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46º Festival Guarnicê de Cinema: Alessandra Negrini e Áurea Maranhão serão homenageadas

por: Cinevitor
Alessandra Negrini completa 30 anos de carreira

A 46ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, o quarto mais longevo e um dos mais tradicionais do país, acontecerá entre os dias os dias 9 e 16 de junho, em formato híbrido, com exibições presenciais em São Luís, no Maranhão, e virtuais por meio da plataforma e aplicativo CineGuarnicê.

A cerimônia de abertura acontecerá no Teatro Arthur Azevedo com a exibição de Peróla, longa-metragem dirigido por Murilo Benício e baseado em um dos maiores sucessos do teatro brasileiro, escrito por Mauro Rasi. O ator Leonardo Fernandes, que divide o protagonismo do filme com Drica Moraes, é presença confirmada na noite de abertura do Guarnicê.

No dia seguinte, o festival passa a ocupar os teatros João do Vale, com as exibições das mostras competitivas; Sesc Napoleão Ewerton, que receberá algumas mostras paralelas; e Aldo Leite, com as conferências do seminário Ciência Cine Guarnicê.

Neste ano, o festival homenageará a atriz Áurea Maranhão. A manauara, que é Cidadã Ludovicense, é egressa da Escola de Arte Dramática da USP, Universidade de São Paulo. Na televisão, teve sua estreia na novela A Dona do Pedaço, dirigida por Amora Mautner e escrita por Walcyr Carrasco. Na Netflix, estreou na série Cidade Invisível, criada por Carlos Saldanha e dirigida por Luis Carone e Julia Jordão. Nascida em Manaus e radicada no Maranhão, Áurea Barros Teixeira leva o estado no nome artístico e em diversos e reconhecidos trabalhos.

Áurea Maranhão também atuou em filmes como O Baldio Som de Deus, Terminal Praia Grande, Bodas de Papel, Anna e Prova de Coragem. Já recebeu também diversos prêmios no Festival Guarnicê de Cinema, a exemplo do troféu de melhor atriz por Carnavalha, filme em que divide a direção com Ramusyo Brasil, e melhor direção de arte por Afrescos de Outono

Áurea Maranhão já foi premiada diversas vezes no Guarnicê

Outra homenageada desta 46ª edição será Alessandra Negrini, um dos nomes mais importantes do audiovisual brasileiro. Em 2023, a atriz completa 30 anos de carreira. Seu primeiro papel na televisão foi como Clara, personagem da novela Olho no Olho, do autor Antonio Calmon, da TV Globo. Já a estreia como protagonista veio na minissérie Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados, inspirada no romance de Nelson Rodrigues e escrita por Leopoldo Serran.

Nos anos seguintes, Negrini consolidou sua carreira com papéis em diversas produções, tanto na TV quanto nas telonas. Sua estreia nas salas de cinema foi com o filme O Que é Isso, Companheiro?, dirigido por Bruno Barreto e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Em 2007, protagonizou Cleópatra, de Júlio Bressane, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília. Sua trajetória na sétima arte conta ainda com Acqua Movie, Mulheres Alteradas, Beduino, 2 Coelhos, Os Desafinados, entre outros. Seu trabalho mais recente foi na novela Travessia, de Glória Perez. Além disso, teve destaque na série Cidade Invisível, exibida na Netflix, na qual contracenou com Áurea Maranhão.

Além das homenageadas, o 46º Festival Guarnicê de Cinema também anunciou a seleção da mostra acessível Faz Todo Sentido, que será realizada pelo terceiro ano consecutivo. Em caráter competitivo, possui um júri composto por pessoas com deficiência. Entre as mostras competitivas e paralelas, o Festival Guarnicê de Cinema 2023 promoverá um terceiro tipo de programação: as mostras especiais, formadas por filmes convidados diretamente pela coordenação do evento. A Faz Todo Sentido, além de competitiva, também é classificada como uma programação especial. 

As outras três mostras especiais são: Eu Canto Porque o Instante Existe, com título inspirado no poema de Cecília Meireles e composta majoritariamente por documentários musicais, mas também por ficções ligadas à música; Os Filhos Pródigos do Brasil, constituída de filmes sobre personalidades, conhecidas ou anônimas, que contribuíram ou contribuem com a história do país; e Mostra ALEMA, Assembleia Legislativa do Maranhão, que abrange os últimos documentários produzidos pelo Complexo de Comunicação do Legislativo Estadual.

As duas primeiras mostras possuem curadoria e produção de Paulo Vinícius Coelho, assessor de imprensa do Guarnicê. A Mostra ALEMA tem curadoria da própria instituição. As três mostras podem ser assistidas no site oficial e no aplicativo entre os dias 10 e 15 de junho.

