriguez, considerado o pai do cinema paraibano, começou a rodar pela região o documentário Sob o Céu Nordestino, que só foi concluído em 1928. O filme é considerado pela crítica como um marco etnológico do cinema brasileiro por ter sido o pioneiro a retratar a cultura nordestina sem a ótica do exoterismo.

Depois de O Auto da Compadecida, outras tantas produções foram rodadas por lá, entre elas, Por Trás do Céu, de Caio Sóh; Canta Maria, de Francisco Ramalho Jr.; Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes; Tempo de Ira, de Marcélia Cartaxo e Gisella de Mello; a novela Aquele Beijo, escrita por Miguel Falabella; a supersérie Onde Nascem os Fortes; e recentemente, Cangaço Novo, de Aly Muritiba e Fábio Mendonça, que estará disponível na Amazon Prime Video no segundo semestre. Além disso, os cabaceirenses não só recebem as equipes de filmagens como também trabalham nos filmes, propagandas, novelas e séries em diversas funções.

Além do Centro Histórico e do letreiro, o Lajedo de Pai Mateus é outro atrativo turístico que virou cenário de diversas obras audiovisuais. O local trata-se de um lajedo contendo centenas de matacões, rochas em formatos arredondados, que pesam toneladas; algumas com pinturas rupestres. A Pedra do Capacete, por exemplo, é um dos pontos que mais atraem os turistas. 

Para falar mais sobre a cinematográfica Cabaceiras, desembarcamos na Roliúde Nordestina e gravamos um programa especial pela cidade e região. Passamos pelo famoso letreiro e visitamos o Centro Histórico, que também se destaca pelas locações de O Auto da Compadecida. Além disso, relembramos nossa entrevista com Matheus Nachtergaele sobre o sucesso do filme, e que foi exibida em outubro de 2020. Também conhecemos as belas paisagens do Lajedo de Pai Mateus e conversamos com Gerson Lima, guia de turismo, que contou histórias de algumas produções rodadas por lá, entre elas, a mais recente, a série Cangaço Novo, e falou da lenda sobre possíveis visitas extraterrestres.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Globo Filmes.

A Pequena Sereia

por: Cinevitor

The Little Mermaid

Direção: Rob Marshall

Elenco: Halle Bailey, Melissa McCarthy, Javier Bardem, Jonah Hauer-King, Noma Dumezweni, Art Malik, Daveed Diggs, Jacob Tremblay, Awkwafina, Jessica Alexander, Martina Laird, Emily Coates, Christopher Fairbank, John Dagleish, Matthew Carver, Jude Akuwudike, Lorena Andrea, Simone Ashley, Karolina Conchet, Sienna King, Kajsa Mohammar, Nathalie Sorrell, Jodi Benson, Julz West, Russell Balogh, Adrian Christopher, Leon Cooke, Tarik Frimpong, Chris George, Yasmin Harrison, Jon-Scott Clark, Craig Stein, David Stokes.

Ano: 2023

Sinopse: A adorada Ariel é uma bela e espirituosa jovem sereia com sede de aventura. A mais nova das filhas do Rei Tritão, e a mais rebelde, anseia por descobrir mais sobre o mundo além do mar e, ao visitar a superfície, se apaixona pelo elegante Príncipe Eric. Embora as sereias sejam proibidas de interagir com os humanos, Ariel deve seguir seu coração e, para isso, faz um acordo com a malvada bruxa do mar, Úrsula, que lhe dá a chance de viver em terra firme; mas acaba colocando sua vida, e também a coroa de seu pai, em perigo.

Nota do CINEVITOR:

Cannes 2023: conheça os vencedores da Semana da Crítica

por: Cinevitor
Zafreen Zairizal em Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu

Foram anunciados nesta quarta-feira, 24/05, os vencedores da Semana da Crítica, mostra paralela ao Festival de Cannes, que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar cineastas inovadores do mundo todo.

Neste ano, em sua 62ª edição, a Semaine de la Critique teve a cineasta francesa Audrey Diwan como presidente do júri; o diretor de fotografia português Rui Poças, o ator alemão Franz Rogowski, a jornalista indiana Meenakshi Shedde e a programadora americana Kim Yutani, do Festival de Sundance, completavam o time de jurados

O terror Tiger Stripes, dirigido pela cineasta malaia Amanda Nell Eu, venceu o prêmio principal da competição. O longa conta a história de Zaffan, que aos 12 anos de idade luta contra a puberdade ao desvendar um terrível segredo sobre seu físico. Suas tentativas fracassadas de esconder o inevitável levam seus amigos a descobrir quem ela realmente é, e eles a atacam. Como Zaffan é ainda mais provocada por sua própria comunidade, ela logo descobre que abraçar seu verdadeiro eu é a única resposta para sua liberdade.

O cinema brasileiro marcou presença na competição com o longa-metragem Levante, dirigido pela cineasta Lillah Halla, que passou pela Semana da Crítica em 2020 com o curta Menarca; mas, infelizmente, não foi premiado. O filme conta com Ayomi Domenica Dias, Loro Bardot, Grace Passô, Gláucia Vandeveld, Rômulo Braga, Suzy Lopes, Rejane Faria, Lara Negalara, Vinicius Meloni, Ernani Sanchez, Onna, entre outros, no elenco.

Conheça os vencedores da Semana da Crítica 2023:

GRANDE PRÊMIO
Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu (Malásia/Taiwan/Singapura/França/Alemanha/Holanda/Indonésia/Qatar)

PRÊMIO DO JÚRI
Il pleut dans la maison, de Paloma Sermon-Daï (Bélgica/França)

PRÊMIO LOUIS ROEDERER FOUNDATION | REVELAÇÃO
Jovan Ginić, por Lost Country

MELHOR CURTA-METRAGEM
Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)

PRÊMIO GAN FOUNDATION DE DISTRIBUIÇÃO
Inshallah a boy (ان شاء الله ولد), de Amjad Al Rasheed (Jordânia/França/Arábia Saudita/Qatar) (Pyramide Films)

PRÊMIO SACD (Society of Dramatic Authors and Composer)
Le Ravissement, escrito por Iris Kaltenbäck (França)

PRÊMIO CANAL+ | CURTA-METRAGEM
Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)

Foto: Divulgação/Ghost Grrrl Pictures.

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023: curtas selecionados para o primeiro turno estão disponíveis no Porta Curtas

por: Cinevitor
Paulo Phillipe e Sophia Williams no curta paraibano Pedra Polida, de Danny Barbosa

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais divulgou recentemente os indicados ao primeiro turno do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023, que acontecerá no dia 23 de agosto no Rio de Janeiro e homenageará o cineasta Vladimir Carvalho. Os títulos serão avaliados pelos membros da Academia, que depois escolherão os finalistas da 22ª edição em mais de 30 categorias.

No ano passado, o longa Marighella, de Wagner Moura, foi o grande vencedor com oito troféus, entre eles, o de melhor longa-metragem de ficção. Os curtas premiados em 2022 foram: Ato, de Bárbara Paz; Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli; e Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues.

Neste ano, a Academia repete a parceria com o site Porta Curtas e os indicados ao Troféu Grande Otelo nas categorias de curta-metragem neste primeiro turno estão disponíveis gratuitamente para o público (clique aqui). A seleção apresenta alguns dos filmes mais instigantes da última temporada, compondo um panorama diversificado da rica produção de curtas do ano que passou; são 59 filmes brasileiros entre ficção, documentário e animação.

Vale destacar que os filmes Big Bang, de Carlos Segundo, e Curupira e a Máquina do Destino, de Janaína Wagner, também foram selecionados mas não estão disponíveis para exibição por questões contratuais.

Conheça os curtas selecionados para o primeiro turno de 2023 e disponíveis no Porta Curtas:

FICÇÃO

A Última Valsa, de André Srur (GO)
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Ainda Restarão Robôs Nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro (SP)
Andrômeda, de Lucas Gesser (DF)
Bicho Azul, de Rafael Spínola (RJ)
Blackout, de Rodrigo Grota (PR)
Corpo Celeste, de Renata Paschoal e André Sobral (SP)
Da Janela Vejo o Mundo, de Ana Catarina Lugarini (PR)
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO)
Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles (RJ)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil)
Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL)
Manhã de Domingo, de Bruno Ribeiro (RJ)
Meio Ano-Luz, de Leonardo Mouramateus (Brasil, CE/Portugal)
Pedra Polida, de Danny Barbosa (PB)
Quanto Mais?, de Lucas de Jesus Ferreira (BA)
Sobre Amizade e Bicicletas, de Júlia Vidal (PR)
Último Domingo, de Renan Brandão e Joana Claude (RJ)

