Milton Gonçalves em A Rainha Diaba: cópia restaurada em 4K
Com sete programas cuidadosamente selecionados, a Cinelimite apresentará, entre os dias 19 e 28 de maio, na Cinemateca Brasileira, a Mostra Cinelimite, que traz mais de quarenta títulos brasileiros recém-digitalizados e prontos para serem redescobertos pelo público.
A mostra abarca uma ampla variedade de tópicos e temas, como documentários sobre a classe operária, obras raras do cinema queer brasileiro, animações e filmes caseiros. Cada exibição contará com apresentações especiais de cineastas e pesquisadores de cinema; a programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.
A Cinelimite é uma organização sem fins lucrativos, criada em 2020 com o objetivo de promover o cinema clássico brasileiro e oferecer serviços de digitalização para filmes e cineastas brasileiros historicamente negligenciados. Em 2022, a Cinelimite lançou a IDFB, Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, um projeto que fornece acesso a serviços de digitalização de filmes no Brasil para filmes órfãos, filmes feitos por membros das comunidades LGBTQ+ e PPI, filmes feitos por mulheres, filmes caseiros e filmes não comerciais.
De setembro de 2022 a fevereiro de 2023, a IDFB embarcou em uma missão para digitalizar obras do patrimônio cinematográfico brasileiro de regiões com acesso limitado a esse serviço. Usando um scanner portátil de 2K para filmes de 8 mm e Super 8, o projeto, denominado Digitalização Viajante, cobriu seis estados brasileiros do Norte e do Sudeste, em colaboração com a ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual. A iniciativa foi um sucesso surpreendente, resultando na digitalização de mais de 350 filmes brasileiros em apenas três meses.
Cena do filme Sulanca, de Katia Mesel
A programação da Mostra Cinelimite contará com exibições de: Sulanca, de Katia Mesel; A Entrevista, de Helena Solberg; O Ciclo do Caranguejo, de Elisa Cabral; Duas Vezes Mulher, de Eunice Gutman; Vila da Barca, de Renato Tapajós; Robin Hollywood, de Amin Stepple; Era Vermelho Seu Batom, de Henrique Magalhães; Perequeté, de Bertrand Lira; Amazônia, de Maria Tereza Paes Leme Freitas; Baltazar da Lomba, dirigido pelo Grupo Nós Também; Closes, de Pedro Nunes; entre outros.
No programa Mestras do Cinema Documental Brasileiro, a Cinelimite se une à revista digital feminista Verberenas para apresentar obras de quatro documentaristas excepcionais: Helena Solberg, Eunice Gutman, Katia Mesel e Elisa Cabral; a sessão Redescobertas no Cinema Documental Brasileiro apresenta três filmes raros nas filmografias de importantes profissionais do documentário e do cinema brasileiro como um todo; a Retrospectiva Amin Stepple destaca o trabalho do jornalista, crítico, roteirista e diretor que marcou profundamente o cinema experimental no Nordeste do Brasil.
A seleção traz também: o programa A Onda de Filmes Queer em Super-8 da Paraíba, que destaca produções de um cinema superoitista, realizado entre 1979 e 1984, que introduziu a discussão LGBTIA+ e foi batizada de Cinema Guei; o programa Novas Descobertas em Animação do Projeto Digitalização Viajante; Filmes Domésticos e Filmes Amadores do Projeto Digitalização Viajante, que apresenta 90 minutos de diferentes filmes domésticos de seis diferentes cidades brasileiras; e a exibição especial do longa A Rainha Diaba, de Antonio Carlos Fontoura, em cópia 4K.
Vencedor do Prêmio do Público de melhor ficção brasileira na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, O Mestre da Fumaça chega aos cinemas nesta quinta-feira, 18/05, com direção de André Sigwalt e Augusto Soares.
O ator brasileiro Daniel Rocha e o ator chinês Tony Lee protagonizam a ação, que narra a jornada de dois irmãos amaldiçoados pela máfia chinesa com a temida Vingança das 3 Gerações. A única maneira de sobreviver é aprender os segredos do Estilo da Fumaça, uma arte marcial ensinada por um mestre singular.
Com trilha sonora original assinada por André Abujamra, em parceria com Eron Guarnieri, a produção é completamente independente e traz todos os elementos de um filme épico, com uma mistura de gêneros inusitada. Apesar da ênfase no Kung fu, inspirada no cinema de Hong Kong dos anos 1960 e 1970, é, ao mesmo tempo, uma comédia stoner, baseada nos filmes da contracultura americana de 1970 a 1990.
Para o longa, foi criada uma arte marcial inédita: o Estilo da Fumaça, baseada no universo da cannabis e em estilos de lutas chinesas que existem há centenas de anos, como Baguazhang, Xing Yi Quan e Bajiquan. O Estilo da Fumaça possui oito conjuntos de movimentos específicos e é totalmente aplicável na vida real. O elenco foi especialmente preparado para atuar e lutar em cena utilizando esse estilo; o longa tem 15 sequências de lutas e a penúltima cena conta com 21 pessoas lutando ao mesmo tempo por 3 minutos e meio.
A forma pela qual a maconha é abordada no filme é diferente da comumente mostrada no cinema. Na trama, a maconha e sua utilização têm poderes sagrados e podem contribuir para a vida de quem a estuda e a utiliza. Além disso, a necessidade do auto cultivo, bem como a urgência da legalização da cannabis, estão também presentes no enredo, porém de forma natural.
O filme também é repleto de citações, referências e hidden gems, desde os filmes clássicos de Kung fu, como A Fúria do Dragão, com Bruce Lee, e O Mestre Invencível, com Jackie Chan, passando por O Grande Lebowski, Rocky: Um Lutador, Karatê Kid, Queimando Tudo, da dupla Cheech & Chong, Segurando as Pontas, Star Wars, Scarface e muito mais.
O Mestre da Fumaça também passou pelo Fantaspoa, maior festival de cinema fantástico da América Latina; foi exibido no Amazing Stoner Movie Fest, na Tailândia, evento dedicado a filmes canábicos, no qual recebeu o Golden Ganja Award de melhor filme; e também se destacou no Rio Fantastik Festival, Festival Internacional de Cinema do Balneário Camboriú, Festival de Cine Punta del Este, DC Independent Film Festival, entre outros.
O elenco conta também com Luana Frez, Thiago Stechinni, Tristan Aronovich, Cleber Colombo, Paula Zago, Yasmin Thin Qi, Ravel Andrade, Natallia Rodrigues, Angela Dippe, Ye Xin, Pedro Hórak, Michelle Rodrigues, Jean-Paul Kinfoussia, Jimmy Wong, Caroline Hirose, Caio Mutai, entre outros.
Para falar mais sobre o filme, conversamos com o protagonista Daniel Rocha, que falou sobre sua preparação para as cenas de luta, entrosamento com o elenco, presença da comunidade asiática na equipe, desafios em cena, bastidores, entre outros assuntos. Também batemos um papo com os diretores sobre o processo de criação, referências e expectativa para o lançamento.
Cícero Lucas em Marte Um, de Gabriel Martins: dois prêmios
Foram anunciados neste sábado, 13/05, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em cerimônia apresentada pela atriz Larissa Nunes, os vencedores do Prêmio ABC 2023, realizado pela Associação Brasileira de Cinematografia.
Nesta 23ª edição, os filme Marte Um, de Gabriel Martins, e Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, de Juliana Vicente, se destacaram com dois prêmios cada; a série Manhãs de Setembro também foi premiada em duas categorias.
Durante a cerimônia, que também foi transmitida pelo YouTube, foi realizada uma homenagem aos profissionais do cinema e audiovisual que nos deixaram no último ano, além do anúncio das sócias e sócios que recebem o direito de assinar os seus trabalhos com a sigla ABC. Considerado um dos principais fotógrafos e diretores da cinematografia brasileira, Walter Carvalho, sócio fundador e ex-presidente da ABC, foi o grande homenageado deste ano.
A Associação Brasileira de Cinematografia, hoje presidida por Mustapha Barat, foi fundada em 2 de janeiro de 2000 e reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria.
Conheça os vencedores do Prêmio ABC 2023:
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Marte Um, por Leonardo Feliciano
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Segredos do Putumayo, por André Lorenz Michiles e Fabio Bardella
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Carvão, por Marinês Mencio
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Noites Alienígenas, por André Sampaio
MELHOR MONTAGEM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, por Washington Deoli
MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO Marte Um, por Marcos Lopes e Tiago Bello
MELHOR EQUIPE DE SOM | LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO Racionais: Das Ruas de São Paulo pro Mundo, por Andressa Clain Neves, Hyran de Mula, Ruben Valdes, Marilia Mencucini e Daniel Turini
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | CURTA-METRAGEM O Afinador de Silêncios, por Paul Bessa
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | SÉRIE DE TV Manhãs de Setembro (episódio 3), por Lito Mendes da Rocha
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE | SÉRIE DE TV Turma da Mônica – A Série (episódio 1), por Mariana Falvo
MELHOR EQUIPE DE SOM | SÉRIE DE TV Manhãs de Setembro (2ª temporada, episódio 1), por Evandro Lima, Gabi Cunha, Miriam Biderman e Ricardo Reis
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | VIDEOCLIPE AMEIANOITE, de Pabllo Vittar e Gloria Groove; por Adolpho Veloso
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME ESTUDANTIL Afluências, por Iasmin Soares (Universidade Federal da Paraíba)
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA | FILME PUBLICITÁRIO Natura Essencial, por Alex Akira Vecchi
Os atores Douglas Silva e Fernanda Paes Leme farão o primeiro papel como dubladores em Transformers: O Despertar das Feras, da Paramount Pictures, que chega aos cinemas brasileiros no dia 8 de junho. Eles darão voz aos personagens Mirage e Arcee, novos Autobots que serão apresentados neste sétimo filme da franquia.
Douglas conta que cada momento do processo é um desafio: “Apesar de emprestar minha voz para o personagem, eu tenho que colocar algumas nuances diferentes de como eu falo e isso para mim foi o mais desafiador”, explicou. Já Fernanda comenta que dublar era um desejo antigo: “Eu tinha muita vontade e, como a minha voz é muito marcante, eu queria que essa primeira experiência fosse em algo grandioso. Acho que a Arcee tem muito a ver comigo e depois dessa experiência fiquei com vontade de dublar mais coisas ainda”.
Douglas Silva dubla o personagem Mirage
Os dois atores se juntam a um time de peso: além da direção de dublagem assinada por Wendel Bezerra, Guilherme Briggs é a voz oficial de Optimus Prime na versão brasileira. No idioma original, a produção também conta com um elenco estrelado de dubladores, incluindo Michelle Yeoh, Pete Davidson, Peter Dinklage e Michaela Jae Rodriguez.
