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VII Cine Jardim: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Sandro Micael no curta potiguar Eu, Youtuber, de Rodrigo Sena

De volta ao interior pernambucano, a sétima edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim acontecerá entre os dias 22 e 27 de maio em formato híbrido. A programação contará com 67 curtas-metragens realizados no Brasil, Panamá e Chile, divididos em uma mostra principal e outras seis paralelas.

As exibições acontecem no Cine Teatro Cultura, em Belo Jardim, agreste pernambucano, que receberá os filmes da competição, e ao ar livre na Praça Pública, com os curtas da Mostra Rota de Migrações, além da programação virtual na plataforma Cardume. O festival também realizará uma série de atividades paralelas gratuitas, sempre comprometido com o debate e a formação de público em relação à produção audiovisual contemporânea.

Além da Mostra Competitiva de curtas-metragens latino-americanos, que será avaliada por um júri especial formado por profissionais da sétima arte, o Cine Jardim realizará também as mostras paralelas: Diversidade de Voos, em homenagem à atriz Roberta Gretchen Coppola com histórias sobre pessoas transgêneros; Revoada, que discute memória, preservação e identidade cultural; Voo Livre, apresentando mulheres como protagonistas de suas próprias histórias; Rotas de Migração, com abordagens variadas para o público jovem; e Passarinho, formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações.

A programação apresenta também a Mostra Especial VouSer Acessibilidade, que traz filmes pernambucanos com acessibilidade comunicacional: audiodescrição, janela de libras e legendas descritivas. O melhor filme de cada panorama paralelo receberá o prêmio concedido pelo Júri Popular.

A seleção foi montada a partir de 831 filmes inscritos, entre ficções, documentários e animações de todas as regiões do Brasil, além de produções estrangeiras. Para Leo Tabosa, cineasta e produtor do festival, o número de inscrições acompanha o crescimento do evento que, nos últimos anos, tem movimentado a cena cultural de Belo Jardim: “O retorno do Cine Jardim ao formato presencial possibilita que resgatemos os encontros entre o público e os realizadores que viajam até o interior pernambucano para apresentar e conversar sobre suas obras. É sempre um momento de celebração do cinema que ultrapassa as fronteiras dos grandes centros urbanos e alcança novos olhares”, afirma.

O Cine Jardim é uma janela destinada à divulgação da produção cinematográfica latino-americana, à profissionalização de jovens por meio do audiovisual e à democratização dos bens culturais. O festival, de caráter competitivo, visa premiar filmes latino-americanos das mostras competitivas. Esta janela aberta no interior é importante para compreender e apreciar outros mundos reais e possíveis, que na mágica tela branca projetam-se infinitas possibilidades de encontros e intercâmbios com um único compromisso: fazer deste mundo um mundo mais humano e mais perto de todos nós.

Conheça os filmes selecionados para o 7º Cine Jardim:

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS

Aratu, de Firmino de Almeida (PB)
As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE)
Búsqueda, de Rodrigo Sousa & Sousa (Panamá/Brasil)
Contando Aviões, de Fábio Rodrigo (SP)
Corpo que Fala, de Samuel Fortunato e Bruno Rubim (RJ)
Dois no Asfalto, de Daniel Chagas (RJ)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Jornadas de 14h, de Clara Henriques e Luiza França (RJ)
Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Fiel, de Felipe Larozza e Iuri Salles (SP)
Pedro Faz Chover, de Felipe César de Almeida (PE)
Perfection, de Guilherme G. Pacheco (RS)
Primos, de Daniel Pustowka (CE)
Recife, Marrocos, de Alexandre Figueirôa (PE)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Todas as Rotas Noturnas Conduzem ao Alvorecer, de Felipe André Silva (PE)
Um Filme com Celso Marconi, de Helder Lopes e Paulo de Sá Vieira (PE)
Xavier e Miguel, de Ricky Mastro (SP)

MOSTRAS PARALELAS

A Baleia Mágica, de Douglas Alves Ferreira (SP)
A Botija, o Beato e a Besta-fera, de Túlio Beat (PE)
Acquarella, de Catarina Brandão (BA)
A Menina Atrás do Espelho, de Iuri Moreno (GO)
Antes de Falar de Amor, de Sarah Tavares (MG)
Ana Rúbia, de Diego Baraldi e Íris Alves Lacerda (MT)
Apolo, de Paulo de Sá Vieira (PE)
Arte pra Mim, de Cláudio Neto (PE)
As Coisas Não Vão Mudar, de Luiz Apolinário (PE)
Capitão Tocha, de Matheus Amorim (GO)
Cercas, de Ismael Moura (PB)
Céu, de Valtyennya Pires (PB)
Curta Diferenças, de Lisandro Santos (RS)
Cyntia, de Rafael Diniz (MG)
Eduardo Punch, de Alunos do Projeto Estúdio Escola de Animação (RJ)
Elisa, de Letícia Reis (BA)
Entre a Serra e a Malhada, de Raquel Santana e Cauê Kamalesha (PE)
Entre Muros, de Gleison Mota (SP)
Era uma Vez em Icapuí, de Alunos do Projeto de Animação (ES)
Eu Não Sei Dançar, Mas Danço, de Fábio Rogério (SP)
Eu Nunca Contei a Ninguém, de Douglas Duan (PE)
Eu, Youtuber, de Rodrigo Sena (RN)
Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino (BA)
Helena, de Paulo Ricardo (SP)
História de um Avô, de Francielli Noya e Wolmyr Alcantara (ES)
Îebyra, de Eduardo Souza Lima (RJ)
Lente de Aumento, de Pedro Lucas de Castro (RJ)
Leoncio, de Lori Queiroz (PE)
Lucy Solta os Bichos, de Sergio Martinelli e Billy Fernandes (SP)
Mamãe!, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter (BA)
Mao Lucky, de Luis Carlos Caballero Arguelles (Panamá)
Maria, de Guilherme Carravetta de Carli (RS)
Nem Todas as Manhãs são Iguais, de Fabi Melo (PB)
Nonna, de Maria Augusta Vilalba Nunes (SC)
O Monstro do Pântano do Sul, de Marko Martinz (SC)
O Plantonista do Dia, de Allan Ribeiro (RJ)
O Preto de Azul, de Alvaro Tallarico e Leandro Ferra (RJ)
O Quarto de André, de Thiago Barba (SC)
O Templo do Rei, de Verônica Cabral (SP)
Paola, de Ziel Karapotó (PE)
Para que Não se Acabe, de Joyce Noelly e Davi Batista (PE)
Pedra do Caboclo, de Heleno Florentino (PE)
Quarentena, de Adriel Nizer e Nando Sturmer (PR)
Quinze Primaveras, de Leão Neto (CE)
Remoinho, de Tiago A. Neves (PB)
Rua Dinorá, de Natália Maia e Samuel Brasileiro (CE)
Santa Claws, de Sergio Acuña (Chile)
Sem Filtros, de Heleno Florentino (PE)
Taxi Time, de Eudis Cardoso (GO)
Trancinhas, de Mariana Stolf (MG)

Foto: Rodrigo Sena.

Conheça os vencedores do 28º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Incompatível com a Vida, de Eliza Capai: filme premiado

Foram anunciados neste sábado, 22/04, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, os vencedores do 28º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado ao audiovisual não ficcional na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

A programação exibiu, de forma gratuita, um total de 72 títulos, de 34 países, entre longas e curtas-metragens, em salas de cinema de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de uma seleção especial nas plataformas de streaming Sesc Digital e Itaú Cultural.  

O júri das competições brasileiras foi composto pela diretora, atriz e produtora Ana Petta; pelo jornalista, tradutor e crítico de cinema José Geraldo Couto; e pelo diretor Paulo Henrique Fontenelle. Dirigido por Eliza Capai, Incompatível com a Vida foi escolhido o vencedor da Competição Brasileira de Longas ou Médias-Metragens e recebeu como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A partir da gravidez da diretora, o filme reflete temas universais: vida, morte, luto e políticas públicas que nos afetam. A justificativa do júri diz: “Pela coragem de mergulhar de maneira pessoal e poética num tema delicado e urgente, trazendo à luz a realidade de muitas mulheres e a urgência da discussão sobre direitos reprodutivos no Brasil”.

Além disso, o júri concedeu Menção Honrosa a Morcego Negro, de Chaim Litewski e Cleisson Vidal: “Pela consistência do trabalho de pesquisa e articulação de um rico material que nos ajuda a compreender a história recente do país”. Vale destacar que os ganhadores dos prêmios de melhor longa e curta-metragem brasileiro e internacional terão novas exibições no dia 23 de abril no NET Botafogo, no Rio de Janeiro, e na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

Já o prêmio de melhor curta-metragem brasileiro foi para Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari, que recebeu como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. Segundo os jurados: “O filme foi premiado “por nos proporcionar um olhar imersivo e poético no imaginário do povo yanomami e sua relação com a natureza”. A obra ficará disponível no Itaú Play entre 0h do dia 24 de abril até 23h59 do dia 25 de abril. Foi outorgada Menção Honrosa para Ferro’s Bar, de Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros“por resgatar um momento decisivo na história do movimento lésbico brasileiro, em especial no atual contexto de recrudescimento da intolerância””, disse o júri.

Para as competições internacionais, o time de jurados foi formado pela documentarista dinamarquesa Camilla Nielsson; pelo diretor, fotógrafo e produtor polonês Pawel Lozinski; e pela premiada cineasta argentina Virna Molina. O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias foi Confiança Total, de Jialing Zhang, que explora as mudanças de comportamentos sociais causadas por uma sociedade que tudo vê e a luta das pessoas contra o abuso do poder estatal.

A justificativa diz: “Através de uma poderosa narrativa observacional, o filme nos leva a um sistema sufocante de controle, onde tecnologia e ideologia constroem um ‘mundo perfeito’, no qual segurança e ordem estão acima da vida humana. O filme apresenta cenas de um valor documental dramático único, mas sem jamais perder o respeito por seus protagonistas e preservando sua dignidade humana diante da câmera. ‘As consciências podem ser seduzidas e obscurecidas novamente, até mesmo as nossas consciências’, disse Primo Levi, sobrevivente de Auschwitz, e este documentário é um testemunho disso””. O longa recebe R$ 12.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade.

O júri concedeu Menção Honrosa ao polonês Pianoforte, de Jakub Piatek: “Nos encantou com sua forma cinematográfica e composição precisa. O talentoso diretor, através de retratos íntimos de vários jovens pianistas, nos permitiu entrar no fechado mundo do esforço musical para contar uma história sobre paixão, esperança e amor pela música. Essa maratona de piano não se arrasta nem por um momento sequer. Acompanhamos a luta interior dos personagens com emoção, de modo que, ao final, sentimos que às vezes uma derrota pode significar uma verdadeira vitória”, disse a justificativa.

Ptitsa, dirigido por Alina Maksimenko, foi escolhido como o melhor curta-metragem internacional e recebeu R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. O filme é um retrato íntimo de uma separação entre mãe e filha, explorado de diferentes perspectivas. A justificativa diz: ““Pela sensibilidade cinematográfica na construção da história. Por transformar um retrato da vida mãe e filha durante a pandemia em uma reflexão profunda sobre a existência humana. Por capturar a beleza da simplicidade em sua estreia no cinema”.

Na cerimônia desta 28ª edição também foram anunciados alguns prêmios paralelos, como o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de quinze mil reais; o vencedor, escolhido pelo júri formado por Célio Silva, Daniel Schenker, Janda Montenegro, Katiuscia Vianna e Vitória Pratini, foi Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá. E mais: o Prêmio Mistika, no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção digital, foi anunciado junto ao prêmio oficial de melhor curta-metragem brasileiro; e teve também o Prêmio EDT, da Associação de Profissionais de Edição Audiovisual, para a melhor montagem de um curta e um longa.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas e médias e também de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa das estatuetas douradas.

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2023:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Incompatível com a Vida, de Eliza Capai

MENÇÃO HONROSA
Morcego Negro, de Chaim Litewski e Cleisson Vidal

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari

MENÇÃO HONROSA
Ferro’s Bar, de Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Confiança Total (Total Trust), de Jialing Zhang (Alemanha/Holanda)

MENÇÃO HONROSA
Pianoforte, de Jakub Piątek (Polônia)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Ptitsa, de Alina Maksimenko (Polônia/Ucrânia)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Incompatível com a Vida, por Daniel Grinspum
Melhor Montagem | Curta: Todavia Sinto, por Evelyn Santos

Foto: Divulgação.

Prêmios Platino 2023: Argentina, 1985, com Ricardo Darín, é o grande vencedor

por: Cinevitor
O ator argentino Ricardo Darín: premiado

Foram revelados neste sábado, 22/04, os vencedores do 10º Prêmios Platino (ou Premios Platino del Cine Iberoamericano), premiação criada em 2014 que destaca as melhores produções ibero-americanas de 23 países.

Nesta décima edição, a cerimônia, que aconteceu em Madri, no IFEMA Palacio Municipal, foi apresentada por Carolina Gaitán, Omar Chaparro e Paz Vega e transmitida pelo Canal Brasil. O longa Argentina, 1985, de Santiago Mitre, que se destacava com 14 indicações, foi o grande vencedor da noite com sete prêmios; sendo cinco pelos votantes oficiais e dois pelo voto do público.

O consagrado ator porto-riquenho Benicio del Toro, vencedor do Oscar por seu trabalho em Traffic, foi o homenageado deste ano e recebeu o Premio de Honor: “É uma honra celebrar nossa identidade hispânica. Eu realmente me sinto muito honrado em receber este prêmio e seguir os passos de Antonio Banderas, Edward James Olmos, Ricardo Darín e Carmen Maura, para citar apenas alguns. Me sinto muito feliz por fazer parte deste grupo”, disse.

A premiação, que comemorou seu décimo aniversário reconhecendo produções de língua espanhola e portuguesa mais destacadas do ano, contou também com apresentações musicais de Sebastián Yatra e Blanca Paloma. A cantora brasileira Letrux e o ator Alejandro Claveaux representaram o Brasil em uma participação especial no palco com a música País Tropical, de Jorge Ben Jor, em uma apresentação que destacou os estilos mais populares das regiões ibero-americanas, entre eles, o samba.

Neste ano, o cinema brasileiro, que estava entre os pré-selecionados com diversos títulos, não conseguiu uma vaga entre os finalistas. Sendo assim, a lista de indicados foi distribuída entre doze países diferentes com a Espanha obtendo 34% das indicações para filmes. Além disso, a premiação apresentou uma novidade nesta edição comemorativa: a categoria de melhor comédia ibero-americana de ficção

Conheça os vencedores do Prêmio Platino de Cinema Ibero-Americano 2023:

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO | FICÇÃO
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina/Reino Unido/EUA)

MELHOR DIREÇÃO
Rodrigo Sorogoyen, por As Bestas

MELHOR ROTEIRO
Argentina, 1985, escrito por Mariano Llinás, Martín Mauregui e Santiago Mitre

MELHOR ATRIZ
Laia Costa, por Cinco lobitos

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Susi Sánchez, por Cinco lobitos

MELHOR ATOR
Ricardo Darín, por Argentina, 1985

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Luis Zahera, por As Bestas

MELHOR FILME DE ESTREIA IBERO-AMERICANO DE FICÇÃO
1976, de Manuela Martelli (Chile/Argentina)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Águila y Jaguar: Los Guerreros Legendarios, de Mike R. Ortiz (México)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
El Caso Padilla, de Pavel Giroud (Cuba/Espanha)

MELHOR COMÉDIA IBERO-AMERICANA DE FICÇÃO
Concorrência Oficial, de Mariano Cohn e Gastón Duprat (Espanha/Argentina)

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Utama, por Cergio Prudencio

MELHOR EDIÇÃO
As Bestas, por Alberto del Campo

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Argentina, 1985, por Micaela Saiegh

MELHOR FOTOGRAFIA
Utama, por Bárbara Álvarez

MELHOR DESENHO DE SOM
As Bestas, por Aitor Berenguer, Fabiola Ordoyo e Yasmina Praderas

PREMIO PLATINO AL CINE Y EDUCACIÓN EN VALORES
Argentina, 1985, de Santiago Mitre (Argentina/Reino Unido/EUA)

MELHOR MINISSÉRIE OU SÉRIE IBERO-AMERICANA
Notícia de um Sequestro (Colômbia/Chile) (Prime Video)

MELHOR ATOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Guillermo Francella, por Meu Querido Zelador

MELHOR ATRIZ | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Cristina Umaña, por Notícia de um Sequestro

MELHOR ATOR COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Alejandro Awada, por Iosi, o Espião Arrependido

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Majida Issa, por Notícia de um Sequestro

MELHOR CRIADOR | MINISSÉRIE OU SÉRIE
Andrés Wood e Rodrigo García, por Notícia de um Sequestro

PRÊMIOS DO PÚBLICO
Melhor Filme ibero-americano de ficção: Argentina, 1985, de Santiago Mitre
Melhor Atriz: Laia Costa, por Cinco lobitos
Melhor Ator: Ricardo Darín, por Argentina, 1985
Melhor Minissérie ou Série ibero-americana: Notícia de um Sequestro
Melhor Atriz | Minissérie ou Série: Natalia Oreiro, por Santa Evita
Melhor Ator | Minissérie ou Série: Guillermo Francella, por Meu Querido Zelador

Foto: Oscar Del Pozo/Getty Images.

Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan

por: Cinevitor

Les trois mousquetaires: D’Artagnan

Direção: Martin Bourboulon

Elenco: François Civil, Vincent Cassel, Romain Duris, Pio Marmaï, Eva Green, Louis Garrel, Vicky Krieps, Lyna Khoudri, Jacob Fortune-Lloyd, Eric Ruf, Marc Barbé, Patrick Mille, Julien Frison, Ivan Franek, Gabriel Almaer, Thibault Vinçon, Raynaldo Houy Delattre, Olivier Le Montagner, Vincent Schmitt, Philippe Ziegler-Paldauf-Di Ciocco, Charlotte Ranson, Dominique Valadié, Romain Bertucca, Thomas Dedeken, Alain Grellier, Laurent Claret, Patrice Dozier, Dominique Daguier, Louis-Marie Audubert, Nicolas Vaude, Christophe Prévost, Antoine Cholet, Geert van Herwijnen, Arnaud Cassand, Frédéric Merlo, Jean-Paul Roy, Jacques Guillet, Mark Harris, Jehanne Baraston, Loic Parize, Nicolas Beaubaton, Martial Bergier, Christian Starr Lassen, Mehdi Bilel Haouat, Frédéric Laforet, Christel Chagnot, Jicey Carina, François Rémond, Pascal Fonta, Max Lobjois, Tony Martone, Christophe Dimitri Réveille.

Ano: 2023

Sinopse: Nascido em Gasconha, sul da França, D’Artagnan é deixado para morrer depois de tentar salvar uma jovem de ser sequestrada. Ao chegar em Paris, tenta por todos os meios encontrar seus agressores. Ele não sabe que sua busca o levará ao centro de uma guerra real em que o futuro da França está em jogo. Aliado à Athos, Porthos e Aramis, três mosqueteiros do Rei com uma temeridade perigosa, D’Artagnan enfrenta as maquinações sombrias do Cardeal de Richelieu. Mas é quando se apaixona perdidamente por Constance Bonacieux, a confidente da Rainha, que D’Artagnan se coloca verdadeiramente em perigo. É essa paixão que o leva ao rastro daquela que se torna sua inimiga mortal: Milady de Winter. Adaptação do best-seller de Alexandre Dumas.

Nota do CINEVITOR:

A Morte do Demônio: A Ascensão

por: Cinevitor

Evil Dead Rise

Direção: Lee Cronin

Elenco: Alyssa Sutherland, Lily Sullivan, Morgan Davies, Gabrielle Echols, Nell Fisher, Mirabai Pease, Richard Crouchley, Anna-Maree Thomas, Noah Paul, Billy Reynolds-McCarthy, Tai Wano, Jayden Daniels, Mark Mitchinson, Melissa Xiao.

Ano: 2023

Sinopse: O retorno à icônica franquia de terror Uma Noite Alucinante desloca-se da floresta para a cidade. A Morte do Demônio: A Ascensão conta a perturbadora história de duas irmãs distantes, cujo reencontro é interrompido por demônios devoradores de carne que aparecem de repente, levando-as a uma batalha primal pela sobrevivência, enfrentando a versão mais assustadora que se possa imaginar de uma família.

Nota do CINEVITOR:

Rio Doce

por: Cinevitor

Direção: Fellipe Fernandes

Elenco: Okado do Canal, Cíntia Lima, Cláudia Santos, Carlos Francisco, Nash Laila, Thassia Cavalcanti, Amanda Gabriel, Edilson Silva, Suzy Lopes, Mariah Teixeira, Clébia Sousa, Matheus Félix, Vinícius Lima, Samuel Mucão, Tanit Rodrigues, Antônio V. Medeiros, Wei Yu Hsiu Feng, Kenneth Wei, Maita Melo, Arthur Canavarro, Ernesto José, Luany França, João Rick, Ronaldo Patrício, Cláudia Conceição, Felipe Galdino, Cristiano José, Dandara de Morais, Gheuza Sena, Olga Ferrário, Una Martins, Maristella Soares, Carlos Eduardo Ferraz, Hermínia Mendes, Rubens Santos, Julya do Nascimento, Cora V. Fernandes.

Ano: 2021

Sinopse: Tiago é um jovem trabalhador que descobre a identidade do pai ausente quando conhece as suas meias-irmãs, fato que o leva a questionar a sua própria identidade às vésperas de completar 28 anos. Morando em Rio Doce, na periferia de Olinda, região metropolitana do Recife, ele luta para encontrar seu lugar no mundo. Nesse processo, ele fortalece laços afetivos, transformando assim sua forma de ser e de ver o mundo.

*Filme visto no 10º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

Nota do CINEVITOR:

Estranho Caminho, de Guto Parente, é selecionado para o Festival de Cinema de Tribeca 2023

por: Cinevitor
Carlos Francisco em Estranho Caminho, de Guto Parente: longa brasileiro selecionado

O Festival de Cinema de Tribeca reúne artistas e diversos públicos para celebrar a narrativa em todas as suas formas, incluindo cinema, TV, música, áudio, jogos e realidade virtual. Com fortes raízes no cinema independente, o evento é sinônimo de expressão criativa e entretenimento.

Fundado em 2001 por Robert De Niro, Jane Rosenthal e Craig Hatkoff com a intenção de estimular a revitalização econômica e cultural de Manhattan depois dos ataques ao World Trade Center, o festival defende vozes emergentes e estabelecidas, descobre talentos premiados, organiza experiências inovadoras e apresenta novas ideias por meio de estreias, exposições, conversas e apresentações ao vivo exclusivas.

Neste ano, em sua 22ª edição, o Festival de Tribeca acontecerá entre os dias 7 e 18 de junho em Nova York com uma programação que conta com 109 longas-metragens de 127 cineastas, vindos de 36 países. A seleção inclui 93 estreias mundiais, 43 diretores estreantes e 29 cineastas retornando ao festival; 41% dos longas são dirigidos por mulheres e, pela primeira vez, mais da metade dos longas-metragens da competição, somando 68%, são dirigidos por mulheres. Além disso, 36% dos títulos são realizados por cineastas BIPOC (negros, indígenas e povos de cor, na tradução).

O cinema brasileiro ganha destaque no Festival de Tribeca 2023 com Estranho Caminho, do cineasta cearense Guto Parente, na mostra International Narrative Competition, que quebra fronteiras geográficas acolhendo realizadores do exterior em uma plataforma global do cinema mundial contemporâneo. O filme é um drama fantástico que acompanha a trajetória de David, um jovem cineasta que, ao visitar sua cidade natal, Fortaleza, é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia de Covid-19 e se vê obrigado a procurar o pai, Geraldo, um sujeito peculiar com quem não fala ou tem notícias há mais de dez anos. Após o reencontro dos dois, coisas estranhas começam a acontecer.

O elenco conta com Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene, Fab Nardy, Noá Bonoba, Jennifer Joingley, Déo Cardoso, Larissa Goés, Mumutante, Solon Ribeiro, David Santos, Pedro Breculê e Gabriel de Sousa.

Realizado inteiramente na cidade Fortaleza, financiado pela Secretaria de Cultura do Ceará por meio de recursos da Lei Aldir Blanc, o longa, que será distribuído pela Embaúba Filmes, foi rodado entre maio e junho de 2021 com uma equipe formada majoritariamente por profissionais cearenses, como: Guto Parente no roteiro e direção; Ticiana Augusto Lima na produção; Linga Acácio na direção de fotografia; Taís Augusto na direção de arte; Lucas Coelho no som e Thais de Campos no figurino; Noá Bonoba na preparação de elenco; e Uirá dos Reis e Fafa Nascimento na trilha musical.

Além disso, o festival deste ano também inclui um número notável de filmes dirigidos por atores, como: First Time Female, de Chelsea Peretti; Maggie Moore(s), de John Slattery; Bucky F*cking Dent, de David Duchovny; Downtown Owl, de Lily Rabe e Hamish Linklater; Eric LaRue, de Michael Shannon; Fresh Kills, de Jennifer Esposito; The Listener, de Steve Buscemi; Shortcomings, de Randall Park; entre outros.

A seleção traz 53 documentários, entre eles, a estreia mundial da primeira obra documental da Marvel: Stan Lee, dirigido por David Gelb, que narra a trajetória do consagrado editor-chefe e presidente da Marvel Comics, que morreu em novembro de 2018. A lista traz também filmes de Waad al-Kateab, Julie Cohen, Morgan Neville, Sam Pollard, Rob Epstein e Jeffrey Friedman, além de títulos que abordam a guerra na Ucrânia, bem como o silenciamento de artistas no Irã.

Outros destaques do 22º Festival de Tribeca são: o documentário All Up in the Biz, de Sacha Jenkins, que traz entrevistas com celebridades, filmes raros, encenações e animações lúdicas sobre o rapper Biz Markie, que deixou sua marca na história do hip-hop; a ficção Cinnamon, de Bryian Keith Montgomery Jr., protagonizado por Pam Grier e Damon Wayans, sobre o movimento cinematográfico Blaxploitation; e Gloria Gaynor: I Will Survive, documentário dirigido por Betsy Schechter, que narra a trajetória da lendária cantora, que fará uma apresentação especial depois da exibição na mostra Spotlight.

Em comunicado oficial, Jane Rosenthal, cofundadora do Tribeca Festival, disse: “O festival é um evento comemorativo que homenageia artistas e eleva os participantes. Este ano não será diferente com uma programação de 109 longas-metragens de 127 cineastas. Ao longo de 12 dias emocionantes, convidamos o público a explorar a magia de contar histórias como uma ferramenta poderosa de democracia, ativismo e consciência social. Também estamos orgulhosos de destacar o 50º aniversário do hip-hop como um gênero definidor de cultura que se originou bem aqui na cidade de Nova York, com estreias mundiais perspicazes sobre lendas do beatbox e apresentações ao vivo dos melhores músicos da atualidade”.

Neste ano, o Human/Nature Award, prêmio criado para ampliar um filme que melhor exemplifique a narrativa ambiental voltada para soluções, será entregue para Common Ground, de Rebecca Harrell Tickell e Josh Tickell, que fará sua estreia mundial no festival.

Além dos longas, o festival apresentará 12 programas de curtas-metragens com histórias diversificadas e criativas. A programação traz 76 títulos, de 91 cineastas vindos de 25 países: 62 curtas em competição, oito videoclipes e seis curtas em exibição especial.

Com um total recorde de 8.096 inscrições, as categorias de curtas-metragens são selecionadas em programas temáticos que destacam amor, relações familiares, histórias LGBTQ+, expressões da liberdade negra, América Latina, resiliência e muito mais.

*Clique aqui e confira a seleção completa.

Foto: Divulgação/Tardo Filmes.

Mostra de Cinema Árabe Feminino: terceira edição apresenta 34 filmes

por: Cinevitor
Cena do longa Nezouh, da diretora síria Soudade Kaadan

O CCBB SP, Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, receberá, entre os dias 22 de abril e 14 de maio, a terceira edição da Mostra de Cinema Árabe Feminino, que conta com uma seleção de 34 obras cinematográficas dirigidas por mulheres e apresenta a diversidade do cinema árabe contemporâneo para o público brasileiro.

A programação gratuita reúne filmes de diversos formatos e gêneros, como curtas, médias e longas-metragens de ficção e documentários, que trazem à tona a multiplicidade dessas cinematografias através do olhar de mulheres de diversos países e regiões, como: Egito, Líbano, Palestina, Sudão, Iêmen, Síria, Argélia e Marrocos.

Questões políticas, críticas sociais, vivências LGBTQIAP+, utopias, memória, tempo, família e masculinidades permeiam as produções e somam-se a uma programação que inclui também sessões comentadas, mesas redondas e uma masterclass, no dia 6 de maio, com a premiada cineasta palestina Jumana Manna, que vem ao Brasil especialmente para o evento.

A 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino começa no dia 22 de abril, às 14h, com a exibição de Miguel’s War, de Eliane Raheb, filme inédito no Brasil, que estreou na mostra Panorama do Festival de Berlim, em 2021, e ganhou o Teddy Award de melhor longa-metragem; outro longa de Rehab que está na programação é Blessed Blessed Oblivion. De Jumana Manna, a mostra apresenta Foragers, que traz os dramas em torno da prática de busca e coleta de plantas silvestres comestíveis na Palestina/Israel, com humor sarcástico e um ritmo meditativo.

Outro destaque da programação é Nezouh, da premiada diretora síria Soudade Kaadan. O drama apresenta a história de Zeina, de 14 anos, e sua família, que são os últimos a permanecer em sua cidade natal, Damasco, na Síria. O longa foi vencedor do Prêmio do Público da mostra Orizzonti Extra e Lanterna Mágica no Festival de Veneza, em 2022, e do Prêmio Direitos Humanos da Anistia Internacional, no Med Film Festival 2022, em Roma.

Também inédito no Brasil, a mostra exibe o longa-metragem Lift like a girl, da diretora egípcia Mayye Zayed. O documentário, premiado com o Golden Dove no festival DOK Leipzig, acompanha uma garota egípcia de 14 anos que treina no local de treinamento das campeãs de elite do Egito para competir internacionalmente com levantamento de peso.

Cena de Miguel’s War, da cineasta libanesa Eliane Raheb

Outros longas da programação que estreiam no Brasil: Purple Sea, de Amel Alzakout e Khaled Abdulwahed, documentário que traz o percurso de bote da Turquia para a Grécia realizado pela diretora; The Zerda and the Songs of Forgetting e La Nouba des Femmes du Mont-Chenoua, ambos os filmes da importante escritora argelina Assia Djebar, que faleceu em 2015 e é homenageada nesta edição; e The hour of liberation has arrived, da diretora libanesa Heiny Srour, considerado o primeiro longa-metragem de uma mulher árabe a ser selecionado para o Festival de Cannes, em cópia restaurada. Entre os 21 curtas exibidos, 14 são estreias no país, como As If No Misfortune Had Occurred in the Night, realizado pela renomada diretora palestina Larissa Sansour e o filme The Window, da libanesa Sarah Kaskas.

A vasta programação inclui, ainda, focos às realizadoras: Meriem Bennani, artista visual marroquina que trabalha com animação e arte contemporânea; Azza El Hassan, diretora palestina que, além da realização, fundou o projeto de restauração fílmica, curadoria e produção chamado The Void Project; e Basma Alsharif, artista visual e diretora de origem palestina. De Meriem Bennani, a mostra exibe a sua trilogia Life on the Caps e seu curta-metragem 2 Lizards, todos inéditos no Brasil. Da palestina Basma AlSharif, três curtas-metragens: Home Movies Gaza, A field guide to the ferns e We began by measuring distance. A diretora palestina Azza El Hassan é representada por seus dois longas-metragens: News Time e Kings & Extras.

A curadoria desta terceira edição é das brasileiras Analu Bambirra, Carol Almeida e da egípcia Alia Ayman: “Em sua terceira edição, a mostra reafirma seu interesse em apresentar um recorte da produção cinematográfica árabe. Nesta edição, além de percebermos a interseção entre o cinema e as artes visuais (através de diretoras como Meriem Bennani, Basma Alsharif, Larissa Sansour e Jumana Manna), reforçamos o quão diverso e rico é o cinema árabe, indo de narrativas tradicionais até novas formas e experimentos cinematográficos. Os filmes que apresentamos representam imagens ‘frescas’, imagens às quais acreditamos que pessoas brasileiras deveriam ter mais acesso”, disseram as curadoras.

A 3ª Mostra de Cinema Árabe Feminino é uma realização da Partisane Filmes, com patrocínio do Banco do Brasil e apoio da Arsenal – Institut für Film und Videokunst. Clique aqui e confira a programação completa.

Fotos: Divulgação.

Cannes 2023: Levante, de Lillah Halla, é selecionado para a 62ª Semana da Crítica

por: Cinevitor
Ayomi Domenica Dias no longa brasileiro Levante, de Lillah Halla

Foram anunciados nesta segunda-feira, 17/04, os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2023 (Semaine de la Critique), mostra paralela ao Festival de Cannes que concentra-se na descoberta de novos talentos. Desde que foi criada pelo Syndicat Français de la Critique de Cinéma, em 1962, busca explorar e revelar novos cineastas inovadores do mundo todo.

Em sua 62ª edição, a Semana da Crítica, que acontecerá entre os dias 17 e 25 de maio, terá a cineasta francesa Audrey Diwan como presidente do júri; o diretor de fotografia português Rui Poças, o ator alemão Franz Rogowski, a jornalista indiana Meenakshi Shedde e a programadora americana Kim Yutani, do Festival de Sundance, completam o time de jurados

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com o longa-metragem Levante, dirigido pela cineasta Lillah Halla, que passou pela Semana da Crítica em 2020 com o curta Menarca. Neste novo filme, a história se passa às vésperas de um importante campeonato de vôlei, no qual a promissora jogadora Sofia enfrenta uma gravidez indesejada. Buscando uma rescisão ilegal, ela se torna alvo de um grupo fundamentalista determinado a detê-la a qualquer custo. O futuro da garota, que enfrenta a proibição do aborto no Brasil, está nas mãos de todos, porém, ela recebe ajuda de alguém inesperado.

Levante conta com Ayomi Domenica Dias, Loro Bardot, Grace Passô, Gláucia Vandeveld, Rômulo Braga, Suzy Lopes, Rejane Faria, Lara Negalara, Vinicius Meloni, Ernani Sanchez, Onna, entre outros, no elenco. O roteiro é assinado por Lillah Halla e María Elena Morán; a fotografia é de Wilssa Esser e a trilha sonora de Maria Beraldo Badsista. A edição é assinada por Eva Randolph, Jeanne Oberson e Lillah Halla; a direção de arte é de Maíra Mesquita e o som de Waldir Xavier.

Sobre o filme, Ava Cahen, diretora artística da Semana da Crítica, disse: “A diretora brasileira Lillah Halla se opõe ao conservadorismo que atormenta seu país com uma visão queer e mobilizadora”. Levante foi realizado com apoio do programa Critics Week’s Next Step, que colabora com cineastas, que exibiram anteriormente seus curtas na mostra, no desenvolvimento de seus longas.

O pôster desta 62ª edição presta homenagem ao longa Aftersun, de Charlotte Wells, que recebeu o Prêmio do Júri no ano passado e teve uma carreira premiada ao longo do ano. Inclusive, o protagonista Paul Mescal foi indicado ao Oscar na categoria de melhor ator.

Conheça os filmes selecionados para a Semana da Crítica 2023:

COMPETIÇÃO | LONGA-METRAGEM

Il pleut dans la maison, de Paloma Sermon-Daï (Bélgica/França)
Inshallah Walad, de Amjad Al Rasheed (Jordânia/França/Arábia Saudita/Qatar)
Jam, de Jason Yu (Coreia do Sul)
Le Ravissement, de Iris Kaltenbäck (França)
Levante, de Lillah Halla (Brasil/Uruguai/França)
Lost Country, de Vladimir Perišić (França/Sérvia/Croácia/Luxemburgo)
Tiger Stripes, de Amanda Nell Eu (Malásia/Taiwan/Singapura/França/Alemanha/Holanda/Indonésia/Qatar)

SESSÕES ESPECIAIS | LONGAS

Ama Gloria, de Marie Amachoukeli (França) (filme de abertura)
La fille de son père, de Erwan Le Duc (França) (filme de encerramento)
Le Syndrome des Amours Passées, de Ann Sirot e Raphaël Balboni (Bélgica/França)
Vincent doit mourir, de Stéphan Castang (França)

COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM

Arkhé, de Armando Navarro (México)
Boléro, de Nans Laborde-Jourdàa (França)
Contadores, de Irati Gorostidi Agirretxe (Espanha)
Corpos Cintilantes, de Inês Teixeira (Portugal)
I promise you Paradise, de Morad Mostafa (Egito/França/Qatar)
Krokodyl, de Dawid Bodzak (Polônia)
La saison pourpre, de Clémence Bouchereau (França)
Prava istina priče o Šori, de Andrea Slaviček (Croácia/Espanha)
Via Dolorosa, de Rachel Gutgarts (França)
Walking With Her into the Night, de Hui Shu (China)

SESSÕES ESPECIAIS | CURTAS

Midnight Skin, de Manolis Mavris (Grécia/França)
Pleure pas Gabriel, de Mathilde Chavanne (França)
Stranger, de Jehnny Beth e Iris Chassaigne (França)

CONVIDADOS | Festival International du Film de Morelia

El cortometraje, de José Luis Isoard Arrubarrena (México)
Ir y Volver, de José Permar (México/Bélgica/Hungria)
Las cosas que te digo, de Daniela Silva Solórzano (México)
Una Mano Bajo la Nieve, de José Esteban Pavlovich (México)

Foto: Divulgação.

V Curta na Serra: inscrições abertas para curtas-metragens e videoclipes

por: Cinevitor
As sessões são realizadas ao ar livre no distrito de Serra Negra, município de Bezerros

A quinta edição do Curta na Serra – Festival de Cinema ao Ar Livre, que acontecerá entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, promoverá três dias de programação gratuita e aberta ao público no distrito de Serra Negra, em Bezerros, Pernambuco.

Contemplando produções audiovisuais de todo o país, o festival irá premiar filmes nas categorias de curta-metragem nacional, curta-metragem pernambucano e videoclipe. As inscrições podem ser realizadas, gratuitamente, entre os dias 15 de abril e 15 de maio, por meio do regulamento e do formulário disponíveis no site oficial: clique aqui.

Segundo o idealizador e produtor executivo do festival, Marlom Meirelles, a programação do V Curta na Serra receberá inscrições de curtas-metragens que tenham sido finalizados a partir do ano de 2021, produzidos em qualquer formato de captação de imagem, de qualquer gênero, com duração máxima de 20 minutos: “Os filmes serão selecionados através de uma proposta curatorial que abrange diferentes gêneros como animação, documentário, ficção, experimental e videoclipe. As sessões serão realizadas ao ar livre no distrito de Serra Negra, município de Bezerros, no agreste pernambucano”, explica Marlom.

Em formato híbrido, além das sessões presenciais, o festival promoverá também a exibição on-line de filmes em seu site. A curadoria será assinada por Vitor Búrigo, editor chefe do CINEVITOR e membro da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Para a quinta edição do Curta na Serra, cada realizador poderá concorrer com até dois filmes. A cada ano, a curadoria do evento busca selecionar curtas-metragens que dialoguem com a cultura regional à nacional, de diferentes realizadores, promovendo a reflexão, o lazer, o conhecimento e, acima de tudo, a integração dos indivíduos com suas identidades culturais.

No meio do corredor agrestino, entre Gravatá e Caruaru, encontra-se Bezerros, com uma população de aproximadamente 60 mil habitantes. Cidade reconhecida pelo carnaval, considerado um dos melhores do Estado, se destaca ainda pelo seu polo gastronômico e é palco para a produção de grandes artistas, como Lula Vassoureiro e J. Borges. No alto da cidade, encontra-se a Serra Negra, um de seus distritos mais conhecidos. Situada a uma altitude de 960 metros, com temperatura que chega até 9º C, o lugar é um grande centro turístico, que além de abrigar um parque ecológico, movimenta o comércio cultural na região.  

É neste cenário que ocorre o Curta na Serra – Festival de Cinema ao Ar Livre com o objetivo de difundir a cultura do cinema ao público da região. O evento traz consigo não só a oferta de experiências cinematográficas, mas também abriga atividades musicais, formativas e gastronômicas, abrangendo uma cadeia produtiva cada vez mais diversificada.

Foto: Tarciso Augusto.

Assexybilidade: novo filme de Daniel Gonçalves, que aborda a vivência sexual de pessoas com deficiência, divulga teaser

por: Cinevitor
O documentário está em fase de finalização

Segundo longa-metragem de Daniel Gonçalves, do premiado Meu nome é Daniel, Assexybilidade traz histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência e a pluralidade de experiências através da vivência de cada uma delas. O diretor, produtor e roteirista busca desmistificar o tabu do sexo, com todas as delícias e prazeres envolvidos. O documentário revela também as dores, como a luta diária contra a invisibilidade, ou a ideia preconceituosa de que não sentem desejo como todas as pessoas.

O longa tem uma proposta inclusiva, não só na temática, como também no processo de realização, e contou com algumas pessoas com deficiência em sua equipe, a começar pelo diretor, que tem uma deficiência de origem desconhecida que afeta sua coordenação motora. Em seu primeiro documentário, Meu Nome é Daniel, Gonçalves, através de vasto material em arquivo em VHS e de cenas gravadas nos dias de hoje, revê sua trajetória e busca compreender sua condição. Já em Assexybilidade, Daniel se inclui em cena, como mais um personagem desta história, mas também dá a palavra a diversos entrevistados e entrevistadas que refletem sobre o sexo e sobre como este campo de suas vidas é afetado pelo preconceito com que lidam diariamente em uma sociedade capacitista.

Antes de chegar em sua última versão, assinada pelo próprio diretor e por Vinicius Nascimento, o roteiro passou por vários laboratórios de desenvolvimento, nacionais e internacionais. O primeiro deles foi o Visões Lab 2018, que ocorreu no Festival Visões Periféricas, no Rio de Janeiro, e lhe rendeu o prêmio de melhor projeto. Em 2021, dentro da programação do Brasil CineMundi, em Belo Horizonte, participou do Doc Brasil Meeting e venceu o prêmio Nuevas Miradas, o que lhe garantiu a oportunidade de participar do Festival Cubano em 2022, no qual recebeu o prêmio Docs MX, para participar do Docs Lab, no México.

Também no ano passado, participou do American Film Showcase. De volta ao Brasil, participou do CineMundi, desta vez, para exibição do primeiro corte para uma plateia de convidados do audiovisual mundial e, mais uma vez, saiu premiado. Em seguida, foi convidado a participar do Rough Cut Lab no Forum RIDM, no Canadá.

Assexybilidade fala sobre flerte, beijo na boca, namoro, masturbação, capacitismo e, é claro, sexo. A maior força do documentário é precisamente ouvir das pessoas com deficiência coisas que a sociedade não espera que elas digam e façam. A proposta é mudar a ideia de que são seres assexuados, angelicais, especiais e, até mesmo, desprovidos de desejos.

Atualmente, em fase de finalização, Assexybilidade é uma produção SeuFilme e TvZero, em coprodução com a Globo Filmes, GloboNews e RioFilme. Com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2023, tem distribuição nacional da Olhar e vendas internacionais da The Open Reel. Já o longa anterior, Meu Nome é Daniel, foi exibido em mais de 20 festivais e recebeu prêmios na Mostra de Cinema de Gostoso, na Mostra Tiradentes, no Festival de Cartagena e no Los Angeles Brazilian Film Festival.

Confira uma prévia da produção:

Foto: Divulgação.

Festival de Cinema de Vitória comemora 30 anos com retrospectiva de longas e curtas-metragens 

por: Cinevitor
Gustavo Jahn em O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho

Em 2023, o Festival de Cinema de Vitória completa 30 anos de existência. Para comemorar a data, o evento promove uma série de exibições especiais que apresentam um recorte de filmes exibidos nas últimas três décadas. Essa é a proposta da Mostra Comemorativa 30 Anos Festival de Cinema de Vitória, que acontecerá entre os dias 14 e 18 de junho, no Sesc Glória, no centro da capital do Espírito Santo.

O público vai conferir, durante os cinco dias de festival, uma programação que apresenta um panorama do cinema brasileiro. Na programação da tarde serão exibidos 20 curtas-metragens, com sessões sempre a partir das 15h. Nas exibições noturnas, que tem início às 19h, serão exibidos dois filmes: um longa-metragem e um curta-metragem capixaba

Ao todo, a programação conta com 25 curtas-metragens e cinco longas-metragens que apresentam um recorte simbólico da produção audiovisual brasileira, e que reafirmam o caráter contemporâneo e atento do Festival de Cinema de Vitória ao acompanhar as transformações culturais e sociais, por meio de sua produção audiovisual, que aconteceram no país.  

Para Lucia Caus, diretora do Festival de Cinema de Vitória, a Mostra Comemorativa reafirma o talento dos profissionais que produzem no Brasil: “São três décadas de Festival de Cinema de Vitória. Foram 30 anos de inúmeros desafios, tanto para nós que realizamos o festival, quanto para quem produz cinema no Brasil. Mas, ao mesmo tempo, foram tempos de luta, realizações e alegrias. Esse recorte, que será apresentado na Mostra Comemorativa 30 Anos, é uma prova da força do audiovisual brasileiro. Da criatividade de seus realizadores e suas equipes, que com suas produções originais, emocionantes e divertidas, contam a história do nosso país”.

Durante os trinta anos de existência, o Festival de Cinema de Vitória tem sido uma importante janela de fomento para o cinema brasileiro. Neste período, o público pôde conferir gratuitamente aproximadamente dois mil curtas-metragens selecionados, além de mais de 180 longas-metragens, vindos de todas as regiões do Brasil.  

Foi a partir deste material que a Comissão de Seleção escolheu os filmes que fazem parte da Mostra Comemorativa 30 Anos. A Sessão de Curtas contou com a curadoria da cineasta, produtora e curadora Flavia Candida; do cineasta, curador, escritor, pesquisador na área audiovisual e professor da Ufes, Erly Vieira Jr; e do mestre em Cinema e Artes do Vídeo, curador e produtor do programa TV É Cinema, Waldir Segundo. A Sessão de Longas teve a seleção de Gilberto Alexandre Sobrinho, que é pesquisador na área do cinema e audiovisual e professor do Instituto de Artes da Unicamp

Conheça os filmes selecionados para a retrospectiva:

LONGAS-METRAGENS

A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante (PE) (2014) (exibido no 21º FCV)
Corumbiara, de Vincent Carelli (RR) (2009) (exibido no 16º FCV)
Ela Volta na Quinta, de André Novais Oliveira (MG) (2014) (exibido no 22º FCV)
O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho (PE) (2012) (exibido no 19º FCV)
Quase Dois Irmãos, de Lucia Murat (RJ) (2004) (exibido no 11º FCV)

CURTAS-METRAGENS

A Festa e os Cães, de Leonardo Mouramateus (CE) (2016) (exibido no 22º FCV)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (SC) (2020) (exibido no 27º FCV)
Alma Bandida, de Marco Antônio Pereira (MG) (2018) (exibido no 25º FCV)
Angelo Anda Sumido, de Jorge Furtado (RS) (1997) (exibido no 4º FCV)
Castelos de Vento, de Tânia Anaya (MG) (1998) (exibido no 6º FCV)
Chupa Cabras, de Rodrigo Aragão (ES) (2005) (exibido no 13º FCV)
Eclipse Solar, de Rodrigo de Oliveira (ES) (2016) (exibido no 23º FCV)
Ensaio de Cinema, de Allan Ribeiro (RJ) (2009) (exibido no 16º FCV)
Kbela, de Yasmin Thayná (RJ) (2015) (exibido no 23º FCV)
Meninos, de Ursula D’Art (ES) (2009) (exibido no 16º FCV)
Na Missão, com Kadu, de Aiano Benfica, Kadu Freitas e Pedro Maia Brito (MG/PE) (2016) (exibido no 23º FCV)
No Devagar Depressa dos Tempos, de Eliza Capai (SP) (2014) (exibido no 21º FCV)
No Princípio Era o Verbo, de Virgínia Jorge (ES) (2005) (exibido no 12º FCV)
O Duplo, de Juliana Rojas (SP) (2012) (exibido no 19º FCV)
Perifericu, de Rosa Caldeira, Vita Pereira, Sthefanny Fernanda e Nay Mendl (SP) (2020) (exibido no 27º FCV)
Praça Walt Disney, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira (PE) (2011) (exibido 18º FCV)
Quinze, de Maurílio Martins (MG) (2014) (exibido no 21º FCV)
Rap, o Canto da Ceilândia, de Adirley Queirós (DF) (2005) (exibido no 13º FCV)
Sweet Karolynne, de Ana Bárbara Ramos (PB) (2009) (exibido no 16º FCV)
Virgindade, de Chico Lacerda (PE) (2014) (exibido no 22º FCV)

CURTAS-METRAGENS CAPIXABAS

A Cor do Fogo e a Cor da Cinza, de André Felix (2014) (exibido no 21º FCV)
Inabitáveis, de Anderson Bardot (2020) (exibido no 27º FCV)
O Projeto do Meu Pai, de Rosaria (2016) (exibido no no 23º FCV)
Para Todas as Moças, de Castiel Vitorino (2019) (exibido no 27º FCV)
Perto da Minha Casa, de Diego Locatelli e Carol Covre (2013) (exibido no 20º FCV)

Foto: Divulgação.