DOCUMENTÁRIO

A Ordem Reina, de Fernanda Pessoa (SP)
A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira (SP)
Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP)
Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian (SP)
Carta para Glauber, de Gregory Baltz (RJ)
Chaguinhas, de Diego Hajjar e Fernando Martins (SP)
Contragolpe, de Victor Uchôa (BA)
Curió, de Priscila Smiths e P.H. Diaz (CE)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (RS)
Medo na Minha Pele, de Braion Souza (SP)
Meus Santos Saúdam Teus Santos, de Rodrigo Antonio (PA)
Mutirão: O Filme, de Lincoln Péricles (LKT) (SP)
Muxima, de Juca Badaró (BA)
Nossos Passos Seguirão os Seus…, de Uilton Oliveira (RJ)
Peixes Não Se Afogam, de Anna Azevedo (RJ)
Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC/RJ/SP)
Tekoha, de Carlos Adriano (SP)
Território Pequi, de Takumã Kuikuro (MT)
Transviar, de Maíra Tristão (ES/Alemanha)
Trópico de Capricórnio, de Juliana Antunes (SP)
Xar: Sueño de Obsidiana, de Fernando Pereira dos Santos e Edgar Calel (SP)

ANIMAÇÃO

A Árvore de Alfajor, de Marcela Soares (SC)
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
Anantara, de Douglas Alves Ferreira (SP)
Cadê Heleny?, de Esther Vital (MG)
Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (SP)
Em Busca da Terra: Música Prometida, de Gabriel Bitar (SP)
Emaranhamento & Dissolução, de Rafael Clemente (SP)
Essas Coisas que Queimam Devagar, de Affonso M. Cordeiro (SP)
Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino (BA)
Last Sip, de Gabriel Bitar (SP)
Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti (RJ)
My God, It’s Full Of Stars (The Universe in Verse, Part 2), de Daniel Bruson (SP)
Nonna, de Maria Augusta Vilalba Nunes (SC)
O Autor, de Luiz Máximo (MG)
O Destino da Senhora Adelaide, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG)
O Senhor do Trem, de Aída Queiroz e Cesar Coelho (RJ)
Selfie, de Alex Sernambi (RS)
Tá Foda, de Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar (RS)
Tamo Junto, de Pedro Conti (SP)

Foto: Luí­s Barbosa.

12ª Mostra Ecofalante de Cinema anuncia novos títulos; programação conta com 101 filmes

por: Cinevitor
Cena do documentário Nação Lakota Contra os EUA: filme de abertura

Depois de divulgar os títulos em competição, a 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que acontecerá entre os dias e 14 de junho, em São Paulo, anunciou novas obras em sua programação: a seleção completa traz 101 filmes, entre premiados em grandes festivais, pré-estreias mundiais e inéditos no Brasil.

Na sessão de abertura, exclusiva para convidados, será exibido Nação Lakota Contra os EUA, de Jesse Short Bull e Laura Tomaselli, que narra a jornada dos indígenas Lakota para recuperar Black Hills, terra sagrada que foi tomada à força pelo governo norte-americano apesar da existência de tratados que garantiam a eles a posse desta terra. A obra, que passou pelos festivais de Tribeca, Cleveland e Denver, utiliza rico material de arquivo e entrevistas íntimas com ativistas veteranos e jovens líderes.

Na mostra Panorama Internacional Contemporâneo serão exibidos 27 filmes, de 26 países. A seleção traz títulos que abordam sobretudo questões ligadas ao racismo, mas que também não deixam de falar do legado do colonialismo e suas muitas consequências socioambientais presentes até os dias de hoje. Destacam-se: Recursos, de Hubert Caron-Guay e Serge-Olivier Rondeau, elogiado no IDFA; O Último Refúgio, de Ousmane Samassekou, premiado no festival dinamarquês CPH:DOX; e Xaraasi Xanne (Vozes Cruzadas), de Bouba Touré e Raphaël Grisey, consagrado no Cinéma du Réel, na Suíça. 

A Mostra Histórica é dedicada este ano ao tema Fraturas (pós-)coloniais e as Lutas do Plantationoceno e traz 17 títulos icônicos realizados entre 1966 e 1984, que discutem a herança do colonialismo em diferentes partes do planeta. Cunhado nos anos 2010 pelas teóricas norte-americanas Donna Haraway e Anna Tsing, o termo Plantationoceno, que está no título da mostra, se contrapõe ao difundido Antropoceno ao reconhecer os fundamentos coloniais e escravagistas da globalização e do sistema socioeconômico hegemônico hoje. Vale destacar a presença de A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo, que a mostra exibe em versão restaurada em 4K pela Cinemateca de Bolonha e Instituto Luce Cinecittà; o filme, que foi proibido pela censura da ditadura militar brasileira, ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e foi indicado ao Oscar, em 1969, nas categorias de melhor filme estrangeiro, direção e roteiro

Além disso, a programação também é dedicada às estreias mundiais em salas de cinema de três títulos brasileiros que abordam o embate entre indígenas e garimpeiros, queimadas em quatro biomas do país e deslocamento de toda uma população. 

Completam a seleção: estreias mundiais; uma sessão especial e um programa infantil; um trabalho em realidade virtual; uma série de atividades paralelas que incluem uma masterclass com o pensador martiniquês Malcolm Ferdinand, que também explora em sua obra o conceito de Plantationoceno; e uma oficina de cinema ambiental com Jorge Bodankzy; além de um ciclo de debates.

A Mostra Ecofalante de Cinema, considerada um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais, acontecerá no Espaço Itaú de Cinema Augusta, Centro Cultural São Paulo, Cine Olido e Biblioteca Roberto Santos. Completam o circuito de exibição unidades do Centro Educacional Unificado (CEU), Casas de Cultura, Fábricas de Cultura e Centros Culturais.

Conheça os filmes selecionados para a 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO

A Apropriação (The Grab), de Gabriela Cowperthwaite (EUA)
A Felicidade Vale 4 Milhões (Happiness is £4 Million), de Weixi Chen e Kai Wei (China/EUA)
A Máquina do Petróleo (The Oil Machine), de Emma Davie (Reino Unido)
Águas do Pastaza (Waters of Pastaza), de Inês T. Alves (Portugal)
Amianto: Crônica de um Crime (The Asbestos Grave: Chronicle of a Disaster Foretold), de Marie-Anne Mengeot e Nina Toussaint (Bélgica)
Amor e Luta em Tempos de Capitalismo (A Guide to Love and Fighting Capitalism), de Basile Carré-Agostini (França)
Aralkum, de Daniel Asadi Faezi e Mila Zhluktenko (Alemanha/Uzbequistão)
Davi e Golias: O Caso de Dewayne Johnson contra Monsanto (Into the Weeds: Dewayne “Lee” Johnson vs. Monsanto Company), de Jennifer Baichwal (Canadá)
Deep Rising: A Última Fronteira, de Matthieu Rytz (EUA)
Delikado, de Karl Malakunas (EUA/Reino Unido/Filipinas/China/Austrália)
Duas Vezes Colonizada (Twice Colonized), de Lin Alluna (Groenlândia/Dinamarca/Canadá)
Filhos do Katrina (Katrina Babies), de Edward Buckles Jr. (EUA)
Forrageadores (Al Yad al Khadra), de Jumana Manna (Palestina)
Free Money, de Lauren DeFilippo e Sam Soko (EUA/Quênia)
Girl Gang, de Susanne Regina Meures (Suíça/Alemanha)
Good Life, de Marta Dauliute e Viktorija Šiaulyte (Suécia/Lituânia/Finlândia)
Lixo Fora do Lugar (Matter Out of Place), de Nikolaus Geyrhalter (Áustria)
Nação Lakota Contra os EUA (Lakota Nation V United States), de Jesse Short Bull e Laura Tomaselli (EUA)
Nada Dura para Sempre (Nothing Lasts Forever), de Jason Kohn (EUA)
Para Além de Estradas (Not Just Roads), de Nitin Bathl e Klearjos Eduardo Papanicolaou (Índia/Suíça/Alemanha)
O Cuidado em Tempos Impiedosos (Armotonta Menoa – Hoivatyön Lauluja), de Susanna Helke (Finlândia)
O Retorno da Inflação (The Return of Inflation), de Matthias Heeder (Alemanha)
O Sonho Americano e Outros Contos de Fadas (The American Dream and Other Fairy Tales), de Abigail Disney e Kathleen Hughes (EUA)
O Último Refúgio (Le Dernier Refuge), de Ousmane Samassekou (Mali/França/África do Sul)
Recursos (Resources), de Hubert Caron-Guay e Serge-Olivier Rondeau (Canadá)
Uma História de Ossos (A Story of Bones), de Joseph Curran e Dominic Aubrey de Vere (Reino Unido)
Xaraasi Xanne (Vozes Cruzadas) (Xaraasi Xanne – Les Voix Croisées), de Bouba Touré e Raphaël Grisey (França/Alemanha/Mali)

