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28ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibirá 140 filmes na programação

por: Cinevitor
Cena do curta potiguar Mukunã: Aprendiz de Pajé, de Rodrigo Sena

A 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro, contará com 140 filmes brasileiros: 43 longas, 1 média e 96 curtas-metragens, vindos de 21 estados. Os títulos serão exibidos, com programação gratuita, em 62 sessões divididas em vários recortes, além de debates, encontros e rodas de conversa.

A curadoria teve coordenação geral de Francis Vogner dos Reis. A comissão de longas-metragens contou com as presenças de Juliano Gomes e Juliana Costa, além de Francis. A de curtas-metragens teve participações de Camila Vieira, Mariana Queen Nwabasili, Leonardo Amaral, Lorenna Rocha e Rubens Fabricio Anzolin.

A Mostra de Cinema de Tiradentes 2025 abre na noite de 24 de janeiro com a pré-estreia de Girassol Vermelho, novo longa-metragem do diretor mineiro Éder Santos, extensão de um de seus trabalhos mais aclamados que se tornou uma ficção protagonizada por um elenco estrelado formado por Daniel de Oliveira, Chico Diaz e Bárbara Paz.

Como já anunciado, em 2025 a Mostra homenageará a atriz catarinense Bruna Linzmeyer, um dos nomes mais representativos de sua geração. Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, Bruna transita entre o cinema independente e produções televisivas de grande alcance. A homenagem celebra não apenas sua trajetória como atriz, mas também o engajamento com um cinema inventivo, poético e provocador. A Mostra vai promover um recorte de títulos com a atriz para ser exibido ao longo do evento; os filmes são: o recente e premiado Baby, de Marcelo Caetano; A Frente Fria que a Chuva Traz, de Neville d’Almeida; Cidade; Campo, de Juliana Rojas; o sexto episódio da série Notícia Populares, de Marcelo Caetano; Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Eri Sarmet; Se Eu to Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro; Medusa, de Anita Rocha da Silveira; O Filme da Minha Vida, de Selton Mello; O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; e Alfazema, de Sabrina Fidalgo.

A mostra Olhos Livres passa a ser avaliada pelo Júri Oficial com exibições no horário noturno, enquanto a Mostra Aurora será avaliada pelo Júri Jovem com sessões no fim da tarde. Além disso, a Aurora agora passa a contar com filmes exclusivamente de cineastas em seu primeiro longa-metragem.

A Olhos Livres tem se destacado nos últimos anos ao exibir filmes que resgatam o espírito original da Aurora, quando a proposta era desbravar novos caminhos na produção autoral. Muitos desses filmes são de nomes que, apesar de se firmarem como jovens veteranos, continuam a apostar na radicalidade inventiva que marca suas obras. Em sua 18ª edição, a Aurora é espaço exclusivo de primeiros longas-metragens. Com isso, a curadoria preserva o conceito original do recorte, que é o de apontar e descobrir realizadores em trabalhos iniciais na direção e os rumos do cinema contemporâneo brasileiros. Clique aqui e saiba mais.

Everaldo Pontes e Tavinho Teixeira em Batguano Returns: Roben na Estrada

Neste ano, dois filmes fazem parte do recorte temático Que cinema é esse?: os longas-metragens Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas, de Julio Bressane e Rodrigo Lima; e Odradek, de Guilherme de Almeida Prado. Quantas imagens podem existir em um plano? O quanto o princípio de organização de uma montagem tem como destino poético a desorganização, a fim de criar ou encontrar algo que não está dado, seja no texto do filme, seja na própria materialidade das coisas que filma ou e na nossa percepção? Em uma época em que se discute, se pratica e se demanda objetos audiovisuais pensados a partir de uma economia de tempo que facilite a produção serial (e industrial) de padrões e que trabalhe, junto ao espectador, com o imperativo da eficiência cognitiva que dispensa a concentração da atenção, esses dois filmes, não só por suas durações (duas hora e meia no filme de Lima e Bressane, quatro horas e meia no de Almeida Prado), mas principalmente pelo caráter de seus trabalhos de concepção do tempo na relação, na duração e na intervenção nas imagens.

O sentido que soa mais latente no conjunto da Mostra Autorias em 2025 é o de uma ênfase nas trocas e nas transformações. Seja na duplicidade dos músicos que conduzem Centro Ilusão (CE), de Pedro Diogenes, cuja permuta (histórica, estética, libidinal) é central como tarefa do trajeto fílmico; ou na fantasmagoria da correspondência de Lota de Macedo Soares habitando a escuridão presente do parque urbano carioca em Para Lota (RJ), de Bruno Safadi e Ricardo Pretti; nas variações entre contar e ver, simbolizar e ser, entre humano e coisa, textura e vida, entre si e outro, que experimentamos em Uma Montanha em Movimento (SP), de Caetano Gotardo; ou nas interações corporais e subjetivas tornadas jogos de montar e desmontar, em Parque de Diversões (MG), de Ricardo Alves Jr. As peças se apresentam para, no trajeto dos filmes, tornarem-se outras. E a possível autobiografia familiar de Sueli Maxakali se torna uma jornada essencialmente coletiva em Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá (MG/MS), de Isael Maxakali, Luisa Lanna, Sueli Maxakali e Roberto Romero, em que toda uma comunidade humana e extra-humana participa, entre presenças e projeções.

As exibições da Mostra Praça são um dos pontos de culminância do aspecto coletivo e comunitário que marca a Mostra de Tiradentes. As centenas de pessoas que se juntam na Praça Tiradentes estão ao mesmo tempo interagindo e experimentando o espaço da cidade, seu contexto imediato, às vezes envolvidos em outras atividades simultaneamente, o que exige da curadoria refletir e trabalhar ideias de coletividade que aparecem nos próprios filmes de diferentes formas.

