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Festival de Cinema de Toronto 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Demi Moore em A Substância, de Coralie Fargeat: filme premiado

Foram anunciados neste domingo, 15/09, os vencedores da 49ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Conhecido como um termômetro para o Oscar, o evento, um dos mais importantes do mundo, entrega o prêmio de melhor filme para o longa mais votado pelo público. Neste ano, o drama The Life of Chuck, de Mike Flanagan, se consagrou como o grande campeão.

O filme, protagonizado por Tom Hiddleston e Jacob Tremblay, é baseado no livro homônimo de Stephen King. A trama destaca uma história de afirmação e narra três capítulos da vida de um homem comum chamado Charles Krantz. O elenco conta também com Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan, Mia Sara, Carl Lumbly, Benjamin Pajak, Mark Hamill, Matthew Lillard, Kate Siegel, entre outros.

Neste ano, nomes importantes foram homenageados no 49º Festival de Toronto: Amy Adams recebeu o TIFF Tribute Performer Award; Angelina Jolie foi honrada com o TIFF Tribute Award in Impact Media; Cate Blanchett recebeu o TIFF Share Her Journey Groundbreaker Award; Clément Ducol & Camille foram homenageados com o TIFF Variety Artisan Award; David Cronenberg foi honrado com o TIFF Norman Jewison Career Achievement; Durga Chew-Bose recebeu o TIFF Emerging Talent Award e Jharrel Jerome o TIFF Tribute Performer Award; Mike Leigh foi homenageado com o TIFF Ebert Director Award; e Zhao Tao foi honrada com o TIFF Special Tribute Award.

Entre os filmes desta edição, o cinema brasileiro marcou presença com alguns títulos, entre eles: Os Enforcados, de Fernando Coimbra; Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, recentemente premiado em Veneza; e o curta-metragem Amarela, de André Hayato Saito, que também foi exibido em Cannes.

Em comunicado oficial, Cameron Bailey, CEO do TIFF, disse: “Ao concluirmos o festival deste ano e apresentarmos esses dez prêmios hoje, gostaria de estender minha sincera gratidão aos nossos dedicados jurados, nossos programadores do TIFF e todos os cineastas que compartilharam seus trabalhos conosco. Mais importante: quero agradecer ao nosso público, que é realmente o melhor do mundo. Sua paixão e entusiasmo dão vida a este festival todos os anos, e não poderíamos fazê-lo sem eles. Para os vencedores deste ano: mal posso esperar para ver os futuros prêmios e elogios que aguardam seus filmes incríveis”

Confira a lista completa com os filmes premiados no Festival de Toronto 2024:

MELHOR FILME | People’s Choice Awards
The Life of Chuck, de Mike Flanagan (EUA)
2º lugar: Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
3º lugar: Anora, de Sean Baker (EUA)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | People’s Choice Documentary Award
The Tragically Hip: No Dress Rehearsal, de Mike Downie (Canadá)
2º lugar: Will & Harper, de Josh Greenbaum (EUA)
3º lugar: Your Tomorrow, de Ali Weinstein (Canadá)

PRÊMIO MOSTRA MIDNIGHT MADNESS | People’s Choice Awards
A Substância, de Coralie Fargeat (Reino Unido)
2º lugar: Dead Talents Society (鬼才之道), de John Hsu (Taiwan)
3º lugar: Friendship, de Andrew DeYoung (EUA)

PRÊMIO MOSTRA PLATFORM
Júri: Atom Egoyan, Hur Jin-ho e Jane Schoenbrun
Melhor Filme: Polvo serán (They Will Be Dust), de Carlos Marques-Marcet (Espanha/Suíça/Itália)
Menção Especial: Sylvia Chang, por Daughter’s Daughter (女兒的女兒)

FILMES CANADENSES
Júri: Estrella Araiza, Chelsea McMullan e Randall Okita
Melhor Filme Canadense: Shepherds, de Sophie Deraspe
Prêmio Discovery: Universal Language, de Matthew Rankin
Menção Honrosa | Prêmio Discovery: You Are Not Alone, de Marie-Hélène Viens e Philippe Lupien

CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO
Júri: Luis De Filippis, Micah Kernan e Shane Smith
Melhor Filme Internacional: Deck 5B, de Malin Ingrid Johansson (Suécia)
Menção Honrosa | Filme Internacional: Quota, de Job Roggeveen, Joris Oprins e Marieke Blaauw (Holanda)
Melhor Filme Canadense: Are You Scared To Be Yourself Because You Think That You Might Fail?, de Bec Pecaut

PRÊMIO FIPRESCI
Júri: Li Cheuk-to, Pierre-Simon Gutman, Azadeh Jafari, Saffron Maeve e Wilfred Okiche
Mother Mother, de K’naan Warsame (Somália)

PRÊMIO NETPAC
Júri: Hannah Fisher, Dr. Vilsoni Hereniko e Kerri Sakamoto
The Last of The Sea Women, de Sue Kim (EUA)

*Clique aqui e confira a lista com as justificativas dos júris

Foto: Divulgação/MUBI Brasil.

FAM 2024: conheça os vencedores do 28º Florianópolis Audiovisual Mercosul

por: Cinevitor
Michelly Hadassa e Yves Goulart: premiados

Foram anunciados nesta quarta-feira, 11/09, no CineShow Beiramar Shopping, os vencedores da 28ª edição do FAM, Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul, realizado pela Associação Cultural Panvision.

O longa documentário brasileiro Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos, e o curta-metragem baiano Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá, foram os premiados com o Troféu Panvision nas principais categorias deste ano. Nesta edição, o festival, realizado na capital catarinense, exibiu 66 filmes, de 14 países com 88 atividades, entre elas, o 8º Encontro de Coprodução do Mercosul ECM+LAB e o Projeto Rally Panvision.

Com o cinema lotado e muitas participações, a cerimônia foi apresentada por Alissa Azambuja, diretora artística, e por Marilha Naccari, diretora de programação do festival. Antes da premiação, foram exibidos cinco curtas-metragens produzidos durante a 6ª edição do Projeto Rally Panvision, que reuniu 30 jovens, entre 18 e 30 anos, de sete países da América Latina, selecionados para vivenciar essa imersão no cinema de 100 horas: criar um curta-metragem durante o festival. Desafio que teve como tema o Legado Imagético da Vida. As produções realizadas foram: Meu Nome é Maria (Equipe 1), Sonhos do Mar (Equipe 2), Viento Sur (Equipe 3), Despedida (Equipe 4) e Parte de um Todo (Equipe 5).

Arturo Campos Begazo no curta baiano Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá

Neste ano, o Prêmio Canal Brasil de Curtas voltou em formato itinerante no 28º FAM. O melhor curta-metragem brasileiro escolhido por um júri formado por jornalistas e críticos de cinema ganha, além do troféu, um prêmio de R$ 15 mil em dinheiro. O júri contou com: Edsoul Amaral, Enoe Lopes Pontes, Luiz Zanin, Maria do Rosário Caetano e Vitor Búrigo, do CINEVITOR.

“Começar e terminar com sala cheia é um imenso orgulho, é o resultado do trabalho árduo de uma equipe de 85 pessoas. Gostaria de agradecer aos fornecedores que garantem o que vemos aqui e na tela… e como sempre dizia meu pai, Antonio Celso do Santos, agradecer ao público que faz o festival e está sempre presente, sem vocês não existe filme na tela”, disse Tiago Santos, diretor executivo da Panvision. Além disso, a data do FAM 2025 já foi anunciada: de 4 a 10 de setembro.