BRASILEIROS INÉDITOS

Cinzas da Floresta, de André D’Elia
Escute, A Terra Foi Rasgada, de Cassandra Mello e Fred Rahal Mauro
Parceiros da Floresta, de Fred Rahal Mauro

MOSTRA HISTÓRICA: FRATURAS (PÓS-)COLONIAIS E AS LUTAS DO PLANTATIONOCENO

A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri), de Gillo Pontecorvo (1966) (Argélia/Itália)
A Zerda e os Cantos do Esquecimento (La Zerda et les Chants de l’Oublie), de Assia Djebbar (1982) (Argélia)
Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1982) (Brasil)
Community Control, de Newsreel Collective (1969) (EUA)
El Coraje del Pueblo, de Jorge Sanjinés (1971) (Bolívia)
El Pueblo se Levanta, de Newsreel Collective (1971) (EUA)
Emitaï, de Ousmane Sembene (1971) (Senegal)
Estas São as Armas, de Murilo Salles (1978) (Moçambique)
Etnocídio (Etnocidio: Notas sobre El Mezquital), de Paul Leduc (1977) (México)
Eu, Sua Mãe (Man Sa Yay), de Safi Faye (1980) (Senegal/Alemanha)
Festival Pan-africano de Argel (Festival Panafricain d’Alger), de William Klein (1969) (França/Alemanha/Argélia)
I Heard It through the Grapevine, de Dick Fontaine (1981) (EUA)
Na Selva Há Muito por Fazer (En la Selva Hay Mucho por Hacer), de Walter Tournier (1974) (Uruguai)
Nossa Voz de Terra, Memória e Futuro (Nuestra Voz de Tierra, Memoria y Futuro), de Marta Rodríguez e Jorge Silva (1982) (Colômbia)
O Tigre e a Gazela, de Aloysio Raulino (1977) (Brasil)
Quilombo, de Vladimir Carvalho (1975) (Brasil)
Terra dos Índios, de Zelito Viana (1979) (Brasil)

SESSÃO ESPECIAL
Mulheres na Conservação, de Paulina Chamorro e João Marcos Rosa (Brasil)

REALIDADE VIRTUAL
Amazônia Viva, de Estêvão Ciavatta (Brasil)

INFANTIL
A Viagem do Príncipe (Le Voyage du Prince), de Jean-François Laguionie (França)

*Clique aqui e confira a seleção da Competição Latino-Americana e Concurso Curta Ecofalante.

Foto: Divulgação.

Velozes e Furiosos 10

por: Cinevitor

Fast X

Direção: Louis Leterrier

Elenco: Vin Diesel, Jason Momoa, Michelle Rodriguez, Jason Statham, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Nathalie Emmanuel, Charlize Theron, John Cena, Sung Kang, Helen Mirren, Brie Larson, Scott Eastwood, Alan Ritchson, Luis Da Silva Jr., Daniela Melchior, Leo Abelo Perry, Joaquim de Almeida, Rita Moreno, Jaz Hutchins, Pete Davidson, Miraj Grbic, Meadow Walker, Michael Irby, Shahir Figueria, Ben Santos, Debby Ryan, Joshua Dun, Isabelle Bernardo, David A. Chang, Alexandre Chen, Calvin Chen, Gal Gadot, Dwayne Johnson, Dan Matteucci, Tony Morgan, Justin Price, Michael Rooker, Amber Sienna, Luka Hays, Alexander Capon, Shadrach Agozino, Luca De Massis, Sofia Fernlöf, Michael K. Fox, Cory McClane, Clément Osty, Younes Rocks, Ludmilla.

Ano: 2023

Sinopse: Ao longo de muitas missões e contra todas as possibilidades, Dominic Toretto e sua família resistiram, contornaram e superaram todos os adversários que cruzaram o seu caminho. Agora, eles enfrentam o mais letal de todos os seus oponentes: Dante, um inimigo aterrorizante que emerge das sombras do passado, alimentado por um desejo sanguinário de vingança e determinado a destruir, para sempre, a família Toretto; tudo e todos a quem Dom ama. A estratégia de Dante é separar a família de Dom, de Los Angeles às catacumbas de Roma, do Brasil a Londres e de Portugal à Antártida. Novos aliados serão cooptados e antigos inimigos vão voltar à ativa. Mas tudo muda quando Dom descobre que seu próprio filho de oito anos é o alvo final da vingança do inimigo.

Nota do CINEVITOR: