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36º GLAAD Media Awards: Maré Alta, com Marco Pigossi, é indicado

por: Cinevitor
Ator brasileiro: Marco Pigossi em Maré Alta, de Marco Calvani

A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS.

Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas na comunidade LGBTQ e os problemas que afetam sua vidas. O evento já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.

Em sua 36ª edição, a premiação soma 303 indicados em 33 categorias (filmes, televisão, jogos, publicações, produções teatrais, música, podcast, jornalismo, entre outros). Os vencedores serão revelados no dia 27 de março em Los Angeles

Neste ano, o longa Maré Alta, no original High Tide, dirigido por Marco Calvani e protagonizado pelo brasileiro Marco Pigossi, que também assina como produtor executivo, se destaca na categoria de melhor filme em lançamento limitado.

Com James Bland, Bill Irwin e Marisa Tomei no elenco, a sinopse diz: depois de se mudar com o namorado para Provincetown, cidade americana considerada uma meca LGBTQIAP+, o brasileiro Lourenço vê todo o cenário idealizado desmoronar. Abandonado pelo parceiro, trabalhando ilegalmente como faxineiro e com o visto prestes a expirar, o imigrante passa a lidar com diversas incertezas sobre seu lugar no mundo. Com a chegada do envolvente Maurice, Lourenço recomeça uma busca interna por pertencimento. 

Nas categorias televisivas, Abbott Elementary, Hacks, A Vida Sexual das Universitárias, Alguém em Algum Lugar, Doctor Who, The Umbrella Academy, Quem Vê Casa…, Hazbin Hotel, Bebê Rena, Becoming Karl Lagerfeld, Feud: Capote vs The Swans, The New Look, RuPaul’s Drag Race, entre outros, se destacam. Entre os artistas musicais, Adam Lambert, Billie Eilish e Elton John estão na disputa.

Em comunicado oficial, Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, disse: “O GLAAD Media Awards foi criado há quase quatro décadas para defender histórias LGBTQ em meio a um momento profundamente hostil e inseguro para nossa comunidade. Hoje, essa missão é verdadeira e cada vez mais importante, pois os ataques contra pessoas LGBTQ não estão apenas crescendo, mas encontrando novos caminhos. Seja desinformação desenfreada ou difamação de pessoas transgênero, jovens LGBTQ ou a chocante reversão corporativa de políticas e programas que mantêm as pessoas LGBTQ vistas e seguras na força de trabalho, o que sempre prevalecerá é nossa verdade e talento. Os indicados deste ano para o 36º GLAAD Media Awards representam o melhor de nossa vibrante comunidade, abrangendo todas as mídias, gêneros e meios, e enviam uma mensagem alta e global aos líderes da indústria de que nossas histórias não são apenas populares e divertidas, mas necessárias e transformadoras da cultura”.

Conheça os indicados ao 36º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | GRANDE LANÇAMENTO
Cuckoo
Garotas em Fuga
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
Meninas Malvadas
Meu Eu do Futuro
Problemista
Queer
Wicked

MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO
20.000 Espécies de Abelhas
A Place of Our Own
Antes que Eu Mude de Ideia
Backspot
Big Boys
Caminhos Cruzados
Close to You
Diário da Minha Vagina
Housekeeping for Beginners
Maré Alta

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Breaking the News
Campbell Addy: Photographer
Chasing Chasing Amy
Down in the Valley
Hidden Master: The Legacy of George Platt Lynes
Hummingbirds: POV
Lil Nas X: Long Live Montero
Outstanding: A Comedy Revolution
Who I am Not: POV
Will & Harper

MELHOR FILME PARA TV OU STREAMING
A Mãe da Noiva
Do Outro Lado da Dor
Está Tudo Bem Comigo?
O Rito da Dança
Ricky Stanicky
Season’s Greetings From Cherry Lane
Sweethearts
The Groomsmen: Second Chances
The Holiday Exchange
Wynonna Earp: Vengeance

*Clique aqui e confira a lista completa com os indicados em todas as categorias

Foto: Divulgação/Retrato Filmes.

Conheça os indicados ao 45º Framboesa de Ouro, prêmio que elege os piores do cinema

por: Cinevitor
Lady Gaga e Joaquin Phoenix: indicados por Coringa: Delírio a Dois

Foram anunciados nesta quarta-feira, 22/01, os indicados ao 45º Framboesa de Ouro, prêmio criado pelo publicitário John Wilson, que elege os piores da sétima arte, conhecido também como uma sátira ao Oscar.

Neste ano, Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo, Coringa: Delírio a Dois, Madame Teia, Megalópolis e Reagan lideram a lista com seis indicações cada; A Batalha do Biscoito Pop-Tart aparece na sequência em quatro categorias.

O comunicado oficial da premiação diz: “Neste mundo novo e desconhecido onde o ruim é bom, o burro é inteligente e a crítica é terminantemente proibida, os Razzies estão de pé (ou sentados) prontos para a briga”.

Os votantes do já tradicional prêmio somam 1.202 membros, entre cinéfilos, críticos de cinema e jornalistas, de 49 estados americanos e mais algumas pessoas de países estrangeiros, que votaram no primeiro turno e escolheram os cinco principais candidatos em cada categoria. Os piores do cinema serão anunciados no dia 1º de março, uma noite antes do Oscar.

Conheça os indicados ao 45º Framboesa de Ouro, também conhecido como Razzie Awards:

PIOR FILME
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Coringa: Delírio a Dois
Madame Teia
Megalópolis
Reagan

PIOR DIREÇÃO
Eli Roth, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Francis Ford Coppola, por Megalópolis
Jerry Seinfeld, por A Batalha do Biscoito Pop-Tart
S.J. Clarkson, por Madame Teia
Todd Phillips, por Coringa: Delírio a Dois

PIOR ATOR
Dennis Quaid, por Reagan
Jack Black, por Querido Papai Noel
Jerry Seinfeld, por A Batalha do Biscoito Pop-Tart
Joaquin Phoenix, por Coringa: Delírio a Dois
Zachary Levi, por Harold e o Lápis Mágico

PIOR ATOR COADJUVANTE
Jack Black, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Jon Voight, por Megalópolis, Reagan, Shadow Land e Strangers
Kevin Hart, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Shia LaBeouf, por Megalópolis
Tahar Rahim, por Madame Teia

PIOR ATRIZ
Bryce Dallas Howard, por Argylle: O Superespião
Cate Blanchett, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Dakota Johnson, por Madame Teia
Jennifer Lopez, por Atlas
Lady Gaga, por Coringa: Delírio a Dois

PIOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Schumer, por A Batalha do Biscoito Pop-Tart
Ariana DeBose, por Argylle: O Superespião e Kraven, o Caçador
Emma Roberts, por Madame Teia
FKA Twigs, por O Corvo
Leslie Anne Down, por Reagan

PIOR ROTEIRO
Coringa: Delírio a Dois, escrito por Todd Phillips e Scott Silver
Kraven, o Caçador, escrito por Richard Wenk, Art Marcum e Matt Holloway
Madame Teia, escrito por Matt Sazama, Burk Sharpless, Claire Parker e S.J. Clarkson
Megalópolis, escrito por Francis Ford Coppola
Reagan, escrito por Howie Klausner

PIOR REMAKE, CÓPIA OU SEQUÊNCIA
Coringa: Delírio a Dois
Kraven, o Caçador
Mufasa: O Rei Leão
O Corvo
Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes

PIOR COMBO EM CENA
Dennis Quaid e Penelope Ann Miller em Reagan
Joaquin Phoenix e Lady Gaga em Coringa: Delírio a Dois
Qualquer dupla de atores cômicos sem graça em A Batalha do Biscoito Pop-Tart
Qualquer dupla de personagem desagradável (mas especialmente Jack Black) em Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Todo o elenco de Megalópolis

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures.

Festival de Berlim 2025: O Último Azul, de Gabriel Mascaro, está na disputa pelo Urso de Ouro

por: Cinevitor
Rodrigo Santoro e Denise Weinberg no brasileiro O Último Azul, de Gabriel Mascaro

A 75ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de fevereiro, acaba de anunciar os filmes selecionados para a Competição, que disputarão o cobiçado Urso de Ouro, prêmio máximo do evento. Neste ano, o cineasta Todd Haynes comandará o júri e a atriz Tilda Swinton será homenageada com o Urso de Ouro honorário.

Em comunicado oficial, Tricia Tuttle, diretora do festival, disse: “Estamos extremamente orgulhosos dos filmes na Competição deste ano; eles mostram a amplitude do cinema e oferecem vislumbres fascinantes de diferentes vidas e lugares. Há dramas íntimos que nos pedem para entender nossas fragilidades e forças humanas; há comédia suave, mas também a sátira mais afiada e negra; há filmes que homenageiam grandes nomes do cinema e outros que usam a tela mais completa da forma de arte. Cada uma dessas obras singulares mostra cineastas no topo de sua arte. Dessas fileiras merecedoras, estamos ansiosos para descobrir o que o júri de Todd Haynes escolherá com os vencedores dos Ursos de Ouro e Prata da Berlinale”.

A seleção principal deste ano conta com 19 obras, entre elas, um primeiro longa-metragem e um documentário. Produções de 26 países estão representadas e 17 filmes são estreias mundiais. Oito títulos foram dirigidos ou codirigidos por mulheres e nove cineastas já exibiram seus filmes na Berlinale anteriormente.

Entre os dezenove filmes selecionados, vale destacar a presença do brasileiro O Último Azul (em inglês, The Blue Trail), novo longa de Gabriel Mascaro, de Boi Neon e Divino Amor. Estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, o filme se passa na Amazônia, em um Brasil quase distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para desfrutar seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza, uma mulher de 77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. Uma aventura sobre resistência e amadurecimento ao longo dos rios da Amazônia, o filme tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes.

Em comunicado oficial, Mascaro disse: “Só o fato de O Último Azul ter sido selecionado para a principal sessão da Berlinale já é uma grande vitória para o cinema brasileiro. Estou muito honrado em saber que nosso filme vai competir pelo Urso de Ouro, mas o prêmio maior já ganhamos, que é ver a cultura brasileira pujante novamente”. Esta é a segunda vez de Mascaro no Festival de Berlim: em 2019, Divino Amor foi exibido na Mostra Panorama. A produtora Rachel Daisy Ellis também comenta a seleção: “Temos visto uma safra incrível de filmes brasileiros conquistado o mundo, depois do setor ter passado por um período desafiador e essa retomada mostra a força do cinema nacional. Estamos muito felizes de estar levando o nosso filme, que fala de resistência, esperança e o direito de sonhar para a competição de Berlim. A produção contou com uma importante participação de trabalhadores do audiovisual do Norte e Nordeste do país, além de colaboradores do  México, Chile e Cuba, reforçando a importância das políticas públicas”.

Rodrigo Santoro acrescenta: “A seleção de O Último Azul para a competição principal de Berlim só reforça o quanto o Brasil é capaz de produzir um cinema forte, profundo e competitivo. É emocionante ver o cinema independente chegando tão longe, feito com garra e talento; muitas vezes, com muito pouco. Sigo acreditando nesse cinema desde Bicho de Sete Cabeças”.

Vale lembrar que a última vez que o Brasil disputou o Urso de Ouro foi em 2020 com Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra. O Último Azul é uma produção da Desvia (Brasil) e Cinevinay (México), em coprodução com a Globo Filmes (Brasil), Quijote Films (Chile), Viking Film (Países Baixos), e distribuição da Vitrine Filmes no Brasil. O filme foi produzido por Rachel Daisy Ellis e Sandino Saravia Vinay.

Além da Competição, outros títulos foram anunciados em mostras paralelas e o filme de abertura desta 75ª edição será o drama Das Licht (The Light), dirigido por Tom Tykwer, com Lars Eidinger, Nicolette Krebitz, Michael Ihnow, Marius Biegai, Francisco del Solar, Max Kruk, Elyas Eldridge e Gerrit Neuhaus no elenco.

E mais: no European Film Market & Co-Production Market, o Brasil aparece com alguns títulos na Berlinale Series Market Selects 2025, que fornece uma prévia exclusiva das séries mais esperadas do mundo todo. São elas: Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente, de Marcelo Gomes e Carol Minên, com Johnny Massaro, Ícaro Silva e Bruna Linzmeyer; Reencarne, de Bruno Safadi, com Taís Araujo, Welket Bungué e Julia Dalavia; e Sutura, de Fabio Montanari, protagonizada por Cláudia Abreu e Humberto Morais.

Em outro evento paralelo, o Co-Pro Series, especializado em pitching e networking organizado pela Berlinale Co-Production Market e realizado durante a Berlinale Series Market, participantes e outros compradores podem descobrir uma seleção exclusiva de dez projetos internacionais de séries dramáticas de alta qualidade que estão procurando parceiros internacionais de coprodução e financiamento. A lista traz Miami Wildlife, criada por Adam Penn e dirigida pelos brasileiros Fernando Meirelles e Quico Meirelles; com produção da O2 Filmes, Brasilien & Traveling Picture Show Company.

Confira os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2025:

COMPETIÇÃO

Ari, de Léonor Serraille (França/Bélgica)
Blue Moon, de Richard Linklater (EUA/Irlanda)
Dreams, de Michel Franco (México)
Drømmer, de Dag Johan Haugerud (Noruega)
El mensaje, de Iván Fund (Argentina/Espanha)
Geu jayeoni nege mworago hani, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
Hot Milk, de Rebecca Lenkiewicz (Reino Unido)
If I Had Legs I’d Kick You, de Mary Bronstein (EUA)
Kontinental ’25, de Radu Jude (Romênia)
La cache, de Lionel Baier (Suíça/Luxemburgo/França)
La Tour de Glace, de Lucile Hadžihalilović (França/Alemanha)
Mother’s Baby, de Johanna Moder (Áustria/Suíça/Alemanha)
O Último Azul, de Gabriel Mascaro (Brasil/México/Chile/Holanda)
Reflet dans un diamant mort, de Hélène Cattet e Bruno Forzani (Bélgica/Luxemburgo/Itália/França)
Sheng xi zhi di, de Huo Meng (China)
Strichka chasu, de Kateryna Gornostai (Ucrânia/Luxemburgo/Holanda/França)
Was Marielle weiß, de Frédéric Hambalek (Alemanha)
Xiang fei de nv hai, de Vivian Qu (China)
Yunan, de Ameer Fakher Eldin (Alemanha/Canadá/Itália/Palestina/Qatar/Jordânia/Arábia Saudita)

BERLINALE SPECIAL GALA

After This Death, de Lucio Castro (EUA)
Heldin, de Petra Volpe (Suíça/Alemanha)
Lurker, de Alex Russell (EUA/Itália)
Um Completo Desconhecido, de James Mangold (EUA)

BERLINALE SPECIAL

Das Deutsche Volk, de Marcin Wierzchowski (Alemanha)
Kein Tier. So Wild. (No Beast. So Fierce.), de Burhan Qurbani (Alemanha/Polônia/França)
Leibniz – Chronik eines verschollenen Bildes, de Edgar Reitz e Anatol Schuster (Alemanha)
Michtav Le’David, de Tom Shoval (Israel/EUA)
My Undesirable Friends: Part I – Last Air in Moscow, de Julia Loktev (EUA)

PERSPECTIVES

Al mosta’mera, de Mohamed Rashad (Egito/França/Alemanha/Qatar/Arábia Saudita)
Baksho Bondi, de Tanushree Das e Saumyananda Sahi (Índia/França/EUA/Espanha)
BLKNWS: Terms & Conditions, de Kahlil Joseph (EUA)
Come la notte, de Liryc Dela Cruz (Itália/Filipinas)
Duas vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques (Portugal)
El Diablo Fuma (y guarda las cabezas de los cerillos quemados en la misma caja), de Ernesto Martínez Bucio (México)
Hé mán, de Chu Chun-Teng (Taiwan)
How to Be Normal and the Oddness of the Other World, de Florian Pochlatko (Áustria)
Kaj ti je deklica, de Urška Djukić (Eslovênia/Itália/Croácia/Sérvia)
Le rendez-vous de l’été, de Valentine Cadic (França)
Mad Bills to Pay (or Destiny, dile que no soy malo), de Joel Alfonso Vargas (EUA)
Minden Rendben, de Bálint Dániel Sós (Hungria)
Mit der Faust in die Welt schlagen, de Constanze Klaue (Alemanha)
On vous croit, de Arnaud Dufeys e Charlotte Devillers (Bélgica)

Foto: Guillermo Garza.

Prêmio APCA 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Fernanda Torres: premiada por Ainda Estou Aqui

A Associação Paulista de Críticos de Artes anunciou os vencedores do Prêmio APCA 2024, que conta com os melhores do ano nas seguintes categorias: Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Música Erudita, Rádio, Teatro, Teatro Infantojuvenil e Televisão.

Na categoria Cinema, os jornalistas e críticos Flavia Guerra, Francisco Carbone, Luiz Carlos Merten, Orlando Margarido e Walter Cezar Addeo escolheram o aclamado longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, como o melhor filme do ano que passou. O título, exibido e premiado no Festival de Veneza, e que rendeu o Globo de Ouro de melhor atriz em drama para Fernanda Torres, é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O elenco conta também com Selton Mello e Fernanda Montenegro.

Além disso, em outras áreas do Prêmio APCA, como Música Popular, Hermeto Pascoal foi consagrado como Artista do Ano e Alaíde Costa ficou com o Grande Prêmio da Crítica. Já em Televisão, Andrea Beltrão foi premiada por seu trabalho na novela No Rancho Fundo, da TV Globo, e Senna, da Netflix, foi eleita a melhor série; Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí, do Globoplay, levou o prêmio de melhor documentário e Sem Censura, da TV Brasil, o melhor programa. No Teatro, Débora Falabella se destacou com Prima Facie e Nathalia Timberg recebeu o Grande Prêmio da Crítica.

Em comunicado oficial, a diretoria da APCA disse: “A APCA caminha para seus 70 anos em constante crescimento e celebrando as artes em onze categorias, de forma completa e diversa. Neste ano, tivemos a volta da categoria de Música Erudita que por muitos anos fez parte da APCA e esteve ausente nas últimas premiações”.

Em Assembleia Geral realizada no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, os associados se reuniram e definiram os vencedores nesta segunda-feira, 20/01. A cerimônia de entrega dos troféus da 69ª edição aos artistas contemplados acontecerá em abril, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, em uma parceria viabilizada pela Associação Paulista Amigos da Arte e Secretaria de Estado da Cultura.

Conheça os vencedores do Prêmio APCA 2024 nas categorias de Cinema:

MELHOR FILME
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Antonio Candido, Anotações Finais, de Eduardo Escorel 

MELHOR DIREÇÃO
André Novais Oliveira, por O Dia que te Conheci

MELHOR ROTEIRO
Retrato de um Certo Oriente, escrito por Marcelo Gomes, Maria Camargo e Gustavo Campos

MELHOR ATRIZ 
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui

MELHOR ATOR
Bruno Jefferson, por Saudade Fez Morada Aqui Dentro

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Pedro Freire, pela estreia na direção em longa-metragem por Malu

Foto: Divulgação/VideoFilmes/Sony Pictures Classics.

6º Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Os vencedores da sexta edição do Cine Verão

Foram anunciados neste sábado, 18/01, os vencedores da sexta edição do Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol, que aconteceu no Complexo Cultural Rampa, no bairro de Santos Reis, em Natal, Rio Grande do Norte.

Desde a sua primeira edição, o festival celebra o cinema independente como uma plataforma de exibição, reflexão e conexão. Além das duas mostras competitivas, a programação do Cine Verão também ofereceu ao público atividades de fomento à cultura cinematográfica com workshops, mesas temáticas e um espaço de convivência criado para estimular o debate sobre o cinema brasileiro e também desfrutar do veraneio às margens do Rio Potengi

O júri do Cine Verão 2025 foi formado por: Ana Paola Ottoni, Tatiana de Souza Lima e Plínio Sá na Mostra Cine Verão Brasil, que apresentou um panorama da produção cinematográfica nacional; e Daniel Rezende, Marcela Freire e Vitor Búrigo na Mostra Cine Verão Poti, que exibiu 12 filmes realizados em território potiguar.

Conheça os vencedores do 6º Cine Verão:

MOSTRA CINE VERÃO BRASIL

Melhor Filme | Júri Oficial: A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (DF)
Melhor Filme | Júri Popular: Era Uma Vez Diversiones, de Sharlene Esse e Henrique Arruda (PE)
Melhor Direção: Alan Schvarsberg, por A Chuva do Caju
Melhor Roteiro: Ladário, escrito por Ed Junior
Melhor Atuação: Pietra Gomes, por Onde a Maré Leva
Melhor Fotografia: A Chuva do Caju, por Alan Schvarsberg
Melhor Direção de Arte: Caluim, por Alice Braz
Melhor Trilha Sonora: Nosso Modo de Lutar
Melhor Desenho de Som: Antonio e Manoel, por Gabriel Pinheiro
Melhor Montagem: Ladário, por Marcelo Coutinho
Menção Honrosa: Nosso Modo de Lutar, de Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó (Rede Katahirine) (DF)

MOSTRA CINE VERÃO POTI

Melhor Filme | Júri Oficial: Canto de Acauã, de Jaya Pereira (Natal)
Melhor Filme | Júri Popular: Eu Estou Aqui, de André Santos (Natal)
Melhor Direção: Paula Vanina, por Lagrimar
Melhor Roteiro: Divagar, escrito por Lupa Silva
Melhor Atuação: Eu Estou Aqui, por todo o elenco
Melhor Fotografia: Eu Estou Aqui, por Sylara Silvério
Melhor Direção de Arte: Divagar
Melhor Trilha Sonora: Clave de Sol, por Anderson Figueredo
Melhor Desenho de Som: Lagrimar, por Luiz Gadelha e Rafael Telles
Melhor Montagem: Canto de Acauã, por Julio Castro
Menção Honrosa: Diálogos Indígenas do Nosso Tempo, de Gustavo Guedes (Natal)

Foto: Vitória Oliveira.

39º ASC Awards: American Society of Cinematographers anuncia indicados

por: Cinevitor
Lily-Rose Depp em Nosferatu, de Robert Eggers

Fundada em 1919, a American Society of Cinematographers é uma organização, e não um sindicato, que reúne diretores e diretoras de fotografia com a intenção de discutir técnicas e promover o cinema como uma forma de arte. Desde 1986 realiza um prêmio anual, o American Society of Cinematographers Awards, que elege a melhor direção de fotografia em TV e cinema.

Como de costume, a premiação homenageará nomes importantes: o diretor e fotógrafo polonês Andrzej Bartkowiak, de Velocidade Máxima, O Inferno de Dante, Um Dia de Fúria e Romeu Tem que Morrer, receberá o Lifetime Achievement Award; o diretor de fotografia Michael Goi, indicado ao Emmy por Meu Nome é Earl, Glee e American Horror Story, será honrado com o Career Achievement in Television Award; o operador de câmera John Simmons, de Roger Waters: The Wall, receberá o Presidents Award; a diretora de fotografia Joan Churchill, vencedora do BAFTA por Soldier Girls, será homenageada com o Lifetime Documentary Award; e Pete Romano, da equipe de fotografia de A Origem, O Homem de Aço e Minority Report: A Nova Lei, receberá o Curtis Clark ASC Technology Award.

Os vencedores desta 39ª edição serão anunciados no dia 23 de fevereiro em cerimônia realizada no The Beverly Hilton, em Beverly Hills.

Conheça os indicados ao ASC Awards 2025 nas categorias de cinema:

MELHOR FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Conclave, por Stéphane Fontaine
Duna: Parte 2, por Greig Fraser
Maria Callas, por Edward Lachman
Nosferatu, por Jarin Blaschke
O Brutalista, por Lol Crawley
Um Completo Desconhecido, por Phedon Papamichael
Wicked, por Alice Brooks

MELHOR FOTOGRAFIA | DOCUMENTÁRIO
Gaucho Gaucho, por Michael Dweck e Gregory Kershaw
Photographer (episódio 3: Dan Winters: Life is Once. Forever.), por Michael Crommett
Porcelain War, por Andrey Stefanov

MELHOR FOTOGRAFIA | FILME PARA TV OU SÉRIE LIMITADA
Disclaimer (episódio: I), por Emmanuel Lubezki e Bruno Delbonnel
Interior Chinatown (episódio: Generic Asian Man), por Michael Berlucchi
Mestres do Ar (episódio: Part Three), por Adam Arkapaw
Pinguim (episódio: Homecoming), por Jonathan Freeman
Prenda a Respiração, por Zoë White
Ripley (episódio: Lucio), por Robert Elswit

PRÊMIO SPOTLIGHT
Jomo Fray, por Nickel Boys
Klaus Kneist e Renata Mwende, por Nawi
Michal Dymek, por A Garota da Agulha

Foto: Divulgação/Focus Features.

PGA Awards 2025: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Produtores

por: Cinevitor
Ralph Fiennes em Conclave, de Edward Berger

O Sindicato dos Produtores da América, Producers Guild of America, conta com mais de 8.500 membros e realiza, desde 1990, uma premiação anual, conhecida como PGA Awards, Producers Guild Awards, que elege os melhores da TV e do cinema.

Considerado uma prévia do Oscar, geralmente seus vencedores coincidem com os premiados pela Academia na categoria de melhor filme; no ano passado, Oppenheimer foi consagrado pelo Sindicato e também com a estatueta dourada.

Nas categorias televisivas, destacam-se: Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Mal de Família, A Diplomata, Abbott Elementary, O Urso, Hacks, Bebê Rena, Pinguim, Ripley, entre outros. A cerimônia de premiação da 36ª edição acontecerá no dia 8 de fevereiro no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles

Os homenageados deste ano serão: o produtor cinematográfico Christopher Meledandri, indicado ao Oscar por Meu Malvado Favorito 2, que receberá o David O. Selznick Achievement Award; Dana Walden, presidente do Disney Television Studios e da ABC Entertainment, que será honrada com o Milestone Award; o ator, diretor e roteirista Taika Waititi, vencedor do Oscar por Jojo Rabbit, que será homenageado com o Norman Lear Achievement Award; e as produtoras Lynda Obst, indicada ao Emmy pela série The ’60s, e Paula Weinstein, vencedora do Emmy pelos filmes televisivos Recontagem e Truman, receberão, in memoriam, o Trailblazer Award.

Conheça os indicados ao PGA Awards 2025 nas categorias de cinema:

LONGA-METRAGEM | PRÊMIO DARRYL F. ZANUCK
A Substância
A Verdadeira Dor
Anora
Conclave
Duna: Parte 2
Emilia Pérez
O Brutalista
Setembro 5
Um Completo Desconhecido
Wicked

LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2
Flow
Moana 2
Robô Selvagem
Wallace & Gromit: Avengança

LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Gaucho Gaucho
Mediha
Porcelain War
Rainha do Everest: No Topo com Lhakpa Sherpa
Super/Man: A História de Christopher Reeve
We Will Dance Again

FILME TELEVISIVO ou STREAMING
A Batalha do Biscoito Pop-Tart
A Noite que Mudou o Pop
Bagagem de Risco
O Assassino
Rebel Ridge

Foto: Courtesy of Focus Features.

Festival de Berlim 2025 anuncia novos títulos; produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Seu Jorge e Shirley Cruz em A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert

A 75ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de fevereiro, anunciou novos títulos em sua programação em diversas mostras. O cinema brasileiro, já confirmado com diversos filmes, ganha ainda mais destaque com novas obras selecionadas para a Berlinale.

Na mostra Berlinale Special, uma das mais diversas do festival, o Brasil aparece, fora de competição, com o novo longa de Anna Muylaert: A Melhor Mãe do Mundo. O filme acompanha a história de Gal, interpretada por Shirley Cruz, uma catadora de materiais recicláveis que, a fim de escapar da violência do marido Leandro, vivido por Seu Jorge, coloca seus filhos pequenos em sua carroça e atravessa a cidade de São Paulo. Pelo caminho, ela enfrenta os perigos das ruas enquanto tenta convencer as crianças, Rihanna e Benin, de que estão vivendo uma grande aventura. 

Muylaert, que em 2015 conquistou o Prêmio do Público na mostra Panorama com o aclamado Que Horas Ela Volta?, retorna com um drama sensível e comovente que aborda temas como vulnerabilidade social, violência doméstica e, acima de tudo, o incondicional amor materno. Ao longo da trama, o público acompanha os sacrifícios emocionais e físicos que Gal faz para preservar a segurança e a inocência de seus filhos. Vale lembrar que em 2016, seu filme Mãe Só Há Uma, também foi exibido na Panorama.

Além de Shirley Cruz e Seu Jorge, o elenco conta também com Rihanna Barbosa, Benin Dailher e Luedji Luna; e participação de Katiuscia Canoro, Dexter e Lourenço Mutarelli. O longa é um projeto da +Galeria, que se destaca por apoiar produções com temas relevantes e impactantes, capazes de abrir diálogos sobre questões sociais pertinentes. 

Com um programa abrangente de filmes contemporâneos que exploram as vidas e os mundos de crianças e adolescentes, a Berlinale Generation desfruta de uma posição única como instigadora de um cinema jovem que quebra convenções. Neste ano, os títulos selecionados oferecem uma variedade deslumbrante de linguagens cinematográficas. As obras fazem parte das mostras Generation Kplus e Generation 14plus, dois programas de competição que exibem um cinema internacional de última geração para o público jovem e para todos os outros.

Cena do curta-metragem brasileiro Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho 

O cinema brasileiro marca presença na Generation 14plus com o curta-metragem Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho. Produzido inteiramente no interior de São Paulo pela UFO Filmes, com sede em Paraguaçu Paulista, o filme foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo e orçamento enxuto. Para o diretor, a seleção na Berlinale é uma conquista significativa: “É um prazer estrear esse filme em um festival tão importante quanto a Berlinale, que faz com que essa história chegue cada vez mais longe. Berlim ajuda o filme a cruzar fronteiras, ainda mais em um momento tão bonito para o cinema brasileiro”.

A narrativa acompanha um drama familiar com duas irmãs e um padrasto recém-chegado, forçados a passar uma noite na sala de espera de um hospital. Enquanto enfrentam seus próprios conflitos, tornam-se testemunhas do caos social ao redor. O elenco traz a mineira Camila Botelho como protagonista e Ricardo Bagge, além da jovem atriz Isabella Guido, de 12 anos, descoberta em uma escola local, que faz sua estreia no cinema com uma performance marcante.

As filmagens em Paraguaçu Paulista ganharam um toque de realismo com a construção de um hospital fictício em um prédio local e isso gerou burburinho na cidade, pois muitos moradores acreditaram que se tratava de uma inauguração real. A repercussão foi tão grande que a prefeitura precisou divulgar uma nota pública esclarecendo que o local era parte do cenário de um filme. A produtora Luísa Cação reforçou o impacto da seleção na Berlinale: “A gente quer que o mundo veja nossas histórias, escute o que a gente tem pra contar… e Berlim é uma oportunidade muito grande pra isso. Estamos muito felizes!”.

Ainda na Generation 14plus, o Brasil se destaca com a exibição especial da obra De Menor: A Série, de Caru Alves de Souza, que em 2020 passou pela Berlinale com Meu Nome é Bagdá, que foi premiado na mostra Generation. Partindo de uma grande variedade de formatos de gênero e baseados em um cenário antinaturalista, jovens atores retratam cenas em que jovens entram em conflito com autoridades estatais; uma reflexão coletiva sobre as dimensões sistêmicas da justiça e da injustiça.

Produção ficcional que gira em torno de audiências envolvendo adolescentes em conflito com a lei, a série traz uma linguagem não-naturalista. Cada um dos seis episódios adota um gênero ou estilo diferente, incluindo musical, programa de TV, game e podcast. Em Berlim, serão exibidos dois deles.

Grace Orsato em De Menor: A Série, de Caru Alves de Souza

Com seu roteiro final fruto de um processo colaborativo de criação desenvolvido junto ao elenco, a série conta com a atuação de jovens talentos, como: Grace Orsato, Giulia Del Bel, William Costa, Benjamín, Luan Carvalho e Taciana Bastos. A obra tem ainda participações das atrizes Carlota Joaquina, Marina Medeiros, do músico Shabazz, Rita Batata e Giovanni Gallo; estes dois últimos foram protagonistas do longa De Menor, vencedor do Festival do Rio, em 2013, e que serviu de inspiração para a série.

De Menor: A Série é uma produção da Tangerina Entretenimento, empresa comandada pela cineasta Tata Amaral. A equipe criativa principal é composta pelo diretor de fotografia Leonardo Feliciano, a montadora Camila Rizzo, o diretor de arte Julio Dojcsar, a figurinista Silvana Marcondes, a preparadora de elenco Marina Medeiros, o editor de som e mixador Pedro Noizyman e o autor da trilha musical André Whoong.

Além disso, Lucia Murat também marca presença na Generation 14plus com seu novo trabalho: Hora do Recreio, que combina documentário com uma abordagem ficcional com temas como violência, racismo e tráfico de drogas. Esta é a terceira vez da cineasta brasileira no festival, depois de participar com Maré, Nossa História de Amor, em 2007, e Doces Poderes, em 1997.

Com o objetivo de provocar a discussão sobre a educação no país sob a perspectiva de alunos dos ensinos fundamental e médio, com idades entre 14 e 19 anos, o documentário, que será distribuído pela Imovision, aponta os problemas vividos por adolescentes de quatro escolas de diferentes comunidades e bairros do Rio de Janeiro e suas famílias. Partindo de uma pesquisa realizada com professores da rede pública, geralmente apresentados por meio de estatísticas, o projeto une debates com os alunos em sala de aula, sobre os temas evasão escolar, racismo, tráfico de drogas, bala perdida, feminicídio e gravidez precoce, com performances ficcionais.

Documentário brasileiro Hora do Recreio, de Lucia Murat

A partir da dramatização da peça de teatro baseada no livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto, escrito no início do século XX, que mostra o abuso sofrido por uma jovem negra suburbana, realizada pelos grupos Nós do Morro, do Vidigal; Grupo de Teatro VOZES, do Cantagalo; e Instituto Arteiros, da Cidade de Deus; os jovens comparam as interpretações às suas vivências como moradores do Morro da Previdência, Morro do Alemão, Colégio e Vidigal.

Sobre o filme, a diretora falou: “A experiência junto aos adolescentes de Hora do Recreio foi das mais emocionantes dos meus muitos anos de filmagem. A coragem com que eles contaram os sofrimentos que tiveram com suas famílias junto a uma capacidade de articular essas questões deixaram a equipe admirada. Já os alunos de teatro dos grupos com que trabalhamos mostraram uma dedicação e uma disciplina dignas de profissionais tarimbados. Encararam sem medo aquele texto duro e difícil do início do século XX e ao mesmo tempo conseguiram dar ao filme uma leveza, já que com muito humor conseguiam rir do passado e fazer um paralelo com as suas vivências de hoje”.

O cinema brasileiro segue com outras produções anunciadas recentemente, como: o documentário Atardecer en América, de Matías Rojas Valencia, uma coprodução entre Chile e Colômbia, na mostra Generation 14plus; e Anba dlo, de Luiza Calagian e Rosa Caldeira, uma coprodução entre Cuba, Brasil e Haiti, na Berlinale Shorts.

Neste ano, o filme de abertura da mostra Panorama será o suspense Welcome Home Baby, do cineasta austríaco Andreas Prochaska. O festival também anunciou anteriormente que o cineasta Todd Haynes será o presidente do Júri Internacional desta edição; diretor de filmes como Longe do Paraíso, Carol, Não Estou Lá e Segredos de um Escândalo, foi premiado na Berlinale, em 1991, com seu filme de estreia: Poison, que levou o Teddy Award. E mais: a consagrada atriz Tilda Swinton será homenageada com o Urso de Ouro Honorário.

Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Berlim 2025:

PANORAMA

1001 Frames, de Mehrnoush Alia (EUA)
Begyndelser, de Jeanette Nordahl (Dinamarca/Suécia/Bélgica)
Confidente, de Çağla Zencirci e Guillaume Giovanetti (Turquia/França/Luxemburgo)
Delicious, de Nele Mueller-Stöfen (Alemanha)
Dreamers, de Joy Gharoro-Akpojotor (Reino Unido)
Hysteria, de Mehmet Akif Büyükatalay (Alemanha)
L’ Incroyable femme des neiges, de Sébastien Betbeder (França)
Looking for Langston, de Isaac Julien (Reino Unido)
Magic Farm, de Amalia Ulman (EUA/Argentina)
Mikusu Modan, de Toshizo Fujiwara (Japão)
Olmo, de Fernando Eimbcke (EUA/México)
Once Again… (Statues Never Die), de Isaac Julien (Reino Unido)
Other People’s Money, de Jan Schomburg, Dustin Loose e Kaspar Munk (Alemanha/Dinamarca/Áustria)
Queerpanorama, de Jun Li (EUA/Hong Kong/China)
Schwesterherz, de Sarah Miro Fischer (Alemanha/Espanha)
Silent Sparks, de Ping Chu (Taiwan)
The Heart Is a Muscle, de Imran Hamdulay (África do Sul/Arábia Saudita)
Zikaden, de Ina Weisse (Alemanha/França)

PANORAMA DOKUMENTE

Bedrock, de Kinga Michalska (Canadá)
Ich will alles. Hildegard Knef, de Luzia Schmid (Alemanha)
Listy z Wilczej, de Arjun Talwar (Polônia/Alemanha)
Monk in Pieces, de Billy Shebar (EUA)
Yalla Parkour, de Areeb Zuaiter (Suécia/Qatar/Arábia Saudita/Palestina)

BERLINALE SPECIAL

A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert (Brasil/Argentina)
Ancestral Visions of the Future, de Lemohang Jeremiah Mosese (França/Lesoto/Alemanha/Arábia Saudita)
Je n’avais que le néant – “Shoah” par Lanzmann, de Guillaume Ribot (França)
Pa-gwa, de Min Kyu-dong (Coreia do Sul)
Shoah, de Claude Lanzmann (França)

BERLINALE SPECIAL GALA

Das Licht, de Tom Tykwer (Alemanha)
Mickey 17, de Bong Joon Ho (EUA/Coreia do Sul/Reino Unido)
The Narrow Road to the Deep North, de Justin Kurzel (Austrália)
The Thing with Feathers, de Dylan Southern (Reino Unido)

GENERATION KPLUS

Akababuru: Expresión de asombro, de Irati Dojura Landa Yagarí (Colômbia)
Anngeerdardardor, de Christoffer Rizvanovic Stenbakken (Dinamarca/Groenlândia)
Down in the Dumps, de Vera van Wolferen (Holanda)
El paso, de Roberto Tarazona (Cuba)
Juanita, de Karen Joaquín e Uliane Tatit (Espanha)
Little Rebels Cinema Club, de Khozy Rizal (Indonésia)
Only on Earth, de Robin Petré (Dinamarca/Espanha)
Pohádky Po Babičce, de David Súkup, Patrik Pašš, Leon Vidmar e Jean-Claude Rozec (Tchéquia/Eslováquia/Eslovênia/França)
Umibe é Iku Michi, de Satoko Yokohama (Japão)
Zirkuskind, de Julia Lemke e Anna Koch (Alemanha)

GENERATION 14PLUS

Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho (Brasil)
Atardecer en América, de Matías Rojas Valencia (Brasil/Chile/Colômbia)
Christy, de Brendan Canty (Reino Unido/Irlanda)
De Menor: A Série, de Caru Alves de Souza (Brasil)
Hora do Recreio, de Lucia Murat (Brasil)
Howl, de Domini Marshall (Austrália)
Julian and the Wind, de Connor Jessup (Canadá)
Paternal Leave, de Alissa Jung (Alemanha/Itália)
Quaker, de Giovanna Molina (EUA)
Ran Bi Wa, de Li Wenyu (China)
Ruse, de Rhea Shukla (Índia)
Sous ma fenêtre, la boue, de Violette Delvoye (França/Bélgica)
Sunshine, de Antoinette Jadaone (Filipinas)
Uiksaringitara, de Zacharias Kunuk (Canadá)
Wish You Were Ear, de Mirjana Balogh (Hungria)

FORUM

2024 (2023), de Stefan Hayn (Alemanha)
After Dreaming, de Christine Haroutounian (EUA/Armênia/México)
Batim, de Veronica Nicole Tetelbaum (Israel/Alemanha)
Bombam, de Kang Mi-ja (Coreia do Sul)
Cadet, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão)
Canone effimero, de Gianluca De Serio e Massimiliano De Serio (Itália)
Chas pidlotu, de Vitaly Mansky (Letônia/Tchéquia/Ucrânia)
Colosal, de Nayibe Tavares-Abel (República Dominicana)
Der Kuss des Grashüpfers, de Elmar Imanov (Alemanha/Luxemburgo/Itália)
Evidence, de Lee Anne Schmitt (EUA)
Fwends, de Sophie Somerville (Austrália)
Holding Liat, de Brandon Kramer (EUA)
Janine zieht aufs Land, de Jan Eilhardt (Alemanha)
La memoria de las mariposas, de Tatiana Fuentes Sadowski (Peru/Portugal)
little boy, de James Benning (EUA)
Minimals in a Titanic World, de Philbert Aimé Mbabazi Sharangabo (Ruanda/Alemanha/Camarões)
Palliativstation, de Philipp Döring (Alemanha)
Punku, de Juan Daniel Fernández Molero (Peru/Espanha)
Queer as Punk, de Yihwen Chen (Malásia/Indonésia)
Restitucija, ili, San i java stare garde, de Želimir Žilnik (Sérvia/Eslovênia)
Sirens Call, de Miri Ian Gossing e Lina Sieckmann (Alemanha/Holanda)
The Sense of Violence, de Kim Mooyoung (Coreia do Sul)
The Swan Song of Fedor Ozerov, de Yuri Semashko (Lituânia)
The Trio Hall, de Su Hui-yu (Taiwan)
Underground, de Kaori Oda (Japão)
Unsere Zeit wird kommen, de Ivette Löcker (Áustria)
Vaghachipani, de Natesh Hegde (Índia/Singapura)
Wenn du Angst hast nimmst du dein Herz in den Mund und lächelst, de Marie Luise Lehner (Áustria)
What’s next?, de Cao Yiwen (Hong Kong/China)
When Lightning Flashes Over the Sea, de Eva Neymann (Alemanha/Ucrânia)

BERLINALE SHORTS

After Colossus, de Timoteus Anggawan Kusno (Itália/Indonésia/Holanda)
Anba dlo, de Luiza Calagian e Rosa Caldeira (Cuba/Brasil/Haiti)
Because of (U), de Tohé Commaret (França)
Casa chica, de Lau Charles (México)
Casi septiembre, de Lucía G. Romero (Espanha)
Children’s Day, de Giselle Lin (Singapura)
Comment ça va?, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
Dar band, de Hesam Eslami (Irã)
Élő kövek, de Jakob Ladányi Jancsó (Hungria)
Futsu no seikatsu, de Yoriko Mizushiri (França/Japão)
Kámen Osudu, de Julie Černá (Tchéquia)
Ke wai huo dong, de Dean Wei e Xu Yidan (China)
Koki, Ciao, de Quenton Miller (Holanda)
Lloyd Wong, Unfinished, de Lesley Loksi Chan (Canadá)
Mother’s Child, de Naomi Noir (Holanda)
Prekid vatre, de Jakob Krese (Alemanha/Itália/Eslovênia)
Rückblickend betrachtet, de Daniel Asadi Faezi e Mila Zhluktenko (Alemanha)
Sammi, Who Can Detach His Body Parts, de Rein Maychaelson (Indonésia)
Their Eyes, de Nicolas Gourault (França)
Through Your Eyes, de Nelson Yeo (Singapura)

BERLINALE SHORTS SPECIAL PROGRAMME

Happy Doom, de Billy Roisz (2023) (Áustria)
Paranmanjang, de Park Chan-wook e Park Chan-kyong (2011) (Coreia do Sul)
Tant qu’il nous reste des fusils à pompe, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (2014) (França)
Three Stones for Jean Genet, de Frieder Schlaich (2014) (Alemanha)
Vilaine fille mauvais garçon, de Justine Triet (2012) (França)
Vita Lakamaya, de Akihito Izuhara (2016) (Japão)

BERLINALE CLASSICS

A Deusa (Shennü), de Wu Yonggang (1934) (China)
Agonia de Amor (The Paradine Case), de Alfred Hitchcock (1947) (EUA)
Anjos do Inferno (Hell’s Angels), de Howard Hughes e James Whale (1930) (EUA)
Naerata ometi, de Leida Laius e Arvo Iho (1985) (Estônia/União Soviética)
Perseguidor Implacável (Dirty Harry), de Don Siegel (1971) (EUA)
Seisaku no Tsuma, de Yasuzô Masumura (1965) (Japão)
Solo Sunny, de Konrad Wolf (1980) (Alemanha)
Vestida de Azul, de Antonio Giménez-Rico (1983) (Espanha)

*Clique aqui e aqui para conhecer os títulos brasileiros selecionados em outras mostras

Fotos: Aline Arruda/Renato Groberman Hojda/Leonardo Feliciano/Divulgação.

Maria Callas

por: Cinevitor

Maria

Direção: Pablo Larraín

Elenco: Angelina Jolie, Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Haluk Bilginer, Kodi Smit-McPhee, Stephen Ashfield, Valeria Golino, Caspar Phillipson, Lydia Koniordou, Vincent Macaigne, Aggelina Papadopoulou, Erophilie Panagiotarea, Jörg Westphal, Philipp Droste, Alessandro Bressanello, Paul Spera, Kay Madsen, Lyès Salem, Christophe Favre, Hugo Dillon, Lidia Zelikman Kauders, Toma Hrisztov, Botond Bartus, Rebecka Johnston, Lili Walters, Jeremy Wheeler, János Geréb, Andrew Hefler, Bálint Magyar, Patrick Mccullough, Francis McBurney, Christiana Aloneftis, Miklós Béres, Lorena Santana Somogyi, Tímea Kása, Kembe Sorel, András Sütö, Suzie Kennedy, Viktor Mitev, Szilvia Stumphauser, Kostas Tatarakis.

Ano: 2024

Sinopse: A tumultuada, bela e trágica história da vida da maior cantora de ópera do mundo, Maria Callas (1923-1977), revivida e reimaginada durante seus últimos dias na Paris dos anos 1970. O que há por trás da fama da diva representando em tela a vulnerabilidade da mulher real?

*Filme visto na 48ª Mostra de São Paulo

Nota do CINEVITOR:

WGA Awards 2025: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Roteiristas

por: Cinevitor
O ator brasileiro Wagner Moura em Guerra Civil: filme indicado

O Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, divulgou nesta quarta-feira, 15/01, os indicados ao Writers Guild Awards 2025, premiação anual que elege os melhores roteiros de cinema, TV, novas mídias e rádio desde 1948.

Ao longo dos anos, diversos filmes foram consagrados pelo Sindicato e pela Academia, como: Spotlight: Segredos Revelados, O Segredo de Brokeback Mountain, A Malvada, Crepúsculo dos Deuses, Me Chame Pelo Seu Nome, Parasita, Bela Vingança, entre outros. No ano passado, Ficção Americana, escrito por Cord Jefferson, levou o Oscar; porém, Anatomia de uma Queda, escrito por Arthur Harari e Justine Triet, que ficou com a estatueta dourada, não foi indicado pelo Sindicato.

Como de costume, o WGA Awards frequentemente exclui vários filmes importantes da temporada de premiações por conta das regras de elegibilidade; uma delas é que se o roteiro for escrito por um não membro do Sindicato, ele não é elegível ao prêmio. Neste ano, diversos longas ficaram de fora, como: o brasileiro Ainda Estou Aqui, com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, premiado no Festival de Veneza; A Substância, escrito por Coralie Fargeat e consagrado no Festival de Cannes; Conclave, escrito por Peter Straughan e premiado no Globo de Ouro; o francês Emilia Pérez, de Jacques Audiard; O Brutalista, escrito por Brady Corbet e Mona Fastvold; o indiano Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia; entre outros.

Nas categorias televisivas, The Boys, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Abbott Elementary, O Urso, Hacks, Pinguim, Ripley, entre outros, se destacaram. Os vencedores da 77ª edição serão anunciados no dia 15 de fevereiro; vale destacar que a data está mantida por enquanto, já que diversas mudanças no calendário da temporada de premiações foram realizadas devido aos incêndios florestais em Los Angeles.

Conheça os indicados ao WGA Awards 2025 nas categorias de cinema:

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Verdadeira Dor, escrito por Jesse Eisenberg
Anora, escrito por Sean Baker
Guerra Civil, escrito por Alex Garland
Meu Eu do Futuro, escrito por Megan Park
Rivais, escrito por Justin Kuritzkes

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Assassino por Acaso, escrito por Richard Linklater e Glen Powell; baseado em um artigo de Skip Hollandsworth na revista Texas Monthly 
Duna: Parte 2, escrito por Denis Villeneuve e Jon Spaihts; baseado no romance Dune, de Frank Herbert
Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes; baseado no livro The Nickel Boys, de Colson Whitehead
Um Completo Desconhecido, escrito por James Mangold e Jay Cocks; baseado no livro Dylan Goes Electric!: Newport, Seeger, Dylan, and the Night That Split the Sixties, de Elijah Wald
Wicked, escrito por Winnie Holzman e Dana Fox; baseado na peça musical (com letras de Stephen Schwartz e texto de Winnie Holzman) e no livro de Gregory Maguire

MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO
Jim Henson, o Homem-Ideia, escrito por Mark Monroe
Kiss the Future, escrito por Bill S. Carter e Nenad Cicin-Sain
Martha, escrito por R.J. Cutler
War Game, escrito por Tony Gerber e Jesse Moss

MELHOR ROTEIRO | FILME PARA TV e STREAMING
Dates de Formatura, escrito por D.J. Mausner
Rebel Ridge, escrito por Jeremy Saulnier
Terry McMillan Presents: Forever, escrito por Bart Baker
The Great Lillian Hall, escrito por Elisabeth Seldes Annacone

Foto: Divulgação/Diamond FIlms.

BAFTA 2025: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, está na disputa pelo Oscar britânico

por: Cinevitor
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: filme brasileiro na disputa

A Academia Britânica de Artes do Cinema e Televisão, British Academy of Film and Television Arts, anunciou nesta quarta-feira, 15/01, em Londres, os indicados ao BAFTA 2025, British Academy Film Awards, que foram revelados por Mia McKenna-Bruce e Will Sharpe.

Neste ano, em sua 78ª edição, 42 títulos ganharam destaque, entre eles, o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na categoria de melhor filme em língua não inglesa. Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro, premiado no Festival de Veneza, é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

Vale lembrar que Walter Salles já foi premiado pelos britânicos com Central do Brasil, em 1999, e Diários de Motocicleta, em 2005; e em 2002 foi indicado com Abril Despedaçado.

Além disso, Conclave, dirigido por Edward Berger, lidera a lista com 12 indicações; Emilia Pérez, do diretor francês Jacques Audiard, aparece na sequência com onze indicações. O Brutalista, Anora, Duna: Parte 2 e Wicked também se destacaram. Neste ano, uma nova categoria foi criada: melhor filme infantil e familiar.

Em comunicado oficial, Jane Millichip, CEO do BAFTA, disse: “Os 42 filmes indicados hoje abrangem um espectro fantasticamente amplo de gêneros com enorme amplitude na expressão criativa; das peças de personagens mais íntimas a comentários sociais épicos, passando por dramas, musicais e comédias que misturam gêneros”. Sara Putt, presidente do BAFTA, também comentou: “De um total de 235 filmes inscritos, temos o prazer de anunciar 42 filmes extraordinários e criativamente ambiciosos que foram indicados. As habilidades exibidas por profissionais criativos e técnicos em geral são fenomenais”.

Anna Higgs, presidente do Comitê de Cinema do BAFTA, acrescentou: “Parabéns a todos os 42 filmes indicados hoje. A seleção é uma vitrine incrível do melhor talento criativo trabalhando na produção cinematográfica hoje na Grã-Bretanha e no mundo. Estou feliz que 12 dos filmes indicados sejam dirigidos por mulheres. Nossos membros votantes do BAFTA agora têm a tarefa nada invejável de selecionar os vencedores que serão celebrados no EE BAFTA Film Awards 2025”.

A British Academy of Film and Television Arts adotou um esquema diferente de votação há quatro anos. Na primeira rodada, todos os membros votantes recebem uma amostra selecionada aleatoriamente de 15 filmes, conforme recomendado para visualização antes da votação. Isso garante que todos os títulos inscritos sejam vistos individualmente centenas de vezes. Na segunda rodada de votação, os membros são obrigados a assistir todos os filmes selecionados para a longlist, que foi revelada recentemente, e resultou na lista final.

A cerimônia de premiação do Oscar britânico acontecerá no dia 16 de fevereiro, no Royal Festival Hall, em Londres, e será apresentada, mais uma vez, pelo ator escocês David Tennant. Além disso, o ator britâncio Warwick Davis, conhecido por Willow: Na Terra da Magia, será homenageado com o BAFTA Fellowship.

Confira a lista completa com os indicados ao BAFTA 2025:

MELHOR FILME
Anora
Conclave
Emilia Pérez
O Brutalista
Um Completo Desconhecido

MELHOR FILME BRITÂNICO
Bird
Blitz
Conclave
Gladiador 2
Hard Truths
Kneecap: Música e Liberdade
Lee
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
The Outrun
Wallace & Gromit: Avengança

MELHOR DIREÇÃO
Brady Corbet, por O Brutalista
Coralie Fargeat, por A Substância
Denis Villeneuve, por Duna: Parte Dois
Edward Berger, por Conclave
Jacques Audiard, por Emilia Pérez
Sean Baker, por Anora

MELHOR ATRIZ
Cynthia Erivo, por Wicked
Demi Moore, por A Substância
Karla Sofía Gascón, por Emilia Pérez
Marianne Jean-Baptiste, por Hard Truths
Mikey Madison, por Anora
Saoirse Ronan, por The Outrun

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana Grande, por Wicked
Felicity Jones, por O Brutalista
Isabella Rossellini, por Conclave
Jamie Lee Curtis, por The Last Showgirl
Selena Gomez, por Emilia Pérez
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR ATOR
Adrien Brody, por O Brutalista
Colman Domingo, por Sing Sing
Hugh Grant, por Herege
Ralph Fiennes, por Conclave
Sebastian Stan, por O Aprendiz
Timothée Chalamet, por Um Completo Desconhecido

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Clarence Maclin, por Sing Sing
Edward Norton, por Um Completo Desconhecido
Guy Pearce, por O Brutalista
Jeremy Strong, por O Aprendiz
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
Yura Borisov, por Anora

MELHOR ATOR/ATRIZ EM ASCENSÃO | VOTO POPULAR
David Jonsson
Jharrel Jerome
Marisa Abela
Mikey Madison
Nabhaan Rizwan

MELHOR ELENCO
Anora, por Sean Baker e Samantha Quan
Conclave, por Martin Ware e Nina Gold
Kneecap: Música e Liberdade, por Carla Stronge
O Aprendiz, por Carmen Cuba e Stephanie Gorin
Um Completo Desconhecido, por Yesi Ramirez

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Substância, escrito por Coralie Fargeat
A Verdadeira Dor, escrito por Jesse Eisenberg
Anora, escrito por Sean Baker
Kneecap: Música e Liberdade, escrito por Rich Peppiatt, Naoise Ó Cairealláin, Liam Óg Ó Hannaidh e JJ Ó Dochartaigh
O Brutalista, escrito por Brady Corbet e Mona Fastvold

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Conclave, escrito por Peter Straughan
Emilia Pérez, escrito por Jacques Audiard
Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes
Sing Sing, escrito por Greg Kwedar, Clint Bentley, Clarence Maclin e John “Divine G” Whitfield
Um Completo Desconhecido, escrito por James Mangold e Jay Cocks

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO INGLESA
A Semente do Fruto Sagrado, de Mohammad Rasoulof (Alemanha)
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
Kneecap: Música e Liberdade, de Rich Peppiatt (Irlanda/Reino Unido)
Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia (Índia/EUA/França)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Black Box Diaries, de Shiori Itô
Filhas, de Angela Patton e Natalie Rae
No Other Land, de Yuval Abraham, Basel Adra, Rachel Szor e Hamdan Ballal
Super/Man: A História de Christopher Reeve, de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui
Will & Harper, de Josh Greenbaum

MELHOR ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, de Kelsey Mann
Flow, de Gints Zilbalodis
Robô Selvagem, de Chris Sanders
Wallace & Gromit: Avengança, de Merlin Crossingham e Nick Park

ROTEIRISTA, DIRETOR(A) OU PRODUTOR(A) BRITÂNICO REVELAÇÃO
Dev Patel (diretor), por Fúria Primitiva
Karan Kandhari (diretor e roteirista), por Sister Midnight
Luna Carmoon (diretora e roteirista), por Hoard
Rich Peppiatt (diretor e roteirista), por Kneecap: Música e Liberdade
Sandhya Suri (diretora e roteirista), James Bowsher (produtor) e Balthazar de Ganay (produtor), por Santosh

MELHOR FOTOGRAFIA
Conclave, por Stéphane Fontaine
Duna: Parte Dois, por Greig Fraser
Emilia Pérez, por Paul Guilhaume
Nosferatu, por Jarin Blaschke
O Brutalista, por Lol Crawley

MELHOR EDIÇÃO
Anora, por Sean Baker
Conclave, por Nick Emerson
Duna: Parte 2, por Joe Walker
Emilia Pérez, por Juliette Welfling
Kneecap: Música e Liberdade, por Chris Gill e Julian Ulrichs

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Conclave, por Suzie Davies e Cynthia Sleiter
Duna: Parte 2, por Patrice Vermette e Shane Vieau
Nosferatu, por Craig Lathrop
O Brutalista, por Judy Becker e Patricia Cuccia
Wicked, por Nathan Crowley e Lee Sandales

MELHOR FIGURINO
Blitz, por Jacqueline Durran
Conclave, por Lisy Christl
Nosferatu, por Linda Muir
Um Completo Desconhecido, por Arianne Phillips
Wicked, por Paul Tazewell

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Substância, por Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon, Frédérique Arguello e Marilyne Scarselli
Duna: Parte 2, por Eva Von Bahr e Love Larson
Emilia Pérez, por Julia Floch-Carbonel, Emmanuel Janvier, Jean-Christophe Spadaccini e Romain Marietti
Nosferatu, por David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton
Wicked, por Frances Hannon, Laura Blount e Sarah Nuth

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Conclave, por Volker Bertelmann
Emilia Pérez, por Clément Ducol e Camille
Nosferatu, por Robin Carolan
O Brutalista, por Daniel Blumberg
Robô Selvagem, por Kris Bowers

MELHOR SOM
A Substância, por Valérie Deloof, Victor Fleurant, Victor Praud, Stéphane Thiébaut e Emmanuelle Villard
Blitz, por John Casali, Paul Cotterell e James Harrison
Duna: Parte 2, por Ron Bartlett, Doug Hemphill, Gareth John e Richard King
Gladiador 2, por Stéphane Bucher, Matthew Collinge, Paul Massey e Danny Sheehan
Wicked, por Robin Baynton, Simon Hayes, John Marquis, Andy Nelson e Nancy Nugent Title

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Better Man: A História de Robbie Williams, por Luke Millar, David Clayton, Keith Herft e Peter Stubbs
Duna: Parte 2, por Paul Lambert, Stephen James, Gerd Nefzer e Rhys Salcombe
Gladiador 2, por Mark Bakowski, Neil Corbould, Nikki Penny e Pietro Ponti
Planeta dos Macacos: O Reinado, por Erik Winquist, Rodney Burke, Paul Story e Stephen Unterfranz
Wicked, por Pablo Helman, Paul Corbould, Jonathan Fawkner e Anthony Smith

MELHOR CURTA-METRAGEM BRITÂNICO
Marion, de Joe Weiland e Finn Constantine
Milk, de Miranda Stern
Rock, Paper, Scissors, de Franz Böhm
Stomach Bug, de Matty Crawford
The Flowers Stand Silently, Witnessing, de Theo Panagopoulos

MELHOR CURTA-METRAGEM BRITÂNICO | ANIMAÇÃO
Adiós, de Jose Prats
Mog’s Christmas, de Robin Shaw
Wander to Wonder, de Nina Gantz

MELHOR FILME INFANTIL E FAMILIAR
Flow
O Menino e o Mestre
Robô Selvagem
Wallace & Gromit: Avengança

Foto: Alile Dara Onawale.

23º VES Awards: conheça os indicados ao prêmio que elege os melhores efeitos visuais do cinema

por: Cinevitor
Cena de Better Man: A História de Robbie Williams

Foram anunciados nesta terça-feira, 14/01, os indicados ao 23º VES Awards, prêmio realizado pela Visual Effects Society, que reconhece os melhores efeitos visuais e a inovação em filmes, animações, programas de TV, comerciais e videogames.

Com mais de 4.000 membros, de 40 países, a Visual Effects Society reúne profissionais de efeitos visuais, incluindo artistas, tecnólogos, modelistas, educadores, executivos de estúdio, supervisores, especialistas em marketing e produtores.

Neste ano, Duna: Parte 2, de Denis Villeneuve, lidera a lista da premiação com sete indicações; a animação Robô Selvagem, dirigida por Chris Sanders, também se destaca. Os indicados foram selecionados pelos membros da VES em eventos presenciais e virtuais realizados em todo o mundo, somando 24 países. Os vencedores serão anunciados no dia 11 de fevereiro no The Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles.

Além das categorias tradicionais, a lista traz também o Prêmio Emerging Technology, que celebra os criadores de tecnologia por trás dos visuais e homenageia os inventores de uma ferramenta, dispositivo, software ou metodologia inovadora e única de valor excepcional para a arte e a ciência dos efeitos visuais, jogos ou animação.

Os homenageados desta 23ª edição serão: o ator japonês Hiroyuki Sanada, vencedor do Emmy por Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, que receberá o VES Award for Creative Excellence; o cineasta japonês Takashi Yamazaki, vencedor do Oscar de melhores efeitos visuais por Godzilla Minus One, que será honrado com o VES Visionary Award; e a aclamada artista Jacquelyn Ford Morie, que será honrada com o VES Georges Méliès Award.

Conheça os indicados ao 23º Visual Effects Society Awards nas categorias de cinema:

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM FILME FOTOREALISTA
Better Man: A História de Robbie Williams
Duna: Parte 2
Mufasa: O Rei Leão
Planeta dos Macacos: O Reinado
Twisters

MELHORES EFEITOS VISUAIS DE APOIO EM FILME FOTOREALISTA
A Jovem e o Mar
Blitz
Guerra Civil
Horizon: An American Saga – Capítulo 1
Nosferatu

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2
Moana 2
Robô Selvagem
Transformers: O Início
Ultraman: A Ascensão

MELHOR PERSONAGEM EM FILME FOTOREALISTA
Noa, em Planeta dos Macacos: O Reinado
Raka, em Planeta dos Macacos: O Reinado
Robbie Williams, em Better Man: A História de Robbie Williams
Scar, em Mufasa: O Rei Leão

MELHOR PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Ansiedade, em Divertida Mente 2
Gromit, em Wallace & Gromit: Avengança
Roz, em Robô Selvagem
Vic Diamond, em Thelma, O Unicórnio

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM FILME FOTOREALISTA
Cidade das Esmeraldas, em Wicked
Roma, em Gladiador 2
The Arrakeen Basin, em Duna: Parte 2
Washington, D.C., em Guerra Civil

MELHOR AMBIENTE CRIADO EM ANIMAÇÃO
Aqueduto, em Wallace & Gromit: Avengança
Cidade de Juniper, em Kung Fu Panda 4
Floresta, em Robô Selvagem
Iacon City, em Transformers: O Início

MELHOR FOTOGRAFIA EM CG
Arrakis, em Duna: Parte 2
Better Man: A História de Robbie Williams
Dragão Vermelho e Ouro (Batalha em Rook’s Rest), em A Casa do Dragão
Escalada de ovos, em Planeta dos Macacos: O Reinado

MELHOR MODELO EM PROJETO FOTOREALISTA OU ANIMADO
Ant-Man Arena, em Deadpool & Wolverine
Coliseu, em Gladiador 2
Renaissance Space Station, em Alien: Romulus
The Harkonnen Harvester, em Duna: Parte 2

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME FOTOREALISTA
Efeitos de água, fogo e simbionte, em Venom: A Última Rodada
Explosões atômicas e Wormriding, em Duna: Parte 2
Twisters
Vila em chamas, corredeiras e inundações, em Planeta dos Macacos: O Reinado

MELHOR SIMULAÇÃO DE EFEITOS EM FILME DE ANIMAÇÃO
Kung Fu Panda 4
Moana 2
Robô Selvagem
Ultraman: A Ascensão

MELHOR COMPOSIÇÃO E ILUMINAÇÃO EM FILME FOTOREALISTA
Better Man: A História de Robbie Williams
Planeta dos Macacos: O Reinado
Robô Selvagem
Wormriding, Geidi Prime e a batalha final, em Duna: Parte 2

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS PRÁTICOS EM PROJETO FOTOREALISTA
Blitz
Constelação
Pinguim

MELHORES EFEITOS VISUAIS EM PROJETO ESTUDANTIL
Courage (Supinfocom – Rubika)
Dawn (École Supérieure Des Métiers Artistiques)
Pittura (Schools of Digital Arts)
Student Accomplice (Brigham Young University)

PRÊMIO EMERGING TECHNOLOGY
Aqui
Duna: Parte 2
Furiosa: Uma Saga Mad Max
Mufasa: O Rei Leão
Pinguim

Foto: Divulgação/Diamond Films.