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Medida Provisória, de Lázaro Ramos, lidera indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023

por: Cinevitor
Alfred Enoch e Seu Jorge em Medida Provisória

Foram divulgados nesta quarta-feira, 21/06, os finalistas ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023. A cerimônia, realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, considerada a maior premiação do setor audiovisual nacional, acontecerá no dia 23 de agosto, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

Nesta 22ª edição, Medida Provisória, de Lázaro Ramos, lidera a lista com 15 indicações, entre elas, melhor longa de ficção. Na sequência, aparece Marte Um, de Gabriel Martins, com 13 indicações. A cerimônia contará com transmissão ao vivo para todo o país pelo Canal Brasil e pelo YouTube da Academia

A lista de finalistas de 2023 reúne mais de 200 profissionais indicados em 34 longas-metragens brasileiros e 12 longas estrangeiros. Também estão na disputa 15 curtas brasileiros (5 de ficção, 5 documentários e 5 de animação); e 14 séries (4 de animação, 5 documentários e 5 de ficção). O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta para toda a classe.

Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, disse: “É uma alegria imensa chegar à 23ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro que, não por acaso, chama-se, com toda a pertinência, reverência e reconhecimento, Prêmio Grande Otelo. Esse é um ano muito especial porque se comemora também 125 anos do cinema brasileiro e ele se mostra cada vez mais plural. O Brasil é plural. Viva nosso encontro! Viva nossos filmes! Viva a nossa insistência!”.

Escolhidos em votação pelos sócios da Academia, os finalistas concorrem ao Prêmio Grande Otelo em 28 categorias, além do prêmio do Voto Popular. Uma das novidades é que a partir deste ano, os filmes ibero-americanos foram indicados não pelos distribuidores, mas pelas academias de seus respectivos países: Academia de Cine de Chile, Academia de las Artes y Ciencias Cinematográficas de la Argentina, Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España, Academia Colombiana de Artes y Ciencias Cinematográficas e Academia Portuguesa de Cinema.

Outra novidade é que as séries de ficção passam a concorrer em uma única categoria, sem distinção para as produções independentes de TV aberta, TV Paga e OTT; e a categoria de melhor longa-metragem de comédia concorrerá exclusivamente ao Voto Popular.

Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, entre 29 de junho e 10 de julho, com votação entre os sócios da Academia. No dia 23 de julho, começa a votação popular pela internet, para que o público eleja seu filme favorito entre os longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário. Em 2023, foram inscritos mais de 2 mil profissionais nas diferentes categorias, 85 longas de ficção, 35 longas documentários, 6 longas infantis, 5 longas de animação, 29 séries de ficção, 31 séries documentais, 4 séries de animação, 18 curtas-metragens animação, 23 curtas documentários, 20 curtas ficção, 12 filmes ibero-americanos, 40 filmes internacionais.

Além disso, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 contará também com uma homenagem ao cineasta Vladimir Carvalho, direção do artista visual Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes. Como acontece todos os anos, a abertura dos envelopes e os resultados são apurados, acompanhados e auditados pela PwC Brasil.

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Renata Almeida Magalhães e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (vice-presidente), Bárbara Paz, Ariadne Mazzetti, Allan Deberton e Jeferson De.

Conheça os indicados ao 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky
Eduardo e Mônica, de René Sampaio
Marte Um, de Gabriel Martins
Medida Provisória, de Lázaro Ramos
Paloma, de Marcelo Gomes

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
A Jangada de Welles, de Petrus Cariry e Firmino Holanda
Amigo Secreto, de Maria Augusta Ramos
Clarice Lispector: A Descoberta do Mundo, de Taciana Oliveira
Kobra Auto Retrato, de Lina Chamie
O Presidente Improvável, de Belisario Franca

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
*concorre exclusivamente na categoria Voto Popular
Bem-vinda a Quixeramobim, de Halder Gomes
Jesus Kid, de Aly Muritiba
O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti
Papai é Pop, de Caito Ortiz
Vale Night, de Luís Pinheiro

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
Alice no Mundo da Internet, de Fabrício Bittar
DPA 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo, de Mauro Ribeiro de Lima
Pequenos Guerreiros, de Bárbara Cariry
Pluft, o Fantasminha, de Rosane Svartman

MELHOR LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Além da Lenda: O Filme, de Marília Mafé e Marcos França
Meu Amigãozão: O Filme, de Andrés Lieban
Meu Tio José, de Ducca Rios
Tarsilinha, de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo
Tromba Trem: O Filme, de Zé Brandão

MELHOR DIREÇÃO
Gabriel Martins, por Marte Um
Laís Bodanzky, por A Viagem de Pedro
Marcelo Gomes, por Paloma
René Sampaio, por Eduardo e Mônica
Rosane Svartman, por Pluft, o Fantasminha

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Angelo Defanti, por O Clube dos Anjos
Bruno Torres, por A Espera de Liz
Caio Blat, por O Debate
Carolina Markowicz, por Carvão
Lázaro Ramos, por Medida Provisória

MELHOR ATRIZ
Alice Braga, por Eduardo e Mônica
Andréa Beltrão, por Ela e Eu
Dira Paes, por Pureza
Kika Sena, por Paloma
Marcélia Cartaxo, por A Mãe

MELHOR ATOR
Alfred Enoch, por Medida Provisória
Antonio Pitanga, por Casa de Antiguidades
Carlos Francisco, por Marte Um
Cauã Reymond, por A Viagem de Pedro
Gabriel Leone, por Eduardo e Mônica

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Adriana Esteves, por Medida Provisória
Camila Márdila, por Carvão
Camilla Damião, por Marte Um
Drica Moraes, por As Verdades
Helena Ignez, por A Mãe

MELHOR ATOR COADJUVANTE
André Abujamra, por O Clube dos Anjos
Augusto Madeira, por O Clube dos Anjos
Cícero Lucas, por Marte Um
Emicida, por Medida Provisória
Flávio Bauraqui, por Medida Provisória

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
A Viagem de Pedro, por Pedro J. Marquez
Carvão, por Pepe Mendes
Eduardo e Mônica, por Gustavo Hadba
Marte Um, por Leonardo Feliciano
Medida Provisória, por Adrian Teijido
Pureza, por Felipe Reinheimer

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Espera de Liz, escrito por Bruno Torres e Simone Iliescu
A Viagem de Pedro, escrito por Laís Bodanzky
Carvão, escrito por Carolina Markowicz
Marte Um, escrito por Gabriel Martins
Paloma, escrito por Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Eduardo e Mônica, escrito por Matheus Souza, Claudia Souto, Jessica Candal e Michele Frantz; inspirado na música Eduardo e Mônica, de Renato Russo
Jesus Kid, escrito por Aly Muritiba; adaptado da obra Jesus Kid, de Lourenço Mutarelli
Medida Provisória, escrito por Lusa Silvestre, Lázaro Ramos, Elisio Lopes Jr. e Aldri Anunciação; adaptado da obra Namíbia, Não!, de Aldri Anunciação
O Clube dos Anjos, escrito por Angelo Defanti; adaptado da obra homônima de Luis Fernando Veríssimo
O Debate, escrito por Jorge Furtado e Guel Arraes; adaptado do livro O Debate, de Jorge Furtado e Guel Arraes

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Viagem de Pedro, por Adrian Cooper
Eduardo e Mônica, por Tiago Marques
Marte Um, por Rimenna Procópio
Medida Provisória, por Tiago Marques
O Clube dos Anjos, por Fernanda Carlucci
Paloma, por Marcos Pedroso

MELHOR FIGURINO
A Viagem de Pedro, por Marjorie Gueller, Joana Porto e Patricia Dória
Eduardo e Mônica, por Valeria Stefani
Marte Um, por Marina Sandim
Medida Provisória, por Alex Brollo
Paloma, por Gabi Campos

MELHOR MAQUIAGEM
A Viagem de Pedro, por Tayce Vale e Blue
Eduardo e Mônica, por Auri Mota
Medida Provisória, por Adriano Marques
O Clube dos Anjos, por Amanda Mirage
Paloma, por Donna Meirelles
Pluft, o Fantasminha, por Mari Fugueiredo e Cacá Zech

MELHOR EFEITO VISUAL
A Espera de Liz, por Marcelo Siqueira
A Viagem de Pedro, por Eduardo Schaal, Guilherme Ramalho e Hugo Gurgel
Jesus Kid, por Leonardo Sindlinger, Michel Takahashi e Karlos Shirmer
Marte Um, por Gabriel Martins
Medida Provisória, por Paulo Barcellos
Pluft, o Fantasminha, por Sandro Di Segni

MELHOR MONTAGEM
A Viagem de Pedro, por Eduardo Gripa
Eduardo e Mônica, por Lucas Gonzaga
Marte Um, por Thiago Ricarte e Gabriel Martins
Medida Provisória, por Diana Vasconcellos
O Clube dos Anjos, por Livia Arbex
Pureza, por Marcelo Moraes

MELHOR SOM
A Espera de Liz, por Bruno Armelin e Bernardo Adeodato
Alemão 2, por Gabriela Bervian, Ricardo Cutz e Matheus Miguens
Marte Um, por Marcos Lopes e Tiago Bello
Medida Provisória, por Marcel Costa, Waldir Xavier e Bernardo Adeodato
Pluft, o Fantasminha, por Álvaro Correia, Waldir Xavier, Armando Torres Jr. e Caio Guerin

MELHOR TRILHA SONORA
Eduardo e Mônica, por Pedro Guedes, Fabiano Krieger e Lucas Marcier
Marte Um, por Daniel Simitan
Medida Provisória, por Plínio Profeta, Rincon Sapiência e Kiko de Sousa
O Clube dos Anjos, por André Abujamra
Paloma, por Nelson Soares e Marcos Moreira

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
1976, de Manuela Martelli (Chile/Argentina)
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina)
As Bestas, de Rodrigo Sorogoyen (Espanha)
La Jauría, de Andrés Ramírez Pulido (Colômbia)
Restos do Vento, de Tiago Guedes (Portugal)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
1982, de Oualid Mouaness (Líbano)
A Mulher Rei, de Gina Prince-Bythewood (EUA)
Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron (EUA)
Boa Sorte, Leo Grande, de Sophie Hyde (Reino Unido)
Elvis, de Baz Luhrmann (EUA)
Pantera Negra: Wakanda para Sempre, de Ryan Coogler (EUA)
Top Gun: Maverick, de Joseph Kosinski (EUA)

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno
Em Busca da Terra-Música Prometida, de Gabriel Bitar
Meu Nome é Maalum, de Luisa Copetti
Nonna, de Maria Augusta V. Nunes
O Senhor do Trem, de Aída Queiroz e Cesar Coelho

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Última Praga de Mojica, de Cédric Fanit, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira
Carta para Glauber, de Gregory Baltz 
Peixes Não se Afogam, de Anna Azevedo
Território Pequi, de Takumã Kuikuro
Trópico de Capricórnio, de Juliana Antunes

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo, de Guilherme Xavier Ribeiro
Big Bang, de Carlos Segundo
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli
Infantaria, de Laís Santos Araújo
Sobre Amizade e Bicicletas, de Júlia Vital
Último Domingo, de Joana Claude e Renan Brandão

MELHOR SÉRIE ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Cordélicos (1ª Temporada) (Canal TV O Povo)
O Show da Luna (7ª Temporada) (Discovery Kids)
Passagens da Independência (1ª Temporada) (Canal Futura e Globoplay)
Vamos Brincar com a Turma da Mônica (1ª Temporada) (Giga Gloob)

MELHOR SÉRIE DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Em Casa com os Gil (1ª Temporada) (Amazon Prime Video)
Lei da Selva: A História do Jogo do Bicho (1ª Temporada) (Canal Brasil)
O Caso Celso Daniel (1ª Temporada) (Globoplay)
Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez (1ª Temporada) (HBO Max)
PCC: Poder Secreto (1ª Temporada) (HBO Max)

MELHOR SÉRIE FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Bom Dia, Verônica (2ª Temporada) (Netflix)
Manhãs de Setembro (2ª Temporada) (Amazon Prime Video)
Rota 66: A Polícia que Mata (1ª Temporada) (Globoplay)
Sob Pressão (5ª Temporada) (Globoplay)
Turma da Mônica: A Série (1ª Temporada) (Globoplay)

Foto: Divulgação/Elo Company.

Conheça os vencedores do 46º Festival Guarnicê de Cinema

por: Cinevitor
Os vencedores no palco

Foram anunciados nesta sexta-feira, 16/06, no Teatro João do Vale, em São Luís, no Maranhão, os vencedores da 46ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, que exibiu cerca de 200 filmes em sua programação. Quarto mais longevo festival de cinema do país, o Guarnicê celebra o audiovisual maranhense e nacional há 46 anos.

Nacionalmente, o pernambucano Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Severino, foi premiado em sete categorias, entre elas, a de melhor filme. O longa Rumo recebeu Menção Honrosa: “pela relevância do tema neste momento tão importante para a afirmação da democracia brasileira, cuja construção diária passa pela educação e universidade pública de qualidade e com inclusão, rumo a uma sociedade mais igualitária e menos injusta, em que a política de cotas raciais é, tem sido e será fundamental tanto para a afirmação da democracia quanto do cinema brasileiro”, disse a justificativa do júri. Enquanto isso, o destaque maranhense deste ano foi o longa De Repente Drag, de Rafaela Gonçalves, com oito prêmios, entre eles, o de melhor direção.

Entre os curtas nacionais, Big Bang, de Carlos Segundo, foi o grande vencedor. O júri justificou: “pela construção narrativa inteligente e inusitada com que trata temas importantes como a opressão e a precariedade a que a classe trabalhadora é submetida, mas sobretudo como mostra a resiliência e resistência dessa mesma classe. Por trazer ao protagonismo um corpo frequentemente invisibilizado na sociedade e também no cinema e dar a ele a possibilidade de uma representação digna e delicada”.

O curta Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari, recebeu Menção Honrosa: “pela relevância e urgência do tema; por utilizar a sinergia entre cinema e sonho para ecoar um pedido de socorro e alerta contra as opressões e violências vividas pelos povos indígenas, e ao mesmo tempo revelar a beleza, a delicadeza, a sabedoria do povo yanomami em sua relação com a natureza, com a mãe-terra, com a terra-floresta, em imagens raras e genuínas”, justificou o júri.

Entre os longas maranhenses, Mar de Lixo, de Taciano Britto, foi eleito o melhor filme. O júri justificou: “o filme conduz com desenvoltura um assunto extremamente complexo que é a questão ambiental e de como os reflexos do descaso, seja do governo, como a sociedade ainda não se atentaram plenamente à gravidade da questão. O filme soube lidar captando um assunto não somente local, mas de abrangência e relevância universal”.

Além disso, foram entregues duas menções honrosas para: Guarnicê: Uma História pra Contar, “por retratar um período de grande efervescência cultural iniciada nos anos 1980 na cidade de São Luís, que teve ampla repercussão em diversos segmentos artísticos”; e O Arquiteto de Sonhos, “por retratar umas das figuras que mais contribuíram para que São Luís recebesse o título de Patrimônio da Humanidade. Um apaixonado pela cultura e tradições do Maranhão que nunca deixou de sonhar e realizar”.

O Júri Nacional foi formado por Ângela Gomes, Bertrand Lira e Maria Augusta V. Nunes. Já o Júri Maranhense contou com Arturo Saboia, Naýra Albuquerque e Luiz Henrique Gehlen.

Conheça os vencedores do 46º Festival Guarnicê de Cinema:

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGA-METRAGEM

Melhor Filme: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Severino (PE)
Melhor Filme | Júri Popular: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF)
Menção Honrosa: Rumo, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF)
Melhor Direção: Severino, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem
Melhor Ator: Breno Moroni, por Katharsys
Melhor Atriz: Ana Flavia Cavalcanti, por Fim de Semana no Paraíso Selvagem
Melhor Ator Coadjuvante: Luciano Pedro Jr., por Fim de Semana no Paraíso Selvagem
Melhor Atriz Coadjuvante: Anna Abbot, por Praia do Silêncio
Melhor Roteiro: No Vazio do Ar, escrito por Priscilla Brasil
Melhor Direção de Fotografia: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Beto Martins
Melhor Direção de Arte: Rumo, por Diego Simas e Lia Maria
Melhor Montagem/Edição: No Vazio do Ar, por Priscilla Brasil
Melhor Trilha Sonora Original: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Amaro Freitas
Melhor Desenho de Som: Fim de Semana no Paraíso Selvagem, por Nicolau Domingues

MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTA-METRAGEM

Melhor Filme: Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Melhor Filme | Júri Popular: Trocando de Pele, de Willye Jonny (RJ)
Menção Honrosa: Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR)
Melhor Direção: Paola Mallmann, por Um Tempo pra Mim
Melhor Ator: Giovanni Venturini, por Big Bang
Melhor Atriz: Vênus Berliner, por Ave Maria
Melhor Ator Coadjuvante: Marcelo Lima, por Pai em Versos
Melhor Atriz Coadjuvante: Cyda Moreno, por Ave Maria
Melhor Roteiro: Big Bang, escrito por Carlos Segundo
Melhor Direção de Fotografia: Uma Escola no Marajó, por Giovanna Pezzo
Melhor Direção de Arte: Um Tempo pra Mim, por Ana Luiza da Silva e Paola Mallmann
Melhor Montagem/Edição: Xar: Sueño de Obsidiana, por Tom Laterza
Melhor Trilha Sonora Original: Pai em Versos, por Haroldo Bontempo, Lucca Albuquerque e Júlio Folha
Melhor Desenho de Som: Trocando de Pele, por Leon França e Bauer Marin

MOSTRA COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM MARANHENSE

Melhor Filme | Prêmio Assembleia Bernardo Almeida: Mar de Lixo, de Taciano Brito
Melhor Filme | Júri Popular | Prêmio Assembleia Erasmo Dias: No Fundo da Terra, de Milena Carvalho
Menção Honrosa: Guarnicê: Uma História pra Contar, de Fernando Baima; e O Arquiteto dos Sonhos, de Francisco Colombo
Melhor Direção: Rafaela Gonçalves, por De Repente Drag
Melhor Ator: Ruan do Valle, por De Repente Drag
Melhor Atriz: Brena Maria, por De Repente Drag
Melhor Ator Coadjuvante: Silvero Pereira, por De Repente Drag
Melhor Atriz Coadjuvante: Thassia Dhur, por De Repente Drag
Melhor Roteiro: No Fundo da Terra, escrito por Milena Carvalho
Melhor Direção de Fotografia: De Repente Drag, por Roman Chapelier
Melhor Direção de Arte: De Repente Drag, por Neila Albertina
Melhor Montagem/Edição: Mar de Lixo, por Taciano Brito
Melhor Trilha Sonora Original: De Repente Drag, por João Simas e Rafael Paz
Melhor Desenho de Som: Mar de Lixo, por Taciano Brito

MOSTRA COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM MARANHENSE

Melhor Filme | Prêmio Assembleia Mauro Bezerra: A Nossa Festa Já Vai Começar, de Cadu Marques
Melhor Direção: Isabela Leite, por Trançatlânticas
Melhor Ator: Mestre Kaká Serafim e Mestre Jorcelso Sousa, por O Jogo da Navalha
Melhor Atriz: Gabi Miguel, por Olhos e Bocas
Melhor Ator Coadjuvante: Penha de Castro, por Divã de Uma Habilitada
Melhor Atriz Coadjuvante: Rosa Ewerton Jara, por Divã de Uma Habilitada
Melhor Roteiro: Atenção para Este Aviso: A Voz dos Bairros Bom Sucesso e Boca da Mata, escrito por Hyana Reis
Melhor Direção de Fotografia: A Nossa Festa Já Vai Começar, por Pablo Monteiro
Melhor Direção de Arte: Olhos e Bocas, por Dandara Kran
Melhor Montagem/Edição: A Nossa Festa Já Vai Começar, por Pablo Monteiro
Melhor Trilha Sonora Original: O Jogo da Navalha, por Piruka
Melhor Desenho de Som: A Nossa Festa Já Vai Começar, por Cahhi Silva

MOSTRA COMPETITIVA | VIDEOCLIPES

Melhor Videoclipe | Júri Técnico: Selvagem, de Paolo Ravley; direção: Paolo Ravley
Melhor Videoclipe | Júri Popular: Caixeira, de Rosa Reis e Cacuriá de Dona Teté; direção: Thais Lima
Menção Honrosa: Timon, Papel e Letra, de Jaísa Caldas; direção: Renata Fortes; “pela perspectiva imagética que acompanha a mulher negra em seu território”.

MOSTRA COMPETITIVA DE JOGOS DIGITAIS
*Júri: Décio Oliveira, Melina Juraski e Carlos De Salles
Melhor Jogo | Júri Técnico: Super Campeonato de Bafo, da equipe Clops Games Studios
Melhor Jogo | Júri Popular: Gamezonia, da equipe Gamezonia

MOSTRA COMPETITIVA FAZ TODO SENTIDO
*Júri: Kleudiane Campos, Fernanda Rodrigues Santos, Thiago Cardoso Sousa, Manoelly de Araujo, Isamayra Layssa e Carlos Ivan
Melhor Filme: Curta Diferenças!, de Lisandro Santos

TROFÉU GUARNICÊ | MELHOR FILME PUBLICITÁRIO
Rua do Giz, de Taciano Britto

Foto: Brunno Carvalho.

Ainda Estou Aqui: novo longa de Walter Salles, com Fernanda Montenegro, começa a ser filmado

por: Cinevitor
Walter Salles e Fernanda Montenegro: reencontro nas telonas

Com direção de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, um filme original Globoplay, começou a ser rodado neste mês de junho no Rio de Janeiro. O elenco conta com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro como protagonistas; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, com colaboração de Heitor Lorega.

Walter Salles, do consagrado Central do Brasil, volta a rodar um longa de ficção no Brasil depois de Linha de Passe, codirigido por Daniela Thomas e vencedor do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, em 2008, para Sandra Corveloni. O filme é produzido pela VideoFilmes e RT Features, em coprodução com Globoplay, Conspiração e Mact Productions.

Ainda Estou Aqui é um drama emocionante, baseado na história real de Eunice Paiva, uma mãe de cinco filhos, que se confronta com o maior desafio de sua vida: descobrir o paradeiro do marido desaparecido, o ex-deputado Rubens Paiva. No Rio de Janeiro dos anos 1970, durante a ditadura, ele foi arrancado de casa por militares para ser interrogado e nunca mais foi encontrado.  

Eunice e Rubens Paiva em foto de arquivo

A busca pela verdade dura 30 longos anos. E quando as respostas começam a aparecer, Eunice sente os primeiros sintomas da doença de Alzheimer. Baseado no best-seller homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens, o filme é uma saga sobre memória e esquecimento. 

A atriz Fernanda Montenegro interpretará Eunice na segunda fase da história e o longa marca o reencontro entre ela e o diretor. O filme também marca o reencontro entre Fernanda Torres, atriz de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia, e seus codiretores Walter Salles e Daniela Thomas, produtora associada de Ainda Estou Aqui

Ainda sem data de estreia nos cinemas, o filme conta também com Valentina Herszage, Luiza Kozovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira, Cora Ramalho, Dan Stulbach, Maeve Jinkings, Humberto Carrão e Carla Ribas no elenco. A direção de fotografia é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto.

Foto: Natali Hernandes.

Comissão de Seleção para o Oscar 2024 é anunciada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais

por: Cinevitor
Gabriel Martins, diretor e roteirista de Marte Um

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais formou nesta sexta-feira, 16/06, a Comissão de Seleção que escolherá o filme brasileiro para concorrer a uma vaga na categoria de melhor filme internacional na 96ª edição do Oscar, premiação realizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que acontecerá no dia 10 de março de 2024.

A Comissão de Seleção é composta por 25 membros titulares, eleitos em votação entre os sócios e sócias da Academia. A presidência da comissão será decidida no início da próxima semana e, em julho, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais abrirá as inscrições para os filmes que concorrerão à indicação.

Na última edição do prêmio da Academia, o Brasil estava representado por Marte Um, de Gabriel Martins, mas, infelizmente, o longa não conseguiu uma vaga entre os 15 semifinalistas. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

Confira a relação completa dos membros da Comissão de Seleção para o Oscar 2024:

Affonso Beato, diretor de fotografia
Alessandra Krueger, diretora de fotografia
André Carreira, produtor
Ane Siderman, produtora
Bruno Torres, ator e produtor
Carlos Alberto Mattos, jornalista e crítico de cinema
Cecilia Amado, diretora e roteirista
Clarisse Goulart, diretora executiva e produtora
Cris Cunha, gerente de marketing e produtora
Diane Maia, produtora cinematográfica
Estevão Ciavatta, diretor e roteirista
Fernanda Mandriola, produtora cinematográfica
Fernanda Parrado, diretora e arquivista
Gabriel Martins, diretor e roteirista
Hsu Chien, diretor de TV e cinema
Ilda Santiago, diretora executiva
João Vieira Jr., produtor de cinema e TV
Magali Wistefelt, diretora comercial
Michel Tikhomiroff, diretor
Plinio Profeta, músico e compositor
Renato Barbieri, diretor e roteirista
Sol Moraes, produtora
Tatiana Carvalho Costa, professora e pesquisadora
Virginia Cavendish, atriz e produtora
Walter Lima Jr., cineasta

Foto: Divulgação/Filmes de Plástico.

Estranho Caminho, de Guto Parente, é o grande vencedor do Festival de Cinema de Tribeca 2023

por: Cinevitor
O longa brasileiro recebeu quatro prêmios

O Festival de Cinema de Tribeca reúne artistas e diversos públicos para celebrar a narrativa em todas as suas formas, incluindo cinema, TV, música, áudio, jogos e realidade virtual. Com fortes raízes no cinema independente, o evento é sinônimo de expressão criativa e entretenimento.

Fundado em 2001 por Robert De Niro, Jane Rosenthal e Craig Hatkoff com a intenção de estimular a revitalização econômica e cultural de Manhattan depois dos ataques ao World Trade Center, o festival defende vozes emergentes e estabelecidas, descobre talentos premiados, organiza experiências inovadoras e apresenta novas ideias por meio de estreias, exposições, conversas e apresentações ao vivo exclusivas.

O cinema brasileiro se destacou nesta 22ª edição com Estranho Caminho, do cineasta cearense Guto Parente, na mostra International Narrative Competition, que foi consagrado com quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme. O longa é um drama fantástico que acompanha a trajetória de David, um jovem cineasta que, ao visitar sua cidade natal, Fortaleza, é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia de Covid-19 e se vê obrigado a procurar o pai, Geraldo, um sujeito peculiar com quem não fala ou tem notícias há mais de dez anos. Após o reencontro dos dois, coisas estranhas começam a acontecer.

O elenco conta com Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene, Fab Nardy, Noá Bonoba, Jennifer Joingley, Déo Cardoso, Larissa Goés, Mumutante, Solon Ribeiro, David Santos, Pedro Breculê e Gabriel de Sousa.

O júri, formado por Brendan Fraser, Zazie Beetz, Shirin Neshat, Alfredo Jaar e Kate Siegel, afirmou em sua deliberação que Estranho Caminho, vencedor de todos os prêmios da Competição Internacional, é um filme que superou expectativas “com o seu surpreendente calor e narrativa profundamente convincente”. Ao consagrar a interpretação de Carlos Francisco, o time de jurados justificou: “Esse ator equilibrou as nuances da humanidade e exigiu ser observado”. Guto Parente também foi lembrado por “um roteiro que nos deu não apenas a dor da reconciliação, mas também uma alegre expressão do absurdo”. Por fim, a fotografia de Linga Acácio foi destacada “não apenas pela beleza natural do local, mas também pela paisagem psicológica do protagonista”.

Realizado inteiramente na cidade Fortaleza, financiado pela Secretaria de Cultura do Ceará por meio de recursos da Lei Aldir Blanc, o longa, que será distribuído pela Embaúba Filmes, foi rodado entre maio e junho de 2021 com uma equipe formada majoritariamente por profissionais cearenses, como: Guto Parente no roteiro e direção; Ticiana Augusto Lima na produção; Linga Acácio na direção de fotografia; Taís Augusto na direção de arte; Lucas Coelho no som e Thais de Campos no figurino; Noá Bonoba na preparação de elenco; e Uirá dos Reis e Fafa Nascimento na trilha musical.

Conheça os vencedores do 22º Festival de Cinema de Tribeca:

COMPETIÇÃO AMERICANA

Melhor Filme: Cypher, de Chris Moukarbel (EUA)
Melhor Interpretação: Ji-Young Yoo, por Smoking Tigers
Melhor Roteiro: Smoking Tigers, escrito por Shelly Yo
Melhor Fotografia: The Graduates, por Caroline Costa
Menção Especial do Júri: Mountains, de Monica Sorelle (EUA)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Melhor Filme: Estranho Caminho, de Guto Parente (Brasil)
Melhor Interpretação: Carlos Francisco, por Estranho Caminho
Melhor Roteiro: Estranho Caminho, escrito por Guto Parente
Melhor Fotografia: Estranho Caminho, por Linga Acácio

COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIOS

Melhor Filme: Between the Rains, de Andrew H. Brown e Moses Thuranira (Quênia)
Melhor Fotografia: Between the Rains, por Andrew H. Brown
Melhor Edição: The Gullspång Miracle, por Mark Bukdahl e Orvar Anklew
Menção Especial do Júri: Two Walls, de David Gutnik (Ucrânia)

COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS

Melhor Filme: Dead Cat, de Annie-Claude Caron e Danick Audet (Canadá)
Menção Especial do Júri: Blond Night, de Gabrielle Demers (Canadá), e Hafekasi, de Annelise Hickey (Austrália)
Melhor Animação: Starling, de Mitra Shahidi (EUA)
Prêmio Student Visionary: Fairytales, de Daniela Soria Gutiérrez (México)
Melhor Documentário: Black Girls Play: The Story of Hand Games, de Joe Brewster e Michele Stephenson (EUA)
Melhor Documentário | Menção Especial: Goodbye, Morganza, de Devon Blackwell (EUA)

*Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores

Foto: Divulgação/Tardo Filmes.

7º Festival ECRÃ: conheça as obras selecionadas

por: Cinevitor
Murilo Sampaio no curta-metragem Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo

A sétima edição do Festival ECRÃ, que acontecerá entre os dias 29 de junho e 2 de julho no Rio de Janeiro, contará com um panorama das artes audiovisuais que fogem do formato convencional em forma de filmes, videoartes, performances, instalações e games que apresentam inovações de linguagem.

O festival, que dá espaço para obras que geralmente não chegam ao circuito de cinema, museus e exposições, também acontecerá em formato on-line, entre os dias 6 e 9 de julho com parte das obras selecionadas. As sessões presenciais serão realizadas no Estação Botafogo e na Cinemateca do MAM com entrada gratuita.

Neste ano, o ECRÃ traz destaques de festivais internacionais e lançamentos de caráter mundial, entre eles, a primeira exibição no Brasil de A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima, que totaliza 432 minutos e foi apresentado no Festival de Roterdã e no BAFICI. Outro destaque é Testemunhas Silenciosas, do mestre colombiano Luis Ospina e Jerónimo Atehortúa; Ospina faleceu durante o processo de produção do filme e Atehortúa foi o responsável pela finalização.

Do Festival de Berlim, o ECRÃ apresenta Allensworth, novo longa de James Benning, e O Rosto da Medusa, de Melisa Liebenthal, que acompanha com bom humor e inovação visual um conto de conflito existencial. Do Cinéma du Réel, a seleção traz As Cartas de Didier, da diretora francesa Noelle Pujol. Além disso, dois mestres do cinema experimental americano estreiam seus filmes no festival: Deborah Stratman lança Últimas Coisas, exibido no Festival de Sundance, e Lewis Klahr usa suas tradicionais técnicas de animação em A Rosa Azul do Esquecimento. Um dos maiores nomes do cinema independente argentino, Raúl Perrone, faz a estreia mundial de seu longa SINFON14.

Entre os longas e médias brasileiros, o ECRÃ traz a première mundial de Espaço Liminar, longa-metragem de estreia do diretor carioca Gabriel Papaléo; o vencedor do IndieLisboa, Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky; A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus; o primeiro longa do diretor pernambucano Alcimar Veríssimo, chamado A Função do Outono; o média da multiartista Darks Miranda chamado Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano; e a première do média do diretor paulistano Aloísio Corrêa chamado Ponto Cego.

Na programação de curtas-metragens, o Festival ECRÃ traz atrações de diversos cantos do mundo, que transparecem a diversidade no rigor fílmico, entre eles, Thue Pihi Kuwii: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami; este é o primeiro filme realizado por mulheres indígenas Yanomami. E mais: o vencedor do Prêmio da Crítica do Festival Internacional de Istambul, 8 de Março de 2020: Uma Memória, de Fırat Yücel; e o aclamado diretor Ben Russell com seu novo curta-metragem chamado Contra o Tempo. Também da seleção de Roterdã, Cego por Séculos, da tailandesa Parinda Mai, compõe a seleção.

Nesta sétima edição, o Festival ECRÃ apresenta um programa dedicado a um dos maiores nomes do cinema experimental da história: Stan Brakhage. Entre curtas, médias e longas, o programa reúne sete filmes do diretor produzidos entre as décadas de 1950 e 1960. O ECRÃ também apresenta, em sessão especial, a pré-estreia de Octávio III, novo longa de Cavi Borges, que retrata a carreira e os últimos dias de vida do ator que batiza o filme.

Os jogos exploram caminhos da arte que nos levam para mundos da imaginação, do desconhecido e do inusitado. Este ano, as obras selecionadas exclusivamente para a etapa on-line do ECRÃ refletem a diversidade dessa linguagem como forma de expressão artística, que avança na vanguarda entre as novas possibilidades que a tecnologia permite, e o eterno desejo humano de se expressar. O festival também retorna com a experiência imersiva dos óculos de realidade virtual, o VR.

O ECRÃ também terá em seu Instagram o lançamento exclusivo da websérie Fake Live, de Alexandre Paes Leme, protagonizada pela atriz Fernanda Paes Leme. Os nove episódios acompanham a vida da atriz e influencer durante a quarentena, pelo ponto de vista do seu celular, até que sua identidade seja roubada por uma falsa Fernanda. Fake Live também terá alguns de seus episódios exibidos na sala de cinema durante o festival.

A curadoria de performance do 7º Festival ECRÃ celebra a arte no campo expandido, valorizando as obras que dialogam com campos que não seriam normalmente atribuídos à performance. A performance de abertura do ECRÃ 2023 será Projétil RGB, de Tetsuya Maruyama, artista japonês que estuda cinema e arte no Brasil. E mais: com uma seleção que se expande para 15 países, as videoartes apresentam obras de renomados e iniciantes artistas entre 24 títulos que estarão disponíveis virtualmente. 

Conheça os filmes selecionados para o Festival ECRÃ 2023:

LONGA E MÉDIA-METRAGEM

A Função do Outono, de Alcimar Veríssimo (Brasil)
A Longa Viagem do Ônibus Amarelo, de Júlio Bressane e Rodrigo Lima (Brasil)
A Rosa Azul do Esquecimento (The Blue Rose of Forgetfulness), de Lewis Klahr (EUA)
A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus (Brasil/Portugal)
Allensworth, de James Benning (EUA)
Aposentadoria ou a Última Casa de Meu Pai (Das Retireé or the last house of my father), de Julie Pfleiderer (Alemanha/Bélgica/Holanda)
As Cartas de Didier (Les Lettres de Didier), de Noelle Pujol (França)
Ciclos da Criação (Cycles of Creation), de Guli Silberstein (Reino Unido)
Diários de Lockdown (Lockdown Diaries), de Jeff Zorrilla (Argentina)
Enez, de Emmanuel Piton (França)
Espaço Liminar, de Gabriel Papaléo (Brasil)
Herbaria, de Leandro Listorti (Argentina)
Mangostão (Mangosteen), de Tulapop Saenjaroen (Tailândia)
O Rosto da Medusa (El Rostro de la Medusa), de Melisa Liebenthal (Argentina)
Perucas Loiras (Blonde Wigs), de Chris Martin (EUA)
Ponto Cego, de Aloísio Corrêa (Brasil)
RGNCNTRL, de Alvin Santoro (Canadá)
SINFON14, de Raúl Perrone (Argentina)
Testemunhas Silenciosas (Mudos Testigos), de Luis Ospina e Jerónimo Arteaga (Colômbia)
Três Margens (Three Shores), de Damien Cattinari (França)
Últimas Coisas (Last Things), de Deborah Stratman (EUA)
Uma Noite Perigosa na Ilha de Vulcano, de Darks Miranda (Brasil)
Vermelho Bruto, de Amanda Devulsky (Brasil)
 
CURTA-METRAGEM

8 de Março de 2020: Uma Memória (March 8 2020: A Memory), de Firat Yücel (Turquia/Holanda)
Aburidashi, de Nonoho Suzuki (Japão)
As Coisas que te Digo (Las Cosas Que Te Digo), de Daniela Silva Solórzano (Portugal/México)
Capítulo 3: Pacifica um Mentiroso (Chapter 3: Pacifies a Lier), de Better Lovers e Hsin-Yu Chen (EUA)
Casa de Luzia, de Rodrigo Antonio Silva (Brasil)
Cego por Séculos (Blinded By Centuries), de Parinda Main (Tailândia/EUA)
Cemitério Verde, de Maurício Dias Chades de Alencar (Brasil)
Cinema para os Mortos, de Bruno Moreno e Renato Sircilli (Brasil)
Contexto da Arte (Art Context), de Ira Konyukhova (Alemanha)
Contra o Tempo (Against Time), de Ben Russel (França)
Crescendo Absurdo (Growing Up Absurd), de Ben Balcom e Julie Niemi (EUA)
Flashback Antes da Morte (Flashback Before Death), de Hiroyuki Onogawa e Rii Ishihara (Japão)
Gargaú, de Bruno Ribeiro (Brasil)
Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (Brasil)
Lalabis, de Noá Bonoboa (Brasil)
Licantropia, de Janaína Wagner (Brasil)
Locais Verdadeiros (True Places), de Gloria Chung (EUA)
Máquinas Simples, Intervenções e Oscilações, de Natália Reis e Lucas Stamford (Brasil)
Nada Haver, de Juliano Gomes (Brasil)
O Chá dos Gatinhos (The Kitten’s Tea Party), de Miru Fiyu (Canadá)
O que é Saudade?, de Uriel Filipe Marques Silva (Brasil)
Ob Scene, de Paloma Orlandini Castro (Argentina)
Primavera em Cada Vida, de Joaquim Castro (Brasil)
Primeiro Beijo Tristeza Prematura, de João Pedro Faro (Brasil)
Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil)
Quilombo, Continuum, de Juliana M. Streva (Brasil)
Sonho do Esplendor (梦华录), de Getong Wang (EUA/China)
Sunset Fever, de Randolpho Lamonier e Victor Galvão (Brasil)
Thue Pihi Kuiwii: Uma Mulher Pensando, de Aida Harika, Edmar Tokorino e Roseane Yariana (Brasil)
Vendo de Olhos Fechados, de Anália Alencar (Brasil)
Visão do Paraíso, de Leonardo Pirondi (Brasil/EUA/Reino Unido)

*Clique aqui e confira a seleção completa

Foto: Divulgação.

Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, será o filme de abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
O documentário chega aos cinemas no dia 24 de agosto

Depois de passar pelo Festival de Cannes, Retratos Fantasmas, quinto longa-metragem do cineasta e roteirista Kleber Mendonça Filho, terá sua estreia no Brasil na abertura do 51º Festival de Cinema de Gramado. Após apresentar seus últimos filmes, Crítico, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau em Gramado, o diretor pernambucano retorna com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem.

Retratos Fantasmas é uma viagem multidimensional pelo tempo, pelo som, pela arquitetura e pelo próprio cinema. O filme tem o centro da cidade do Recife como personagem importante, sendo um espaço histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas de rua que serviram como espaços de convívio durante o século XX. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.

Para o curador Marcos Santuario, a presença do longa na abertura do evento reforça o peso do gênero documentário no Brasil, além das multifacetas de Mendonça Filho: “O Kleber é um parceiro de Gramado. Tivemos a oportunidade de exibir alguns de seus mais fabulosos projetos. E, agora, Retratos Fantasmas, que foi exibido em Cannes, marca seu retorno em mais uma premiére brasileira proporcionada por Gramado. Abrirmos nosso festival com um documentário de Kleber demonstra a potencialidade desse gênero, no ano em que a mostra de longas-metragens documentais passa a ser exibida também presencialmente no Palácio dos Festivais”, afirmou.

“Eu conheci Gramado como crítico e jornalista em 1998. Anos depois, convidado por José Carlos Avellar, voltei com Crítico (2008), documentário exatamente sobre a profissão que me levou a Gramado em primeiro lugar. Com O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, creio que já ficou evidente o meu respeito por esse festival, que faz parte e ajuda a construir a história do Cinema Brasileiro já há 51 anos”, disse Kleber Mendonça Filho

O longa-metragem, que chega aos cinemas no dia 24 de agosto pela Vitrine Filmes, terá única exibição, fora de competição, na noite de abertura da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 11 e 19 de agosto.

Assista ao trailer de Retratos Fantasmas:

Foto: Soraya Ursine.

Medusa Deluxe

por: Cinevitor

Direção: Thomas Hardiman

Elenco: Luke Pasqualino, Lilit Lesser, Clare Perkins, Kayla Meikle, Debris Stevenson, Heider Ali, Kae Alexander, Harriet Webb, Nicholas Karimi, Darrell D’Silva, Anita-Joy Uwajeh, Logan Porter, James Porter, John Alan Roberts, Estelle Digridi, Victory Pearl Maburutse, Mitesh Soni, Michelle Parker, Isabella-Rae Royle, Joshua Royle, Nina Anderson, Dawn Royle, David Whicker.

Ano: 2022

Sinopse: Depois que um cabeleireiro é encontrado morto em um concurso de penteados, os participantes restantes decidem descobrir quem é o assassino. Rivalidades e desconfiança crescem, enquanto um grupo de determinados hairstylists suspeita de que alguém está tentando fraudar a competição, eliminando competidores de forma macabra.

*Filme visto na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo

Nota do CINEVITOR:

18ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto anuncia 125 títulos na programação

por: Cinevitor
Cena do curta Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes

A 18ª edição da CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto acontecerá entre os dias 21 e 26 de junho no tricentenário município mineiro Patrimônio Histórico da Humanidade. O evento é o único que trata cinema como patrimônio e estrutura sua programação em três frentes temáticas: preservação, história e educação. Cada temática com um enfoque e discussões próprias, que se aproximam em mesas e atividades propostas.

As equipes de curadoria propuseram a temática geral Memória e criação para futuro, que vai permear as ações ao longo de toda a Mostra. Entre as ideias está a de dar visibilidade para a Música Preta no Basil por cineastas indígenas, seus processos de realização, seus tipos de cinema, memórias, cotidianos, desafios e aprendizados e a reforçar a importância da memória como perspectiva para o futuro e um desafio à preservação.

“A CineOP cumpre mais uma vez seu papel de atuar pela salvaguarda do imenso patrimônio audiovisual brasileiro e reafirma a importância de dar continuidade aos encontros anuais presenciais para fortalecer o setor audiovisual em diálogo com a educação e continuar florescendo para preservar nossa história, criar pontes e conexões, desvendar obras e talentos, olhares e diversidade em meio à multiplicação de telas e inovações interativas”, destacou Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora da CineOP.

Durante seis dias de programação gratuita, o público desfrutará de mais de 30 sessões de cinema com exibição de filmes para todas as idades em dois cinemas instalados para atender o evento: o Cine-Praça, cinema ao ar livre a ser instalado na Praça Tiradentes, com uma plateia de 500 lugares; e o Cine-Teatro, a ser instalado no Centro de Convenções (com uma plateia de 510 lugares). E mais: debates, masterclasses, rodas de conversas, oficinas, Mostrinha, atrações musicais e várias outras atividades que acontecem em espaços ouropretanos.

Serão exibidos 125 filmes em pré-estreias e mostras temáticas: 30 longas, 9 médias e 86 curtas-metragens, vindos de 5 países (Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, EUA) e de 14 estados brasileiros distribuídos em nove mostras: Contemporânea, Homenagem, Preservação, Histórica, Educação, Valores, Mostrinha e Cine-Escola.

Espaço referencial de discussões e definições de profissionais e educadores, a CineOP terá também o 18º Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e o Encontro da Educação: XV Fórum da Rede Kino. Entre diversas atividades previstas, desde seminários, exibições de filmes, palestras e masterclasses intercionais, serão 31 debates e rodas de conversa, com a participação de 83 profissionais nacionais e internacionais.

O evento oficial de abertura acontece na noite de 22 de junho na Praça Tiradentes. Para inaugurar as exibições da Mostra, esse ano será exibida a versão restaurada de A Rainha Diaba (1974), clássico de Antônio Carlos da Fontoura, que tem o ator Milton Gonçalves interpretando a mítica Madame Satã. Mas, antes da sessão, acontece na praça uma performance audiovisual apresentando as três temáticas de cada seção da CineOP (Histórica, Preservação e Educação) e a homenagem ao ator e músico Tony Tornado, no embalo da Temática Histórica Imagens da MPB (Música Preta no Brasil).

Tony Tornado receberá o Troféu Vila Rica

Mais longevo profissional da atuação em atividade no país, Tornado, atualmente no ar na novela Amor Perfeito, da Rede Globo, estará presente para receber o Troféu Vila Rica. Nascido em Presidente Prudente, São Paulo, em 1930, estabeleceu-se a partir dos anos 1960 como um dos precursores do movimento da black music brasileira, inspirada na luta pelos direitos civis. Logo, se tornou também um dos rostos negros mais conhecidos da TV e do cinema.

Para Tatiana Carvalho Costa, uma das curadoras, a imagem de Tony Tornado “nas dezenas de trabalhos nos quais atuou entrecruza as memórias de um povo e sugere muito mais do que deveriam dizer a maioria dos papéis coadjuvantes que fez com tanta dignidade, um fenômeno de resiliência e reconfiguração a exibir a força dos personagens”. Além de estar na tela com os filmes, Tony Tornado também marcará presença na mesa em tributo à sua obra, junto com Bernardo Oliveira (professor, pesquisador, crítico e produtor), Black Josie (DJ, musicista e produtora cultural) e Dom Filó (CEO da Cultne TV e produtor cultural), com mediação de Tatiana Carvalho Costa.

As curadorias de cada eixo da 18ª CineOP desenvolveram trajetos de reflexão e discussão que conectam filmes, aprendizados, pesquisas e conhecimentos para debates e exibições a serem promovidos em todos os dias. Na Temática Histórica, o conceito Imagens da MPB (Música Preta no Brasil) enfatiza a presença da criação musical de artistas pretas e pretos nas trilhas sonoras e nos elencos de filmes e novelas, como personagens em ficção, documentários, videoclipes e performatividades variadas.

A dupla de curadoria Cleber Eduardo e Tatiana Carvalho Costa definiu por colocar em evidência a música preta em seus contextos históricos e culturais nos séculos XX e XXI na criação e inventividade de universos populares. Assim, buscam mostrar a herança de tradições atualizadas do passado e de outras geografias e refletir sobre a riqueza a ser preservada na relação com as imagens.

Os filmes da Mostra Histórica dialogam com a proposta a partir dessas percepções. Uma das pérolas do evento é Uma Nêga Chamada Tereza (1973), clássico perdido do cinema brasileiro, dirigido por Fernando Coni Campos e protagonizado por Jorge Ben Jor. Inédito há décadas, a comédia ficcional mostra o cantor na história de um casal de africanos que vem participar de um festival da canção no Brasil.

A temática, assim como parte dos filmes, estará no centro das discussões de duas mesas com críticos, pesquisadores e professores: O corpo-tela e o som que pensa o fillme, sobre as formas como o cinema pode trazer a força do som antes mesmo das imagens e de que forma essas relações se dão; e Polifonia e memória: Reverberações no futuro, sobre as formas como plataformas digitais atuam na produção, reverberação, sampleamento e amplificação de memórias, além de meios de acesso a um acervo de imagens, sons e experiências gravadas, fundamentais na irradiação e amplitude da Música Preta no Brasil e das expressões audiovisuais a partir dela.

Na Temática Educação, a curadoria de Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga vai trabalhar Cinema e educação digital: Deslocamentos, a partir de uma reflexão do educador Paulo Freire sobre o poder da televisão, em 1983. As conversas dos debates e dos Encontros de Educação deverão se pautar na relação entre a importância e necessidade da educação digital, com todos os seus desafios de acesso e democratização, e a necessidade urgente de entendimento de seus riscos. Entre as palavras-chave adotadas, vão aparecer algoritmos, metaverso, realidade aumentada, realidade mista, inteligência artificial e chatGPT.

Entre os debates do recorte, com presença de professores e profissionais da educação de todo o Brasil, reunidos pela Rede Kino, estão as conversas Políticas públicas para o cinema e para a educação digital: Marcos legais, com a proposta de discutir a regulamentação da Política Nacional de Educação Digital; Cultura digital e os desafios da sociedade contemporânea, com objetivo de problematizar as relações entre cinema, audiovisual e educação digital, avaliando as potências e os riscos no ato de ver, produzir e compartilhar conteúdos num contexto de educação que ainda transita do analógico ao digital; e Cinema, território e soberania digital, sobre as relações entre processos educacionais e audiovisuais com a relação e aproximação com a terra e com a política a partir do interesse pela vida mais que pelo mercado; entre outras.

Cena do curta potiguar A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza

Na Temática Preservação, o eixo será Patrimônio Audiovisual Brasileiro em Rede, proposta pela curadoria de Fernanda Coelho e Vitor Graize e que vai reunir integrantes da ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, para mais uma rodada de conversas e articulações em prol do cinema patrimônio. Os debates vão se organizar por três tópicos: o diálogo para políticas públicas de preservação num novo ciclo de governo, representadas pela atualização do Plano Nacional de Preservação Audiovisual; o debate sobre a imposição do digital e suas questões éticas, técnicas e políticas; e a reflexão sobre a criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais.

O Encontro de Arquivos, que faz parte da programação da Temática Preservação, contará com a presença de dezenas de profissionais do setor e a realização de diversos encontros e debates em torno dos três pontos destacados, entre eles, iniciativas de mapeamento de arquivos audiovisuais; criação de uma rede nacional de arquivos audiovisuais; a rede e suas conexões: produção; e a rede e suas conexões: difusão e exibição.

Uma das mesas, Memória e criação para o futuro, propõe um balanço da última década no segmento da preservação a partir de perspectivas e desafios políticos, econômicos, tecnológicos e educacionais e deverá ter a presença de nomes do Governo Federal, como Margareth Menezes, Ministra da Cultura; de Denise Pires de Carvalho, secretária de Educação Superior do Ministério da Educação; e Alex Braga, presidente da Ancine, Agência Nacional do Cinema.

Anualmente, a CineOP conta com a participação de importantes profissionais internacionais numa série de masterclasses e mesas de debates. Além disso, inteligência artificial, Lei Paulo Gustavo, Argumento Cinematográfico, Memória Sonora, Marketing Digital e Cinema Comunitário são alguns dos diversos temas das 10 modalidades do programa de formação: quatro oficinas, dois workshops e quatro masterclasses que serão realizadas durante o evento.

A CineOP leva o universo cinematográfico para mais perto de crianças, adolescentes e educadores da rede pública de Ouro Preto através da realização do programa Cine-Expressão – A Escola vai ao cinema, que oferece uma programação gratuita que propõe criar um espaço de aprendizado entre estudantes, unindo cinema e educação; com oferta de sete sessões de cinema seguidas de debates, elaboração de material didático para trabalhar os filmes na sala de aula e lançamento de livros.

As sessões Cine-Escola são pensadas para faixas etárias específicas e seguidas de cine-debates após a sessão com o propósito de usar o cinema como ferramenta pedagógica e beneficiar as escolas de Ouro Preto e região. Os filmes foram selecionados pela curadora Ramina El Shadai e têm potencial de revelar percepções e despertar sensações e conexões. Para a criançada, a CineOP realiza a Mostrinha de Cinema, que terá uma sessão especial  inclusiva que oferece as três medidas de acessibilidade ( legendagem descritiva, libras e audiodescrição).

Repetindo a bem-sucedida parceria cultural com o Sesc em Minas, a programação artística da CineOP vai acontecer no Sesc Cine-Lounge Show, que será instalado no Centro de Artes e Convenções. Além do tradicional Cortejo da Arte, que percorre as ruas tricentenárias de Ouro Preto, destaca-se, pelo segundo ano consecutivo, a Festa Junina da CineOP, que será promovida como parte da programação da Mostra Valores e reunirá três quadrilhas da cidade.

Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir atrações artísticas, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação e debates temáticos de forma gratuita.

Conheça os filmes selecionados para a CineOP 2023:

MOSTRA HOMENAGEM | LONGA-METRAGEM
Quilombo, de Cacá Diegues (RJ, 1984)

MOSTRA HISTÓRICA | LONGAS
Baile Soul, de Cavi Borges e Marcio Graffiti (RJ, 2023) (filme de abertura)
Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP, 2022)
Paulinho da Viola, Meu Tempo é Hoje, de Izabel Jaguaribe (RJ, 2003)
Rio Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos (RJ, 1957)
Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Eu Dei, de Calvito Leal, Cláudio Manoel e Micael Lange (RJ, 2008)
Sou Feia, Mas Tô Na Moda, de Denise Garcia (RJ, 2005)
Trem do Soul, de Clementino Jr. (SP, 2021)
Uma Nêga Chamada Tereza, de Fernando Coni Campos (SP, 1973)

MOSTRA HISTÓRICA | CURTAS
A Voz e o Vazio: a vez de Vassourinha, de Carlos Adriano (SP, 1998)
Alma no Olho, de Zózimo Bulbul (RJ, 1973)
Aniceto do Império em Dia de Alforria, de Zózimo Bulbul (RJ, 1980)
As Mina do Rap, de Juliana Vicente (SP, 2015)
Brasilianas: Cantos de Trabalho – Música Folclórica Brasileira, de Humberto Mauro (MG, 1955)
Elekô, de Coletivo Mulheres de Pedra (RJ, 2015)
Gurufim na Mangueira, de Dandara (RJ, 2000)
Inocentes 30 anos, de Carol Thomé (RJ, 2011)
Nelson Cavaquinho, de Leon Hirzsman (RJ, 1969)
Nelson Sargento, de Estevão Ciavatta (RJ, 1997)
Partido Alto, de Leon Hirszman (RJ, 1982)
Tim Maia, de Flavio Tambellini (RJ, 1984)
Transgressão Parte II, de Jup do Bairro e Rodrigo de Carvalho (RJ, 2020)

MOSTRA PRESERVAÇÃO | LONGA
A Rainha Diaba, de Antonio Carlos da Fontoura (RJ, 1974)

MOSTRA PRESERVAÇÃO | MÉDIA
Joga a Rede no Mar: Histórias e Memórias dos Pescadores da Maré, de Studio Line Filmes em cooperação com Museu da Maré/CEASM (RJ, 2011)
Ligya Pape, de Paula Gaitán (SP, 1981)

MOSTRA PRESERVAÇÃO | CURTAS
Anna Bella Geiger, de Vivian Ostrovsky (RJ, 2019)
Centerminal, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974)
Declaração em Retrato I, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974)
Local da Ação, de Anna Bella Geiger (RJ, 1978)
Mira, Um Imigrante, de Rubens Gerchman e João Carlos Horta (RJ, 1982)
O Casamento na Palafita, de Camila Moura, Fraão Luz e Jefferson Melo (RJ, 2021)
Passages I, de Anna Bella Geiger (RJ, 1974)
Perto de Clarice, de João Carlos Horta (RJ, 1982)
Rola-Rola na Maré, de Jairo Costa (RJ, 1977)

MOSTRA EDUCAÇÃO | LONGA-METRAGEM
Território, de Alexandra Cuesta (Equador, 2016)

MOSTRA EDUCAÇÃO | MÉDIAS
Série Paulo Freire: A Formação do Pensamento, de Cristiano Burlan (SP, 2020)
Série Paulo Freire: As 40 Horas de Angicos, de Cristiano Burlan (SP, 2020)
Série Paulo Freire: Do Pátio do Colégio à Pedagogia do Oprimido, de Cristiano Burlan (SP, 2020)
Série Paulo Freire: O Exílio, de Cristiano Burlan (SP, 2020)
Série Paulo Freire: O Mundo Não É, Está Sendo, de Cristiano Burlan (SP, 2020)

MOSTRA EDUCAÇÃO | CURTAS
1,2,3… Alice Filmando, de Marli França Silva (SP, 2022)
A Ficha Caiu, de Rodneia Nogueira Duarte (MG, 2022)
A Lenda do Monstro da Panela do Candal, de Adriana Gonçalves Ferreira e Alunos (RS, 2019)
A Pá Morreu, de Lucas Brito de Araujo, Lucas Henrique de Sousa Silva, Melissa Jerônimo França, Samuel Alves da Silva, Samuel Fernandes Araújo e Karla Lopes Beck (SP, 2022)
A Realidade de um Sonho (La realidad de un sueño), de Braian Bautista (Colômbia, 2022)
Ansiedade e Solidão: Uma barreira contra tudo e contra todos, de Ana Clara Lobato e Eduarda Maciel (SP, 2022)
Antolho, de Gabriela Bastos (MG, 2023)
Brasil Colônia, de Rodrigo Soares Chaves (MG, 2021)
Brincadeiras, de Coletiva (RJ, 2022)
Despedida, de Alexandra Cuesta (EUA/Equador, 2013)
Do Vento, de Julia S Oliveira (SP, 2022)
E se…, de Nicolly Mafra (SP, 2022)
Em Busca da Autodestruição, de Isadora Poeiras (MG, 2022)
Fotocópia, de Cristiano Barbosa, Marco Paraná, Vitor Silva, Isabela Mesquita, Paula Vitória, Heitor Rios, Enzo Gabriel, Larissa Neves, Ruth Carvalho, Raquel Carvalho, Raissa Neves, Victor Melauro e Mateus Pe (MG, 2023)
Geométricos, de Valentina Pereira (Colômbia, 2020)
Girando, de Isadora Franco Di Gianni (SP, 2022)
Histórias do Campo (Historias del Campo), de Carolina Dorado Lozano (Colômbia, 2021)
Manipulador, de Marcela Fernandes (MG, 2022)
Montaulas: cenas do ver filmes juntos, de Liana Lobo (MG, 2023)
Não Vão Me Queimar (A Mi No Me Van A Quemar), de Carolina Dorado Lozano (Colômbia, 2021)
O Que o Escuro Abriga?, de Henrique, Beatriz, Laura, João, Levi, Lívia e Marcelle (MG, 2022)
O Recomeço, de Uanda Giorgini Lima Costa, Anna Clara de Souza e Isadora Almeida Silva (MG, 2022)
O Roteiro ao Redor, de Bárbara Soares Silva (MG, 2022)
Ovos, de Karla Lopes Beck, Melissa Jerônimo França e Mirella Vitoria Alves dos Santos (SP, 2022)
Para o Resgate do Mundo (Al Rescate Por El Mundo), de Carol Dayana Pereira López (Colômbia, 2021)
Planos, de Anna Sant’Ana (MG, 2023)
Porta Secreta, de Sara Rogieri Dias, Karla Lopes Beck, Isabella Regina Marialva e Isabella Bueno (SP, 2023)
Primeira Sessão, de Lavínnia Drumond (MG, 2022)
Primeiras Experimentações, de Isabelle Louise Padilha Ocampo Evangelista (SP, 2023)
Rotinas, de Maria Fernanda Alves (MG, 2023)
Sons que Inspiram, de Função Coletiva (Estudantes do Cap Uerj – Ensino Fundamental l) (RJ, 2021)
Tartaruga Contaminada (Tortuga Contaminada), de Felipe Méndez (Colômbia, 2021)
Vaso Ruim de Quebrar, de Yasmin Freitas (MG, 2022)
Vidrados, de Alice Carvalho (MG, 2022)
Visita ao Pasado (Visita al pasado), de Adrián Pérez (Colômbia, 2023)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA | LONGAS
Amanhã, de Marcos Pimentel (MG, 2023)
Antunes Filho, Do Coração Para o Olho, de Cristiano Burlan (SP, 2023)
Confissões de um Cinema em Formação, de Eugenio Puppo (SP, 2023)
Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP, 2022)
Elton Medeiros: O Sol Nascerá, de Pedro Murad (RJ, 2022)
Filme Particular, de Janaína Nagata (SP, 2022)
Ijó Dudu, Memórias da Dança Negra na Bahia, de José Carlos Arandiba “Zebrinha” (BA, 2022)
Lô Borges: Toda Essa Água, de Rodrigo de Oliveira (RJ, 2023)
Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP, 2022)
Não é a primeira vez que lutamos pelo nosso amor, de Luis Carlos de Alencar (RJ/SP/BA/Argentina/EUA, 2022)
O Cangaceiro da Moviola, de Luís Rocha Melo (MG/RJ, 2022)
O Lugar Mais Seguro do Mundo, de Aline Lata e Helena Wolfenson (MG/SP, 2022)
O sucesso e o abstrato, de Virginia Simone e Matheus Walter (RS, 2023)
Ópera Cabaré Casa Barbosa, de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques (SP, 2022)
Primo da Cruz, de Alexis Zelensky (RJ, 2022)
Procura-se Meteorango Kid: Vivo ou Morto, de Marcel Gonnet e Daniel Fróes (BA, 2023)
, de Rafael Conde (MG, 2023) (filme de encerramento)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA | MÉDIA
Caixa Preta, de Saskia e Bernardo Oliveira (RJ/SP, 2022)
Uma Tarde pra Tirar Retrato, de André Sandino Costa (RJ, 2023)

MOSTRA CONTEMPORÂNEA | CURTAS
(des)conhecidos, de Adriano Monteiro (RJ, 2022)
20 Giros, de Leo Lopes (MG, 2022)
A Bata do Milho, de Eduardo Liron (SP/BA, 2023)
A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN, 2023)
A Jornada do Valente, de Rodrigo de Janeiro (RJ, 2022)
Anjos Cingidos, de Laercio Filho e Maria Tereza de Azevedo (PB, 2022)
Arruma um Pessoal pra Gente Botar uma Macumba num Disco, de Chico Serra (RJ, 2023)
Através da Cidade Invisível, de Paulo Grangeiro (SP, 2022)
Cicatriz Tatuada, de Eugênio Lima, Gabriela Miranda e Matheus Brant (SP, 2022)
Isso não é tudo, de Stefane Eskelsen (SP, 2022)
Nada Haver, de Juliano Gomes (MG/ES/RJ, 2022)
Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes (MG, 2022)
O Voo, de Igor Barradas (RJ, 2023)
sanc_pc1317_03_01_a_1 – versão 2, de Henrique Amud e Hakaima Sadamitsu (AM, 2023)
Solmatalua, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC/RJ/SP, 2022)
Temos Muito Tempo para Envelhecer, de Bruna Schelb Corrêa (MG, 2022)
Zoila, de Fabrício Jabar (BA, 2022)

MOSTRA VALORES | LONGA
As Linhas da Minha Mão, de João Dumans (MG, 2023)

CINE ESCOLA | LONGA
Últimas Conversas, de Eduardo Coutinho (RJ, 2015)

CINE ESCOLA | CURTAS
A Baleia Mágica, de Douglas Alves Ferreira (SP, 2022)
A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ, 2022)
Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP, 2023)
Bola da Vez, de Elder Patrick (GO, 2022)
Bolha, de Leandro Wenceslau (MG, 2023)
João no Reino de Papelão, de Rodrigo Vulcano e Lucas Lima (SP, 2022)
Marlon, de Ludmila Curi (RJ, 2022)
O Monstro do Pântano do Sul, de Marko Martinz (SC, 2022)
Pedro, de Leo Silva (CE, 2022)
Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal (PR, 2022)
Super-heróis, de Rafael de Andrade (DF, 2022)
Teo, o Menino Azul, de Hygor Amorim (SP, 2022)

MOSTRINHA | LONGA
A Ilha dos Ilús, de Paulo G C Miranda (GO/2022)

Fotos: Divulgação/Leo Lara/Universo Produção.

12ª Mostra Ecofalante de Cinema: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do documentário premiado A Invenção do Outro, de Bruno Jorge

Foram anunciados os vencedores da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, e o documentário brasileiro A Invenção do Outro, de Bruno Jorge, foi consagrado com dois prêmios: melhor filme pelo júri e pelo público.

O filme retrata a maior expedição das últimas décadas na Amazônia para tentar encontrar e estabelecer o primeiro contato com um grupo de indígenas isolados da etnia dos Korubos, em estado de vulnerabilidade, e ainda promover um delicado reencontro com parte da família já contactada poucos anos antes.

Segundo o júri da Competição na categoria de longa-metragem, formado por Anna Muylaert, Helena Ignez e Zienhe Castro, o filme foi escolhido “pela precisão ética e estética na construção de um olhar que leva ao mesmo tempo ao mundo do outro e ao mundo esquecido de si”. A obra receberá o Troféu Ecofalante e um prêmio de 15 mil reais.

Duas menções honrosas foram concedidas para longas-metragens nesta edição: Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis, foi escolhido “pelo seu trabalho emocionante em mostrar o povo Guarani Kaiowá lutando por sua ancestralidade e suas terras e o crescente poder político ruralista”; já No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil, recebeu “pela delicadeza na abordagem sobre a precariedade, crime e machismo na aviação de pequeno porte na Amazônia Brasileira”.

O Prêmio do Júri de melhor curta foi para Quem de Direito, dirigido por Ana Galizia. O filme, que receberá o Troféu Ecofalante e 5 mil reais, mostra a organização popular pelo acesso à terra no território do Vale do Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, e as mobilizações recentes contra um projeto de barragem na região.

Segundo o júri da categoria, formado por Guilherme Moura Fagundes, Kátia Coelho e Thomaz Pedro, Quem de Direito é um filme urgente e envolvente: “Enquanto terra e água adquirem centralidade na ecologia das lutas populares de Cachoeiras de Macacu, a narrativa fílmica interpela esses elementos a partir do tempo e do espaço. (…) Acima de tudo, Quem de Direito amplia nossos horizontes sobre o que pode ser um cinema ativista que se opera através das imagens, constituindo camadas de resistências”.

O colombiano Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar, recebeu Menção Honrosa na categoria curta-metragem: “o filme se comunica mostrando o mundo real de forma onírica, quase irreal, e bastante forte na sua apresentação do universo transgênero indígena colombiano (…) um filme que evoca, ao mesmo tempo, áspera e delicadamente, fortes reflexões que vão além da sua cinematografia”, disse a justificativa do júri.

O grande vencedor do Concurso Curta Ecofalante foi As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (estudante da Vila das Artes, em Fortaleza). No filme, que combina performance, ilustrações e música, filhos de lavadeiras compartilham suas memórias do Rio Acaraú, que atravessa a cidade de Sobral, no Ceará. O júri, formado por Joana Moncau, Izabel de Fátima Cruz Melo e Sergio Silva, justificou: “por tratar de forma surpreendente e poderosa, a partir dos caminhos da memória, um entrelaçamento pouco usual do território com identidade, memória, gênero e linguagens”. O curta ganhará o Troféu Ecofalante e R$ 4 mil de prêmio.

O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, recebeu Menção Honrosa: “através da montagem nos eletriza e nos implica em uma dimensão coletiva a respeito da violência e da destruição do meio ambiente e de seus povos”, disse a justificativa.

Conheça os vencedores da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema:

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR FILME DA 12ª MOSTRA ECOFALANTE
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)

COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA

PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR LONGA-METRAGEM
A Invenção do Outro, de Bruno Jorge (Brasil)

MENÇÃO HONROSA
No Vazio do Ar, de Priscilla Brasil (Brasil)
Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)

PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR CURTA-METRAGEM
Quem de Direito, de Ana Galizia (Brasil)

MENÇÃO HONROSA
Aribada, de Simon(e) Jaikiriuma Paetau e Natalia Escobar (Colômbia/Alemanha)

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR LONGA-METRAGEM
Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Brasil)

PRÊMIO DO PÚBLICO | MELHOR CURTA-METRAGEM
A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil)
Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, de Felipe Larozza e Iuri Salles (Brasil)

CONCURSO CURTA ECOFALANTE

PRÊMIO DO JÚRI
As Lavadeiras do Rio Acaraú Transformam a Embarcação em Nave de Condução, de Kulumym-Açu (CE)

PRÊMIO DO PÚBLICO
(D)elas: Mulheres Pretas e o Direito de Ocupar, de Bruna Lazari Antonio (SP)

MENÇÃO HONROSA
O Fundo do Ar é Cinza, de Carolina Magalhães (RJ)

Foto: Divulgação.

17º Festival Taguatinga de Cinema: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Os premiados da 17ª edição no palco

Foram anunciados neste sábado, 10/06, os vencedores da 17ª edição do Festival Taguatinga de Cinema, que exibiu, em quatro dias, 24 filmes na Mostra Competitiva. Além disso, a programação contou também com diversas atividades paralelas, como: oficinas, debates e shows.

Os premiados deste ano receberam o Troféu FesTaguá, feito pelo aclamado artista plástico Omar Franco, além de prêmios em dinheiro. O pernambucano Quebra Panela, de Rafael Anaroli, foi o primeiro escolhido pelo Júri Oficial, que foi formado por Edileuza Souza, Kakau Teixeira e Takumã Kuikuro. A justificativa diz: “pela construção de um cinema que é vida, que nos possibilita vida e que transforma nossas vidas. Por um cinema que diverte e diz NÃO ao adoecimento. Pela alegria de fazer cinema”.

O segundo filme eleito pelo júri foi Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê: “pela urgência do planeta, das pessoas que cuidam da terra e que são a própria terra. Não ao marco temporal, não à ganância e sim pela vida dos povos indígenas e pela vida do planeta”, disse a justificativa do júri. O terceiro foi Um Transe de 10 Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá: “pela autenticidade, pela profundidade, pelo lugar do Cinema Negro no feminino, pela vivência, por pensar num cinema de ser e existir, pelo corpo e pela memória”, disse o júri.

Também foram entregues duas menções honrosas para Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro, e Filhos da Noite, de Henrique Arruda: “Pelas infâncias que trazem os sabores da aventura de viver, e pelas velhices de corpos que trazem a memória da vida, das alegrias, do colorido e da continuidade”, disse a justificativa do júri. O Festival Taguá de Cinema também entregou o Prêmio Aicon Ações Cinematográficas, oferecido ao melhor filme do Distrito Federal, que, segundo o júri, foi Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê.

William Alves, idealizador do festival, encerrou a noite com um discurso: “O Festival Taguá de Cinema, nesta 17ª edição, se firma como terreiro dentro de um território ancestral onde as tabas dos povos acroás, os xacriabás, os caiapós e os javaés, dentre outros, eram feitas de tagwá tinga ou barro branco. No encerramento dessa edição, com o encontro do cinema do povo indígena, preto e brasileiros, de todas as regiões, nos alegramos por poder somar forças às lutas de nossos parentes ancestrais, pelo seus direitos à terra, à água e às florestas. Pelo seus direitos de existirem a seu modo. Pelo direito às suas vidas. O Festival Taguá de Cinema, também diz SIM à demarcação imediata das terras dos povos indígenas”.

Conheça os vencedores do 17º Festival Taguatinga de Cinema:

MOSTRA COMPETITIVA
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (PE)
Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê (DF)
Um Transe de 10 Milésimos de Segundos, de Jamile Cazumbá (BA)

MOSTRA COMPETITIVA | JÚRI POPULAR
Ela Mora Logo Ali, de Fabiano Barros e Rafael Rogante (RO) (58% dos votos)
Nossa Mãe era Atriz, de André Novais Oliveira e Renato Novaes (MG) (56% dos votos)
Manual da Pós-Verdade, de Thiago Foresti (DF) (48% dos votos)

MENÇÃO HONROSA
Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)
Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE)

PRÊMIO AICON
Levante pela Terra, de Marcelo Cuhexê (DF)

Foto: Paula Carrubba.

1º Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta Senhor da Terra, do Coletivo Ficcionalizar

Foram anunciados neste domingo, 11/06, os vencedores da primeira edição do Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda, que surgiu como uma janela para a difusão de filmes pernambucanos com atividades que aconteceram no Sítio Histórico (Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa) e em Xambá (Centro Cultura Grupo Bongar). 

Idealizado pelo cineasta Adalberto Oliveira, o Cine Marim apresentou três mostras, competitivas e não competitivas. A Mostra O Tempo de Agora, com curadoria de Lia Letícia, reuniu produções que giram em torno da tradição e insurreições das culturas afro-brasileiras sob várias perspectivas; a Mostra Acessível, com curadoria de Amanda Ramos, foi composta por filmes que possuam recursos acessíveis para PcD; a Mostra Olinda, com curadoria de Adalberto Oliveira e Caio Sales, teve como temática principal a própria cidade; e a Mostra Farol, também com curadoria de Amanda Ramos, exibiu filmes do estado de Pernambuco, que através de uma comissão de júri específica premiou os destaques técnicos das produções selecionadas.

A etapa formativa do Cine Marim contou com as oficinas: Documentando, com Marlom Meirelles, no formato on-line; e Oficina Rápida de Cinema Ligeiro, com Eva Jofilsan, em formato presencial. Além disso, a programação contou também com masterclasses on-line de Liliana Tavares, Marcelo Ikeda e Juliana Lima. O Júri Oficial desta primeira edição, que teve identidade visual assinada por Célio Gouveia, foi formado por Cynthia Falcão, Daniel Bandeira e Mia Aragão.

Conheça os vencedores do 1º Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda:

MOSTRA FAROL

Melhor Filme: Criaturas Celestiais, de Pedro Andrade e Pedro Stilo (Recife)
Menção Honrosa: Senhor da Terra, de Coletivo Ficcionalizar (Paulista)
Menção Honrosa: Diabolim e o Circo Esperança, de Cauê Rocha (Olinda)

Foto: Divulgação.