Diretor: Woody Allen
Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Jeannie Berlin, Steve Carell, Blake Lively, Parker Posey, Corey Stoll, Ken Stott, Sheryl Lee, Todd Weeks, Paul Schackman, Jodi Carlisle, Richard Portnow, Sari Lennick, Stephen Kunken, Laurel Griggs, Saul Stein, Gabriel Millman, Craig Walker, Edward James Hyland, Anna Camp, Don Stark, Gregg Binkley, Anthony DiMaria, Paul Schneider, Shae D’lyn, Steve Routman, William H. Burns, Tyler Reid, Lev Gorn, William Benvanides, Steve Rosen, Kaili Vernoff, Douglas McGrath, David Pittu, Taylor Carr, Rob Joseph Leonard, Lauren Susan, Courtney C. Clark, Debra Lord Cooke, Paul Radki, Jayne Moore, Brendan Burke, Raymond Franza, Michael Elian, Kat Edmonson, Rob Ashkenas, Pedro Chomnalez, Kaylyn Sanchez, Paul Hummel, Cecilia Riddett, Stephen DeRosa, Armen Garo, Sebastian Tillinger, Bettina Bilger, Tom Kemp, Tony Sirico, Max Adler, Sean Bennett, Liz Celeste, Eric Rizk, Kelly Rohrbach, Joseph Lyle Taylor, William Henderson White.
Ano: 2016
Sinopse: À procura de mais oportunidades na vida, Bobby troca o trabalho com o pai em Nova York por Hollywood, onde terá uma oportunidade com o tio, Phil. Logo ele se apaixona pela charmosa assistente do tio, Vonnie. Ao descobrir que ela já está envolvida com outro homem, Bobby volta para Nova York onde conhece a linda socialite Veronica. Tudo parece caminhar bem para Bobby até Vonnie chegar inesperadamente a Nova York.
Crítica do CINEVITOR: Não são só as mulheres de Almodóvar que possuem características marcantes nas telonas. As musas de Woody Allen também se destacam em suas histórias, mesmo que conduzidas de maneiras completamente diferentes. Em Café Society temos Jesse Eisenberg como protagonista, mas sua vida só ganha ânimo quando se apaixona por Vonnie, vivida por Kristen Stewart. Recém chegado em Los Angeles, o jovem não se deslumbra pela capital do cinema, mas sim pela moçoila que trabalha com seu tio, interpretado por Steve Carell. Nesse caso, Woody Allen deixa para o espectador a função de se encantar pela cidade, muito bem fotografada por Vittorio Storaro. Aliás, em Café Society tudo é muito bem construído, pensado e realizado: desde o figurino até o design de produção. Ambientado na década de 1930, conhecida como a Era de Ouro do cinema americano, na qual Joan Crawford, Bette Davis, Marlene Dietrich e Greta Garbo eram as grandes divas das telonas, o longa pode até ser uma das obras mais sofisticadas do diretor, esteticamente falando, mas suas características marcantes estão bem ali, aos olhos do espectador: o humor típico de Woody Allen, o sarcasmo e a ironia nos diálogos, as desventuras amorosas de seus personagens, a música (quase sempre um jazz) e aquela maneira única de escrever e dirigir uma história que passa uma certa leveza até mesmo quando algo imprevisível acontece. Vale destacar também a maneira como o diretor constrói seus personagens, por meio de um roteiro bem estruturado, mostrando, aos poucos, a evolução de cada um, à medida que suas vidas se desenrolam. Isso também não seria perceptível se não tivesse um elenco eficiente e entrosado. Os atores funcionam e transpassam em suas atuações o estilo do diretor em contar histórias. Café Society brinca com o luxo e com o lixo, mostra o glamour de Hollywood e também um outro lado da indústria cinematográfica, além de trazer um certo charme em sua narrativa, atingindo o limite certo de humor no roteiro. É um filme que fala de filmes, paixão e de como o destino, algumas vezes, pode nos surpreender ao resgatar sentimentos velados por nós trazendo à tona lembranças de um passado que não estava esquecido, mas apenas deixado de lado. Parece que Woody Allen estava mesmo inspirado. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: