Cinevitor

Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR #475: Entrevista com Fernanda Torres e Selton Mello | Ainda Estou Aqui

por: Cinevitor
Fernanda Torres e Selton Mello na exibição do filme na 48ª Mostra de São Paulo

Escolhido para representar o Brasil na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2025, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, chega aos cinemas brasileiros depois de uma trajetória marcante em festivais internacionais.

O longa é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello com participação especial de Fernanda Montenegro. O filme reúne a Sony Pictures Classics com Walter Salles, 26 anos depois da trajetória de sucesso de Central do Brasil, e é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega, que foram premiados no Festival de Veneza deste ano.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa, que chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Salles depois do consagrado Central do Brasil. O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento.

E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

A direção de fotografia é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto. A montagem é de Affonso Gonçalves e a preparação de elenco de Amanda Gabriel; Daniela Thomas assina como produtora associada. O filme também foi exibido nos festivais de Toronto, San Sebastián e Biarritz Amérique Latine, além de ter sido selecionado para o Festival de Nova York e premiado pelo público na 48ª Mostra de São Paulo.

A adaptação cinematográfica do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, é produzida pela VideoFilmes, RT Features e Mact Productions; o longa é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração. A distribuição nos cinemas brasileiros será realizada pela Sony Pictures.

Para falar mais sobre Ainda Estou Aqui, conversamos com a protagonista Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, e Selton Mello, que vive Rubens Paiva nas telonas. No bate-papo, falaram da emoção de exibir o filme no Brasil, expectativa para o Oscar e outras premiações, trabalho com Walter Salles, entre outros assuntos.

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Foto: Divulgação/VideoFilmes.

CINEVITOR #474: Entrevista com Chico Diaz | Corisco e Dadá | Edição Especial

por: Cinevitor
Chico Diaz: cangaceiro em cena

Quase trinta anos depois do lançamento original, o longa-metragem Corisco e Dadá, dirigido pelo realizador cearense Rosemberg Cariry e protagonizado por Chico Diaz e Dira Paes, volta aos cinemas brasileiros em cópia restaurada 4K.

A cópia foi realizada com apoio da Cinemateca do MAM Rio, MIS Ceará, Arquivo Nacional, Link Digital, Iluminura Filmes, Sereia Filmes e Mapa Filmes, a partir de negativos de imagem e som originais. Para a produtora executiva Bárbara Cariry, a iniciativa recupera a memória de uma obra que investiga o Nordeste profundo do Brasil: “Esse é um filme histórico que marcou uma década importante de resistência do cinema brasileiro, que estava vivendo a sua Retomada. Fizemos, no Ceará, uma obra que lança luzes sobre o fenômeno histórico do cangaço, enquanto rebeldia popular, a partir de um olhar feminino. Um filme que segue, até hoje, como referência importante do audiovisual nacional, sendo celebrado como um clássico”.

Além de cineasta, Rosemberg Cariry é escritor e ensaísta. Tem se dedicado a pesquisar os movimentos culturais do Brasil, sobretudo os que aconteceram no Nordeste. Depois do filme, que foi selecionado para o Festival de Toronto, em 1996, uma extensão da pesquisa sobre os cangaceiros também foi publicada no livro Corisco e Dadá: Apontamentos Sobre o Filme, com organização de Sylvie Debs e colaboração do próprio cineasta.

Estrelado por Chico Diaz e Dira Paes, Corisco e Dadá reimagina a saga do cangaceiro Corisco, também conhecido como Diabo Louro, de sua companheira Dadá e das andanças de seu bando pelo sertão nordestino. A sinopse diz: o capitão Corisco é um condenado de Deus, cuja missão é lavar com sangue os pecados do mundo. Um dia ele rapta Dadá e suas vidas mudam completamente. Diante da morte de um filho, tomado de fúria, Corisco rompe com Deus e Dadá tenta salvá-lo do abismo do ódio, mas o terrível destino não tarda a chegar.

Rodado na região do Cariri, no sul do Ceará, entre as cidades de Barbalha, Crato, Missão Velha, Farias Brito, e Exu, em Pernambuco, o filme, baseado em uma entrevista realizada pelo próprio Rosemberg com Dadá, rendeu o prêmio de melhor ator para Chico Diaz no Festival de Gramado e de melhor atriz para Dira Paes no Festival de Brasília e no Festival de Cuiabá. Além disso, se destacou no Festival de Havana, em Cuba, na categoria de melhor edição para Severino Dadá.

Com direção de fotografia de Ronaldo Nunes, a direção de arte foi assinada por Renato Dantas e Valmir de Azevedo; Toinho Alves e Quinteto Violado foram responsáveis pela trilha musical e Márcio Câmara pelo som direto. O elenco conta também com Regina Dourado, Denise Milfont, Virginia Cavendish, Antônio Leite, Rodger Rogério, Chico Alves, B. de Paiva e Maira Cariry.

Para falar mais sobre o lançamento da cópia restaurada de Corisco e Dadá, que reestreia na semana em que o cinema cearense completa 100 anos, conversamos com o protagonista Chico Diaz. No bate-papo, falou da alegria de rever o filme nas telonas, contou como entrou no projeto (depois de participar da minissérie Memorial de Maria Moura), elogiou a colega Dira Paes e os outros integrantes do elenco, relembrou sua pesquisa sobre os cangaceiros (Corisco, Dadá, Lampião e Maria Bonita), falou do Brasil profundo retratado na obra, das condições de filmagens, do trabalho e amizade com Rosemberg Cariry, das lembranças do set e da expectativa para esse lançamento.

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Foto: Divulgação/Cariri Filmes.

CINEVITOR #473: Entrevista com Dira Paes e Humberto Carrão | Pasárgada

por: Cinevitor
Dira Paes: diretora, roteirista, produtora e protagonista

Depois de ser premiado na 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado com o kikito de melhor desenho de som para Beto Ferraz, Pasárgada, filme que marca a estreia de Dira Paes como diretora, que também é a roteirista, produtora e protagonista da narrativa, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 26/09.  

Pasárgada surgiu de uma experiência pessoal de Dira Paes: durante a pandemia de Covid-19, a artista se isolou entre as montanhas do Arraial do Sana, em Macaé, no Rio de Janeiro, onde o longa foi rodado. Rica em biodiversidade, a região abrange parte da Mata Atlântica e é uma das áreas mais procuradas por pesquisadores de aves no mundo, o que serviu de inspiração para a criação da narrativa.

Na trama, Dira vive Irene, uma ornitóloga de 50 anos, que está fazendo uma pesquisa na floresta tropical para realizar um trabalho de mapeamento de pássaros. Guiada por Manuel, um mateiro interpretado por Humberto Carrão, Irene se vê em face das suas escolhas e do resgate da sua essência.

Nascida no Pará, em meio à Floresta Amazônica, a conexão de Dira com a natureza e seu compromisso com o ativismo ambiental foram elementos importantes para a construção da narrativa. Os dados de que, no Brasil, 80% dos animais contrabandeados são pássaros e que o tráfico de animais silvestres é o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para armas e drogas, acionaram ainda mais as inquietações da cineasta para tratar desse universo em Pasárgada. Uma de suas principais atividades durante o desenvolvimento do roteiro foi a observação de pássaros, fator determinante para a escolha da profissão da protagonista Irene: “Inspirada pelos versos do grande poeta modernista Manuel Bandeira, comecei a refletir sobre o poema Vou-me embora pra Pasárgada e sobre o desejo que todos temos de alcançar o nosso paraíso particular, lugar onde a felicidade parece possível, ainda que de maneira onírica”, explicou Dira

A sinopse diz: Irene é uma ornitóloga, solitária em seus 50 anos que, durante seu projeto de pesquisa no meio da floresta, redescobre sua tropicalidade após conhecer Manuel, um jovem guia que fala a língua dos pássaros e traz à tona seus dilemas como mulher, mãe e profissional. 

O elenco conta também com Cássia Kis, Peter Ketnath e Ilson Gonçalves. A produção foi assinada pela Muiraquitã Filmes, Imã Filmes e Baderna Filmes, com coprodução da Globo Filmes, e distribuição da Bretz Filmes. A direção de fotografia é de Pablo Baião e a montagem de André Sampaio; Pedro von Tiesenhausen assina a direção de arte e Luciana Buarque o figurino.

Para falar mais sobre Pasárgada, conversamos com a diretora e protagonista Dira Paes e com o ator Humberto Carrão. No bate-papo, falaram sobre a preparação para o longa, filmagens na pandemia, entrosamento do elenco e equipe, pesquisas, pássaros e expectativa para o lançamento.

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Foto: Peter Wery.

CINEVITOR #472: Meu Casulo de Drywall | Entrevista com Caroline Fioratti + elenco

por: Cinevitor
Nos cinemas: Michel Joelsas e Bella Piero em cena

Depois de passar pelo SXSW Film Festival e pela Mostra de São Paulo, Meu Casulo de Drywall, dirigido por Caroline Fioratti, de Meus 15 Anos, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 12/09, pela Gullane+.

Estrelado por Maria Luisa Mendonça, Bella Piero e Mariana Oliveira, o filme reflete sobre as angústias e anseios da adolescência a partir da história da jovem Virgínia. Uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes, o longa acompanha 24 horas na vida de moradores de um condomínio de alto padrão. A trama começa em uma grande festa na cobertura para comemorar os 17 anos de Virgínia, mas conforme a noite avança, a celebração se transforma em uma verdadeira panela de pressão, cheia de tensões e perigos. A tragédia é iminente, e todos terminarão implicados nessa trama: mãe, pai, amigos, namorados e vizinhos.

Lançado durante o Setembro Amarelo, o filme apresenta um olhar sensível e real para a juventude, sobretudo sua complexa relação com a solidão, o luto e a saúde mental. Este retrato honesto era central para Fioratti desde o princípio do projeto. Afinal, sua intenção sempre foi gerar identificação e empatia com o público.

Estrelado também por Michel Joelsas, Daniel Botelho, Débora Duboc, Flavia Garrafa, Marat Descartes, Lena Roque e com participação especial de Caco Ciocler, a distribuição é da Gullane+. A direção de fotografia é de Helcio Alemão Nagamine com montagem de Leopoldo Joe Nakata; Monica Palazzo assina a direção de arte e o figurino é de César Martins.

A sinopse diz: Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo aparentemente perfeito, ela não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce como uma tragédia que abala o condomínio. Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana se questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.

Vale destacar que, no começo de 2020, o CINEVITOR visitou o set de Meu Casulo de Drywall, que na época se chamava Sobre Girassóis, e entrevistou a diretora e a atriz Bella Piero. Clique aqui e assista.

Para falar mais sobre Meu Casulo de Drywall, conversamos com a diretora e também com o elenco: Maria Luisa Mendonça, Mari Oliveira, Michel Joelsas e Daniel Botelho. No bate-papo, falaram sobre a importância dos temas abordados na narrativa, entrosamento do elenco, bastidores, jovens, saúde mental e expectativa para o lançamento. 

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Foto: Stella Carvalho.

CINEVITOR #471: Entrevista com David Schurmann | Meu Amigo Pinguim

por: Cinevitor
Jean Reno em cena com o pinguim: protagonistas

O drama Meu Amigo Pinguim, no original My Penguin Friend, produção norte-americana baseada em uma história real brasileira, retrata a amizade entre um pescador e um pinguim e chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 12/09.

Dirigido pelo cineasta brasileiro David Schurmann, de Pequeno Segredo e O Mundo em Duas Voltas, o longa foi filmado em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e também contou com cenas rodadas em Paraty, no Rio de Janeiro, e na Patagônia, Argentina.

O filme é um conto de amizade entre um pai solitário e um pequeno pinguim perdido, que recarrega seu espírito e cura a sua família com uma lealdade inabalável que atravessa o oceano. O humilde pescador João, interpretado pelo ator francês Jean Reno, se afastou do mundo após uma tragédia, mas, quando ele descobre um pinguim à deriva sozinho no oceano, encharcado de óleo de um vazamento, seu primeiro instinto é ajudar. Para desespero de sua esposa, papel de Adriana Barraza, atriz mexicana indicada ao Oscar por Babel, ele não apenas resgata a criatura marinha, mas cuida do pássaro o colocando sob suas asas e o apelida de DinDim.

Meu Amigo Pinguim conta ainda com Alexia Moyano, Nicolás Francella, Rócio Hernandez, Juan José Garnica, Thalma de Freitas, Duda Galvão e Ravel Cabral no elenco com talentos brasileiros e de diversas nacionalidades e tem roteiro assinado por Kristen Lazarian e Paulina Lagudi. A direção de fotografia é de Anthony Dod Mantle, vencedor do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?; a edição fica com a mesma montadora de Pedro Almodóvar, a espanhola Tereza Font; e os efeitos especiais são liderados pelos também espanhóis Ferran Piquer e Francisco Porras, ganhadores de dois prêmios Goya. A produção é da City Hall Arts, Schurmann Filmes e Content Studios com distribuição nacional da Paris Filmes.

As filmagens contaram com a participação de pinguins do Aquário de Ubatuba (SP) e do Oceanic Aquarium, em Balneário Camboriú (SC), além do apoio do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, que treinou os animais antes das filmagens.

Para falar mais sobre o longa, que será lançado em mais de 40 países, conversamos com o diretor David Schurmann. No bate-papo, falou sobre a origem do projeto, filmagens no Brasil, escolha do elenco e exigências do estúdio, convite para Sonia Braga, curiosidades sobre os pinguins e expectativa para o lançamento.

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Foto: Divulgação/Paris Filmes.

CINEVITOR #470: Entrevistas com Fabio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha | Motel Destino | 52º Festival de Gramado

por: Cinevitor
Nataly Rocha, Fabio Assunção e Iago Xavier em Gramado: filme de abertura

Depois de disputar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o thriller erótico Motel Destino, novo longa-metragem do cineasta cearense Karim Aïnouz, abriu a 52ª edição do Festival de Cinema de Gramado e chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, 22/08, distribuído pela Pandora Filmes.

Motel Destino carrega o nome de um local numa beira de estrada do litoral cearense, palco de jogos perigosos de desejo, poder e violência. Uma noite, a chegada de um jovem transforma em definitivo o cotidiano do motel. O rapaz em fuga, totalmente vulnerável, cruza seu caminho com o de uma mulher aprisionada pelas dinâmicas de um casamento abusivo.

Elemento recorrente na filmografia de Aïnouz, o erotismo é o pano de fundo de Motel Destino. As cores fortes e vibrantes do litoral nordestino dão a tônica visual-narrativa da nova obra, o primeiro projeto do diretor rodado inteiramente no Ceará desde O Céu de Suely (2006). O longa é um retrato íntimo de uma juventude que teve seu futuro roubado por uma elite tóxica e esmagadora, contra a qual a insubordinação e revoltas são, não raramente, a saída possível.

Estrelado por Iago Xavier, Fabio Assunção e Nataly Rocha, a coprodução entre Brasil, França e Alemanha tem roteiro assinado por Karim Aïnouz, Mauricio Zacharias e Wislan Esmeraldo. O elenco conta também com Renan Capivara, Yuri Yamamoto, Fabíola Líper, Isabela Catão, Jupyra Carvalho, David Santos e Bruna Beserra.

Por trás das câmeras, a diretora de fotografia Hélène Louvart, renomada por seus trabalhos em A Vida Invisível e Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, captura com sutileza as nuances visuais do filme. A montadora Nelly Quettier, reconhecida por Beau Travail e Lazzaro Felice, imprime uma precisão rítmica à narrativa. O diretor de arte Marcos Pedroso, de Madame Satã e Praia do Futuro, agrega uma rica expressão artística à obra. A produção foi liderada por Janaina Bernardes (Cinema Inflamável) e Fabiano Gullane e Caio Gullane (Gullane).

Para falar mais sobre o filme, conversamos com os atores Fabio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha depois da exibição do longa no Palácio dos Festivais do Festival de Gramado. No bate-papo, falaram sobre entrosamento com elenco e equipe, reação do público em Cannes e Gramado, preparação, filmagens, entre outros assuntos.

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Foto: Ticiane da Silva/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #469: Entrevistas com Lucia Murat + Valentina Herszage + Shi Menegat + Floriano Peixoto | O Mensageiro

por: Cinevitor
Shi Menegat e Valentina Herszage em cena

Depois de ser exibido no Festival de Lima e passar pela Mostra de São Paulo e pelo Festival do Rio, o filme O Mensageiro, dirigido por Lucia Murat, chega aos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, 15/08. Com uma trama que se passa durante a ditadura militar no país, em 1969, o longa narra a história de um soldado que aceita levar uma mensagem de uma presa política para sua família.

Filmado no final da pandemia, O Mensageiro tem Valentina Herszage no papel de Vera, presa política durante a ditadura militar. Na prisão, a jovem de classe média conhece o soldado Armando, interpretado por Shi Menegat, que decide levar uma mensagem para sua família; Georgette Fadel interpreta a mãe de Vera e Floriano Peixoto, seu pai.

Com produção da Taiga Filmes, coprodução do Canal Brasil, do Telecine e da produtora argentina Cepa, e distribuição da Imovision, o filme conta também com Higor Campagnaro, Bruce Gomlevsky, Eduardo Speroni, Javier Drolas, Rose Germano, Francisco Paes, entre outros, no elenco.

Durante os meses de junho e julho, a diretora Lucia Murat promoveu sessões exclusivas para estudantes de escolas públicas de ensino médio e universitários do Estado do Rio, com debates com equipe e elenco sobre a memória da ditadura nos tempos atuais. Ao todo, foram realizadas 20 exibições gratuitas antes do lançamento oficial.

Para falar mais sobre O Mensageiro, conversamos com a diretora e com os protagonistas Valentina Herszage, Shi Menegat, que se identifica como uma pessoa trans não-binária, e Floriano Peixoto. No bate-papo, falaram sobre preparação de elenco, referências e ensaios virtuais, entrosamento com a equipe, questões políticas e expectativa para o lançamento.

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Foto: Divulgação/Taiga Filmes.

CINEVITOR #468: Entrevistas com Juan Paiva, Marco Ricca e Miá Mello | De Pai para Filho

por: Cinevitor
Marco Ricca e Juan Paiva em cena: relação entre pai e filho nas telonas

Dirigido por Paulo Halm, autor das novelas Totalmente Demais e Bom Sucesso, o longa De Pai para Filho, recentemente premiado na primeira edição do Festival de Cinema de Paraty, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 08/08.

O filme é um drama com humor sobre o duro acerto de contas entre pai e filho, envolvendo perdão, reconciliação e descoberta do amor. Com Marco Ricca, Juan Paiva e Miá Mello no elenco, a trama narra um inusitado reencontro entre pai e filho. Machado, pop star de uma banda de rock dos anos 80 agora fracassado e esquecido, decide se matar. Ao saber da morte do pai, José chega atrasado ao enterro e não sabe o que fazer com os pertences do pai, uma vez que nunca tiveram uma boa relação ao longo dos anos. No apartamento que recebeu como herança, José pela primeira vez conhece o universo do pai até que o próprio Machado reaparece em busca de reconciliação.

De Pai para Filho tem um forte componente musical a partiŕ do personagem Machado, que era tecladista e líder do Capa Preta, uma banda de rock que fez sucesso nos anos 80. O próprio diretor e roteirista Paulo Halm, ao lado de Felipe Rodarte, compuseram as canções que são tocadas e cantadas no filme. O piano é quase um personagem também: a personagem Kat é uma jovem virtuose, que foi aluna do Machado; para interpretá-la, a atriz Valentina Vieira teve aulas de piano na preparação. Ela chega a tocar em alguns trechos, mas foi dublada por pianistas profissionais.

Com exibições no Festival Mundial de Cine de Veracruz, no México, e no Festival de Petrópolis, o longa conta também com Thiago Fragoso, Pablo Sanábio, Charles Fricks, Xando Graça, Sergio Medeiros, Tati Vilella, Marcos França, Claudia Sardinha e Fabrício Santiago no elenco. Produzido pela Canhota Filmes, com coprodução da Globo Filmes, RioFilme e SECEC-RJ através dos recursos da Lei Paulo Gustavo via edital de apoio à distribuição, De Pai para Filho será distribuído pela ArtHouse e Filmes do Estação.

Para falar mais sobre o longa, que estreia na semana do Dia dos Pais, conversamos com os atores Juan Paiva, Marco Ricca e Miá Mello, que falaram sobre preparação, entrosamento com o elenco e expectativas para o lançamento.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #467: Entrevista com Silvia Buarque | Edição Especial | Mais Pesado é o Céu

por: Cinevitor
Silvia Buarque no longa cearense Mais Pesado é o Céu

Prestes a completar quarenta anos de carreira, entre teatro, TV e cinema, Silvia Buarque segue sua trajetória artística em evidência. Na próxima semana, chega às telonas em Mais Pesado é o Céu, premiado longa do cineasta cearense Petrus Cariry.

O filme, consagrado no Festival de Cinema de Gramado com quatro kikitos, entre eles, melhor direção, conta a história de Teresa, interpretada por Ana Luiza Rios, que depois de acolher uma criança abandonada, conhece Antônio, papel de Matheus Nachtergaele, e os dois iniciam uma jornada pelas estradas. O passado em comum, para eles, são as memórias de uma cidade submersa no fundo de uma represa. A vida é sonho, mas o futuro é a incerteza.

Sétimo longa-metragem de Petrus Cariry, com produção de Bárbara Cariry e distribuição da Sereia Filmes, o filme se passa no Nordeste, mas os temas abordados são universais. Além de Gramado, Mais Pesado é o Céu também foi exibido na Mostra de São Paulo, no LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, no Cine Ceará, entre outros. O elenco conta também com Danny Barbosa, Buda Lira e Marcos Duarte.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com a atriz Silvia Buarque, que interpreta Fátima. No bate-papo, ela falou sobre sua relação carinhosa com a família Cariry, que começou quando assistiu Corisco & Dadá, e relembrou alguns trabalhos realizados com eles, como: Os Pobres Diabos e Os Escravos de Jó, ambos dirigidos por Rosemberg Cariry. Silvia também relembrou outros trabalhos, entre eles, o longa Homem Onça, de Vinícius Reis, a novela América, de Gloria Perez e as séries Impuros e Betinho: No Fio da Navalha; e destacou sua trajetória nos palcos: recentemente reestreou, no Rio de Janeiro, a peça A Menina Escorrendo dos Olhos da Mãe, com Guida Vianna.

Sobre Mais Pesado é o Céu, Silvia falou dos bastidores, preparação para sua personagem, sotaque, entrosamento com a equipe e expectativa para o lançamento; além de elogiar o trabalho do diretor. Ao final da conversa, refletiu sobre sua carreira, que começou na TV Manchete e na Rede Globo, escolhas profissionais e o que deseja realizar no futuro.

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Foto: Ingred Xavier.

CINEVITOR #466: Entrevista com Silvero Pereira | Edição Especial | 31º Festival de Cinema de Vitória

por: Cinevitor
Silvero Pereira: sucesso na TV, nos palcos e no cinema

Vencedor do Prêmio Grande Otelo de melhor ator pelo personagem Lunga no consagrado Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, Silvero Pereira é um dos artistas mais aclamados da atualidade.

O cearense é ator, dramaturgo, produtor cultural, maquiador, iluminador, aderecista, diretor e artista plástico. Começou sua trajetória em 1998 e, desde então, atuou em vários grupos de teatro em seus 25 anos de carreira.

Conhecido pelo Coletivo Artístico As Travestidas, composto por atores e atrizes transexuais e travestis e artistas transformistas, o projeto já produziu diversos espetáculos ao redor do país. Ainda nos palcos, foi ovacionado com BR-Trans, que lhe rendeu diversos prêmios.

Sua estreia na TV aconteceu em 2017 na novela A Força do Querer, da Rede Globo, escrita por Gloria Perez; pelo personagem Nonato recebeu o Prêmio Extra de Televisão. Depois disso, se destacou no remake de Pantanal, em 2022, ao interpretar Zaquieu. No começo deste ano, foi o grande vencedor do programa The Masked Singer Brasil e já está confirmado no elenco de Garota do Momento, próxima novela das seis da Globo. Participou também da série Nada Suspeitos, da Netflix.

Nas telonas, apareceu pela primeira vez em Serra Pelada. Na sequência, atuou em longas e curtas como: Copa 181, No Fim de Tudo, Fantasma Neon, Me Tira da Mira, Bem-Vinda a Quixeramobim, De Repente Drag, além de Bacurau. Em 2022, foi homenageado com o Troféu Elke Maravilha no For Rainbow, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, em Fortaleza.

Presença constante no Festival de Cinema de Vitória, Silvero tem muito carinho pelo evento capixaba, no qual já participou de diversas atividades e lançou seu show Silvero Pereira Interpreta Belchior. Nesta 31ª edição, foi convidado para apresentar uma das noites, além de conduzir uma masterclass.

Entre uma sessão e outra, batemos um papo especial com o artista sobre sua carreira. Na conversa, realizada no camarim do Teatro Sesc Glória, Silvero falou com afeto da sua relação com o Festival de Vitória e com Lucia Caus, diretora do evento. Além disso, relembrou a trajetória da peça BR-Trans; falou da sua preparação para a novela Pantanal; destacou o sucesso do premiado filme Bacurau e seu trabalho com Leonardo Martinelli e Dennis Pinheiro no consagrado curta-metragem Fantasma Neon. Silvero também relembrou o sucesso do show Silvero Pereira Interpreta Belchior, que rodou o Brasil e culminou em um EP lançado recentemente, que conta com participações especiais de Ivete Sangalo e Bráulio Bessa; falou também do seu terceiro monólogo, Pequeno Monstro, que segue em cartaz.

Além disso, destacou seu próximo trabalho nas telonas: o aguardado longa-metragem Maníaco do Parque, dirigido por Mauricio Eça, que será lançado em outubro no Prime Video Brasil. No filme, ele interpreta o motoboy Francisco de Assis Pereira, serial killer que chocou o país ao ser condenado por atacar 23 mulheres e assassinar dez delas.

A trama se passa em São Paulo, em 1998, e mostra a intensa cobertura da imprensa na época e como uma jovem repórter precisou lidar com seus traumas pessoais enquanto encarava um dos principais casos policiais e midiáticos do país. O elenco conta também com Giovanna Grigio, Marco Pigossi, Xamã, Bruno Garcia, Mel Lisboa, Augusto Madeira, Christian Malheiros e Bruna Mascarenhas. O filme é produzido por Marcelo Braga; L.G. Bayão assina o roteiro com pesquisa da jornalista investigativa Thaís Nunes

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Foto: Vikki Dessaune.

CINEVITOR #465: Entrevista com Lázaro Ramos | Homenagem 31º Festival de Cinema de Vitória

por: Cinevitor
Carreira consagrada: homenagem no Festival de Vitória

O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos foi o Homenageado Nacional da 31ª edição do Festival de Cinema de Vitória. Como parte da homenagem, o artista recebeu, na noite de encerramento, o Troféu Vitória e o Caderno do Homenageado, publicação inédita e biográfica, assinada pelos jornalistas Leonardo Vais e Paulo Gois Bastos, que trata da sua vida e trajetória profissional.

Ovacionado pelo público do Teatro Sesc Glória, foi apresentado pelos atores Dan Ferreira e Lucas Leto e recebeu o Troféu Vitória das mãos da atriz e esposa, Taís Araujo. Emocionado, relembrou sua trajetória no audiovisual brasileiro, falou sobre as oportunidades ao longo da carreira, sua participação em festivais e enalteceu o cinema brasileiro.

Nascido em Salvador, Bahia, Lázaro Ramos começou a atuar na década de 1990, no Bando de Teatro Olodum. No coletivo teatral, interpretou inúmeros clássicos como Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare; Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht; e Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Além de textos autorais como o sucesso Ó Paí, Ó, que foi adaptado para o cinema, em 2007, com grande sucesso.

Ao realizar projetos fora do grupo, ele esteve em espetáculos como A Máquina (2000), de João Falcão, ao lado de Wagner Moura e Vladimir Brichta. Em 2007, atuou em O Método Gronholm, texto que ele retoma como diretor, em 2020. Desde 2015 dirige, atua e produz o espetáculo O Topo da Montanha, que, ao lado de Taís Araujo, interpreta o reverendo Martin Luther King, e que já levou mais de 300 mil espectadores ao teatro.

No cinema, esteve em mais de 40 produções, que transitam por diversos gêneros audiovisuais. Na lista de trabalhos estão o cultuado longa-metragem Madame Satã (2002), de Karim Aïnouz, que o fez figurar na lista de melhores atores do jornal The New York Times e lhe rendeu mais de 30 prêmios. Com Jorge Furtado, parceiro constante, fez O Homem que Copiava (2003), Meu Tio Matou um Cara (2004) e Saneamento Básico, o Filme (2007). Outro destaque da sua extensa filmografia é Cidade Baixa (2006), de Sérgio Machado, em que divide a cena com Wagner Moura e Alice Braga.

Em 2018, protagonizou O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício, adaptação cinematográfica do clássico de Nelson Rodrigues. Seus trabalhos mais recentes são: As Verdades (2019), de José Eduardo Belmonte; Papai é Pop (2021), de Caito Ortiz; e Ó Paí, Ó 2 (2023), de Viviane Ferreira. Em 2022, lançou o longa-metragem Medida Provisória, que marcou sua estreia como diretor e foi premiado em diversos festivais internacionais de cinema.

Com mais de 30 participações em programas na TV, Lázaro atuou em novelas e séries, além de ser apresentador de programas. Com vários personagens memoráveis na televisão, estreou na telinha na série Sexo Frágil, em 2003. Nas novelas, sua primeira aparição foi em Cobras & Lagartos (2006), quando deu vida a Foguinho, papel que ganhou o imaginário popular e pelo qual foi indicado ao Emmy de melhor ator. Ele também interpretou papéis marcantes em novelas como Duas Caras (2007), Insensato Coração (2011) e Lado a Lado (2012).

Entre 2015 e 2018, protagonizou quatro temporadas da série Mister Brau, que se firmou como um dos marcos do empoderamento negro no Brasil. Seu trabalho mais recente em novelas foi o remake de Elas por Elas (2023/24), em que deu vida ao icônico Mário Fofoca. 

Ainda na televisão, idealizou, dirigiu e apresentou o programa Espelho, do Canal Brasil, que esteve no ar por 16 anos. Após uma carreira de 17 anos na TV Globo, em 2021, Lázaro Ramos assinou com a Prime Video, onde assumiu o cargo de showrunner, profissional responsável por gerenciar da pré à pós-produção de obras para TV, streaming e mídias digitais. Essa parceria rendeu seu trabalho mais recente como diretor, o longa Um Ano Inesquecível: Outono (2023), romance musical adaptado do conto de Babi Dewet, e protagonizado por Gabz e Lucas Leto.

Além do teatro, cinema e televisão, nos últimos anos, Lázaro Ramos tem se dedicado também à literatura. Seu livro infantil de estreia foi A Velha Sentada, de 2010. Em 2015 e 2018 lançou, respectivamente, Caderno de Rimas de João e Caderno Sem Rimas da Maria, inspirados em seus filhos. Em 2019, publicou Sinto o que Sinto: e a Incrível História de Asta e Jase, em parceria com o Mundo Bita, e O Pulo do Coelho (2021). Em 2017, chegou às livrarias o best-seller Na Minha Pele, livro que marca sua estreia na literatura adulta e o consagrou como um dos escritores negros mais vendidos do país. Em 2022, publicou o livro Medida Provisória: Diário do Diretor, que conta os bastidores da direção de seu primeiro filme; e Você não é Invisível, em que escreve pela primeira vez para os jovens.

Para falar mais sobre a homenagem, conversamos com Lázaro Ramos antes da cerimônia, no Hotel Senac Ilha do Boi, que falou sobre esse momento especial, cinema brasileiro e festivais. Além disso, registramos os melhores momentos da emocionante homenagem no Teatro Sesc Glória.

Aperte o play e confira:

Foto: Vikki Dessaune.

CINEVITOR #464: Entrevista com Pedro Diogenes | A Filha do Palhaço

por: Cinevitor
Démick Lopes e Lis Sutter em cena: protagonistas

Dirigido por Pedro Diogenes, de Pajeú e Inferninho, e protagonizado por Démick Lopes, o longa A Filha do Palhaço chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 30/05, com distribuição da Embaúba Filmes

A trama traz como personagem principal, Joana, interpretada por Lis Sutter, uma adolescente que vai passar uma semana com seu pai, Renato, papel de Démick Lopes, um humorista que interpreta uma personagem chamada Silvanelly. Esse tempo juntos será a oportunidade para se conhecerem melhor, enquanto a vida de ambos passa por grandes transformações. 

Renato não conhece bem sua filha, que cresceu longe do pai. Joana tem muitas perguntas, e Renato não está preparado para responder a todas elas. Ele vive o dilema de ter que subir num palco e fazer os outros rirem, enquanto passa por diversos conflitos internos com relação à paternidade e como revelar sua sexualidade para a filha adolescente. Na construção desse personagem, Démick Lopes trabalhou com as preparadoras de elenco Samya de Lavor e Elisa Porto para chegar a esses dois lados quase que como duas personagens diferentes: Renato e Silvanelly.

Com produção da Marrevolto Filmes, em associação com a Pique-Bandeira Filmes, o longa conta também com Jesuíta Barbosa, Jupyra Carvalho, Ana Luiza Rios, Valéria Vitoriano, Patrícia Dawson, Luiza Nobel, David Santos, Rafael Martins, Mateus Honori, Vic Servente, Jenniffer Joingley, Pipa e Patricia Nassi no elenco.

Vencedor do prêmio de melhor filme pelo júri popular e pela crítica na Mostra de Cinema de Gostoso, A Filha do Palhaço também foi premiado na Mostra Tiradentes. No For Rainbow, Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, levou três prêmios; e no Cine Ceará rendeu o troféu de melhor ator para Démick Lopes, que interpreta Silvanelly, inspirada na personagem do humor cearense Raimundinha, criação de Paulo Diógenes que, infelizmente, faleceu este ano.

Com roteiro de Amanda Pontes, Michelline Helena e Pedro Diogenes, o filme traz Victor de Melo como diretor de fotografia; a direção de arte é de Thaís de Campos e o figurino de Lia Damasceno; Victor Costa Lopes assina a montagem e a trilha sonora é de Cozilos Vitor e João Victor Barroso. A produção executiva é de Amanda Pontes e Caroline Louise.

Para falar mais sobre A Filha do Palhaço, conversamos com o diretor Pedro Diogenes. No bate-papo, ele falou sobre a recepção do público em festivais, humor cearense, a inspiração em Raimundinha, elenco, roteiro, paternidade, ascensão do cinema cearense, entre outros assuntos.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Embaúba Filmes.