Em Transformers: O Despertar das Feras, o público vai acompanhar uma aventura com os Autobots nos anos 1990 e conhecerão uma nova geração de Transformers: os Maximals, que serão aliados na batalha contra os Decepticons para salvar a Terra. O longa é baseado na temporada Beast Wars da animação e apresentará o vilão Unicron, um Decepticon capaz de destruir planetas inteiros.
O filme é dirigido por Steven Caple Jr., de Creed II, e produzido por Lorenzo di Bonaventura, de Megatubarão e Bumblebee; o elenco ainda conta com Ron Perlman, Cristo Fernández, Anthony Ramos, Peter Cullen, John DiMaggio, Dominique Fishback, entre outros.
Depois de lançar O Último Cine Drive-in, o cineasta Iberê Carvalho volta aos cinemas com O Homem Cordial, que estreia nesta quinta-feira, 11/05, com distribuição da O2 Play. Segundo o diretor, a motivação inicial do projeto era tratar da injustiça social.
O longa traz como protagonista o músico e ator Paulo Miklos, que levou o kikito de melhor ator no Festival de Gramado, em 2019; o filme também venceu na categoria de melhor trilha musical para Sascha Kratzer. Na trama, Miklos interpreta Aurélio, o líder de uma banda de rock fictícia chamada Instinto Radical, que traz em suas músicas questões sociais. Ela foi concebida como se fosse uma das muitas bandas de rock que fizeram sucesso nos anos 1980 e 1990 no Brasil. Para isso, era preciso criar músicas de poucos acordes, refrão de fácil assimilação e um discurso político um tanto quanto ingênuo.
Até que Aurélio se envolve em um incidente, no qual um policial acaba morto e um vídeo viraliza na internet. No início da trama, não sabe-se muito bem o que realmente, mas o músico se torna alvo de um julgamento e cancelamento na internet, colocando até mesmo sua vida em risco.
Sociólogo por formação, Iberê Carvalho escreveu o roteiro em parceria com o uruguaio Pablo Stoll, do filme Whisky, e o que os guiava era o desejo de escrever uma história que se passasse em uma única noite e que levantasse questões, de forma crítica, sobre a sociedade brasileira atual. O outro tema central do filme entra logo em seguida em cena, quando se descobre que o incidente também envolve um garoto negro.
O Homem Cordial, que também foi exibido no Cairo International Film Festival, tem como um de seus temas principais o racismo, a partir de um ponto de vista que busca discutir a branquitude como uma raça. Para escrever o filme, os roteiristas pesquisaram sobre a origem e os casos contemporâneos de linchamentos (virtuais e/ou físicos), sobre os casos de violência policial que tiveram crianças como vítimas, sobre racismo estrutural e também sobre o rock brasileiro dos anos 1980.
Outro elemento importante na narrativa é a cidade de São Paulo, que entra quase como uma personagem. Na fotografia, assinada por Pablo Baião, o diretor desenvolveu o conceito de câmera que é muito diferente de tudo que havia experimentado até então em sua carreira.
Além de Paulo Miklos, o elenco conta também com Thaíde, Dandara de Morais, Thalles Cabral, Theo Werneck, Fernanda Rocha, Bruno Torres, Murilo Grossi, Mauro Shames, Felipe Kenji, Tamirys O’Hanna, André Deca, entre outros.
Para falar mais sobre O Homem Cordial, conversamos com os atores Paulo Miklos, que completa sua sétima entrevista no CINEVITOR, e Thaíde sobre seus personagens, o poder da internet, os temas abordados no filme, e que seguem cada vez mais atuais, e expectativas para o lançamento. Já o diretor Iberê Carvalho falou do seu processo de criação, fotografia, fake news, escolha do elenco, filmagens e narrou a sensação de lançar o longa quatro anos depois da sua primeira exibição pública em festival.
O consagrado diretor de fotografia já ganhou mais de 70 prêmios
Considerado um dos principais fotógrafos e diretores da cinematografia brasileira, Walter Carvalho, membro da Academy of Motion Picture Arts and Sciences, será homenageado pela Associação Brasileira de Cinematografia na cerimônia do Prêmio ABC, que acontecerá no dia 13/05.
Walter Carvalho já recebeu mais de 70 prêmios nacionais e internacionais ao longo da carreira, entre eles, o Golden Frog no Camerimage por Central do Brasil. Como diretor, além de Um filme de Cinema, realizou: Brincante, Raul – O Início, o Fim e o Meio, Budapeste, Moacir Arte Bruta e Lunário Perpétuo. Também codirigiu Cazuza – O Tempo Não Pára, com Sandra Werneck, e Janela da Alma, com João Jardim.
Na televisão, assinou a fotografia de diversas produções da Rede Globo, como: Renascer, O Rei do Gado, O Canto da Sereia, Amores Roubados e, a mais recente, Travessia. Além disso, assinou a fotografia e a direção de O Rebu, Justiça, Os Dias Eram Assim, Onde Nascem os Fortes e Amor de Mãe. Também publicou os livros Contrastes Simultâneos, Fotografia de um Filme e Walter Carvalho, fotógrafo.
O Prêmio ABC, que divulgou recentemente os indicados deste ano (clique aqui), encerra a Semana ABC, evento organizado pela Associação Brasileira de Cinematografia na Cinemateca Brasileira. Neste ano, 14 categorias serão anunciadas na cerimônia, que será apresentada pela atriz Larissa Nunes.
A ABC, Associação Brasileira de Cinematografia, fundada em 2 de janeiro de 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores e diretoras de fotografia, com o objetivo de incentivar a troca de ideias e informações para democratizar e multiplicar o aperfeiçoamento técnico e artístico da categoria. Hoje são mais de 450 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, exclusivo para associados, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC e do Informe ABC e boletim eletrônico enviado a cerca de dois mil assinantes, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.
Cena do longa Exu e o Universo, de Thiago Zanato: selecionado
A 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, que acontecerá entre os dias 1º e 14 de junho, em São Paulo, anunciou os filmes selecionados para seus dois programas competitivos: a Competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante.
Totalmente gratuito, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais contará com a exibição de mais de 100 títulos, de 30 países, além de debates com convidados especiais e diversas outras atrações; a programação completa será anunciada em breve.
Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América Latina. Dos mais de 500 inscritos para esta edição, foram selecionados 33 títulos, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.
Já o Concurso Curta Ecofalante, que selecionou 18 títulos, é uma competição voltada para curtas-metragens produzidos por estudantes. Para participar, os filmes inscritos devem abordar temáticas relacionadas, a pelo menos, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, propostos pela ONU na agenda 2030; são 17 objetivos que abrangem temas como erradicação da pobreza, saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas e igualdade de gênero.
Conheça os filmes em competição selecionados para a 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | LONGAS
A Ferrugem, de Juan Sebastian Mesa (Colômbia) A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil) A Praia dos Enchaquirados, de Ivan Mora Manzano (Equador) Amazônia, A Nova Minamata?, de Jorge Bodanzky (Brasil) Aqui en la Frontera, de Marcela Ulhoa e Daniel Tancredi (Brasil) Deuses do México, de Helmut Dosantos (México/EUA) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (Brasil) Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Brasil) Mamá, de Xun Sero (México) No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil (Brasil) Odisseia Amazônica, de Terje Toomistu, Alvaro Sarmiento e Diego Sarmiento (Peru) Perlimps, de Alê Abreu (Brasil) Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | CURTAS
A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil) Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar (Colômbia/Alemanha) Chão de Fábrica, de Nina Kopko (Brasil) Entre a Colônia e as Estrelas, de Lorran Dias (Brasil) Estrelas do Deserto, de Katherina Harder Sacre (Chile) Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Brasil) Fantasmagoria, de Juan Francisco González (Brasil) Fogo no Mar, de Sebastián Zanzottera (Argentina) Infantaria, de Laís Santos Araújo (Brasil) Levante pela Terra, de Cuhexê Krahô (Marcelo Costa) (Brasil) Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (Brasil) Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (Brasil) Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil) Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (Brasil) Tekoha, de Carlos Adriano (Brasil) Terremoto, de Gabriel Martins (Brasil) Thuë pihi kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami (Brasil) Um Tempo para Mim, de Paola Mallmann (Brasil) Xar: Sueño de Obsidiana, de Fernando Pereira dos Santos e Edgar Calel (Brasil) Xixiá: Mestre dos Cânticos Fulni-ô, de Hugo Fulni-ô (Brasil)
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques (MA) As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (CE) Concha de Água Doce, de Lau Azevedo e João Pires (RS) Da Ponte pra Cá, de Isabela da Silva Alves (SP) (D)elas: Mulheres Pretas e o Direito de Ocupar, de Bruna Lazari Antonio (SP) Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ) Fique na Luz, de David Alves (SP) Medo na Minha Pele, de Braion Souza (SP) O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães (RJ) Olho D’água, de João Batista e Ivan Russo (RN) Paola, de Ziel Karapotó (PE) Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo, de Lucas Ribeiro e Luísa Caria (BA) Piratinin, de Leonardo Härter (RS) Puba, de Bruno Bressam, Esther Arruda, Issac Branco e Leão Neto (CE) Reticências, de Mia Marzy (PR) Sou Point 44, Amor, Um Arco-Íris Multicor, de Márcio Paixão (RJ) T de Tubarão, de Pólen Acácio (BA) Xicas de Ianlá, de Juliane S. C. (Brasil)
Michele Matalon e Djin Sganzerla no longa O Mel é Mais Doce que o Sangue
Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/05, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados para a 12ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontecerá entre os dias 14 e 22 de junho. A programação conta com mais de 80 títulos das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas.
Em formato híbrido, o evento terá suas sessões presenciais no Cine Passeio e no Cineplex Novo Batel, em Curitiba, e sessões on-line no Itaú Cultural Play. Neste ano, a abertura do festival acontecerá em um espaço tradicional de Curitiba, a Ópera de Arame, com o longa Casa Izabel, do realizador paranaense Gil Baroni, que foi o grande vencedor do Cine PE do ano passado. Com a participação de importantes referências da cena artística local, o filme volta aos anos 1970 e fabula um aparente refúgio da realidade brasileira onde homens da alta sociedade se encontram para encarnar mulheres em fantasias de luxo e exuberância. Com o nome de Casa Grande Izabel, o espaço esconde muito mais do que os caprichos e devaneios secretos de seus hóspedes.
O encerramento do 12º Olhar de Cinema aposta no horror feminista com Agressor, de Jennifer Reeder, que foi exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim. O longa conta a história da adolescente Jonny, que ganha habilidades sobrenaturais através de uma transformação mística ao mesmo tempo em que meninas desaparecem em sua nova escola.
Em 2023, o Olhar de Cinema apresenta um novo formato em sua programação com as novas mostras Competitiva Internacional e Competitiva Brasileira, que contará com premiações para melhor filme, direção, roteiro e atuação, entre outras categorias, além do Prêmio do Público para as duas competitivas. O festival, porém, mantém as mostras Novos Olhares, dedicada a filmes que se destacam pela radicalidade em suas propostas estéticas; Pequenos Olhares, dedicada às crianças; e Mirada Paranaense, dedicada a apresentar ao público um panorama da produção audiovisual do Paraná. A mostra Exibições Especiais passa a ser o novo espaço para filmes brasileiros não inéditos, que se destacaram recentemente, somados a filmes internacionais importantes do último ano.
A Mostra Foco também chega diferente nesta 12ª edição, apresentada em parceria com o RIDM, Rencontres Internationales du Documentaire de Montréal, a filmografia de um território: o cinema documental contemporâneo produzido em Quebec, província canadense de colonização francesa. Outra novidade deste ano é a parceria com o Itaú Cultural Play, plataforma em que será exibida a programação on-line do festival; espectadores de todo o Brasil poderão assistir à maior parte dos curtas brasileiros selecionados entre os dias 20 de junho e 4 de julho.
Mostras queridas e esperadas pelo público do Olhar de Cinema também agitam a programação deste ano, como a Olhares Clássicos. Já a mostra Olhar Retrospectivo se volta para um dos cineastas que melhor explorou a modificação dos corpos na tela, na interação entre maquínico e orgânico: David Cronenberg. Nascido em Toronto, em 1943, o realizador canadense dirigiu 47 trabalhos ao longo de quase seis décadas. Frente ao desafio de propor um recorte dessa filmografia tão prolífica quanto provocadora, a mostra privilegiou os primeiros 25 anos da sua trajetória, exibindo sete de seus filmes mais representativos. Suas obras flertam com gêneros reconhecíveis, particularmente a ficção científica e o cinema de terror, mas vão além dos códigos convencionais.
Desde 2012, o festival já exibiu cerca de 900 produções e levou mais de 150 mil pessoas às salas de cinema e mais de 30 mil pessoas para as sessões on-line, valorizando o cinema independente mundial.
Conheça os filmes selecionados para o Olhar de Cinema 2023:
FILME DE ABERTURA Casa Izabel, de Gil Baroni (Brasil)
FILME DE ENCERRAMENTO Agressor (Perpetrator), de Jennifer Reeder (EUA)
COMPETITIVA BRASILEIRA | LONGAS Neirud, de Fernanda Faya O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon O Policial e a Pastora, de Alice Riff Quando Eu Me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin Zé, de Rafael Conde
COMPETITIVA BRASILEIRA | CURTAS Apocalypses Repentinos, de Pedro Henrique As Inesquecíveis, de Rafaelly (La Conga Rosa) Cemitério Verde, de Maurício Chades Kanau’Kyba, de Gustavo Caboco O Mar Também é Seu, de Michelle Coelho Ramal, de Higor Gomes Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Virtual Genesis, de Arthur B. Senra
COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS A Migração Silenciosa (Stille Liv), de Malene Choi (Dinamarca) ANHELL69, de Theo Montoya (Colômbia/Romênia/França/Alemanha) Lembranças de Todas as Noites (Subete no Yoru wo Omoidasu), de Yui Kiyohara (Japão) Disco Boy, de Giacomo Abbruzzese (França) No Cemitério do Cinema (Au Cimetière de la Pellicule), de Thierno Souleymane Diallo (França/Senegal/Guiné/Arábia Saudita) Lugar Seguro (Sigurno Mjestro), de Juraj Lerotić (Croácia)
COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS A Mecânica dos Fluídos (La Mécanique des Fluides), de Gala Hernández López (França/Espanha) A Moça (The Lady), de Fardin Ansari (Irã) Fuga de Visão (瞥漏), de Zuqiang Peng (China) Humano Não-Humano (Human Not Human), de Natan Castay (Bélgica) Maria Schneider, 1983, de Elisabeth Subrin (França/EUA) Paralelo 45º (45TH Parallel), de Lawrence Abu Hamdan (Reino Unido) Pele de Mãe (Mother’s Skin), de Leah Johnston (Canadá) Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal) Uma Espécie de Testamento (Un Genre de Testament), de Vuillemin Stephen (França)
NOVOS OLHARES A Portas Fechadas, de João Pedro Bim (Brasil) A Vida e as Estranhas e Surpreendentes Aventuras de Robinson Crusoé, que Viveu Vinte e Oito Anos Sozinho em uma Ilha e Disse que Era Dele (Het Leven en de Vreemde Verrassende Avonturen van Robinson Crusoe Die Acht en Twintig Jaar Helemaal Alleen op een Bewoond Eiland Leefde en Zei Dat Het Van Hem Was), de Benjamin Deboosere (Bélgica) Desvío de Noche, de Paul Chotel e Ariane Falardeau St-Amour (Canadá) Mudos Testemunhos (Mudos Testigos), de Jerónimo Atehortúa e Luis Ospina (Colômbia/França) Notas do Eremoceno (Poznámky Z Eremocénu), de Viera Čákanyová (Eslováquia/República Checa) O Mel é Mais Doce que o Sangue, de André Guerreiro Lopes (Brasil)
MIRADA PARANAENSE | LONGAS Fale Comigo Verão: O Diário de um Cineasta Amador, de Evandro Scorsin Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten
MIRADA PARANAENSE | CURTAS A Trilha Sonora de um Bairro, de Carlos Alberto Moura e Danilo Custódio Blackout, de Rodrigo Grota Menininha, de Débora Zanatta Midríase, de Eduardo Monteiro Pés que Sangram, de Roberta Takamatsu Pixo na Cidade Modelo, de Willian Germano Sereia, de Estevan de la Fuente Só por Hoje, de Stilo Eustachio, Dionwiul e Jessica Candal
FOCO QUÉBEC: PARA ALÉM DAS FRONTEIRAS Bestiário (Bestiaire), de Denis Côté Kassinu, de Uapukun Mestokosho McKenzie Katatjatuuk Kangirsumi (Cantos Guturais em Kangirsuk), de Eva Kaukai e Manon Chamberland L.A. Tea Time, de Sophie Bédard Marcotte Manitushiss (Vírus), de Réal Junior Leblanc Milikᵘ tshishutshelimunuau (Conceda-me sua Confiança), de Isabelle Kanapé Novembro (Novembre), de Iphigénie Marcoux-Fortier e Karine van Ameringen O Innu do Futuro (L’Innu du Futur), de Stéphane Nepton Perdi Minha Mãe (J’ai Placé Ma Mère), de Denys Desjardins Xalko, de Hind Benchekroun e Sami Mermer
OLHARES CLÁSSICOS A Paixão da Lembrança (The Passion of Remembrance), de Maureen Blackwood e Isaac Julien (1986) (Reino Unido) A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (1974) (Brasil) Cría Cuervos, de Carlos Saura (1976) (Espanha) En Rachâchant, de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (1982) (França) Jeanne Dielman (Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles), de Chantal Akerman (1975) (Bélgica) No Calor da Noite (In The Heat of the Night), de Norman Jewison (1967) (EUA) Salomé, de Charles Bryant e Alla Nazimova (1923) (EUA)
OLHAR RETROSPECTIVO | DAVID CRONENBERG A Mosca (The Fly) (1986) (EUA/Canadá) Calafrios (Shivers) (1975) (Canadá) Crash: Estranhos Prazeres (1996) (Canadá/Reino Unido) eXistenZ (1999) (Canadá/Reino Unido/França) Gêmeos: Mórbida Semelhança (Dead Ringers) (1988) (EUA/Canadá) Ralo Acima (From the drain) (1967) (Canadá) Videodrome: A Síndrome do Vídeo (1983) (Canadá)
EXIBIÇÕES ESPECIAIS A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil) Anotações para um Filme (Notas Para Una Película), de Ignacio Agüero (Chile) Caixa Preta, de Bernardo Oliveira e Saskia (Brasil) Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (Brasil) Lá nas Matas Tem, de Pedro Aspahan e César Guimarães (Brasil) O Acidente, de Bruno Carboni (Brasil) O Muro das Mortes (Le Mur Des Morts), de Eugène Green (França)
PEQUENOS OLHARES | LONGA-METRAGEM Fabulosos João e Maria, de Arnaldo Galvão (Brasil)
PEQUENOS OLHARES | CURTAS-METRAGENS A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (Brasil) A Pedra Mágica (La piedra mágica), de Paula Herrera Vivas (Argentina) Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (Brasil) De Miau a Pior, de Rodrigo Toporov (Brasil) Diafragma, de Robson Cavalcante (Brasil) Jussara, de Camila Ribeiro (Brasil) Shackle, de Ainslie Henderson (Escócia) Teo, o menino azul, de Hygor Amorim (Brasil)
O Indie Festival foi criado em 2001, em Belo Horizonte com a missão de levar o cinema independente internacional ao maior público possível no Brasil. O festival visa fornecer uma alternativa cultural à experiência do cinema comercial, apoiar cineastas independentes e promover a arte do cinema.
Com curadoria de Daniella Azzi e Francesca Azzi, em sua 21ª edição, que acontecerá entre os dias 25 e 31 de maio, em Belo Horizonte, no Centro Cultural Unimed-BH Minas, a programação gratuita contará com títulos de João Canijo, Bas Devos, Angela Schanelec, André Téchine, Abbas Fahdel, Ira Sachs, Jerzy Skolimowski, Laura Citarella e muito mais.
A programação deste ano apresenta 21 longas, de 13 países, e está dividida em três programas. A Mostra Mundial traz dez filmes contemporâneos que fazem sua estreia no Brasil, entre eles: o português Mal Viver, de João Canijo, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Berlim deste ano; Music, da diretora alemã Angela Schanelec, eleito o melhor roteiro da Berlinale; Here, do belga Bas Devos, que levou o prêmio de melhor filme da mostra Encounters, em Berlim; entre outros.
A mostra Première traz cinco filmes em pré-estreia que em breve estarão no circuito brasileiro. Destaque para a estreia nacional de Passages, do diretor americano Ira Sachs com roteiro do brasileiro Mauricio Zacharias; e o polonês EO, de Jerzy Skolimowski, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes e indicado ao Oscar de melhor filme internacional.
A Sessão Clássica, que destaca títulos restaurados e cults, apresenta filmes de Robert Bresson, Pedro Costa, Jean-Luc Godard, Jim Jarmusch, Alain Resnais e Roberto Rossellini. O Indie traz também dois filmes com recursos de acessibilidade com Libras, audiodescrição e legenda descritiva: Acossado, de Godard, que será exibido em duas versões, com acessibilidade e sem acessibilidade; e o filme argentino O Futuro Perfeito, de Nele Wohlatz.
Conheça os filmes selecionados para o Indie Festival 2023:
MOSTRA MUNDIAL
Almas Gêmeas (Les Âmes Soeurs), de André Téchiné (França) Contos da Casa Roxa (Tales of The Purple House), de Abbas Fahdel (Líbano) Here, de Bas Devos (Bélgica) Jornada ao Oeste (Journey To The West), de Kong Dashan (China) Mal Viver, de João Canijo (Portugal) Music, de Angela Schanalec (Alemanha/França/Sérvia) O Cordão da Vida (The Cord Of Life), de Qiao Sixue (China) Trenque Lauquen – parte 1, de Laura Citarella (Argentina) Trenque Lauquen – parte 2, de Laura Citarella (Argentina) Viver Mal, de João Canijo (Portugal)
PREMIÈRE
A História da Minha Mulher (A feleségem története), de Ildikó Enyedi (Alemanha/França/Hungria/Itália) Crônica de uma Relação Passageira (Chronique d’une liaison passagère), de Emmanuel Mouret (França) EO, de Jerzy Skolimowski (Polônia/Itália) Passages, de Ira Sachs (França) Uma Vida Sem Ele (À propos de Joan), de Laurent Larivière (França/Alemanha/Irlanda)
SESSÃO CLÁSSICA
A Grande Testemunha (Au Hazard Balthazar), de Robert Bresson (1966) (França/Suécia) Acossado (À bout de souffle), de Jean-Luc Godard (1960) (França) Estranhos no Paraíso (Stranger Than Paradise), de Jim Jarmusch (1984) (EUA) Hiroshima, Meu Amor (Hiroshima mon amour), de Alain Resnais (1959) (França/Japão) O Sangue, de Pedro Costa (1989) (Portugal) Stromboli, de Roberto Rossellini (1950) (Itália)
Damien Chazelle: o vencedor do Oscar comandará o júri da Competição
A 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 9 de setembro, acaba de anunciar os nomes dos presidentes dos júris internacionais deste ano: Damien Chazelle, Alice Diop e Jonas Carpignano. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da Biennale di Venezia por recomendação de Alberto Barbera, diretor artístico do festival.
O cineasta americano Damien Chazelle, que participou de Veneza com La La Land: Cantando Estações e O Primeiro Homem, presidirá o Júri Internacional da Competição, que designará o Leão de Ouro e outros prêmios oficiais. Em comunicado, disse: “Durante dez dias todos os anos, esta cidade das artes, de Tintoretto, Ticiano e Veronese, torna-se uma cidade do cinema e estou honrado e feliz por ser convidado para liderar o júri deste ano. Mal posso esperar para descobrir uma nova safra de grandes filmes”.
A diretora francesa Alice Diop comandará o júri do Prêmio Luigi De Laurentiis, Leão do Futuro, entregue a um filme de estreia; no ano passado, seu longa Saint Omervenceu nesta mesma categoria e também o Grande Prêmio do Júri. Ao aceitar o convite, disse: “Que grande honra e que grande alegria ter sido escolhida para presidir o Luigi De Laurentiis em um festival que me acolheu e tanto me ofereceu no ano passado. Estou feliz por passar o bastão este ano e trabalhar para ver uma nova voz emergir na paisagem cinematográfica que o Festival de Veneza sempre procurou renovar”.
Jonas Carpignano, cineasta ítalo-americano dos filmes Mediterrânea, Ciganos da Ciambra (coprodução brasileira) e A Chiara, foi convidado para presidir o júri da mostra Orizzonti. O diretor, premiado em Veneza com o curta-metragem A Chjàna, em 2011, disse: “É uma grande honra presidir o júri da Orizzonti este ano. Estou muito grato ao Festival de Cinema de Veneza por este privilégio. Ano após ano, a rica e ousada seleção da Orizzonti nos oferece uma profunda imersão no mundo do cinema. Mal posso esperar para viver as emoções e vivenciar as diversas realidades que vamos conhecer nas salas do Lido. Ter a oportunidade de ver alguns dos melhores filmes do ano em um dos locais mais bonitos do mundo é algo verdadeiramente especial”.
O Festival de Veneza também revelou que a atriz italiana Caterina Murino, dos filmes Meu Irmão, Minha Irmã, Maestro(s) e Encurralados em Veneza, será a anfitriã das noites de abertura e encerramento no Palazzo del Cinema no Lido. Além disso, Tony Leung Chiu-wai e Liliana Cavani serão homenageados com o Leão de Ouro honorário.
A Cinemateca Brasileira exibirá 19 títulos na Mostra Cinema Novo Britânico, que acontecerá entre os dias 18 e 28 de maio na sala Grande Otelo e na área externa. A programação é gratuita e os ingressos serão distribuídos na bilheteria uma hora antes de cada sessão.
Os Cinemas Novos das décadas de 1950 e 1960 até hoje fazem espectadores se levantarem de seus sofás para encherem as salas de cinema. Esse fenômeno cinematográfico internacional deu proeminência a autores como Godard e Truffaut na França; Wim Wenders, Herzog e Fassbinder na Alemanha; Miloš Forman, Věra Chytilová e František Vláčil na Checoslováquia; e Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Joaquim Pedro de Andrade no Brasil. Porém, pouca atenção é dada ao Cinema Novo Britânico.
Lindsay Anderson, um dos pioneiros do movimento, há muito reclamava que o cinema havia adquirido uma estrutura esnobe, anti-intelectual e emocionalmente inibida. Querendo revolucionar essa estrutura, cineastas como Tony Richardson, John Schlesinger e Ken Loach apostaram em temáticas sociais (as dificuldades da classe trabalhadora do Norte da Inglaterra), no estilo observacional do cinema direto, e, principalmente, no personagem do Jovem Homem Revoltado (Angry Young Man). A Mostra Cinema Novo Britânico traz um panorama dessa mistura de neorrealismo, linguagem experimental e anti-heróis.