Conheça os novos títulos selecionados para o 46ª Festival Guarnicê de Cinema:

FAZ TODO SENTIDO

À Sombra do Mar, de João Vitor Pires (RJ)
Coletânea de Histórias Extremamente Curtas, de Pedro Fraga Villaça (SP)
Curta Diferenças, de Lisandro Santos (RS)
Fragmentos ao Vento, de Ulisses Da Motta (RS)
Grito do Coletivo, de Vinícius de Oliveira e Thiago Nunes (DF)
Isso Sempre Acontece, de Lara Koer (SC)
Os Olhos na Rua do Arvoredo, de Cláudio Mourão (RS)
Tem Boi na Trilha, de Libertu (SC)
Teo, o Menino Azul, de Hygor Amorim (SP)

EU CANTO PORQUE O INSTANTE EXISTE

A Orquestra das Diretas, de Caue Nunes (SP)
Carnaval de Passarela Vai Passar, de Ione Coelho (MA)
Lupicínio Rodrigues: Confissões de um Sofredor, de Alfredo Manevy (SP)
Luz do Mundo, de Manoel Cordeiro; direção: Cícero Pedrosa Neto e San Marcelo (PA)
O Auto do Bumba Meu Boi da Fé em Deus, de Murilo Santos (MA)
O Sol Nascerá, de Elton Medeiros; direção: Pedro Murad (RJ)
Tribo de Jah na Rota das Emoções, de Johnny Kelvin (MA)

OS FILHOS PRÓDIGOS DO BRASIL

Alegorias, de Leonel Costa (SP)
Cabocolino, de João Marcello (PE)
Mestre Pascoal, de Valderi Duarte (PI)
Minha Perna, Minha Classe, de Arturo Saboia (MA)
No Palco com Aldo Leite, de Inaldo Lisboa (MA)

MOSTRA ALEMA
*todos os filmes dirigidos por Edwin Jinkings e produzidos pela TV Assembleia

Me Chame Donana Jansen; roteiro de Márcia Carvalho (MA)
Nações Indígenas: Povo Guajajara; roteiro de Márcia Carvalho e Elda Borges (MA)
Nações Indígenas: Povo Krikati; roteiro de Márcia Carvalho (MA)

*Clique aqui e confira os selecionados para outras mostras competitivas

Fotos: Aline Arruda/Carolina Guerra Libério.

Circuito Penedo de Cinema 2023 abre inscrições para curtas-metragens

por: Cinevitor
A atriz Isabel Teixeira marcou presença na edição passada como júri

A 13ª edição do Circuito Penedo de Cinema, que acontecerá entre os dias 13 e 19 de novembro, em formato híbrido, já está com inscrições abertas para as mostras competitivas. O evento consolida-se como uma janela para difusão de filmes alagoanos e brasileiros, além de ser um instrumento para novos olhares e perspectivas sobre essa vasta produção.

As inscrições seguem até 14 de julho exclusivamente através da plataforma FilmFreeway: clique aqui. As obras audiovisuais podem ser inscritas em uma das três mostras competitivas que compõem o Circuito: 16º Festival do Cinema Brasileiro, aberto para todos os realizadores, sem nenhuma restrição de abordagem, exceto filmes publicitários e institucionais; 13º Festival do Cinema Universitário de Alagoas, direcionado para produções feitas nas instituições de ensino superior e escolas técnicas de cinema de qualquer parte do país; e 10º Festival Velho Chico de Cinema Ambiental que recebe curtas com temáticas direcionadas ao meio ambiente, com abordagem nos ambientes natural e antrópico.

Para concorrer, os proponentes têm que ser diretores ou produtores dos filmes, que devem ter até 25 minutos de duração, incluindo os créditos, e não haver participado de seletivas em edições anteriores do Circuito Penedo. Além disso, precisam ter sido produzidos a partir de 2021. O resultado da seleção está programado para ser divulgado no dia 31 de agosto, podendo haver prorrogação.

As produções selecionadas para as mostras competitivas serão avaliadas por um Júri Oficial convidado pelo evento, a ser divulgado posteriormente, e também por um Júri Popular, que será definido a partir da votação do público através do site. Os realizadores concorrerão ao troféu Canoa de Tolda de melhor filme em cada mostra.

Além das tradicionais mostras competitivas, o Circuito apresenta uma outra sem caráter competitivo: a 12ª edição da Mostra de Cinema Infantil, que também recebe propostas de curtas-metragens. A seleção da curadoria se dará a partir das inscrições voluntárias dos realizadores, conforme o edital lançado recentemente.

Ano após ano, o Circuito se reinventa e busca abrir espaço para novas discussões, sempre reafirmando seu papel como instrumento para olhares e perspectivas sobre o vasto patrimônio audiovisual alagoano e nacional, sempre em diálogo com a educação. Durante sete dias, a cidade histórica de Penedo recebe uma programação gratuita e intensa. Com a execução também digital do Circuito, os filmes selecionados para mostras competitivas ficam disponibilizados no site oficial durante toda a semana do evento. O programa ainda engloba a exibição de longas-metragens, debate com realizadores, roda de conversas, oficinas, feira criativa e apresentações culturais.

Há mais de uma década, o Circuito se apresenta como um lugar de resistência e luta, promovendo a retomada dos grandes festivais de cinema que ocuparam a cidade histórica de Penedo, nas décadas de 1970 e 1980. É nesse contexto de reafirmação do cinema nacional, de suas produções e da empregabilidade promovida pelo setor que o evento se faz ainda mais importante.

Foto: Adriano Arantos.

1º Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta pernambucano Lilith, de Nayane Nayse

A primeira edição do Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda, que acontecerá entre os dias 4 e 11 de junho, surge como uma janela para a difusão de filmes pernambucanos com atividades que acontecerão no Sítio Histórico (Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa) e em Xambá (Centro Cultura Grupo Bongar). 

Idealizado pelo cineasta Adalberto Oliveira, o Cine Marim apresentará três mostras, competitivas e não competitivas. A Mostra O Tempo de Agora, com curadoria de Lia Letícia, reúne produções que giram em torno da tradição e insurreições das culturas afro-brasileiras sob várias perspectivas; a Mostra Acessível, com curadoria de Amanda Ramos, será composta por filmes que possuam recursos acessíveis para PcD; a Mostra Olinda, com curadoria de Adalberto Oliveira e Caio Sales, terá como temática principal a própria cidade; e a Mostra Farol, também com curadoria de Amanda Ramos, exibirá filmes do estado de Pernambuco, que através de uma comissão de júri específica premiará os destaques técnicos das produções selecionadas.

A etapa formativa do Cine Marim começa no dia 14 de junho com duas oficinas: Documentando, com Marlom Meirelles, no formato on-line; e Oficina Rápida de Cinema Ligeiro, com Eva Jofilsan, em formato presencial. Além disso, a programação contará também com masterclasses on-line de Liliana Tavares sobre audiovisual e acessibilidade; de Marcelo Ikeda sobre cinema independente; e de Juliana Lima, que abordará a temática das narrativas negras no cinema documental.

O Júri Oficial desta primeira edição, que conta com identidade visual assinada por Célio Gouveia, será formado por Cynthia Falcão, Daniel Bandeira e Mia Aragão. Vale lembrar que todas as atividades do festival são gratuitas e os ingressos para as mostras presenciais serão distribuídos uma hora antes de cada sessão.

Além disso, a programação contará também com o Cine-concerto: As Canções de Quebramar, uma apresentação sonora, poética e visual assinada por Caio Lima. Essa experiência é fruto da imersão prolongada de Caio por dois anos no quebra-mar do Bairro Novo, em Olinda. Para essa apresentação, ele será acompanhado dos artistas sonoros Henrique Correia e Thaís Barreto

Conheça os filmes selecionados para o 1º Cine Marim – Festival de Cinema de Olinda:

MOSTRA FAROL

Apolo, de Paulo de Sá Vieira (Recife/Olinda)
Cabiluda, de aColetto e Dera Santos (Recife)
Céu de Lua, Chão de Estrelas, de Camilo Soares e Orun Santana (Recife)
Corpo Onírico, de Marina Mahmood (Recife)
Criaturas Celestiais, de Pedro Andrade e Pedro Stilo (Recife)
Depois do Sonho, de Ayodê França (Recife)
Diabolim e o Circo Esperança, de Cauê Rocha (Olinda)
Estampido, de Djaelton Quirino (Arcoverde)
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan (Recife)
Ingá, de Monique Xavier e Felipe Correia (Belo Jardim)
Lilith, de Nayane Nayse (Afogados de Ingazeira)
Narrativas Históricas Povo Xukuru do Ororubá, de Diego Xukuru e Eduardo Xukuru (Pesqueira)
Senhor da Terra, de Coletivo Ficcionalizar (Paulista)
Xe ñe’e (Meu Ser), de Graciela Guarani (Território Pankararu)

MOSTRA O TEMPO DE AGORA

Conceição das Crioulas, Contando Histórias, de Videoarte para Crianças
Eu Sou Raiz, de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara
Laroye, de Rennan Peixe
Na Mata Só Tem Um, de Ariana Nuala
No Sábado Eu Dou Autógrafo, de Yane Mendes
Pátria, de Biahits feat. Vampiras Veganas, por biarritzzz
Rejunte #1 – Estrutural, de Iagor Peres
Terra Preta & Negraíndia, de Naya Lopes

MOSTRA OLINDA

PROGRAMA 1

Corrida Bonecos Gigantes de Olinda, de Telephone Colorido (2011)
É Lá que Eu Vejo, de Mateus Sá (2012)
Elos, de Juliana Lima (2020)
Lá Vem o Homem da Meia Noite, de Chia Beloto (2016)
Mestre Nado: A Terra, a Água, o Fogo e o Sopro, de Tila Chitunda (2013)
Olinda, de Paulo Bruscky e Regina Valter (1980)
Sassarico, de Dilma Lóes (1981)
Soneto do Desmantelo Blue, de Cláudio Assis (1993)
Vendo Ouvindo, de Lula Gonzaga e Fernando Spencer (1972)

PROGRAMA 2

A Vida Noturna das Igrejas de Olinda, de Mariana Lacerda (2012)
Adeus, Carnaval de Olinda, de Igor Pimentel e Rosielle Machado (2021)
Crescer Onde Nasce o Sol, de Xulia Doxágui (2021)
Nunca é Noite no Mapa, de Ernesto de Carvalho (2016)
Orlinda – Louvando ao Sagrado, cantando para Iemanjá, de Bruna Leite e Rafael Amorim (2021)

PROGRAMA 3

O Delírio é a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes (2016)
Rio Doce, de Fellipe Fernandes (2021)

MOSTRA ACESSÍVEL

Cor de Pele, de Livia Perini (2018)
FotogrÁfica, de Tila Chitunda (2016)
Quebra Panela, de Rafael Anaroli (2022)
Salu e o Cavalo Marinho, de Cecilia da Fonte (2014)

*Clique aqui e confira a programação completa

Foto: Divulgação.

No Vazio do Ar, novo documentário de Priscilla Brasil, é selecionado para festivais nacionais

por: Cinevitor
O longa foi selecionado para importantes festivais nacionais

Dirigido por Priscilla Brasil, No Vazio do Ar aborda a precariedade da aviação na região amazônica e acompanha o drama de três pilotos profissionais no exercício da profissão. O longa foi selecionado recentemente para a 12ª Mostra Ecofalante de Cinema e para o 46º Festival Guarnicê de Cinema.

O filme une a história familiar da cineasta ao fim do aeroporto Brigadeiro Protásio, em Belém do Pará, fechado definitivamente no ano passado. No documentário, Priscilla acompanha a trajetória de uma piloto iniciante que sofre imensamente com o preconceito de contratantes e colegas. Em diferentes camadas, também aborda questões de gênero, a finitude das construções humanas e o esvaziamento de nossas memórias pessoais e coletivas.

A cineasta paraense Priscilla Brasil tem uma carreira premiada por seus trabalhos anteriores e é considerada uma voz importante na luta pela inclusão de visões amazônicas no cinema nacional, desenvolvendo diversas ações que visam melhorar as condições de entrada dos agentes nortistas no mercado brasileiro, além de debater técnicas e modos de fazer, em um processo de valorização das narrativas locais.

“A seleção de No Vazio do Ar para a Mostra Ecofalante e para o Guarnicê é uma grande honra para mim. São dois festivais muito importantes e longevos que têm como intenção expandir a visão que o Brasil tem sobre a região norte, criando espaço para cineastas amazônicos”, disse a diretora.

A Mostra Ecofalante é um dos mais importantes eventos de cinema do país dedicados à temática ambiental; já o Guarnicê é um dos festivais de cinema mais antigos do Brasil e está em sua 46ª edição, sendo um dos mais importantes do Nordeste. A seleção de No Vazio do Ar para esses eventos é um reconhecimento do trabalho do audiovisual nortista e, em especial, o de Priscilla Brasil. A seleção também é uma oportunidade para que mais pessoas possam ver uma Amazônia menos estereotipada nas telas.

Priscilla Brasil nasceu em Belém, no Pará, e há 20 anos se dedica ao cinema e aos vídeos musicais. Dirigiu inúmeros filmes documentais na Amazônia Brasileira como: As Filhas da Chiquita, Serra Pelada: Esperança Não é Sonho, Terra de Negro, 100 anos de Payxão (Paysandu); e videoclipes como Xirley, de Gaby Amarantos; Japan Pop Show, de Curumin; Devorados, de Madame Saatan; entre outros. É produtora musical premiada internacionalmente por trabalhos como o disco Treme, que lançou Gaby Amarantos, com duas indicações ao Grammy Latino. Atualmente, Priscilla prepara-se para dirigir Local de Crime e Valentina, seus dois primeiros longas de ficção, que serão rodados em Belém em breve. 

*Clique aqui e assista ao trailer de No Vazio do Ar.

Foto: Divulgação/Companhia Amazônica de Filmes.

O Último Ônibus

por: Cinevitor

The Last Bus

Direção: Gillies MacKinnon

Elenco: Timothy Spall, Phyllis Logan, Natalie Mitson, Ben Ewing, Patricia Panther, Steven Duffy, Saskia Ashdown, Scott Campbell, Anne Kidd, Aila Gavin, Matt Costello, Adam Mitchell, Helen Windsory Quinn, Finn Weatherstone, Colin McCredie, Ronan Doyle, Kirsty Eila McIntyre, Jack Brown, Dee Maxwell, Ayla Sherrif, Marnie Baxter, Sheila Grier, Lynn Kennedy, Patsy Blower, Manjot Sumal, Garry Sweeney, Farron McCormack, Aria McCormack, Kevin Mains, Maryam Hamidi, Ayaan Majid, Adam Tomkins, Marianne McIvor, Olivia Fenton, Isela Hamilton, Neil Thomas, Brian Pettifer, Johanna Allitt, Grace Calder, Andrew John Tait, Ciaron Kelly, Michael Monroe, Linda Lyon, Natalie Clark, Celyn Jones, Finlay McLean, Keith Warwick, Lyn Papadopoulos, Iain Robertson, Susannah Laing, Leonard Cook, Anthony Bowers, Leah Byrne, Nicola Williamson, Glen Maney, Mia Roopra, Joe Fagan, Connor Bryson, Kayla Caldwell, Caleb Johnston-Miller, Betty Valencia.

Ano: 2021

Sinopse: Um homem idoso atravessa o país sozinho em ônibus locais.

Nota do CINEVITOR:

EO

por: Cinevitor

Direção: Jerzy Skolimowski

Elenco: Hola, Tako, Marietta, Ettore, Rocco, Mela, Sandra Drzymalska, Tomasz Organek, Mateusz Kosciukiewicz, Lorenzo Zurzolo, Isabelle Huppert, Lolita Chammah, Agata Sasinowska, Anna Rokita, Michal Przybyslawski, Gloria Iradukunda, Piotr Szaja, Aleksander Janiszewski, Delfina Wilkonska, Andrzej Szeremeta, Wojciech Andrzejuk, Mateusz Muranski, Marcin Drabicki, Maciej Stepniak, Fernando Junior Gomes da Silva, Krzysztof Karczmarz, Waldemar Barwinski, Saverio Fabbri, Katarzyna Russ,

Ano: 2022

Sinopse: O mundo é um lugar misterioso quando visto pelos olhos de um animal. EO, um burro cinza com olhos melancólicos, conhece pessoas boas e más ao longo do caminho. Após deixar o circo, percorre da Polônia até à Itália, experimenta alegria e dor, transforma sua sorte em desastre e seu desespero em uma inesperada felicidade. Mas nem por um momento ele perde sua inocência. Uma homenagem do veterano diretor polonês Jerzy Skolimowski ao filme A Grande Testemunha, de Robert Bresson.

Nota do CINEVITOR:

Cinema Leva Eu: Regina Casé será homenageada na primeira edição do festival

por: Cinevitor
Homenageada: Regina Casé em cena do longa Três Verões, de Sandra Kogut

O Cinema Leva Eu é um festival audiovisual realizado em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro. Plural e com dimensão nacional, sua primeira edição acontecerá entre os dias e 5 de agosto com realização da EBAV, Escola Brasileira de Audiovisual, em parceria com o Instituto Zeca Pagodinho.

O festival, que segue com inscrições abertas até 10 de junho, consiste na difusão e exibição de curtas-metragens, locais, regionais e nacionais. A proposta é abrir um espaço para divulgação e democratização do cinema nos 13 municípios que compõe a Baixada Fluminense, visando socializar e aumentar a produção local. O reconhecimento dos profissionais que produzem o audiovisual na Baixada, o intercâmbio entre eles e os produtores e realizadores de todo Brasil é, também, um dos objetivos dos organizadores do festival.

Para esta primeira edição, Regina Casé, atriz, autora, diretora, produtora e apresentadora, será a grande homenageada. Regina iniciou sua carreira no teatro e em 1978 estreou em um clássico do cinema nacional, Chuvas de Verão, de Cacá Diegues. Na TV, se destacou em diversos trabalhos, entre eles, TV Pirata, que lhe rendeu o Prêmio APCA, Esquenta!, Programa Legal, Amor de Mãe e Todas as Flores.

Nas telonas, foi premiada por Eu Tu Eles, de Andrucha Waddington, nos festivais de Havana, Karlovy Vary, Cartagena, Lima e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; com Areias Escaldantes, de Francisco de Paula, recebeu o Troféu APCA de melhor atriz coadjuvante. No consagrado Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, recebeu prêmios no Sesc Melhores Filmes, Festival de Sundance, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, Prêmio APCA e Prêmio Guarani. Além disso, se destacou recentemente em Três Verões, de Sandra Kogut.

Em comunicado oficial, o diretor presidente do festival, Sérgio Assis, também diretor geral da EBAV, disse: “É uma honra receber durante cinco dias os cineastas, artistas e imprensa em um evento que tem como parceiro o Instituto Zeca Pagodinho. Vamos oferecer as mostras competitivas Cinema Leva Eu, Fluminense Baixada Rio e Território Brasil. Para cada mostra teremos um júri oficial. Além disso, também estão na programação palestras, mesas-redondas e oficinas. Todas as atividades promovidas pelo festival são gratuitas e abertas ao público”.

“É importantíssimo para o Instituto Zeca Pagodinho receber um evento que vai trazer produções do Brasil inteiro para nossa comunidade. O que também reforça nossa função como agente facilitador do acesso à cultura na região”, disse Louiz Carlos Da Silva, diretor-geral do Instituto Zeca Pagodinho.

André da Costa Pinto, diretor e coordenador do festival, disse: “Para nós é muito importante ver o projeto social Cinema Leva Eu alçar voos maiores se transformando em um festival com mostras competitivas não só locais como nacionais, o que possibilita o intercâmbio entre o cinema que vem do Brasil para dentro da Baixada e o cinema que sai da Baixada para o Brasil e para o mundo. Fico muito feliz de estar coordenando um projeto como esse”, finalizou.

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

VII Cine Jardim: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Matteus Cardoso no curta Sideral, de Carlos Segundo

Foram anunciados neste sábado, 27/05, os vencedores da sétima edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, que contou com dezenas de filmes na programação. O curta-metragem potiguar Sideral, de Carlos Segundo, se destacou e foi premiado com o Troféu Conceição Moura

O VII Cine Jardim aconteceu em formato presencial na cidade de Belo Jardim, no interior de Pernambuco, e de forma remota pela plataforma Cardume. A programação contou também com a Oficina Documentando, ministrada pelo cineasta Marlom Meirelles, e com uma exibição especial do premiado Pacarrete, de Allan Deberton.

O júri oficial da Mostra Competitiva de curtas-metragens latino-americanos foi formado pela atriz Hermila Guedes, pelo crítico de cinema André Guerra e pela atriz e diretora Danny Barbosa. Entre os premiados, três curtas-metragens pernambucanos também foram destaques: Um Filme com Celso Marconi, Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer e Recife, Marrocos.

O júri jovem foi formado por Tainá Margarida, Ruan Gabriel e Taune Erivalda, que participaram da oficina Crítica de Cinema para Formação do Júri Jovem, ministrada por André Guerra, oferecida gratuitamente durante o festival. Os estudantes concederam o troféu de melhor curta-metragem para o gaúcho Perfection, de Guilherme G. Pacheco.

Além da competição, o Cine Jardim realizou as mostras paralelas Diversidade de Voos, em homenagem à atriz Roberta Gretchen Coppola, com histórias sobre pessoas transgêneros; Revoada, que discute memória, preservação e identidade cultural; Voo Livre, apresentando mulheres como protagonistas de suas próprias histórias; Rotas de Migração, com abordagens variadas para o público jovem; e Passarinho, formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações. A Mostra Especial VouSer Acessibilidade exibiu filmes pernambucanos com acessibilidade comunicacional: audiodescrição, janela de libras e legendas descritivas.

Conheça os vencedores do Cine Jardim 2023:

Melhor Filme: Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Prêmio Especial do Júri: Um Filme com Celso Marconi, de Helder Lopes e Paulo de Sá Vieira (PE)
Melhor Direção: Leonardo Martinelli, por Fantasma Neon
Melhor Roteiro: Recife, Marrocos, escrito por Alexandre Figueirôa
Melhor Atuação: Marcus Curvelo, em Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer
Melhor Imagem: Perfection, de Guilherme G. Pacheco
Melhor Montagem: Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, por Felipe André Silva
Melhor Concepção de Som: Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Fiel
Prêmio do Júri Popular: Pedro Faz Chover, de Felipe César de Almeida (PE)
Prêmio do Júri Jovem: Perfection, de Guilherme G. Pacheco (RS)

Foto: Divulgação/Casa da Praia Filmes.

Festival de Cannes 2023: conheça os vencedores; filme de Justine Triet leva a Palma de Ouro

por: Cinevitor
Jane Fonda entrega a Palma de Ouro para Justine Triet

Foram anunciados neste sábado, 27/05, os vencedores da 76ª edição do Festival de Cannes, que este ano contou com o cineasta sueco Ruben Östlund na presidência do júri. Maryam Touzani, Denis Ménochet, Rungano Nyoni, Brie Larson, Julia Ducournau, Atiq Rahimi, Paul Dano e Damián Szifrón completavam o time responsável por avaliar e premiar os filmes da Competição.

Neste ano, o suspense francês Anatomie d’une chute, de Justine Triet e protagonizado por Sandra Hüller, recebeu a Palma de Ouro, prêmio máximo do evento. Com isso, a cineasta se torna a terceira mulher da história do festival a ser premiada nessa categoria; a primeira foi Jane Campion, em 1993, com O Piano; a segunda foi Julia Ducournau com Titane, em 2021.

Nesta edição, o cinema brasileiro se destacou com o longa Levante, de Lillah Halla, exibido na Semana da Crítica, e que recebeu o Prêmio FIPRESCI de melhor filme das mostras paralelas; a honraria é entregue pela Federação Internacional de Críticos de Cinema.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cannes 2023:

COMPETIÇÃO

PALMA DE OURO
Anatomie d’une chute, de Justine Triet (França)

GRAND PRIX
The Zone of Interest, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)

MELHOR DIREÇÃO
Trần Anh Hùng, por La Passion de Dodin-Bouffant

PRÊMIO DO JÚRI
Kuolleet Lehdet (Les Feuilles Mortes), de Aki Kaurismäki (Finlândia)

MELHOR ROTEIRO
Kaibutsu (Monster), escrito por Yûji Sakamoto

MELHOR ATRIZ
Merve Dizdar, por Kuru Otlar Üstüne

MELHOR ATOR
Koji Yakusho, por Perfect Days

PALMA DE OURO | CURTA-METRAGEM
27, de Flóra Anna Buda (Hungria/França)

MENÇÃO ESPECIAL | CURTA-METRAGEM
Fár, de Gunnur Martinsdóttir Schlüter (Islândia)

OUTROS PRÊMIOS

CÂMERA DE OURO | Caméra d’Or
Bên trong vỏ kén vàng, de Thien An Pham (Vietnã) (Quinzena dos Realizadores)

LA CINEF
1º Prêmio: Norwegian Offspring, de Marlene Emilie Lyngstad (Dinamarca) (Den Danske Filmskole)
2º Prêmio: Hole, de Hwang Hyein (Coreia do Sul) (KAFA)
3º Prêmio: Ayyur, de Zineb Wakrim (Marrocos) (ÉSAV Marrakech)

PRÊMIOS FIPRESCI | Federação Internacional de Críticos de Cinema
Competição Oficial: The Zone of Interest, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polônia/EUA)
Un Certain Regard: Los Colonos, de Felipe Gálvez (Chile)
Semana da Crítica/Quinzena dos Realizadores: Levante, de Lillah Halla (Brasil/Uruguai/França)

L’Œil d’or (Olho de Ouro) | MELHOR DOCUMENTÁRIO
Les Filles d’Olfa, de Kaouther Ben Hania (Tunísia)
Kadib Abyad, de Asmae El Moudir (Marrocos)

JÚRI ECUMÊNICO | MELHOR FILME
The Old Oak, de Ken Loach (França)

QUEER PALM
Melhor longa-metragem: Monster, de Hirokazu Koreeda (Japão)
Melhor curta-metragem: Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)

PALM DOG
Border Collie Messi em Anatomie d’une chute, de Justine Triet

*Clique aqui e conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard

*Clique aqui e conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores

*Clique aqui e conheça os vencedores da Semana da Crítica

Foto: Andreas Rentz/Getty Images.

Cannes 2023: A Flor do Buriti é premiado na mostra Un Certain Regard

por: Cinevitor
A equipe de A Flor do Buriti no tapete vermelho do festival

Foram anunciados nesta sexta-feira, 26/05, os vencedores da mostra Un Certain Regard, também conhecida como Um Certo Olhar, que coloca em evidência filmes artísticos e artisticamente ousados dirigidos por novos cineastas, porém mais atípicos aos que disputam a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

O cinema brasileiro se destacou com A Flor do Buriti, que recebeu o Prix d’Ensemble (algo como melhor equipe e/ou elenco, na tradução). O longa é dirigido pelo português João Salaviza e pela brasileira Renée Nader Messora, de Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que recebeu o Prêmio Especial do Júri nesta mesma mostra, em 2018. Novamente com os Krahô, no norte do Tocantins, o filme traz um dos temas mais urgentes da atualidade: a luta pela terra e as diferentes formas de resistência implementadas pela comunidade da aldeia Pedra Branca.

O longa, produzido por Ricardo Alves Jr. e Julia Alves, por meio da produtora mineira Entre Filmes, que será distribuído no Brasil pela Embaúba Filmes, atravessa os últimos 80 anos dos Krahô, trazendo para a tela um massacre ocorrido em 1940, onde morreram dezenas de pessoas. Perpetrado por dois fazendeiros da região, as violências praticadas naquele momento continuam a ecoar na memória das novas gerações. O elenco conta com Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô, Sonia Guajajara, entre outros.

A Flor do Buriti foi rodado durante quinze meses em quatro aldeias diferentes, dentro da Terra Indígena Kraholândia, e assim como em Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipe era muito pequena e se dividia entre indígenas e não indígenas. As manifestações em Brasília durante a votação do Marco Temporal e as ameaças que a Terra Indígena vem sofrendo nos últimos anos, como roubo de animais silvestres, extração de madeira e reativação de uma barragem ilegal, são absorvidas pelo filme, em uma narrativa onde passado e presente coexistem e formam um corpo só.

A estreia mundial do filme aconteceu na terça-feira, 23/05, e ao final da emocionante sessão foi ovacionado por mais de dez minutos. Vale destacar que em toda a história da Un Certain Regard, o Prix d’Ensemble só foi concedido em outras duas edições: em 2014, para Party Girl, de Marie Amachoukeli-Barsacq, Claire Burger e Samuel Theis; e em 2021, para A Boa Mãe, de Hafsia Herzi.

Neste ano, o júri foi presidido pelo ator norte-americano John C. Reilly, e contou também com: Alice Winocour, cineasta francesa que passou por Cannes com o curta-metragem Kitchen e com os longas Augustine e Transtorno; Paula Beer, atriz alemã de Undine e Frantz; o cineasta cambojano-francês Davy Chou, que exibiu Retour à Séoul na Un Certain Regard e foi premiado na Semana da Crítica com Diamond Island; e a atriz belga Émilie Dequenne, do premiado Close, de Lukas Dhont, e vencedora dos prêmios de melhor atriz por Rosetta, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, que também levou a Palma de Ouro, e por Perder a Razão, na mostra Un Certain Regard.

Conheça os vencedores da mostra Un Certain Regard 2023:

PRÊMIO UN CERTAIN REGARD
How to Have Sex, de Molly Manning Walker (Reino Unido)

PRÊMIO DO JÚRI
Les meutes, de Kamal Lazraq (França)

PRIX DE LA NOUVELLE VOIX
Augure, de Baloji Tshiani (Bélgica/Holanda/Congo/Alemanha/África do Sul)

PRIX D’ENSEMBLE
A Flor do Buriti (Crowrã), de João Salaviza e Renée Nader Messora (Brasil/Portugal)

PRIX DE LA LIBERTÉ
Goodbye Julia, de Mohamed Kordofani (Sudão/Suécia)

MELHOR DIREÇÃO | PRIX DE LA MISE EN SCÈNE
Asmae El Moudir, por Kadib Abyad (Marrocos)

Foto: Pascal le Segretain/Getty Images.

FALA São Chico 2023: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta baiano Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo

A segunda edição do Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul, o FALA São Chico, acontecerá entre os dias 21 e 24 de junho e contará com 25 títulos na programação; oito são internacionais e Santa Catarina aparece com três produções.

Nove países serão representados na tela de oito metros montada especialmente para o festival em uma CineTenda na Praia da Enseada, em São Francisco do Sul, norte de Santa Catarina. Além do Brasil, fazem parte da listagem: Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México e Peru; França e Suíça também aparecem como coproduções. 

Do Brasil, três dos filmes selecionados são de Santa Catarina, sendo um de São Francisco do Sul, cidade sede do FALA, e dois da capital Florianópolis. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro e São Paulo também com três filmes cada; Bahia e Rio Grande do Norte com dois filmes cada; e Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná com um representante por estado.

Dos 25 selecionados, três são filmes convidados; dois curtas completam a Mostra Infantojuvenil, que este ano exibirá seis filmes ao todo; e o terceiro é o tradicional longa-metragem convidado, que encerra o festival. Da diretora Juliana Vicente, o documentário Diálogos com Ruth de Souza será exibido no sábado, dia 24 de junho.

Nesta segunda edição, realizada pela Associação Cultural Panvision, nove filmes terão a primeira exibição e quatro diretores fazem sua estreia. Como pontuado pela diretora de programação, Marilha Naccari, a curadoria do II FALA São Chico buscou dar foco principalmente às obras que conversem com a comunidade na qual o festival é inserido. Temas ligados ao mar, ao meio ambiente e ao cotidiano, por exemplo, serão representados na tela através de personagens reais, unindo cinema e história de diversas culturas.

Também vale destacar o protagonismo feminino: 12 produções selecionadas contam com o Selo Marias de Cinema, que é aplicado em obras que retratam personagens mulheres com complexidade, dimensionalidade e presença relevante, mesmo não estando no lugar de personagem principal da história contada.

Conheça os filmes selecionados para o FALA São Chico 2023:

MOSTRA CURTAS CATARINENSE E LATINOS
Apenas Mais um Dia, de Samantha Joanne (Brasil, SC)
Aqui é o Meu Lugar, de Breno Soares (Brasil, RJ)
Bruno Joanne, de Allan Constancio (Brasil, PR)
Chagra de la Vida: El Camino de las Mujeres Sabedoras, de Edgar Medina Fetecua (Colômbia)
Colchão d’água, de Livia Motta (Brasil, RN)
Essa Terra é Meu Quilombo, de Rayane Penha (Brasil, AP)
Fantasmagoría, de Juan Francisco González (Chile/França/Suíça)
Juanchito: El Limpia Alcantarillas, de María Isabel Caro Zamora (Colômbia)
Mulheres de São Chico, de Ney Inacio (Brasil, SC)
Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn (Não Somos Apenas Sombras), de Dino Menezes (Brasil, SP)
Nunca Pensei que Seria Assim, de Meibe Rodrigues (Brasil, MG)
Pescadoras em Rede: As Mulheres da Gamboa de Baixo, de Lucas Ribeiro e Luísa Caria (Brasil, BA)
Postales de un Paraíso Olvidado, de José Oliva Gaytán (Guatemala)
¿Quién es?, de Víctor Augusto Mendívil (Peru)
Repugnancia, de Benjamín Romero Salinas (México)
Romão, de Clementino Junior (Brasil, RJ)
Tesouro em Carros de Barro, de Vinicius Rios (Brasil, BA)
Valéria Divina e as Histórias do Vovô Moju, de François Muleka (Brasil, SC)

MOSTRA CURTAS INFANTOJUVENIL
Cota Não é Esmola, de Val Gomes (Brasil, SP)
Esquecimento, de Uri Bezerra Soares (Brasil, MT)
La Ferroviaria, de Participantes da oficina Living Legends: Cumandá Gordón, Doménica Flores, Jorge Ojeda, Robinson Chanastasig e Salvador Yugcha; Tutora: Doménica Guarderas (Equador) (filme convidado)
Flores da Macambira, de Crianças e Adolescentes da Comunidade de Macambira; Projeto Animação Ambiental (Brasil, RN)
El Tigre y el Totumo, de Participantes da oficina Living Legends: Delcia Fuentes, Heriberto Herrera, Nolberto Fuentes, Richard Segundo, Silvio Hildebrando e Yorely Dorantes; Tutores: Nadja Bulow e Julia Schneeweiss (Colômbia) (filme convidado)
Yasmin, de Ludmila Curi (Brasil, RJ)

LONGA DE ENCERRAMENTO | FILME CONVIDADO
Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente (SP)

Foto: Divulgação.

Cannes 2023: conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores

por: Cinevitor
Cena de Un Prince, de Pierre Creton

Foram anunciados nesta quinta-feira, 25/05, os vencedores da Quinzena dos Realizadores, Quinzaine des Cinéastes, mostra paralela ao Festival de Cannes, organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF) desde 1969 e que destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com diretores talentosos e originais.

Neste ano, o francês Un Prince, de Pierre Creton, se destacou e recebeu o prêmio entregue pela SACD, Sociedade de Autores e Compositores Dramáticos. Dirigido por Elena Martín, o espanhol Creatura foi eleito o melhor filme europeu.

Além disso, o cineasta maliano Souleymane Cissé, de A Luz, Waati e O Ka, foi o grande homenageado com o Carrosse d’Or na cerimônia de abertura. Diretor, produtor, roteirista e exibidor, tornou-se, em 50 anos de carreira, o símbolo da liberdade criativa, tanto poética quanto política. O encerramento da 55ª edição contou com a exibição de In Our Day, de Hong Sang-soo, e também com uma roda de conversas com Quentin Tarantino.

Conheça os vencedores da Quinzena dos Realizadores 2023:

PRÊMIO SACD (Society of Dramatic Authors and Composers)
Un Prince, de Pierre Creton (França)

LABEL CINEMA EUROPA | MELHOR FILME EUROPEU
Creatura, de Elena Martín (Espanha)

CARROSSE D’OR
Souleymane Cissé

Foto: Divulgação/JHR Films.