Este ano, a programação de longas e curtas-metragens da Praça inclui:

LONGAS-METRAGENS

3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado (RJ/BA)
Alma Negra: Do Quilombo ao Baile, de Flavio Frederico (SP)
Kasa Branca, de Luciano Vidigal (RJ)
Malês, de Antonio Pitanga (RJ)
Milton Bituca Nascimento, de Flavia Moraes (SP)

CURTAS-METRAGENS

A Fumaça e o Diamante, de Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida (DF)
Canto das Areias, de Maíra Tristão (ES)
Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur (AL)
Daimara y el Baile Zombie, de Natália Keiko e Tom Hamburger (SP)
Fluxo: O Filme, de Filipe Barbosa (SP)
Fulano de Tal, de André P. Barata, Reinê Pires Muzzi e Vane Ferreira (SP)
Goiânia: Notas Pendulares sobre a Metrópole, de O. Juliano Gomez (GO)
Junho de 2002, de Tainá Lima (MG)
Mukunã: Aprendiz de Pajé, de Rodrigo Sena (RN)
Phoenix Club, de Gabriela Araújo (AL)
Procura-se uma Rosa, de Julia Moraes (RJ)
Reciclos, de Diego Guerra (RJ)
Stella do Patrocínio e a Gênese da Poesia, de Milena Manfredini (RJ)
Travessia, de Karol Felicio e Isadora Carneiro (ES)
Yby Katu, de Kaylany Cordeiro, Jessé Carlos, Ladivan Soares, Geyson Fernandes e Rodrigo Sena (RN)

Novidade em 2024, a mostra Clássicos de Tiradentes traz um recorte que pretende revelar um universo de filmes que atentam contra duas noções vulgares mais convencionais sobre a ideia clássico: a de filmes amplamente conhecidos e que fazem parte de uma memória em comum do público e a que parasita a ideia de obras de arte que primam pelo equilíbrio e por uma forma de expressão ideal. Nesta segunda edição, serão apresentados filmes que deram rumos fundamentais à Mostra de Tiradentes como espaço de invenção e projeção visionária: Conceição: Autor bom é Autor Morto (RJ), de André Sampaio, Cynthia Sims, Daniel Caetano, Guilherme Sarmiento e Samantha Ribeiro, exibido no evento em 2007 e que serviu de prévia do que viria a ser a Mostra Aurora, criada no ano seguinte; e o curta-metragem Maldição Tropical (RJ), de Luísa Marques e Darks Miranda, que em 2017 disputou a Mostra Foco no ano seguinte à derrubada da presidente Dilma Rousseff e trouxe a impressão amarga de que o Brasil é, e sob certo aspecto sempre foi, uma ruína do futuro.

Vitória Vasconcellos: atriz e diretora do curta Esconde-Esconde

Na Mostra de Curtas serão exibidos 96 títulos escolhidos e distribuídos nas mostras Foco (13), Formação (13), Panorama (24), Praça (15), Homenagem (3) Jovem (5), Valores (4), CineEmbraturLab (4), Mostrinha (6), Clássicos de Tiradentes (1) e Território Mineiro (8). Entre elas, a Foco tem avaliação do Júri da Crítica e mantém o perfil da pluralidade e radicalidade, atenta à emergência de expressões sofisticadas de quem está começando pelo curta ou de cineastas experientes que continuam explorando o formato como meio de experimentação e refinamento. Clique aqui e saiba mais.

Em Sessões Debate, serão dois filmes que, além de provocarem discussões sobre a atualidade, se debatem internamente em seus temas e formas. Enquanto Tijolo por Tijolo (PE), de Victoria Alvares e Quentin Delaroche, opta por uma narrativa documental de observação para buscar uma síntese fragmentada de um recorte da sociedade brasileira contemporânea, Trópico de Leão (SP), de Luna Alkalay, apresenta a subjetividade da diretora em um filme ensaio complexo que tem na palavra sua base de expressão.

Na mostra Vertentes, dois filmes dialogam com estruturas consolidadas do cinema e se integram às narrativas da história da arte para rever os gêneros aos quais se remetem explicitamente. Oeste Outra Vez (GO), de Erico Rassi, explora o sertão de Goiás com referências ao faroeste, mas troca o embate mortal pelo tédio da escassez; em vez do ouro e da conquista típicos do western clássico, o filme aborda a ausência de perspectivas no coração do Brasil. Já Sem Vergonha (RJ), de Rafael Saar, tem Maria Alcina interpretando sua própria biografia, em uma celebração de exuberância e teatralidade. Incorporando a chanchada e o teatro de revista, o filme resgata a irreverência dessas formas artísticas enquanto questiona os limites entre arte e realidade. A pungência de Alcina dá profundidade à encenação, evocando reflexões sobre identidade e autobiografia

Com parte de sua programação voltada às crianças, visando o entretenimento e a educação como parte das ações do evento em atenção à comunidade, a Mostra de Tiradentes exibe em 2025 na Mostrinha: Dentro da Caixinha: Mundo de Papel (MG), de Guilherme Reis, e A Mensagem de Jequi (MG), de Igor Amin, além de curtas-metragens. Ambos os filmes buscam conectar ou reconectar as crianças aos temas e questão do mundo à sua volta e desperta a atenção delas para a responsabilidade com o contexto no qual vivem.

Na programação da Mostra acontece um recorte dedicado a atividades do Brasil CineMundi, encontro internacional de coprodução realizado anualmente na CineBH – Mostra de Cinema de Belo Horizonte. Em Tiradentes, a Conexão BCM promove sessões Work in Progress, com filmes em processo de finalização que são vistos por consultores e convidados especializados na indústria do audiovisual. Em 2025, os filmes WIP são: Nós a Sós (RS), de Márcio Picoli e Victor Di Marco; Morte e Vida Madalena (CE), de Guto Parente; A Voz de Deus (SP), de Miguel Antunes Ramos; Não Estamos Sonhando (CE), de Ulisses Arthur; e O Monstro (SP), de Helena Guerra.

Milton Bituca Nascimento: documentário de Flavia Moraes

Sobre o encerramento: Suçuarana, mais recente projeto da produtora mineira Anavilhana Filmes, é a primeira direção compartilhada de Clarissa Campolina e Sérgio Borges no formato de longa-metragem. Exibido nos festivais de Chicago, Roterdã e Brasília, o filme encerra a 28ª Mostra de Tiradentes. Na narrativa, acompanhamos Dora em uma aventura solitária a caminho da terra que teria pertencido a sua mãe e leva o nome do título: Suçuarana. Como uma Alice no País das Maravilhas na estrada, no percurso em direção a sua Shangri-Lá, a protagonista encontra e desencontra personagens que auxiliam e confundem o trajeto em direção ao seu retorno ao lar.

Diversos títulos da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes integrarão a programação on-line do evento, que vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma do evento. A seleção inclui títulos da Mostra Panorama e da Mostra Homenagem e serão disponibilizados para visualização entre os dias 24 de janeiro e 1 de fevereiro, simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na cidade histórica mineira. Além disso, um recorte especial da Mostra estará disponível na plataforma IC Play, entre os dias 3 e 16 de fevereiro.

Nesta edição, a Universo Produção irá oferecer premiação em dinheiro para os vencedores das mostras Aurora, Olhos Livres, Foco e Formação. Além disso, a 28ª Mostra Tiradentes conta com uma rede de parceiros que distribuem premiações em várias categorias.

A Universo Produção em parceria com a plataforma Festival Scope Pro oferece o Prêmio Festival Scope para filmes da programação da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Essa premiação tem o objetivo de criar oportunidades de distribuição e programação para filmes e talentos independentes do cinema brasileiro. O prêmio consiste na divulgação e disponibilização dos filmes na plataforma para profissionais da indústria cinematográfica no mundo todo. Ao todo, vinte filmes serão premiados: os longas das mostras Aurora e Olhos Livres, os filmes vencedores das mostras Autorias, Foco e Formação, os vencedores dos prêmios Canal Brasil de Curtas e Helena Ignez, e o curta e o longa escolhidos pelo Júri Popular.

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país, apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais; uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

Fotos: Bobox Produções/Casa da Praia Filmes/Divulgação.

6º Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do documentário potiguar Canto de Acauã, de Jaya Pereira

Destaque no calendário audiovisual da capital potiguar, a sexta edição do Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol acontecerá entre os dias 16 e 18 de janeiro em Natal no Complexo Cultural Rampa. Pela primeira vez no bairro de Santos Reis, a paisagem litorânea dá o tom do festival que abre o ano cinematográfico do Rio Grande do Norte com programação gratuita.

A curadoria do festival lidou com um número recorde de filmes inscritos: foram mais de 600 submissões que, criteriosamente, foram analisadas sob o ponto de vista narrativo, estético e técnico: “O Cine Verão não é um festival de cinema temático, mas está atento e sensível às pautas importantes da contemporaneidade. Sendo assim, o processo de curadoria reflete esse espírito livre e democrático, com um olhar especial para contemplar a diversidade, sem abrir mão da qualidade. Essa preocupação com a diversidade e com a qualidade já inicia-se com a própria curadoria convidada”, afirma Carito Cavalcanti, Coordenador de Curadoria e do Júri da sexta edição

A Mostra Cine Verão Poti exibirá 12 filmes realizados em território potiguar; as produções foram selecionadas por Fernando Suassuna, Geslline Giovana Braga e Heloísa Sousa. Já a Mostra Cine Verão Brasil apresenta um panorama da produção cinematográfica nacional e contou com curadoria de Quemuel Costa, Rosy Nascimento e Sihan Felix: “Um grande desafio para as duas curadorias que exercem, com liberdade e autonomia, um caminho de análise e escolha não só de cada filme individualmente, mas pensando também no todo, no diálogo dos filmes entre si, com o público, e com o conceito do festival. Um trabalho cuidadoso para apresentar um Brasil amplo e plural, respeitando contextos culturais diversos e fortalecendo a cena cinematográfica do nosso estado”, complementa o cineasta Carito.

Além das duas mostras competitivas, a programação do Cine Verão também oferece ao público atividades de fomento à cultura cinematográfica com workshops, mesas temáticas e um espaço de convivência criado para estimular o debate sobre o cinema brasileiro e também desfrutar do veraneio às margens do Rio Potengi

Para contribuir com a profissionalização da cadeia cultural, as oficinas O projeto para o edital: uma questão estratégica, com Camila Guerra, e Produção Executiva e gestão financeira para projetos audiovisuais, com Babi Baracho, levam ao centro do festival a experiência, a teoria e a técnica de realizadoras reconhecidas pela indústria audiovisual potiguar. Com objetivos semelhantes, a mesa Processos Burocráticos do Fazer e Profissionalização do Setor promove a discussão sobre a economia do audiovisual: o papo é capitaneado por Arlindo Bezerra, Babi Baracho, Camila Guerra e Pedro Fiuza com mediação de Nathalia Santana. A mesa Cinemas de Rua: Passado, Presente e Futuro reúne Anthony Rodrigues, João da Mata e Nelson Marques, com mediação de Wire Lima, para refletir sobre a memória e resistência dos cinemas de rua.  

Na quinta-feira, 16/01, a DJ Aurora recebe o público do Cine Verão às 17h; já na sexta-feira, 17/01, o DJ Sogos abre a pista do Complexo Cultural Rampa às 16h. No sábado, 18/01, o festival começa mais cedo com o Fórum dos Festivais de Cinema de Natal, às 14h, seguido pelo DJ Astrovagant.

Conheça os filmes selecionados para o Cine Verão 2025:

MOSTRA CINE VERÃO BRASIL

A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (DF)
Antonio e Manoel, de Zeca Ferreira (RJ)
Caluim, de Marcos Alexandre (BA)
Era Uma Vez Diversiones, de Sharlene Esse e Henrique Arruda (PE)
Ladário, de Ed Junior (PB)
No Batente, de Badu Morais e Humberto Bassanello (SP)
Nosso Modo de Lutar, de Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó (Rede Katahirine) (DF)
Onde a Maré Leva, de Luan Santos (BA)
Pé de Chinelo, de Cátia Cardoso (PE)
Te Desperto, de Cameron Venture (SC)

MOSTRA CINE VERÃO POTI

Alumbrado, de Catarina Calungueira (Caicó/Cruzeta)
Banheiro dos Campeões, de Felipe Santelli e Osani (Natal)
Canto de Acauã, de Jaya Pereira (Natal)
Clave de Sol, de Anderson Figueredo (Natal)
Diálogos Indígenas do Nosso Tempo, de Gustavo Guedes (Natal)
Diga ao Povo que Avance, de Evelyn Freitas (Apodi/Mossoró)
Divagar, de Lupa Silva (Natal/Parnamirim/Mossoró)
Eu Estou Aqui, de André Santos (Natal)
Lagrimar, de Paula Vanina (Natal)
Mil Manifestações do Qualquer, de Mateus Biston (Natal)
Pupá, de Osani (Acari)
Verão Sem Fim, de Rodrigo Almeida (Natal/Tibau do Sul/Salvador)

Foto: Divulgação.

29º Art Directors Guild Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Cynthia Erivo e Ariana Grande em Wicked: filme indicado

Fundada em 1937, a Art Directors Guild (ADG, IATSE Local 800) reúne mais de 3.000 membros do mundo todo, principalmente americanos e canadenses, que trabalham como designers de produção, diretores de arte, cenógrafos, ilustradores, modeladores, assistentes de arte, entre outros.

Em 1996, foi realizado o primeiro ADG Awards, prêmio anual de excelência em design de produção no cinema, na TV e no teatro. Ao longo dos anos, filmes consagrados pela associação também receberam o Oscar nesta categoria. No ano passado, James Price e Shona Heath foram premiados pela ADG por Pobres Criaturas e também receberam a estatueta dourada. Vale lembrar que, dentro da estrutura do cinema brasileiro, o designer de produção é mais conhecido como diretor de arte.

Os vencedores da 29ª edição nas categorias de filmes, televisão/streaming, videoclipes e comerciais serão anunciados no dia 15 de fevereiro, no InterContinental Los Angeles Downtown, em cerimônia apresentada pela atriz e comediante Rachael Harris

Em comunicado oficial, Michael Allen Glover e Megan Elizabeth Bell, produtores da premiação, disseram: “Os indicados deste ano mostram a incrível arte e visão que definem nosso ofício e nossa indústria. Estamos felizes em reuní-los para celebrar as conquistas desses incríveis designers de produção e seus departamentos de arte”.

Os homenageados deste ano serão: o diretor Jason Reitman, de Obrigado por Fumar, Juno, Amor sem Escalas, Jovens Adultos e Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia, que receberá o Cinematic Imagery Award pelo conjunto da obra. O Lifetime Achievement Award será entregue para profissionais veteranos da área: a cenógrafa televisiva Lisa Frazza, de Dancing with the Stars, Survivor e The Late Late Show with James Corden; a cenógrafa Barbara Mesney, de Capitão América: O Soldado Invernal, Twin Peaks: O Retorno e Garota Exemplar; o artista de storyboard Dan Sweetman, de Planeta dos Macacos: A Guerra e Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância); e o designer de produção J. Dennis Washington, de Desafiando os Limites e Nebraska. Carl Jules Weyl, lendário diretor de arte alemão, entrará para o Hall da Fama da ADG.

Conheça os indicados ao 29º Annual Excellence in Production Design Awards nas categorias de cinema:

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE ÉPOCA
Gladiador 2, por Arthur Max
Nosferatu, por Craig Lathrop
O Brutalista, por Judy Becker
Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia, por Jess Gonchor
Um Completo Desconhecido, por François Audouy

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE FANTASIA
Alien: Romulus, por Naaman Marshall
Duna: Parte 2, por Patrice Vermette
Furiosa: Uma Saga Mad Max, por Colin Gibson
Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, por Mark Scruton
Wicked, por Nathan Crowley

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME CONTEMPORÂNEO
A Substância, por Stanislas Reydellet
Conclave, por Suzie Davies
Emilia Pérez, por Emmanuelle Duplay
Guerra Civil, por Caty Maxey
Twisters, por Patrick M. Sullivan

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO | FILME DE ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, por Jason Deamer
Flow, por Gints Zilbalodis
Moana 2, por Ian Gooding
Robô Selvagem, por Raymond Zibach
Wallace & Gromit: Avengança, por Matt Perry

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

Baby

por: Cinevitor

Direção: Marcelo Caetano

Elenco: João Pedro Mariano, Ricardo Teodoro, Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer, Luiz Bertazzo, Marcelo Varzea, Mauricio de Barros, Kyra Reis, Patrick Coelho, Baco Pereira, Sylvia Prado, Ariane Aparecida, Victor Hugo Martins, Kelly Campello, Cleo Coelho, Cael Benício, Aquiles, Mauricio Sasí, Roberto Audio, Mawusi Tulani, Alex Amaral, Paula Pretta, Breno da Matta, Henrique Zanoni, Abraão Kimberley, Glauber Amaral, Vagner Jesus.

Ano: 2024

Sinopse: Logo após ser liberado de um Centro de Detenção para jovens, Wellington se vê à deriva nas ruas de São Paulo. Durante uma visita a um cinema pornô, ele conhece Ronaldo, um garoto de programa que lhe ensina novas formas de sobreviver. Aos poucos, a relação dos dois se transforma em uma paixão cheia de conflitos, entre a exploração e a proteção, o ciúme e a cumplicidade. 

*Filme visto no Festival do Rio 2024

*Clique aqui e confira um vídeo especial sobre o filme com o elenco no Festival do Rio

Nota do CINEVITOR:

Babygirl

por: Cinevitor

Direção: Halina Reijn

Elenco: Nicole Kidman, Harris Dickinson, Antonio Banderas, Sophie Wilde, Esther McGregor, Vaughan Reilly, Victor Slezak, Leslie Silva, Gaite Jansen, Robert Farrior, Bartley Booz, Anoop Desai, Mary Ann Lamb, Gabrielle Policano, Gabriela Torres, Izabel Mar, Max O’Herlihy, Michael Kirchmann, Mareau Hall, Dolly Wells, Tess McMillan, Skylar Matthews, Molly Price, Maxwell Whittington-Cooper, Maryann Urbano, Alyriana, Alex Anagnostidis, John Cenatiempo, Tyler Johnson, Christopher Mormando, Suki Úna Rae, Laurie Sheppard, Sue Sterling, Corey Totten, Jolena Wu, Alysa Finnegan, Ariana Maria McCue.

Ano: 2024

Sinopse: Romy é uma CEO bem sucedida que coloca em risco sua vida pessoal e profissional quando se envolve em um jogo de gato e rato com Samuel, o novo estagiário da empresa em que ela trabalha.

Nota do CINEVITOR:

Festival de Berlim 2025 anuncia novos títulos; filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Zizi (ou oração da jaca fabulosa), de Felipe M. Bragança: selecionado

Depois de anunciar os primeiros filmes, a 75ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de fevereiro, revelou os títulos selecionados para as mostras Forum Expanded e Forum Special.

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença na Forum Expanded com duas obras: Cartas do Absurdo, de Gabraz Sanna, com Sara Não Tem Nome e Eliakin, que traz o fim do mundo descrito em quatro cartas escritas por indígenas brasileiros no século XVII; o filme trata dos efeitos devastadores do genocídio dos povos indígenas do Brasil nos últimos cinco séculos. E também: Zizi (ou oração da jaca fabulosa), de Felipe M. Bragança, com Leo Tucherman, que traz cenas documentais e encenadas que se misturam nesta história muito pessoal de uma família da periferia do Rio, através das memórias de um quintal, de uma árvore gigante e da mulher que a plantou.