A mostra será acompanhada de um curso ministrado pela professora Drª da Universidade de São Paulo, Cecília Mello Antakly, composto por quatro aulas: O Free Cinema dos anos 1950; O Cinema Novo Britânico dos anos 1950 e 1960; Reverberações do Cinema Novo Britânico na televisão: Ken Loach; e Reverberações do Cinema Novo Britânico na música: dos Beatles ao Arctic Monkeys. As aulas são gratuitas e presenciais aos sábados e domingos das 16h às 18h; as inscrições devem ser feitas pelo site da Cinemateca Brasileira.
Conheça os filmes que serão exibidos na Mostra Cinema Novo Britânico:
A Mulher que Pecou (The L-Shaped Room), de Bryan Forbes (1962) A Solidão de uma Corrida sem Fim (The Loneliness of the Long Distance Runner), de Tony Richardson (1962) Almas em Leilão (Room at the Top), de Jack Clayton (1958) Cathy Come Home, de Ken Loach (1966) Como Conquistar as Mulheres (Alfie), de Lewis Gilbert (1966) Kes, de Ken Loach (1969) O Criado (The Servant), de Joseph Losey (1963) O Mundo Fabuloso de Billy Liar, de John Schlesinger (1963) O Pranto de um Ídolo (This Sporting Life), de Lindsay Anderson (1963) Odeio Essa Mulher (Look Back In Anger), de Tony Richardson (1959) Se… (If…), de Lindsay Anderson (1968) Tudo Começou num Sábado (Saturday Night and Sunday Morning), de Karel Reisz (1960) Um Gosto de Mel (A Taste of Honey), de Tony Richardson (1961) Up the Junction, de Ken Loach (1965)
Foram revelados neste domingo, 07/05, os vencedores do MTV Movie & TV Awards 2023, considerado um dos prêmios mais divertidos do cinema e da TV, que conta com votação do público. O terror Pânico VI, de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, se destacou e levou dois prêmios, entre eles, o de melhor filme.
Neste ano, a cerimônia de premiação, que aconteceria no Barker Hangar, em Los Angeles, sofreu algumas alterações por conta da greve dos roteiristas. O show, que seria ao vivo, foi pré-gravado e transmitido para o público no domingo. A decisão da Paramount Global e do produtor executivo do MTV Movie & TV Awards, Bruce Gillmer, foi tomada depois da desistência de alguns convidados e também por conta de uma suposta manifestação que seria realizada pelo Writers Guild of America em frente ao local do evento.
A consagrada atriz e produtora Drew Barrymore, que estava confirmada como apresentadora oficial da cerimônia e foi uma das premiadas da noite, desistiu do cargo em apoio aos colegas roteiristas, mas confirmou sua participação na edição do próximo ano.
Entre os vencedores, Pedro Pascal foi eleito o melhor herói pela série The Last of Us, levou a pipoca dourada e fez um discurso emocionante: “Sou um filho da MTV, cresci na MTV. Isso significa muito para mim. Gostaria que estivéssemos todos juntos para poder olhar nos olhos de cada um e dizer que todos os jovens do mundo são meus heróis. Eu não estaria aqui se não fosse por vocês. Vocês merecem verdadeiros heróis neste mundo porque são verdadeiros heróis para mim”.
A atriz Jennifer Coolidge, destaque na premiada série The White Lotus, recebeu o prêmio Gênio da Comédia, honraria já entregue para nomes como Jack Black, Will Ferrell, Kevin Hart, Melissa McCarthy e Sacha Baron Cohen. Em seu discurso pré-gravado expressou apoio aos roteiristas e pela luta por direitos dos artistas em todos os lugares. O Comedic Genius Award homenageia atores e atrizes que fizeram contribuições incomparáveis ao mundo da comédia, proporcionando uma grande influência por meio de seu trabalho e transformando o gênero em geral.
Conheça os vencedores do MTV Movie & TV Awards 2023:
MELHOR FILME Pânico VI
MELHOR SÉRIE The Last of Us
MELHOR ATUAÇÃO | FILME Tom Cruise, por Top Gun: Maverick
MELHOR ATUAÇÃO | SÉRIE Jenna Ortega, por Wandinha
MELHOR HERÓI Pedro Pascal, por The Last of Us
MELHOR VILÃO/VILÃ Elizabeth Olsen, por Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
MELHOR BEIJO Madison Bailey e Rudy Pankow, por Outer Banks
MELHOR ATUAÇÃO | COMÉDIA Adam Sandler, por Mistério em Paris
MELHOR ATUAÇÃO | REVELAÇÃO Joseph Quinn, por Stranger Things
MELHOR LUTA Courteney Cox vs. Ghostface, em Pânico VI
MELHOR ATUAÇÃO ASSUSTADA Jennifer Coolidge, por The White Lotus
MELHOR DUPLA Pedro Pascal e Bella Ramsey, por The Last of Us
MELHOR ELENCO INCRÍVEL Stranger Things
MELHOR MÚSICA Carolina, por Taylor Swift (Um Lugar Bem Longe Daqui)
MELHOR DOCUMENTÁRIO MUSICAL Selena Gomez: Eu e a Minha Mente
MELHOR REALITY SHOW | DOCUMENTÁRIO The Kardashians
MELHOR SÉRIE DE COMPETIÇÃO RuPaul’s Drag Race: All Stars
MELHOR APRESENTADOR/APRESENTADORA Drew Barrymore, por The Drew Barrymore Show
MELHOR EQUIPE | REALITY SHOW Ariana Madix, Katie Maloney, Scheana Shay e LaLa Kent, por Vanderpump Rules
MELHOR MOMENTO MUSICAL Come Back Home, por Sofia Carson; em Continência ao Amor