Confira a lista completa com os vencedores do FAM 2024:

MOSTRA LONGAS

Melhor Filme | Júri Popular: Aldo Baldin: Uma Vida pela Música, de Yves Goulart (Brasil, SC/RS/SP/MG/RJ/Alemanha/Argentina/Inglaterra/Israel/EUA)
Melhor Filme | Júri Oficial: Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (Brasil)
Menção Honrosa: Mirta Busnelli, por La Estrella que Perdí

MOSTRA CURTAS

Melhor Filme | Júri Popular: Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda (Brasil, PE)
Melhor Filme | Júri Oficial: Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (Brasil, BA)
Prêmio Especial do Júri: Luthier, de Carlos González Pénagos (Colômbia)

MOSTRA CURTAS CATARINENSE

Melhor Filme | Júri Popular: A Última Primavera, de Michelly Hadassa (Garopaba)
Melhor Filme | Júri Oficial: O que Fica, de Fabiane Bardemaker e Daniel Edu Mayer (Chapecó/Cunha Porã)
Melhor Filme | Prêmio Imprensa Catarinense: No Mundo da Lua, de Cleiton Schlindwein (Timbó)

MOSTRA INFANTOJUVENIL

Melhor Filme | Júri Popular: O Último é Mulher do Padre, de Yasser Socarrás (Brasil, SC)
Melhor Filme | Júri Oficial: Maréu, de Nicole Schlegel (Brasil, RJ)
Prêmio Especial do Júri: Raffi, de Ricardo Villavicencio (Chile)

MOSTRA VIDEOCLIPES

Júri Popular: Gauchito Gil, de Nacho Rocha; direção: Florencia Calcagno (Argentina/Uruguai)
Júri Oficial: Gauchito Gil, de Nacho Rocha; direção: Florencia Calcagno (Argentina/Uruguai)

MOSTRA WIP (Work in Progress)

Júri Popular: Nem, de Juan Manuel Benavides (Colômbia)
Júri Oficial: Muña Muña, de Paula Morel Kristof (Argentina)
Prêmio Player Districto Pacífico: Muña Muña, de Paula Morel Kristof (Argentina)

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (Brasil, BA)

MOSTRA ON-LINE
Júri Popular: Javyju: Bom Dia, de Cunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (Brasil, SP)

PRÊMIO RECAM

Júri Oficial: Voz de Trompeta, de Pilar Smoje Gueico e David Monarte Serna (Chile)
Menção Honrosa: Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (Brasil, BA), La Hija de la Azafata, de Sofía Brihet (Argentina), Luthier, de Carlos González Pénagos (Colômbia) e Casa na Árvore, de Guilherme Lepca (Brasil, PR)

PRÊMIO RALLY PANVISION
Parte de um Todo
Equipe 5: Marcelo Jané, Alexis, María Camila Guevara, Louise Moreira, Duda Aragão e Yuapenu Juká

*Clique aqui e confira a lista completa de jurados do FAM 2024

*O CINEVITOR esteve no FAM 2024 e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Divulgação.

CINEVITOR #472: Meu Casulo de Drywall | Entrevista com Caroline Fioratti + elenco

por: Cinevitor
Nos cinemas: Michel Joelsas e Bella Piero em cena

Depois de passar pelo SXSW Film Festival e pela Mostra de São Paulo, Meu Casulo de Drywall, dirigido por Caroline Fioratti, de Meus 15 Anos, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 12/09, pela Gullane+.

Estrelado por Maria Luisa Mendonça, Bella Piero e Mariana Oliveira, o filme reflete sobre as angústias e anseios da adolescência a partir da história da jovem Virgínia. Uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes, o longa acompanha 24 horas na vida de moradores de um condomínio de alto padrão. A trama começa em uma grande festa na cobertura para comemorar os 17 anos de Virgínia, mas conforme a noite avança, a celebração se transforma em uma verdadeira panela de pressão, cheia de tensões e perigos. A tragédia é iminente, e todos terminarão implicados nessa trama: mãe, pai, amigos, namorados e vizinhos.

Lançado durante o Setembro Amarelo, o filme apresenta um olhar sensível e real para a juventude, sobretudo sua complexa relação com a solidão, o luto e a saúde mental. Este retrato honesto era central para Fioratti desde o princípio do projeto. Afinal, sua intenção sempre foi gerar identificação e empatia com o público.

Estrelado também por Michel Joelsas, Daniel Botelho, Débora Duboc, Flavia Garrafa, Marat Descartes, Lena Roque e com participação especial de Caco Ciocler, a distribuição é da Gullane+. A direção de fotografia é de Helcio Alemão Nagamine com montagem de Leopoldo Joe Nakata; Monica Palazzo assina a direção de arte e o figurino é de César Martins.

A sinopse diz: Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo aparentemente perfeito, ela não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce como uma tragédia que abala o condomínio. Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana se questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.

Vale destacar que, no começo de 2020, o CINEVITOR visitou o set de Meu Casulo de Drywall, que na época se chamava Sobre Girassóis, e entrevistou a diretora e a atriz Bella Piero. Clique aqui e assista.

Para falar mais sobre Meu Casulo de Drywall, conversamos com a diretora e também com o elenco: Maria Luisa Mendonça, Mari Oliveira, Michel Joelsas e Daniel Botelho. No bate-papo, falaram sobre a importância dos temas abordados na narrativa, entrosamento do elenco, bastidores, jovens, saúde mental e expectativa para o lançamento. 

Aperte o play e confira:

Foto: Stella Carvalho.

Festival do Rio 2024: conheça os curtas selecionados para a Première Brasil

por: Cinevitor
Pedro Lucas no pernambucano Queimando por Dentro, de Enock Carvalho e Matheus Farias

Depois de anunciar os longas, a 26ª edição do Festival do Rio, que acontecerá entre os dias 3 e 13 de outubro, divulgou a lista com os 28 curtas-metragens selecionados para a Première Brasil, considerada a maior vitrine do cinema brasileiro.

Participam da competição: 19 curtas, sendo que 11 títulos fazem parte da Competição Oficial e 8 integram a mostra Novos Rumos. Além disso, mais 9 curtas terão exibições especiais hors concours durante a programação.

Os curtas que concorrem ao Troféu Redentor serão exibidos nas galas do Cine Odeon-CCLSR, na Cinelândia, sempre junto com um longa também selecionado para a competição. O público poderá ainda assistir aos curtas da Competição Oficial nas sessões a preços populares que também ocorrem no Odeon no dia seguinte às galas. A programação completa do festival será divulgada até o fim do mês no site oficial.

O Festival do Rio também revelou que o filme O Quarto ao Lado, no original The Room Next Door, primeiro longa em língua inglesa de Pedro Almodóvar, está confirmado na programação; a obra, que conta com Julianne Moore e Tilda Swinton no elenco, foi consagrada recentemente com o Leão do Ouro no Festival de Veneza.

Outro destaque desta edição é o também premiado Emilia Pérez, de Jacques Audiard, que será o filme de abertura. Vencedor do Prêmio do Júri e do prêmio de melhor atriz para Selena Gomez, Karla Sofía Gascón, Adriana Paz e Zoe Saldaña no Festival de Cannes, o longa une drama, comédia e trama policial no formato de um musical.

Conheça os curtas-metragens selecionados para o Festival do Rio 2024:

PREMIÈRE BRASIL | COMPETIÇÃO OFICIAL

A Arte de Morrer ou Marta Diptero Braquícero, de Rodolpho de Barros (PB)
A Cabana, de Barbara Sturm (SP)
A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
A Natureza, de Rodrigo Ribeyro (SP)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
Linda do Rosário, de Vladimir Seixas (RJ)
Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni (SP)
O Tempo é um Pássaro, de Yasmin Thayná (RJ)
Procura-se uma Rosa, de Julia Moraes (RJ)
Queimando por Dentro, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)
Stella do Patrocínio e a Gênese da Poesia, de Milena Manfredini (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS

Carne Fresca, de Giovani Barros (RJ)
Corpo Aberto, de João Victor Borges e Will Domingos (RJ)
E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
Fenda, de Lis Paim (CE)
O Céu Não Sabe o Meu Nome, de Carol Aó (BA)
Pequenos Traficantes Brancos, de José Pedro Diegues Bial (RJ)
Ressaca, de Pedro Estrada (MG)
Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)

EXIBIÇÕES ESPECIAIS

HORS CONCOURS | FORA DE COMPETIÇÃO

Amarela, de André Hayato Saito (SP)
Asa Real, de Diogo Oliveira (BA)
Bela LX-404, de Luiza Botelho (SP)
Viva Volta, de Heloísa Passos (RJ)

PANORAMA CURTAS CARIOCAS 

Como Chorar sem Derreter, de Giulia Butler 
Eu Sou um Pastor Alemão, de Angelo Defanti 
Mestiço, de Sandro Garcia
Ponto e Vírgula, de Thiago Kistenmacker

MOSTRA RETRATOS 

Mergulho no Escuro, de Isis Mello e Anna Costa e Silva

Foto: Divulgação/Gatopardo Filmes.

CINEVITOR #471: Entrevista com David Schurmann | Meu Amigo Pinguim

por: Cinevitor
Jean Reno em cena com o pinguim: protagonistas

O drama Meu Amigo Pinguim, no original My Penguin Friend, produção norte-americana baseada em uma história real brasileira, retrata a amizade entre um pescador e um pinguim e chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 12/09.

Dirigido pelo cineasta brasileiro David Schurmann, de Pequeno Segredo e O Mundo em Duas Voltas, o longa foi filmado em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e também contou com cenas rodadas em Paraty, no Rio de Janeiro, e na Patagônia, Argentina.

O filme é um conto de amizade entre um pai solitário e um pequeno pinguim perdido, que recarrega seu espírito e cura a sua família com uma lealdade inabalável que atravessa o oceano. O humilde pescador João, interpretado pelo ator francês Jean Reno, se afastou do mundo após uma tragédia, mas, quando ele descobre um pinguim à deriva sozinho no oceano, encharcado de óleo de um vazamento, seu primeiro instinto é ajudar. Para desespero de sua esposa, papel de Adriana Barraza, atriz mexicana indicada ao Oscar por Babel, ele não apenas resgata a criatura marinha, mas cuida do pássaro o colocando sob suas asas e o apelida de DinDim.

Meu Amigo Pinguim conta ainda com Alexia Moyano, Nicolás Francella, Rócio Hernandez, Juan José Garnica, Thalma de Freitas, Duda Galvão e Ravel Cabral no elenco com talentos brasileiros e de diversas nacionalidades e tem roteiro assinado por Kristen Lazarian e Paulina Lagudi. A direção de fotografia é de Anthony Dod Mantle, vencedor do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?; a edição fica com a mesma montadora de Pedro Almodóvar, a espanhola Tereza Font; e os efeitos especiais são liderados pelos também espanhóis Ferran Piquer e Francisco Porras, ganhadores de dois prêmios Goya. A produção é da City Hall Arts, Schurmann Filmes e Content Studios com distribuição nacional da Paris Filmes.

As filmagens contaram com a participação de pinguins do Aquário de Ubatuba (SP) e do Oceanic Aquarium, em Balneário Camboriú (SC), além do apoio do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, que treinou os animais antes das filmagens.

Para falar mais sobre o longa, que será lançado em mais de 40 países, conversamos com o diretor David Schurmann. No bate-papo, falou sobre a origem do projeto, filmagens no Brasil, escolha do elenco e exigências do estúdio, convite para Sonia Braga, curiosidades sobre os pinguins e expectativa para o lançamento.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Paris Filmes.

Festival de Veneza 2024: Ainda Estou Aqui ganha prêmio de melhor roteiro; conheça os vencedores

por: Cinevitor
Heitor Lorega e Murilo Hauser: cinema brasileiro premiado

Foram anunciados neste sábado, 07/09, os vencedores da 81ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza. O júri, presidido pela atriz francesa Isabelle Huppert, concedeu o Leão de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, para The Room Next Door, de Pedro Almodóvar, primeiro filme em inglês do consagrado cineasta espanhol.

Completavam o time de jurados da Competição Internacional deste ano: o diretor e roteirista brasileiro Kleber Mendonça Filho, James Gray, Agnieszka Holland, Andrew Haigh, Julia von Heinz, Abderrahmane Sissako, Giuseppe Tornatore e Zhang Ziyi. Já na mostra Orizzonti, o júri foi presidido pela diretora e produtora Debra Granik e contou também com Ali Asgari, Soudade Kaadan, Christos Nikou, Tuva Novotny, Gábor Reisz e Valia Santella.

Dirigido por Walter Salles, o brasileiro Ainda Estou Aqui foi premiado na categoria de melhor roteiro para Murilo Hauser e Heitor Lorega. O longa é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello com participação especial de Fernanda Montenegro. O filme reúne a Sony Pictures Classics com Walter Salles, 26 anos depois da trajetória de sucesso de Central do Brasil. Em 2001, o cineasta esteve em competição com Abril Despedaçado, sendo a última vez que o Brasil disputou o Leão de Ouro.

Ainda Estou Aqui é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil. O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

A direção de fotografia de Ainda Estou Aqui é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto. A montagem é de Affonso Gonçalves e a preparação de elenco de Amanda Gabriel; Daniela Thomas assina como produtora associada.

Para escolher o vencedor do Prêmio Luigi De Laurentiis, que entrega o Leão do Futuro para o melhor filme de estreia da seleção, o júri foi presidido pelo crítico de cinema italiano Gianni Canova. O time completou-se com: a brasileira Bárbara Paz, Ricky D’Ambrose, Taylor Russell e Jacob Wong.

Além disso, em uma premiação paralela, o Brasil se destacou com a Queer Lion Award, prêmio que reconhece o melhor filme com temática LGBTQIA+ do festival: a coprodução entre Colômbia e Brasil, Alma do Deserto, de Monica Taboada Tapia, exibida na Giornate degli Autori, foi escolhida pelo júri. A justificativa diz: “Por ter abordado, por meio de um poderoso olhar cinematográfico que transcende o gênero documentário, as complexas questões de identidade de gênero, etnia, cidadania e direitos civis, mesclando a busca por maior legitimidade da população Wayuu com a luta da protagonista transgênero Georgina que, por meio de uma batalha pacífica, digna e estoica de 45 anos, alcançou o reconhecimento oficial de sua identidade anagráfica”.

Outros títulos brasileiros se destacaram em Veneza este ano: Manas, de Marianna Brennand, foi o grande vencedor da mostra paralela Giornate degli Autori. Foram exibidos também: Apocalipse nos Trópicos, novo documentário de Petra Costa; a realidade virtual 40 Dias Sem o Sol, de Joao Furia; o curta-metragem Minha Mãe é uma Vaca, de Moara Passoni; e A Hora e Vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos, na Venice Classics.

O Prêmio SIGNIS, concedido pela World Catholic Association for Communication, tem sido uma marca registrada de filmes que exploram a dignidade humana, a justiça e a paz. Neste ano, o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, foi o grande vencedor. A SIGNIS, um movimento eclesial leigo católico romano para profissionais dos meios de comunicação, incluindo imprensa, rádio, televisão, cinema, vídeo, educação para a mídia, internet e novas tecnologias, premia filmes em Veneza desde 1948, reconhecendo obras que promovem a dignidade humana, a justiça e a solidariedade. A organização continua a servir como uma voz global na promoção dos valores de paz e justiça por meio do cinema.

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cinema de Veneza 2024:

COMPETIÇÃO | VENEZIA 81

MELHOR FILME | LEÃO DE OURO
The Room Next Door, de Pedro Almodóvar (Espanha)

GRANDE PRÊMIO DO JÚRI
Vermiglio, de Maura Delpero (Itália/França/Bélgica)

MELHOR DIREÇÃO | LEÃO DE PRATA
Brady Corbet, por The Brutalist

PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATRIZ
Nicole Kidman, por Babygirl

PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATOR
Vincent Lindon, por Jouer avec le feu

MELHOR ROTEIRO
Ainda Estou Aqui, escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega 

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
April, de Dea Kulumbegashvili (Geórgia/Itália/França)

PRÊMIO MARCELLO MASTROIANNI | ATOR/ATRIZ EM ASCENSÃO
Paul Kircher, por Leurs enfants après eux

MOSTRA ORIZZONTI

MELHOR FILME
Anul nou care n-a fost (The new year that never came), de Bogdan Muresanu (Romênia)

MELHOR DIREÇÃO
Sarah Friedland, por Familiar Touch

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Hemme’nin öldüğü günlerden biri (One of those days when Hemme dies), de Murat Fıratoğlu (Turquia)

MELHOR ATRIZ
Kathleen Chalfant, por Familiar Touch

MELHOR ATOR
Francesco Gheghi, por Familia

MELHOR ROTEIRO
Yin’ād alīku (Happy Holidays), escrito por Scandar Copti

MELHOR CURTA-METRAGEM
Who loves the sun, de Arshia Shakiba (Canadá)

VENICE IMMERSIVE

Grande Prêmio: Ito Meikyu, de Boris Labbé (França/Luxemburgo)
Prêmio Especial do Júri: Oto’s Planet, de Gwenael François (Luxemburgo/Canadá/França)
Prêmio de Realização: Impulse: playing with reality, de Barry Gene Murphy e May Abdalla (Reino Unido/França)

OUTROS PRÊMIOS

LEÃO DO FUTURO | MELHOR FILME DE ESTREIA: Familiar Touch, de Sarah Friedland (EUA)
MELHOR FILME | MOSTRA ORIZZONTI EXTRA | PRÊMIO DO PÚBLICO: Shahed (The witness), de Nader Saeivar (Irã)
MELHOR FILME RESTAURADO | VENICE CLASSICS: Ecce bombo, de Nanni Moretti (1978) (Itália)
MELHOR FILME | VENICE CLASSICS DOCUMENTÁRIO: Chain reactions, de Alexandre O. Philippe (EUA)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO FIPRESCI | COMPETIÇÃO: The Brutalist, de Brady Corbet (Reino Unido)
PRÊMIO FIPRESCI | ORIZZONTI E MOSTRAS PARALELAS: Anul nou care n-a fost (The new year that never came), de Bogdan Muresanu (Romênia)
QUEER LION AWARD: Alma do Deserto (Alma del desierto), de Monica Taboada Tapia (Colômbia/Brasil)
PRÊMIO SIGNIS: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil/França)

*Clique aqui e confira a lista completa com os vencedores da 81ª edição do Festival de Veneza

*Clique aqui e confira a lista completa com os prêmios paralelos, eleitos de forma independente por associações de críticos de cinema, cineclubes e associações culturais e profissionais do cinema

Foto: Alberto Pizzoli/La Biennale di Venezia.

Veneza 2024: Manas, de Marianna Brennand, é o grande vencedor da mostra Giornate degli Autori

por: Cinevitor
Manas, de Marianna Brennand: filme brasileiro ovacionado

Foram anunciados nesta sexta-feira, 06/09, os vencedores da Giornate degli Autori, mostra paralela ao Festival Internacional de Cinema de Veneza, que foi criada em 2004 e inspirada na Quinzena dos Realizadores, de Cannes, com o objetivo de chamar a atenção para um cinema de alta qualidade, sem qualquer tipo de restrição, e com um cuidado especial em inovação, pesquisa, originalidade e independência.

Nesta 21ª edição, o cinema brasileiro se destacou com Manas, de Marianna Brennand, que ganhou o prêmio principal da mostra paralela do Festival de Veneza, cujo objetivo é destacar obras autorais e cineastas emergentes com visão cinematográfica inovadora. Em comunicado oficial, a diretora disse: “Estou transbordando de felicidade e emoção. Esse prêmio é importante para mim como diretora, para toda a equipe brilhante que fez esse filme, para todas as manas do Pará, do Brasil e do mundo. E é um prêmio que eu recebo em nome do nosso cinema brasileiro, ele representa nossa força, nossa verdade, nossa ousadia e coragem em resistir assim como nossa protagonista resiste e reage bravamente”.

Eleito por um júri presidido pela cineasta britânica Joanna Hogg e composto por dez ex-participantes do 27 Times Cinema, programa que reúne anualmente cinéfilos de 27 países europeus para assistirem aos filmes da Giornate degli Autori, o prêmio é concedido ao realizador do melhor longa da mostra. Além disso, o GdA Director’s Award, cuja votação é deliberada ao vivo (assista aqui) pelo júri, oferece uma bonificação em dinheiro de € 20.000, a ser dividido igualmente entre o cineasta e o distribuidor internacional do filme, para promover sua circulação.

A justificativa do júri diz: “Nós nos envolvemos em discussões apaixonadas de 10 filmes que exploram a arte do cinema de maneiras incrivelmente tocantes e versáteis e gostaríamos de agradecer à visão curatorial da Giornate degli Autori. No final das contas, nós, o júri, estamos felizes por termos nos encontrado em uma experiência compartilhada com um filme em especial. Manas é uma janela para um mundo que é criado com tantos detalhes que acolhe o público em uma jornada envolvente e emocional a ser mudada. Manas conquistou nossos corações ao abordar com cuidado e carinho o tópico extremamente sensível e difícil do abuso, tanto em contextos domésticos quanto mais sistemáticos. Embora o cenário da Ilha de Marajó ainda não tivesse sido descoberto, a diretora retratou algo tão universal, com o qual cada um poderia ressoar profundamente. Este filme se destacou na programação com seu artesanato magistral, performances brilhantes e mensagem forte que acreditamos que ressoará com muitas pessoas ao redor do mundo, aumentando a conscientização e pedindo mudanças. Obrigada, Marianna Brennand por tornar essas histórias visíveis. Obrigada Giornate degli Autori por dar palco a esse filme”.

“Acabei de assistir a deliberação do júri e a conexão deles com o filme, a maneira emocionada com que falaram do Manas, como reconheceram a importância cinematográfica do filme, a delicadeza com que essa história tão difícil é contada, de uma maneira respeitosa, verdadeira, usando a potência do cinema para colocar o espectador dentro da alma e do coração da Marcielle enquanto ela vive as maiores violências que uma mulher pode passar”, celebra Marianna. “Mais ainda, reconheceram a importância de uma história que precisa ser contada, dividida, porque ela é brasileira, mas universal. É possível tocar as pessoas com delicadeza, sem trazer mais violência para quebrar ciclos e padrões. Foi preciso ter coragem para fazer esse filme e espero que Manas possa lançar luz e encorajar mulheres a quebrarem silêncios e o tabu perpetuado por anos sobre todas mulheres do mundo. Axé Manas!”.

A produção traz no elenco a estreante Jamilli Correa, no papel principal, Dira Paes, Fátima Macedo e Rômulo Braga, além de atores e atrizes locais da região amazônica, onde foi filmado. O roteiro vencedor do Sam Spiegel International Film Lab é assinado por Felipe Sholl, Marcelo Grabowsky, Marianna Brennand, Antonia Pellegrino, Camila Agustini e Carolina Benevides.

Manas narra a história de Marcielle/Tielle, uma jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó, no Pará, junto ao pai, Marcílio, à mãe, Danielle, e a três irmãos. Ela cultua a imagem de Claudinha, sua irmã mais velha, que teria partido para bem longe após arrumar um homem bom nas balsas que passam pela região. Conforme amadurece, Tielle vê ruírem muitas das suas idealizações e se percebe presa entre dois ambientes abusivos. Preocupada com a irmã mais nova e ciente de que o futuro não lhe reserva muitas opções, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege a sua família e as mulheres da sua comunidade.

A fagulha inicial para a realização do filme ocorreu quando Marianna tomou conhecimento de casos de exploração sexual de crianças nas balsas do Rio Tajapuru, na Ilha do Marajó (PA). Em 2014, ela ganhou um edital de desenvolvimento de roteiro promovido pela Ancine, Agência Nacional de Cinema, e deu início às pesquisas para o trabalho, que incluíram diversas viagens para a região. Primeiramente, havia a intenção de realizar um documentário, campo no qual a cineasta atuava, mas logo essa ideia foi abandonada.

O elenco conta também com Emilly Pantoja, Samira Eloá, Enzo Maia, Gabriel Rodrigues, Ingrid Trigueiro, Clebia Sousa, Nena Inoue e Rodrigo Garcia. A direção de fotografia é de Pierre de Kerchove; Marcos Pedroso assina a direção de arte e o figurino é de Kika Lopes. A montagem é de Isabela Monteiro de Castro e a edição de som de Ricardo Reis; René Guerra fez a preparação de elenco. Com produção de Carolina Benevides, da Inquietude, Manas conta também com Jean-Pierre e Luc Dardenne como produtores associados, além da VideoFilmes, de Walter Salles, entre outros nomes. Com distribuição da Bretz Filmes, a coprodução é da Globo Filmes, Canal Brasil, Pródigo e Fado Filmes.

Conheça os vencedores da mostra Giornate degli Autori 2024:

GdA Director’s Award
Melhor Filme: Manas, de Marianna  Brennand (Brasil)
Prêmio do Público: Taxi Monamour, de Ciro De Caro (Itália)

OUTROS PRÊMIOS

Europa Cinemas Venice Label | Melhor Filme Europeu: Alpha., de Jan-Willem Van Ewijk (Eslovênia/Suíça/Holanda)

Foto: Divulgação.

Maratona Nordeste Fantástico: mostra audiovisual exibirá filmes nordestinos

por: Cinevitor
Lucas Limeira no longa cearense Estranho Caminho, de Guto Parente

A Maratona Nordeste Fantástico, voltada para a difusão e o fomento de produções audiovisuais nordestinas, ocupará a Casa da Ribeira, em Natal, no Rio Grande do Norte, entre os dias 12 e 14 de setembro. As produções, de diferentes estados do Nordeste, passeiam por distintos universos fantásticos nos subgêneros fantasia, ficção científica, suspense e gêneros mistos.

O objetivo principal da Maratona é valorizar e difundir a produção de cinema de gênero realizada no nordeste brasileiro, de modo a proporcionar aos espectadores um maior conhecimento sobre as experimentações em termos de linguagem cinematográfica e do que foi e está sendo pensado e produzido a partir das realidades nordestinas, seus universos simbólicos e imagéticos: “A mostra promove a diversidade cultural, fortalece a identidade regional, amplia o acesso a conteúdos diversos, bem como estimula o diálogo e a reflexão. Toda a programação foi pensada e construída para dar evidência à realidade nordestina em sua diversidade e riqueza”, disse Rodolfo Holanda, diretor da mostra. 

Beatriz Saldanha, curadora da mostra, reforça: “Flutuando entre tradições e inovações, o cinema fantástico nordestino é essa amálgama forjada em um caldeirão cultural profundamente rico e variado. Longe de querer tecer uma historiografia em um espaço que não daria conta da imensidão e da complexidade do tema, desejamos acima de tudo fazer um convite para que as obras que habitam esse espaço imaginário que contempla uma efusiva e expansiva usina de criação artística no país, sejam descobertas, redescobertas e celebradas em toda a sua diversidade”.

A Maratona Nordeste Fantástico, que conta com programação gratuita, reúne obras que dialogam com a identidade nordestina, ressaltando as nuances dessa categoria hegemônica a partir do cinema de gênero. A curadoria evidencia processos constituintes de imaginários dissidentes, cuja representação de mundos humanos e mais-que-humanos questionam os limites entre tradição/modernidade e estimulam novos olhares sobre vida e arte nordestinas: “A pesquisa para a montagem da programação da Maratona Nordeste Fantástico destaca produções de todos os nove estados nordestinos, não os colocando como concorrentes em quantidade, muito menos em conformidade técnica, mas como uma união de propostas fílmicas que traduzem as possíveis identidades do cinema fantástico realizado nessa região”, completa Diego Benevides Nogueira, curador.

No dia 14/09, a partir das 19h, a Maratona Nordeste Fantástico, em parceria com a distribuidora mineira Embaúba Filmes, exibirá Estranho Caminho, o mais novo filme do diretor cearense Guto Parente. Em sua estreia mundial no Festival de Tribeca, a obra conquistou todos os prêmios da Competição Internacional; no Festival do Rio, recebeu os prêmios de melhor roteiro e ator coadjuvante para Carlos Francisco; e no Festival de Cinema de Havana foi consagrado com o Prêmio Casa de Las Américas. Após a exibição, o diretor participará de um bate-papo com o público presente; a conversa será mediada pelo curador da Maratona, o também cearense Diego Benevides.

A Maratona Nordeste contará ainda com um programa de curtas para estudantes da rede pública de ensino, sessão com acessibilidade, além da masterclass Pílula de Sangue: panorama de curtas-metragens de horror realizados por mulheres, com a pesquisadora e crítica Beatriz Saldanha, que acontecerá no dia 16/09, no auditório do Departamento de Comunicação da UFRN.

Conheça os filmes que serão exibidos na Maratona Nordeste Fantástico:

CURTAS-METRAGENS

Abjetas 288, de Júlia da Costa e Renata Mourão (SE)
Autômato do Tempo, de Rubens dos Anjos (RN)
Cabiluda, de aColleto e Dera Santos (PE)
Castelo da Xelita, de Lara Ovídio (RN/RJ)
Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur (AL)
Cordel da Vila: A Rainha Louca contra o Escandaloso, de Gil Leal (RN)
Encruzilhada Bar, de Johann Jean (RN)
Estalos, de F. Monteiro Júnior (PI)
Ímã de Geladeira, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (SE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Macho Carne, de George Pedrosa (MA)
Nebulosa, de Bárbara Cabeça e Noá Bonoba (CE)
O Verbo se Fez Carne, de Ziel Karapotó (PE)
Pataki, de Everlane Moraes (SE/BA/Cuba)
Pranto, de Jaime Guimarães (PB)
Vale do Vento Eterno, de Pedro Medeiros (RN)
Vislumbres, de Andre Pyrrho (RN)

LONGAS-METRAGENS

Açucena, de Isaac Donato (BA)
Cipriano e a Morte de Cipriano, de Douglas Machado (PI)
Estranho Caminho, de Guto Parente (CE)

Foto: Divulgação/Embaúba Filmes.

Festival Biarritz Amérique Latine 2024: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta-metragem brasileiro Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos

O Festival Biarritz Amérique Latine é um evento realizado desde 1979 com o objetivo de promover o cinema latino-americano na França, além de oferecer oportunidades de distribuição e coprodução para os realizadores.

A seleção conta com três mostras competitivas, de longas de ficção, curtas e documentários, além de sessões especiais fora de competição. O festival também se propõe a descobrir a cultura latino-americana de outras formas, com exposições de fotografia, concertos, encontros literários e universitários em parceria com o IHEAL, Instituto de Estudos Avançados da América Latina, entre outras atividades.

Nesta 33ª edição, que acontecerá entre os dias 21 e 27 de setembro, o cinema brasileiro ganha destaque com diversas produções, entre elas: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que será o filme de abertura; o longa é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro.

Na mostra competitiva de longas-metragens, o cinema nacional apresenta: Baby, de Marcelo Caetano, premiado na Semana da Crítica, em Cannes; Senhoritas, da cineasta pernambucana Mykaela Plotkin, que narra a história de uma arquiteta aposentada de classe média alta que encara a busca pela perfeição como prioridade em sua vida e que também se reconecta com sua juventude e com os desejos que manteve reprimidos por anos; e Zafari, de Mariana Rondón, uma coprodução entre Peru, Venezuela, México, Brasil, França, Chile e República Dominicana.

Na seleção de documentários em competição, destaque para No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, que foi rodado ao longo do ano de 2022 e acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, no dia 8 de janeiro de 2023.

Entre os curtas-metragens, o Brasil aparece com alguns títulos, entre eles: Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos, uma coprodução Delírio Filmes, Instituto Stanislavsky e Casa da Praia Filmes, que foi rodada nas ruas de São Paulo em película 16mm: “Nossa equipe pequena mas indomável foi pro meio da rua com alguns rolos de película e desenvolveu uma proposta visual provocadora para contar a história de duas irmãs nordestinas e um segredo que pode ser mortal. As conversas, entrevistas, pesquisas e experiências pessoais que inspiraram o roteiro do filme deixaram mais claro do que nunca que é perigoso ser mulher no Brasil. E é por isso que nosso filme precisou existir”, disse a diretora.

Os curtas brasileiros seguem com: A Visita, de Ivan Cordeiro, que utiliza imagens de arquivo restauradas em Super 8 da visita de campanha de Lula ao Recife, em 1982; Utopia Muda, de Julio Matos, que narra a luta pela democratização da mídia no Brasil pela história da Rádio Muda, a mais antiga estação de rádio livre, que desafiou o sistema para defender a liberdade de expressão; e Mala Facha, de Ilén Juambeltz, uma coprodução entre Uruguai e Brasil.

Neste ano, o consagrado cineasta mexicano Alfonso Cuarón, vencedor do Oscar por Gravidade e Roma, será o grande homenageado e receberá o Abrazo d’honneur: “O festival sempre admirou o trabalho excepcional de Alfonso Cuarón. Foi mesmo o primeiro festival europeu a convidá-lo, desde seu primeiro longa-metragem. Hoje, cada novo projeto de Alfonso traz um novo desafio, uma nova dimensão e confirma o seu talento inimitável. Foi natural atribuir a homenagem a esse artista, intelectual e homem excepcional que soube fazer brilhar e aplaudir a cultura latino-americana em todo o mundo. Ele é um dos maiores mestres do cinema contemporâneo”, disse Jean-Christophe Berjon, diretor geral do festival.

Conheça os selecionados para o Festival Biarritz Amérique Latine 2024:

LONGA-METRAGEM | FICÇÃO | COMPETIÇÃO

Baby, de Marcelo Caetano (Brasil/França)
Cuadrilátero, de Daniel Rodríguez Risco (Peru)
El aroma del pasto recién cortado, de Celina Murga (Argentina/Uruguai/Alemanha/México/EUA)
El ladrón de perros, de Vinko Tomicic (Bolívia/México/Chile/França)
La piel en primavera, de Yennifer Uribe Alzate (Colômbia/Chile)
Penal Cordillera, de Felipe Carmona (Chile)
Querido Trópico, de Ana Endara (Panamá/Colômbia)
Raíz, de Franco García Becerra (Peru)
Senhoritas, de Mykaela Plotkin (Brasil)
Zafari, de Mariana Rondón (Peru/Venezuela/México/Brasil/França/Chile/República Dominicana)

LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO | COMPETIÇÃO

Amor Fantasma, de Marusia Estrada (México)
Imprenteros, de Lorena Vega e Gonzalo Javier Zapico (Argentina)
La Laguna del Soldado, de Pablo Álvarez Mesa (Colômbia/Canadá)
Los Últimos, de Sebastián Peña Escobar (Paraguai/Uruguai/França)
Luz de Obra, de Germán Tejeira (Uruguai)
No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (Brasil)
Oasis, de Tamara Uribe e Felipe Morgado (Chile)
Ozogoche, de Joe Houlberg Silva (Equador/Bélgica/Qatar)
Sapos, Momentos de infancia en dictadura, de Lucas Brunetto (Argentina)
Una canción para mi tierra, de Mauricio Albornoz Iniesta (Argentina/Alemanha/Colômbia)

CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO

A Visita, de Ivan Cordeiro (Brasil/EUA)
Algo Nuevo, de Emilia Mark (Argentina)
Dos Menos, de Taroa Zúñiga Silva e Carlos Zerpa (Venezuela/Chile)
El Canon, de Martín Seeger (Chile)
Esconde-Esconde, de Vitória Vasconcellos (Brasil)
Fieras, de Andrés Felipe Ángel Machete (Colômbia/EUA)
La Marcha del Liquen, de Tania Ximena (México)
Mala Facha, de Ilén Juambeltz (Uruguai/Brasil)
Utopia Muda, de Julio Matos (Brasil)
Xquipi, de Juan Pablo Villalobos (México)

FILME DE ABERTURA
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil/França)

FILME DE ENCERRAMENTO
Mexico 86, de Cesar Díaz (Bélgica/México/França/Alemanha/Guatemala)

Foto: Divulgação.

Festival do Rio 2024: conheça os longas selecionados para a Première Brasil

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em Lispectorante, de Renata Pinheiro

A 26ª edição do Festival do Rio, que acontecerá entre os dias 3 e 13 de outubro, anunciou os longas-metragens selecionados para as mostras da Première Brasil. Ao todo, foram 752 inscrições neste ano: 530 curtas e 222 longas.

A cinematografia do país estará representada em sua diversidade, reunindo obras inéditas de diretores consagrados e novos expoentes, nas mostras competitivas Competição Oficial e Novos Rumos, que concorrem ao Troféu Redentor, e nas seleções especiais Hors Concours, Retratos e O Estado das Coisas.

A Première Brasil promove a formação de público com a realização de sessões e debates com elenco e equipe dos filmes, com ingressos a preços populares, além de sessões de gala para convidados e público. As sessões populares com debates são realizadas no clássico Cine Odeon CCLSR, localizado na Cinelândia, região central da cidade e proporcionam uma troca com o público, para além das telas dos cinemas.

As cinco mostras dedicadas ao cinema brasileiro também reúnem coproduções com outros países, clássicos restaurados e curtas em competição, que serão anunciados nos próximos dias. São 31 estreias mundiais e inúmeras estreias nacionais, exibidas na Première Brasil, considerada a principal vitrine do cinema nacional.

Em sua 26ª edição, o Festival do Rio ocupará, como tradicionalmente acontece, diversos locais na cidade, entre cinemas e espaços de projeção alternativos com programação cultural intensa que promete agradar os mais variados gostos. Este ano, a sede do festival volta a ocupar o Armazém da Utopia, no Cais do Porto do Rio de Janeiro, um espaço de cinco mil metros quadrados onde será oferecida uma programação especial de encontros e debates para o público mediante inscrição prévia on-line, sempre divulgada no site do festival e em suas redes sociais. A sede do festival também abrigará o RioMarket, área de mercado e negócios do evento, e receberá centenas de profissionais do audiovisual brasileiro e internacional.

O Cinema Circulação traz uma novidade: agora fazem parte da programação as salas recém- reformadas do Circuito da Prefeitura do Rio: Cine Carioca Penha, Cine Carioca Nova Brasília (Complexo do Alemão) e Ponto Cine Guadalupe. Além disso, o Festival do Rio segue com o compromisso de avançar nas metas de inclusão de pessoas com deficiência, com a ampliação de exibição de conteúdos acessíveis em todas as linguagens, em parte da programação.

Conheça os longas selecionados para a Première Brasil 2024:

PREMIÈRE BRASIL | COMPETITIVAS

LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO

Baby, de Marcelo Caetano (SP)
Betânia, de Marcelo Botta (SP)
Enterre Seus Mortos, de Marco Dutra (SP)
Kasa Branca, de Luciano Vidigal (RJ)
Lispectorante, de Renata Pinheiro (PE)
Malu, de Pedro Freire (RJ)
Manas, de Marianna Brennand (RJ)
O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG)
Os Enforcados, de Fernando Coimbra (SP)
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes (RJ)
Serra das Almas, de Lírio Ferreira (PE)

LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO

3 Obás de Xangô, de Sergio Machado (RJ)
A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (SP)
Alma Negra, do Quilombo ao Baile, de Flavio Frederico (SP)
Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa (SP)
Mambembe, de Fabio Meira (GO)
Quando Vira a Esquina, de Chris Alcazar (RJ)
Salão de Baile, de Juru e Vitã (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS

COMPETIÇÃO LONGAS

A Procura de Martina, de Márcia Faria (RJ)
Ainda Não é Amanhã, de Milena Times (PE)
Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim (RJ)
Centro Ilusão, de Pedro Diógenes (CE)
Continente, de Davi Pretto (RS)
Incondicional: O Mito da Maternidade, de Patrícia Fróes (RJ)
O Deserto de Akin, de Bernard Lessa (ES)
Paradeiros, de Rita Piffer (RJ)

PREMIÈRE BRASIL: RETRATOS

Armando Costa: Televisão pra Mim Não é Bico, de Victor Vasconcellos (RJ)
Brizola, Anotações para uma História, de Silvio Tendler (RJ)
Carta a un viejo master, de Paz Encina (RJ)
Janis, Amores de Carnaval, de Ana Isabel Cunha (SP)
Moacyr Luz, O Embaixador Dessa Cidade, de Tarsilla Alves (RJ)
Noel Rosa, Um Espírito Circulante, de Joana Nin (PR)
O Nascimento de H. Teixeira, de Roberta Canuto (RJ)

PREMIÈRE BRASIL | HORS CONCOURS

A Vilã das Nove, de Teodoro Poppovic (RJ)
Câncer com Ascendente em Virgem, de Rosane Svartman (RJ)
Filhos do Mangue, de Eliane Caffé (RN)
Kopenawa, de Marco Altberg (RJ)
Malês, de Antonio Pitanga (RJ)
Os Afro-Sambas, o Brasil de Baden e Vinícius, de Emílio Domingos (RJ)
Precisamos Falar, de Pedro Waddington e Rebeca Diniz (RJ)
Virgínia e Adelaide, de Jorge Furtado e Yasmin Thayná (RS)

PREMIÈRE BRASIL | O ESTADO DAS COISAS

Alarme Silencioso, de Ricardo Favilla (RJ)
Eu Sou Neta dos Antigos, de Adriana Miranda (RJ)
Insubmissas, de Carol Benjamin, Tais Amordivino, Julia Katharine, Luh Maza e Ana do Carmo (RJ)
No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut (RJ)
Pele de Vidro, de Denise Zmekhol (SP)
Sabores, de Claudia Calabi e Fernando Grostein (SP)

MIDNIGHT MOVIES

Abraço de Mãe, de Cristian Ponce (RJ)
A Herança, de João Cândido Zacharias (RJ)

COPRODUÇÕES COM O BRASIL | PREMIÈRE LATINA
Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz (Brasil/Alemanha/Taiwan/Argentina)

COPRODUÇÕES COM O BRASIL | PANORAMA DO CINEMA MUNDIAL
Transamazonia, de Pia Marais (França/Alemanha/Suiça/Taiwan/Brasil)

Foto: Divulgação.

Oscar 2025: 12 longas estão habilitados e disputam indicação brasileira na categoria de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Fernanda Vianna em Cidade; Campo, de Juliana Rojas

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou a lista com todos os 12 longas-metragens brasileiros que estão habilitados e seguem na disputa por uma indicação à vaga na categoria melhor filme internacional no Oscar 2025.

As reuniões da Comissão de Seleção acontecerão em duas etapas: dia 16 de setembro de 2024, segunda-feira, quando serão selecionados seis títulos entre os inscritos, e a reunião final, no dia 23 de setembro, segunda-feira, para a escolha do título que representará o Brasil na disputa por uma vaga na categoria na categoria de melhor filme internacional na 97ª edição do Oscar, premiação realizada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que acontecerá no dia 2 de março de 2025.

O título escolhido será divulgado por meio de release para a imprensa e nas redes sociais da Academia Brasileira de Cinema. Neste ano, a Comissão de Seleção, presidida por Bárbara Paz, é composta por 25 membros titulares, sendo 21 eleitos em votação entre os sócios da Academia e outros quatro membros indicados pela diretoria, todos profissionais do ambiente cinematográfico brasileiro, mas não necessariamente associados.

Os integrantes da Comissão de Seleção do Oscar 2025 são: Allan Deberton (CE), Andre Pellenz (RJ), Bárbara Paz (RJ), Bernardo Uzeda (RJ), Bia Oliveira (RJ), Carol Bentes (RJ), Cíntia Domit Bittar (SC), Diogo Dahl (RJ), Edson Ferreira (ES), Eloisa Lopez-Gomez (SP), Flavio Tambellini (RJ), Gabriel Mellin (RJ), Gláucia Camargos (RJ), Ilana Brakarz (RJ), Leo M. Barros (RJ), Lô Politi (SP), Lucy Barreto (RJ), Malu Miranda (RJ), Marcelo Serrado (RJ), Monica Trigo (SP), Plinio Profeta (RJ), Renata Martins (SP), Sandra Kogut (RJ), Gal Buitoni (SP) e Alfredo Alves (MG).

Na última edição do prêmio da Academia, o Brasil estava representado por Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, mas, infelizmente, o longa não conseguiu uma vaga entre os 15 semifinalistas. Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

Conheça os 12 longas-metragens brasileiros habilitados:

A Metade de Nós, de Flávio Botelho
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles
Cidade; Campo, de Juliana Rojas
Estômago 2: O Poderoso Chef, de Marcos Jorge
Levante, de Lillah Halla
Motel Destino, de Karim Aïnouz
Ninguém Sai Vivo Daqui, de André Ristum
O Sequestro do Voo 375, de Marcus Baldini
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges
Sem Coração, de Nara Normande e Tião
Vermelho Monet, de Halder Gomes
Votos, de Ângela Patrícia Reiniger

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Mostra Sumé de Cinema 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do curta Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli

A Mostra Sumé de Cinema, realizada no Cariri paraibano, aconteceu pela última vez em setembro de 2022. Agora, duas novas edições serão realizadas ao mesmo tempo entre os dias 10 e 15 de setembro.

Sendo assim, o evento idealizado e coordenado por Ana Célia Gomes, divulgou duas listas de selecionados: os títulos da terceira edição, que aconteceria no ano passado mas foi adiada, e também da quarta edição.

Com exibições de filmes e videoclipes, além de diversas atividades paralelas, a Mostra Sumé de Cinema homenageará o cineasta paraibano André da Costa Pinto. Formado em Comunicação Social pela UEPB e Mestre em Cinema pela UFF, construiu uma trajetória brilhante como educador audiovisual, diretor, roteirista e produtor.

Conheça os títulos selecionados para a e 4ª Mostra Sumé de Cinema:

IV MOSTRA SUMÉ DE CINEMA

MOSTRA BRASIL

As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho (CE)
Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Coelhitos e Gambazitas, de Thomas Larson (SP)
Criaturas Celestiais, de Pedro Andrade e Pedro Stilo (PE)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Nós Duas, de Wéllima Kelly e Leandro Alves (AL)
Os Três Porquinhos, de Tamires Campos (PB)
Time de Dois, de André Santos (RN)
Trançando Afetos, de Igor Gomes e Ana Clara (RN)
Vai Ficar Tudo Bem, de Wescley Di Luna (RJ)

MOSTRA PARAÍBA

A Gente Tava Era com Saudade, de Vanessa Oliveira (Patos)
Aqueles que Estamos Esquecendo, de R.B. Lima (João Pessoa)
Aratu, de Firmino de Almeida (João Pessoa)
Brasiliana, de Sebastião Formiga (João Pessoa)
Céu, de Valtyennya Pires (Santa Luzia)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (Cabedelo)
Incúria, de Tiago A. Neves (Cabedelo)
Labuta, de Bruno Nogueira (São José da Lagoa Tapada)
Nem o Mar Tem Tanta Água, de Mayara Valentim (Cabedelo)
Querida Abayomi, de Sebastião Formiga (Pombal)

MOSTRA RITMOS

A Dança do Caos, de Sargaço Nightclub; direção: Vito Quintans (PE)
A Morte Nos Nivela, de RODRIC; direção: Rodrigo Amaro (MG)
Afago, de Caju; direção: Gabriel Freire (RS)
Amor ao Meu Sertão, de Carlos Cardozo e Elias Barros; direção: Luiz Rodrigues Jr. (PE)
Mola de Ratoeira, de Cláudio Rabeca; direção: Luiz Rodrigues (PE)
Uma Volta na Veneza Brasileira, de Carlos Cardozo; direção: Luiz Rodrigues Jr. (PE)

III MOSTRA SUMÉ DE CINEMA

MOSTRA BRASIL

Bicicleta Vermelha, de Rodolpho Pinotti (SP)
Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (SC)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP)
Elo, de Layla Sah (CE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Laguna Plena, de Carlos H. e Rimon Guimarães (PR)
Lilith, de Nayane Nayse (PE)
Luz, Câmera, Produção!, de Adriana Manolio e Charles Northrup (AL)
Mundo 1, de Pedro Fiuza e Rudá Almeida (RN)
Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE)

MOSTRA PARAÍBA

Ao Redor de Casa, de Maisa P. e Virginia O. (Remígio)
Bom de Golpe, de Bruno Dantas (Pirpirituba)
Flor dos Canaviais, de Lucas Machado e Lívio Brandão (Santa Rita)
Jacu, de Ramon Batista (Nazarezinho)
Juremeiras, de Clayton Ferrer (João Pessoa)
Ladário, de Ed Junior (Catolé do Rocha)
Nascentes, de Raysa Prado (João Pessoa)
O Brilho Cega, de Carlos Mosca (Lagoa Seca)
O Rebanho de Quincas, de Rebeca Sousa (Boa Vista)
Um Sertão Profundo, de Vitor Daniel Cartaxo (Cachoeira dos Índios)

MOSTRA RITMOS

Abaixa que é Tiro, de Bloco do Caos e GOG; direção: Rodrigo Rímoli (SP)
Boy Magia, de Almério; direção: Marcos Castro (PE)
Depois de Mim, de Regiane Araújo; direção: Jessica Lauane (MA)
Liquidificador, de Bloco do Caos e Pelé MilFlows; direção: Rodrigo Rímoli (SE)
Meu Lugar, de Gutasso; direção: Igor Lira (PE)
O Futuro que me Alcance, de Reynaldo Bessa; direção: Nat Grego (SP)
Receita de Vó, de Renan Inquérito e Liah Vitória; direção: Carlos Hardt (PR)
Resumo da Ópera, de Dani Carmesim; direção: Nathaly Barreto (PE)

Foto: Divulgação.