Na 20ª edição da Forum Expanded, que em 2025 apresenta o tema Methods of Translucence, a seleção conta com 24 obras, de 21 países. Empregando práticas que abrangem instalação, filme, vídeo e escultura, os artistas e cineastas selecionados empregam a translucidez como um meio de se envolver com as realidades cataclísmicas do presente. Seja lidando com histórias pessoais ou coletivas, guerras em andamento, extrativismo, legados do colonialismo ou desigualdades sociais, suas abordagens frequentemente dependem da intervenção em vez da observação. Seja por meio de vidro colorido, realidade virtual, especulação histórica ou aumento sônico: suas obras projetam ativamente ideias, imagens e sons que alteram como percebemos a realidade e refratam nossa visão do mundo. Eles tornam o que está faltando ainda mais tangível, redirecionando nosso olhar e, como resultado, lançam o que está além ou fora de nossa percepção em um relevo cada vez mais nítido.

Enquanto isso, na mostra Forum Special, organizada por Barbara Wurm, a seleção exibirá um programa de filmes históricos e atuais, com curadoria em torno de um conjunto de temas relacionados. A seleção corresponde ao programa principal da Forum e confronta o estado devastador do presente ao olhar conscientemente para o passado. Com a temática Open Wounds, Open Words, a mostra forma uma continuação lógica dessas ideias de programação, voltando sua atenção desta vez para as posições da geração mais jovem: crescimento, despertares juvenis, tornar-se adulto e parte da sociedade; em contextos marcados por normas culturais, desigualdade social e injustiça política.

Edna de Cássia em Iracema, Uma Transa Amazônica

Aqui, o Brasil aparece com uma cópia restaurada em 4K de um clássico do Cinema Novo: Iracema, Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, lançado em 1975. Na trama, um caminhoneiro que trafega pela Transamazônica, a grande rodovia brasileira que atravessa a Floresta Amazônica, conhece uma prostituta e aos poucos percebe os problemas daquela região; o elenco conta com Paulo César Peréio e Edna de Cássia.

Além disso, na Berlinale Co-Production Market, 35 projetos de filmes, de 27 países, foram selecionados, entre eles, dois brasileiros: O Funeral, de Carolina Markowicz, da Biônica Filmes; e Serpente, de Diogo Hayashi, da Quarta-Feira Filmes, com produção de Julia Alves.

O festival também anunciou anteriormente que o cineasta Todd Haynes será o presidente do Júri Internacional desta edição; diretor de filmes como Longe do Paraíso, Carol, Não Estou Lá e Segredos de um Escândalo, foi premiado na Berlinale, em 1991, com seu filme de estreia: Poison, que levou o Teddy Award.

E mais: a consagrada atriz Tilda Swinton será homenageada com o Urso de Ouro Honorário na cerimônia de abertura. Em comunicado oficial, disse: “A Berlinale é o primeiro festival de cinema que fui, em 1986, com Derek Jarman e o primeiro filme que fiz, seu Caravaggio. Foi meu portal para o mundo em que fiz o trabalho da minha vida, o mundo do cinema internacional, e nunca esqueci a dívida que tenho com ele. Ser homenageada dessa forma por este festival em particular é profundamente tocante para mim: será um privilégio e prazer celebrar, mais uma vez em fevereiro, a sementeira que é esta reunião de olhos arregalados e confiavelmente maravilhosa”.

Tricia Tuttle, diretora do festival, também comentou: A gama de trabalhos de Tilda Swinton é de tirar o fôlego. Ao cinema, ela traz muita humanidade, compaixão, inteligência, humor e estilo, e expande nossas ideias do mundo por meio de seu trabalho. Tilda é um dos nossos ídolos do cinema moderno e também faz parte da família Berlinale há muito tempo. Estamos muito felizes em poder presenteá-la com este Urso de Ouro Honorário”.

Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Berlim 2025:

FORUM EXPANDED

Akher Youm, de Mahmoud Ibrahim (Egito)
Al Basateen, de Antoine Chapon (França/Áustria)
Alternatives Denkmal für Deutschland (ADfD), de Alternative Monument (Alemanha)
beneath the placid lake, de Kush Badhwar e Vyjayanthi Rao (Índia/Finlândia)
Cartas do Absurdo, de Gabraz Sanna (Brasil)
Chang Gyeong, de Jangwook Lee (Coreia do Sul)
Extra Life (and Decay), de Stéphanie Lagarde (Holanda/França)
J-N-N, de Ginan Seidl (Alemanha)
Mikuba, de Petna Ndaliko Katondolo (República Democrática do Congo/EUA)
Miraculous Accident, de Assaf Gruber (Alemanha/Áustria)
Mirage: Eigenstate, de Riar Rizaldi (Indonésia/Reino Unido/Portugal)
Mountain Roars, de Chonchanok Thanatteepwong e Pobwarat Maprasob (Tailândia)
Mua besoj më shpëtoj portreti, de Alban Muja (Kosovo/Holanda)
Photosynthesizing Dead in Warehouse, de Jeamin Cha (Coreia do Sul)
Pidikwe, de Caroline Monnet (Canadá)
Portales, de Elena Duque (Espanha)
RAPTURE, de Alisa Berger (França/Alemanha)
Sinking Suns, de Neda Saeedi (Áustria/Alemanha)
Spetsialna Operatsiia, de Oleksiy Radynski (Ucrânia/Lituânia)
STARS, de STARS Collective (Reino Unido/Alemanha)
Tin City, de Feargal Ward (Irlanda)
When the Sun is Eaten (Chi’bal K’iin), de Kevin Jerome Everson (EUA)
Wilfred Buck’s Star Stories, de Lisa Jackson e The Macronauts (Canadá)
Zizi (ou oração da jaca fabulosa), de Felipe M. Bragança (Brasil)

FORUM SPECIAL

Das falsche Wort, de Katrin Seybold (1987) (Alemanha)
Guochang, de Nana Xu (2025) (Alemanha/China)
Iracema, Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna (1975) (Brasil/Alemanha)
Mes fantômes arméniens, de Tamara Stepanyan (2025) (França/Armênia)
Nagota, de Sabina Bakaeva (2025) (Uzbequistão/França)
Scars of a Putsch, de Nathalie Borgers (2025) (Áustria/Bélgica)
Shinagani gazapkhulebis q’vaviloba, de Tiku Kobiashvili (2025) (Geórgia)
The Long Road to The Director’s Chair, de Vibeke Løkkeberg (2025) (Noruega)

Fotos: Duas Mariola Filmes/Arquivo Jorge Bodanzky IMS. 

77º DGA Awards: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Diretores

por: Cinevitor
Edward Berger e Ralph Fiennes nos bastidores de Conclave

Foi divulgada nesta quarta-feira, 08/01, a lista completa com os indicados ao 77º DGA Awards, prêmio organizado pelo Sindicato dos Diretores da América, Directors Guild of America, que elege os melhores diretores e diretoras da TV e do cinema desde 1948.

Em comunicado oficial, Lesli Linka Glatter, presidente do Sindicato, disse: “2024 foi um ano verdadeiramente extraordinário para contar histórias e os indicados de hoje criaram filmes audaciosos e únicos que expandem as possibilidades de excelência cinematográfica. Estou emocionada em parabenizar todos os nossos diretores indicados por seus trabalhos brilhantes, que são visionários, inspiradores e falam à profundidade da experiência humana. Ser escolhido pelos colegas é o verdadeiro marcador de uma excelente realização de direção e o que torna essas indicações tão especiais”.

Neste ano, nenhuma mulher aparece na categoria principal. Enquanto isso, na categoria de direção estreante, duas aparecem na disputa; entre os documentários, destaque para três representantes femininas. Nas categorias televisivas, a lista conta com: Hiromi Kamata, por Xógum: A Gloriosa Saga do Japão; Issa López, por True Detective; Lucia Aniello, por Hacks; Kevin Bray, Jennifer Getzinger e Helen Shaver, por Pinguim; Alfonso Cuarón, por Disclaimer; entre outros. Os vencedores serão anunciados no dia 8 de fevereiro no The Beverly Hilton Hotel, em Beverly Hills.

Além dos indicados, os homenageados desta 77ª edição também foram revelados: o diretor Ang Lee, de O Tigre e o Dragão e vencedor do Oscar por As Aventuras de Pi e O Segredo de Brokeback Mountain, receberá o DGA Lifetime Achievement Award; a produtora Mary Rae Thewlis, indicada ao Emmy por The Americans, será honrada com o Robert B. Aldrich Award; e o produtor Thomas J. Whelan, de Miss Simpatia, Os Excêntricos Tenenbaums, Sex and the City, Gotham e Diarra from Detroit receberá o Frank Capra Achievement Award.

Conheça os indicados ao 77º Directors Guild of America Awards nas categorias de cinema:

MELHOR DIREÇÃO | LONGA-METRAGEM
Brady Corbet, por O Brutalista
Edward Berger, por Conclave
Jacques Audiard, por Emilia Pérez
James Mangold, por Um Completo Desconhecido
Sean Baker, por Anora

MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE | LONGA-METRAGEM
Halfdan Ullmann Tøndel, por Armand
Megan Park, por Meu Eu do Futuro
Payal Kapadia, por Tudo que Imaginamos como Luz
RaMell Ross, por Nickel Boys
Sean Wang, por Dìdi

MELHOR DIREÇÃO | DOCUMENTÁRIO
Brendan Bellomo e Slava Leontyev, por Porcelain War
Ibrahim Nash’at, por Hollywoodgate
Johan Grimonprez, por Soundtrack to a Coup d’Etat
Julian Brave Noisecat e Emily Kassie, por Sugarcane
Natalie Rae e Angela Patton, por Filhas

Foto: Philippe Antonello/Focus Features.

31º SAG Awards: conheça os indicados

por: Cinevitor
Karla Sofía Gascón: indicada por Emilia Pérez

O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira, 08/01, os indicados ao 31º Screen Actors Guild Awards, também conhecido como SAG Awards.

O anúncio, que seria transmitido ao vivo pelo ator Cooper Koch e pela atriz Joey King, foi cancelado por conta dos incêndios florestais e das condições adversas de vento em Los Angeles. Sendo assim, a lista foi revelada em um comunicada à imprensa e nas redes sociais. Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA (Screen Actors Guild‐American Federation of Television and Radio Artists), também participaria do vídeo.

O prêmio, que elege os melhores atores e atrizes da TV e do cinema, é considerado uma prévia para o Oscar, já que seus vencedores quase sempre acabam levando a estatueta dourada para casa. Vale lembrar que o período de elegibilidade para esta edição do SAG foi de 1º de janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2024.

O SAG Awards 2025 acontecerá no dia 23 de fevereiro e a cerimônia, que será realizada no Shrine Auditorium & Expo Hall, em Los Angeles, será transmitida ao vivo pela Netflix. Neste ano, a atriz e cantora Kristen Bell será a apresentadora; a lendária atriz, escritora e ativista Jane Fonda será homenageada com o Life Achievement Award.

Conheça os indicados ao 31º SAG Awards nas categorias de cinema:

MELHOR ELENCO
Anora
Conclave
Emilia Pérez
Um Completo Desconhecido
Wicked

MELHOR ATOR
Adrien Brody, por O Brutalista
Colman Domingo, por Sing Sing
Daniel Craig, por Queer
Ralph Fiennes, por Conclave
Timothée Chalamet, por Um Completo Desconhecido

MELHOR ATRIZ
Cynthia Erivo, por Wicked
Demi Moore, por A Substância
Karla Sofía Gascón, por Emilia Pérez
Mikey Madison, por Anora
Pamela Anderson, por The Last Showgirl

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Edward Norton, por Um Completo Desconhecido
Jeremy Strong, por O Aprendiz
Jonathan Bailey, por Wicked
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
Yura Borisov, por Anora

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana Grande, por Wicked
Danielle Deadwyler, por Piano de Família
Jamie Lee Curtis, por The Last Showgirl
Monica Barbaro, por Um Completo Desconhecido
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR EQUIPE DE DUBLÊS
Deadpool & Wolverine
Duna: Parte Dois
Gladiador 2
O Dublê
Wicked

Foto: Divulgação/Paris Filmes.

Cinema Audio Society anuncia os indicados ao 61º CAS Awards

por: Cinevitor
Timothée Chalamet é Bob Dylan em Um Completo Desconhecido

A Cinema Audio Society é uma organização filantrópica e sem fins lucrativos, que foi fundada em 1964 com o objetivo de compartilhar informações entre os profissionais de som da TV e do cinema. Como de costume, anualmente realiza uma premiação para eleger a melhor mixagem de som em produções televisivas e cinematográficas.

Em comunicado oficial, Peter Kurland, presidente da CAS, disse: “2024 foi um ano de conquistas notáveis ​​na comunidade sonora, com talentos excepcionais em exibição em todas as categorias. A inovação e a arte desses mixadores de som continuam a elevar a arte e os próximos prêmios serão uma celebração das contribuições excepcionais feitas este ano. Parabéns a todos os indicados merecedores pelos excepcionais trabalhos”.

A cerimônia de premiação acontecerá no dia 22 de fevereiro no Beverly Hilton. O consagrado engenheiro de som Tod A. Maitland, indicado ao Oscar por Um Completo Desconhecido, Amor, Sublime Amor, Coringa, Seabiscuit: Alma de Herói, JFK: A Pergunta que Não Quer Calar e Nascido em 4 de Julho, receberá o CAS Career Achievement Award; e o cineasta Denis Villeneuve, de Duna: Parte 2, será honrado com o Cinema Audio Society’s Filmmaker Award.

Conheça os indicados ao 61º CAS Awards nas categorias de cinema:

MELHOR MIXAGEM DE SOM | LONGA-METRAGEM
Deadpool & Wolverine
Duna: Parte 2
Gladiador 2
Um Completo Desconhecido
Wicked

MELHOR MIXAGEM DE SOM | ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2
Moana 2
Mufasa: O Rei Leão
Robô Selvagem
Wallace & Gromit: Avengança

MELHOR MIXAGEM DE SOM | DOCUMENTÁRIO
A Música de John Williams
Elton John: Never Too Late
Eu Sou: Celine Dion
Super/Man: A História de Christopher Reeve
The Blue Angels

MELHOR MIXAGEM DE SOM | FILME PARA TV ou SÉRIE LIMITADA
Bebê Rena (1ª temporada, episódio 7)
Mestres do Ar (1ª temporada, episódio 5: Part Five)
Pinguim (1ª temporada, episódio 1: After Hours)
Ripley (1ª temporada, episódio 3: III Sommerso)
Stax: Soulsville (1ª temporada, episódio 2: Soul Man)

MELHOR MIXAGEM DE SOM | DOCUMENTÁRIO PARA TV, VARIEDADE E SÉRIES MUSICAIS OU ESPECIAIS 
Beatles ’64
F1: Dirigir para Viver (6ª temporada; episódio 8: Forza Ferrari)
Jim Henson: O Homem das Ideias
The 100th: Billy Joel at Madison Square Garden
Yacht Rock: A Dockumentary

Foto: Divulgação/ 20th Century Studios Brasil.

72º MPSE Golden Reel Awards: conheça os indicados ao prêmio que elege os melhores editores de som

por: Cinevitor
Timothée Chalamet em Duna: Parte 2

Fundada em 1953, a MPSE, Motion Picture Sound Editors, é uma organização dedicada a melhorar o reconhecimento de seus membros, educando o público e o resto da comunidade cinematográfica quanto ao mérito artístico da edição sonora.

Os membros da MPSE criam os efeitos sonoros dramáticos e inventam novos sons para mundos imaginários. Além dos editores de efeitos de som, a organização conta também com: editores de Foley, que reproduzem efeitos sonoros complementares para um filme (também conhecido como sonoplastia), como por exemplo, barulho de um vidro quebrando ou de um zíper sendo aberto; editores de diálogos, que são os artesãos que suavizam meticulosamente o som da produção gravado no local; editores de ADR, que ajudam a tecer o diálogo recriado e substituem faixas problemáticas; e editores de música, que trabalham com compositores e supervisores musicais que detectam pontos capazes de coser uma tapeçaria sônica da partitura original e da música pré-gravada em várias fontes.

Anualmente, a Motion Picture Sound Editors realiza o Golden Reel Awards, premiação que elege os melhores trabalhos nas áreas de edição de som na TV, cinema, games e produções estudantis. Os vencedores desta 72ª edição serão anunciados no dia 23 de fevereiro no Wilshire Ebell Theatre, em Los Angeles, em cerimônia apresentada por Patton Oswalt.

Os homenageados deste ano serão: o ator e cineasta Kevin Costner, vencedor do Oscar por Dança com Lobos, que receberá o MPSE Filmmaker Award; e o editor supervisor de som Greg Hedgepath, de Frozen: Uma Aventura Congelante e Velocidade Máxima, que será honrado com o MPSE Career Achievement Award.

Conheça os indicados ao 72º MPSE Golden Reel Awards nas categorias de cinema:

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | LONGA-METRAGEM | DIÁLOGOS/ADR
Alien: Romulus
Deadpool & Wolverine
Duna: Parte 2
Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia
Um Completo Desconhecido
Wicked

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | LONGA-METRAGEM | EFEITOS/FOLEY
Alien: Romulus
Deadpool & Wolverine
Duna: Parte 2
Furiosa: Uma Saga Mad Max
Nosferatu
Setembro 5

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2
Mufasa: O Rei Leão
O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim
Robô Selvagem

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | DOCUMENTÁRIO
A Música de John Williams
Dahomey
Elton John: Never Too Late
Super/Man: A História de Christopher Reeve
The Blue Angels
Will & Harper

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | FILME INTERNACIONAL
A Garota da Agulha
Emilia Pérez
Kneecap: Música e Liberdade
Vida de Cabra

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | MÚSICA | FICÇÃO
Better Man: A História de Robbie Williams
Deadpool & Wolverine
Duna: Parte 2
Emilia Pérez 
Um Completo Desconhecido
Wicked

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | MÚSICA | DOCUMENTÁRIO
A Música de John Williams
A Noite que Mudou o Pop
Beatles ’64
Elton John: Never Too Late
Jim Henson: O Homem das Ideias

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | FILME | STREAMING
Atlas
Música
O Assassino
Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes
Um Tira da Pesada 4

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | DOCUMENTÁRIO | STREAMING
Apollo 13: Sobrevivendo no Espaço
F1: Dirigir para Viver (episódio: Forza Ferrari)
Fly
Jim Henson: O Homem das Ideias
STEVE! (martin): documentário em 2 partes
The Beach Boys: Uma História de Sucesso

MELHOR EDIÇÃO DE SOM | ANIMAÇÃO | STREAMING
Arcane (episódio: The Dirt Under Your Nails)
Invencível (episódio: I Thought You Were Stronger)
Justice League (episódio: Crisis on Infinite Earths, Part Three)
Orion e o Escuro
Watchmen: Chapter I

STUDENT FILM | VERNA FIELDS AWARD
At the Riverbank (Chapman University)
Bubble Boy (National Film & Television School)
Intermission (National Film & Television School)
Last Remembrances (University of Southern California)
Songbirds (Savannah College of Art and Design)
Student Accomplice (Brigham Young University)
The Memories of Autumn (Beijing Film Academy)
Wrestle-Off (University of Southern California)

Foto: Courtesy of Warner Media.

Globo de Ouro 2025: conheça os vencedores; Fernanda Torres é premiada

por: Cinevitor
Fernanda Torres: atriz brasileira premiada por Ainda Estou Aqui

Foram anunciados neste domingo, 05/01, em cerimônia comandada pela comediante Nikki Glaser, a primeira mulher a apresentar a premiação sozinha, no Hotel The Beverly Hilton, em Beverly Hills, os vencedores da 82ª edição do Globo de Ouro, prêmio que elege os melhores da TV e do cinema.

Neste ano, a brasileira Fernanda Torres foi consagrada na categoria de melhor atriz em drama por seu trabalho em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles. Vale lembrar que em 1999 sua mãe, Fernanda Montenegro, foi indicada na mesma categoria por Central do Brasil. O longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega, que foram premiados no Festival de Veneza.

Ainda Estou Aqui, que já alcançou mais de três milhões de espectadores nos cinemas, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil. Além de Selton Mello, o elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

Emocionada, Torres subiu ao palco, recebeu o troféu das mãos de Viola Davis e fez seu discurso: “Meu Deus! Eu não preparei nada porque eu já estava feliz. Este é um ano incrível para atuações femininas. Tantas atrizes aqui que eu admiro muito. Eu quero agradecer a Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter! E claro que eu quero dedicar esse prêmio para minha mãe… vocês não têm ideia… ela esteve aqui há 25 anos! E isso é uma prova de que a arte pode perdurar pela vida, mesmo em momentos difíceis como a incrível Eunice Paiva passou. Alguma coisa parecida está acontecendo agora no mundo com tanto medo. Este é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como este”. Ela ainda agradeceu ao marido Andrucha Waddington, aos filhos e ao colega de cena Selton Mello.

Além disso, Emilia Pérez, de Jacques Audiard, que liderava a lista com dez indicações, foi premiado em quatro categorias, entre elas, melhor filme de comédia ou musical. Entre as categorias televisivas, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, se destacou com quatro prêmios.

A noite também foi marcada por outros momentos emocionantes, entres eles, o discurso de Demi Moore, premiada por A Substância: “Eu realmente não esperava por isso. Estou em choque. Faço isso há muito tempo, mais de 45 anos. E esta é a primeira vez que ganho algo como atriz. Estou tão honrada e grata”.

Nesta edição, os homenageados foram: a consagrada atriz Viola Davis, que recebeu o Cecil B. DeMille Award; e o ator Ted Danson, que foi honrado com o Carol Burnett Award. A categoria Cinematic and Box Office Achievement, criada no ano passado e que reconhece as conquistas cinematográficas e de bilheteria dos filmes mais lucrativos e/ou mais vistos do ano, destacou Wicked, de Jon M. Chu.

A cerimônia de premiação contou também com a participação de nomes consagrados, como: Glenn Close, Elton John, Michelle Yeoh, Colin Farrell, Melissa McCarthy, Colman Domingo, Kathy Bates, Auli’i Cravalho, Dwayne Johnson, Margaret Qualley, Jeff Goldblum, Salma Hayek Pinault, Jennifer Coolidge, Kaley Cuoco, Mindy Kaling, Sharon Stone, Zoë Kravitz, entre outros.

Conheça os vencedores do Globo de Ouro 2025 nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | DRAMA
O Brutalista, de Brady Corbet

MELHOR FILME | COMÉDIA ou MUSICAL
Emilia Pérez, de Jacques Audiard

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Flow, de Gints Zilbalodis

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO INGLESA
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)

MELHOR ATOR | DRAMA
Adrien Brody, por O Brutalista

MELHOR ATRIZ | DRAMA
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui

MELHOR ATOR | COMÉDIA ou MUSICAL
Sebastian Stan, por Um Homem Diferente

MELHOR ATRIZ | COMÉDIA ou MUSICAL
Demi Moore, por A Substância

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR DIREÇÃO
Brady Corbet, por O Brutalista

MELHOR ROTEIRO
Conclave, escrito por Peter Straughan

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Rivais, por Trent Reznor e Atticus Ross

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
El Mal, por Clément Ducol, Camille e Jacques Audiard (Emilia Pérez)

CINEMATIC AND BOX OFFICE ACHIEVEMENT
Wicked, de Jon M. Chu

Foto: Rich Polk.

O Auto da Compadecida 2

por: Cinevitor

Direção: Flávia Lacerda e Guel Arraes

Elenco: Matheus Nachtergaele, Selton Mello, Taís Araujo, Humberto Martins, Luis Miranda, Eduardo Sterblitch, Fabiula Nascimento, Virginia Cavendish, Enrique Diaz, Luisa Arraes, Kauã Rodriguez.

Ano: 2024

Sinopse: Depois de 20 anos desaparecido, João Grilo retorna à pequena Taperoá para se juntar ao seu velho companheiro Chicó. Acontece que agora ele é recebido como uma celebridade na cidade. Afinal, reza a lenda que havia sido morto por bala de espingarda e ressuscitado após um julgamento que tinha o Diabo como acusador, Nossa Senhora como defensora e o próprio Jesus Cristo como juiz. Disputado como principal cabo eleitoral pelos dois políticos mais poderosos da cidade, ele faz de tudo para finalmente aplicar o golpe que vai lhe render muito dinheiro e, quem sabe, vida mansa… como se fosse possível que ele se aquietasse. Só que nada sai como planejado e ele terá de recorrer à Compadecida novamente. Da obra de Ariano Suassuna.

Nota do CINEVITOR: